Atividade 1
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O engenheiro de segurança do trabalho e professor do IPOG, Taynan
Alexandre Camilo, explica que o crescimento das doenças psicossociais e
transtornos mentais ligados ao trabalho vem chamando a atenção das
autoridades e, inclusive, foi o tema central do Programa Trabalho Seguro do
Tribunal Superior do Trabalho (TST) no biênio 2016/2017, reunindo
especialistas do mundo inteiro em Brasília – DF para tratar o tema.
“A exigência por metas cada vez mais inatingíveis aliadas a uma avaliação
meramente quantitativas do trabalho, com foco somente no resultado e
desconsiderando outros fatores, são perversas para o trabalhador. A qualidade
de um vendedor, por exemplo, é avaliada somente pelo valor total de suas
vendas, porém a concretização da venda está muito mais condicionada à
vontade do comprador de adquirir o produto do que ao desempenho da
atividade do vendedor. Não importa o quanto o vendedor conheça o produto,
ou quão primorosa seja a apresentação do produto, a decisão final não
pertence a ele. Há casos que mesmo a vontade do comprador em adquirir tal
produto é insuficiente para a concretização da venda, pois esta passa
depender da avaliação de crédito. Se o comparador não tiver o nome limpo,
nem a vontade do vendedor em vender e nem a vontade do comprador em
comprar resultarão na venda, única variável que importa para bater as metas, e
todo o trabalho do vendedor terá sido em vão. Como o trabalhador se sente ao
perceber que mesmo tendo colocado todo seu empenho, o resultado (venda)
não pode ser atingido por questões que estão fora da sua alçada de controle?
Desestimulante, para dizer o mínimo!” Comenta o especialista.
Taynan destaca ainda que, pela dificuldade da formação do nexo casual entre
o transtorno e ambiente de trabalho, a subnotificação nos casos de transporte
mentais tende a se maior que as demais doenças, colocando uma cortina de
fumaça sobre o problema e fazendo que, na ausência da categorização da
doença do trabalho, os trabalhadores tem os direitos suprimidos.
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as informações, utilize cartazes de divulgação, coloque avisos em paredes,
murais e equipamentos.
Com relação ao fornecimento de equipamentos de proteção individual, o
especialista destaca que está em uma obrigação básica da empresa e não
pode ser ignorada ou adiada. “Verifique se esses equipamentos estão em
condições de uso, se necessitam de substituição ou reposição. Garanta a
funcionalidade de cada um deles”, acrescenta.
Outra dica é fornecer e dar condições para o funcionamento da Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), que inclusive faz parte da norma
regulamentadora (NR-5). A CIPA é uma forma de “dar voz” a quem realmente
executa a atividade, a quem de fato está disposto aos riscos e condições
nocivas ao ambiente profissional.
É importante que os trabalhadores compreendam suas obrigações mas que
também conheçam seus direitos. Por exemplo, em uma eventual situação e
acidente, caso a empresa não faça a Comunicação do Acidente de Trabalho
CAT – No dia útil seguinte ao ocorrido, o próprio trabalhador, o sindicato ou até
mesmo o médico que realizou o atendimento pode faze-la, bastando apenas
entrar em contato com a Previdência Social.
O papel dos lideres e gestores também é fundamental para a melhoria do
ambiente de trabalho. Estes de vem sempre se perguntar: O colaboradores
conhecem os riscos e condições relativas a sua função? Os treinamentos
foram suficientes e executados por profissionais legalmente habilitados? As
metas propostas e métricas de avaliações são condizentes com as condições
de trabalho oferecidas? Eu me sentiria bem e profissionalmente realizado nas
condições de trabalho que proporciono aos trabalhadores? Já em relação as
doenças psicossociais, Taynan Camilo considera que se faz necessária uma
abordagem mais profunda e que envolvam outros atores: “Várias áreas do
conhecimento já possuem estudos e linhas de pesquisa dedicadas a examinar
e analisar as relações de trabalho como, por exemplo, a administração, a
psicologia e a sociologia. É fundamental que o papel dos administradores não
se resuma à analise de resultados em planilhas eletrônicas e que o papel dos
psicólogos não seja somente de recrutamento e seleção. Em tese, suas
formações acadêmicas os capacitaram para muito mais e eles precisam se
tornar parceiros dos profissionais de segurança do trabalho, somando forças
para promover um ambiente de trabalho realmente saudável, em todos os
aspectos”, Finaliza o professor do IPOG.
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