Incontinencia Urinaria

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● Etiologia da incontinência urinária

A incontinência urinária possui uma etiologia multifatorial, seus fatores podem variar
desde condições neurológicas a alterações anatômicas.

Alteração da musculatura do assoalho


pélvico MAP: Essas alterações podem ocorrer
devido a vários fatores e implicam na saúde
coloproctológica e uroginecológica. O assoalho
pélvico é formado por um grupo de músculos e
tecidos que sustentam os órgãos pélvicos, como
bexiga, útero, reto e o intestino. Alterações nesses
músculos impactam na função urinária, sexual,
https://vitaliscenter.com.br/assoalho-pelvico-o-
intestinal e fecal.
As principais alterações incluem fraqueza muscular que geralmente ocorre devido ao
envelhecimento e pode comprometer a sustentação dos órgãos pélvicos causando prolapsos e
incontinências; hipertonia que é uma contração excessiva ou crônica dos músculos e pode
gerar dor, dificuldade durante a relação sexual, dificuldade ao esvaziar a bexiga, lesões
musculares e cirurgias pélvicas, diminuição da resistência uretral.

Gravidez: No período da gestação o corpo passa por diversas alterações fisiológicas


como, o aumento do volume uterino que resulta em compressão da bexiga. Esse aumento leva
a uma diminuição da capacidade funcional da bexiga e a um aumento da frequência urinária.
Além disso, o aumento da pressão intra-abdominal pode resultar em instabilidade
vesical durante momentos como espirrar ou tossir.

Parto vaginal: Durante o parto vaginal pode ocorrer trauma neuromuscular ao


assoalho pélvico ou deslocamento da fáscia pubocervical, que pode resultar na compressão
ou estiramento mecânico dos nervos pélvicos. Essas lesões são frequentemente causadas na
segunda fase do trabalho de parto.

Contrações involuntárias da musculatura detrusora: São as contrações


involuntárias da musculatura detrusora, causando o descontrole do músculo detrusor,
responsável pela expulsão da urina durante a micção. Essa anomalia na contração é
caracterizada pela hiperatividade vesical que leva a sintomas de urgência urinária.

https://drpaulorodrigues.com.br/bexiga-hiperativa-bexiga-instavel-

Hiperplasia benigna da próstata: Caracterizada pelo aumento no tamanho da


próstata, quando os novos tecidos prostáticos crescem. Durante esse processo pode ocorrer a
compressão e estreitamento do canal uretral, ocasionando desconforto pela dificuldade na
micção.
A hiperplasia prostática benigna tem
tendência a ser hereditária e geralmente afeta homens
adultos entre os 40 a 50 anos de idade. Quando não
tratada pode causar complicações como, infecção
urinária, insuficiência renal e danos na bexiga.

https://www.einstein.br/doencas-sintomas/

Hipoestrogenismo (diminuiçao: Caracterizada pela diminuição dos níveis de


estrogênio no corpo, o hipoestrogenismo pode contribuir para o enfraquecimento da
musculatura pélvica, responsável pelo suporte da bexiga e pelo controle urinário. Esse
enfraquecimento geralmente está relacionado a menopausa, perimenopausa, doenças
endócrinas e cirurgias ginecológicas. À medida que os músculos pélvicos se enfraquecem , a
capacidade do corpo de controlar a micção se compromete.

Outros fatores: Infecção urinária; obesidade; cálculos vesicais e arreflexia detrusora.


● Manifestações clínicas

As manifestações clínicas da incontinência urinária podem variar de acordo com o tipo


de incontinência, os sinais clínicos mais comuns são;
Incontinência urinária de urgência (IUU): Vontade súbita e intensa de urinar
acompanhada pelo vazamento incontrolado da micção.
Incontinência urinária de esforço (IUE): Vazamento incontrolado de urina ao
realizar atividade que exercem pressão intra-abdominal, como espirrar, tossir, praticar
exercícios e rir.
Polaciúria: Caracterizada pela vontade de urinar com muita frequência, com
diminuição do volume em cada micção.
Disúria: Presença de dor/desconforto ao urinar, pode causar sensação de ardência na
região genital.
Incontinência urinária mista (IUM): A combinação da incontinência urinária de
emergência e a de esforço, onde o paciente apresenta os dois sintomas.
Incontinência urinária paradoxal: Conhecida como incontinência urinária de
transbordamento, pode ser caracterizada por pequenos vazamentos de urina que ocorrem
involuntariamente, dificuldade para urinar onde é necessário um esforço para realizar a
micção apresentando jato urinário fraco e intermitente e a sensação de que a bexiga está
sempre cheia.

https://www.vivafisio.pt/em-que-consiste-a-

Para o diagnóstico da incontinência urinária, envolve-se uma série de fatores para


identificar a causa subjacente, temos como principais métodos utilizados;
Teste urodinâmico: É um exame funcional que avalia a bexiga e a uretra, no qual
determina a causa da incontinência urinária. O exame é composto por fluxometria que mede o
fluxo durante a micção; cistometria avalia a capacidade da bexiga, força das contrações,
sensibilidade e atividade detrusora; eletromiografia; estudo do fluxo de pressão; perfil
pressórico uretral.

Cistometria
https://www.miletto.com.br/

História clínica: Quando o médico reúne informações sobre os sintomas, condições


médicas e histórico familiar.
Q-tip test: Consiste na introdução de um cotonete esterilizado e lubrificado na uretra.
E durante a manobra de valsalva e com o goniômetro é medido a angulação do cotonete.
Pad-taste: Teste simples e não invasivo onde se analisa a medida quantitativa da perda
de urina e se usa uma balança de alta precisão.
Exames Clínicos/laboratoriais:

● Intervenções Fisioterapêuticas

Exercícios para o assoalho pélvico (Exercício de Kegel): O paciente é orientado a


realizar contração e relaxamento do músculo do assoalho pélvico repetidamente, como se
estivesse interrompendo o fluxo de urina. O exercício é feito progressivamente várias vezes
ao dia.
Além de auxiliar na incontinência urinária
reduzindo a perda de urina, ajuda no desempenho sexual,
reduz o prolapso dos órgãos pélvicos e auxilia na
recuperação após cirurgias na próstata.

Kegel Exercise: The Most Important Workout


Biofeedback: Tem por objetivo auxiliar o paciente a tomar consciência dos músculos
do assoalho pélvico, fazendo com que os processos biológicos
inconscientes sejam controlados de maneira consciente. São
colocados sensores na região pélvica ou canal vaginal para
medir a contração muscular, durante o processo o paciente
recebe o feedback visual e auditivo auxiliando na realização dos
exercícios.
https://blog.floorapp.com.br/

Eletroestimulação parassacraal: Estimulação dos nervos somáticos promovendo o


fortalecimento e melhora do tônus muscular, são colocados eletrodos no anus ou vagina com
corrente elétrica de baixa intensidade provocando contrações involuntárias dos músculos.

Cones vaginais: Usado para tonificar o músculo do assoalho pélvico, os cones


proporcionam o estímulo necessário para que ocorra a contração contração correta dos
músculos do assoalho pélvico. Melhora a propriocepção local, previne prolapsos dos órgãos
pélvicos, controle urinário.

Exercitadores Pélvicos – Cones Vaginais | Espaço Íntimo Fisioterapia


REFERÊNCIAS

ABREU, FLÁVIA. Fisioterapia Geriátrica, 2006.

Escher, Ana. Disfunções do assoalho pélvico. Clínica Fortius, 2012. Disponível em:
https://clinicafortius.com.br/disfuncoes-do-assoalho-pelvico/#:~:text=Quais%20as
%20principais%20disfun%C3%A7%C3%B5es%20do,dificuldade%20ou%20incapacidade
%20de%20orgasmo. Acesso em: 18 out. 2024.

Hospital São Matheus. Incontinência urinária: o que é, causas, sintomas, tratamento e


prevenção,2020. Disponível em:
https://hospitalsaomatheus.com.br/blog/incontinencia-urinaria-o-que-e-causas-sintomas-
tratamento-e-prevencao/. Acessada em: 19 out. 2024.

Shenot, Patrick J. Incontinência urinária em adultos. Manual MSD, 2023. Disponível


em:https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin
%C3%A1rios/dist%C3%BArbios-miccionais/incontin%C3%AAncia-urin%C3%A1ria-em-
adultos. Acessada em: 19 out. 2024.

Einstein. Hiperplasia benigna da próstata. Disponível em:


https://www.einstein.br/doencas-sintomas/hiperplasia-benigna-da-prostata. Acessada em: 20
out. 2024.

DR Burttet, Lucas, Exercícios de Kegel para homens: conheça os benefícios para


musculatura pélvica, Lucas Burttet, 2022. Disponível em:
https://lucasburttet.com.br/exercicios-de-kegel-para-homens/. Acessada em 20 out. 2024.

Latorre, Gustavo. O que são cones vaginais, Períneo net. Disponível em:
https://www.perineo.net/conteudo/cones-vaginais.php#:~:text=Cones%20vaginais%20s
%C3%A3o%20pequenas%20c%C3%A1psulas,abdominais%20sejam%20contra
%C3%ADdos%20durante%20os. Acessada em: 21 out. 2024.

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