Deidades Pagãs
Deidades Pagãs
Deidades Pagãs
Os nomes dos Deuses variam de panteão para panteão, de acordo com a cultura de um povoado ou nação. Para os egípcios, por exemplo,
ísis seria a personificação da Grande Mãe, da Senhora, da Deusa, enquanto que, para os celtas, ela seria Cerridwen.
O mesmo acontece com os nomes dos deuses: Hermes é o deus mensageiro dos gregos, enquanto que Mercúrio responderia pela mesma
"pasta" para os romanos. Ou Hélio seria o deus-sol dos gregos, enquanto que, para os celtas, esse seria chamado de Lugh.
A bruxa é muito particular na sua crença. Ela pode sentir maior afinidade pelo panteão e a tradição egípcia, por exemplo, e cultuar ísis,
Bastet, Hathor, Thoth, Osíris, etc, ou se identificar mais com a história greco-romana e reverenciar os deuses deste panteão. A afinidade
e atração por divindades de vários panteões é algo muito particular.
Deuses
Os nomes dos Deuses variam de acordo com a cultura de um povoado ou nação. Para os egípcios, por exemplo, Ísis seria a
personificação da Grande Mãe, da Senhora, da Deusa, enquanto que, para os celtas, ela seria Cerridwen.
O mesmo acontece com os nomes dos deuses: Hermes é o deus mensageiro dos gregos, enquanto que Mercúrio responderia pela mesma
"pasta" para os romanos. Ou Hélio seria o deus-sol dos gregos, enquanto que, para os celtas, esse seria chamado de Lugh.
A bruxa (ou o bruxo) é muito particular na sua crença. Ela pode se achar mais conectada com o panteão e a tradição egípcia, por
exemplo, e cultuar Ísis, Bastet, Hathor, Thoth, Osíris, etc, ou se identificar mais com a história greco-romana e achar mais intimo
reverenciar os deuses deste panteão. A afinidade e atração por um certo grupo de divindades é algo muito particular. Quem decide é
você.
Panteão é o termo que damos ao conjunto de nomes das divindades de um povo, ou seja, quando desejamos citar os Deuses Gregos
estamos falando sobre o Panteão Grego, e assim temos o panteão Egípcio, Nórdico, Celta, Romano, Hindu, e mais um monte.
Os panteões podem ser correlacionados, criando-se uma lista de referencia, por exemplo, como já foi citado Ísis corresponde a
Cerridwen, que corresponde a Hera e por ai vai, sendo que é importante compreender que apesar dessas deusas possuírem atividades
singulares, seus mitos, sua vivencia e personalidade são distintas, elas são Deusas distintas, unificadas apenas na questão de serem todas
a Energia Feminina Criadora.
É muito importante que todo neófito (buscador) Wiccaniano estude e interaja com os diferentes panteões até encontrar aquele mais
singular a sua personalidade e intimidade.
Panteão Celta
IRLANDA
Aine - Deusa do Amor. Aine é a Deusa celta Senhora do Povo das Fadas.Filha de Eogabail, o qual foi em tempos o enteado de
Manannan mac Lir. Seu culto embasa uma vertente da wicca, que é a Faery Wicca. Ela é mencionada como forma jovem da Deusa
Dannu. Descrita como uma Donzela bonita, se apresenta dançando nos Circulos de Fadas. É uma Deusa do amor, da alegria, da beleza e
da fertilidade. Originariamente era uma Deusa do gado, cultuada em Knockaine, Irlanda. 2/04, 23/06, 29/07
Anu (Irlanda) -Mãe Terra, Deusa de fertilidade, prosperidade e do conforto.
Angus Mac Og - Deus da Juventude, do Amor e da Beleza na Irlanda Antiga. Um dos Tuatha de Dannan, Angus possuía uma harpa
dourada que produzia música de irresistível doçura. Os seus beijos transformavam-se em pássaros que transportavam mensagens de
amor. ("Jovem Filho") - Deus irlandês da juventude, do Amor e da beleza. Possui uma harpa dourada que produz música de irresistível
doçura. Seus beijos transformam-se em pássaros, que transportam mensagens de Amor. Tem um brugh (palácio de fadas) nas margens
do Boyne.
Arawn - Regente do Inferno, Annwn, o Submundo na tradição galesa. Representa a vingança, o terror, a guerra. Deus irlandês da
vingança, do terror e da guerra. Arawn é o deus do mundo subterrâneo dos mortos.
Banba/Banbha - Deusa irlandesa que, juntamente com Fotia e Eriu, usava a magia para repelir os invasores. Uma das
três Deusas que deram o nome á Irlanda. Deusa irlandesa de proteção.
Boann/Boannan/Boyne - Boann "Aquela do Gado Branco". Deusa Irlandesa da Liberdade e da Fertilidade, cuja a imagem é a
representação de uma vaca branca. Deusa do rio Boyne. Ela é a esposa do Nechtan de Elcmar, Deus da Água, e consorte de Dagda com o
qual teve um filho, o Deus Aengus. Para esconder a sua união de Nechtan, Boann e Dagda fizeram com que o Sol ficasse parado durante
nove meses, de modo a que Aengus fosse concebido e nascido no mesmo dia. Deusa irlandesa do rio Boyne; mãe de Angus mac Og
(juntamente com Dagda). Deusa celta da inspiração, das artes e da fertilidade 04/10
Badb - Seu nome, que se pronuncia Baid, foi traduzido como Corvo de Batalha, ou Gralha Escaldada, que representaria o caldeirão da
vida, conhecido em Gales como "Cauth Bodva". Badb, deusa da Guerra, é esposa de Net, também deus da Guerra. Irmã de Macha, a
Morrigu, e de Anu. Aspécto Maternal da Deusa Tripla irlandesa. Associada ao caldeirão, aos corvos e às gralhas, Badb rege a vida, a
sabedoria, a inspiração e a iluminação. ("Fervente", "Corvo de Batalha", "Gralha Escaldada") - Aspecto maternal irlandês da Deusa
Tríplice, aquela cujo caldeirão produz vida incessantemente. É a deusa da sabedoria, da vida, da inspiração e da iluminação.
Bel / Belenus - Deus, estreitamente ligado aos Druídas. Deus da ciência, restabelecimento, primaveras quentes, fogo, sucesso,
prosperidade, purificação, colheitas, vegetação, fertilidade.
Brigit/Brid/Brigid/Brig - Seu nome significa "flecha de poder". Brigit era filha do Dagda, sendo chamada A Poetisa. Outro aspecto de
Danu, associada a Imbolc. Tinha uma ordem dedicada a ela, formada só por mulheres, em Kildare, na Irlanda, que se revezavam para
manter o fogo sagrado sempre aceso. Deusa do fogo, fertilidade, lareira, todas as artes e ofícios femininos, artes marciais, curas,
medicina, agricultura, inspiração, aprendizagem, poesia, adivinhação, profecia, criação de gado, amor, feitiçaria, ocultismo. ou
simplesmente Blid ("Poder", "Renomes", "Feroz Flecha de Poder") - Freqüentemente chamada de Deusa Tríplice ou As Três
Damas Abençoadas. Deusa irlandesa do fogo, fertilidade, lareira, Todas as artes e ofícios femininos, da cura, dos médicos, a agricultura,
da inspiração, da aprendizagem, da poesia, da adivinhação, da profecia, da arte da forja, da criação do gado, do Amor, da feitiçaria e do
saber oculto. Suas sacerdotisas eram prostitutas sagradas e cuidavam do fogo sagrado, permanentemente aceso em Kildare. Associada ao
Sabá Imbolc, é, também, o outro aspecto da deusa Danu. 1-29/02, 2/04, 23/10
Cailleach - Seu nome Significa ‘Velha Mulher’, é a Deusa no Aspecto da Velha Sábia, senhora da Sabedoria
Cian - Pai de Lugh
Cliodna - Deusa da beleza e do Outro Mundo
Criedhne - Deus dos trabalhos com metal, um dos três Deuses dos trabalhos manuais dos Tuatha De Danaan
Daghda - Deus da Terra, lider dos Thuatha De Danaan
Danu/Dana/Dannan - Principal Deusa Mãe dos irlandeses, às vezes identificada com Anu. Mãe dos Tuatha de Dannan, Povo de Dana,
o Povo Mágico, descendente dos deuses, que se escondeu com a chegada dos cristãos às terras celtas. Outro aspécto da Morrigu, Danu é
a patrona dos feiticeiros, dos rios, das águas, dos poços, da prosperidade e abundância, da sabedoria e da magia.
Anu/Annan/Dana/Dannan - Deusa Mãe, da Abundância, sendo a maior de todas as deusas do panteão irlandês. Aspécto virginal da
Deusa Tripla, formada com Badb e Macha, guardiã do gado e da saúde. Deusa da Fertilidade, da Prosperidade e do Conforto. Florescente
Deusa irlandesa da fertilidade, da prosperidade, da abundância e do conforto; guardiã do gado e da Saúde. É o aspecto virginal da Deusa
Tríplice (junto com Badb e Macha). É a Grande Deusa. É costume acender-lhes fogueiras no meio do verão.
Dagda - No folclore irlandês, o Dagda era chamado de O Bom Deus, Grande Senhor, Pai dos deuses e dos homens, o Arquidruida, deus
da magia, da terra. Rei supremo dos Tuatha de Dannan, mestre de todos os ofícios, senhor de todos os conhecimentos. Teve vários
filhos, entre eles Brigit, Angus, Midir, Ogma e Bodb, o Vermelho. O Dagda tinha uma harpa de carvalho vivo que fazia com que as
estações mudassem quando assim o ordenasse. Deus dos magos e sacerdotes, senhor dos artesãos, da música e das curas. ("Bom Deus")
- é o Grande Deus, Senhor dos Céus e pai de todos os deuses e dos homens. Senhor da vida e da morte; deus da magia, da terra, do
renascimento; mestre de todos os ofícios; senhor do conhecimento perfeito. Possui um caldeirão chamado O-que-não-seca, que fornece
quantidades ilimitadas de alimento. Deus da proteção, dos guerreiros, do conhecimento, da magia, do fogo, da profecia, do tempo
climático, do renascimento, das artes, da iniciação, do sol, das curas, da regeneração, da prosperidade, da abundância, da música e
patrono dos sacerdotes.
Diancecht – Médico-mágico do Tuatha. Deus de restabelecimento, medicina, magia.
Don/Domnu - Deus governante da terra da morte e entradas para outros mundos. Controle dos elementos, eloqüência.
Eriu/ Errado-eu-oo - segunda das três Deusas que deram nome à Irlanda. Eriu/Erin - Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos
Tuatha de Dannan da Irlanda.
Fodla - terceira das três Deusas que deram nome à Irlanda
Flidais - Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a
capacidade de mudar de forma.
Goibniu/Gofannon/Govannon/Goibhniu - segundo dos três deuses dos trabalhos manuais dos Thuatha De Danaan. - Era o Grande
Ferreiro do povo irlandês, semelhante a Vulcano. Foi ele quem forjou todas as armas dos Tuatha de Dannan. Estas armas sempre
atingiam o alvo e toda ferida provocada por elas era fatal.Deus dos ferreiros, dos fabricantes de armas, da ourivesaria, fabricação da
cerveja, fogo e trabalho com metais em geral.
Luchta - terceiro dos três deuses dos trabalhos manuais dos Thuatha De Danaan
Lugh/Luga/Lamhfada/Llew/Lug/Lug Samildanach/Llew Llaw Gyffes/Lleu/Lugos - Na Irlanda e em Gales, Lugh era chamando O
Brilhante. Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Gales, um veado branco. Sua festividade é
Lughnasadh, outra festa da colheita. Era filho de Cian e de Ethniu. Tinha uma espada e uma funda mágica. Lugh era carpinteiro,
pedreiro, ferreiro, harpista, poeta, druida, médico e ourives. Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a
água, as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias. ("O Brilhante") - Deus da magia, do renascimento, do relâmpago, da água,
das artes e ofícios, das viagens, dos ferreiros, dos poetas e músicos, dos historiadores, dos feiticeiros, das curas, da vingança, da iniciação
e da guerra. Sua festa é o sabá Lammas ou Lughnassadh, um festival das colheitas. Tem uma espada e uma funda mágicas e está
associado aos corvos (na Irlanda) e ao veado branco (em Gales).
Macha - O Corvo. Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês. Um dos aspéctos da Morrigu, era reverenciada também em
Lughnasadh. Após uma batalha, os irlandeses cortavam as cabeças dos vencidos e oferenciam a Macha, sendo este costume chamado de
A Colheita de Macha. Deusa protetora da guerra, e da paz, Macha regia também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o
domínio sobre os machos. ("Corvo", "Batalha") - É a Grande Rainha dos Fantasmas, a Mãe da vida e da morte, um dos aspectos da
Deusa Tríplice Morrigu. Deusa da paz e da guerra, da astúcia, da força física pura, da sexualidade, da Fertilidade e do domínio sobre os
machos. 8/05, 26/10
Morrigu/Morrigan/Morrighan/Morgan - A Morrigu era tida como a Grande Rainha, Senhora Suprema da Guerra, Rainha dos
Fantasmas e Rainha Espectro, pois possuía uma forma mutável. Reinava sobre os campos de batalha, ajudando com sua magia.
Representa o aspécto idoso da Deusa Tríplice, sendo associada aos corvos e gralhas. Patrona das sacerdotisas e feiticeiras. ("Grande
Rainha") - Deusa suprema da guerra e Rainha dos espíritos e das fadas; Senhora do Espectro. É o aspecto Anciã da Deusa. Deusa dos
rios, lagos e água fresca, da magia e da profecia; no seu aspecto escuro, é a deusa da guerra, do destino e da morte. Está associada a
corvos e gralhas. 16/03
Manannan mac Lir/Manawyddan ap Llyr/Manawydden - Filho do deus do mar, Llyr, era homenageado como uma das principais
divindades do mar pelos irlandeses. Reverenciado ainda como protetor dos navegadores, deus das tempestades, da fertilidade, da
navegação, dos mercadores e do comércio. Tinha uma armadura mágica que se dizia ser impenetrável.
Nechtan- Deusa Água cuja fonte é conhecida como a Fonte do Conhecimento
Néit- Deusd a Guerra, marido de Nemhain
Nemhain- Deus da Guerra e da batalha
Nuada/Nuda/Nodons/Nodens/Lud/Llud Llaw Ereint - um dos Reis dos Thuatha De Danaan. - No folclore galo-irlandês, era
reverenciado como o senhor dos deuses, como Júpiter. Possuía uma espada invencível, guardada pelos Tuatha de Dannan. Nuada era o
deus da cura, da água, dos oceanos, da pesca, da navegação, dos carpinteiros, ferreiros, harpistas, poetas e narradores de histórias. ("Mão
de Prata") - Deus das curas, da água, dos oceanos, da pesca, do Sol, da navegação, dos nascimentos, dos cães, da juventude, da beleza,
das lanças e fundas, dos ferreiros, dos carpinteiros, dos harpistas e poetas, dos narradores de histórias, das feiticeiras, da escrita, da
magia, da guerra e dos encantamentos. É aquele que concede a Saúde. Possui uma espada invencível - um dos quatro tesouros dos
Tuatha.
Oenghus- Deus da jovialidade e amor
Ogma/Oghma/Ogmios/Grianainech/Cermait - Herói semelhante a Hércules, Ogma tinha uma enorme maça com a qual defendia seu
povo, os Tuatha de Dannan, sendo eleito seu campeão. A tradição diz que foi ele quem inventou o alfabeto ogham, utilizado pelos
antigos druidas, baseado em árvores consideradas mágicas. Ogma rege a eloquência, os poetas, escritores, a inspiração, a força física, a
linguagem, a literatura, as artes, a música e a reencarnação. ("Cara de Sol") - Deus da eloqüência, dos poetas, dos escritores, da força
física, da inspiração, a linguagem, literatura, magia, feitiços, artes, música e renascimento. Transportava uma enorme maça e era o
campeão dos Tuatha. Inventou o alfabeto escrito ogham.
Scathach/Scota/Scatha/Scath - Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a
deusa da escuridão, aspécto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes
marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o
adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a
patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais. Scota ou Scath ("A Sombria") - Deusa do submundo; da escuridão,
da sombra e a obscuridade, é aquela que combate o medo. Senhora das curas, da magia, da profecia, das artes marciais e Patrona dos
ferreiros.
GALES
Arianrhod - Deusa cujo nome sugnifica ‘Roda de Prata’, Deusa da Lua. Arianrhod - Seu nome significa Roda de Prata ou Grande Mãe
Frutuosa. Arianrhod é a Face Mãe da Deusa Tríplice para os povo de Gales. Honrada em especial na Lua Cheia, ela é a guardiã da Roda
de Prata, símbolo do tempo e do karma. Senhora da Reencarnação. ("Roda de Prata") - Aspecto maternal gaulês da Deusa Tríplice,
honrada na Lua Cheia. Senhora da beleza, da fertilidade e do renascimento. É a Grande Mãe Frutuosa, a guardiã da Roda de Prata das
Estrelas, símbolo do tempo e do eterno ciclo.
Arawn - Deus do reino do subterrâneo, do terror e da guerra.
Blodeuwedd - dama das flores, criada para ser a esposa de Lleu Llaw Gyffes. Blodeuwedd - Seu nome foi traduzido como "flor
branca", sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de iniciação celtas de Gales. Criada por Math e
Gwydion, o Druida, para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do
marido. Aspécto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, Blodeuwed tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores, sabedoria,
mistérios lunares e iniciações. ou Blodwin ("Cara de Flor" ou "Flor Branca") - Deusa gaulesa das flores, da sabedoria, dos mistérios
lunares e das iniciações. Seu símbolo é a coruja. Também conhecida como "Deusa dos Nove Aspectos".
Bran - O Abençoado. Bran era irmão do poderoso Manawydan ap Llyr e de Branwen, sendo filho de Llyr, do folclore galês. Associado
aos corvos, Bran é o deus das profecias, das artes, dos chefes, da guerra, do Sol, da música e da escrita. Ou Benedigeidfran - Deus
gaulês da profecia, das artes, dos chefes, da guerra, do Sol, da música e da escrita.
Branwen - filha de Llyr. Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três
matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês. Deusa gaulesa do
Amor e da beleza. Uma "versão" celta da Afrodite grega.
Brigit / Breed / Brida (Irlanda e País de Gales, Espanha, França) - Deusa associada ao Imbolc, Deusa de fogo, fertilidade, todas as artes
femininas. Esta relacionado à agricultura, à inspiração, ao aprendizagem. à poesia, à adivinhação, profecia, amor, bruxaria, ao
conhecimento oculto.
Cerridwen/Ceridwen/Caridwen - Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza,
Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam
a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur,
nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen
preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas,
poesia, encantamentos e conhecimento.Deusa da Lua, a Grande Mãe, senhora dos grãos e da natureza toda, bem como da morte, da
fertilidade, da regeneração, da cura, do Amor, das águas, da inspiração, da magia, da astrologia, das ervas, da ciência, da poesia, dos
encantamentos e do conhecimento. Seu símbolo é uma porca branca, a comedora de cadáveres (representação da Lua). É o princípio
feminino do universo. Cerridwen (País de Gales) - Deusa da Natureza, da morte, fertilidade, inspiração, magia, astrologia, ervas,
ciência, poesia, feitiços e conhecimento, sua imagem está relacionado ao caldeirão. 4/05, 20/06, 3/07, 1/11
Creiddylad/Creudylad/Cordellia - Deusa ligada ao Beltane, freqüentemente chamada de Rainha. Deusa de flores de verão, amor.
Deusa gaulesa do Amor e das flores estivais. Está ligada ao sabá Beltane, quando é chamada de Rainha de Maio.
Dewi - Deus que era representado por um Dragão vermelho, que tornou-se o símbolo do País de Gales. Dewi - Um Deus da Velha Gália.
O emblema oficial de Gales, um dragão vermelho, deriva da Grande Serpente Vermelha que em tempos representava o Deus Dewi.
Dylan - Filho da Onda, Dylan era o deus do mar para os antigos galeses, sendo filho de Gwydion e Arianrhod. Seu símbolo era um peixe
prateado.
Elaine - Aspecto virginal da Deusa no panteão galês. - Deusa, aspecto intacto da Deusa.
Govannon - Deus dos ferreiros e trabalhos com metais
Green Man - O Homem Verde tinha os mesmos atributos de Cernunnos, sendo igualmente uma divindade cornuda que habitava as
florestas. Deus dos bosques, seu nome, em galês antigo, é Arddhu (O Escuro) ou Atho.
Gwydion/ Gwin-dee-em - O Grande Druida dos galeses. Feiticeiro e bardo do Norte de Gales, seu símbolo era um cavalo branco. Rege a
ilusão, as mudanças, a magia, o céu e as curas. Deus gaulês das mudanças, da magia, das curas e da ilusão. Seu símbolo é um cavalo
branco.
Gwythyr / Gwe-theer - Oposto de Gwynn ap Nud, Gwythyr era o senhor do mundo superior, também no folclore galês. Rei do mundo
superior.
Gwynn ap Nudd - Deus do Submundo. Gwynn ap Nud - Rei das fadas e do submundo na tradição galesa.
Lleu Llaw Gyffes - equivalente ao Irlandes Lugh
Llyr - Deus do Mar. Llyr/Lear/Lir - No folclore galo-irlandês, Llyr era o deus do mar e da água, sendo considerado, ainda, senhor do
mundo subterrâneo. Llyr era pai de Manawyddan, de Bran e de Branwen.
Merlin/Merddin/Myrddin - Figura já conhecida do círculo da mitologia arturiana, este era o Grande Feiticeiro, o Druida Supremo dos
galeses. Dizia-se que aprendeu sua magia (que não era pouca) com a própria Deusa, sob os nomes de Morgana, Viviane, Nimue ou
Rainha Mab. A tradição diz que Merlin dorme numa caverna de cristal depois de enganado por um encantamento de Nimue. Merlin era o
senhor da ilusão, da profecia, da adivinhação, das previsões, dos artesãos e ferreiros. Diz-se ainda que tinha grande habilidade de mudar
de forma.
Mabon - Filho de Modron, guerreiro. Mabon - Mabon, filho de Modron ("Jovem" filho de "Deusa Mãe") era um Deus da Caça. Ele foi
raptado quando tinha três dias e foi viver em Annwn quando depois foi salvo por Culhwch quando adulto. Ele ficou para sempre jovem
como resultado da sua estadia. Ele ajudou Culhwch na procura de Olwen. A madrasta de Culhwch desejou que ele casasse com a sua
filha. Quando ele recusou, ela amaldiçoou-o no intuito de ele não casar com mais ninguém a não ser Olwen, filha de Ysbaddaden. Ele
tinha o poder de fazer a Terra florescer ou de a tornar erma. Ele alistou-se na contenda para ajudar Artur na procura de Olwen.
Margawse - Aspecto da Deusa Mãe.
Math ao Mathonwy - Deus das Artes Mágicas. Math Mathonwy - Deus da feitiçaria, da magia e do encantamento no folclore galês.
Modron - Deusa cujo nome Significa Deusa Mãe. Modron - Deusa de Gales, filha de Avalloc, deriva da Deusa Celta Matrona. Ela é
tida como sendo um protótipo de Morgana.
Pryderi - filho de Pwyll e Rhiannon. Pryderi - Pryderi ("preocupação") era filho de Pwyll de Dyfed e Rhiannon, uma mulher do Outro
Mundo. Ele foi raptado quando nasceu, salvo por Teirnon, e devolvido aos seus pais. Ele cresceu até ser adulto no espaço de sete anos.
Casou com Cigva e reinou em Dyfed depois da morte do seu pai. Convidou depois o segundo marido da sua mãe, Manawydan, filho de
Llyr para viver em Dyfed depois do seu casamento. Um dia, toda a terra de Dyfed foi transformada num ermo e apenas Rhiannon,
Manawydan, Pryderi e a sua mulher Cigfa foram poupados. Manawydan e Pryderi quando caçavam um dia, seguiram um enorme Javali
branco. Este entrou num buraco onde Pryderi encontrou uma taça de ouro; quando lhe tocou, ficou enfeitiçado. Rhiannon segui-lhe e
ficou também enfeitiçado; o buraco então fechou-se e levou-os com ele. Manawydan e Cigva capturaram um pequeno rato por acaso, o
qual na realidade era a mulher de Llwyd, um inimigo de Rhiannon e o feitiço foi quebrado. Dyfed foi restituída á sua condição normal e
Pryderi reinou durante muitos anos.
Pwyll - Principe de Dyfed e herói no Mabinogion. Pwyll - Pwyll, Senhor de Dyfed, encontrou enquanto caçava, um estranho par de cães
de caça de um branco puro excepto as suas orelhas que eram vermelhas. Tentado ataca-los e defender-se Pwyll lançou os seus próprios
cães sobre eles, o que lhe custou a punição por parte do dono dos cães que era Arawn, Rei de Annwn (Submundo). Arawn lançou sobre
Pwyll a seguinte penitência: ele iria viver em casa de Arawn, disfarçado, por um ano e um dia, enquanto Arawn viveria em Dyfed em
seu lugar. No fim do tempo determinado, ele iria travar uma batalha com Hafgan, um inimigo de Arawn e vencê-lo pois apenas um
mortal o conseguiria fazer. Pwyll não só conseguiu cumprir a penitência como também se absteve de dormir com a mulher de Arawn;
como recompensa, Arawn tornou-se o seu melhor amigo. Mais tarde, Pwyll conheceu Rhiannon, filha de Hefeydd o Ancião. Ela
apareceu diante dele como uma linda mulher vestida de ouro e montada num cavalo branco.. Pwyll mandou o mais rápido dos seus
cavaleiros segui-la mas não capturá-la. No terceiro dia, ele falou com ela e ela disse-lhe que preferia casar com ele do que casar com o
seu prometido marido, Gwawl. Um ano e um dia depois Pwyll encontrou-a na corte de seu pai, onde e com a sua ajuda a ganhou a
Gwawl. Ela deu á luz o filho de Pwyll que desapareceu logo após o parto. Rhiannon então matou um cachorrinho e derramou o seu
sangue por si, para evitar ser culpada pelo desaparecimento da criança. Como punição passou sete anos a contar a sua história a todos os
recém chegados e a traze-los como se de um cavalo se tratasse, até á corte. Entretanto a criança estava na corte de Teyrnon, cujas éguas
davam á luz na Noite de Maio, e perdiam as crias misteriosamente. Quando Teyrnon assistia aos nascimentos, ele salvou um dos poldros
de uma besta misteriosa, e descobriu também uma criança, do lado de fora do estábulo, a qual ele e a sua esposa adoptaram. O rapaz
cresceu até ser adulto no espaço de sete anos e foi-lhe oferecido o poldro que foi salvo na noite do seu nascimento. Eles reconheceram
então a criança como sendo filho de Pwyll e devolveram o rapaz á sua família onde ele foi chamado Pryderi (preocupação) pela sua mãe.
Pwyll reinou então feliz até ao dia da sua morte.
Rhiannon/ Hri-um-não - Esposa de Pwyll. Rhiannon - Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protetora dos cavalos e das aves.
Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco. É uma deusa britânica, ligada
ao mundo dos mortos (outro mundo) e possuidora de famosos três pássaros. Há uma longa história presente no Mabinogion envolvendo
seu casamento com o herói gales Pwyll, monarca de Dyfed bem como uma maldição para que esta se tornasse estéril engravidando
através de mágica e uma grande busca por seu filho após ao nascimento. Além das crianças e o mundo dos mortos ela também tem sua
imagem associada a cavalos. Dizia-se que os pássaros de Rhiannon com seu canto podiam despertar os mortos para a vida e adormecer
os vivos em sono de morte.Por sorte eles não eram muito de sair cantando por ai. Uma tríade galesa até mesmo dizia que '' Há três coisas
que não são muito ouvidas: O canto dos pássaros de Rhiannon, sabedoria da boca de um saxão e um convite a banquete da boca de um
avarento.''
Taliesin - Bardo de Grande Renome cujo nome significa ‘Face que Brilha’. Taliesin - Taliesin o Bardo, foi o druida chefe da corte de
Arthur, um dos maiores reis da Inglaterra. Dominava a arte da escrita, a poesia, a sabedoria, a magia e a música. Taliesin é tido como
patrono dos druidas, bardos e menestréis. Tal-eu-ess-em (País de Gales) - Deus poeta, da sabedoria, mago, música, conhecimento.
GALIA
BRETANHA
GALES E IRLANDA
Don/ Dom-noo - Deusa mãe, Equivalente a Irlandesa Danu. - Deus governante da terra, da morte eentradas para os outros mundos.
Controle dos elementos, eloquência.
Goibniu / Gofannon / Gov-ann-em - Deus dos ferreiros, fabricante de arma, fabricação de jóias.
Manannan Mac Lir / Mannan-awn maliklir - Deusa do oceano, navegantes, das tempestades, fertilidade, artes, renascimento.
Llyr / Thleer / Lir - Deus do oceano e água.
Nuada / Nudd - Deus parecido com Netuno, Deus das águas, oceanos, pesca e sol.
Morrigan / Morgana/ Moor-rig-oo - Deusa suprema, patrona das sacerdotizas, sacerdotes e bruxas.
Druantia - Deusa da fertilidade, paixão, atividades sexuais, árvores, proteção, conhecimento, criatividade. "Rainha dos Druidas", deusa
ligada à fertilidade, às atividades sexuais, às árvores, à proteção, ao conhecimento e à criatividade. 29/03
Great Father - O Senhor (não o diabo), Senhor de inverno, colheita, animais, montanhas, regeneração. O aspecto masculino de criação.
O Senhor. Senhor de inverno, colheita, animais, montanhas, luxúria, forças de destruição e regeneração. O aspecto masculino de criação.
Great Mother - Deusa, a Dama, o aspecto feminino de criação, Deusa de fertilidade, a Lua, verão, flores, amor, restabelecimento.
Green Man - Veja Cernunnos.
Herne, o Caçador - Igual à Cernunnos, Homem Verde, Senhor da Caça selvagem. O lado ativo, masculino de natureza. Pai da Terra,
dos animais selvagens, fertlidade, desejo, amor físico, agricultura, bandos. Deus Cornífero, o Deus amante da Deusa Mãe.
Balor - Um Fomoriano que possuia um olho venenoso. Um dos seus olhos tornou-se maligno para os outros seres quando espiava os
feiticeiros do seu pai a prepararem uma poção mágica. O fumo do caldeirão contaminou-lhe um olho. Foi-lhe permitido viver se
mantivesse o olho fechado. Os Fomorianos usavam um gancho para lhe abrir o olho durante a batalha de forma a poder matar o inimigo.
Pensa-se que o Castelo de Balor na Ilha de Tory, ao largo de Donegal, tenha sido um posto avançado Fomoriano.
Crone: conhecido em todas as regiões célticas - Deusa, aspecto da Deusa Tripla. Ela representa velhice ou morte, inverno, o fim de
todas coisas, o sangue menstrual, fases de vidas das mulheres. Toda destruição que precede regeneração através de ela, o caldeirão do
renascimento.
Dama Branca - Conhecida em todos os países celtas, era identificada como Macha, Rainha dos Mortos, a forma idosa da Deusa.
Simbolizava a morte e a destruição. Algumas lendas chamam-na de Banshee, aquela que traz a morte.
Ahes Ou Dahut – Deusa celta do amor e da sexualidade 29/08
Ailinn - Deusa celta do amor e da fertilidade 27/10
Aima - A Grande Mãe celta da antiga Espanha, regente do céu e dos planetas, equivalente a Binah da Cabala 04/08
Akurime - Deusa celta da vida, da beleza e do amor 30/04
Andraste - Deusa celta da guerra, “A Invencível” 9/04, 28/08
Aobh - Deusa celta do tempo, senhora da névoa 10/02
Arduinna - Deusa celta guardiã das florestas’ 13/02
Arenmetia - Padroeira celta da águas curativas 04/08
Argante - Deusa celta da saúde e da cura 04/08
Arian - Deusa celta da abundância e do bem-estar 08/09
Basihea - Deusa celta ndo céu, dos pássaros e das viagens 31/05
Blathnat - Deusa celta da sexualidade e da morte 01/04
Blodewedd - Deusa celta das flores, do amor e da magia 04/05
Cailleach - Deusa celta da Terra e Natureza, a Anciã ancestral da Escócia 27/02, 31/10, 10-21/11
Carman - Deusa celtada guerra 2/08, 23/09
Cathubodua - Deusa celta da guerra que assumia a forma de corvo durante as batalhas 07/10
Ceadda - Deusa celta das fontes 02/03
Clidna - Deusa celta das ondas do mar 28/12
Cliodhna - Deusa celta da beleza e sedução 28/12
Cliodhna - Deusa celta da beleza e da eloqüência 28/12
Coventina - Deusa celta da água, semelhante a Boann, Belisama, Sinann e Sulis 26/01, 26/05
Domnia - Padroeira celta dos menires e das pedras 05/06
Etain - Deusa eqüina e solar celta 2/06, 18/12
Fand - Deusa celta domar, do amor, do prazer e da cura 16/06
Grainne - Deusa celta da luz solar e do amor 30/04, 31/05, 22/06
Habonde - Deusa da abundância, de origem celta e germânica, semelhante a Abundita e Fulla 31/12
Inghean Bhuidhe - Deusa celta do verão 06/05
Ker - Deusa celta dos cereais e da colheita 16/10
Latiaran - Deusa celta da colheita, irmã de Inghean Bhuidhe (do verão) e de Lasair (da primavera) 01/08
Mari - Deusa celta dos bascos, presidia a chuva e punia os ladrões e os mentirosos Também uma deusa hindu da morte, identificada com
Durga 8/05, 24/08, 9/10
Mocca - Deusa celta da Terra 14/11
Nehelennia - Deusa celta, guardiã dos caminhos 06/01
Nemetona - Deusa celta da guerra e dos bosques sagrados 30/05
Sulis - Deusa celta da cura, considerada um aspecto da deusa Brighid e da deusa Minerva 26/05, 13/10
Tlachtga - Deusa celta dos raios e das revelações súbitas 16/11
Três Mães Ou Três Matres, - Deusas celtas doadoras da vida e da morte, reverenciadas pelos ciganos como “As três Marias” 24/05
Yngona - A grande mãe dos celtas - Patrona da destuição dos ferreiros, magia, profecia.
Invocam-se deidades pagãs diferentes para encantamentos e rituais que envolvam assuntos particulares. Temos a seguir uma lista de
assuntos e suas deidades correspondentes:
AGRICULTURA: Adónis, Amon, Aristeus, Baldur, Bónus Eventus, Ceres, Consus, Dagon, Demeter, Dumuzi, Esus, Ghanan, Inari,
Osíris, Saturno, Tamuz, Thor, Triptolemus, Vertumnus, Xochipilli, Yumcaax.
ARTES: Ea, Hathor, Odin, Thene, Thor.
ASTROLOGIA: Albion.
GATOS: Bast, Freya.
PARTO: Althea, Bes, Carmenta, Cihuatcoal, Cuchavira, Ísis, Kuan Yin, Laima, Lucina, Meshkent.
COMUNICAÇÕES: Hermes, Hermod, Janus, Mercúrio.
CORAGEM: Tyr.
SONHOS: Geshtinanna, Morfeu, Nasnshe.
TERRA: Ásia, Consus, Daghda, Eniil, Frigga, Frija, Gaia, Ge, Geb, Kronos, Ninhursag, Ops, Prithiv, Rea, Saturno, Sif, Tellus.
FERTILIDADE: Amun, Anaitis, Apoio, Arrianrhod, Ashera-li, Astarte, Attis, Baal, Baco, Bast, Bona Dea, Boneca, Centeotie,
Cernuno, Cerridwen, Cibele, Daghda, De-meter, Dew, Dionísio, Eostre, Frey, Freya, Frigga, Indra, Isthar, Ishwara, Ísis, Kronos, Lono,
Lupercus, Min, Mut, Mylitta, Ningirsu, Ops, Osíris, Ostara, Oya, Pa, Pomona, Quetzalcoati, Rea, Rhiannon, Saturno, Selkhet, Sida,
Tane, Telepinu, TeUuno, TeUus Mater, Thunor, Tlazolteotl, Yarilo, Zarpanitu.
BOA SORTE E FORTUNA: Bónus Eventus, Daikoku, Fortuna, Ganesa, Jorojin, Laima, Tyche.
CURA: Apoio, Asclepius, Bast, Brígida, Eira, Gula, Ixtiiton, Khons, Paeon.
VIAGENS: Echua, Janus, Min.
LEI, VERDADE E JUSTIÇA: Astrea, Maat, Misharu, Themis.
AMOR: Aizen Myo-o, Alpan, Angus, Afrodite, Asera, As-tarte, Asthoreth, Belili, Creiwy, Cupido, Dzydzilelya, Érato, Eros, Erzulie,
Esmeralda, Februa, Freya, Frig-ga, Habondia, Hathor, Inanna, Isthar, Kades, Kama, Kivan-Non, Kubaba, Melusine, Menu, Minne,
Nana-ja, Odudua, Olwen, Oxum, Prenda, Sauska, Tlazolteotl, Turan, Vénus, Xochipilli, Xochiquetzal.
MAGIA LUNAR: Aah, Artemis, Asherali, Astarte, Baiame, Bendis, Diana, Gou, Hathor, Hécate, Ilmaqah, Isthar, Ísis, Jaci, Kabul,
Khons, Kilya, Lucina, Luna, Mah, Mama Quilia, Mani, Menu, Metzii, Myestas, Nanna, Pah, Selene, Sin, Soma, Taukiyomi, Thoth,
Varuna, Yarikh, Yerak, Zamna.
CASAMENTO: Airyaman, Afrodite, Aryaman, Bes, Bhaga, Ceres, Érato, Frigga, Hathor, Hera, Hymen, Juno, Pattini, Salacia, Svarog,
Thalassa, Tutunis, Vor, Xochipilli.
MÚSICA E/OU POESIA: Apoio, Benten, Bragi, Brígida, Hathor, Orfeu, Odin, Thoth, Vainemuine, Woden, Xochipilli.
PROFECIA, DIVINAÇÃO E ARTES MÁGICAS: Anubis, Apo-lo, Brígida, Carmenta, Ea, Exu, Hécate, Ísis, Odin,
Set, Shamash, Simbi, Tages, Thoth, Untunktahe, Woden, Xoloti.
REENCARNAÇÃO: Hera, Khensu, Ra.
MAR: Anfitrite, Benten, Dylan, Ea, Enoil, Glaucus, Leuco-thea, Manannan, Mãe Lar, Netuno, Nereus, Njord, Paldemon, Phoreys,
Pontus, Poseidon, Proteus, Sho-ney, Yanun.
CÉU: Aditi, Anshar, Anu, Dyaus, Frigg, Hathor, Horus, Joch-Huva, Júpiter, Kumarbis, Nut, Obatala, Rangi, Svarog, Tane, Thor, Tiwaz,
Ukko, Urano, Varuna, Zeus.
MUDANÇA DE FORMA: Freya, Volkh, Xolotl, Zeus.
SONO: Hypnos (ver também as deidades pagãs que governam os SONHOS.)
MAGIA SOLAR: Amaterasu, Apoio, Atum, Baldur, Bochica, Dzahbog, Helios, Hiruku, Horus, Hyperion, Inti, Leg-ba, Lugh,
Mandulis, Mão, Marduk, Maui, Melkart, Mitra, Orunjan, Paiva, Perun, Febo, Ra, Sabazius, Samas, Sams, Shamash, Sol, Surya,
Tezcatlipoca, Tonatiuh, Torushompek, Utto, Vishnu, Yhi.
VINGANÇA: Nêmesis.
RIQUEZA E PROSPERIDADE: Daikoku, Jambhala, Kubera, Plutão, Thor.
TRABALHO COM O TEMPO ATMOSFÉRICO: Adad, Aeolus, Agni, Amen, Baal, Bragi, Buriash, Catequil, Chac-Mool,
Chemobog, Donar, Fomagata, Ilyapa, Indra, Jove, Júpiter, Kami-Nari, Koza, Lei-Kung, Marduk, Nyame, Perkunas, Rllan, Pulung,
Quiateot, Raiden, Rammon, Rudra, Xangô, Sobo, Summanus, Taki-Tsu-Hiko, Tawhaki, Tawhiri, Tefhut, Thor, Thunor, Tilo, Tinia,
Typhoeus, Tyfon, Yu-Tzu, Zeus, Zu.
SABEDORIA: Aruna, Atena, Atri, Baldur, Brígida, Dainichi, Ea, Enki, Fudo-Myoo, Fugen Bosatsu, Fukurokuju, Ganesa, Minerva,
Nebo, Nimir, Oannes, Odin, Ogh-ma, Quetzalcoati, Sia, Sin, Thoth, Vohumano, Zeus.
Avalon
Em Avalon existiam cinco faces da Deusa com que as sacerdotisas trabalhavam, embora várias delas continuaram a venerar as Deusas
de suas terras junto com essas cinco Matronas. Nós achamos vestígios delas nos registros escritos posteriores dos celtas e por causa de
muitas das lendas terem sido escritas depois da Nova religião ter se firmado e tomado conta da Grã-Bretanha,devemos olhar além das
antigas verdades ocultas nelas.
De fontes como o Mabinogion e os poemas de Taliesin, damos início a nossa busca pelas Deusas de Avalon...
Vir a conhecê-las é um processo para toda a vida - essa resumida compilação visa servir como introdução à informação não está de
maneira nenhum completa, mas serviria como um indicador para direcionar o estudante em seu caminho.
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Blodeuwedd
Blodeuwedd é a Deusa virgem galesa, reverenciada em Avalon como a Deusa dos novos começos, independência e capacidade. A
história que o patriarcado tem para contar de Blodeuwedd pode ser achada no trecho do Mabinogion chamado de Math, son of
Mathonwy (Math, filho de Mathonwy).
Ela é feita de nove flores pelos grandes magos Math e Gwydion,para ser a noiva de Llew, o Deus Sol Gales. Ela escolhe outro amante,
que tenta assassinar seu marido, mas Liew, porém, se transformou em uma águia. Llew foi encontrado e trazido de volta a sua forma
original por Gwydion, que transformou Blodeuwedd em uma coruja em como punição. Existem muito mais nessa história do que os
olhos podem ver...observe além do que está escrito e verás a verdade.
O nome Blodeuwedd significa “Rosto de Flor”, que se refere a suas origens nas flores, assim como sua associação com a coruja...que no
País de Gales, ainda traz seu nome: Blodeuwedd.
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Arianrhod
A Deusa Arianrhod, é uma das faces da Deusa Mãe em Avalon. Ela era a mãe de Llew ( Deus Sol Gales) e Dylan (Deus do Mar). Seu
nome literalmente significa “Roda Prateada”, e sua morada, Caer Arianrhod, nada mais é do que a Via Láctea.
Ela é retratada em Math, son of Manthonwy, e novamente devemos olhar além do que sua lenda conta. Ela é chamada a corte de Math
por seu irmão Gwydion, é convocada a ser “Math’s Footholder” (algo como: A que segurava o pé de Math – isso é estranho mesmo).
Para realizar essa tarefa, ela deveria provar sua virgindade, pois Math, exceto durante a guerra,si poderia viver se mantivesse seus pés no
ventre de uma virgem. Pede-se que ela pise na varinha de Gwydion para verificar se ela de fato era virgem. Ela pisa sobre a varinha, e
imediatamente da á luz a seus dois filhos. Dylan rasteja-se e escapa para o mar, enquanto a outra criança é capturada por Gwydion. A
furiosa Arianrhod jura a seu irmão que a criança em seus braços nunca terá um nome, nunca empunhará uma espada e nunca possuirá
uma mulher da Terra – e que essas coisas só poderiam ser concedidas pela mãe da criança. Com o passar do tempo, através de mentiras,
Gwydion consegue enganar Arianrhod, e da um nome e arma á seu filho, mas apenas com a criação de Blodeuwedd que o jovem Llew
pode ter uma esposa.
Arianrhod é a representação da Mãe que é sempre virgem...aquela que dá à luz, ainda que não pertença a homem algum. De seu trono
astral, ela coloca tarefas a nossa frente enquanto a Roda da nossa vida vai girando...
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Rhiannon
E os pássaros de Rhiannon...
Cantavam para Eles do outro mundo,
Trazendo a eles a alegria...
A Deusa Rhiannon “A Grande Rainha”, e outra face da mãe. Ela que a égua branca, a rainha do outro mundo, cujos pássaros poderiam
confortar as almas dos mais perturbados mortais. Ela é a mãe educadora, devota a seus filhos, que amavelmente nos ensina que devemos
aprender as lições a nossa frente.
Rhiannon aparece em dois trechos do Mabinogion, Pwyll, Prince of Dyfed (príncipe de Dyfed) e Manawyddan, son of Llyr
(Mnawyddan, filho de Llyr).
Como e dito nessas histórias, ela entende miséria e dor, separação e perda, mas sempre embora ela tenha sido enganada seu amor era
implacável, e sua dignidade inabalável. Conhecida também como Épona pelos gauleses, e Macha para os irlandeses (Tanto Épona como
Macha, assim como a própria Rhiannon são associadas com cavalos). Essa querida Deusa e a Grande Rainha Mãe dos Celtas.
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Cerridwen
Cerridwen, a porca branca (as comparações aos animais não tem de maneira alguma uma finalidade ofensiva), e reverenciada em Avalon
como a Deusa Anciã – Ela que é a escuridão da Lua, cujo caldeirão devemos adentrar para renascer. Ela é a lavadeira no rio, a feiticeira,
a Cailleach, aqueles que não a entendem, temem-na, ainda que o grande Bardo Taliesin recebeu seu dom, entretanto, em um período de
testes desse aspecto da Deusa.
Certa vez, um jovem servo chamado Gwion roubou três gotas de uma poção que Cerridwen estava preparando para seu filho Avagdu.
Com essa poção, obtinha-se otdo o conhecimento, e sabendo que ela iria puni-lo, ele fugiu da furiosa Deusa.
Uma perseguição repleta de mudanças de forma teve inicio, até que finalmente Gwion, na forma de um grão, se escondeu no chão na
dispensa. Cerridwen transformou-se em uma galinha e comeu o grão consumido por sua vez Gwion. Nove meses depois, Taliesin, o
Bardo, emegiu de seu útero, e Ela jogou-o no mar em Samhain, onde ele foi encontrado numa rede de pescar.
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Branwen
Incrível Branwen, a personificação da soberana, e a Deusa Suprema de Avalon. Apesar de haver um capítulo inteiro do Mabinogion que
carrega seu nome, Brawen (filha de Llyr) – o único capítulo nomeado para uma mulher, a história apenas mostra a importância e o
domínio dessa Deusa.
Significado “Corvo Branco”, a irmã de Bran, o abençoado (Bran the Blessed).
Se torna Rainha da Irlanda e é extremamente maltratada por seu marido.
Enviando estorninhos (se não me falha a memória é uma espécie de pássaro),
Que ela mesma treinou, ela chama seu irmão, que era Rei da Ilha da Bretanha, para socorre-la. Depois das batalhas do aparecimento do
Caldeirão da Abundância, que restaura a vida, e a decapitação de seu irmão.
Branwen retorna para a Bretanha onde Ela morre de tristeza por tanta morte e destruição.
Ela é muito preocupada com a prosperidade de seu Reino, e é uma Deusa muito profunda e complexa.
Essas cinco Deusas são muito mais do que os escritores dizem delas. Quando suas lendas foram finalmente, elas já tinham sido reduzidas
em tamanho – elas não eram mais Deusas, mas sim mulheres mortais, rainhas, criações de magos, e pertencentes ao folclore das fadas. O
patriarcado não foi bondoso com elas também, pois suas histórias são contadas mais em relação aos homens em suas vidas.
Procure pelo que está escrito, mas olhe além das palavras. Esses são os símbolos a serem explorados, atributos a serem compreendidos,
e se você pesquisar profundamente...as Deusas por Elas mesmas irão revelar suas verdadeiras histórias para você...
Outras Deusas que possuem relações com Avalon são: Brigit, Anu, Danu, Morgan, e outras incontáveis Deusas locais trazidas a Ilha
pelas mulheres que eram treinadas como sacerdotisas. Existem aqueles que dizem que as mulheres eram trazidas de todas as ilhas
brit6anicas, das terras Célticas continentais, e até de lugares distantes como Grécia para estudar em Avalon. Seguramente, elas traziam
suas tradições locais para a Ilha.
É conhecido por nós então que essas cinco – Blodeuwedd, Arianrhod, Rhiannon, Cerridwen e Branwen, são as guardiãs da Ilha Sagrada
de Avalon
Para os primitivos celtas, o mito suplantava a própria história. Em nenhuma outra sociedade se dava tão perfeita simbiose entre a
realidade e a irrealidade, a narração e a fábula, o exotérico e o esotérico. Já o grego Estrabão, que nasceu pouco antes de começar a nossa
era, menciona os celtas na sua volumosa obra geográfica, baseando-se em escritos de anteriores historiadores clássicos, e faz menção à
semelhança de ritos e costumes entre povos que, graças às contínuas migrações daqueles tempos, geminavam as suas raças até chegar a
uma posterior simbiose.
Também cita algumas das suas peculiaridades, as quais fazem este povo primitivo mais atrativo do que outros muitos daquela época.
Sabe-se, por exemplo, que os celtas adoravam as águas dos diferentes mananciais e consideravam sagradas todas as fontes. Em torno
delas teceram variedade de lendas, algumas das quais sobreviveram até aos nossos dias.
Havia um deus das águas termais chamado Bormo, Borvo ou Bormanus -conceitos que têm o significado
de "quente", daqui derivará Bourbon, ou "luminoso" e "resplandecente"-, com que era reconhecido também, em ocasiões, como o deus
da luz. E o seu ancestral culto daria lugar à comemoração das célebres festas irlandesas -as "Baltené"-, que se celebram no primeiro de
Maio.
Muito freqüentemente, os heróis celtas consideravam-se filhos do rio Reno -pois da margem direita deste rio provinha essa etnia celta
que invadiu a Gália, as Ilhas Britânicas, Espanha, parte da Alemanha e a Itália e o vale do Danúbio-, dado que sentiam a necessidade de
ser purificados pelo poder catártico da água.
Não obstante, a deidade mais peculiar das águas era Epona -assimilada do mundo grego, que sempre ia montada a cavalo, animal que o
deus do mar, Possêidon-, tinha feito surgir com o seu tridente, tal como ficava registrado na mitologia clássica, pelo qual também era
considerada entre os celtas como uma deusa eqüestre. Havia também uma espécie de padroeira de mananciais e fontes à qual os galos
denominavam Sirona.
Montanhas
É o galo, portanto, um povo de costumes ancestrais que introduz na história, talvez sem querer, o valor mágico da arte, dado que há mais
de quinze mil anos representava nas paredes de ocultas covas uma série de estilizadas figuras que, na opinião de modernos
investigadores da pré-história, estavam carregadas de simbolismo, e pelo menos -especialmente ao representar o corpo de alguns
animais, que lhes serviam de alimento, atravessados com flechas ou lanças como uma premonição mágica da sua posterior captura-,
pretendiam aproximar a realidade da sua imagem até identificar ambas.
Trata-se, portanto, de um povo que se caracteriza por introduzir nas suas legendárias epopéias, transmitidas habitualmente de forma oral,
elementos mágicos e simbólicos que conformarão o mito do seu ancestral e da sua idiossincrasia, como raça e como etnia únicas.E,
assim, os galos tinham uma concepção animista da natureza e da matéria -as coisas estão cheias de deuses e de demônios e têm vida- e,
pelo mesmo motivo, consideravam sagradas as montanhas e, de forma especial, as suas cumeeiras e picos, onde se levavam a cabo
rituais similares aos que se realizavam no Reno ao submergir nas suas águas os recém-nascidos; se o menino sobrevivia passava a ser
filho legítimo dado que tinha um protetor, o rio Reno, comum a ele e ao seu progenitor. Algumas cumeeiras de montanhas eram
consideradas como morada das deidades celtas e, nas suas cimeiras, se erigiam templos em honra aos deuses que melhor protegeriam
estes lugares de silêncio e recolhimento.
Eram consideradas como deidades a Montanha Negra e algumas cumeeiras dos Pirineus. De resto, a semelhança com os lugares sagrados
da mitologia clássica, tais como o Olimpo e o Parnaso, era evidente.
Bosques
Uma etnia, como a celta, que enchia as regiões em que habitava com infinidade de seres fantásticos, tais como fadas, gnomos, silfos,
duendes e anões, tinha que conseguir lugares idôneos para o acomodo de semelhante figuras. E é assim como surge a preocupação e o
respeito pela vegetação, pelas ervas, pelas árvores; o bosque erige-se em santuário celta, e as suas árvores -com as raízes procurando as
profundidades da terra, e os ramos abrindo-se para o horizonte amplo do espaço exterior-, simbolizam a relação constante entre o que
está abaixo e o que está acima, entre o imanente e o transcendente.
Seguindo o seu critério animista, os galos consideravam os seus bosques cheios de vida e, muito especialmente certas árvores, da família
dos Quercus, que neles cresciam. Entre estas, talvez o ritual mais oculto e eficaz fosse aquele das azinheiras, às quais se tinha um
respeito religioso e transcendental, carregado de veneração. Era uma árvore bendita e, quando ardia, tinha a virtude de curar doenças.
Talvez a tradição, que ainda dura, das fogueiras de São João tenha a sua origem em certos ritos celtas relacionados com a chama
catártica da azinheira ao arder.
Simbolismo Vegetal
Aqueles que passassem pelo tronco oco das árvores do bosque seriam preservados de todas as doenças e todos os males. E, no caso do
carvalho, torava-se tão patente o seu caráter totêmico que era consagrado ao deus celta Dagda, que era uma deidade criadora que
encarnava o princípio masculino, ao passo que o princípio feminino era do Ágárico. Só os druídas -poderosos sacerdotes galos-, com as
suas podadeiras de ouro e revestidos com túnicas brancas, numa cerimônia plena de pompa, podiam cortar e colher o agárico que crescia
pegado aos carvalhos. A cerimônia ia presidida por um ritual consistente em sacrificar touros brancos aos deuses; também o tecido onde
se depositava o agárico podado devia ser branco.
Havia também outras plantas que se utilizavam para curar as doenças contraídas por alguns animais e, para colhê-las, era necessário
seguir um ritual consistente em utilizar somente a mão esquerda, jejuar e não olhar para a planta no momento de arrancá-la. Caso
contrário, não surtiria o efeito desejado. O carvalho, então, aparecia entre os celtas carregado de simbolismo e, pelo mesmo motivo,
representava a boa acolhida, a tutela e o apoio.
Simbolismo Animal
Também os animais eram objeto de culto e veneração entre os galos. Alguns grupos tribais utilizavam o nome próprio de um
determinado animal para, assim, mostrar-lhe a veneração e o culto devidos. Por exemplo, a tribo dos "Tauriscí" recebia esse nome
porque os seus componentes estavam considerados como "os homens e mulheres do Touro". Os "Deiotarus" pertenciam ao grupo do
Touro deífico. Os "Lugdunum" eram chamados assim porque habitavam na colina do corvo. Os "Ruidiobus" apareciam associados com
o javali e o cervo. A tribo dos "Artogenos" era um povo ligado à existência de animais como o urso. E até havia uma deusa que recebia o
nome de "Artío", e aparecia representada com a figura de uma ursa.
A verdade é que existem numerosas representações artísticas que mostram a importância que, entre os celtas, adquiriria o totemismo
animal. Existia também, uma abundante espécie de legislação não escrita, que é uma conseqüência direta desta consideração sagrada dos
animais, pela qual os povoadores celtas se mostrarão escrupulosos à hora de conseguir os seus alimentos. Por exemplo, entre os celtas
não se consumia carne de cavalo, dado que este era um dos animais considerados sagrado e exclusivamente destinados a trabalhos
bélicos.Certos animais, como a lebre, eram utilizados pelos povoadores galos com fins relacionados com a predição profética e a visão
futura. Também o frango, o galo e a galinha eram animais venerados pelos galos e a sua carne não podia comer-se.
Deidades Sanguinareas
O curioso é que, ao lado de tanto respeito pelos animais, os galos praticavam sacrifícios cruentos de seres humanos que ofereciam a
umas deidades consideradas desapiadadas. Entre estes deuses cabe destacar Esus, Teutatés e Tarann; o primeiro deles era um deus
lenhador, considerado como dono e senhor de campos e vidas. Era muito similar a um deus secundário do panteão clássico, specialmente
do romano, que tinha os mesmos atributos que a deidade gala e que levava por nome Herus.
O segundo deles estava considerado como um deus relacionado com a população, com o povo, pois "Teutatés" guarda relação com uma
palavra celta que significa povo. Não parece, de resto, que tenha muito que ver com a existência de uma deidade sangüinária que exige
vidas humanas. O último dos três enumerados, Tarann -também chamado Taranis-, deriva o seu nome da palavra gala tarah, que significa
"relâmpago", e estava considerado como o deus do fogo e das tempestades. Também aparecia, às vezes, como uma deidade relacionada
com outros elementos essenciais diferentes do fogo, tais como a água, o ar e a terra, sobre os quais incidiria como uma espécie de
princípio ativo. Também foi relacionado com o conhecimento e a intuição, pelo qual não parece que seja um deus merecedor de
semelhante barbaridade como era o sacrifício de vidas humanas.
O Caldeirão Da Abundância
E dado que a mitologia gala contém mais de cem deidades, a variedade está assegurada. Isto é, que ao lado dos anteriores, considerados
pelos narradores de mitos como sangüinários, existem outros de características radicalmente opostas.
Por exemplo, neste sentido, cabe citar o benéfico e altruísta, se se me permite a expressão, deus celta Dagda. Este era conhecido pelo
atributo do caldeirão da abundância -entre os celtas, o caldeirão era um dos objetos carregados de simbolismo mágico e mítico, pois no
seu fundo se guardavam as essências do saber, da inspiração e da extraordinária taumaturgia-, com o qual alimentava todas as criaturas.
E não só ficavam satisfeitos de forma material, mas também, os que acudiam ao caldeirão generoso de Dagda, sentiam saciadas as suas
apetências de conhecimento e sabedoria.
Outra qualidade do deus Dagda era a sua relação direta com a música e com o seu poder evocador. Um dos seus atributos era
precisamente a harpa, instrumento que manejava com habilidade e arte e que lhe servia para convocar as estações do ano. Arrancava
também tão suaves melodias deste instrumento que muitos mortais passavam deste mundo para o outro como num sonho, e sem sentir
dor alguma, sem sequer repararem nisso.O deus Dagda foi uma espécie de Orfeu céltico e, entre os seus descendentes, cabe citar Angus
que cumpria entre os irlandeses as mesmas funções que o Cupido clássico. Angus era a deidade protetora do afeto e do amor e, em vez
de lançar dardos ou flechas, atirava beijos que não se perdiam no ar, senão que se convertiam, depois de terem cumprido, por assim
dizer, a sua missão, em dóceis e delicadas aves que alegravam com o seu melodioso trinar a vida dos felizes apaixonados. Dagda
também teve uma filha chamada Brigt que foi considerada pelos celtas como a protetora das artes declamatórias e líricas. Encomendou-
se-lhe o patrocínio da cidade e, entre os galos, era a que guardava o caldeirão do conhecimento, a sabedoria e a ciência.
Gigantes e Heróis
Houve outros deuses celtas que quase eram réplicas perfeitas das deidades clássicas. Tal é o caso do deus Mider, cujas características são
muito similares ao Plutão dos clássicos, pois estava considerado como o deus que governava os abismos subterrâneos e infernais.
Sempre era representado com um arco, que sabe utilizar com extrema habilidade, e que lhe serve para selecionar as suas possíveis
vítimas, que escolhe tanto entre os heróis como entre os mortais. Em certas ocasiões foi comparado com uma espécie de Guilherme Tell
galo.Cabe também citar outras criaturas que povoavam a região dos celtas e que guardam também certo paralelismo com outras similares
no mundo grego e romano.
Trata-se de seres de tamanho descomunal e desproporcionado; de gigantes que, como o irlandês de nome Balor, quase não podia mover
as suas pálpebras -diz-se que tinham que lhas segurar com uma forquilha para que se mantivessem levantadas- e, no entanto, era capaz
de infringir às suas infelizes vítimas um mal irreparável, para o qual não havia remédio. Trata-se do incurável mau-olhar. Na mitologia
clássica existem personagens parecidos entre a raça dos ciclopes, que tinham um único olho, de grandes proporções, no meio da sua
fronte.Outros heróis celtas legendários, cuja personalidade difere radicalmente da do gigante Balor, são o rei Fionn e o herói Bran. Do
primeiro diz-se que tinha tanto poder que, quando se enfurecia, era capaz de cobrir de neve toda a Irlanda durante um longo espaço de
tempo. Do segundo se conhece uma das suas mais célebres empresas, que é a contida naquela legendária narração em que se descreve
como o herói mítico Bran, para travar batalha com os seus inimigos, foi capaz de atravessar a pé o mar da Irlanda. Também cabe
mencionar a lenda do mais conhecido dos reis legendários celtas, cujas aventuras foram colhidas em escritos galos e irlandeses e que era
apresentado ora como um deus, ora como um herói imortal e, em ocasiões, como um simples mortal que luta contra o invasor anglo-
saxão. O ciclo medieval do Rei Artur narra as façanhas deste personagem mítico, de resto ajudado na sua luta por deidades possuidoras
de poderes maléficos e benéficos ao mesmo tempo. A importância que se atribui ao episódio da procura do Santo Graal, baseado numa
crença medieval cristianizada, e a série de personagens -como os Cavaleiros da Távora Redonda, Percifal e Lancelote, etc- e
circunstâncias que se sucedem para descobri-lo, tem já um precedente na mais ancestral tradição celta. Isto é, naquela que relaciona o
herói Artur com o achado do caldeirão mágico, do qual se apoderou mas, quando o subia para o navio, encontrou-se que a sua tripulação
tinha crescido demasiado e não cabiam na nave. O certo é que na Irlanda existem inumeráveis narrações míticas, cheias de encanto e
mistério, que serviram de inspiração, em numerosas ocasiões, a qualificados artistas e escritores de todos os tempos.
O Herói Cuchulainn
Um dos ciclos míticos celtas mais cheio de interesse, e no qual os seus protagonistas se transformam em heróis imortais, no sentido de
que sobreviverão na tradição popular para sempre, tem lugar nos tempos de um legendário soberano que se supõe que desenvolveu as
suas atividades pouco antes do início da nossa era. O seu nome era Conchubar, e tinha-se erigido em rei do Ulster depois de ter tirado o
trono a Fergus, anterior soberano do citado reino. Dado que aquele se tinha servido de diversas estratagemas e enganos para conseguir os
seus propósitos, os partidários deste último não demoraram em reagir e, para derrocar Conchubar, destruíram a capital do Ulster. No
entanto, a descrição desta epopéia leva-nos a considerar a chegada à história das legendárias sagas de um dos heróis mais célebres da
mitologia celta: trata-se de Cuchulainn. Este travou cruentas batalhas com as suas armas invencíveis e jurou sempre fidelidade ao rei do
Ulster.
"O Dos Braços Compridos" Cuchulainn tem muito em comum com os heróis clássicos, com o próprio Aquiles -destacado protagonista
da Ilíada-, por exemplo. O herói em questão nasceu da união entre um deus e uma mulher mortal e, assim, o seu pai foi a poderosa
deidade Lugh, que podia chegar com os seus enormes braços -o termo Lugh significa "o dos compridos braços"- aos lugares mais
afastados e recônditos. A mãe de Cuchulainn foi uma irmã do rei Conchubar, pelo qual este era o tio dele. O nome que impuseram ao
herói ao nascer foi Setanta mas, quando ainda não tinha feito os sete anos, já deu provas duma força sobre-humana, pois matou um cão
sangüinário e de poderosas mandíbulas, que até a essa altura ninguém tinha conseguido vencer. O amo do terrível animal era um ferreiro
que se gabava da ferocidade do seu cão até que, numa ocasião que convidou o rei Conchubar para um banquete, este levou consigo o seu
jovem sobrinho, que matou ao até a essa altura invencível cão. O ferreiro chamava-se Culann e, pelo mesmo motivo, a partir de então,
passaram a denominar o rapaz Setanta Cuchulainn, conceito que significa "o cão de Culann". Nascimento De Um Herói Uma série de
circunstância, façanhas, acontecimentos, ocorrerão, a partir de agora, ao jovem e recente herói Cuchulainn. E, no decurso da célebre
epopéia, outros personagens -o valente lutador Crunn, a sua esposa Macha, os cavalheiros da Rama Vermelha. ..- virão completar a série
de aventuras sucedidas num tempo mítico, embora a narração se situe nos inícios da nossa era e num determinado lugar do condado do
Ulster. O relato explica que Cuchulainn nunca era vencido pelos seus inimigos porque, no fragor da batalha, quando a ira o dominava,
tinha a propriedade de transformar a sua imagem física, devido ao fato de o seu corpo desprender grande valor coragem, o qual fazia
parecer o herói como um ser terrível e temível.Também noutra ocasião, o nosso herói matará três gigantes que, à sua força física, uniam
a capacidade maléfica de utilizar certos poderes mágicos com os que venciam todos os seus oponentes. Os gigantes tinham desafiado os
cavalheiros da Rama Vermelha e estes decidiram pedir ajuda a Cuchulainn, que, sem pensar duas vezes, se pôs da parte deles e venceu
os gigantes. Amado Por Belas Deusas. Era tanto o valor e a coragem de Cuchulainn, perante os seus inimigos, e aumentava tanto a sua
fama de invencível de dia em dia que até os próprios deuses solicitaram a sua ajuda em várias ocasiões, para conseguir vencer outros
deuses. Como saiu vitorioso o bando em que Cuchulainn lutava , este foi convidado a permanecer entre os vencedores; deram-lhe todas
as classes de presentes e até se lhe permitiu corresponder ao amor solícito da deusa Fand. Mas, dado que Cuchulainn já estava casado
com uma mulher mortal, decidiu abandonar a morada da bela deidade e regressar com os seus. A deusa Fand, não obstante, entregou ao
herói armas poderosas que sempre lhe outorgariam a vitória perante os seus adversários, fossem estes deuses ou criaturas mortais. A
mulher de Cuchulainn era filha de um célebre e poderoso mago que, em princípio, se tinha negado ao casamento desta com aquele. Mas
a rapariga, de nome Emer, era tão bela que o herói decidiu raptá-la; para isso derrubou o castelo mágico onde o seu pai a tinha encerrado,
e matou-o a ele e todos os que a guardavam. Embora se tratasse de lutar contra um mago e o castelo estivesse protegido com sortilégios e
feitiços, nem por isso se arredou o aguerrido herói Cuchulainn dado que, anteriormente, ele tinha sido iniciado no mundo da taumaturgia
por uma prestigiosa maga que tinha a sua morada na região de Alba (Escócia). Antes de separar-se da sua habilidade, e uma vez que já o
herói Cuchulainn conhecia já perfeitamente a arte do encantamento, derrotou uma acérrima inimiga daquela: a belicosa guerreira
amazona Aiffé. A lenda explica que ambos os adversários mantiveram relações íntimas e que até, quando o herói abandonou aqueles
territórios, deixou a amazona grávida.
O Touro Da Discórdia
No entanto, Cuchulainn alcançou a verdadeira dimensão de herói na refrega mais célebre de toda esta epopéia, isto é, na "Batalha de
Cooley". A intervenção do jovem herói foi definitiva para que o mítico "Touro de Cooly" fosse devolvido ao reino do Ulster; além disso,
aqui consolidou definitivamente a sua hegemonia e ganhou para si o título de "campeão dos Ulates".
Tudo sucedeu porque a cobiçosa Maeve -que era uma fada malévola, que reinava sobre as outras fadas, que tinha atemorizadas todas as
suas companheiras e que conhecia todos os sortilégios e conjuros- desposou o soberano duma região limítrofe do Ulster. Como prenda
de casamento recebeu do seu esposo um belo touro branco. Nenhum outro exemplar o igualava, salvo o touro negro que tinha o rei do
Ulster. Maeve, que era muito rica, ofereceu ao soberano deste condado, isto é, a Conchubar, todos os bens pecuniários que lhe pedisse,
em troca daquele animal tão belo e único. Mas todas as suas propostas foram rejeitadas e, então, a malvada Maeve decidiu roubar o touro
do Ulster. E para lá se dirigiu com o seu
exército, não sem antes evocar uma espécie de conjuro que paralisaria todos os guerreiros do seu oponente.
Protegido Por Deuses
No entanto, tais artes não fizeram efeito em Cuchulainn, dado que tinha por ascendente um deus e, quando o exército de Maeve se
aproximava confiado aos confins do reinado de Conchubar, saiu-lhes ao caminho o mais temível e poderoso de todos os legendários
heróis que havia no mundo da fábula. Com as suas armas poderosas, com os seus poderes mágicos e com a sua coragem e força,
Cuchulainn enfrentou todo o exército daquela fada má -já resulta curioso descobrir que nem todas as fadas eram boas- e, depois de
cruentos combates, acabou com todos os seus inimigos, que não puderam equilibrar os terríveis efeitos das armas que a deusa Fand lhe
tinha dado. O touro roubado será restituído por Maeve ao reino do Ulster.
Mas algumas das cenas que sucedem na batalha fazem Cuchulainn chorar de dor e de pena. É o caso que, com o exército adversário,
viajava outro grande herói chamado Ferdia, célebre pelo seu arrojo e valentia e que ninguém tinha vencido. Cuchulainn e Ferdia eram
amigos desde a infância e tinham-se prometido, em inumeráveis ocasiões, ajuda mútua. Nenhum queria lutar contra o outro mas a
malvada Maeve conseguiu embebedar Ferdia e enganá-lo com fingidas promessas de amor, até que conseguiu ver enfrentados ambos os
heróis. Inicia-se uma dura e sangrenta luta corpo a corpo, na qual um dos dois corajosos jovens tem que morrer. Os dois são valentes e
fortes, mas Cuchulainn tem mais experiência na luta e melhores armas e, embora ao princípio ambos os adversários tomassem aquilo
como uma brincadeira e não se fizessem mal algum, no entanto, em breve mudou o ar do seu confronto e um tremendo golpe da espada
mágica de Cuchulainn acabou com a vida do seu amigo da infância. A morte de Ferdia foi considerada por Cuchulainn como uma perda
irreparável para ele e, diz a lenda, que caiu de joelhos lá mesmo, e dos seus olhos brotaram lágrimas de arrependimento que regaram o
corpo inerte do eu antigo camarada.
Lendas
No entanto, e embora o herói Cuchulainn tivesse um deus por ascendente, ele próprio não era imortal e a epopéia do seu combate contra
as hostes da malévola Maeve prossegue até que chega a um trágico final. O caso é que ainda o herói do Ulster tem que lutar contra
outros guerreiros poderosos, aos quais Maeve transferiu a sua magia e as suas más artes. Entre estes destacará quem, com a sua ingente
prole -segundo a lenda tinha vinte e sete filhos-, enfrenta Cuchulainn e lhe arrebata a sua lança mágica. Depois provoca-lhe graves
feridas por onde brota muito sangue e o herói, que vê chegado o último momento para ele, decide atar-se com o seu cinto de couro a uma
coluna para morrer em pé. Conta o relato que o seu cavalo se afastou, depois de o roçar com o seu focinho, daquele lugar, a todo o
galope. Quanto a Emer, esposa do malogrado herói, morrerá desfeita em lágrimas sobre o cadáver de Cuchulainn. Já à beira da morte,
ainda conseguiu partir com a sua poderosa espada o aço do inimigo que se aproximava para lhe cortar a cabeça, pois existia esse bárbaro
costume naquela altura, conseguindo assim não morrer decapitadoHouve outras sagas de aguerridos heróis entre os celtas, além de
Cuchulainn, Por exemplo, a do guerreiro Finn que, segundo a narração legendária, foi achado num espesso bosque, ao pé de uma
gigantesca árvore, pelo séquito de um mítico soberano -a sua mãe tinha-o abandonado quando era um recém-nascido- e era tal a
sua beleza que lhe puseram o nome de Finn, palavra que significa "belo, belo".
DEUSA BRIGHID
QUEM SÃO AS DEUSAS?
A palavra "Deusa"se refere ao Divino Feminino. Durante milênios, no mundo todo, nossos ancestrais veneraram uma Divina e Poderosa
Mãe-Deusa. Ela foi honrada e celebrada como a Mãe de Toda a Vida. Mas de onde provêm a idéia de Deusa? Em tempos longínquos, o
homem dependia da Terra para todas as coisas: como o seu sustento, assim como para abrigo e proteção. Ela era provedora de tudo que
era necessário para perpetuar a vida e também era a vida em si mesma.
Estes povos observavam que toda vida era concebida a partir dos corpos femininos (tanto animais, quanto mulheres), de modo que era
totalmente natural que acreditassem que deveria existir uma Toda Poderosa Criadora Feminina também.
Hoje apreciamos o ressurgir da cultura da Deusa que tem sido reverenciada por homens e mulheres, que celebram e respeitam as
energias femininas dela emanadas.
A água era considerada princípio e fonte de toda a vida para aqueles que habitam a terra e dependiam de
sua generosidade para conseguir seu alimento. Isto se reflete no fato de os celtas terem dedicado os
principais rios da Europa Ocidental à deusa da fertilidade. O rio Marne deve seu nome às Matronas, as
três Mães Divinas e o Sena, a Sequana, deusa de seu manancial. O nome do Reno é celta e seus afluentes
também têm nomes celtas: Necjar, Main, Ruhr e Lippe. Na Grã-Bretanha, o Severn deve-se a Sabrina e o
Clyde, à deusa Clota, recordando a lenda da Divina Lavadeira, Bruxa do Rio e Deusa da Morte que,
conta-se, encontrava o guerreiro predestinado, que ficava sabendo que seu fim se aproximava ao vê-la
lavar suas roupas de guerra manchadas de sangue.
O rio ou o arroio são expressões vivas da Mãe-Terra, o que os santifica e os dota de poderes curativos,
que são emanados a certas horas do dia ou em dados momentos da fase lunar. Todos os lugares sagrados ,
para os celtas, tinham um espírito guardião, que podia transformar-se em gato, pássaro ou peixe, segundo
as preferências da deusa. Tais lugares eram considerados partes do útero da Terra Mãe, a qual se
invocava sob diversos vocativos e aparências. Existem numerosas inscrições galo-romanas da deusa
Matronae, a Mãe representada como uma tríade levando crianças, cornucópias e cestas de frutas.
Outra conhecida manifestação era Epona, que em geral mostrava-se a cavalo, por vezes com um potro, o que poderia ter dado origem à
história da lady Godiva e outras lendas populares relacionadas a cavalos.
A Deusa é generosa, mas também desapiedada. A Lua controladora das marés e do fluxo menstrual, é o centro de um conjunto de
símbolos universais: ele preside os rituais noturnos relacionados com animais tais como gato, a serpente e o lobo. Os emblemas de
animais rodeando a deusa e seus santuários serviam para lembrar seus aspectos selvagens.
A característica representação da deusa como Mãe-devoradora no simbolismo celta, análoga à sanguinária Kali dos hindus ou Cihuateteo
dos astecas, tem sua encarnação nas esfinges de pedra conhecidas com o nome de Sheela-na-gig, que se encontram em igrejas e castelos
medievais. Ela apresenta rosto horrível com faces cadavéricas, boca enorme de semblante mau humorado, peito esquelético, um grande
órgão genital à mostra e braços e mãos dobrados.
Em dias bastantes primitivos, o instinto feminino era percebido como intensamente animal. Com o avanço da civilização a deusa vai
gradualmente erigindo-se desta natureza.
A complexidade das deusas Célticas é realmente explicada quando nós entendemos que para ser uma Deusa nesta tradição antiga deve
ser uma Mãe, para ser uma Mãe, deve ser uma protetora e para ser uma protetora deve ser preocupada com a soberania da sua tribo.
É, diferente das Deusas dos Romanos e Gregos, as Deusas dos Celtas são todas as coisas: elas são a terra, a vida, a morte, o trigo que nós
comemos e a água que nós bebemos; a água que vem do céu.
O NOME
Brighid também conhecida por Brigit, Bríde, Briget, Briid é uma Deusa muito popular na Irlanda, cultuada em todos os territórios onde
os celtas se instalaram.
A palavra "Brig", em irlandês arcaico, significa força, poder. Segundo, alguns filósofos, tal correlação pode estar por detrás da
existência da existência de guerreiros chamados Brigands ou "soldados de Brighid".
Os brigantes, uma confederação de tribos celtas que se instalou em pontos tão diversos quanto a Armórica (França), a Grã-Bretanha e o
sul da Irlanda, derivam seu nome da Deusa Brigantia, aparentemente mais uma variação de Brighid. Na Gália, a Deusa Brigindo é outra
faceta desta deidade, enquanto que Brigantia é o nome original das cidades de Bragança em Portugal e de La Coruña na Galícia
(Espanha). Mas é na Irlanda que encontraremos os elementos dessa Deusa melhor preservados.
DEUSA TRÍPLICE
Brighid, que significa "luminosa"é uma Deusa tríplice do fogo da inspiração, da ferraria, da
poesia, da cura e da adivinhação. Isto é, as funções que lhe atribuem são triplas, correspondentes
às três classes da sociedade indo-européia:
- Deusa da inspiração e da poesia - Classe Sacerdotal.
- Protetora dos reis e dos guerreiros - Classe Guerreira
- Deusa das técnicas - Classe de artesãos, pastores e agricultores.
Brighid é filha de Dagda,o Bom Deus, pertencendo assim, aos Tuatha De Danann. Dagda é o líder e o Grande Pai conhecido como o
Poderoso do Conhecimento. Um rei da sabedoria Dagda é a Boa Mão, um mestre da vida e da morte, e aquele que traz prosperidade e
abundância. Gêmeo de Sucellos como o regente da luz durante a metade do ano. O poder e o
conhecimento de Dagda é dado por um sopro, chamado "AWEN" através de um beijo no escolhido como
sucessor para Chefe Trovador dos Duidas. O "AWEN" é o sopro de Deus (Dagda) que guia e instrui,
tornando um trovador diferente dos outros.
Há lendas que alegam ser ela a esposa de Tuireann, com quem teve três filhos (Brian, Iuchar e Iucharba),
que posteriormente matam Cían, o pai de Lugh.
Uma outra versão, nos diz que Brighid tinha como marido Bres, o malfadado líder dos Tuatha De Danann.
Dessa união nasce Rúadan, o qual morre em combate na Segunda Batalha de Moytura. Ao encontrá-lo
sem vida, lamenta sua morte em uma tradição que viria a ser conhecida como "keening) (irlandês-
caoineach), e que ainda hoje é preservada nas áreas rurais da Irlanda. os "keenings' eram lamentos
emitidos por mulheres face ao falecimento de um membro da família ou da comunidade. Se constituíam
em choros pungentes, quase bestiais, descritos por observadores como o som de "um grande número de
demônios infernais".
Como Deusa, Brigid, é uma entidade fortemente vinculada com a inspiração e a criatividade, tanto que na
tradição Britânica dos Druidas foi assimilada como a "Deusa dos Bardos", por ser a "musa" que inspirava àqueles grandes sacerdotes
similares aos Brahamanes da Índia. Atualmente se diz que Brigid é o veículo e guardiã do "Awen", o sopro de seu pai (Dagda), ou a
"consciência da inspiração", um estado muito variado de magnitude e cujos mistérios mais profundos parecem indicar um estado
elevadíssimo de consciência, parecido ao ao Shamadi ou transe Yóguico.
"AWEN" é a força mental que inspira à criatividade.
Brigit também foi uma Deusa muito vinculada à curas (com ervas) e lhe eram atribuídos mágicos conhecimentos das propriedades
curativas das plantas. Como conhecedora desses mistérios é uma Divindade vinculada à Bruxaria, já que as bruxas sempre foram, na
antiguidade, mulheres de avançada idade que possuíam um vasto conhecimento sobre as propriedades naturais e intrínsecas das plantas
para todo o tipo de uso medicinal.
A Deusa era ainda uma grande guerreira que afugentava as tropas inimigas de qualquer exército quando era invocada, e também,
infundia valor ao exército que apadrinhava. Brigid apareci freqüentemente de maneira imensa e feroz lançando gritos de raiva frente aos
exércitos que pretendia afugentar. Desse mesmo modo, os Celtas antes das batalhas lançavam gritos selvagens e ininteligíveis com o
único propósito de amedrontar à seus adversários.
Algumas vezes, Brigid é identificada com Danann (Deusa principal, Mãe dos Deuses da Tradição Celta) e é considerada como a Mãe de
todas as coisas.
Lady Gregogy, em "Gods an Fighting Men", diz dela:
" Brigit...era uma poetisa, e os poetas a adoravam, pois seu domínio era muito grande e muito nobre. E, era assim mesmo, uma curadora,
e realiza trabalhos de ferreiro, fui ela quem deu o primeiro assobio para chamar-se uns aos outros no meio da noite. E, um lado de seu
rosto era feio, porém o outro muito belo. E, o significado de seu nome era Breo-saighit, flecha de fogo".
(Altar de Brigid)
Brigid assumiu inúmeros aspectos e atributos através dos tempos. Suas cores
sagradas são o vermelho, o laranja e o verde. Cada uma dessas cores representa um
atributo de Brigid. O vermelho simboliza o fogo da forja, da lareira que aquece e
alimenta. O laranja representa a luz solar, pois antes da ascensão patriarcal de
Deuses como Bel e Lugh o patamar de Deuses solares, era a Brigid que o Sol era
consagrado. O verde representa as fontes e ervas que curam, no papel de Brigit
como Curandeira.
SEUS SÍMBOLOS
Seus símbolos são a haste e a roca de fiar, a chama sagrada, a espiral, o triskle, o torc, o pote
de fogo e seus sapatos de latão.
Dias: Segunda-feira, terça-feira e sexta-feira.
ANIMAIS SAGRADOS
BRIGID possui 4 animais sagrados: a cobra, a vaca, o lobo e o abutre. A Cobra é a "Serpente Criadora" que era guardada em seus
santuários onde oráculos eram revelados aos homens. O seu segundo animal é a Vaca Sagrada. Seu abundante leite nutre humanos e
crianças. Ela é conectada com o lobo, pois ele é um dos animais totem das Ilhas britânicas. E em seu aspecto de Deusa da Morte, ela está
associada com o Abutre ou outras aves de rapina.Igualmente lhe é sagrado o cisne, tanto o branco quanto o negro. Os antigos povos
europeus acreditavam que o cisne era o resultado da união da serpente com o pato, simbolizando o fogo e a água respectivamente, ambos
sagrados para Brigid.
BRIGID CRISTÃ
A Nova Cristã e Antiga Pagã, Brighid, fundiram-se na figura de Santa Brígida no ano de 450. Mas, Ela se converteu em Santa sem
perder de todo sua qualidade de Antiga Deusa. Sua transformação quase literalmente em Drumeague, Country Cavan, em um lugar
chamado "a montanha dos três deuses". Ali uma cabeça de Brigid fui talhada em pedra como uma deidade tripla. Porém, com a chegada
do cristianismo, foi escondida em uma tumba neolítica. Depois foi recuperada e exposta em uma igreja local, onde foi canonizada
popularmente como "Santa Bride de Knockbridge.
Em algumas histórias ou lendas, dizem que foi o próprio São Patrício que a batizou e ela foi elevada à condição da figura galesa de
Maria, sendo muitas vezes considerada como a parteira de Maria ou até como a ama do Menino Jesus.
Aqui reconhecemos a Deusa como protetora do parto. E, Brighid como santa, possui até biografia, que é de autoria de Cogitosus.
Segundo ele, ela teria nascido em 452, no vilarejo de Faughart (próximo a Dundalk, Co. Lough), ao romper da aurora, hora de máxima
importância para a filosofia celta. Era filha do nobre Dubhtach, chefe da Província de Leinster, e Broicsech, uma escrava. Em uma das
versões da lenda, conta-se que, ao nascer, a casa em que estava ficou totalmente envolta por um fogo mágico, que assustou à todos que
presenciaram à cena. Entretanto, ninguém queimou-se. Vários textos afirmam que tal fogo surgiu do centro da cabeça da criança, talvez
para identificá-la como uma santa portadora de um poder criador.
Brigid foi educada por um druida e desde muito cedo manifestou o dom da profecia. Mas certo dia ela adoece gravemente e, o druida
consegue salvá-la alimentando-a com o leite de uma vaca branca de orelhas vermelhas. Em muitas lendas aparecem animais com essas
cores, que são animais mágicos pertencentes ao Outro Mundo.
Os cristãos, gerando uma estranha contradição, afirmam que apesar de muito bela, Brigid permanece virgem. Contam, que para não
casar, ela vazou seu próprio olho, tornando-se desinteressante para seus pretendentes. E, apesar de ter sido criada e instruída por um
druida, Brigid escolhe se converter à nova religião. Nessa época era comum as mulheres serem ordenadas sacerdotisas, e até episcopisas.
Esse, portanto, foi o caso de Brigid, que, de acordo com a lenda, foi ordenada pelo próprio São Patrício, o Padroeiro da Irlanda.
Cogitosus nos esclarece, que no ano de 490, ela funda um convento na localidade de Kildare, local de peregrinação dos seguidores da
religião celta pré-cristã. O próprio nome Kildare, "Templo do Carvalho" (Cill Duir), já explica sua origem pagã, pois essa árvore era
associada ao druidas.
Neste convento havia uma chama sagrada que devia sempre arder. Dezenove sacerdotisas-freiras guardavam a sua pira sagrada,
alimentando o fogo. Conta-se que, no vigésimo dia de cada mês, ela aparece e vigia o fogo pessoalmente. Aos homens não eram
permitida a entrada. Segundo as lendas, aqueles que tentassem se aproximar da fogueira eram acometidos de estranhos surtos de loucura
e podiam até perder a vida.
Uma oração era entoada pelas freiras, também conhecidas com as Guardiãs da Chama:
Os vínculos com a tradição pagã são reforçados pelo fato de que a madeira utilizada como lenha era o estrepeiro, uma árvore sagrada
para os druidas.
Ainda na obra de Cogitosus, "Vita Brigitae", escrita no século VII, Santa Brigida é descrita como uma santa generosa, sempre disposta a
conceder alimentos e hospitalidade aos necessitados. Devido à essas virtudes é a santa mais relacionada com a produção de alimentos e
proteção da vivenda campesina. O dia de sua celebração está conectado com os trabalhos agrícolas da semeação na primavera, quando
começam a diminuir os rigores do inverno e os dias se tornam mais claros e longos.
Em algumas regiões da Irlanda, como nos condados Munster, de Connaught e algumas localidades fronteiriças de Ulter, uma das
principais tradições que se efetuavam no dia de Santa Brigida consistia em ir de casa em casa disfarçados com vestes grotescas e
transportando uma rústica representação da Santa, que podia ser uma boneca adornada com palhas entrelaçadas e com cintas coloridas.
Em muitas localidades do Sul do país, os homens se vestiam do mesmo modo esfarrapado com roupas de mulher, e ocultavam os rostos
com máscaras de facções horríveis.
Quando se aproximava o dia da Santa Brigida, os camponeses irlandeses saíam para dar uma volta qualquer em seus campos de lavoura.
Com essa ação consideravam que era favorecida a chegada do bom tempo, que necessitavam para efetuar os trabalhos agrícolas da
temporada.
Os pescadores irlandeses também esperavam uma melhoria no tempo quando se aproximava a festa de Santa Brigida. Nesse dia era
quando reiniciava a temporada de pesca e os habitantes dos povoados costeiros recolhiam algas para adubar os campos. Em Galway, se
acreditava que a pesca seria abundante si no dia dessa Santa se colocasse um caracol (molusco marinho) nos quatro cantos da casa.
(Danaher, 1972: 14)
Os irlandeses acreditavam que a Santa Brigida visitava suas casas na noite do dia de sua festa para benzer o gado e seus donos. Como
oferenda à santa, os mais devotos deixavam na janela um pedaço de pão, um pouquinho de manteiga ou alguns biscoitos, inclusive
alguns deixavam um feixe de trigo para servir de comida à vaca branca que sempre acompanhava à Santa. Outros deixavam uma faixa,
um pedaço de tecido ou qualquer outra prenda, para que fosse tocado quando a Santa passasse. Esses objetos eram guardados depois
cuidadosamente, pois tinham a virtude de proteger em qualquer situação de perigo à quem os transportasse.
Brigid era tão poderosa que São Patrício, arcebispo de toda a Irlanda, concede a Kildare autonomia total. O fogo sagrado de Kildare foi
mantido aceso até 1220, quando o arcebispo Henry de Dublin ordena, para desespero da população, que fosse extinto. Posteriormente a
chama sagrada volta a arder, até que Henrique VIII e a Reforma Protestante mandaram eliminar o Kildare.
A "Vita Brigitae" afirma que a Santa Brigida morreu em 1 de fevereiro de 525, dia de celebração da Deusa Brighid.
Durante a Idade Média o culto a Santa Brigida se estendeu por todas as Ilhas Britânicas e grande parte da Europa. Inclusive na Espanha a
veneravam em pequenas capelas em Navarra e em Andalucia (Breeze, 1988).
A CRUZ DE BRIGID
As práticas e costumes referentes a Brigid ainda hoje são muito populares na Irlanda e na Escócia, especialmente na zona rural. A cruz
de Brigid é feita de palha de trigo, um poderoso símbolo solar que é fixado nos telhados e no interior das casas e nas portas dos estábulos
para proteção dos lares e do gado.
Nas ilhas de Aran (Irlanda) essas cruzes se conservavam a vida toda, as quais serviam de um dato importante para se poder deduzir a
antiguidade da vivenda, devido precisamente ao número de cruzes acumuladas. Para confeccionar as cruzes deviam entrelaçar as palhas
da esquerda para a direita, seguindo o curso do sol.
Faça você mesmo sua Cruz de Brighid
Esta cruz pode ser feita com galhos, junco ou material natural flexível.
Outro costume bem popular é o de a invocar sempre que é colocado fogo na lareira. Nas ilhas de Hébridas, dizem que Santa Brígida
protege especialmente as mulheres que vão dar à luz. Em Ulter, quando um a mulher está para dar à luz, a parteira coloca um cruz da
Santa Brigida nos quatro cantos da casa e depois canta os seguintes versos:
OUTRAS ASSOCIAÇÕES
Além de estar diretamente ligada ao elemento fogo, associa-se também a água e à cura. Muitas fontes da Irlanda são a ela dedicadas. A
absorção deste elemento pela fé cristã, só comprova a sobrevivência de Brighd, na forma de Deusa e não tão somente como santa.
Suas vacas produziam um lago de leite e proporcionavam alimentos inesgotáveis. Mas ela punia com muito rigor quem as roubasse,
geralmente através de afogamento ou escaldamento. Através da magia, Brigid multiplicava anualmente a sua produção de manteiga.
Ela também estava ligada à produção e consumo da cerveja, bebida muito apreciada pelos celtas.
Reza a lenda que, com uma só medida de malte, Brígida era capaz de produzir cerveja a todos os que a pedissem. Um milagre associado
à Cristo, aqui vemos adaptado à realidade celta.
Vejamos alguns deles: Brighid do Oeste; Do pequeno povo das fadas; da Profecia; Da tribo do Manto Verde; Das Hostes Imortais; da
Doce Melodia; Da Harpa; Mãe das Canções e da Música; Do Amor Puro; Criadora das Ondas; Senhora do Mar; Da Tríplice Chama.
BRIGID também foi vista como uma deusa ligada ao ciclo anual. Ela presidia o começo da primavera,
que, no ciclo dos antigos festivais do fogo, começava na véspera de primeiro de fevereiro, Imbolc, ou
o Dia de Brigid.
A palavra Imbolc significa literalmente "dentro do ventre" (da Mãe). A semente que foi plantada no
Solstício de Inverno está se desenvolvendo. Esta festa é chamada de "Dia de Brigid" em honra a Deusa
irlandesa Brigid.
Suas festas eram repletas de fogos sagrados, simbolizando o fogo do nascimento e da cura, o fogo da
força e o fogo da inspiração poética.
Brigid é a noiva sagrada, e seu templo é o santuário do fogo divino, o qual representa o fogo do sol.
Seguindo a tradição celta, deixe o fogo de sua lareira queimar completamente na véspera do dia de
Brigid. Na manhã seguinte, prepare uma fogueira com cuidado especial. Pegue nove (ou sete)
pequenos galhos, tradicionalmente de tipos diferentes de árvores e os acenda. Então, prepare a fogueira com os galhos acesos, enquanto
declama três vezes:
Uma lenda escocesa, relaciona Brigid com Caileach. Esta última, era também conhecida como a Carline ou Mag-Moullach e era o
aspecto da velha deusa no ciclo anual. Estava ligada às trevas e ao frio do inverno e assumia a direção no ciclo das estações em
Samhaim, a véspera do primeiro de novembro. Ela portava o bastão negro do inverno e castigava a terra com frias forças contrativas que
ressecavam a vegetação.
Com o fim do inverno, ela passava o bastão do poder para Brigid, em cujas mãos ele se tornava um bastão branco que estimulava a
germinação das sementes plantadas na terra negra. As forças expansivas da natureza começavam então a se manifestar. Por vezes, essas
duas deusas eram retratadas em batalha pelo controle das forças da natureza. Dizia-se até que Cailleach aprisionava Brigid sob as
montanhas no inverno. Mas o melhor modo de reconhecê-las é vê-las e considerá-las como duas facetas de uma deusa tríplice das
estações: a Velha Cailleach do Inverno, a Donzela Brigid da Primavera e a Mãe-deusa do viço do Verão e da frutificação do Outono.
No Festival de Imbolc é costume, no final da tarde de véspera, se colocar velas (laranja), em todas as janelas da casa e deixá-las acesas
até o amanhecer. Também deve anteceder às festividades, um ritual de purificação e limpeza da casa. A celebração também envolvia a
feitura de uma Boneca Noiva com as últimas gavelas de milho do ano anterior. Podemos conceber aqui a Deusa Brigid com atributos da
Deusa do milho.
Por meio do ciclo dos Festivais do Fogo (Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas), os antigos povos celtas
celebravam as diferentes energias da roda do ano. Isso era vivido especialmente como o poder do fogo
manifestando-se em diferentes níveis.
Brigid chega em nossas vidas portando a chama da inspiração. Você está sem energia? Falta-lhe
motivação? Está tão perdido que não sabe que rumo tomar? Você sonha com algo, mas não se sente com
coragem de realizá-lo? Esta é a hora e a vez de alimentar sua totalidade e interioridade com a centelha
energética da Deusa Brigid.
Ela nos diz que uma vida sem o calor de sua chama de inspiração é totalmente insípida. Abra seu coração e
permita que a inspiração seja o alimento de sua alma, para que você possa se tornar mais segura(o) e
energética.
Este ritual deve ser feito pela mulher da casa, mas pode ser feito
por qualquer um que é o "chefe" da sua casa. Se você sente-se
confortável, tente falar as palavras em Irlandês. Estas
invocações e
rezas foram escritas por Robert Kaucher mas são baseadas em rezas
e
poemas tradicionais e fazem parte da tradição celta desde a
época
pagã.
Fale:
Tradução:
Eu construo meu fogo hoje
na presença dos Deuses Sagrados do Céu.
na presença de Brigid da forma bonita
na presença de Lugh de todas as belezas
sem ódio, sem inveja, sem ciúmes,
sem medo ou horror de ninguém sob o sol
porque meu refugio é a Mãe Sagrada.
Ó Deuses, acendam o fogo de amor dentro do meu coração,
por meus inimigos, por meus parentes, por meus amigos
pelo sábio, o ignorante, e o escravo
da coisa mais humilde
até o nome mais alto.
(-Baseado num poema tradicional; é possível achar o original em
An
Duanaire)
Invocação de Brigid:
O povo fala:
A Bhríd bheannaithe
's a Mháthair Déithe
's a Mháthair Daoine.
Go sábhála tú mé
ar gach uile olc,
Go sábhál tú mé
idir anam is chorp.
Tradução:
Ó Brigid abençoada,
Mãe de Deuses,
Mãe dos Homens,
Me salva de cada mal,
Me salva, alma e corpo.
Tradução:
Ó Brigid vitoriosa, Chamo (Chamamos) você, Grande Deusa, de
seu
lugar com as Tuatha Dé Dannan.
Poetisa dos Deuses
Defensora da Lareira
Juíza da Vida
Ó Deusa Brigid,
Prepara nossas corações
Para que amor possa viver.
No mundo escuro
Deixa-nos sempre ter tua Luz.
(Ó Mãe de Deuses)
Defenda-nos com teu escudo
Vigia-nos com teu olhos.
Deixa meu povo ser teu povo,
Seja no mar ou na terra.
na Déithe dhuit
ou