EBOOK-MST-40-Anos Por TERRA ARTE E PÃO
EBOOK-MST-40-Anos Por TERRA ARTE E PÃO
EBOOK-MST-40-Anos Por TERRA ARTE E PÃO
40 ANOS
POR
A RT
TER
RA,
E PÃ E
O
2024
MST
40 ANOS
POR TERRA, ARTE E PÃO
SUMÁRIO
04 Agradecimentos
05 Introdução
07 40 anos, 40 artes
47 Exposição on-line
56 Destaques
56 Assentados e Acampados do MST
57 Internacionalistas
Atenciosamente,
07
registros elas são a síntese e os reflexos dos sentimentos coletivos
construídos no dia a dia da vida militante.
Nosso Movimento nos lança o desafio de produzir artes que nos impul-
sionem a educarmos nossos sentidos e desenvolver a organização dos
sentimentos coletivos, por meio da força simbólica que são nossos
desenhos e pinturas.
Evelaine Martines
Brigada Cândido Portinari e Coletivo de Cultura do MST
08
40 ANOS, 40 ARTES
NOME DA OBRA
Judy Duarte
42 anos, São Paulo
(SP)
SOBRE O/A ARTISTA
Juliana Duarte,
nascida em 1981 na
cidade de São Paulo.
Designer, artista
visual, ilustradora e
desenhista autodi-
data. Atuo na área de
criação em diversos
setores e sempre que
posso procuro usar
minha expressão
artística em causas
ativistas nas quais
eu acredito e julgo
importantes para
uma sociedade e um luta campesina. De ela segura a foice mesma posição
mundo melhor. Elizabeth Teixeira a como símbolo como são retratados
Margarida Alves, as da revolução nos os arcanjos guardi-
SOBRE A OBRA
mulheres exercem campos, enquanto a ões, simbolizando
Em minha ilustração
uma grande atuação outra mão distribui o povo Sem Terra
procurei homenagear
nessa caminhada sementes e semeia como guardiões em
a força e o papel
pela luta por direitos. a terra. A mulher defesa da terra e da
das mulheres na
Em uma das mãos é representada na natureza.
09
desejam criar como
crianças.
NOME DA OBRA
pela Companhia das animação e trabalhou SOBRE A OBRA
João e o Grão Letrinhas, Leiturinha em séries como O A ilustração faz uma
de Revolução e FTD Educação, Menino Maluquinho, analogia ao conto
o autor faz uso de da Netflix, e Cosmo, o clássico ‘João e o
ARTISTA
cores, texturas e for- Cosmonauta, um pro- pé de feijão’, porém
Vienno mas para narrar com jeto financiado pela adaptado como
26 anos, Limeira (SP) fantasia e encanta- Ancine e distribuído ‘João e o grão de
mento histórias do pela Warner. Hoje o revolução’, criando
SOBRE O/A ARTISTA
cotidiano. Formado artista ministra aulas um cruzamento entre
Vinícius Xavier em Artes Visuais de iniciação artística fábula e realidade,
(Vienno) é escritor e pela PUC Campinas, para crianças de 2 de forma a pensar
ilustrador de livros ele também atua a 10 anos e oficinas as novas gerações
infantis. Publicado no mercado da para adultos que dentro do MST.
10
NOME DA OBRA ARTISTA SOBRE O/A ARTISTA
11
NOME DA OBRA Formada em à parte da natureza, envenena de volta.
A terra cultiva Psicologia, segui no aquela dominando Há 40 anos o MST
a gente caminho da comu- esta. Essa produ- tem nutrido a terra
nicação, principal- ção visa enfatizar o e apontado uma luz
ARTISTA mente através do aspecto dialógico da para um caminho de
Paula Zambelli meio visual. nossa relação com sustentabilidade e
27 anos, Vitória (ES) a terra, através do harmonia. Esse tra-
SOBRE A OBRA
tema ‘a gente cultiva balho é sobre isso.
Frequentemente - ou
SOBRE O/A ARTISTA a terra e ela cultiva
Brasileira litorâ- quase sempre - nós
a gente’. A terra que
nea, ilustradora e seres humanos ten-
nutrimos nos nutre
artista “autodidata”. demos a ver nossa
de volta, a terra que
espécie como algo
envenenamos nos
12
NOME DA OBRA
Terra e fruto
ARTISTA
Fabricio
Rangel
comunicação têm Fronteira, a primeira arte, entre testar
26 anos, Chapecó papel fundamental ocupação no estado novas finalizações
(SC) enquanto imaginá- de SC. De lá pra e aplicar lógicas de
SOBRE O/A ARTISTA rio visual para que cá tenho pensado arte tradicional pro
Trabalho com Design possamos construir em uma ilustração digital, consegui
gráfico há 6 anos, comunidades justas, que representasse elaborar algo que
mas ilustrador desde diversas e prósperas. os sentimentos me deixou satis-
sempre. Sou apai- que vivemos nessa feito. Um pouco do
SOBRE A OBRA
xonado por jogos de viagem. Depois de processo e detalhes
Em fevereiro de
tabuleiro, tipografia algumas discus- do resultado podem
2022, alguns cama-
vernacular e cultura sões sobre como a ser encontrados em
radas e eu visitamos
brasileira. Acredito identidade brasileira fabriciorgl.myportfo-
o Assentamento
que o design e a aparece na nossa lio.com.
Conquista na
13
colonização dos
bens coletivos.
Comunidades agroe-
cológicas e movi-
mentos de recon-
quista da terra são
fundamentais para
mudança e criação
de novos cenários (e
futuros) possíveis.
Diferentes povos,
gerações e culturas,
unidas no manejo da
semente, da água,
NOME DA OBRA mágico e pelas e - quando não estou do solo e dos frutos
que a Terra oferece
Frutos da Terra culturas e povos criando - tu pode me
para todes. Minha
do continente. Em achar num parque ou
ARTISTA
meu trabalho gosto museu. ilustração foi feita
Duda Oliva de reencontrar a em pastel seco e se
natureza, o folclore e
SOBRE A OBRA inspira na relação
30 anos, São Paulo É triste como numa
o social por meio de do Movimento Sem
(SP) terra em que se
técnicas tradicionais Terra com cada grão,
plantando tudo dá polpa e fruto que
SOBRE O/A ARTISTA como pastel seco,
Sou um ilustrador escolheu-se semear produz, e mais ainda,
carvão e guache.
latinoamericano sistemas de exclu- com as pessoas
Sou apaixonado por
profundamente ins- são, individualismo cujas mãos cultivam
ecologia, história
pirado pelo realismo e apropriação/ e são cultivadas.
da arte e literatura
14
NOME DA OBRA
Para Júlia
ARTISTA
Natália
Gregorini
33 anos, Campinas politicamente. Fico no acampamento para homenagear
(SP) imensamente feliz Marielle Vive!, em Júlia foi um presente
quando consigo Valinhos (SP), para pra mim também. A
SOBRE O/A ARTISTA
associar de forma homenagear a imagem mostra três
Sou ilustradora, mais direta o meu companheira Júlia. mulheres negras ao
estudei artes visuais trabalho com as lutas O acampamento centro, sendo uma
na Unicamp e, graças como a do MST. Marielle Vive! foi o delas a companheira
ao contato com meu primeiro contato Júlia, do acampa-
pessoas maravilho- SOBRE A OBRA
com o MST, e tenho mento Marielle Vive!.
sas, que conheci na O cartaz ‘Para Júlia’
profundo respeito Ao fundo, um baobá
Universidade, fui me foi feito a pedido de
e admiração pelas como símbolo de luta
tornando uma pes- uma pessoa que-
pessoas que conheci e resistência do povo
soa mais consciente rida que trabalha
lá. Criar essa arte negro.
15
SOBRE A OBRA
Esta peça gráfica
foi criada a partir de
ilustrações produzidas
para meu Projeto de
Conclusão de Curso,
Um Livro Sem Terra. A
técnica utilizada foi
combinar pincéis de
aquarela e nanquim
digitais, aplicando
três cores: preto,
verde e vermelho,
inspiradas nas cores
da bandeira do MST.
Sobre cada elemento,
de cima para baixo: as
bandeirinhas trazem
um pouco do cenário
da luta atual do
Movimento; as famí-
lias assentadas e em
acampamentos, em
conjunto com a feira,
são elementos ins-
pirados no cotidiano
da comunidade do
NOME DA OBRA Sou uma artista (UFSC), onde me MST; a caneta florida
Um Cartaz Sem multidisciplinar e graduei em 2023. A é uma arte sobre a
Terra neurodivergente.
Nasci em 1998 em
temática que escolhi
para meu Projeto de
regulamentação da
Lei Agrária de 1993;
Chapecó, cidade Conclusão de Curso e o último elemento
ARTISTA
do interior de Santa foi justamente o MST, é uma ilustração
Maria Augusta Catarina, e cresci criando Um Livro Sem inspirada na obra
26 anos, Florianópolis por lá até me mudar Terra, projeto gráfi- Operários, de Tarsila
(SC) para Florianópolis co-editorial de livro do Amaral, repre-
para cursar Design na ilustrado e informativo sentando o 5º e o 6º
SOBRE O/A ARTISTA Universidade Federal sobre a história do Congresso Nacional
Me chamo Maria e de Santa Catarina Movimento. do MST e seus res-
assino o Ateliê Sagu.
pectivos lemas.
16
ARTISTA SOBRE O/A ARTISTA SOBRE A OBRA
Lucas Sousa Em todas as minhas Com traços e téc-
obras tento retra-
(MST) tar as questões
nicas simples e de
fácil compreensão,
30 anos, São João sociais e a luta pela procuro ressaltar
do Piauí (PI) - terra, tendo sem- nossas simbologias:
Assentamento Lisboa pre o movimento produção, educa-
Sem Terra como ção, gênero, cultura
referência. coletividade e, claro,
muita luta.
17
NOME DA OBRA universo infantil, SOBRE A OBRA
18
NOME DA OBRA
Refazenda
ARTISTA
Beatriz Flor
21 anos, São Paulo
(SP) a figura do corpo costumes, cele- estas famílias e sim-
SOBRE O/A ARTISTA
como um portal de brações, músicas patizantes é compre-
Meu nome é Beatriz possibilidades, que e religiosidades, ender a importância
Flor, tenho 21 anos representa uma que compõem esse da comunidade
e sou uma artista vastidão de senti- nosso Brasil diverso. dentro do movimento
visual paulistana. Em mentos e sensações, e é prestigiar aque-
SOBRE A OBRA
meu trabalho, tenho na relação com o les que lutam não
A obra Refazenda
a cultura popular espaço e com o apenas a favor de si,
é um cartaz que
brasileira e o estudo outro. Aliado a isso, mas por uma nova
celebra aqueles que
do movimento como a cultura popular é forma da sociedade
abraçam a causa
principais fontes de um tema recorrente de se relacionar com
do MST como um
inspiração. Trago em minha obra, onde a terra.
propósito. Celebrar
busco representar
19
rostos que represen-
tam o povo brasileiro,
NOME DA OBRA no Instagram e em minha arte, princi-
milho, mandioca,
A terra que demais redes sociais, palmente depois das
arroz, formas abs-
alimenta é artista e estudante experiências de luta
tratas e a frase “A
de pedagogia. Suas por bandejão aos
gente cultiva a terra
ARTISTA artes refletem sua finais de semana na
e ela cultiva a gente”.
Duds Ilustras paixão pela educa- minha universidade e
Comida é mais que
23 anos, Nova ção, crianças, cores e minha aproximação
necessidade básica
Odessa (SP) formas. com movimentos
e muito além de um
sociais. As caricatu-
SOBRE A OBRA direito: é dignidade.
SOBRE O/A ARTISTA ras na obra são ins-
Alimentação digna Ocupar e cultivar são
Eduarda de Oliveira, piradas em amigos e
e luta popular são atos de bravura e
ou “Duds Ilustras”, familiares. A ilustra-
temas recorrentes na amor.
como encontrada ção é composta por
20
ARTISTA SOBRE A OBRA com os melhores
Bruno Plante boas semen- presentes; uma ali-
tes e colha bons fru-
Apolonio tos, cuidar da terra é
mentação rica é uma
terra próspera.
(PSOL) necessidade do ser
33 anos, São Paulo humano. Nessa obra
(SP) coloquei em desta-
que a importância do
MST para nossa mãe
natureza que retribui
21
ARTISTA mais de 20 anos, e
Alexandre desde então respeito
Scheremetta e apoio a reforma
agrária em nosso
45 anos, Rio de país. Mais amor e
Janeiro (RJ) menos veneno.
SOBRE A OBRA
A intenção foi
expressar minha
visão sobre o
movimento ao qual
eu tive contato há
22
ARTISTA SOBRE A OBRA
23
ARTISTA em seu rosto com diferentes etnias,
Luana Luz a bandeira do MST, mostrando que a
16 anos (SC) simbolizando qual luta não se faz só.
organização de O fundo da obra é
SOBRE A OBRA resistência pertence composto por cores
A obra tem uma pes- e o eixo central da vivas que remetem
soa segurando uma obra. Ao lado tem à flora em especial,
foice para simbolizar punhos cerrados de com elementos
um dos materiais que diferentes tonalida- simbolizando o sol,
simbolizam a luta des, para representar a natureza e o céu,
pela terra. Essa pes- a luta popular no para mostrar a rela-
soa está utilizando MST composto por ção do povo com a
um tecido amarrado diversas pessoas de natureza.
24
NOME DA OBRA
A gente semeia
a terra e a terra desenhar desde de alguma ideia que apontasse para o
semeia a gente muito novo e fui está me provocando. horizonte, com um
inspirado em capas Com a criação de nascer do sol irra-
ARTISTA
de revista de vide- arte, principalmente diando toda a cena
Denis ogame, álbuns de desenhando, posso como fonte de vida e
Diosanto figurinha e literatura expressar visões, luz. E a copa de uma
43 anos, Atibaia (SP) no geral, de gibis mirações, viagens, árvore frondosa que
a livros de história. pensamentos, home- floresce e abraça a
SOBRE O/A ARTISTA Desenho para me nagens e sensações. figura central de uma
Trabalho com divertir, porque gosto mulher negra, como
comunicação para SOBRE A OBRA
muito de desenhar; símbolo máximo do
o ativismo, política Para essa ilustração
desenho para passar plantar, germinar,
e cultura. Gosto de imaginei algo que
o tempo ou para falar crescer e envolver.
25
al sur de Chile en la SOBRE A OBRA llamado Rafael
NOME DA OBRA
Region del Biobio. El Afiche que realice Ampuero, acom-
Recuperar la Mi estilo grafico es se caracteriza por pañado de los rostros
Tierra el de la tradicion del el uso del trazo al estilo de la mitica
Muralismo Politico negro que como Brigada Ramona
ARTISTA
Chileno del cual tomo habia mencionado Parra BRP y lo mas
Pablito Pla como referencia el anteriormente es caracteristico es
37 anos, Talcahuano trazo negro, que llevo caracteristico del que no lleva colores
(Chile) a otro formatos ade- muralismo politico porque me interesa
mas de los Muros, chileno. La imagen darle un realce e
SOBRE O/A ARTISTA
ya sea en Afiches que represente es importancia al trazo
Soy Muralista Chileno impresos o estampa- una referencia a un negro.
nacido en la ciudad dos en Serigrafia. grabador chileno
puerto de Talcahuano
26
NOME DA OBRA
Fruto de
trabalho
ARTISTA no Rio de Janeiro. e atualmente faço produção resultante.
Ana Cople Trabalho com xilo- doutorado em artes Utilizei cores sólidas
gravura, serigrafia na Universidade e palheta reduzida
(Coletivo de e gravura em metal. Estadual do Rio de pensando em criar
Mulheres Olga Participo do cole- Janeiro (UERJ). uma serigrafia para
Benario - UP) tivo IMPRESSOS
SOBRE A OBRA
ser impressa artesa-
41 anos, Rio de PROSAICOS, nalmente. Considero
O cartaz criado para
Janeiro (RJ) circulando por feiras a produção alimentar
a chamada foi pen-
de impressos e também uma artesa-
sado para represen-
SOBRE O/A ARTISTA artes gráficas em nia, fruto do trabalho
Sou artista visual tar as ferramentas do
vários estados. Já manual - muito dife-
nascida em Volta trabalho da agricul-
fui professora de rente da larga escala
Redonda e moro tura familiar e a sua
artes e arquitetura latifundiária.
27
ARTISTA SOBRE O/A ARTISTA SOBRE A OBRA
28
NOME DA OBRA
Ocupar, produzir
e Resistir!
ARTISTA
Alex Katira
(Partido dos
Trabalhadores)
35 anos, Goiânia (GO)
SOBRE O/A ARTISTA
Há dezesseis anos
Alex Almeida é
conhecido na cena
cultural e artística
goiana como Katira.
A assinatura nasceu Autodidata, ilustra as rurais e urbanos e movimento genuíno
de seu amor pelas causas que o impul- retrata uma soma de que acredita que
manifestações sionam. Um artista acontecimentos de todas e todos têm
tradicionais de um livre e ativista que um povo de luta, que o direito à terra,
Goiás profundo, que mais tarde formou- mesmo com tanto afinal ela é de quem
nas roças se esconde -se em jornalismo, sofrimento se nega produz. Enquanto a
e se revela. Suas fotografia e design a chorar. A ilustração luta por moradia for
primeiras experiên- gráfico. carrega a urgência de necessária, o MST se
cias com a arte estão retratar a importân- faz presente!
SOBRE A OBRA
totalmente atreladas cia do MST, que há
à vida do sertanejo, O trabalho foi inspi-
40 anos é o principal
do povo do campo rado pelas andanças
nome da luta por
e seus ritmos. entre assentamentos
reforma agrária, um
29
NOME DA OBRA SOBRE O/A ARTISTA passando pelas con-
É possível Sou professor de quistas, a preocu-
Educação Física e pação e a forma cui-
ARTISTA de Artes na Escola dadosa como trata a
Dario Caneda Nova Sociedade, educação e a terra.
Teixeira na cidade de Nova Expressei em forma
Santa Rita (RS), no de desenho à lápis
64 anos, Nova Santa Assentamento Itapuí.
Rita (RS) de cor meu agradeci-
SOBRE A OBRA
mento por tudo que
Ela viaja na aprendi com o MST. A
linha do tempo arte revela uma nova
do Movimento, sociedade.
30
NOME DA OBRA
Educação
na Reforma
Agrária:
40 anos de
luta pela
emancipação
ARTISTAS
Tarcísio
Leopoldo
(MST)
35 anos, Quedas do
Iguaçu (PR)
Vanessa Dias
Diniz (MST)
32 anos, Cáceres
(MT)
SOBRE A/O ARTISTA
(Tarcísio Leopoldo)
Sou artista plástico,
acampado da Reforma
Agrária, arte edu-
cador, coordenador
de setor de cultura
do MST no Paraná.
Também integrante
da Brigada Cândido
Portinari de artes
visuais e do Coletivo
Nacional de Cultura parceria com a Escola escritora de poesias, do campo, como a
do MST. Articula junto Nacional Florestan “linhas em branco são presença do girassol,
aos movimentos Fernandes, do MST. sempre um caminho aquelas estruturas
sociais processos de Mãe solo de Aurora, 11 para o futuro da vida”. das salas de aula, ao
formação em artes anos, e Maria, 7 anos. centro, em formato
e a organização da Filha de assentada SOBRE A OBRA
circular que as escolas
cultura em territórios do MST, o assenta- Mesmo trazendo Itinerantes organizam
do campo. mento Madre Cristina/ vários elementos e nos acampamentos.
Ariquemes. Trabalha traços com o caráter Um livro aberto que se
(Vanessa Dias Diniz) de comemoração
na agricultura e apicul- modifica, mostrando
Nascida em Cáceres, aos 40 anos, como a
tura, ama a natureza. os trabalhadores com
(MT) em 1991, formada logo no estandarte,
É artesã nata desde a as ferramentas de
em Educação do essa moldura ao
infância, trabalho com trabalho, trazendo a
Campo pela Unir/ redor, as crianças a
arte digital, escultura, história da luta pela
Rondônia em 2022. frente brincando, ela
macramê, desenhos terra, por educação do
Cursando mestrado traz fortemente os
entre outros. Sua campo, por uma edu-
em Geografia na símbolos da educação
paixão é a escrita, cação emancipadora.
Unesp/ SP, com
31
ARTISTA SOBRE A OBRA conjunto, e mostrar
Luis Fernando A ideia é trazer a que a luta vale a pena
essência da soli- e que sempre esta-
26 anos (SP) dariedade, diversi- remos unidos. Que a
dade e o cuidado e terra seja nutrida de
cultivo com a terra, a amor e carinho.
colaboração do bem
maior para todo o
32
ARTISTA SOBRE A OBRA
33
NOME DA OBRA SOBRE O/A ARTISTA suas lutas internacio-
Madalena Sou obreiro da arte nalistas por liberta-
há mais de 25 anos, ção. Nesta obra junto
ARTISTA embora viva a arte à luta pela terra com
Ayam Ubrais desde a infância. a luta palestina.
Barco SOBRE A OBRA
47 anos, Ipiaú (BA) e O tema constitutivo
Contagem (MG) das criações são os
povos do mundo em
34
NOME DA OBRA ARTISTA SOBRE A OBRA
Labura Henrique Labuta vem de olha-
Cabral res carregados de
referências relacio-
28 anos, Nazaré da nadas aos trabalha-
Mata (PE) dores do corte da
cana-de-açúcar que
vejo no meu dia a dia
como morador da
Cidade de Nazaré da
Mata, cidade cercada
por canaviais.
35
ARTISTA SOBRE A OBRA cultiva a terra -,
Marieli Ribeiro Esta pintura foi dobras da calça que
realizada com terra
da Silva sobre papel can-
carregam quem está
presente em tudo,
31 anos (PR) son. Apresenta pés pois é dela que tudo
descalços sobre o germina e narra essa
território brasileiro, história.
enxada - ferramenta
de trabalho de quem
36
NOME DA OBRA
MST é comida
no prato
ARTISTAS
Giovani
Castelucci
(Estúdio Daó)
36 anos, São Paulo
(SP)
Guilherme
Vieira
Design Awards, sendo um dos
(Estúdio Daó) Bienal Brasileira de
SOBRE A OBRA
É importante que o maiores produtores
35 anos, São Paulo Design Gráfico e povo brasileiro saiba de arroz do Brasil, um
(SP) Brasil Design Award. da importância do alimento essencial na
SOBRE O/A ARTISTA
Unindo estratégia e trabalho feito pelas nossa base alimen-
Daó é um estú- curiosidade, desen- camponesas e cam- tar. Para a confecção
dio brasileiro de volve identidades poneses do MST no do cartaz, utilizamos
design formado por visuais, projetos cultivo de alimen- uma ilustração desse
Guilherme Vieira e editoriais, cartazes tos saudáveis. É a grão para digital-
Giovani Castelucci, e demais trabalhos agricultura familiar mente compor a
premiado em edições para clientes atuan- que alimenta a maior frase “MST é comida
do Latin American tes principalmente parte do povo brasi- no prato”.
no setor cultural. leir, e o MST colabora
37
NOME DA OBRA ARTISTA
1. Ter-a-pia Kelly
2. Família Gramacho
Sem Terra (MST)
acampada. 26 anos,
Acampamento Ana
Sem-terrinha Primavesi (DF)
em luta.
38
ARTISTA SOBRE A OBRA
39
SOBRE A OBRA
O Brasil, com sua
extensa área de terra,
é cenário de muitos
conflitos latifundiários
e agrários. A luta do
povo indígena por
sua demarcação de
terras não pode andar
separada da luta pela
reforma agrária, pois,
assim como o cam-
ponês e o trabalhador
do campo, o indígena
compartilha o mesmo
sentimento de territó-
rio, não somente como
um ambiente produ-
ção de alimentos, mas
também um ser (vivo)
à parte que necessita
cuidados e respeito.
Usar o arco e flecha
como símbolo chave
de caça e sobrevivên-
cia do povo originário
em seus habitats
em conjunto com os
símbolos clássicos de
luta comunista, como
o martelo do trabalha-
dor/operário e a foice
do campesinato, é
mesclar lutas que são
urgentes no cenário
atual brasileiro, no qual
o MST não dá somente
a estrutura política
ativa mas também
ideológica para essa
meta. Ademais, foi
NOME DA OBRA de Santiago no em escultura. Hoje usado também plantas
A terra é de Chile, mas é natural
da cidade do Rio de
estou retornando aos
poucos a complemen-
e frutas que repre-
sentam a brasilidade
quem produz Janeiro (RJ) tar as minhas aptidões do movimento em si:
estudantis no campo Folhas de samambaia,
ARTISTA SOBRE O/A ARTISTA das Belas Artes, me Espada-de-São Jorge,
Camila Artista desde que me potencializando com flores de maracujá e
Camomila entendo por gente,
estudei Bacharelado
cursos de restaura- frutas bem típicas do
(Aldeia em Belas Artes pela
ção e conservação
de obras de arte e
prato do trabalhador
brasileiro, como ramos
Maracana) Universidade Federal pretendo algum dia de açaí, goiaba, cajú
do Rio de Janeiro trabalhar no campo de
36 anos, Mora na e também ramos de
(UFRJ) com menção museologia.
região metropolitana café.
40
ARTISTA SOBRE A OBRA
41
SOBRE A OBRA
Neste bordado cele-
bro a natureza cíclica
da vida por meio de
algumas de suas
manifestações: as
estações do ano – do
despertar da prima-
vera ao recolhimento
silencioso do inverno;
as idades da mulher
– da criança cheia de
vitalidade até a anciã
que transmite sua
sabedoria às novas
gerações; as fases de
desenvolvimento de
uma árvore – o ger-
minar, o florescer, a
frutificação e a oferta
de sementes que
descem ao escuro do
solo para recomeçar
a viagem. Conecto
esses ciclos na repre-
sentação da mulher
agricultora e militante
dos assentamentos e
acampamentos Brasil
afora, que, em sua lida
diária com o cultivo,
desde cedo aprende
os segredos da terra.
Para transmitir a
ideia da passagem
do tempo, construo
o trabalho em quatro
camadas de tecido de
algodão sobrepostas,
NOME DA OBRA SOBRE O/A ARTISTA últimos anos venho cada uma represen-
A Gente Cuida Recebi de minha me dedicando princi- tando um estágio do
linhagem materna o ciclo, no nível plane-
da Terra, amor por panos e fios,
palmente ao bordado
e, por meio dele, tário, na natureza e
a Terra Cuida e desde criança me tenho expressado no humano. Mesclo a
da Gente envolvi com a mate- sentimentos, inquie- aquarela e o bor-
rialidade têxtil. Na tações e reflexões dado livre, utilizando
ARTISTA década de 1990 criei o como ser humano, e pontos com textura e
Estela Fio da Teia Ateliê, que também me manifes- volume, na busca de
se mantém até o pre-
Carvalho sente, como espaço
tado politicamente obter imagens vivas e
coloridas que reme-
por meio de ações
64 anos, Ubatuba de criação artística e coletivas. tem à exuberância do
(SP) ativismo têxtil. Nos mundo natural.
42
NOME DA OBRA
Caminando
ARTISTA
Angélica María
González
Slovasevich
28 anos, Pinar del Río
(Cuba)
SOBRE A OBRA
Mi pintura refleja el MST
desde la labor de solida-
ridad con otros pueblos,
es lo que considero un
retrato de su capaci-
dad para intencionar la
formación política no
desde la teorización
elitista sino desde el
estrecho vínculo de la
teoría con la praxis. La
solidaridad que inten-
ciona el movimiento
está condicionada por
la justicia mundial por
tanto la lucha debe
ser internacional, esto
implica adentrarse en la
realidad de la injusticia
de cada territorio para que usé para realizar la de exquisitas diversi- apuesta política, de
sentir la necesidad ilustración son producto dades caminen en un nuestro compromiso
de formar parte del del proceso de forma- mismo sentido común. pedagógico por cum-
camino de la trans- ción de formadores Cada día se hacía plirla y la mística para
formación, de dar la que recibí en la ENFF y disfrutable el polvo en reinterpretar cada revés
mano al compañero y la contienen la fortaleza la ropa, el cansancio como un reto a nuestra
compañera, de dialogar de lo que significa que físico y el agotamiento espiritualidad revolucio-
colectivamente hacia 17 países, 35 personas mental porque queda- naria y una oportunidad
un mismo horizonte. Las de diferentes edades, mos conectados con de ser más creativos en
referencias fotográficas género, religión...en fin la trascendencia de la nuestras trincheras.
43
SOBRE A OBRA
Para qualquer trans-
formação social é
necessário amor pela
terra. Há 40 anos, um
grupo de trabalhadores
iniciava um movimento
pensando em transfor-
mação social no Brasil.
Eram tempos difíceis
e ainda são, onde já
avançamos em algumas
questões, mas há muito
a ser feito. Sobre as
cabeças, a força e a
intenção de abrir mais
janelas, janelas que se
espalham por 23 esta-
dos brasileiros, Distrito
Federal e inúmeras
famílias assentadas,
fronteiras que ultrapas-
sam idiomas e culturas,
mas preservam a lingua-
gem do tangível. O MST,
sendo um movimento
de caráter humano, pre-
serva a criação de qual-
quer sistemática que
visa a favorecer o povo.
O Pão deve ser distribu-
ído e a força do trabalho
nunca é negada. O Povo
quando canta junto
e por visão de justiça
desenvolve grandes
acontecimentos. Luta,
força e resistência são
visíveis em qualquer
membro dessa família
NOME DA OBRA manifestações artísticas de Minas’, que explora a que porta como ban-
Levantai-vos populares desde cedo. importância do tambor deira igualdade e acesso
heróis do novo Participante ativo de nos ritos de celebra- social. O sol sendo
festas como o Congado, ção afro-mineiros. testemunha dessas
mundo a Matina, a Folia de Reis Nesse mesmo ano, seu lutas diárias se une ao
ARTISTA e o Boi da Manta, Dimitri trabalho ‘O Sagrado de movimento florescendo
transformou essas Minas’ foi premiado pelo tudo que se planta para
Dimitri vivências em inspiração Instituto Vale (Prêmio logo mais servir de
33 anos, Pedro Leopoldo para suas obras. Em Apoia 2023) e em 2024, alimento. A coragem
(MG) 2023, ele foi reconhe- o artista está produ- do cidadão brasileiro se
cido como ‘Mestre de zindo uma exposição em entrelaça aos traços de
SOBRE O/A ARTISTA
Culturas Populares e comemoração aos 100 vários lugares tornando
Nascido em Pedro Tradicionais’ e também anos de Pedro Leopoldo, essa terra algo bonito.
Leopoldo/MG, Dimitri produziu e dirigiu o destacando o Congado Quando se trata a terra
– codinome artístico documentário ‘Do Ritmo com respeito, se tem ali-
como tema central.
de Rafael Torres – teve do Tambor ao Coração mento e abundância.
contato com diversas
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ARTISTA SOBRE A OBRA
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NOME DA OBRA SOBRE O/A ARTISTA deles importado para mostra a caminhada
Agronegócio e Sou um homem o Canadá. A minha dos quilombolas para
negro, artista
os quilombos plástico com mais
carreira está aliada manter-se em suas
a minha luta nos terras originárias,
ARTISTA de 20 anos de movimentos sociais e a disputa com os
José Darci experiência na área. organizados. grandes produtores
Nesse tempo, tendo
Gonçalves inúmeras exposições SOBRE A OBRA
do agronegócio.
Técnica: pintura
63 anos, Arroio pelo Brasil e exposi- Agronegócio dos
acrílica em tela.
Grande (RS) ções internacionais, quilombos, home-
também trabalho nagem à mãe
com ilustração de Bernadete, assassi-
livros, tendo um nada em Salvador,
na Bahia. A pintura
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NOME DA OBRA SOBRE O/A ARTISTA Terra, formada em como simbologia
Sapatão é Sou uma mulher lés- medicina em Cuba, ao socialismo, que
bica, jovem, campo-
revolução nesa, artista popular
para elucidar que a é a síntese do modo
luta pela Reforma de produção e de
ARTISTA que aprendeu nas Agrária Popular não relações que o MST
Ana Carolina trincheiras da orga- tem apenas a con- objetiva na luta
nização o papel da
Keil (Levante arte na luta, organi-
quista da terra como cotidiana.
estratégia política
Popular da zada nas fileiras do para a classe traba-
Juventude) Levante Popular da lhadora. Para concre-
Juventude. tizá-la é necessário
26 anos, Curitiba (PR)
SOBRE A OBRA
o fim de qualquer
Uma mulher negra, forma de opressão e
lésbica, jovem Sem exploração. O fundo
é todo vermelho
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ARTISTA produção cafeeira e a
Flávia Repizo folha de bananeira. A
38 anos (SP) imagem do casal tra-
balhador, símbolo do
SOBRE A OBRA movimento, repre-
Aquarela com a sentando os 40 anos
bandeira do nosso de luta e resistência.
país, suas cores e
flora, bem como a
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EXPOSIÇÃO ON-LINE
Visite a exposição on-line e confira todas as artes.
Alessandra Cavalcanti Estúdio Daó (Giovani Luana Silva Portas Curia Ruana Negri
Castelucci e Guilherme
Vieira)
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Frederico Orlando Coletivo Arpilleristas do José Aloir Estúdio Daó (Giovani
Monteiro Martins Acampamento Marielle Castelucci e Guilherme
Vive Vieira)
Matheus Teixeira Batista Adriene Araujo Bonifacio Mateus Vitti Parrela Un Mundo Feliz (Sonia Díaz
y Gabriel Martinez)
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Eduardo Bastos Ykenga Estúdio Daó (Giovani Leíner Hoki
Castelucci e Guilherme
Vieira)
– ASSENTAMENTO ARUEGA –
35 ANOS DA PRIMEIRA OCUPAÇÃO DE TERRAS
FEITA PELO MST EM MINAS GERAIS
Sizenando Alves Silveira Peri da Silva Cavalheiro Álida Angélica Alves Leal Estúdio Daó (Giovani
Castelucci e Guilherme
Vieira)
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Evaldo S. Oliveira Estúdio Daó (Giovani Bruno Soares Zagri DeLourenco Araújo
Castelucci e Guilherme
Vieira)
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Eduardo Antunes Eleonor Minho Conill Elmo Martins Monã Ybyrapy Chyca
Luanda Esú
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Aparecido José Diani Felipe De Almeida Pereira Carlos Roberto Andrade
Silva
Jennifer Giacomet Fábio Renê Guidio Biondo Debora Santiago Ricardo Keferaus
54
João da Silva Ana Maria da Luz Milton de Faria e Souza Kelton Medeiros
O M S T E A S O L I D A R I E D A D E E N T R E O S P O V O S
55
Milton de Faria e Souza Bruna Coronato Bortoletto Fábio Silva Monica Marques
Noel Castillo López Evaldo S. Oliveira Alana Kanashiro Parísina Éris Ilíade
Tameirão Ribeiro
Fabiana Burnato do Bianca Sales Silva Santos Juliana Kaschny Schneider Gabriel Bicho
Amaral
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Reinaldo Borges Júnior Rafael Paparella Pessota Stela Duhz Sarandy Thiago Neumann Pinheiro
de Meira
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DESTAQUES
Assentados e Acampados do MST
Mãos que plantam, colhem e constroem a Reforma Agrária Popular no Brasil também
produzem arte e cultura. Essas são artes inscritas por assentados e acampados que
contribuíram com suas visões como artistas e militantes em luta:
Waney Vasconcelos de Brito Lucas Sousa Ana Maria da Luz Kelly Gramacho
(Assentamento Oziel Alves Pereira - GO) (Assentamento (Assentamento (Acampamento Ana
Lisboa - PI) Putinga - SC) Primavesi - DF)
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Internacionalistas
A Solidariedade é um princípio e valor humano fundamental e cultivado permanente-
mente pelo MST. Desde seu surgimento, o Movimento sempre contou com um amplo
processo de solidariedade. A seguir, artes inscritas por artistas que se solidarizaram de
outros países e contribuíram com suas visões sobre a luta:
Pablito Pla
O muralista chileno, Pablito Pla, nasceu na
cidade portuária de Talcahuano, no sul do Chile,
na região de Biobio. Seu estilo gráfico é o da
tradição do Muralismo Político Chileno, do qual
usou como referência a linha preta, que levou
para outros formatos além dos murais, seja
em cartazes impressos ou em serigrafias. O
Muralismo Político Chileno é uma forma de arte
pública que, emergindo nas décadas de 1960
e 1970, usa murais para expressar mensagens
de luta social, ideologias políticas e resistên-
cia, especialmente em apoio aos movimentos
sociais e em oposição à opressão.
Angélica María Sonia Diaz & Camila Luis Hernandez Noel Castillo
González Gabriel Martinez Camomila (Chile) (Venezuela) López (Cuba)
Slovasevich (Espanha)
(Cuba)
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Visitas a acampamentos e assentamentos
Conhecer um espaço do MST é importante para compreender de perto as práticas da
Reforma Agrária, como a organização e a agroecologia promovidas pelo Movimento.
Esses espaços são exemplos vivos de resistência e construção de alternativas ao
agronegócio, além de oferecerem experiências concretas de solidariedade, educação
popular e produção sustentável. O contato pessoal de alguns artistas com acampa-
mentos e assentamentos do MST foi inspiração para a criação de diversas artes:
– ASSENTAMENTO ARUEGA –
35 ANOS DA PRIMEIRA OCUPAÇÃO DE TERRAS
FEITA PELO MST EM MINAS GERAIS
Angélica María Alex Katira Álida Angélica Fabricio Rangel Dario Caneda Ayam Ubrais
González (andanças entre Alves Leal (visita ao Teixeira Barco
Slovasevich assentamentos (Assentamento Assentamento (professor de (colaborou
(utilizaram-se rurais e urbanos) Aruega, no Conquista na educação física com a luta do
de referências município de Fronteira) e de artes na assentamento
fotográficas que Novo Cruzeiro, Escola Nova Carlos
conheceram em Minas Sociedade do Marighela na
durante o curso Gerais) Assentamento Rodovia Ipiaú-
“Formação de Itapuí, na cidade Ibirataia, na
Formadores” da de Nova Santa Bahia)
Escola Nacional Rita, no Rio
Florestan Grande do Sul)
Fernandes)
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Homenagens a lutadores e lutadoras
Homenagear lutadores e lutadoras é fundamental para reconhecer o papel crucial des-
sas pessoas na luta pela Reforma Agrária e justiça social no Brasil. Essas homenagens
mantêm viva a memória de quem dedicou sua vida à defesa dos direitos dos trabalha-
dores e trabalhadoras, enfrentando muitas vezes violência e repressão. Além de pre-
servar a história de resistência, essas homenagens inspiram novas gerações a conti-
nuar a luta por terra, dignidade e melhores condições de vida. Celebrar esses lutadores
reforça os valores de solidariedade, coragem e esperança que sustentam o MST.
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