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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco

Nome: _________________________________________________________
Matrícula: __________ Curso: ______________________________________
Data: ______________ Matemática Prof. André Costa

Introdução ao Cálculo (semana 4 – regras de derivação)


v.17/04/23

Aqui apresentaremos as regras básicas da derivação. As demonstrações delas podem ser encontradas em
qualquer bom livro de Cálculo. Aqui, nosso interesse é apresentá-las e utilizá-las.

Sejam 𝑢 e 𝑣 funções reais de variável real e 𝑘 uma constante real. Temos, de modo simplificado (e quase
que padronizado):
𝑖) (𝑘)′ = 0

𝑖𝑖) (𝑘. 𝑢)′ = 𝑘. 𝑢′

𝑖𝑖𝑖) (𝑢 + 𝑣)′ = 𝑢′ + 𝑣′

𝑖𝑣) (𝑢. 𝑣)′ = 𝑢′ . 𝑣 + 𝑢. 𝑣′


𝑢 ′ 𝑢′ .𝑣−𝑢.𝑣′
𝑣) ( ) =
𝑣 𝑣2

Além dessas regras básicas, um dos resultados mais básicos é a derivada da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑛 , colocada como
exercício da semana anterior. Vamos chegar no resultado utilizando o quociente de Newton na forma que leva a
fatoração. Logo,

𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥𝑜 ) 𝑥 𝑛 − 𝑥𝑜𝑛


𝑓 ′ (𝑥𝑜 ) = lim ( ) = lim ( )
𝑥→𝑥𝑜 𝑥 − 𝑥𝑜 𝑥→𝑥𝑜 𝑥 − 𝑥𝑜

Expandindo 𝑥 𝑛 − 𝑥𝑜𝑛 = (𝑥 − 𝑥𝑜 )(𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−2 𝑥𝑜1 + 𝑥 𝑛−3 𝑥𝑜2 + ⋯ + 𝑥1 𝑥𝑜𝑛−2 + 𝑥𝑜𝑛−1 ) e simplificando,

(𝑥 − 𝑥𝑜 )(𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−2 𝑥𝑜1 + 𝑥 𝑛−3 𝑥𝑜2 + ⋯ + 𝑥1 𝑥𝑜𝑛−2 + 𝑥𝑜𝑛−1 )


𝑓 ′ (𝑥𝑜 ) = lim ( ).
𝑥→𝑥𝑜 𝑥 − 𝑥𝑜

Logo,

𝑓 ′ (𝑥𝑜 ) = lim (𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−2 𝑥𝑜1 + 𝑥 𝑛−3 𝑥𝑜2 + ⋯ + 𝑥1 𝑥𝑜𝑛−2 + 𝑥𝑜𝑛−1 ) = 𝑛𝑥𝑜𝑛−1 .
𝑥→𝑥𝑜

Vamos considerar esse resultado como mais uma das regras,

𝑣𝑖) (𝑥 𝑛 )′ = 𝑛𝑥 𝑛−1 (apesar de termos demonstrado apenas para 𝑛 ∈ ℕ, vamos considerar verdade para
𝑛 ∈ ℚ)
Ao derivarmos, e não especificarmos o ponto no qual estamos derivando uma função 𝑓, obtemos uma
nova função que denominamos de função derivada de 𝑓, ou simplesmente, a derivada de 𝑓. De modo a
simplificar as notações também utilizaremos a notação de 𝑓′.

Por exemplo, a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 dá origem a função derivada, 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥. Ou seja, a função derivada
dá a velocidade de crescimento da função 𝑓 para todo ponto no domínio. Por exemplo, para 𝑥 = 3, no
domínio de 𝑓, a velocidade de crescimento de 𝑓 será de 𝑓 ′ (3) = 2.3 = 6, já em 𝑥 = −1, a velocidade
será de 𝑓 ′ (−1) = 2. (−1) = −2.

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Exemplo
Derive a função polinomial 𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑.

Solução:

Note que, pelo propriedade 𝑖𝑖𝑖) temos:


′ 𝑖𝑖𝑖) ′
(𝑝(𝑥)) = (𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑)′ → (𝑝(𝑥)) = (𝑎𝑥 3 )′ + (𝑏𝑥 2 )′ + (𝑐𝑥)′ + (𝑑)′

Utilizando 𝑖) e 𝑖𝑖) temos:


′ 𝑖) 𝑒 𝑖𝑖) ′
(𝑝(𝑥)) = (𝑎𝑥 3 )′ + (𝑏𝑥 2 )′ + (𝑐𝑥)′ + (𝑑)′ → (𝑝(𝑥)) = 𝑎(𝑥 3 )′ + 𝑏(𝑥 2 )′ + 𝑐(𝑥)′ + 0

Finalmente pela propriedade 𝑣𝑖), temos:


′ 𝑣𝑖) ′
(𝑝(𝑥)) = 𝑎(𝑥 3 )′ + 𝑏(𝑥 2 )′ + 𝑐(𝑥)′ → (𝑝(𝑥)) = 𝑎. 3𝑥 2 + 𝑏. 2𝑥 + 𝑐. 1𝑥 0

Ou seja,

(𝑝(𝑥)) = 3𝑎𝑥 2 + 2𝑏𝑥 + 𝑐.

Exercícios
1. Derive as funções:

𝑖) 𝑓1 (𝑥) = 3𝑥 5 − 10𝑥 3 + 20𝑥 2 − 5

𝑖𝑖) 𝑓2 (𝑥) = (𝑥 2 − 5𝑥 3 )/(𝑥 + 1)

𝑖𝑖𝑖) 𝑓3 (𝑥) = √3𝑥 5


1
𝑖𝑣) 𝑓4 (𝑥) = 𝑥 + 𝑥
1
𝑣) 𝑓5 (𝑥) = 𝑥 2 + 𝑥

2. Derive as funções na variável 𝑡:


𝑎
𝑖) 𝑠(𝑡) = 𝑠𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 2 𝑡 2 𝑖𝑖) 𝑣(𝑡) = 𝑎𝑡 + 𝑣𝑜

3. Considere uma partícula se movimentando sobre o plano cartesiano cuja trajetória satisfaz ao gráfico
de 𝑦 = 𝑥 2 , vindo no sentido dos valores crescentes de 𝑥. Ao passar pelo ponto 𝐴(−1, 1), todas as forças
que resultavam no movimento parabólico deixam de atuar na partícula, passando a partir deste instante
a força resultante sobre a partícula ser nula. A partícula continuando deslizando sobre o plano cartesiano
cruzará os eixos 𝑂𝑥 e 𝑂𝑦 em quais pontos?

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4. Ache os pontos da curva 𝑦 = 𝑥 3 − 9𝑥 2 + 24𝑥 nos quais a reta tangente é horizontal.

5. Determine os pontos da curva 𝑦 = 𝑥 3 + 𝑥 2 + 1 no quais a reta tangente tem declividade igual a 1.

6. Com relação à curva 𝑦 = 𝑥 3 + 𝑥 2 + 1, da questão anterior, qual é o menor valor que a declividade da
reta tangente a essa curva pode assumir, e em que valor de 𝑥 isso ocorre?

7. (Simmons) Em que pontos da curva 𝑦 = 𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝑥 a tangente é paralela à reta 2𝑥 − 𝑦 − 7 = 0 ?

8. (Simmons) A curva 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 2 é tangente à reta 𝑟: 8𝑥 + 𝑦 = 14 no ponto 𝑃(2, −2). Determine


os coeficientes 𝑎 e 𝑏.

9. (Simmons) As curvas 𝑦 = 𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑏 e 𝑦 = 𝑥 3 − 𝑐 têm a mesma tangente no ponto (1, 2). Determine


𝑎, 𝑏 e 𝑐.

10. (Simmons) Determine equações das tangentes à curva 𝑦 = 𝑥 2 − 4𝑥 que passam pelo ponto 𝑃(1, −4).

11. (Simmons) Se 𝑎 ≠ 0, mostre que a tangente à curva 𝑦 = 𝑥 3 em (𝑎, 𝑎3 ) intercepta a curva uma
segunda vez no ponto onde 𝑥 = −2𝑎.

12. (Simmons) Mostre que as tangentes à curva 𝑦 = 𝑥 2 nos pontos 𝐴(𝑎, 𝑎2 ) e 𝐵((𝑎 + 2), (𝑎 + 2)2 ) se
interceptam sobre a curva 𝑦 = 𝑥 2 − 1.

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