Direitos Fundamentais
Direitos Fundamentais
Direitos Fundamentais
• Direito natural
• Origem: filosofia grega; cristianismo; movimento jusnaturalista e humanista
• “Direitos absolutos, imutáveis e intemporais, inerentes à qualidade humana”
• Fundamento: dignidade da pessoa humana e igualdade de todos.
• O conjunto de direitos fundamentais identificados segundo esta perspetiva vai constituir um limite (superior)
ao poder constituinte.
• Direitos Humanos
• Origem: 2a metade do século XX (II Guerra Mundial: proteção dos direitos humanos para além do Estado –
Nação)
• Fundamento: Proteção mínima conferida pelo Direito Internacional independente do Estado.
• Direitos do indivíduo e dos grupos e minorias étnicas, religiosas, políticas:
Sistema Universal
Sistemas Regionais
• Fundamento: Princípio da separação de poderes (ideia de limitação do poder do Estado jus positivista)
O conceito de direitos fundamentais, em sentido estrito, abrange os direitos constitucionais do cidadão; ou dito
de outro modo, contém a posição jurídica fundamental do cidadão consagrada na Constituição do seu Estado. Em
rigor, para se poder falar em direitos fundamentais tem de se estar perante uma constituição de um Estado.
Meados do século XX: assistiu-se ao fenómeno da consolidação da Constituição, nas suas funções de
conformação (unidade jurídica) e de integração (unidade política).
“[O] tribunal não pode evitar ser influenciado pelos desenvolvimentos aceites
como standards comuns dos membros do Conselho da Europa. [....]”
• Princípio da proporcionalidade
o Restrições dos direitos previstos na Convenção
Expressas: segundo parágrafo (n.º 2) dos arts. 8.º, 9.º, 10.º e 11.º da
CEDH
> “previstas na lei”
> “necessárias, numa sociedade democrática”
> salvaguardar: segurança pública, defesa da ordem, proteção da
saúde ou da moral...
Implícitas: outros direitos protegidos, que não sejam absolutos
> direitos absolutos: art. 2.º (direito à vida) e 3.º (proibição da
tortura) da CEDH
o Cumprimento das obrigações positivas
o No âmbito do art. 14.º da CEDH (proibição da discriminação)
o Na interpretação do requisito “na estrita medida em que o exigir a situação”,
previsto no art. 15.º da CEDH (derrogação em caso de estado de necessidade).
• Equilíbrio justo
“ (...) inerente a toda a Convenção é a procura do equilíbrio justo entre as exigências
de interesse geral da comunidade e os requisitos relativos à proteção os direitos
fundamentais dos indivíduos”, Soering c. Reino Unido (queixa n.º 14038/88, 1989,
§89)
Relevante para:
• Aferir da proporcionalidade da interferência pelo Estado no âmbito de um
direito reconhecido pela Convenção/pelos Protocolos
• Determinar quando o Estado está sujeito a obrigações positivas implícitas
• Resolver conflitos entre direitos protegidos pela Convenção/pelos Protocolos
• Conferências de Alto Nível: Interlaken (2010); Izmir (2011); Brighton (2012); Oslo
(2014); Brussels (2015); Copenhagen (2018)
Protocolo 16 (opcional)
• Já entrou em vigor em 2018, mas não foi ratificado por Portugql
• Amplia a competência consultiva do TEDH: Pareceres Consultivos (artigo 47.° CEDH)
Artigo 1.º