Filosofia Antiga

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Instituto Federal Do Maranhão Pinheiro

Turma: Info24Vesp
Aluno(a): Andrey Melo Campos, Aquiles Gomes Silva, Victor e Agusthus
Professor: Ribamar
Trabalho de Filosofia

Tópicos:
1. Introdução (Contextualização)
2. Pré-Socráticos
3. Socráticos
4. Pós-Socráticos

Introdução

A Filosofia Antiga abrange um período em que os pensadores gregos viviam em


busca constante pela sabedoria. Seu surgimento ocorreu no século VII a.C e
perdurou até a queda do Império Romano.

A Filosofia Antiga originou-se na Grécia, região da Jônia, onde hoje localiza-se a


Turquia. No início do século VII, as cidades desta região tinham o comércio
aquecido pelas embarcações que traziam mercadorias através do Mar
Mediterrâneo. Essa movimentação provocava uma grande concentração de
intelectuais, que costumavam expor suas reflexões.

Os três primeiros filósofos do período surgiram na cidade de Mileto: Tales,


Anaximandro e Anaxímenes. Eles se destacaram com as explicações voltadas para
o surgimento do universo a partir da racionalidade, contrapondo-se às aos mitos.
Ou seja, apresentavam uma teoria cosmológica. A busca por respostas desses
pensamentos filosóficos acabou resultando na divisão de três períodos distintos da
Filosofia Antiga.

Pré-Socráticos

Os primeiros filósofos do ocidente apareceram por volta do século VII a.C., na


Grécia Antiga. Muito depois foram chamados de pré-socráticos, pois
antecederam a Sócrates. Eles buscavam compreender os fenômenos da natureza e
a origem das coisas e do mundo por meio da observação, da reflexão e da razão.

Eles também foram chamados filósofos da natureza (physis, em grego),


entendendo esta como uma realidade primeira, originária e fundamental, pois
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buscavam compreender o que era originário, primário, fundamental e persistente,
em oposição ao que é secundário, derivado e transitório.

Buscaram explicar racionalmente e sistematicamente as características do


universo, tentando encontrar uma substância primordial existente em todos os
seres, a chamada arché, em grego, que corresponderia a "matéria-prima" de que
são feitas todas as coisas. A filosofia ocidental se iniciou em Mileto (onde hoje
fica a Turquia), cidade caracterizada por diversas influências culturais e um rico
comércio.

Tales de Mileto (624-546 a.C.) é considerado o primeiro filósofo do ocidente, foi


também matemático, astrônomo e político. Ele acreditava que a água era o
elemento primordial que formava todas as coisas, pois encontramos água em todos
os lugares: ao furar o solo, no tronco das árvores, nas nascentes dos rios, e se a
água está em tudo, seria porque ela forma tudo.

Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.) foi discípulo de Tales, aprofundou seus


conhecimentos e desenvolveu estudos nas áreas de geometria, geografia e
astronomia. Elaborou um mapa celeste e um mapa terrestre das regiões habitadas,
entendendo que a Terra era cilíndrica e estaria no centro do universo.

Anaximandro acreditou que deveria haver alguma substância diferente, ilimitada,


e que dela nascesse o céu e todos os mundos nele contidos. Foi assim que o
filósofo chegou à conclusão de que a arché é algo que transcende os limites do
observável, ou seja, que não se situa em uma realidade ao alcance dos sentidos.

Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) foi discípulo de Anaximandro, concordava


que a origem de todas as coisas era indeterminada, mas segundo ele a substância
primordial não poderia ser um elemento situado fora dos limites da observação e
da experiência sensível.
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Ele propôs o ar como princípio de todas as coisas, por ser quase inobservável e
um elemento mais sutil que a água, mas que ao mesmo tempo nos anima, nos dá
vida. Infinito e ilimitado, o ar penetra todos os vazios do universo, mas também é
um princípio ativo, gerador de movimento, como no caso dos ventos.

Socráticos
Nascido em Atenas, Sócrates é tradicionalmente considerado um marco divisório
da história da filosofia grega. Ele abandonou a preocupação dos filósofos
pré-socráticos em explicar a natureza e concentrou-se na problemática do ser
humano, dos valores e do conhecimento.

Foi filho de um escultor e uma parteira – herança que o levou a buscar esculpir,
simbolicamente, uma representação autêntica do ser humano e a ajudar seus
discípulos a dar à luz suas próprias ideias.

O próprio Sócrates, não deixou nada escrito. o que se sabe dele e de seu
pensamento vem dos textos de seus discípulos e de seus adversários.

Ele procurava um fundamento para as interrogações humanas, tais como: o que é o


bem? o que é a virtude? o que é a justiça? Buscando a investigação de uma
essência (da virtude, da justiça, do bem) a partir da qual a própria realidade
empírica pudesse ser avaliada.

A filosofia de Sócrates era desenvolvida mediante o diálogo crítico (ou dialética)


com seus interlocutores, o qual pode ser dividido em dois momentos básicos:

Refutação ou ironia – etapa em que o filósofo interrogava seus interlocutores sobre


aquilo que pensavam saber, formulando-lhes perguntas e procurando evidenciar
suas contradições. Seu objetivo era fazê-los tomar consciência profunda de suas
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próprias respostas, das consequências que poderiam ser tiradas de suas reflexões,
muitas vezes repletas de conceitos vagos e imprecisos;

Maiêutica – etapa em que ele propunha aos discípulos uma nova série de questões,
com o objetivo de ajudá-los a conceber ou reconstruir suas próprias ideias. Por
isso, essa fase é chamada de maiêutica, termo que em grego significa “arte de
trazer à luz”.

O método socrático propõe um questionamento do senso comum, das crenças e


opiniões que temos, consideradas derivadas de nossa experiência, e portanto
parciais, incompletas. Sócrates vai mostrar que, com frequência, não sabemos
aquilo que pensamos saber. O método socrático revela a fragilidade desse
entendimento e aponta para a necessidade aperfeiçoá-lo através da reflexão.

A definição correta nunca é dada por Sócrates, mas é através do diálogo, e da


discussão, que fará com que seu interlocutor – ao cair em contradição, ao hesitar
quando parecia seguro – passe por todo um processo de revisão de suas crenças,
opiniões, transformando sua maneira de ver as coisas e chegando, por si mesmo,
ao verdadeiro e autêntico conhecimento.

Pós Socráticos

O período helenístico se inicia com a conquista da Grécia pelos macedônios, em


322 a.C., juntamente com a expansão militar do império iniciada por Alexandre
Magno, até a anexação da península grega e suas ilhas por Roma, em 146 a.C.

Neste período houve um processo de interação entre a cultura grega clássica e a


cultura dos povos orientais conquistados. As escolas platônica (Academia) e
aristotélica (Liceu) continuaram em plena atividade, por discípulos de Platão e
Aristóteles, porém mesclando-se com diversas tradições culturais.
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As principais correntes filosóficas desse período passam a tratar sobre a
intimidade, a vida pessoal e interior do ser humano. Com isso são propostos
diversos modelos de conduta ética e pessoal, no sentido de “filosofias de vida” ou
"artes do bem viver".

Uma das principais preocupações dos filósofos passou a ser proporcionar algum
tipo de paz de espírito ou felicidade interior para as pessoas desorientadas, em
meio às adversidades da época e inseguras para com a vida social.

Epicurismo

O epicurismo foi uma corrente filosófica fundada por Epicuro (341-271 a.C.), que
defendia que o prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz. Este filósofo,
distinguia dois grupos de prazeres:

Prazeres mais duradouros: que encantam o espírito, como a boa conversação, a


contemplação das artes, a audição da música etc.

Prazeres mais imediatos: muitos dos quais são movidos pela explosão das paixões
e que, ao final, podem resultar em dor e sofrimento.

Segundo esta filosofia, para que possamos desfrutar os grandes prazeres do


intelecto, precisamos aprender a dominar os prazeres exagerados da paixão, como
os medos, os apegos, a cobiça, a inveja. Para isso, os epicuristas buscavam a
ataraxia, estado de ausência da dor, quietude, serenidade e imperturbabilidade da
alma.

Cinismo

Representado por Diógenes de Sinope (413-327 a.C.), o Cinismo acreditava que o


ser humano deveria buscar conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens
materiais. Ele questionava os valores e as convenções sociais de maneira radical,
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buscando levar uma vida estritamente conforme os princípios que considerava
corretos.

Há muitas histórias curiosas sobre Diógenes. Uma delas conta que certa vez,
Alexandre Magno foi visitá-lo. De pé, Alexandre perguntou-lhe se havia algo que
ele, como imperador, poderia fazer em seu benefício. Diógenes respondeu
prontamente: "Sim, podes sair da frente do meu sol". Diz a lenda que Alexandre,
impressionado com o desprezo do filósofo pelos bens materiais, teria comentado:
"Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes".

Sofistas

Os sofistas foram filósofos e professores que viajavam de cidade em cidade,


realizando aparições públicas para atrair estudantes, cobrando taxas em troca de seus
conhecimentos. O grande objetivo de suas aulas era desenvolver estratégias de
argumentação.

Na Grécia Antiga, por volta do século V a.C., esses filósofos começaram a refletir
sobre a natureza das coisas humanas. O contato com diferentes culturas possibilitava a
percepção da diversidade dos valores, das leis, dos costumes, das regras de conduta
dos diferentes povos.

Os sofistas perceberam que os valores não eram “naturais”, mas resultado das próprias
convenções humanas, que variam de cada povo e agrupamento de pessoas. Deste
modo, negavam a existência de uma única verdade. Segundo eles só existem opiniões,
boas ou más, melhores ou piores, úteis ou prejudiciais, mas jamais falsas ou
verdadeiras.

Por muito tempo eles foram mal vistos por filósofos e historiadores de filosofia, tidos
como exploradores do conhecimento ou "falsos filósofos", porém os pensamentos que
desenvolveram são de grande valia para a filosofia, principalmente por questionarem
sobre a verdade e admitir a possibilidade de diferentes concepções de verdade, numa
época em que se buscava uma única ideia de verdade.
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Protágoras e Górgias são os sofistas mais conhecidos. Eles acreditavam na
possibilidade de haver diversos pontos de vista subjetivos. Segundo eles, as diferentes
configurações culturais existiam em função de convenções, a moralidade ou
imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto em que aquele ato
ocorreu.

fontes:

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/filosofia-antiga

https://www.ex-isto.com/2018/05/historia-da-filosofia.html?m=1

https://www.ex-isto.com/2017/08/sofistas-verdade-relativa.html

https://www.ex-isto.com/2021/04/socrates.html

https://www.ex-isto.com/2019/05/primeiros-filosofos.html

https://www.ex-isto.com/2019/11/filosofia-helenistica.html

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