Aula 02 - 28.10 - Fatores Humanos No Trabalho
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Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai saber mais sobre a interação entre indivíduos e
ambientes de trabalho, sob o ponto de vista da ergonomia. Os fatores envolvidos no projeto
ergonômico dos ambientes serão apresentados por meio de metodologias ativas, estimulando a
construção de conhecimentos a partir de situações práticas, estudos complementares e indicações
escolhidas para contribuir com o desenvolvimento de bons projetos.
Bons estudos.
A iluminação artificial indicada para os postos de trabalho é aquela que permite conforto visual com
bom desempenho ótico do trabalhador. A boa condição visual durante a jornada de trabalho
influencia física e psicologicamente no bem-estar do profissional e, consequentemente, na
produtividade da empresa.
A partir da análise da imagem, responda: quais recomendações para a iluminação artificial devem
ser adotadas, com o objetivo de melhorar o desempenho ótico desse profissional? Explique.
Infográfico
No Infográfico você verá os principais fatores envolvidos no projeto ergonômico dos ambientes e a
aplicação desses princípios em projetos de espaços de trabalho.
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Conteúdo do Livro
A interação entre o homem e as máquinas têm sido objeto de estudo da ergonomia há muitas
décadas. Com as inovações tecnológicas inseridas no mundo do trabalho contemporâneo, os
aspectos psicofísicos do trabalhador vêm ocupando um papel importante nas pesquisas
relacionadas tanto ao bem-estar quanto à otimização do sistema produtivo.
No capítulo Fatores humanos no trabalho, da obra Métodos e técnicas do ensino, que é base teórica
desta Unidade de Aprendizagem, você verá os principais aspectos envolvidos no projeto
ergonômico dos ambientes e soluções projetuais integradas e sistêmicas, com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida do trabalhador e ampliar a produtividade das empresas.
Boa leitura.
ERGONOMIA DO
AMBIENTE
CONSTRUÍDO
Introdução
O mundo do trabalho estabelece relações entre o ser humano e as
máquinas agenciadas pelas mais variadas atividades, relação esta que
nem sempre promove o bem-estar, a segurança dos trabalhadores e a
melhor produtividade. Nas últimas décadas, os estudos centrados nas
características psicofísicas dos indivíduos e os processos de produção
de forma sistêmica têm sido aplicados e assimilados pelos gestores, com
resultados positivos. A ergonomia atua nesse campo multidisciplinar,
implementando ferramentas para promover a adequação das máquinas
às capacidades humanas.
Neste capítulo, estudaremos a relação entre os seres humanos e as
máquinas, e, sob a ótica ergonômica, conheceremos como os projetos
de design devem articular as condicionantes humanas com a criação de
máquinas, equipamentos, produtos, sistemas e ambientes. Os fatores
envolvidos no projeto ergonômico dos ambientes — como o conforto
ambiental, a percepção ambiental, as cores e texturas e as medidas antro-
pométricas — são investigados, a fim de se desenvolver uma abordagem
sistêmica e propor soluções integradas para a melhoria da qualidade de
vida do trabalhador e maior produtividade do trabalho.
2 Fatores humanos no trabalho
O estudo das cores e da sua aplicação nos ambientes também tem sido
frequente quando nos referimos à “humanização dos espaços”. Nos ambientes
de trabalho, as cores podem interferir no ânimo do trabalhador e na sua conse-
quente produtividade. Iida (2005, p. 483) aponta que: “Em todas as épocas, as
cores e formas aparecem ligadas a diversos códigos e símbolos nas sociedades
organizadas, sendo frequente atribuir-lhes até um certo caráter mágico [...]”.
Do ponto de vista da percepção ambiental, há cores mais tranquilizantes (nor-
malmente as cores frias) e cores mais vibrantes, que remetem ao movimento
(cores quentes) (Figura 3).
Cor Indicação
Para garantir boa qualidade ambiental, a seleção dos materiais e das cores
de revestimentos de pisos, tetos, paredes e mobiliário é fundamental para
controlar a variação do nível de reflexão. Para o projeto de ambientes de
trabalho, as recomendações para a escolha de cores são: selecionar cores de
luminâncias similares para as diferentes superfícies; evitar efeitos que chamem
a atenção com contrastes de preto e branco; dar preferência ao tratamento de
superfícies não polidas, inclusive para as cores (BOLETTI; CORRÊA, 2015).
Outros importantes requisitos para a adequação ambiental de um espaço
de trabalho são o controle do calor, dos ruídos e das vibrações. Iida (2005)
alerta que condições desfavoráveis geram tensão no trabalho, sendo fatores
que acarretam desconforto, riscos acentuados de acidentes e consequentes
danos à saúde do trabalhador. As diferentes configurações espaciais para o
desempenho da atividade laboral dificultam prescrições únicas ou totalizantes.
Os ambientes voltados ao trabalho administrativo (desenvolvido em escritórios)
e os ambientes destinados às atividades industriais, por exemplo, possuem
programas arquitetônicos distintos e dimensões e estruturas específicas. O
design de ambientes para locais de trabalho deve atender às normas técnicas,
às resoluções legais e às orientações para projetos fornecidas pela bibliografia
de referência da área do conforto ambiental.
Os arranjos físicos podem otimizar as condições de trabalho, além de
estimular o bem-estar e a produtividade dos usuários. Esse é um aspecto
que deve ser bem observado pelos arquitetos e designers, uma vez que a
10 Fatores humanos no trabalho
A razão mais óbvia para estudar as relações entre seres humanos e artefatos e
ambientes que eles usam (além da simples curiosidade) é a intenção de mudar
as coisas para melhor – seja para incrementar o desempenho, produtividade,
saúde ou segurança do usuário, ou simplesmente para tornar a experiência
do usuário mais prazerosa e satisfatória.
ABERGO. Site. [2019]. Disponível em: http://www.abergo.org.br/. Acesso em: 18 jul. 2019.
BITENCOURT, F. (org.). Ergonomia e conforto humano: uma visão da arquitetura, enge-
nharia e design de interiores. Rio de Janeiro: Rio Book’s, 2011.
BOLETTI, R. R.; CORRÊA, W. M. Ergonomia: fundamentos e aplicações. Porto Alegre:
Bookman, 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 17: Ergonomia.
2009. Disponível em: http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/norma-
tizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-17-ergonomia. Acesso
em: 18 jul. 2019.
CURY, A. Organização & métodos: uma visão holística. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
FRASCARELI LELIS, V.; FARIA, J. R. G.; PASCHOARELLI, L. Ergonomia do ambiente construído
e APO na perspectiva da habitação social: um quadro referencial e metodológico. 2014.
Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/280054408_Ergonomia_
do_ambiente_construido_e_APO_na_perspectiva_da_habitacao_social_um_qua-
dro_referencial_e_metodologico. Acesso em: 18 jul. 2019.
GOMES, J. F. Ergonomia do objeto: sistema técnico de leitura ergonômica. São Paulo:
Escrituras, 2003.
IEA. Site. [2019]. Disponível em: https://www.iea.cc/. Acesso em: 19 jul. 2019.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao
homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 2005.
MONT’ALVÅO, C.; VILLAROUCO, V. Um novo olhar para o projeto. Teresópolis: 2AB, 2011.
MORAES, A.; MONT’ALVÃO, C. Ergonomia: conceitos e aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro:
2AB, 2000.
NEUFERT, E. Arte de projetar em arquitetura. 13. ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.
PANERO, J.; ZELNIK, M. Dimensionamento humano para espaços interiores. São Paulo:
Gustavo Gili, 2008.
SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999.
14 Fatores humanos no trabalho
Leituras recomendadas
DENIS, R. C. Uma introdução à história do design. São Paulo: Edgard Blücher, 2002.
MONTMOLLIN, M. A ergonomia. Lisboa: Instituto Piaget, 1990.
PASCHOARELLI, L. C.; SILVA, J. C. P. (org.). A evolução histórica da ergonomia no mundo e
seus pioneiros. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
VIDAL, M. C. R. Ergonomia na empresa: útil, prática e aplicada. Rio de Janeiro: Virtual
Científica, 2002.
WACHOWICZ, M. C. Ergonomia. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2013. Disponível
em: http://ead.ifap.edu.br/netsys/public/livros/LIVROS%20SEGURAN%C3%87A%20
DO%20TRABALHO/M%C3%B3dulo%20III/18%20Ergonomia/Livro_Ergonomia.pdf.
Acesso em: 18 jul. 2019.
Dica do Professor
Na Dica do Professor, você verá exemplos de arranjos físicos que adotam, de forma adequada, as
recomendações ergonômicas. Os espaços apresentados evidenciam os fatores ambientais relativos
à iluminação, à comunicação, às cores e texturas e à flexibilidade espacial.
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Exercícios
A) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
ergonomia física, ergonomia cognitiva e antropometria (ou medidas antropométricas). A
ergonomia física enfatiza o corpo humano e o ambiente físico onde se desenvolve a atividade
laboral; a ergonomia cognitiva se relaciona na compreensão dos aspectos mentais dos
indivíduos; e as medidas antropométricas dizem respeito à adequação de dimensões e layout
dos ambientes para o bem-estar do trabalhador.
B) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
ergonomia física, ergonomia cognitiva e acessibilidade. A ergonomia física enfatiza o corpo
humano e o ambiente físico onde se desenvolve a atividade laboral; a ergonomia cognitiva se
relaciona na compreensão dos aspectos mentais dos indivíduos; e a acessibilidade diz respeito
às condições de inclusão nos ambientes de trabalho.
C) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
o conforto ambiental, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional. O conforto ambiental
estuda a adequação do corpo humano à luminosidade, temperatura e ruídos no ambiente; a
ergonomia cognitiva se relaciona na compreensão dos aspectos mentais dos indivíduos; e a
ergonomia organizacional centra seus estudos na melhoria dos sistemas sociotécnicos das
organizações.
D) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
ergonomia física, percepção ambiental e ergonomia organizacional. A ergonomia física
enfatiza o corpo humano e o ambiente físico onde se desenvolve a atividade laboral; a
percepção ambiental diz respeito a compreensão e a sensações do usuário em relação ao
espaço; e a ergonomia organizacional centra seus estudos na melhoria dos sistemas
sociotécnicos das organizações.
E) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional. A ergonomia física enfatiza
o corpo humano e o ambiente físico onde se desenvolve a atividade laboral. A ergonomia
cognitiva se relaciona na compreensão dos aspectos mentais dos indivíduos. E a ergonomia
organizacional centra seus estudos na melhoria dos sistemas sociotécnicos das organizações.
A) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem à antropometria, contemplada pela ergonomia
física.
B) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem à percepção ambiental, contemplada pela
ergonomia cognitiva.
C) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem à comunicação, contemplada pela ergonomia
organizacional.
D) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem à memória, contemplada pela ergonomia
cognitiva.
E) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem ao conforto ambiental, contemplado pela
ergonomia física.
3) A ergonomia centra seus estudos em aspectos importantes para que o trabalhador possa
desenvolver suas atividades de forma confortável e segura no espaço físico de trabalho. Os
estudos realizados confirmam que os ambientes exercem influências sobre os usuários,
especialmente, nos ambientes de trabalho. Esses estudos levam em consideração alguns
aspectos que contribuem no projeto ergonômico dos ambientes.
5) Pesquisas afirmam que há uma ligação entre a qualidade de vida no trabalho e a qualidade
de vida em geral, segundo Kroemer; Grandjean (2008). Os impactos do trabalho na vida dos
indivíduos podem beneficiar ou prejudicar sua qualidade de vida. Dentre os fenômenos
recorrentes, a fadiga recebe especial atenção da ergonomia.
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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