Aula 02 - 28.10 - Fatores Humanos No Trabalho

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Fatores humanos no trabalho

Apresentação

As relações estabelecidas entre o homem e as máquinas, ou equipamentos, nem sempre


contribuem para o bem-estar do trabalhador. Os estudos das características psicofísicas dos
indivíduos ajudam a ergonomia a centrar esforços em soluções sistêmicas que objetivam melhorar a
qualidade de vida dos trabalhadores e a produtividade das empresas.

Nesta Unidade de Aprendizagem você vai saber mais sobre a interação entre indivíduos e
ambientes de trabalho, sob o ponto de vista da ergonomia. Os fatores envolvidos no projeto
ergonômico dos ambientes serão apresentados por meio de metodologias ativas, estimulando a
construção de conhecimentos a partir de situações práticas, estudos complementares e indicações
escolhidas para contribuir com o desenvolvimento de bons projetos.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Relacionar o papel do ser humano e das máquinas.


• Aplicar o design ao espaço de trabalho.
• Avaliar o impacto do trabalho sobre a qualidade de vida.
Desafio

A iluminação artificial indicada para os postos de trabalho é aquela que permite conforto visual com
bom desempenho ótico do trabalhador. A boa condição visual durante a jornada de trabalho
influencia física e psicologicamente no bem-estar do profissional e, consequentemente, na
produtividade da empresa.

A partir da análise da imagem, responda: quais recomendações para a iluminação artificial devem
ser adotadas, com o objetivo de melhorar o desempenho ótico desse profissional? Explique.
Infográfico

A relação entre o homem e as máquinas tem sido tema de investigação da ergonomia e os


conhecimentos dela advindos têm como objetivo primordial a adequação do trabalho ao homem.
Por meio da ergonomia, aprendemos que o projeto físico do espaço de trabalho pode contribuir
favoravelmente para a execução das tarefas, a produtividade, o conforto e a adaptação dos
trabalhadores às condições de trabalho.

No Infográfico você verá os principais fatores envolvidos no projeto ergonômico dos ambientes e a
aplicação desses princípios em projetos de espaços de trabalho.
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Conteúdo do Livro

A interação entre o homem e as máquinas têm sido objeto de estudo da ergonomia há muitas
décadas. Com as inovações tecnológicas inseridas no mundo do trabalho contemporâneo, os
aspectos psicofísicos do trabalhador vêm ocupando um papel importante nas pesquisas
relacionadas tanto ao bem-estar quanto à otimização do sistema produtivo.

No capítulo Fatores humanos no trabalho, da obra Métodos e técnicas do ensino, que é base teórica
desta Unidade de Aprendizagem, você verá os principais aspectos envolvidos no projeto
ergonômico dos ambientes e soluções projetuais integradas e sistêmicas, com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida do trabalhador e ampliar a produtividade das empresas.

Boa leitura.
ERGONOMIA DO
AMBIENTE
CONSTRUÍDO

Dulce América de Souza


Fatores humanos
no trabalho
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Relacionar o papel do ser humano com o papel das máquinas.


 Aplicar o design ao espaço de trabalho.
 Avaliar o impacto do trabalho sobre a qualidade de vida.

Introdução
O mundo do trabalho estabelece relações entre o ser humano e as
máquinas agenciadas pelas mais variadas atividades, relação esta que
nem sempre promove o bem-estar, a segurança dos trabalhadores e a
melhor produtividade. Nas últimas décadas, os estudos centrados nas
características psicofísicas dos indivíduos e os processos de produção
de forma sistêmica têm sido aplicados e assimilados pelos gestores, com
resultados positivos. A ergonomia atua nesse campo multidisciplinar,
implementando ferramentas para promover a adequação das máquinas
às capacidades humanas.
Neste capítulo, estudaremos a relação entre os seres humanos e as
máquinas, e, sob a ótica ergonômica, conheceremos como os projetos
de design devem articular as condicionantes humanas com a criação de
máquinas, equipamentos, produtos, sistemas e ambientes. Os fatores
envolvidos no projeto ergonômico dos ambientes — como o conforto
ambiental, a percepção ambiental, as cores e texturas e as medidas antro-
pométricas — são investigados, a fim de se desenvolver uma abordagem
sistêmica e propor soluções integradas para a melhoria da qualidade de
vida do trabalhador e maior produtividade do trabalho.
2 Fatores humanos no trabalho

O ser humano e as máquinas


O ser humano sempre buscou adaptar ferramentas e utensílios para facilitar
seu cotidiano. De maneira artesanal, os instrumentos pré-históricos eram
construídos para atender a uma necessidade básica: a sobrevivência do grupo.
A relação homem–máquina é mediada pelas tecnologias disponíveis, que
avançaram proporcionalmente às complexidades das demandas humanas.
Historicamente, as adaptações realizadas nas máquinas, nos instrumentos e
nos utensílios vêm gradativamente evidenciando os fatores humanos como
fundamentais na concepção de novos sistemas. Moraes e Mont’Alvão (2000)
destacam que as incompatibilidades entre o humano e o tecnológico eviden-
ciaram-se no período da Segunda Guerra Mundial e, desde então, têm sido
objeto de estudo da ergonomia. O homem como o “operador das máquinas”
é o agente que interpreta as informações, e as capacidades humanas são as
que permitem a realização eficiente das tarefas, quaisquer que sejam elas.
O ser humano deve ser contemplado em todas as etapas do projeto de uma
máquina ou um equipamento, dos sistemas e de todos os ambientes, com
especial atenção aos locais de trabalho. Iida (2005, p. 19) inclui o ser humano
como um dos componentes do processo de projeto, destacando que “[...] as
características desse operador devem ser consideradas conjuntamente com as
características ou restrições das partes mecânicas, sistêmicas ou ambientais,
para se ajustarem mutuamente umas às outras [...]”. O autor defende a relevân-
cia da ergonomia e atribui a ela os mais significativos estudos de métodos e
técnicas de pesquisa consagrados cientificamente, centrados no trabalhador
enquanto este realiza a sua tarefa de trabalho.
A Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO, 2019) pontua que,
às várias definições de ergonomia existentes, alguns aspectos são comuns
mundialmente: a natureza multidisciplinar; o fundamento nas ciências; e o
principal objeto de estudo como sendo a concepção do trabalho. O homem é o
centro da área de conhecimento da ergonomia, que, em algumas publicações, é
designada como “fatores humanos”, termo que mereceu um capítulo próprio na
publicação referencial do professor Iida (2005), “Ergonomia: projeto e produ-
ção”. Neste estudo, Iida (2005, p. 341) examina as características do organismo
humano que influem no desempenho do trabalho: “[...] a adaptação humana ao
trabalho abrange as transformações que ocorrem quando o organismo passa
do estado de repouso para a atividade e também aquelas transformações de
caráter mais duradouro, devido ao treinamento [...]”.
O projeto de design articula os conhecimentos das condicionantes físi-
cas e psicológicas humanas à concepção de produtos, sistemas, interfaces
Fatores humanos no trabalho 3

e ambientes. Todos os segmentos que realizam análise e projetos para o


desenvolvimento do trabalho humano devem considerar três aspectos muito
importantes: a monotonia, a fadiga e a motivação. “Monotonia e fadiga estão
presentes em todos os trabalhos e não podem ser totalmente eliminados, mas
controlados e substituídos por ambientes mais interessantes e motivadores
[...]” (IIDA, 2005, p. 341).
Outras questões influem diretamente no desempenho do trabalho humano
e têm atraído a atenção dos pesquisadores, são as relativas a idade, sexo e
deficiências físicas dos trabalhadores. O paradigma do trabalhador tem se
modificado, o padrão do homem adulto com idade entre 20 e 30 anos torna-se
cada vez menos real, uma vez que a diversidade de segmentos da sociedade
tem sido ampliada nas atividades produtivas. Qualquer que sejam os fatores
humanos envolvidos, a ergonomia visa a garantir o conforto e a adaptação
do homem interagindo com o ambiente, com o artefato ou a ferramenta de
trabalho (TILLEY, 2005).
Entendemos, portanto, que as condições de adaptação e conforto humano
ao trabalho são almejadas nas três especificações sugeridas pela International
Ergonomics Association (IEA, 2019): ergonomia física, ergonomia cogni-
tiva e ergonomia organizacional. A ergonomia física estuda os aspectos de
postura, segurança e saúde do trabalhador, área do conhecimento que enfatiza
o corpo humano e o ambiente físico onde se desenvolve a atividade laboral;
a ergonomia cognitiva centra-se na carga mental de trabalho, estudando as
questões de memória, raciocínio e percepção; a ergonomia organizacional foca
seus esforços na melhoria dos sistemas socio-técnicos que envolvem equipes,
comunicação e gerenciamento de recursos humanos.
As classificações da IEA (2019) contribuem na orientação dos projetos de
desenvolvimento de produtos na área do design. De acordo com Gomes (2013,
p. 13), “[...] esta classificação tem apenas finalidades didáticas para compre-
ensão de conceitos. Uma realidade de trabalho é um sistema complexo onde
cada um dos aspectos intervém a seu modo, porém de forma interdependente
ou sistêmica [,,.]”.
O conhecimento da aplicação do sistema homem–máquina–tarefa–am-
biente (SHMTA) é condicionante para falarmos de ergonomia centrada nos
fatores humanos. Trata-se da organização dos componentes “homem” (operador
ou usuário) e “máquina” (qualquer objeto físico utilizado para a realização de
uma atividade), de forma a trabalharem em conjunto para alcançar um objetivo
comum, estando integrados por uma rede de comunicações (KROEMER;
GRANDJEAN, 2005). Moraes e Mont’Alvão (2000, p. 41) afirmam que “[...]
um sistema homem-máquina significa que o homem e a máquina têm uma
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relação recíproca um com outro [...]”. Segundo os autores, os principais com-


ponentes desse sistema podem ser resumidos em: interação com utensílios;
evolução constante das tecnologias, trazendo impactos aos operadores; forte
presença dos aspectos cognitivos; são planejados, construídos e operados pelo
homem; as máquinas são caracterizadas pela alta velocidade, precisão e força;
e o homem é caracterizado pelo aspecto flexível e adaptável.

O design no ambiente de trabalho


A forma como um indivíduo se relaciona com o ambiente que o envolve é
intermediada pelo projeto físico desse espaço. As condições do ambiente
podem contribuir favoravelmente para determinada execução de tarefas,
ou prejudicar o nível de produção, o conforto e a adaptação dos usuários ou
trabalhadores. A aplicação das prescrições advindas da área da ergonomia
nos projetos de postos de trabalho é fundamental para a qualidade espacial do
ambiente construído, pois ultrapassam o limite estritamente material do espaço,
aprofundando a investigação na relação do usuário com o meio (FRASCARELI
LELIS; FARIA; PASCHOARELLI, 2014).
Para estabelecer inter-relações harmônicas entre o ambiente projetado e seu
usuário, a arquitetura e o design adotam os estudos ergonômicos consolidados
pela bibliografia de referência. Esses estudos contemplam a ergonomia física, em
particular a antropometria, visto que incorporam as dimensões do corpo humano
como unidade de medida para o projeto de ambientes, mobiliário e equipamen-
tos. Panero e Zelnik (2008, p. 19) contribui significativamente com esse debate
quando afirma que é preciso “[...] concentrar-se nos aspectos antropométricos
da ergonomia e aplicar os relativos dados ao projeto de espaços interiores [...]”.
O domínio da escala humana é essencial para projetistas, e Neufert (2013,
p. 27) defende que o arquiteto “[...] deve saber qual a melhor posição funcional
do mobiliário, permitindo assim ao homem a possibilidade de trabalhar com
conforto tanto em casa, como no escritório ou oficina, assim como de repousar
adequadamente [...]”. Reforçando a colocação, o autor destaca a importância de
considerar os aspectos comportamentais dos indivíduos, devendo-se respeitar
as características do corpo humano, seus sistemas sensorial e motor, além das
suas condutas individuais e sociais.
No que se refere aos ambientes construídos — com ênfase nos postos de
trabalho —, a ergonomia é a disciplina que centra seus estudos em reconhe-
cer a capacidade do ser humano para a realização do seu trabalho de forma
confortável e segura, a fim de aliar bem-estar e produtividade. Entendemos,
Fatores humanos no trabalho 5

então, que os ambientes exercem influências sobre os usuários, devendo ser


saudáveis, funcionais, acessíveis e confortáveis. A ergonomia deve estar incor-
porada — desde as fases iniciais — ao projeto dos ambientes de trabalho, pois
as metodologias ergonômicas dizem respeitos às satisfações e às insatisfações
dos usuários, buscando respostas para contribuir com o processo projetual
(BITENCOURT, 2011).

Fatores envolvidos no projeto ergonômico


dos ambientes
Os estudos relacionados à ergonomia do ambiente construído levam em conside-
ração condições de conforto ambiental (lumínico, térmico e acústico), percep-
ção ambiental (aspectos cognitivos), adequação dos materiais (revestimentos
e acabamentos), cores e texturas, acessibilidade, medidas antropométricas
(leiaute e dimensionamento) e sustentabilidade (FRASCARELI LELIS; FARIA;
PASCHOARELLI, 2014; MONT’ALVÃO; VILLAROUCO, 2011). É recomendá-
vel a utilização de metodologias que permitam verificar a adequação ergonômica
dos espaços construídos, considerando os aspectos físicos e a identificação da
percepção do usuário em relação ao espaço. Conforme sugerem Mont’Alvão e
Villarouco (2011, p. 30): “Faz-se necessário uma abordagem sistêmica quando
se trata de avaliar o ambiente sob a ótica da ergonomia [...]”.
Em relação ao conforto ambiental nos espaços de trabalho, Slack et al.
(1999, p. 218) relatam que: “O ambiente imediato no qual o trabalho acontece
pode influenciar a forma como ele é executado. As condições de trabalho que
são muito quentes ou frias, insuficientemente iluminadas, ou excessivamente
claras, barulhentas ou irritantemente silenciosas. Todas vão influenciar a forma
como o trabalho é levado avante [...]”. A bibliografia referencial de ergonomia
voltada aos espaços ou ambientes destaca que as principais condições que um
bom ambiente de trabalho deve possuir são:

Temperatura: entre 20ºC e 24ºC;


Umidade relativa: entre 40% e 60%;
Ruído: até 80 decibéis não se observam danos ao aparelho auditivo do tra-
balhador, podendo haver danos a partir deste nível;
Iluminação: a iluminação pode variar em função do tipo de trabalho realizado,
mas seja qual for o local de trabalho recomenda-se um mínimo de 300 lux
como iluminação mínima de escritórios, 400 a 600 lux para trabalhos normais
e 1.000 até 2.000 lux para execução de trabalho de precisão. Note-se que não
adianta ultrapassar os 2.000 lux, pois, não haverá melhora para o operador,
podendo existir fadiga visual para níveis de iluminação acima de 2.000 lux
(MARTINS; LAUGENI, 2005, p. 105, grifos nossos).
6 Fatores humanos no trabalho

No domínio do conforto ambiental, destacamos aspectos que influem


fisiológica e psicologicamente no desempenho dos trabalhadores. O primeiro
aspecto é a iluminação, cujo planejamento adequado pode ampliar a sensação
de satisfação no trabalho, reduzindo a fadiga e os acidentes e aumentando
a produtividade (BOLETTI; CORRÊA, 2015; IIDA, 2005). Aproveitar a
luminosidade natural é a solução mais adequada para ambientes de trabalho.
Por exemplo, as mesas, quando locadas abaixo das janelas, proporcionam
postos de trabalho com conforto visual e bom desempenho ótico, conforme
ilustra a Figura 1.

Figura 1. Iluminação natural.


Fonte: ImageFlow/Shutterstock.com.

Em grande parte dos locais de trabalho, faz-se necessária a utilização de


iluminação artificial, e, nesses casos, há recomendações de posicionamento,
de modo a evitar ofuscamentos. Segundo Iida (2005, p. 473), as luminárias
“[...] devem situar-se acima de 30° em relação à linha de visão (horizontal)
e, se possível, devem ser colocadas lateralmente ou atrás do trabalhador,
para evitar a luz direta ou refletida nos seus olhos”. Devemos considerar que
existem sistemas de iluminação diferentes e que podem ser combinados.
Fatores humanos no trabalho 7

Os mais comuns são: iluminação geral, iluminação localizada e iluminação


combinada, como exemplifica a Figura 2.

Figura 2. Sistemas de iluminação típicos em ambientes de trabalho.


Fonte: Iida (2005, p. 473).

Algumas condições devem ser atingidas para garantir conforto visual e


bom desempenho ótico em um ambiente de trabalho:

1. Nível de luminância, ou seja, da quantidade de luz refletida ou emitida de


uma superfície, adequado.
2. Equilíbrio espacial das luminâncias das superfícies.
3. Uniformidade temporal da iluminação.
4. Eliminação de ofuscamento com luzes apropriadas: nenhuma fonte de luz deve
aparecer no campo visual dos trabalhadores durante as atividades de trabalho
(KROEMER; GRANDJEAN, 2005 apud BOLETTI; CORRÊA, 2015, p. 48).
8 Fatores humanos no trabalho

Há dois tipos de ofuscamento que interferem drasticamente no trabalho visual e que


podem ser evitados com ações ergonômicas adequadas, são eles:

Ofuscamento direto: ocorre ao olhar diretamente para a fonte de luz,


como o sol, os faróis de um carro ou a luminária de trabalho.
Ofuscamento indireto: é refletido pela superfície, alcançando os olhos,
como os faróis do veículo refletidos no espelho retrovisor, a luminária
de trabalho ou a janela refletida na tela do computador (BOLETTI;
CORRÊA, 2015, p. 50).

O estudo das cores e da sua aplicação nos ambientes também tem sido
frequente quando nos referimos à “humanização dos espaços”. Nos ambientes
de trabalho, as cores podem interferir no ânimo do trabalhador e na sua conse-
quente produtividade. Iida (2005, p. 483) aponta que: “Em todas as épocas, as
cores e formas aparecem ligadas a diversos códigos e símbolos nas sociedades
organizadas, sendo frequente atribuir-lhes até um certo caráter mágico [...]”.
Do ponto de vista da percepção ambiental, há cores mais tranquilizantes (nor-
malmente as cores frias) e cores mais vibrantes, que remetem ao movimento
(cores quentes) (Figura 3).

Figura 3. Ambientes de trabalho com cores quentes e cores frias, respectivamente.


Fonte: ImageFlow/Shutterstock.com e Kalakutskiy Mikhail/Shutterstock.com

As normas ISO padronizam a indicação para o uso das cores, considerando


os requisitos de segurança do trabalho; os códigos de cores são informados,
de acordo com Kroemer e Grandjean (2005), no Quadro 1.
Fatores humanos no trabalho 9

Quadro 1. Códigos de cor e sua indicação

Cor Indicação

Vermelho Perigo, parar e proibido; alertas para fogo (é empregada


em extintores e equipamentos de combate a incêndio).

Amarelo Perigo de colisão, atenção, alerta, risco de tropeço;


em geral, as listras amarelas sobre um fundo
preto indicam alerta nos transportes.

Verde Nos serviços de resgate, indica a saída de segurança e que


“as coisas estão em ordem”; refere-se a todas as formas
de equipamento de resgate e primeiros socorros.

Azul Mesmo não sendo considerada uma cor de segurança,


serve para dar direções, avisos e indicações gerais.

Fonte: Adaptado de Boletti e Corrêa (2015, p. 51).

Para garantir boa qualidade ambiental, a seleção dos materiais e das cores
de revestimentos de pisos, tetos, paredes e mobiliário é fundamental para
controlar a variação do nível de reflexão. Para o projeto de ambientes de
trabalho, as recomendações para a escolha de cores são: selecionar cores de
luminâncias similares para as diferentes superfícies; evitar efeitos que chamem
a atenção com contrastes de preto e branco; dar preferência ao tratamento de
superfícies não polidas, inclusive para as cores (BOLETTI; CORRÊA, 2015).
Outros importantes requisitos para a adequação ambiental de um espaço
de trabalho são o controle do calor, dos ruídos e das vibrações. Iida (2005)
alerta que condições desfavoráveis geram tensão no trabalho, sendo fatores
que acarretam desconforto, riscos acentuados de acidentes e consequentes
danos à saúde do trabalhador. As diferentes configurações espaciais para o
desempenho da atividade laboral dificultam prescrições únicas ou totalizantes.
Os ambientes voltados ao trabalho administrativo (desenvolvido em escritórios)
e os ambientes destinados às atividades industriais, por exemplo, possuem
programas arquitetônicos distintos e dimensões e estruturas específicas. O
design de ambientes para locais de trabalho deve atender às normas técnicas,
às resoluções legais e às orientações para projetos fornecidas pela bibliografia
de referência da área do conforto ambiental.
Os arranjos físicos podem otimizar as condições de trabalho, além de
estimular o bem-estar e a produtividade dos usuários. Esse é um aspecto
que deve ser bem observado pelos arquitetos e designers, uma vez que a
10 Fatores humanos no trabalho

distribuição física de um determinado espaço comercial, institucional ou de


serviços precisa atender satisfatoriamente às necessidades dos usuários, tanto
trabalhadores quanto clientes ou público em geral (CURY, 2005).
Iida (2005) considera que, no quadro de objetivos de um bom arranjo físico
(layout), está incluída a redução da fadiga. Sabemos que a boa disposição e
a escolha do mobiliário e dos equipamentos, bem como o dimensionamento
adequado das circulações, proporciona melhor interação com o ambiente e
resultam em maior eficiência dos fluxos internos das atividades. O arranjo
físico atua diretamente na percepção que temos de um ambiente, pois, do ponto
de vista psicológico, o estímulo e o ânimo são potencializados em espaços
criativos, contemporâneos e bem organizados.
A Figura 4 apresenta um arranjo espacial estimulante. A iluminação natural,
advinda das janelas nas duas faces do ambiente, é apoiada pela iluminação
artificial, locada sobre cada ilha de trabalho, sendo que a sala também conta
com iluminação geral. As circulações ocorrem de forma confortável por entre
os módulos de trabalho de forma simétrica e regular, facilitando a interação
e o movimento necessário no ambiente. As cores utilizadas definem áreas de
trabalho específicas, diferenciadas pelos anteparos sobre as mesas: verde (cor
fria) e cor de laranja (cor quente). As texturas do piso e do teto são contrastantes,
com acabamento polido no piso e acabamento rústico no teto, cujo aspecto
bruto confere um ar mais informal ao projeto de interiores.

Figura 4. Arranjo espacial estimulante.


Fonte: Mangostar/Shutterstock.com.
Fatores humanos no trabalho 11

Recomenda-se que o layout seja flexível, podendo ser alterado sempre


que for necessário, para atender às constantes mudanças ocorridas nas
empresas globais.

A ergonomia como mediadora da qualidade


de vida associada ao trabalho
O trabalho humano é identificado em muitos processos como um significativo
intermediário nos diferentes convívios sociais e na saúde humana. Os múltiplos
processos envolvidos na atividade laboral podem beneficiar ou prejudicar
grupos ou indivíduos de quaisquer modalidades de atividades produtivas.
Kroemer e Grandjean (2005, p. 149) afirmam que “Várias pesquisas favore-
cem a hipótese que há uma ligação entre a qualidade de vida no trabalho e a
qualidade de vida em geral [...]”.
Sob o olhar da ergonomia, a monotonia e a falta de motivação no trabalho
são os maiores estimuladores da fadiga no ambiente de trabalho. Embora nos
encontremos em um momento em que tendências alternativas e flexíveis se façam
presentes numa economia internacionalizada, ainda encontramos repetições de
velhas fórmulas e métodos prejudiciais à produtividade e ao trabalhador. As
velhas fórmulas e métodos são aquelas associadas ao taylorismo, que, segundo
Kroemer e Grandjean (2005), produzem tédio no trabalhador, uma vez que
reduzem suas habilidades mentais e físicas e desperdiçam seu potencial.
Iida (2005, p. 280) utiliza o exemplo da indústria para definir a monotonia,
identificando-a como “[...] a reação do organismo a um ambiente uniforme,
pobre em estímulos ou com pouca variação das excitações. Os sintomas mais
indicativos da monotonia são uma sensação de fadiga, sonolência, morosidade
e uma diminuição da atenção. As operações repetitivas na indústria e o trá-
fego rotineiro são condições propícias à monotonia [...]”. As tarefas repetidas
tendem a promover a diminuição dos níveis de excitação cerebral, podendo
ocorrer saturação psíquica, que provoca ansiedades e tensões (IIDA, 2005;
WISNER, 1995).
Conforme Kroemer e Grandjean (2005), as condições que desencadeiam
o surgimento de estados de monotonia são: atividades repetitivas de longa
duração e tarefas de observação de longa duração com obrigação de atenção
permanente. Em ambos os casos, as atividades que apresentam mínimo grau
de dificuldade ou pobreza de estímulos são consideradas as mais monótonas.
Via de regra, a monotonia resulta em fadiga e falta de motivação (IIDA, 2005;
KROEMER; GRANDJEAN, 2005; WISNER, 1995).
12 Fatores humanos no trabalho

Em relação à fadiga, Kroemer e Grandjean (2005) a relacionam com


diminuição da capacidade de produção e perda de motivação para desempe-
nhar qualquer atividade. A fadiga também pode estar relacionada aos fatores
ambientais ou sociais. Conforme Iida (2005, p. 284):

Fadiga é o efeito de um trabalho continuado, que provoca uma redução reversí-


vel da capacidade do organismo e uma degradação qualitativa desse trabalho.
A fadiga é causada por um conjunto complexo de fatores, cujos efeitos são
cumulativos. Em primeiro lugar, estão os fatores fisiológicos, relacionados
com a intensidade e duração do trabalho físico e intelectual. Depois, há uma
série de fatores psicológicos, como a monotonia e a falta de motivação e, por
fim, os fatores ambientais e sociais, como a iluminação, ruídos, temperaturas
e o relacionamento social com a chefia e os colegas de trabalho.

A motivação de um trabalhador pode ocorrer de diversas formas: desafios


mais enriquecedores, participação mais efetiva nos processos produtivos,
novas responsabilidades e reconhecimento profissional. A motivação, segundo
Wisner (1995), é uma necessidade humana que se refere aos valores da mente
e do espírito, portanto, é mais difícil de ser identificada pelos administradores.
A evolução da indústria tecnológica ressaltou a necessidade de conhecer
as capacidades e os limites humanos e, como resultado, promover o bem-estar
do trabalhador. A ergonomia atua especificamente neste quesito: na busca
de segurança, conforto e bem-estar, recuperando o sentido antropológico do
trabalho. Como afirmam Moraes e Mont’alvão (2000, p. 15):

A razão mais óbvia para estudar as relações entre seres humanos e artefatos e
ambientes que eles usam (além da simples curiosidade) é a intenção de mudar
as coisas para melhor – seja para incrementar o desempenho, produtividade,
saúde ou segurança do usuário, ou simplesmente para tornar a experiência
do usuário mais prazerosa e satisfatória.

A relevância da ergonomia como mediadora na promoção da qualidade de


vida do trabalhador é preconizada pela publicação da Norma Regulamentadora
17, que visa a definir os melhores padrões para o trabalhador em seu posto de
trabalho, considerando suas características psicofisiológicas (BRASIL, 2009).
Além da Norma (NR 17), as definições e conceitos dos autores mencionados
nos encaminham para a compreensão da ergonomia enquanto um importante
agente na busca da interação do usuário com o ambiente, o mobiliário, os
equipamentos e as tarefas dentro de um sistema. Seria equivocado estudar e
aplicar isoladamente esdes elementos, pois eles exercem influências entre si.
Fatores humanos no trabalho 13

A ergonomia, portanto, visa a agenciar mudanças na qualidade do trabalho


humano, cujos procedimentos resultarão em benefícios não somente centrados
no bem-estar da força de trabalho, mas de toda a sociedade.

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14 Fatores humanos no trabalho

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PASCHOARELLI, L. C.; SILVA, J. C. P. (org.). A evolução histórica da ergonomia no mundo e
seus pioneiros. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
VIDAL, M. C. R. Ergonomia na empresa: útil, prática e aplicada. Rio de Janeiro: Virtual
Científica, 2002.
WACHOWICZ, M. C. Ergonomia. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2013. Disponível
em: http://ead.ifap.edu.br/netsys/public/livros/LIVROS%20SEGURAN%C3%87A%20
DO%20TRABALHO/M%C3%B3dulo%20III/18%20Ergonomia/Livro_Ergonomia.pdf.
Acesso em: 18 jul. 2019.
Dica do Professor

O arranjo físico dos espaços de trabalho influencia o comportamento dos usuários e a


funcionalidade da rotina desenvolvida nas mais variadas atividades laborais. Um bom arranjo físico,
ou layout, pode reduzir a fadiga nos ambientes de trabalho, porque promove uma boa interação
entre o homem, o mobiliário e os equipamentos.

Na Dica do Professor, você verá exemplos de arranjos físicos que adotam, de forma adequada, as
recomendações ergonômicas. Os espaços apresentados evidenciam os fatores ambientais relativos
à iluminação, à comunicação, às cores e texturas e à flexibilidade espacial.

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Exercícios

1) Vários aspectos influem diretamente na qualidade de vida do trabalhador e na produtividade


no desempenho das atividades. As condições de adaptação e conforto humano ao trabalho
são objeto de estudo nas três grandes áreas da ergonomia, classificadas pela International
Ergonomics Association (IEA).

Quais são essas áreas ou especificações e qual é o seu escopo?

A) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
ergonomia física, ergonomia cognitiva e antropometria (ou medidas antropométricas). A
ergonomia física enfatiza o corpo humano e o ambiente físico onde se desenvolve a atividade
laboral; a ergonomia cognitiva se relaciona na compreensão dos aspectos mentais dos
indivíduos; e as medidas antropométricas dizem respeito à adequação de dimensões e layout
dos ambientes para o bem-estar do trabalhador.

B) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
ergonomia física, ergonomia cognitiva e acessibilidade. A ergonomia física enfatiza o corpo
humano e o ambiente físico onde se desenvolve a atividade laboral; a ergonomia cognitiva se
relaciona na compreensão dos aspectos mentais dos indivíduos; e a acessibilidade diz respeito
às condições de inclusão nos ambientes de trabalho.

C) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
o conforto ambiental, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional. O conforto ambiental
estuda a adequação do corpo humano à luminosidade, temperatura e ruídos no ambiente; a
ergonomia cognitiva se relaciona na compreensão dos aspectos mentais dos indivíduos; e a
ergonomia organizacional centra seus estudos na melhoria dos sistemas sociotécnicos das
organizações.

D) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
ergonomia física, percepção ambiental e ergonomia organizacional. A ergonomia física
enfatiza o corpo humano e o ambiente físico onde se desenvolve a atividade laboral; a
percepção ambiental diz respeito a compreensão e a sensações do usuário em relação ao
espaço; e a ergonomia organizacional centra seus estudos na melhoria dos sistemas
sociotécnicos das organizações.

E) As grandes áreas da ergonomia, sugeridas pela International Ergonomics Association (IEA), são:
ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional. A ergonomia física enfatiza
o corpo humano e o ambiente físico onde se desenvolve a atividade laboral. A ergonomia
cognitiva se relaciona na compreensão dos aspectos mentais dos indivíduos. E a ergonomia
organizacional centra seus estudos na melhoria dos sistemas sociotécnicos das organizações.

2) A bibliografia clássica da arquitetura recomenda que o projetista estabeleça relações


adequadas e harmônicas entre o ambiente construído e o seu usuário. Panero (2008) e
Neufert (2013), por exemplo, defendem que o arquiteto – ou designer - deve conhecer
profundamente a escala humana, para aplicar esses dados nos projetos de espaços
interiores.

A qual âmbito da ergonomia se referem os autores referenciais?

A) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem à antropometria, contemplada pela ergonomia
física.

B) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem à percepção ambiental, contemplada pela
ergonomia cognitiva.

C) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem à comunicação, contemplada pela ergonomia
organizacional.

D) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem à memória, contemplada pela ergonomia
cognitiva.

E) Segundo Panero (2008) e Neufert (2013), o domínio da escala humana é essencial para
projetistas; suas recomendações se referem ao conforto ambiental, contemplado pela
ergonomia física.

3) A ergonomia centra seus estudos em aspectos importantes para que o trabalhador possa
desenvolver suas atividades de forma confortável e segura no espaço físico de trabalho. Os
estudos realizados confirmam que os ambientes exercem influências sobre os usuários,
especialmente, nos ambientes de trabalho. Esses estudos levam em consideração alguns
aspectos que contribuem no projeto ergonômico dos ambientes.

Quais são esses aspectos?

A) Os estudos focados na ergonomia dos ambientes construídos consideram as condições de


conforto ambiental, os sistemas sociotécnicos, a adequação dos materiais, as cores e texturas,
a acessibilidade, as medidas antropométricas e a sustentabilidade.
B) Os estudos focados na ergonomia dos ambientes construídos consideram as condições de
conforto ambiental, a percepção ambiental, a adequação dos materiais, as cores e texturas, a
acessibilidade, as medidas antropométricas e a sustentabilidade.

C) Os estudos focados na ergonomia dos ambientes construídos consideram as condições de


gerenciamento de equipes, a percepção ambiental, a adequação dos materiais, as cores e
texturas, a acessibilidade, as medidas antropométricas e a sustentabilidade.

D) Os estudos focados na ergonomia dos ambientes construídos consideram as condições de


conforto ambiental, a percepção ambiental, a adequação dos materiais, a carga mental de
trabalho, a acessibilidade, as medidas antropométricas e a sustentabilidade.

E) Os estudos focados na ergonomia dos ambientes construídos consideram as condições de


conforto ambiental, a percepção ambiental, a adequação dos materiais, as cores e texturas, a
acessibilidade, as medidas antropométricas e a comunicação empresarial.

4) As condições de conforto físico do trabalhador devem ser asseguradas nos ambientes de


trabalho, pois, o ambiente no qual ocorre a atividade laboral influencia nos resultados do
trabalho e na qualidade de vida do indivíduo.

Em relação ao conforto ambiental, quais as principais condições que um ambiente de


trabalho adequado deve possuir?

A) Considerando os aspectos de conforto ambiental, as principais condições que um bom


ambiente de trabalho deve possuir são: temperatura entre 25oC e 30oC; umidade relativa
entre 40% e 60%; ruído de até 90 decibéis e iluminação mínima de 300 lux para escritórios,
400 a 600 lux para trabalhos normais e 1.400 até 2.400 lux para execução de trabalho de
precisão.

B) Considerando os aspectos de conforto ambiental, as principais condições que um bom


ambiente de trabalho deve possuir são: temperatura entre 20oC e 24oC; umidade relativa
entre 20% e 40%; ruído de até 60 decibéis e iluminação mínima de 300 lux para escritórios,
400 a 600 lux para trabalhos normais e 1.200 até 2.200 lux para execução de trabalho de
precisão.

C) Considerando os aspectos de conforto ambiental, as principais condições que um bom


ambiente de trabalho deve possuir são: temperatura entre 15oC e 20oC; umidade relativa
entre 40% e 60%; ruído de até 100 decibéis e iluminação mínima de 200 lux para escritórios,
300 a 500 lux para trabalhos normais e 1.500 até 2.500 lux para execução de trabalho de
precisão.
D) Considerando os aspectos de conforto ambiental, as principais condições que um bom
ambiente de trabalho deve possuir são: temperatura entre 20oC e 24oC; umidade relativa
entre 40% e 60%; ruído de até 80 decibéis e iluminação mínima de 300 lux para escritórios,
400 a 600 lux para trabalhos normais e 1.000 até 2.000 lux para execução de trabalho de
precisão.

E) Considerando os aspectos de conforto ambiental, as principais condições que um bom


ambiente de trabalho deve possuir são: temperatura entre 15oC e 30oC; umidade relativa
entre 50% e 70%; ruído de até 120 decibéis e iluminação mínima de 300 lux para escritórios,
400 a 600 lux para trabalhos normais e 2.000 até 3.000 lux para execução de trabalho de
precisão.

5) Pesquisas afirmam que há uma ligação entre a qualidade de vida no trabalho e a qualidade
de vida em geral, segundo Kroemer; Grandjean (2008). Os impactos do trabalho na vida dos
indivíduos podem beneficiar ou prejudicar sua qualidade de vida. Dentre os fenômenos
recorrentes, a fadiga recebe especial atenção da ergonomia.

Quais são os fatores que estimulam o surgimento da fadiga no ambiente de trabalho?

A) Na perspectiva da ergonomia, a monotonia e a falta de acessibilidade no trabalho são os


fatores que mais desencadeiam a fadiga.

B) Na perspectiva da ergonomia, o baixo nível de iluminação e a falta de motivação no trabalho


são os fatores que mais desencadeiam a fadiga.

C) Na perspectiva da ergonomia, a monotonia e a falta de motivação no trabalho são os fatores


que mais desencadeiam a fadiga.

D) Na perspectiva da ergonomia, a monotonia e o alto nível de ruído no trabalho são os fatores


que mais desencadeiam a fadiga.

E) Na perspectiva da ergonomia, a temperatura inadequada e a falta de motivação no trabalho


são os fatores que mais desencadeiam a fadiga.
Na prática

Os projetos de ambientes de trabalho corporativos são um importante segmento no mercado de


trabalho dos arquitetos e designers. As empresas estão cada vez mais preocupadas com a qualidade
de vida dos seus colaboradores, comprometidas com a sustentabilidade e a
acessibilidade; portanto, os profissionais devem estar preparados para desenvolver esses projetos.

Confira, Na Prática, um projeto de ambiente de trabalho referencial: o escritório da Google em


Madri, projetado pelo Jump Studios. Ele exemplifica os fundamentos teóricos da ergonomia do
ambiente construído e pode contribuir para as práticas projetuais em programas semelhantes.

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!


Saiba mais

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Ergonomia e fatores humanos: uma questão de nomenclatura


O artigo promove uma reflexão sobre a teoria da ergonomia e dos fatores humanos do design,
considerando-os como uma experiência baseada na interação entre os diferentes sujeitos: o
homem, o artefato e o ambiente.

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Layout em Ambientes Corporativos


O vídeo apresenta conceitos básicos para projetos de ambientes corporativos, abordando layout,
iluminação, normas técnicas e demais informações pertinentes ao tema.

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A percepção do espaço físico e ambiental: uma abordagem


fenomenológica
O artigo complementa os estudos ergonômicos sobre o ambiente construído, trazendo
conhecimentos da filosofia, em particular, da fenomenologia. A partir da abordagem
fenomenológica, o material analisa os espaços necessários para as áreas destinadas ao trabalho em
bibliotecas e a ergonomia para a concepção de ambientes responsivos às atividades
desempenhadas.
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O que são fatores humanos


O vídeo define fatores humanos, evidenciando a importância do conhecimento de seus amplos
aspectos para reduzir erros e inadequações, que prejudicam a qualidade da vida humana, em
especial, no trabalho.

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Espaços corporativos: Veja como a iluminação pode fazer a


diferença nos projetos
O vídeo apresenta projetos corporativos e entrevistas com os profissionais envolvidos no projeto,
clientes e arquitetos. O foco do material é a iluminação, expondo as soluções adotadas em cada
projeto e seus resultados após a conclusão das obras.

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