Beneficios Do Rgps Parte Geral E1684870697

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DIREITO

PREVIDENCIÁRIO
Benefícios do RGPS – Parte Geral

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
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Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
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transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230515162828

BERNARDO MACHADO

Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil. Graduado em Engenharia de Produção pela


Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), bacharel em Direito pela Universidade
Cândido Mendes (Ucam) e pós-graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV). Professor de Direito Previdenciário em cursos preparatórios para
concurso público.

conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALESSANDRA BARBOSA DE SOUSA CARVALHO - 04105582143, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
Bernardo Machado

SUMÁRIO
Benefícios do RGPS – Parte Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Dependentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Rol de Dependentes do RGPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Menor sob Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Regras Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Perda da Qualidade de Dependente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Inscrição dos Dependentes e Comprovação de Vínculo e Dependência
Econômica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Prazos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Perda da Qualidade de Segurado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Carência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Períodos de Carência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Perda da Qualidade do Segurado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Início da Contagem da Carência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Observação sobre Carência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Salário de Benefício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Observações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Renda Mensal do Benefício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Reajustamento e Pagamento do Benefício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

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BENEFÍCIOS DO RGPS – PARTE GERAL


Querido(a) aluno(a)! Na aula de hoje, inicia-se o tema “benefícios do RGPS”. Assim, estuda-
se, inicialmente, a parte geral dos benefícios. Inicia-se o estudo abordando dependentes,
manutenção e perda da qualidade de segurado, carência, salário de benefício, renda mensal
do benefício e, por fim, reajustamento e pagamento dos benefícios previdenciários.

DEPENDENTES

INTRODUÇÃO
Os beneficiários do RGPS são as pessoas físicas que fazem jus a uma prestação
previdenciária, seja essa prestação um benefício ou um serviço.
Os beneficiários, como gênero, têm como espécies os segurados e os seus dependentes.
Assim, já foram estudados os segurados do RGPS. Passa-se, a partir de agora, a estudar
os dependentes do RGPS.
Para facilitar o estudo, seguem algumas dicas. Em relação a esse tema, deve-se estudar
o rol de dependentes, as regras gerais atinentes aos dependentes, além da inscrição
dos dependentes. Inicia-se o estudo com o rol dos dependentes.

ROL DE DEPENDENTES DO RGPS


Os dependentes estão divididos em 3 classes. Dependentes da classe I, também conhecidos
como dependentes preferenciais, além dos dependentes das classes II e III.
Portanto, são dependentes do RGPS:

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Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável


com o segurado ou segurada.
Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e
duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família.
Para que haja união estável não podem ocorrer às situações de impedimento para o
casamento, como, por exemplo, as pessoas serem casadas.
Cabe ressaltar que não há óbice para que o companheiro(a) de pessoas casadas façam
jus a benefícios previdenciários na condição de dependentes, desde que haja separação
de fato ou judicial.
O que não é possível é que seja considerada a concubina (amante) como dependente do
RGPS, tendo em vista a existência de impedimento para o casamento, o que não possibilita
a condição de união estável.
Ou seja, a preexistência de casamento ou de união estável impede o reconhecimento de
novo vínculo referente ao mesmo período, inclusive para fins previdenciários, em virtude
da consagração do dever de fidelidade e da monogamia pelo ordenamento jurídico-
constitucional brasileiro.

Em face dos julgamentos da ADI 4277 e da ADPF 132, o Supremo Tribunal Federal equiparou
a união homoafetiva à união estável, de modo que devem ser estendidos àqueles todos
os benefícios concedidos a estes, desde que preenchidos os demais requisitos legais para
a sua concessão.
Dessa forma, o companheiro ou a companheira de mesmo sexo integra o rol de
dependentes do RGPS.

Filhos de qualquer condição são aqueles havidos ou não da relação de casamento, ou


adotados, que possuem os mesmos direitos e qualificações dos demais, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas à filiação.
Equiparam-se a filho, na condição de dependente, exclusivamente o enteado e o
menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.
Cabe ressaltar que o menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos
do segurado mediante apresentação de termo de tutela.
Por fim, a partir da MP n. 1.523/1996, convertida na Lei n. 9.528/1997, o menor sob
guarda deixa de integrar a relação de dependentes para os fins previstos no RGPS,
inclusive aquele já inscrito, salvo se o óbito do segurado ocorreu em data anterior.

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Portanto, menor sob guarda, conforme determina a legislação previdenciária, não


é dependente do RGPS.
Em razão da complexidade do tema “menor sob guarda”, abre-se um tópico para tratar
especificamente deste tema.

MENOR SOB GUARDA


A redação original do art. 16, § 2º da Lei n. 8.213/1991 determinava que se equiparavam
a filho, mediante declaração do segurado: o enteado; o menor que, por determinação
judicial, esteja sob a sua guarda; e o menor que esteja sob sua tutela e não possua
condições suficientes para o próprio sustento e educação.
Da mesma forma, o art. 33, § 3º da Lei n. 8.06919/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente
– ECA), determina que a guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente,
para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.
Portanto, os citados dispositivos eram convergentes, não havendo antinomia (conflito
de normas) no ordenamento jurídico.
Entretanto, em razão de fraudes ocorridas com o instituto da guarda, no intuito de
percepção da qualidade de dependente e a consequente concessão do benefício previdenciário,
a MP n. 1.523/1996, convertida da Lei n. 9.528/1997, deu nova redação ao art. 16, § 2º da
Lei n. 8.213/1991, retirando o “menor sob guarda” da condição de equiparado a filho,
deixando, por consequência, de ser dependente do RGPS.
Assim sendo, com a citada nova redação, conforme já mencionado, equiparam-se a
filho, na condição de dependente, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde
que comprovada a dependência econômica.
A partir desse momento, forma-se uma antinomia no ordenamento jurídico brasileiro, pois
a lei previdenciária não arrola o “menor sob guarda” como dependente do RGPS, enquanto
o ECA assegura ao “menor sob guarda” a condição de dependente para fins previdenciários.
Enfim! O que deve prevalecer? A lei previdenciária em face do ECA, ou o ECA em face
da lei previdenciária?
A citada antinomia foi discutida perante o Poder Judiciário.
Durante muitos anos, o entendimento foi divergente! O Superior Tribunal de Justiça
(STJ), inicialmente, entendeu que o “menor sob guarda” não era dependente do RGPS, com
base na técnica da hermenêutica para a solução do conflito de normas que determina que
a lei especial prevalece sobre a lei geral (“lex specialis derogat legi generali”).
Tal entendimento foi superado pelo próprio STJ, ou seja, ocorreu um “overrulling”
(expressão utilizada no processo civil que significa “superação de precedente”).
Portanto, conforme os mais recentes entendimentos jurisprudenciais, o menor sob guarda,
ainda que este não estivesse incluído no rol de dependentes previsto na lei previdenciária,

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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era considerado dependente do RGPS, fazendo jus ao benefício pensão por morte, ocorrendo
o óbito do guardião, caso dependa economicamente dele.
Dessa forma, conforme entendimento exarado pelo STJ, embora a lei previdenciária
aplicável ao segurado seja lei específica da previdência social, não menos certo é que a
criança e adolescente tem norma específica que conferiria ao menor sob guarda a condição
de dependente para todos os efeitos, inclusive previdenciários, nos termos do art. 33, § 3º
do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei n. 8.069/1990).
Tal entendimento foi exarado pelo STJ em julgamento de recurso especial, em sede
de recurso repetitivo (REsp n. 1.411.258/RS), tendo sido fixada a tese jurídica sob o tema
732/STJ, in verbis:

JURISPRUDÊNCIA
O menor sob guarda tem direito à concessão do benefício de pensão por morte do seu
mantenedor, comprovada sua dependência econômica, nos termos do art. 33, § 3º
do Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda que o óbito do instituidor da pensão
seja posterior à vigência da Medida Provisória 1.523/96, reeditada e convertida na Lei
9.528/97. Funda-se essa conclusão na qualidade de lei especial do Estatuto da Criança
e do Adolescente (8.069/90), frente à legislação previdenciária.

No momento em que o entendimento jurisprudencial era no sentido de que o “menor


sob guarda” não era dependente do RGPS, prevalecendo a lei previdenciária em face do ECA,
a Procuradoria Geral da República (PGR) ajuizou a ADI 4878, com pedido de medida cautelar
a fim de que crianças e adolescentes sob guarda sejam incluídos entre os beneficiários do
Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
A PGR, na citada ADI, pede que seja dada interpretação conforme a Constituição Federal
ao parágrafo 2º do artigo 16 da Lei 8.213/1991.
A causa petenti da ADI é que a CF/88 consagra o princípio da proteção integral à criança
e ao adolescente, cabendo à família, à sociedade e ao Estado o dever de, solidariamente,
assegurar a eles os direitos fundamentais com absoluta prioridade. E, no art. 227, § 3º,
arrola sete normas a serem seguidas pelo legislador ordinário, entre as quais se destacam
aquelas que asseguram, a crianças e adolescentes, garantia de direitos previdenciários e o
estímulo do poder público, inclusive mediante incentivos fiscais e subsídios, ao acolhimento,
sob a forma de guarda, dos órfãos ou abandonados.
Para a PGR, não é admissível que crianças e adolescentes, em razão da prioridade absoluta
que lhes conferiu a CF/88, vejam-se privados de recursos no mais das vezes indispensáveis
à sua saúde e à sua própria subsistência. O Estado tem papel fundamental na proteção dos
cidadãos, notadamente quando estes se encontram em situação de vulnerabilidade, completou.

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Assim, a PGR pede o deferimento de medida liminar para que, até o julgamento final
da ação, seja dada ao art. 16, § 2º da Lei n. 8.213/1991 interpretação no sentido de incluir
no seu âmbito de incidência os menores sob guarda. No mérito, requer que o pedido
seja julgado procedente, para dar interpretação conforme a Constituição ao dispositivo
retromencionado.
A citada ADI, bem como a ADI 5083, ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (ADI
com o mesmo mérito da ADI 4878), foram julgadas apenas no dia 08/06/2021, onde o
STF reconheceu, por maioria (6 x 5), a inconstitucionalidade da Lei n. 9.528/97, no que diz
respeito à supressão do “menor sob guarda” do rol de dependentes do RGPS.
Primeiramente, o STF mencionou que o STJ possui entendimento firmado no sentido
de que o “menor sob guarda” ainda mantêm a condição de dependente previdenciário, com
fundamento no art. 33, § 3º do ECA.
Ademais, a maioria formada no STF declarou inconstitucional o trecho da Lei n. 9.528/1997
que suprimiu o “menor sob guarda” do rol de dependentes previdenciários, à medida em que
essa alteração normativa viola o princípio da proteção integral à criança e ao adolescente,
prevista no art. 227 da CF/88.
É importante frisar que a decisão consigna a necessidade de que a dependência econômica
do “menor sob guarda” seja comprovada, da mesma forma que ocorre com o enteado e o
menor tutelado.
Todo o entendimento exarado pelo STJ e recentemente exarado pelo STF no julgamento
das ADI 4878 e 5083 deixa de ter sentido, uma vez que, com a recente reforma da previdência
social (EC n. 103/2019), o Poder Constituinte Derivado Reformador, especificamente no
art. 23, § 6º, determina que se equiparam a filho, para fins de recebimento da pensão
por morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a
dependência econômica.
Portanto, o art. 33, § 3º do ECA se torna incompatível materialmente com o art. 23, § 6º
da EC n. 103/2019, sendo não recepcionado e, por consequência, revogado tacitamente.
Assim sendo, após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), o menor
sob guarda não é dependente do RGPS.
Cabe frisar que o citado dispositivo previsto na EC n. 103/2019 (art. 23, § 6º) não foi
objeto das ADI 4878 e 5083 e, por consequência não foi enfrentada a sua constitucionalidade,
em atenção ao princípio da adstrição ao pedido.
Caso fosse enfrentada tal questão, haveria um vício na decisão, o que poderia levar a
sua nulidade.
O que pode-se concluir até o presente momento é que, antes da reforma da previdência
social, o “menor sob guarda” é dependente do RGPS, devendo prevalecer o ECA em face da
Lei n. 8.213/1991.

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Tal entendimento está absolutamente consolidado, seja com base no recurso especial
julgado em sede de recurso repetitivo pelo STJ, seja com base na decisão exarada no
julgamento das ADI 4878 e 5083.
O problema é afirmar se o “menor sob guarda” é dependente do RGPS após a recente
reforma da previdência social (EC n. 103/2019), uma vez que o Poder Constituinte Derivado
Reformador, de forma literal, no art. 23, § 6º da EC n. 103/2019, determina que equiparam-
se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o
menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.
Até que se fale o contrário, o art. 23, § 6º da EC n. 103/2019 deve ser considerado como
constitucional!
A discussão será hercúlea perante o Poder Judiciário!
É importante frisar que, para que o art. 23, § 6º da EC n. 103/2019 seja declarado
inconstitucional, terá que ser demonstrado que o Poder Constituinte Derivado Reformador
infringiu um dos limites ao poder de reforma (limite procedimental, limite circunstancial
ou limite material (cláusulas pétreas implícitas e explícitas)).
Quanto aos limites procedimental e circunstacial, isso, indubitavelmente, não ocorreu.
A discussão irá girar em torno de uma possível inobservância de uma cláusula pétrea, o que
poderia levar a citada declaração de inconstitucionalidade.
Por ora, conclui-se:
• Antes da reforma da Previdência Social (EC n. 103/2019) – “menor sob guarda” é
dependente do RGPS – fundamento: REsp n. 1.411.258/RS e ADI 4878 e 5083
• Após a reforma da Previdência Social (EC n. 103/2019) – de forma apriorística, “menor
sob guarda” não é dependente do RGPS – fundamento: art. 23, § 6º da EC n. 103/2019,
o qual não foi objeto das ADI 4878 e 5083. Até que se fale o contrário, o art. 23, § 6º
da EC n. 103/2019 deve ser considerado como constitucional!

REGRAS GERAIS
Existem 3 regras atinentes aos dependentes do RGPS.
A primeira determina que a existência de dependente de qualquer das classes exclui
do direito às prestações os das classes seguintes.
Assim, a existência de dependentes da classe I, faz com que os dependentes das classes
II e III não tenham direito ao benefício previdenciário.
A segunda determina que os dependentes de uma mesma classe concorrem em
igualdade de condições.
Portanto, caso existam 4 dependentes da classe I, o benefício previdenciário será
dividido em 4 cotas iguais.

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A terceira e última regra se refere à dependência econômica, pois a dependência


econômica dos dependentes da classe I é presumida, salvo os equiparados aos filhos
(menor tutelado e o enteado), enquanto que a dependência econômica dos dependentes
das classes II e III deve ser comprovada.
Portanto, cônjuge ou filho não precisam comprovar dependência econômica. Entretanto,
a mãe de um segurado deverá comprovar dependência econômica para fazer jus ao benefício
previdenciário.

Estudam-se as regras atinentes aos dependentes por meio de um esquema ilustrativo.


Primeiramente, cumpre mencionar que, com a recente reforma da previdência social
(EC n. 103/2019), a pensão por morte concedida a dependente de segurado do RGPS é
equivalente a uma cota familiar de 50% do valor da aposentadoria recebida pelo segurado
ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do
óbito, acrescida de cotas de 10 pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100%.

EXEMPLO
Imagine, portanto, João, segurado empregado do RGPS, casado com Maria e pai de 3 filhos,
não emancipados, menores de 21 anos, vem a falecer. Antes de sua morta, João possuía uma
mãe e um irmão, que dependiam dele economicamente. Ao falecer, João deixou uma pensão
por morte no valor de R$ 2.000,00, a qual foi calculada nos termos do parágrafo anterior
(50% de cota familiar + 10% por dependente).

Professor, quem tem direito a pensão por morte?

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Apenas cônjuge e filhos, tendo em vista que a existência de dependente da classe I


exclui o direito dos dependentes das classes II e III.

Professor, qual é o valor da cota de cada dependente da classe I?

R$ 500,00 para cada dependente, tendo em vista que dependentes da mesma classe
concorrem em igualdade de condições. Assim, uma vez que a pensão por morte é no valor
de R$ 2.000,00 e existem 4 dependentes da classe I, divide-se o valor da pensão por morte
em 4 cotas iguais. Assim, cônjuge tem direito a R$ 500,00, enquanto cada filho tem direito
a R$ 500,00.
Caso um filho perca a qualidade de dependente (ex: quando atinge a idade de 21 anos),
a pensão por morte é recalculada, pois, com a recente reforma da previdência social (EC
n. 103/2019), as cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão
reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% da pensão por morte
quando o número de dependentes remanescente for igual ou superior a 5.
Caso todos os dependentes da classe I percam a sua qualidade, ainda que exista
dependente das demais classes, a pensão não passará para esse dependente, tendo em
vista que a existência de dependente da classe I exclui o direito dos dependentes das
classes II e III.
Assim, caso todos os filhos atinjam os 21 anos e cônjuge venha a falecer, ainda que a
mãe ainda esteja viva, a pensão por morte não passará para a mãe.

PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE


A perda da qualidade de dependente ocorre:
• Para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada
a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença
judicial transitada em julgado, ou pelo decurso do prazo de recebimento da pensão

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por morte, nos termos do art. 77, §2º, V da Lei n. 8.213/1991 (o decurso do prazo
será melhor estudado na aula acerca do benefício pensão por morte);
• Para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado
ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos ou pelo
decurso do prazo de recebimento da pensão por morte, nos termos do art. 77, §2º,
V da Lei n. 8.213/1991 (o decurso do prazo será melhor estudado na aula acerca
do benefício pensão por morte);
• Ao completar 21 anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor tutelado,
ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas anteriormente a essa idade:
− casamento;
− início do exercício de emprego público efetivo;
− constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de rela-
ção de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos
tenha economia própria; ou
− concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, me-
diante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou
por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos; e
• Para os dependentes em geral:
− pela cessação da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave; ou
− pelo falecimento.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Para entender a perda da qualidade de dependentes, alguns comentários se fazem


necessários.
Em relação a cônjuge, ocorrendo à separação judicial ou o divórcio, cônjuge só mantém a
qualidade de dependente, caso seja assegurada a prestação de alimentos. Tal regra também
se aplica a separação de fato.
Cabe ressaltar o enunciado de súmula n. 336 do STJ, que assim determina:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 336 do STJ: “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem
direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade
econômica superveniente.”

Assim, mesmo que não seja determinada a prestação de alimentos, poderá ser concedida a
pensão por morte para ex-cônjuge, desde que seja comprovada a sua necessidade econômica
superveniente, como, por exemplo, com a comprovação de ajuda no pagamento de aluguel
ou outras contas. Obviamente, essa necessidade econômica superveniente precisa ocorrer
entre o momento da renúncia dos alimentos e o óbito do segurado. Ou seja, não pode ser
após o óbito do segurado.
Para companheiro(a), aplica-se a mesma regra atinente a cônjuge, ou seja, cessando
a união estável, é mantida a qualidade de dependente, caso seja assegurada a prestação
de alimento.
Em relação aos filhos/equiparados (enteado e menor tutelado) e irmãos, uma vez atingida
a idade de 21 anos, perdem a qualidade de dependentes, ou em outras hipóteses, desde
que essas outras hipóteses ocorram antes dos 21 anos de idade.
É importante frisar que o filho inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave,
ainda que atinja os 21 anos, mantém-se como dependente, desde que a invalidez ou a
deficiência ocorra antes da perda da qualidade de dependente.

EXEMPLO
Imagine um filho de um segurado que perca a sua qualidade de dependente por atingir a
idade de 21 anos. No dia seguinte ao aniversário, sofre um grave acidente que o torna inválido.
Infelizmente, tal filho não receberá a pensão por morte, pois a invalidez ocorreu após a sua
perda da qualidade de dependente.

Conclui-se, portanto, que uma vez perdida a qualidade de dependente, esse status não
retorna mais.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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PELO AMOR DE DEUS! NÃO EXISTE AMPLIAÇÃO DA IDADE PARA O ESTUDANTE ATÉ OS 24 ANOS, se
ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau!

Tal ampliação ocorre apenas para consideração de dependentes para efeitos do


imposto de renda.
Tal entendimento está previsto na súmula 37 da Turma Nacional de Uniformização dos
Juizados Especiais Federais (TNU), que assim dispõe:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 37 da TNU: “A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de idade, não
se prorroga pela pendência do curso universitário.”.

Portanto, como dito anteriormente, uma vez atingida a idade de 21 anos, o filho/
equiparado (enteado ou menor tutelado) ou irmão perde a qualidade de dependente, ou em
outras hipóteses, desde que essas outras hipóteses ocorram antes dos 21 anos de idade.
Outra forma de os filhos/equiparados (enteado e menor tutelado) ou irmãos perderem
a qualidade de dependentes é se emancipando, salvo se a emancipação for decorrente de
colação de grau em curso de ensino superior.
As situações de emancipação estão previstas no art. 5º, § único do Código Civil, sendo elas:
• Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
• Pelo casamento;
• Pelo exercício de emprego público efetivo;
• Pela colação de grau em curso de ensino superior;
• Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde
que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
As situações de emancipação elencadas no código civil, uma vez ocorridas, fazem com
que o filho/equiparado (enteado ou menor tutelado) ou irmão perca a sua qualidade de
dependente, salvo a colação de grau em curso de ensino superior, situação que não está
prevista no art. 17, III do RPS.
Portanto, leve a seguinte regra para a prova. Qualquer que seja a situação de
emancipação, o filho/equiparado (enteado ou menor tutelado) ou irmão perde a qualidade
de dependente, salvo se a emancipação for decorrente da colação de grau em curso de
ensino superior.

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Ademais, o filho, o irmão, o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a


dependência econômica dos três últimos, se inválidos ou se tiverem deficiência intelectual,
mental ou grave, não perderão a qualidade de dependentes desde que a invalidez ou a
deficiência intelectual, mental ou grave tenha ocorrido antes de uma das situações de
perda da qualidade de dependente, ou seja, antes de completarem 21 anos ou incorrerem
em algumas das situações de emancipação elencadas na legislação previdenciária.
A data de início da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave será estabelecida
pela Perícia Médica Federal.
Por fim, perdem a qualidade os dependentes em geral pela cessação da invalidez ou
pelo falecimento.

INSCRIÇÃO DOS DEPENDENTES E COMPROVAÇÃO DE VÍNCULO E DEPENDÊNCIA


ECONÔMICA
A inscrição do dependente do segurado é feita pelo próprio quando do requerimento
do benefício a que tiver direito.
Quando for necessária a comprovação de vínculo e dependência econômica, exige-se a
apresentação de, no mínimo, 2 documentos, como, por exemplo, disposições testamentárias,
prova de mesmo domicílio, conta bancária conjunta, apólice de seguro da qual conste o
segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária...
Dessa forma, as provas de união estável e de dependência econômica exigem início
de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior aos
24 meses anteriores à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não
admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de
força maior ou caso fortuito.
Caso o dependente só possua um dos documentos mencionados produzido em
período não superior a 24 meses anteriores à data do óbito ou do recolhimento à prisão,
a comprovação de vínculo ou de dependência econômica para esse período poderá ser
suprida por justificação administrativa.

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No caso de dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, para


fins de inscrição e concessão de benefício, a invalidez será comprovada por meio de exame
médico-pericial a cargo da Perícia Médica Federal e a deficiência, por meio de avaliação
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar.
O dependente menor de 21 anos de idade apresentará declaração para atestar a não
ocorrência das hipóteses de emancipação elencadas no art. 17, III do RPS.
Por fim, será excluído definitivamente da condição de dependente aquele que tiver
sido condenado criminalmente por sentença transitada em julgado, como autor, coautor
ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa
do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.

MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

INTRODUÇÃO
O tema em estudo se refere ao conhecido “período de graça”. Ou seja, é um período em
que o segurado não verte contribuições para o sistema, mas, mesmo assim, se mantém
amparado por ele. Por isso é dado o nome desse período como período de graça.
Estudar-se-ão várias situações para melhor explicar o tema.

EXEMPLO
Na primeira situação, imagine um segurado que fica desempregado. Como regra geral, o seu
período de graça será de até 12 meses. No oitavo mês após o desemprego, esse segurado sofre
um acidente, que determina que tenha uma incapacidade temporária para o trabalho em
período superior a 15 dias consecutivos. Tal fato enseja a concessão do benefício conhecido
como auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).

Professor, o benefício será concedido?

Sem dúvida, pois o segurado está no período de graça, ou seja, está no período em que ele
não está vertendo contribuições para o sistema, mas faz jus aos benefícios previdenciários,
tendo em vista estar mantendo a sua qualidade de segurado.

EXEMPLO
Na segunda situação, imagine uma segurada desempregada, que, como regra geral, mantém
a sua qualidade por até 12 meses. Estressada, ela e o maridão seguem a sua vida matrimonial,
continuando a fazer o que estão acostumados. Ou seja, um mês após o desemprego:

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“BIMBA”! Nove meses após o “BIMBA” vem o parto, que é um dos eventos ensejadores do
salário-maternidade.

Professor, o benefício será concedido?

Sem dúvida, pois a segurada está no período de graça, ou seja, está no período em que ela
não está vertendo contribuições para o sistema, mas faz jus aos benefícios previdenciários,
tendo em vista estar mantendo a sua qualidade de segurada.
É importante frisar que o evento ensejador do benefício tem que ocorrer dentro do
período de graça.
Portanto, em ambas as situações, se o evento ensejador (acidente ou parto) ocorresse
após o período de graça, ou seja, após a perda da qualidade de segurado(a), o benefício
não seria concedido.

Esse tema é de suma importância não apenas para o segurado, mas também para os
seus dependentes.

EXEMPLO
Imagine um segurado que fica desempregado. Como regra geral, o seu período de graça será
de até 12 meses. No oitavo mês após o desemprego, esse segurado sofre um acidente e vem
a falecer.

Professor, a pensão por morte será concedida para os seus dependentes?

Sem dúvida, pois o segurado está no período de graça.


Entretanto, caso a morte ocorresse após o período de graça, ou seja, após a perda da
qualidade de segurado, o benefício não seria concedido aos seus dependentes.

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Cabe apenas ressaltar que, caso o segurado tivesse preenchido os requisitos para
obtenção de aposentadoria, mas não se aposentasse, e viesse a perder a sua qualidade de
segurado, seria concedida a pensão por morte para os seus dependentes.

EXEMPLO
Imagine um segurado que tenha 65 anos de idade, 20 anos de tempo de contribuição e mais
de 180 contribuições mensais vertidas para o sistema (carência necessária para a concessão
do benefício – próximo tópico a ser estudado). Esse segurado fica desempregado e acaba
perdendo a sua qualidade de segurado, vindo, posteriormente, a falecer. Nessa situação, seria
concedida a pensão por morte para os seus dependentes, tendo em vista que o segurado
preencheu todos os requisitos para se aposentar antes da data do seu óbito, mas não exerceu
o seu direito enquanto estava vivo.

Tal entendimento encontra-se cristalizado no enunciado de súmula n. 416 do STJ),


in verbis:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 416 do STJ: É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que,
apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção
de aposentadoria até a data do seu óbito.

Uma vez entendido o tema, passa-se a estudar os períodos que o segurado mantém a
sua qualidade, independentemente de contribuições.

PRAZOS
Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

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• sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto na hipótese de


auxílio-acidente;
• até 12 meses após a cessação de benefício por incapacidade ou das contribuições;
• até 12 meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de
segregação compulsória;
• até 12 meses após o livramento, o segurado detido ou recluso;
• até 3 meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar; e
• até 6 meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

O prazo do item II será prorrogado para até 24 meses, se o segurado já tiver pagado
mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade
de segurado.
Ademais, o prazo do item II ou do parágrafo anterior, ainda poderá ser acrescido de
12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação por
registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.

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Analisam-se casos práticos para melhor entender a ampliação do período de graça.

EXEMPLO
Imagine um segurado que trabalha há 2 anos e fica desempregado, fazendo jus ao seguro-
desemprego. Nessa situação, o segurado terá 24 meses de período de graça (12 meses pelo
desemprego cumulado com 12 meses do desemprego registrado).
Imagine, agora, um segurado que trabalha há 20 anos e fica desempregado, fazendo jus ao
seguro-desemprego. Nessa situação, o segurado terá 36 meses de período de graça (12 meses pelo
desemprego cumulado com 12 meses por ter mais de 120 contribuições mensais cumulado
com 12 meses do desemprego registrado).

Perceba, portanto, que, no item II, o período de graça pode ser de 12 meses, ou 24 meses,
ou 36 meses, dependendo da situação.
Cabe ressaltar que a comprovação da situação de registro no órgão próprio do MTE
dar-se-á mediante registro no Sistema Nacional de Emprego (SINE) ou pelo recebimento
de seguro-desemprego dentro do período de manutenção da qualidade de segurado.

Cabe, ainda, ressaltar que, conforme entendimento jurisprudencial, a ausência de registro


em órgão próprio do MTE não impede a comprovação do desemprego por outros meios
admitidos em Direito, admitindo-se, inclusive, prova testemunhal.

Tal entendimento está previsto na súmula 27 da Turma Nacional de Uniformização dos


Juizados Especiais Federais (TNU), que assim dispõe:

A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação


do desemprego por outros meios admitidos em Direito.

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Por fim, para o contribuinte individual, o período de manutenção da qualidade de


segurado inicia-se no primeiro dia do mês subsequente ao da última contribuição com
valor igual ou superior ao salário-mínimo.
Ademais, o segurado que receber remuneração inferior ao limite mínimo mensal do
salário de contribuição somente manterá a qualidade de segurado se efetuar os ajustes
de complementação, utilização e agrupamento.

PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

Professor, quando acontece a perda da qualidade do segurado? Dia seguinte ao fim


dos prazos, ou seja, dia seguinte ao fim dos 12 meses, ou dos 3 meses, ou dos 6 meses?

Não!
O reconhecimento da perda da qualidade de segurado no termo final dos prazos
ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual
relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos.
Apesar de ser uma redação complicada, a regra não é difícil.
Imagine um caso prático!

EXEMPLO
Imagine um segurado que trabalha há 2 anos e fica desempregado, sem que o desemprego
seja registrado. Nessa situação, o segurado terá 12 meses de período de graça.

Entretanto, a perda da qualidade não ocorre no dia seguinte ao final dos 12 meses,
pois ninguém pode afirmar que ele não irá contribuir em relação ao 13º mês. Assim, caso
ele venha contribuir em relação ao 13º (como contribuinte individual), o vencimento da
obrigação apenas acontece no dia 15 do mês seguinte, ou seja, no dia 15 do 14º mês. Assim,
perda da qualidade apenas ocorre no dia 16 do 14º mês. Repare que o segurado sempre
ganha mais um mês e meio de período de graça.
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.

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EXEMPLO
Imagine, portanto, o nosso caso prático acima, cujo período de graça do segurado é de 12 meses.
Infelizmente, o segurado sofre um acidente no dia 13 do 14º mês, que determina que tenha
uma incapacidade temporária para o trabalho em período superior a 15 dias consecutivos.

Professor, será concedido o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença)?

Sem dúvida, pois o segurado ainda está no período de graça. Ele só perde a sua qualidade
de segurado no dia 16 do 14º mês.
Cabe apenas ressaltar que a explicação utilizou o dia 16 como o termo final. Entretanto,
utilizar o dia 16 é apenas para fins didáticos.

EXEMPLO
Imagine que o vencimento da obrigação em relação ao 13º mês recaia em um dia que não
tenha expediente bancário, como, por exemplo, um sábado. Assim, o vencimento é postergado
para o dia útil imediatamente posterior, ou seja, o vencimento recairá no dia 17 do 14º mês,
fazendo com que a perda da qualidade do segurado ocorra apenas no dia 18.

CARÊNCIA

INTRODUÇÃO
Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições
mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas
as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite
mínimo mensal.
O intuito da carência é manter o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.
Portanto, caso o segurado não contribua com, no mínimo, 180 contribuições mensais,
não fará jus as aposentadorias programadas (aposentadoria programada, aposentadoria
por idade do trabalhador rural e aposentadoria especial).

Professor, qual é o conceito de carência para o segurado especial? Não tem, tendo em
vista que o segurado especial apenas contribui quando comercializa a sua produção rural?

Não! Existe conceito de carência para o segurado especial, conforme preceitua o


RPS (art. 26, § 1º do Decreto n. 3.048/1999). Entretanto, o conceito não são contribuições
mensais vertidas para o sistema, mas o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade
rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão

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do benefício requerido, no caso de benefícios concedidos nos termos do art. 39, § 2º,
I do RPS (aposentadoria por idade do trabalhador rural ou por incapacidade permanente,
de auxílio por incapacidade temporária, de auxílio-reclusão).
Assim, o segurado especial precisa, para fazer jus a aposentadoria por idade do trabalhador
rural, comprovar que durante 180 meses exerceu a atividade rural, ainda que de forma
descontínua.
Entende-se como forma descontínua os períodos intercalados de exercício de atividades
rurais, ou urbana e rural, com ou sem a ocorrência da perda da qualidade de segurado.

Por fim, cabe ressaltar que para efeito de carência, considera-se presumido o
recolhimento das contribuições do segurado empregado, inclusive o doméstico (a partir
da competência junho de 2015), do trabalhador avulso e, relativamente ao contribuinte
individual, a partir da competência abril de 2003, as contribuições dele descontadas
pela empresa.

PERÍODOS DE CARÊNCIA
Em relação ao tema carência, é importante saber quais são os benefícios que exigem
carência para a sua concessão.
Portanto, elabora-se uma lista dos benefícios que exigem carência para a sua concessão.
Se algum benefício não for mencionado nessa lista é porque a carência para a sua concessão
é zero, ou seja, independe de carência para a sua concessão.

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Professor, qual é a carência exigida para a concessão do salário-família, ou da pensão


por morte, ou do salário-maternidade para a segurada empregada?

Zero!
Como dito anteriormente, caso o benefício não conste na nossa lista acima, é porque
a carência exigida para a sua concessão é zero, ou seja, independe de carência para a sua
concessão.

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Portanto, não fique decorando os benefícios que independem de carência (nem perderei
tempo listando-os aqui), pois, sabendo os benefícios que exigem carência, automaticamente,
você sabe quais são os benefícios que independem de carência para a sua concessão.
É de se estranhar a exigência de 10 contribuições mensais para a concessão do salário-
maternidade para a segurada especial. Entretanto, nada é estranho! Como já visto, não são
exigidas 10 contribuições mensais vertidas para a concessão do salário-maternidade para
a segurada especial, mas apenas que a segurada especial comprove que durante 10 meses
exerceu a sua atividade rural, ainda que de forma descontínua.

Professor, e se o parto for antecipado? O que acontece com a carência exigida para a
concessão do salário-maternidade para as seguradas contribuinte individual, facul-
tativa e segurada especial?

Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de


contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.

EXEMPLO
Assim, imagine uma segurada contribuinte individual que faça a sua inscrição no RGPS e
passa a verter as suas contribuições mensais. Dois meses após a inscrição, descobre que está
grávida de um mês, nascendo o filho prematuramente no 7º mês da gestação.

Professor, essa segurada não terá direito ao salário-maternidade, tendo em vista não
ter vertido 10 contribuições mensais para o sistema, mas apenas 8?

Não, uma vez que a carência é reduzida em relação ao número de meses em que o parto
foi antecipado.
Assim, caso o parto seja antecipado em 2 meses, a carência será de 8 contribuições
mensais. Já se o parto for antecipado em 1 mês, a carência será de 9 contribuições mensais.
Perceba que no caso de concessão do auxílio por incapacidade temporária (antigo
auxílio-doença) e da aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria
por invalidez), a carência pode ser zero em duas situações:
• Acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho;
• Nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das
doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde
e da Previdência Social, atualizada a cada 3 anos, de acordo com os critérios
de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado (art. 30,
§ 2º do RPS).

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Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática


e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos e biológicos), que acarrete lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda, ou a redução permanente
ou temporária da capacidade laborativa.
Em suma, é um acidente qualquer, que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte, a perda, ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa.
Assim, percebe-se que acidente de qualquer natureza ou causa é gênero que abarca
como espécie o acidente de trabalho.

PERDA DA QUALIDADE DO SEGURADO


Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios
de auxílio por incapacidade temporária, de aposentadoria por incapacidade permanente,
de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, as contribuições anteriores à perda
somente serão computadas para fins de carência depois que o segurado contar, a partir
da nova filiação ao RGPS, com metade dos períodos de carência exigidos pela legislação
previdenciária.
Visualiza-se essa regra por meio de vários casos práticos!

EXEMPLO
Imagine um segurado que tivesse exercido atividade remunerada pelo período de 6 meses,
ficando desempregado e perdendo a sua qualidade. Após nova filiação, exerceu atividade por
6 meses e foi acometido de uma doença que exigia carência para a concessão do auxílio por
incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).

Professor, pela citada regra, seria concedido o auxílio por incapacidade temporária
(antigo auxílio-doença), tendo em vista que o segurado ficou incapacitado para o seu
trabalho por período superior a 15 dias consecutivos?

Sem dúvida, tendo em vista que, uma vez que o segurado contribuiu por 6 meses (1/2
da carência exigida para a concessão do benefício), recuperou o passado para efeitos de
carência. Assim, somando-se os 6 meses recuperados com os novos 6 meses, o segurado já
teria vertido 12 contribuições mensais, ou seja, teria a carência necessária para a concessão
do benefício.
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.

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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
Bernardo Machado

EXEMPLO
Imagine, agora, o mesmo segurado que tivesse exercido atividade remunerada pelo período
de 6 meses, ficando desempregado e perdendo a sua qualidade de segurado. Após nova
filiação, exerceu atividade por 5 meses e foi acometido de uma doença que exigia carência
para a concessão do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).

Professor, seria concedido o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doen-


ça), tendo em vista que o segurado ficou incapacitado para o seu trabalho por período
superior a 15 dias consecutivos?

Não, tendo em vista que, uma vez que o segurado contribuiu por apenas 5 meses, não
recuperou o passado para efeitos de carência, pois não tinha 1/2 da carência exigida para
a concessão do benefício. Assim, o segurado teria apenas as 5 contribuições mensais, ou
seja, não teria a carência necessária para a concessão do benefício.
Não recupera a carência anterior a perda da qualidade

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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
Bernardo Machado

EXEMPLO
Imagine, por fim, o mesmo segurado que tivesse exercido atividade remunerada pelo período
de 5 meses, ficando desempregado e perdendo a sua qualidade de segurado. Após nova
filiação, exerceu atividade por 6 meses e é acometido de uma doença que exige carência para
a concessão do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).

Professor, será concedido o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doen-


ça), tendo em vista que o segurado ficou incapacitado para o seu trabalho por período
superior a 15 dias consecutivos?

Não, tendo em vista que, ainda que o segurado tenha contribuído por 6 meses (1/2
da carência exigida para a concessão do benefício), recuperou o passado para efeitos
de carência. Entretanto, somando-se os 5 meses recuperados com os novos 6 meses, o
segurado só teria 11 contribuições mensais, ou seja, não teria a carência necessária para
a concessão do benefício. Portanto, o benefício seria indeferido por ausência de carência.

INÍCIO DA CONTAGEM DA CARÊNCIA


O período de carência é contado:
• Para o segurado empregado, inclusive o doméstico (a partir da competência junho
de 2015), trabalhador avulso e o contribuinte individual, a partir da competência
abril de 2003, que presta serviço para a empresa, da data da filiação ao RGPS; e
• Para o segurado contribuinte individual, que não presta serviço para empresa,
inclusive o segurado especial que contribui, facultativamente, como contribuinte
individual, e o segurado facultativo, da data do efetivo recolhimento da primeira
contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições
recolhidas com atraso referentes a competências anteriores.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
Bernardo Machado

A lógica de o início da carência ser da data da filiação ao RGPS para o segurado empregado,
inclusive o doméstico (a partir da competência junho de 2015), trabalhador avulso e
contribuinte individual, a partir da competência abril de 2003, que presta serviço para a
empresa, é que o responsável pelo recolhimento da contribuição do segurado é da empresa
ou do empregador doméstico.
É importante frisar que, no caso do início da contagem da carência para os demais
segurados, na hipótese de perda da qualidade desses segurados, somente serão
consideradas, para fins de carência, as contribuições efetivadas após novo recolhimento
sem atraso.

OBSERVAÇÃO SOBRE CARÊNCIA


Primeiramente, é importante frisar que tempo de contribuição (tema que será mais bem
estudado no momento oportuno) não se confunde com carência! Em regra, os períodos são
coincidentes! Entretanto, há situações em que o período é considerado para fins de tempo
de contribuição, mas não é considerado para efeitos de carência. Para melhor entendimento,
inicialmente, conceitua-se tempo de contribuição.
Com a recente reforma da previdência social, implementada pela EC n. 103/2019,
somente será computada como tempo de contribuição a competência cujo recolhimento
seja igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria.
Para entender que há diferença entre os citados institutos, serão apresentados
alguns exemplos!
O primeiro exemplo se refere ao caso de retroação da DIC (data de início das contribuições).
A retroação da DIC se refere ao período recolhido pelo contribuinte individual anterior à sua
inscrição, desde que comprovado o exercício de atividade remunerada no respectivo período.

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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
Bernardo Machado

EXEMPLO
Imagine um homem que passe a exercer a atividade de vendedor ambulante. Uma vez exercendo
tal atividade, esse homem estará filiado ao RGPS na qualidade de contribuinte individual. Assim,
exerce a atividade durante 10 anos e, só após esse período, faz a sua inscrição, passando a
verter contribuições durante 15 anos. Após esse período de 15 anos, tal pessoa, com 65 anos
de idade, olha para o passado e indaga: “Caramba, se eu tivesse contribuído desde o início
do exercício da minha atividade, hoje, estaria com condições de me aposentar por meio de
uma aposentadoria programada!”. Dessa forma, esse segurado busca o INSS e protocoliza um
processo de reconhecimento da filiação (retroação da DIC), pagando esse período de 10 anos.

Professor, esse segurado já tem a idade necessária (no mínimo, no caso de homem, 65 anos
de idade), o tempo de contribuição necessário (no mínimo, no caso de homem, 20 anos)
e a carência necessária (no mínimo, 180 contribuições mensais) para se aposentar por
meio de uma aposentadoria programada?

Sem dúvida, tendo em vista que, uma vez pago o período da retroação da DIC, tal período
conta para fins de tempo de contribuição, mas não conta para efeitos de carência, uma vez
que as contribuições não foram vertidas mensalmente. Ademais, a contagem da carência
para o contribuinte individual só se inicia com o primeiro recolhimento sem atraso, o que
só ocorre após a inscrição do segurado junto ao RGPS.
Assim, esse segurado já tem a idade mínima necessária (65 anos, no caso de homem),
25 anos de contribuição (10 anos de TC da retroação da DIC e 15 anos de TC após a inscrição
junto ao RGPS, ou seja, além do tempo de contribuição mínimo de 20 anos exigido para o
homem) e 180 contribuições mensais para efeitos de carência.

Portanto, o período da retroação da DIC, conta para fins de tempo de contribuição,


mas não conta para efeitos de carência.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
Bernardo Machado

O art. 19-C do RPS elenca as situações em que a legislação previdenciária considera


como tempo de contribuição (tema que, conforme mencionado, será mais bem estudado
em momento oportuno).
Ademais, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), o Poder
Constituinte Derivado Reformador inseriu o § 14 ao art. 201, assim determinando:

§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos
benefícios previdenciários e de contagem recíproca.

Dessa forma, não é mais permitida a contagem de tempo de contribuição fictício para
efeito de concessão de benefícios previdenciários.
Ou seja, antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), alguns períodos
eram contados, de maneira fictícia, como tempo de contribuição.
Entretanto, após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), não se
permite mais a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão de
benefícios previdenciários e de contagem recíproca.
Estranhamente, o art. 19-C, § 1º do RPS, com redação incluída pelo Decreto n. 10.410/2020,
excepciona tal regra da impossibilidade da contagem de tempo de contribuição fictício
para efeito de concessão de benefícios previdenciários. Tal dispositivo determina que será
computado o tempo intercalado de recebimento de benefício por incapacidade, na forma
do disposto no inciso II do caput do art. 55 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto
para efeito de carência.
Para melhor entender tal período, visualiza-se uma situação hipotética.

EXEMPLO
Imagine um segurado empregado que trabalhou durante 10 anos e veio a sofrer um acidente.
Passando pelo exame médico-pericial a cargo da previdência social, constatou-se uma
incapacidade temporária para o trabalho, fato que ensejou a concessão do auxílio por
incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). Esse segurado ficou durante 10 anos em
gozo do citado benefício. Ao passar por nova perícia, ficou constatada a sua recuperação,
fazendo com que o segurado retornasse a sua atividade por mais 5 anos.

Professor, diante dessa situação hipotética, qual é o tempo de contribuição e a carência


que esse segurado possui?

Uma vez que o período em que o segurado esteve em gozo do auxílio por incapacidade
temporária conta para fins de tempo de contribuição, mas não conta para efeitos de
carência, já que não existem contribuições mensais vertidas nesse período, esse segurado

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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
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tem 25 anos de contribuição (10 + 10 + 5) e 180 contribuições mensais para efeitos de


carência (120 + 60).
Caso esse segurado já tenha 65 anos de idade, este fará jus a aposentadoria programada,
pois já possui os requisitos necessários para fins de percepção do benefício

Portanto, o período do recebimento do benefício por incapacidade, intercalado


por atividades, conta para fins de tempo de contribuição, mas não conta para efeitos
de carência.

Cabe a ressalva que, conforme entendimento jurisprudencial, o período de recebimento


de benefício por incapacidade, intercalado por atividades, contava para fins de tempo de
contribuição e para efeitos de carência.
Cabe, portanto, mencionar o enunciado da Súmula 73 do Tribunal Nacional de Uniformização
dos Juizados Especiais Federais (TNU), que assim dispõe: “O tempo de gozo de auxílio-
doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode
ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência quando intercalado
entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a previdência social”.

SALÁRIO DE BENEFÍCIO
O salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos
benefícios de prestação continuada.
Entretanto, alguns benefícios não são calculados com base no salário de benefício.
Nessas situações, o cálculo do benefício será mais bem estudado durante o estudo do
benefício em si.
O salário de benefício, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019),
consiste na média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência


julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.
Portanto, após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), o assunto
passou a ser simplório, pois deixa de existir a regra dos maiores salários de contribuição
correspondentes a 80% de todo o período contributivo, bem como deixa de existir a
aplicação do fator previdenciário para o cálculo do salário de benefício para certos benefícios
previdenciários.

Com o advento da Lei n. 14.331/2022, para o segurado filiado à Previdência Social até
julho de 1994, no cálculo do salário de benefício das aposentadorias, exceto a aposentadoria
por incapacidade permanente, o divisor considerado no cálculo da média dos salários de
contribuição não poderá ser inferior a 108 meses.
Como o período básico de cálculo do salário de benefício utiliza apenas os salários de
contribuição referentes às competências a partir de 07/1994, a lógica do fator divisor
considerado no cálculo do salário de benefício não ser inferior a 108 meses, para o segurado
filiado ao RGPS antes desta data, é evitar que beneficiário contribua um único mês sobre
o limite máximo mensal do salário de contribuição e venha a auferir um benefício nesse
valor (atualmente, R$ 7.507,49).
Dessa forma, o legislador utilizou o divisor correspondente a 60% da carência exigida
para as aposentadorias programadas, ou seja, 60% de 180 meses, o que perfaz o fator
divisor de 108 meses.
Ademais, é apenas importante frisar que, para o aplicador do direito, é fundamental
o conhecimento do tema “salário de benefício” antes da recente reforma da previdência
social (EC n. 103/2019), pois há a questão do direito adquirido, bem como alguns assuntos
atinentes ao tema ainda são aplicáveis em regras transitórias, como, por exemplo, o fator
previdenciário. Nesse caso, o tema será explicado no presente curso no momento da
explicação das regras transitórias.

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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Ademais, o art. 26, § 6º da EC n. 103/2019 determina que poderão ser excluídas da média
as contribuições que resultem em redução do valor do benefício, desde que mantido o
tempo mínimo de contribuição exigido, vedada a utilização do tempo excluído para qualquer
finalidade, inclusive para o acréscimo na renda mensal do benefício, para a averbação em
outro regime previdenciário ou para a obtenção dos proventos de inatividade dos militares.

EXEMPLO
Dessa forma, imagine um segurado que possua 65 anos de idade, 40 anos de tempo de
contribuição e a carência necessária para fins de concessão da sua aposentadoria programada.
A renda mensal desse benefício será de 100% do salário de benefício, pois, conforme será
estudado, a renda mensal das aposentadorias programadas, regra geral, corresponde a
60% do salário de benefício, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de
contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, no caso do homem, e 15 anos
de contribuição, no caso da mulher e no caso da aposentadoria especial, cujo agente nocivo
permita a concessão do benefício após 15 anos de efetiva exposição.
Entretanto, imagine que esse segurado contribuiu durante os 5 primeiros anos da sua vida
laboral em relação ao valor do salário mínimo, contribuindo os demais 35 anos sobre o limite
máximo do salário de contribuição.
Se todas as contribuições forem aproveitadas no cálculo do salário de benefício, inevitavelmente,
esses 5 primeiros anos vertidos sobre o valor do salário mínimo irão reduzir a média, reduzindo,
por consequência, o valor do benefício.
Portanto, a exclusão dos 5 primeiros anos de contribuição pode vir a ser saudável para o
segurado, fazendo com que este, em regra, consiga receber a sua aposentadoria programada
no percentual de 90% do limite máximo do salário de benefício, ou próximo deste valor, sendo,
talvez, melhor do que 100% de uma média bem menor.

Para fins da exclusão mencionada, consideram-se programadas as aposentadorias


programada, especial e por idade do trabalhador rural e as aposentadorias transitórias por
idade e por tempo de contribuição, para as quais se exige tempo mínimo de contribuição.
O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de atividades concomitantes
será calculado com base na soma dos salários de contribuição das atividades exercidas
na data do requerimento ou do óbito ou no período básico de cálculo.

OBSERVAÇÕES
O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem
superior ao limite máximo do salário de contribuição na data de início do benefício.
Todos os salários de contribuição utilizados no cálculo do salário de benefício serão
corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preço ao
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Consumidor – INPC, referente ao período decorrido a partir da primeira competência do


salário de contribuição que compõe o período básico de cálculo até o mês anterior ao do
início do benefício, de modo a preservar o seu valor real.
Para fins de apuração do salário de benefício de qualquer aposentadoria precedida
de auxílio-acidente, o valor mensal deste será somado ao salário de contribuição, não
podendo o total apurado ser superior ao limite máximo do salário de contribuição.
Para entender o cálculo de qualquer aposentadoria precedida de auxílio-acidente, é
necessário entender o auxílio-acidente.
O auxílio-acidente é concedido, como indenização, ao segurado empregado, inclusive o
doméstico, trabalhador avulso e segurado especial quando, após a consolidação das lesões
decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva.
Assim, o auxílio-acidente não é benefício por incapacidade, tendo em vista que o
segurado retorna à atividade. Entretanto, tendo em vista a sequela consolidada cumulada
com a redução da capacidade laborativa, o segurado é indenizado pela previdência social.
Perceba, portanto, que o segurado recebe remuneração pelo exercício da atividade e,
ao mesmo tempo, recebe o auxílio-acidente da previdência social, fazendo com que, no
futuro, o cálculo da sua aposentadoria precedida de auxílio-acidente leve em consideração
o salário de contribuição referente a remuneração auferida no exercício da atividade e o
valor do auxílio-acidente, o qual entra no cálculo “como se fosse” salário de contribuição.
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.

Por fim, cabe a ressalva que, com a publicação da MP n. 664, de 30 de dezembro de


2014, convertida na Lei n. 13.135/2015, foi inserido o § 10 no art. 29 da Lei n. 8.213/1991,
determinando que o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) não
poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 salários de contribuição,
inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a
média aritmética simples dos salários de contribuição existentes.
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RENDA MENSAL
MENSAL DO BENEFÍCIO
A renda mensal do benefício é o valor efetivamente pago ao segurado. Ou seja, os
benefícios, quando calculados pelo salário de benefício, têm a incidência de um percentual,
constituindo, assim, a renda mensal do benefício.

RMB = % x SB

Portanto, estudam-se quais são os percentuais aplicados ao salário de benefício para


cada benefício, cujo cálculo é feito utilizando a citada base de cálculo.
A renda mensal dos benefícios, cujo cálculo não é feito com base no salário de benefício,
será estudada durante a explicação do benefício em si.
A renda mensal do benefício de prestação continuada será calculada aplicando-se
sobre o salário de benefício os seguintes percentuais:

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Em relação aos percentuais a serem aplicados aos salários de benefícios, no intuito de


se chegar ao valor da renda mensal do respectivo benefício, antes deve-se explicar uma
regra básica em relação aos benefícios previdenciários, a qual segue abaixo.
A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário de
contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior ao do
salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário de contribuição, exceto a
aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez)
quando o segurado necessitar da assistência permanente de outra pessoa (acréscimo de
25% do valor benefício) e o salário-maternidade para as seguradas(os) empregada(o) e
trabalhadora(or) avulsa(o).
Conclui-se, portanto, que o benefício previdenciário quanto a sua natureza pode
ser enquadrado como benefício remuneratório, também conhecido como benefício
substituidor, ou benefício indenizatório, também conhecido como benefício complementar.
Os benefícios remuneratórios (substituidores) são aqueles que visam substituir a
remuneração do segurado. Portanto, não podem ser inferiores a 1 salário mínimo.
Já os benefícios indenizatórios (complementares) são aqueles que visam complementar
a remuneração do segurado. Portanto, podem ser inferiores a 1 salário mínimo.

Só existem 2 benefícios indenizatórios (complementares) que são o auxílio-acidente


e o salário-família. Todos os demais benefícios são remuneratórios.
Uma vez estudada a classificação dos benefícios quanto a sua natureza, volta-se a
estudar os percentuais a serem aplicados ao salário de benefício.
Em relação as aposentadorias programadas (aposentadoria programada e aposentadoria
especial), exceto a aposentadoria por idade do trabalhador rural, uma vez preenchidos
os requisitos para a concessão dos citados benefícios, o percentual a ser aplicado ao
salário de benefício é de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de
contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, no caso do homem, e 15 anos
de contribuição, no caso da mulher e no caso da aposentadoria especial, cujo agente nocivo
permita a concessão do benefício após 15 anos de efetiva exposição.

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EXEMPLO
Assim, imagine um segurado que possua 65 anos de idade, 30 anos de tempo de contribuição
e a carência necessária para fins de concessão da sua aposentadoria programada.
Nesse caso, a renda mensal da sua aposentadoria programada será de 80 % do salário de
benefício (60% do SB + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos), ou seja, (60% + 2% x 10) x
SB = 80% x SB.
Imaginando que o salário de benefício seja no valor de R$ 3.000,00, a renda mensal do benefício
será de R$ 2.400,00. Demonstra-se o cálculo!
• Idade = 65 anos; TC = 30 anos; Carência = OK; SB = R$ 3.000,00
• RMB = [60% + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos] x SB
• RMB = [60% + 2% x 10] x R$ 3.000,00
• RMB = 80% x R$ 3.000,00 = R$ 2.400,00

EXEMPLO
Agora, imagine um segurado que possua 65 anos de idade, 35 anos de tempo de contribuição
e a carência necessária para fins de concessão da sua aposentadoria programada.
Nesse caso, a renda mensal da sua aposentadoria programada será de 90 % do salário de
benefício (60% do SB + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos), ou seja, (60% + 2% x 15) x
SB = 90% x SB.
Imaginando que o salário de benefício seja no valor de R$ 3.000,00, a renda mensal do benefício
será de R$ 2.700,00. Demonstra-se o cálculo!
• Idade = 65 anos; TC = 35 anos; Carência = OK; SB = R$ 3.000,00
• RMB = [60% + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos] x SB
• RMB = [60% + 2% x 15] x R$ 3.000,00
• RMB = 90% x R$ 3.000,00 = R$ 2.700,00

EXEMPLO
Por fim, imagine um segurado que possua 65 anos de idade, 45 anos de tempo de contribuição
e a carência necessária para fins de concessão da sua aposentadoria programada.
Nesse caso, a renda mensal da sua aposentadoria programada será de 110 % do salário de
benefício (60% do SB + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos), ou seja, (60% + 2% x 25) x
SB = 110% x SB.
Imaginando que o salário de benefício seja no valor de R$ 3.000,00, a renda mensal do benefício
será de R$ 3.300,00. Demonstra-se o cálculo!
• Idade = 65 anos; TC = 45 anos; Carência = OK; SB = R$ 3.000,00
• RMB = [60% + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos] x SB
• RMB = [60% + 2% x 25] x R$ 3.000,00
• RMB = 110% x R$ 3.000,00 = R$ 3.300,00

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Portanto, é importante frisar que o acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de
contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, para os homens, ou 15 anos de
contribuição, para as mulheres, não se limita ao percentual de 100% do salário de benefício.

Professor, e se, nos 2 primeiros exemplos citados, o salário de benefício calculado for
no valor de 1 salário mínimo? Aplicar-se-ão os percentuais de 80% ou 90% sobre o
salário de benefício, respectivamente?

Não, tendo em vista que as aposentadorias programadas são benefícios remuneratórios.


Portanto, não podem ser inferiores a um salário mínimo.
Essa mesma regra se aplica a aposentadoria por incapacidade permanente (antiga
aposentadoria por invalidez), salvo quando esta é decorrente de acidente de trabalho, de
doença profissional e de doença do trabalho. Nessa situação, a renda mensal do benefício
consiste em 100% do salário de benefício.
No caso da aposentadoria por idade do trabalhador rural, não houve mudança na renda
mensal do benefício com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), salvo
em relação à redação da regra. Portanto, nesse caso, o percentual a ser aplicado ao salário
de benefício é de 70%, com acréscimo de 1% para cada ano de contribuição.
A ressalva da redação se deve ao fato de que a renda mensal do benefício aposentadoria
por idade estava prevista no art. 39, II do RPS, o qual previa o percentual de 70% a ser
aplicado sobre o salário de benefício, mais 1% a cada grupo de 12 contribuições mensais,
até o máximo de 30%, ou seja, não podendo ultrapassar 100% do salário de benefício.
Atualmente, a renda mensal da aposentadoria por idade do trabalhador rural está
prevista no art. 56, § 2º do RPS, o qual determina, conforme já mencionado, o percentual
de 70% a ser aplicado sobre o salário de benefício, com acréscimo de 1% para cada ano
de contribuição.
Imagine um caso prático!

EXEMPLO
Imagine um segurado empregado rural, com 65 anos de idade, 20 anos de tempo de contribuição
e salário de benefício de R$ 2.000,00.

Qual será a renda mensal do benefício?

R$ 1.800,00!

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Como se chegou a esse valor?

É simples! Demonstra-se o cálculo!


• Idade = 65 anos; TC = 20 anos; Carência = OK; SB = R$ 2.000,00
• RMB = [70% + 1% para cada ano de contribuição] x SB
• RMB = [70% + 1% x 20] x R$ 2.000,00
• RMB = 90% x R$ 2.000,00 = R$ 1.800,00

É importante frisar que o acréscimo de 1% para cada ano de contribuição não se limita ao
percentual de 100% do salário de benefício.

Como visto, em relação ao auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença),


o percentual a ser aplicado ao salário de benefício é de 91%.

EXEMPLO
Imagine um segurado que sofra um acidente, se submeta a perícia médica federal e fique
constatada a sua incapacidade temporária para o seu trabalho em período superior a 15 dias
consecutivos, fato que enseja a concessão do auxílio por incapacidade temporária (antigo
auxílio-doença). Uma vez fazendo jus ao citado benefício, o INSS calcula o salário de benefício
e encontra o valor de R$ 2.000,00. Nessa situação, a renda mensal do auxílio por incapacidade
temporária (antigo auxílio-doença) será de R$ 1.820,00 (91% x R$ 2.000,00).

Professor, e se o salário de benefício calculado for no valor de 1 salário mínimo? Apli-


ca-se o percentual de 91%?

Não, tendo em vista que o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença)
é benefício remuneratório. Portanto, não pode ser inferior a um salário mínimo, salvo no
caso do exercício do segurado de atividades concomitantes, onde a incapacidade ocorre
em relação a apenas uma atividade. Nessa situação, o valor do auxílio por incapacidade
temporária (antigo auxílio-doença) poderá ser inferior ao salário mínimo desde que somado
às demais remunerações recebidas resultar valor superior a este.
Essa é a única situação prevista na legislação previdenciária onde um benefício
remuneratório pode ser inferior ao salário do salário mínimo.
Em relação ao auxílio-acidente, o percentual a ser aplicado ao salário de benefício é de 50%.

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EXEMPLO
Imagine um segurado que sofra um acidente de qualquer natureza e tenha, em decorrência
do citado acidente, sequela consolidada com redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia. Nessa situação, o segurado passa a ser indenizado pelo INSS, fazendo
jus ao auxílio-acidente. Imaginando que o salário de benefício desse segurado seja no valor
de R$ 3.000,00, a renda mensal do auxílio-acidente será de R$ 1.500,00 (50% x R$ 3.000,00).

Professor, e se o salário de benefício calculado for no valor de 1 salário mínimo? Apli-


ca-se o percentual de 50%?

Sim, tendo em vista que o auxílio-acidente é benefício indenizatório. Portanto, pode ser
inferior a um salário mínimo. Ou seja, caso o salário de benefício seja no valor de 1 salário
mínimo (atualmente, R$ 1.302,00), a renda mensal do auxílio-acidente será de R$ 651,00.
Por fim, algumas observações são necessárias.
No caso de segurado empregado, inclusive o doméstico, e de trabalhador avulso que
tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não
possam comprovar o valor de seus salários de contribuição no período básico de cálculo,
será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando
da apresentação de prova dos salários de contribuição.
Após a cessação do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) decorrente
de acidente de qualquer natureza ou causa, tendo o segurado retornado ou não ao trabalho,
se houver agravamento ou sequela que resulte na reabertura do benefício, a renda mensal
será igual a 91% do salário de benefício do auxílio por incapacidade temporária (antigo
auxílio-doença) cessado, corrigido até o mês anterior ao da reabertura do benefício, pelos
mesmos índices de correção dos benefícios em geral.

REAJUSTAMENTO E PAGAMENTO DO BENEFÍCIO


Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, na mesma data de reajuste
do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último
reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, apurado
pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Os benefícios com renda mensal superior a 1 salário mínimo serão pagos do 1º ao 5º
dia útil do mês subsequente ao de sua competência, observada a distribuição proporcional
do número de beneficiários por dia de pagamento.
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.

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EXEMPLO
Imagine um benefício de aposentadoria no valor de R$ 2.000,00 referente ao mês de agosto.
Esse benefício é pago do 1º ao 5º dia útil do mês de setembro.

Os benefícios com renda mensal no valor de até 1 salário mínimo serão pagos no
período compreendido entre o 5º dia útil que anteceder o final do mês de sua competência
e o 5º dia útil do mês subsequente, observada a distribuição proporcional dos beneficiários
por dia de pagamento.
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.

EXEMPLO
Imagine um benefício de aposentadoria no valor de 1 salário mínimo referente ao mês de
agosto. Esse benefício é pago do 5º dia útil que anteceder o final do mês de sua competência
e o 5º dia útil do mês subsequente.

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Chegamos ao fim da parte teórica da nossa Aula 03. Faça com atenção os exercícios
propostos, pois são uma ferramenta valiosa para a fixação do conteúdo. Bons estudos e
até a nossa próxima aula.

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RESUMO
• São dependentes do RGPS:

• Regra aplicáveis aos dependentes do RGPS:

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• Perda da Qualidade de Dependente:

• A inscrição do dependente do segurado é feita pelo próprio quando do requerimento


do benefício a que tiver direito.

• Quando for necessária a comprovação de vínculo e dependência econômica, exige-


se a apresentação de, no mínimo, 2 documentos.

• Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições (período


de graça):

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• O prazo do item II será prorrogado para até 24 meses, se o segurado já tiver pago mais
de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade
de segurado.

• Ademais, o prazo do item II ou do parágrafo anterior, ainda poderá ser acrescido


de 12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação
por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.

• O reconhecimento da perda da qualidade de segurado no termo final dos prazos


ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte
individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos.

• Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições


mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas
as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite
mínimo mensal.

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• O conceito de carência para o segurado especial não são contribuições mensais


vertidas para o sistema, mas o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade
rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à
concessão do benefício requerido.

• Benefícios que exigem carência para a sua concessão:

• Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos


benefícios de auxílio por incapacidade temporária, de aposentadoria por
incapacidade permanente, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, as
contribuições anteriores à perda somente serão computadas para fins de carência

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depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com metade dos
períodos de carência exigidos pela legislação previdenciária.

• O período de carência é contado:

• O salário de benefício consiste:

• O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem


superior ao limite máximo do salário de contribuição na data de início do benefício.

• Todos os salários de contribuição utilizados no cálculo do salário de benefício


serão corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação integral do Índice Nacional
de Preço ao Consumidor – INPC, referente ao período decorrido a partir da primeira
competência do salário de contribuição que compõe o período básico de cálculo até
o mês anterior ao do início do benefício, de modo a preservar o seu valor real.

• Para fins de apuração do salário de benefício de qualquer aposentadoria precedida


de auxílio-acidente, o valor mensal deste será somado ao salário de contribuição, não
podendo o total apurado ser superior ao limite máximo do salário de contribuição.

• O auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) não poderá exceder


a média aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive
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no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média


aritmética simples dos salários de contribuição existentes.

• A renda mensal do benefício de prestação continuada será calculada aplicando-se


sobre o salário de benefício os seguintes percentuais:

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• A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário de


contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior
ao do salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário de contribuição,
exceto a aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria
por invalidez) quando o segurado necessitar da assistência permanente de outra
pessoa (acréscimo de 25% do valor benefício) e o salário-maternidade para as
seguradas(os) empregada(o) e trabalhadora(or) avulsa(o).

• Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, na mesma data de


reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início
ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor
– INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

• Os benefícios com renda mensal superior a 1 salário mínimo serão pagos do 1º ao


5º dia útil do mês subsequente ao de sua competência, observada a distribuição
proporcional do número de beneficiários por dia de pagamento.

• Os benefícios com renda mensal no valor de até 1 salário mínimo serão pagos
no período compreendido entre o 5º dia útil que anteceder o final do mês de
sua competência e o 5º dia útil do mês subsequente, observada a distribuição
proporcional dos beneficiários por dia de pagamento.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (FGV/PGM-NITERÓI/2023/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Das pessoas abaixo indicadas,


a que caracteriza um dependente classe 2 da Previdência Social é:
a) os pais que vivem sob a dependência econômica do segurado;
b) o filho do segurado com 20 anos de idade que é estudante universitário;
c) a companheira do segurado, que tem 54 anos de idade;
d) os irmãos que têm 18 anos de idade e que vivem sob a dependência econômica do segurado;
e) o menor tutelado, com 14 anos de idade, e que vive sob a dependência econômica do
segurado.

002. (CESPE/CEBRASPE/DPE-PA/2022/DEFENSOR PÚBLICO) Maria, empregada doméstica,


é separada judicialmente de João, autônomo, e possui com ele dois filhos: Joana, menor, e
Vitor, com vinte e quatro anos, inválido. Maria não recebe qualquer auxílio financeiro de João.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Maria é considerada dependente de João para fins previdenciários.
b) A dependência financeira de Vitor a João deve ser comprovada por início de prova material.
c) A filiação de Maria ocorrerá com o pagamento da primeira contribuição à previdência
social.
d) Para ser dependente de João ou de Maria, Joana deve ser inscrita na previdência social
no momento do requerimento do benefício a que tiver direito.
e) A filiação de Vítor à previdência social deveria ser feita por João ou Maria na data da
constatação da invalidez.

003. (FGV/AGE-MG/2022/PROCURADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS) Reginaldo é empregado


em uma sociedade empresária privada localizada em Ipatinga/MG, vinculado ao RGPS.
Reginaldo tem a seguinte situação familiar: possui uma companheira, com quem vive há
5 anos, e teve, com ela, uma filha de 2 anos de idade. Na residência de Reginaldo moram,
ainda, seu irmão mais novo, que tem 18 anos de idade, seus pais e um tio materno. O irmão,
o tio e os pais de Reginaldo vivem sob a dependência econômica dele.
Assinale a opção que indica, de acordo com a Lei de benefícios da Previdência Social, o
dependente classe 3.
a) Os pais.
b) O irmão.
c) A companheira.
d) A filha.
e) O tio.
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004. (INSTITUTO MAIS/PREFEITURA DE MAIRINQUE – SP/2021/PROCURADOR JURÍDICO DO


MUNICÍPIO) Suponha que Cláudia, segurada do Regime Geral de Previdência Social, vive em
união estável com Pedro há 5 (cinco) anos. No dia 1º de outubro de 2019, Pedro participou
de uma tentativa de homicídio doloso contra Cláudia, sua companheira. Na data de 1º de
maio de 2020, transitou em julgado a sentença criminal que condenou Pedro como partícipe
da tentativa de homicídio doloso cometido em face de Cláudia. De acordo com a Lei n.
8.213/1991, é correto afirmar que Pedro
a) somente seria excluído da condição de dependente da segurada se tivesse sido condenado
como autor de tentativa de homicídio doloso cometido contra ela.
b) independentemente da sentença criminal, não é beneficiário do Regime Geral de Previdência
Social, na condição de dependente da segurada, visto que eles não vivem em união estável
há pelo menos 10 (dez) anos.
c) será excluído definitivamente da condição de dependente da segurada.
d) apenas seria excluído da condição de dependente da segurada caso ela tivesse morrido
ou sofrido lesões corporais graves.

005. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE -MS/2019/PROCURADOR MUNICIPAL)


Os irmãos Fátima e Ronaldo, plenamente capazes e sem nenhuma deficiência física, intelectual
ou mental, possuem as seguintes características: ambos se enquadram em famílias de baixa
renda; Fátima tem trinta anos de idade e Ronaldo, trinta e cinco anos de idade; Fátima
não tem renda própria, dedica-se exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de
sua residência e contribui para a previdência social na qualidade de segurada facultativa;
Ronaldo contribui como segurado trabalhador avulso.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Fátima e Ronaldo não preenchem os requisitos para serem dependentes previdenciários
um do outro.

006. (CESPE/PGM-JOÃO PESSOA-PB/2018/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) À luz da Lei n.


8.213/1991, é(são) dependente(s) do segurado do regime geral de previdência social
a) os pais, desde que com idade superior a sessenta anos.
b) o irmão não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
c) a companheira ou o companheiro, desde que em união estável há mais de dois anos.
d) o filho não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
e) os pais, em qualquer idade.

007. (CESPE/STJ/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito do regime geral


da previdência social (RGPS), julgue o item que se segue, considerando a jurisprudência dos
tribunais superiores.

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Os genitores de segurado do RGPS serão seus dependentes independentemente de


comprovação da dependência econômica.

008. (CESPE/TRT – 7ª REGIÃO (CE)/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR FEDERAL) João, segurado obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo
regime da separação total de bens, com quem tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos
de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de deficiência mental grave
desde criança.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se dependente(s)
previdenciário(s) de João
a) Marcos e Felipe, somente.
b) Felipe, somente.
c) Fabiana, somente.
d) Fabiana, Marcos e Felipe.

009. (CESPE/DPU/2017/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) A respeito da condição de segurados


e dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente.
Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência econômica dos
genitores do segurado é considerada presumida.

010. (CESPE/TCE-PE/2017/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – AUDITORIA DE CONTAS


PÚBLICAS) Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência
social, julgue o item a seguir.
O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do RGPS,
poderá ser inscrito no INSS como dependente desta.

011. (CESPE/SEDF/2017/ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL – DIREITO E LEGISLAÇÃO)


Relativamente a segurados, cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue
o item a seguir.
Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção previdenciária
a pessoa com quem o segurado mantém união estável por período superior a cinco anos,
independentemente da existência de prole em comum.

012. (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO – DIREITO) A seguridade


social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social. Acerca da seguridade social, julgue o item subsequente.

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O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente,


assegura ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins
previdenciários.

013. (FCC/TCE-CE/2015/PROCURADOR DE CONTAS) O Regime Geral da Previdência Social


prevê modalidades de segurados e classes de dependentes. São considerados segurados
obrigatórios e dependentes do segurado que gozam de presunção legal de dependência
econômica, respectivamente, o
a) síndico de condomínio não remunerado e o filho não emancipado de 20 anos.
b) trabalhador temporário da Lei n. 6.019/1974 e o companheiro.
c) segurado especial e o irmão não emancipado de 16 anos.
d) trabalhador avulso e a mãe com idade superior a 60 anos.
e) estudante bolsista e o cônjuge.

014. (CESPE/CGE-PI/2015/AUDITOR GOVERNAMENTAL – CONHECIMENTOS BÁSICOS) A


respeito do regime geral de previdência social, julgue o item a seguir.
A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição de
dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício previdenciário.

015. (FCC/MANAUSPREV/2015/PROCURADOR AUTÁRQUICO) Após o falecimento de Isis,


seus familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os benefícios como
dependentes do de cujus. Nessa situação, a dependência econômica não será presumida,
devendo ser comprovada para
a) filho não emancipado de 19 anos.
b) cônjuge.
c) filho inválido com 30 anos.
d) companheiro que mantinha união estável com a segurada.
e) enteado menor de 21 anos.

016. (FCC/ TRT DA 2ª REGIÃO (SP)/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) São


beneficiários dos segurados no regime geral, na condição de dependentes,
a) o fundo de amparo ao trabalhador, se não houver nenhum herdeiro necessário.
b) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado menor de 21 anos
ou inválido.
c) os pais e avós do segurado, como ascendentes.
d) as pessoas designadas pelo segurado, desde que não haja cônjuges ou filhos.
e) os tios e primos de sangue do segurado, se forem pessoas com deficiência.

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017. (FCC/PGE-RN/2014/PROCURADOR DO ESTADO DE TERCEIRA CLASSE) Quanto aos


beneficiários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, considere:
I – Os dependentes preferenciais são aqueles que se encontram na primeira classe
de dependentes, que prefere a todas as outras e compreende as figuras do cônjuge,
companheiro(a) e filho(a) menor de 18 anos, não emancipado(a) ou inválido(a).
II – Os segurados obrigatórios são aqueles beneficiários que exercem algum tipo de atividade
profissional remunerada, ou seja, os diversos tipos de trabalhadores, inclusive servidores
públicos que não participem de regime próprio de previdência social.
III – Os dependentes do RGPS são aqueles beneficiários que se vinculam à Previdência por
manterem com o segurado laços de família e dependência econômica, conforme prescrito em
lei, o que caracteriza seu vínculo como acessório, pois exerce direitos em nome do segurado.
IV – Cônjuge separado judicialmente ou divorciado, com direito a alimentos, preserva a
condição de dependente do segurado do RGPS, e eventualmente concorre, em condições
de igualdade, com companheira do segurado.
Está correto o que se afirma em
a) II e IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) II e III, apenas.

018. (TRT22/TRT DA 22ª REGIÃO (PI)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) No caso


de falecimento, em decorrência de acidente de trabalho, de contribuinte individual da
Previdência Social, para o deferimento do benefício previdenciário terá que ser comprovada
a dependência econômica:
a) da companheira, com quem mantinha união estável devidamente comprovada;
b) do filho inválido com mais de 21 anos de idade;
c) do enteado menor de 21 anos de idade;
d) do filho menor de 21 anos de idade;
e) da esposa;

019. (CESPE/TRT – 10ª REGIÃO/2013/ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS)


José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais
velho, João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado
beneficiário do regime geral da previdência social, na condição de dependente de João.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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020. (CESPE/TRT – 17ª REGIÃO/2013/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR)


É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado para fins de
atribuição da qualidade de dependentes.

021. (FCC/TST/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) São beneficiários do Regime


Geral da Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica.
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da
dependência econômica.
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica.
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica.
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência
econômica.

022. (FCC/TRT DA 6ª REGIÃO (PE)/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Nos termos


da Lei n. 8.213/1991, NÃO são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na
condição de dependentes do segurado:
a) os seus pais.
b) o seu irmão inválido de 30 anos.
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.
d) o companheiro que mantém união estável.
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado.

023. (FCC/TRT DA 1ª REGIÃO (RJ)/2012/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A respeito dos


dependentes no regime geral de previdência social, é correto afirmar:
a) A dependência de cônjuges e filhos deve ser comprovada, e a de companheira(o) é
presumida.
b) A dependência econômica de cônjuges e filhos é presumida, e a de companheira(o) deve
ser comprovada.
c) A existência de pais exclui do direito às prestações os irmãos do segurado.
d) A dependência da esposa é presumida e a do marido deve ser comprovada por atestado
de invalidez perante a perícia médica oficial.
e) A dependência do filho estudante de curso universitário cessa aos 24 (vinte e quatro)
anos de idade.

024. (FGV/SENADO FEDERAL/2022/CONSULTOR LEGISLATIVO – DIREITO DO TRABALHO E


DIREITO PREVIDENCIÁRIO) Manuela é dona de casa e faz recolhimento para a Previdência
Social como contribuinte facultativa há 12 anos ininterruptamente. Em virtude da crise

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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econômica que se abateu sobre a família de Manuela, em janeiro de 2022 ela precisou cessar
a contribuição que até então realizava.
Considerando os fatos narrados e a previsão contida na Lei previdenciária, assinale a
afirmativa correta.
a) Manuela manterá a qualidade de segurada, independentemente de contribuições, por
até 6 meses.
b) Manuela continuará ostentando a condição de segurada por um período de 12 meses.
c) Por haver realizado mais de 120 contribuições mensais sem interrupção, Manuela terá
um período de graça de 24 meses.
d) Deixando de recolher, Manuela perderá imediatamente a condição de segurada porque
o sistema da Previdência Social é contributivo.
e) Manuela terá direito a um período de graça de 36 meses porque contribuiu por mais de
10 anos ininterruptos e não é empregada.

025. (FGV/AGE-MG/2022/PROCURADOR DO ESTADO) Maria trabalhou em uma sociedade


empresária privada localizada em Ouro Preto/MG por 13 anos ininterruptos, exercendo a
função de almoxarife.
Em razão dos efeitos da pandemia, com a respectiva redução das atividades do seu
empregador, Maria foi dispensada sem justa causa em 2022, recebendo sua indenização.
Considerando os fatos narrados e a norma de regência, assinale a opção que indica o prazo
no qual, mesmo sem contribuir após a dispensa, Maria continuará ostentando a condição
de segurada e, assim, estará coberta pela Previdência Social.
a) 24 meses.
b) 12 meses.
c) 6 meses.
d) 3 meses.
e) 30 meses.

026. (TRF3/TRF 3ª REGIÃO/2022/JUIZ FEDERAL) “A”, beneficiário de auxílio-acidente desde


05/08/2007, recolheu contribuições como contribuinte individual no período de 01/2017
a 01/2021. Ficou incapacitado, de forma total e permanente, em 18/05/2022. Sobre a
qualidade de segurado de “A”, é CORRETO afirmar que:
a) manteve a qualidade de segurado até 31/01/2021.
b) não perdeu a qualidade de segurado, pois está em gozo de auxílio-acidente.
c) manteve a qualidade de segurado até 31/01/2022.
d) manteve a qualidade de segurado até 15/03/2022.

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027. (CESPE/CEBRASPE/PGE-AL/2021/PROCURADOR DO ESTADO) João, profissional


autônomo regularmente filiado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), está em
gozo de auxílio-doença desde junho de 2021.
Maria, empregada doméstica, está desempregada desde abril de 2020.
Pedro é professor empregado, mas está licenciado sem remuneração desde maio de 2020.
Julia é empregada e está em gozo de auxílio-acidente desde fevereiro de 2020.
Sérgio é tenente da Força Aérea Brasileira (FAB) há 6 meses.
Todos verteram 100 contribuições para o RGPS.
À luz dessas informações, assinale a opção correta.
a) Sérgio mantém a qualidade de segurado até 6 meses após o seu ingresso na FAB.
b) João mantém a qualidade de segurado independentemente do prazo em que esteja no
gozo de auxílio-doença.
c) Maria mantém a qualidade de segurada por 24 meses, prorrogáveis por mais 12 meses.
d) Pedro mantém a qualidade de segurado por 12 meses, prorrogáveis pelo mesmo período.
e) Julia mantém a qualidade de segurada enquanto estiver em gozo de auxílio-acidente.

028. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/2019/PROCURADOR MUNICIPAL)


Jorge, na qualidade de contribuinte individual, vinha contribuindo até o início do cumprimento
de pena de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado, não tendo feito mais
contribuições
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
Jorge manterá a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, até doze
meses após o livramento.

029. (TRF – 2ª REGIÃO/2018/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Com relação à manutenção da


qualidade de segurado, independentemente de contribuições, é correto afirmar:
a) O segurado facultativo mantém a qualidade de segurado por até 6 meses da cessação
das contribuições.
b) O segurado retido ou recluso mantém a qualidade de segurado por até 6 meses do
livramento.
c) O segurado que deixa de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social,
ou estiver suspenso ou licenciado mantém a qualidade de segurado por até 24 meses.
d) Enquanto estiver no gozo de benefício o segurado não perde a qualidade de segurado,
desde que o benefício não se prolongue por mais de 12 meses.
e) Se o segurado já tiver recolhido mais de 120 contribuições sem interrupção que acarrete
a perda da qualidade de segurado, todos os prazos dos incisos do art. 15 da Lei 8.213/91
são prorrogados em 6 meses.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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030. (CESPE/PGE-PE/2018/PROCURADOR DO ESTADO) Hélio, filiado ao RGPS há mais de


dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo o recolhimento
das contribuições sociais.
Nesse caso, Hélio
a) manterá a qualidade de segurado até a readmissão em novo emprego, desde que esta
ocorra no prazo de quarenta e oito meses.
b) perderá a qualidade de segurado se não voltar a contribuir para o regime geral de
previdência social, ainda que como facultativo, em até sessenta dias após a demissão.
c) manterá a qualidade de segurado, sem limite de prazo, se estiver em gozo de benefício
previdenciário.
d) perdeu a qualidade de segurado, automaticamente, na data da demissão, se esta ocorreu
por justa causa.
e) manterá a qualidade de segurado por cento e vinte dias, a partir da homologação da
demissão.

031. (FCC/TRT DA 15ª REGIÃO/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere


as situações hipotéticas abaixo.
I – Cleide está cumprindo pena de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado.
II – Duda deixou de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social.
III – Firmina está passando por dificuldades financeiras e deixou de contribuir para a
Previdência Social na qualidade de segurada facultativa.
De acordo com o Decreto n. 3.048/1999, Cleide, Duda e Firmina manterão a qualidade de
seguradas, independentemente de contribuições, respectivamente, até
a) doze meses após o livramento; doze meses após a cessação das contribuições e doze
meses após a cessação das contribuições.
b) seis meses após o livramento; doze meses após a cessação das contribuições e doze
meses após a cessação das contribuições.
c) doze meses após o livramento; doze meses após a cessação das contribuições e seis
meses após a cessação das contribuições.
d) seis meses após o livramento; seis meses após a cessação das contribuições e seis meses
após a cessação das contribuições.
e) doze meses após o livramento; seis meses após a cessação das contribuições e seis meses
após a cessação das contribuições.

032. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016/ESPECIALISTA – ÁREA JURÍDICA) A respeito do regramento


do RGPS sobre manutenção da qualidade de segurado e salário-família, julgue o item seguinte.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Empregado demitido de determinada empresa após ter contribuído por quinze anos de
serviço manterá a qualidade de segurado por até trinta e seis meses, caso comprove a
situação de desemprego em órgão próprio da previdência social.

033. (CESPE/TRF – 5ª REGIÃO/2015/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Manterá a condição


de segurado,
a) independentemente de contribuições, aquele que estiver em gozo de benefício.
b) pelo máximo de até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar
de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social.
c) pelo máximo de até dezoito meses após cessar a segregação, o segurado acometido de
doença de segregação compulsória.
d) pelo máximo de até dezoito meses após o livramento, o segurado retido ou recluso.
e) pelo máximo de até seis meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças
Armadas para prestar serviço militar.

034. (CESPE/DPU/2015/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) Em regra, mantêm a qualidade de


segurado por até doze meses, independentemente de contribuições, o segurado empregado,
o avulso, o doméstico e o facultativo.

035. (CESPE/DPU/2015/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) Considere a seguinte situação


hipotética.
Marcelo, após um período em que realizou oitenta e quatro contribuições mensais ao
RGPS, permaneceu sem contribuir durante sete meses e, em seguida, voltou a realizar
as contribuições por um período de quarenta e oito meses, após o qual as contribuições
cessaram novamente.
Nessa situação hipotética, o período de graça a que Marcelo tem direito se estenderá por,
pelo menos, vinte e quatro meses após a última cessação das contribuições, uma vez que ele
pagou mais de cento e vinte contribuições mensais ao RGPS, ainda que não consecutivamente.

036. (FCC/TRT DA 2ª REGIÃO (SP)/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR) Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições,
a) sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício.
b) por no máximo 36 meses, quem está em gozo de benefício por incapacidade de prestação
continuada.
c) até 48 meses após a cessação das contribuições, o segurado obrigatório.
d) até 18 meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
e) até 3 meses após o livramento, o segurado retido ou recluso.

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037. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE – PE/2014/PROCURADOR) A qualidade de segurado da


Previdência Social é mantida, independentemente de contribuições,
I – até 6 meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar;
II – sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
III – até 12 meses após a cessação das contribuições, segurado que deixar de exercer
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado
sem remuneração;
IV – até 12 meses após o livramento, o segurado retido ou recluso.
Está correto o que consta APENAS em
a) III e IV.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) II, III e IV.

038. (FCC/DPE-AM/2013/DEFENSOR PÚBLICO) Conforme previsão contida no Plano de


Benefícios da Previdência Social – Lei n. 8.213/91 – mantém a qualidade de segurado,
independente de contribuições,
a) quem está no gozo de benefício, limitado ao prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses.
b) até 6 (seis) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar o serviço militar.
c) até 24 (vinte e quatro) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso.
d) até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
e) até 18 (dezoito) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de
segregação compulsória.

039. (FCC/TRT DA 1ª REGIÃO (RJ)/2012/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Mantém a qualidade


de segurado, independentemente de contribuições, por até
a) 36 (trinta e seis) meses, quem está em gozo de auxílio-doença.
b) 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
c) 36 (trinta e seis) meses, o segurado desempregado, desde que tal situação esteja
comprovada por registro no Ministério do Trabalho e Emprego ou outro meio admitido e
tenham sido vertidas mais de 120 (cento e vinte) contribuições sem interrupção que tenha
acarretado a perda da qualidade de segurado.
d) 3 (três) meses após o livramento, o segurado detido ou recluso.
e) 12 (doze) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar.

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040. (FCC/TRF DA 4ª REGIÃO/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)


Independentemente de contribuições, mantém a qualidade de segurado:
a) quem está em gozo de benefício, sem limite de prazo.
b) até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
c) até três meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
d) até seis meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar.
e) até doze meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar.

041. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/2019/PROCURADOR MUNICIPAL)


Jorge, na qualidade de contribuinte individual, vinha contribuindo até o início do cumprimento
de pena de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado, não tendo feito mais
contribuições
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
O reconhecimento da perda da qualidade de segurado de Jorge ocorrerá no dia seguinte ao
do vencimento da contribuição de contribuinte individual relativa ao mês imediatamente
posterior ao término do prazo de doze meses após o livramento.

042. (CESPE/DPU/2015/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) A lei prevê que o período de graça


do segurado obrigatório seja acrescido de doze meses no caso de ele estar desempregado,
exigindo-se, em todo caso, conforme entendimento do STJ e da Turma Nacional de
Uniformização (TNU), que essa situação seja comprovada por registro no órgão próprio do MTE.

043. (CESPE/DPU/2013/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) Acerca do RGPS, julgue os itens a seguir.


Considere a seguinte situação hipotética. Em julho de 2011, depois de pagar ininterruptamente
por mais de dez anos contribuições mensais à previdência social, Maria foi demitida da
empresa onde trabalhava como balconista e, desde então, ela não recolheu contribuições
para a previdência social.
Em face dessa situação hipotética, é correto afirmar que, em março de 2013, Maria ainda
mantinha a qualidade de segurada.

044. (CESPE/ABIN/2010/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ÁREA DE DIREITO) Considerando


a jurisprudência do STJ e a legislação acerca do RGPS, julgue os itens seguintes.
Para efeito de ampliação do período de graça, a ausência de registro em órgão do Ministério
do Trabalho e Emprego não impede a comprovação do desemprego por outros meios
admitidos em direito.

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045. (FCC/TRT DA 18ª REGIÃO (GO)/2014/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A carência no


sistema previdenciário
a) visa verificar o grau de sinistralidade do segurado.
b) tem como fundamento a busca do equilíbrio financeiro atuarial.
c) é exigida para todos os benefícios não acidentários.
d) é exigida para todos os benefícios acidentários.
e) é de 120 contribuições mensais, para o benefício aposentadoria por idade.

046. (FGV/SENADO FEDERAL/2022/CONSULTOR LEGISLATIVO – DIREITO DO TRABALHO E


DIREITO PREVIDENCIÁRIO) Em determinada empresa há 4 empregados com os seguintes
diagnósticos médicos: Douglas é diabético; Regina tem hanseníase; Wilson tem neoplasia
maligna e Denise tem enfisema pulmonar.
Assinale a opção que contempla os(as) empregados(as) que, em razão de sua doença, não
precisarão de carência para recebimento do auxílio por incapacidade temporária.
a) Douglas e Denise, apenas.
b) Regina e Wilson, apenas.
c) Regina e Denise, apenas.
d) Douglas e Wilson, apenas.
e) Douglas, Denise, Regina e Wilson.

047. (FCC/MANAUSPREV/2021/PROCURADOR AUTÁRQUICO) Conforme previsão em lei


previdenciária que regula os benefícios do Regime Geral de Previdência, Lei n. 8.213/1991,
a maioria das prestações a cargo do órgão previdenciário depende do implemento pelos
segurados e beneficiários de condições temporais que se denominam períodos de carência.
São exceções a essa determinação legal
a) o salário-maternidade para a contribuinte individual e a pensão por morte.
b) o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer
natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho.
c) a pensão por morte e o auxílio-doença, independentemente da origem da patologia.
d) a aposentadoria por invalidez e a aposentadoria especial.
e) o salário-família e o auxílio-doença, desde que este resulte de acidente ocorrido nas
dependências do empregador.

048. (CESPE/CEBRASPE/PG-DF/2021/ANALISTA JURÍDICO – DIREITO E LEGISLAÇÃO)


Relativamente à carência e à forma de apuração dos benefícios previdenciários, julgue o
item que segue.
O recebimento de auxílio-acidente depende de contribuição, para a previdência social por,
no mínimo, doze meses.

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049. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2019/PROCURADOR MUNICIPAL)


Maria solicitou à previdência social auxílio-acidente, não decorrente de acidente de trabalho,
mas seu pedido foi indeferido sob o fundamento de que ela não teria cumprido o tempo
de carência legalmente estabelecido. Seis anos depois do pedido, ela ingressou com uma
ação previdenciária para o recebimento do referido benefício.
Considerando essa situação hipotética, à luz das normas vigentes acerca de direito
previdenciário, julgue o próximo item.
Como a concessão de auxílio-acidente independe de tempo de carência, a decisão
administrativa de indeferimento foi incorreta.

050. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE MANAUS – AM/2018/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Os benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença independem de carência
quando originários de causa acidentária de qualquer natureza.

051. (FCC/PGE-AP/2018/PROCURADOR DO ESTADO) Conforme a Lei n. 8.213/1991, a


concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende do
seguinte período de carência:
a) 12 contribuições mensais para auxílio reclusão.
b) 18 contribuições mensais para salário-maternidade de trabalhadora avulsa.
c) 180 contribuições mensais para aposentadoria especial.
d) 12 contribuições mensais para pensão por morte.
e) 120 contribuições mensais para auxílio-acidente.

052. (CESPE/STJ/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)


A respeito do regime geral da previdência social e do custeio da seguridade social, julgue o
item que se segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
O segurado especial terá direito a aposentadoria por idade com requisito diferenciado,
desde que comprove o exercício da atividade rural por tempo igual ao número de meses
exigidos para a carência do benefício.

053. (UFMT/PREFEITURA DE VÁRZEA GRANDE – MT/2018/PROCURADOR MUNICIPAL) De acordo


com as regras atuais sobre carência da Lei n.º 8.213/1991, que dispõe sobre os Planos de
Benefícios do Regime Geral de Previdência Social, é correto afirmar:
a) No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para concessão de
auxílio-doença, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com
um terço do período de 12 (doze) contribuições mensais.
b) Independe de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos
casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho.

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c) São exigidas, no mínimo, 10 (dez) contribuições mensais para concessão de salário-


maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
d) Para concessão de pensão por morte, em favor do cônjuge ou companheiro(a), é exigido
que o(a) segurado(a) falecido(a) conte com tempo mínimo de contribuição correspondente
a 18 (dezoito) meses.

054. (FCC/TRF DA 3ª REGIÃO/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR)


De acordo com a Lei n. 8.213/91, em regra, a concessão do benefício do auxílio-doença;
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no mínimo, trinta dias.

055. (CESPE/AGU/2013/PROCURADOR FEDERAL) Acerca do RGPS, julgue os itens a seguir.


A concessão do benefício de auxílio-doença, em regra, exige período de carência de doze
contribuições mensais. Todavia, a lei prevê casos em que a concessão do referido benefício
independe de carência, entre os quais se inclui a situação na qual o segurado venha a ser
vítima de moléstia profissional ou do trabalho.

056. (FCC/TST/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Nos termos do Regime Geral


da Previdência Social, período de carência é o número mínimo de contribuições mensais
indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício. Neste sentido, dependem de
período de carência os benefícios de
a) auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez.
b) pensão por morte e salário-maternidade para empregada doméstica.
c) salário-família e auxílio-doença.
d) auxílio-reclusão e auxílio-acidente.
e) aposentadoria especial e aposentadoria por idade.

057. (CESPE/STJ/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Segundo a legislação sobre


os planos de benefícios da previdência social, o período de carência é o número mínimo de
contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício.

058. (FCC/TRT DA 6ª REGIÃO (PE)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) De acordo com


a legislação em vigor, o auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho,
consistirá em uma renda mensal correspondente a:

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a) 91% (noventa e um por cento) da última remuneração auferida.


b) 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício.
c) 50% (cinquenta por cento) do salário-de-benefício.
d) 91% (noventa e um por cento) do salário-de-contribuição.
e) 50% (cinquenta por cento) do salário-base.

059. (CESPE/FHS-SE/2009/PROCURADOR) O valor dos benefícios de prestação continuada


pagos pela previdência social, inclusive o salário-maternidade, será calculado com base no
salário-de-benefício.

060. (CESPE/SEAD-SE (FPH)/2009/PROCURADOR) Em regra, a renda mensal do benefício


de prestação continuada que substituir os salários-de-contribuição ou o rendimento do
trabalho do segurado não terá valor inferior ao do salário mínimo, nem superior ao do limite
máximo do salário-de-contribuição.

061. (FGV/SENADO FEDERAL/2022/CONSULTOR LEGISLATIVO – DIREITO DO TRABALHO


E DIREITO PREVIDENCIÁRIO) Glória da Silva sofreu um grave acidente do trabalho; após
submeter-se a tratamento médico, recuperou-se, mas ficou com sequela. Em razão de sua
limitação, passou por processo de reabilitação e foi reinserida aos quadros do empregador
em outra função. Diante da sua condição, passou a receber auxílio-acidente tão logo cessou
o auxílio por incapacidade temporária que até então recebia.
Considerando os fatos descritos e a previsão contida na norma de regência, assinale a opção
que aponta o índice e o momento de reajuste do benefício previdenciário de Glória da Silva.
a) IPCA medido pela FGV, com reajuste a cada 12 meses de recebimento do benefício
previdenciário pela segurada.
b) INPC apurado pelo IBGE, com reajuste anual na mesma data do reajuste do salário-mínimo.
c) IGPM apurado pela média divulgada pelo IBGE e FIPE, com reajuste no mês de julho de
cada ano.
d) IPCA-15 apurado pelo DIEESE, com reajuste anual, coincidente com o mês do aniversário
da segurada.
e) IPC medido pela FIPE, com reajuste a cada 12 meses de recebimento do benefício
previdenciário pela segurada.

062. (CESPE/IPAJM/2006/ADVOGADO) José, aposentado por tempo de serviço, recebe


prestação previdenciária equivalente a um salário-mínimo. Em março de 2006, o governo
federal reajustou o salário-mínimo em 13%. No dia 1º de maio de 2006, houve reajuste
geral dos benefícios previdenciários em 7%. Nessa situação, sobre o salário-de-benefício
de José incidirão os dois reajustes referidos acima.

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GABARITO

1. a 35. Anulada
2. d 36. a
3. b 37. e
4. c 38. d
5. C 39. c
6. e 40. a
7. E 41. C
8. d 42. E
9. E 43. C
10. C 44. C
11. E 45. b
12. C 46. b
13. b 47. b
14. E 48. E
15. e 49. C
16. b 50. C
17. a 51. c
18. c 52. C
19. C 53. b
20. E 54. b
21. e 55. C
22. e 56. e
23. c 57. C
24. a 58. b
25. a 59. E
26. d 60. C
27. b 61. b
28. C 62. E
29. a
30. c
31. c
32. C
33. a
34. E

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GABARITO COMENTADO

001. (FGV/PGM-NITERÓI/2023/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Das pessoas abaixo indicadas,


a que caracteriza um dependente classe 2 da Previdência Social é:
a) os pais que vivem sob a dependência econômica do segurado;
b) o filho do segurado com 20 anos de idade que é estudante universitário;
c) a companheira do segurado, que tem 54 anos de idade;
d) os irmãos que têm 18 anos de idade e que vivem sob a dependência econômica do segurado;
e) o menor tutelado, com 14 anos de idade, e que vive sob a dependência econômica do
segurado.

Consideram-se dependentes da classe II os pais. É importante frisar que a dependência


econômica dos dependentes da classe I é presumida, salvo os equiparados aos filhos (menor
tutelado e o enteado), enquanto a dependência econômica dos dependentes das classes
II e III deve ser comprovada. Dessa forma, como os pais são dependentes da classe II, cuja
dependência econômica tem que ser comprovada.
Letra a.

002. (CESPE/CEBRASPE/DPE-PA/2022/DEFENSOR PÚBLICO) Maria, empregada doméstica,


é separada judicialmente de João, autônomo, e possui com ele dois filhos: Joana, menor, e
Vitor, com vinte e quatro anos, inválido. Maria não recebe qualquer auxílio financeiro de João.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Maria é considerada dependente de João para fins previdenciários.
b) A dependência financeira de Vitor a João deve ser comprovada por início de prova material.
c) A filiação de Maria ocorrerá com o pagamento da primeira contribuição à previdência
social.
d) Para ser dependente de João ou de Maria, Joana deve ser inscrita na previdência social
no momento do requerimento do benefício a que tiver direito.
e) A filiação de Vítor à previdência social deveria ser feita por João ou Maria na data da
constatação da invalidez.

A inscrição do dependente é feita pelo próprio, quando do requerimento do benefício


previdenciário.
a) Errada. Joana, por ser separada judicialmente de João e não receber prestação de
alimentos, não é considerada dependente de João para fins previdenciários.

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b) Errada. Vitor, na condição de filho inválido, é dependente da classe I, cujo dependência


econômica é presumida, salvo os equiparados aos filhos (menor tutelado e o enteado).
c) Errada. A filiação de Maria, por ser segurada obrigatória do RGPS, decorre automaticamente
o exercício da atividade remunerada. A filiação do segurado facultativo decorre da inscrição
formalizada com o pagamento da primeira contribuição.
e) Errada. A inscrição do dependente é feita pelo próprio, quando do requerimento do
benefício previdenciário.
Letra d.

003. (FGV/AGE-MG/2022/PROCURADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS) Reginaldo é empregado


em uma sociedade empresária privada localizada em Ipatinga/MG, vinculado ao RGPS.
Reginaldo tem a seguinte situação familiar: possui uma companheira, com quem vive há
5 anos, e teve, com ela, uma filha de 2 anos de idade. Na residência de Reginaldo moram,
ainda, seu irmão mais novo, que tem 18 anos de idade, seus pais e um tio materno. O irmão,
o tio e os pais de Reginaldo vivem sob a dependência econômica dele.
Assinale a opção que indica, de acordo com a Lei de benefícios da Previdência Social, o
dependente classe 3.
a) Os pais.
b) O irmão.
c) A companheira.
d) A filha.
e) O tio.

Considera-se dependente da classe III o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor
de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
Letra b.

004. (INSTITUTO MAIS/PREFEITURA DE MAIRINQUE – SP/2021/PROCURADOR JURÍDICO DO


MUNICÍPIO) Suponha que Cláudia, segurada do Regime Geral de Previdência Social, vive em
união estável com Pedro há 5 (cinco) anos. No dia 1º de outubro de 2019, Pedro participou
de uma tentativa de homicídio doloso contra Cláudia, sua companheira. Na data de 1º de
maio de 2020, transitou em julgado a sentença criminal que condenou Pedro como partícipe
da tentativa de homicídio doloso cometido em face de Cláudia. De acordo com a Lei n.
8.213/1991, é correto afirmar que Pedro

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a) somente seria excluído da condição de dependente da segurada se tivesse sido condenado


como autor de tentativa de homicídio doloso cometido contra ela.
b) independentemente da sentença criminal, não é beneficiário do Regime Geral de Previdência
Social, na condição de dependente da segurada, visto que eles não vivem em união estável
há pelo menos 10 (dez) anos.
c) será excluído definitivamente da condição de dependente da segurada.
d) apenas seria excluído da condição de dependente da segurada caso ela tivesse morrido
ou sofrido lesões corporais graves.

Conforme determina o art. 16, § 9º do RPS, será excluído definitivamente da condição de


dependente aquele que tiver sido condenado criminalmente por sentença transitada em
julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse
crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e
os inimputáveis.
Letra c.

005. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE -MS/2019/PROCURADOR MUNICIPAL)


Os irmãos Fátima e Ronaldo, plenamente capazes e sem nenhuma deficiência física, intelectual
ou mental, possuem as seguintes características: ambos se enquadram em famílias de baixa
renda; Fátima tem trinta anos de idade e Ronaldo, trinta e cinco anos de idade; Fátima
não tem renda própria, dedica-se exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de
sua residência e contribui para a previdência social na qualidade de segurada facultativa;
Ronaldo contribui como segurado trabalhador avulso.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Fátima e Ronaldo não preenchem os requisitos para serem dependentes previdenciários
um do outro.

Irmãos são dependentes da classe III, desde que não emancipados, menores de 21 anos ou
inválidos ou com deficiência mental ou intelectual ou deficiência grave, além da necessidade
de comprovação da dependência econômica. Dessa forma, no caso em comento, Fátima (30
anos de idade) e Ronaldo (35 anos de idade), por não preencherem os citados requisitos,
não são dependentes previdenciários um do outro.
Certo.

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006. (CESPE/PGM-JOÃO PESSOA-PB/2018/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) À luz da Lei n.


8.213/1991, é(são) dependente(s) do segurado do regime geral de previdência social
a) os pais, desde que com idade superior a sessenta anos.
b) o irmão não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
c) a companheira ou o companheiro, desde que em união estável há mais de dois anos.
d) o filho não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
e) os pais, em qualquer idade.

Conforme determina o art. 16, II da Lei n. 8.213/1991, os pais são dependentes do segurado
do RGPS, independentemente da idade.
Letra e.

007. (CESPE/STJ/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito do regime geral


da previdência social (RGPS), julgue o item que se segue, considerando a jurisprudência dos
tribunais superiores.
Os genitores de segurado do RGPS serão seus dependentes independentemente de
comprovação da dependência econômica.

A dependência econômica dos dependentes da classe I é presumida, salvo os equiparados


aos filhos (menor tutelado e o enteado), enquanto que a dependência econômica dos
dependentes das classes II e III deve ser comprovada. Dessa forma, como os pais são
dependentes da classe II, a dependência econômica tem que ser comprovada.
Errado.

008. (CESPE/TRT – 7ª REGIÃO (CE)/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR FEDERAL) João, segurado obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo
regime da separação total de bens, com quem tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos
de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de deficiência mental grave
desde criança.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se dependente(s)
previdenciário(s) de João
a) Marcos e Felipe, somente.
b) Felipe, somente.
c) Fabiana, somente.
d) Fabiana, Marcos e Felipe.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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No caso em comento, Fabiana, por ser cônjuge, é dependente do João. Da mesma forma,
Marcos e Felipe são dependentes do João. Marcos é dependente por ser filho, não emancipado,
menor de 21 anos de idade. Felipe é dependente por ser filho na condição de pessoa com
deficiência grave, uma vez que a deficiência existe desde que Felipe é criança, ou seja, antes
de uma eventual perda da qualidade de dependente. Todos são dependentes preferenciais
de João, ou seja, dependentes da classe I, cuja dependência econômica é presumida.
Letra d.

009. (CESPE/DPU/2017/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) A respeito da condição de segurados


e dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente.
Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência econômica dos
genitores do segurado é considerada presumida.

A dependência econômica dos dependentes da classe I é presumida, salvo os equiparados aos


filhos (menor tutelado e o enteado), enquanto a dependência econômica dos dependentes
das classes II e III deve ser comprovada. Dessa forma, como os genitores são dependentes
da classe II, cuja dependência econômica tem que ser comprovada.
Errado.

010. (CESPE/TCE-PE/2017/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – AUDITORIA DE CONTAS


PÚBLICAS) Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência
social, julgue o item a seguir.
O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do RGPS,
poderá ser inscrito no INSS como dependente desta.

O enteado, desde que comprove dependência econômica, é dependente para fins do RGPS.
Certo.

011. (CESPE/SEDF/2017/ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL – DIREITO E LEGISLAÇÃO)


Relativamente a segurados, cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue
o item a seguir.
Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção previdenciária
a pessoa com quem o segurado mantém união estável por período superior a cinco anos,
independentemente da existência de prole em comum.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com


o segurado ou segurada. Considera-se união estável aquela configurada na convivência
pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de
constituição de família.
Errado.

012. (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO – DIREITO) A seguridade


social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social. Acerca da seguridade social, julgue o item subsequente.
O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente,
assegura ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins
previdenciários.

Perfeita a afirmativa! Em face dos julgamentos da ADI 4277 e da ADPF 132, o Supremo
Tribunal Federal equiparou a união homoafetiva à união estável, de modo que devem ser
estendidos àqueles todos os benefícios concedidos a estes, desde que preenchidos os
demais requisitos legais para a sua concessão.
Certo.

013. (FCC/TCE-CE/2015/PROCURADOR DE CONTAS) O Regime Geral da Previdência Social


prevê modalidades de segurados e classes de dependentes. São considerados segurados
obrigatórios e dependentes do segurado que gozam de presunção legal de dependência
econômica, respectivamente, o
a) síndico de condomínio não remunerado e o filho não emancipado de 20 anos.
b) trabalhador temporário da Lei n. 6.019/1974 e o companheiro.
c) segurado especial e o irmão não emancipado de 16 anos.
d) trabalhador avulso e a mãe com idade superior a 60 anos.
e) estudante bolsista e o cônjuge.

O trabalhador temporário é segurado obrigatório do RGPS na qualidade de segurado


empregado. Ademais, companheiro, por ser dependente da classe I (dependente preferencial),
possui dependência econômica presumida.
a) Errada. O síndico de condomínio, quando não remunerado, é segurado facultativo do RGPS.

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c) Errada. O irmão é dependente da classe III. Portanto, a dependência econômica não é


presumida, devendo ser devidamente comprovada.
d) Errada. A mãe é dependente da classe II. Portanto, a dependência econômica não é
presumida, devendo ser devidamente comprovada.
e) Errada. O estudante bolsista é segurado facultativo do RGPS.
Letra b.

014. (CESPE/CGE-PI/2015/AUDITOR GOVERNAMENTAL – CONHECIMENTOS BÁSICOS) A


respeito do regime geral de previdência social, julgue o item a seguir.
A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição de
dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício previdenciário.

A dependência econômica dos dependentes da classe I é presumida, salvo os equiparados aos


filhos (menor tutelado e o enteado), enquanto a dependência econômica dos dependentes
das classes II e III deve ser comprovada. Dessa forma, uma vez que o irmão, não emancipado,
menor de 21 anos, é dependente da classe III, a dependência econômica dele sempre terá
que ser comprovada.
Errado.

015. (FCC/MANAUSPREV/2015/PROCURADOR AUTÁRQUICO) Após o falecimento de Isis,


seus familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os benefícios como
dependentes do de cujus. Nessa situação, a dependência econômica não será presumida,
devendo ser comprovada para
a) filho não emancipado de 19 anos.
b) cônjuge.
c) filho inválido com 30 anos.
d) companheiro que mantinha união estável com a segurada.
e) enteado menor de 21 anos.

O menor tutelado e o enteado são equiparados a filhos, sendo, por consequência, dependentes
da classe I (dependentes preferenciais). Apesar de serem dependentes da classe I, a
dependência econômica deles não é presumida, devendo ser devidamente comprovada.
Letra e.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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016. (FCC/ TRT DA 2ª REGIÃO (SP)/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) São


beneficiários dos segurados no regime geral, na condição de dependentes,
a) o fundo de amparo ao trabalhador, se não houver nenhum herdeiro necessário.
b) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado menor de 21 anos
ou inválido.
c) os pais e avós do segurado, como ascendentes.
d) as pessoas designadas pelo segurado, desde que não haja cônjuges ou filhos.
e) os tios e primos de sangue do segurado, se forem pessoas com deficiência.

Perfeita a afirmativa! O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado


menor de 21 anos ou inválido são dependentes do segurado da classe I.
a) Errada. Que absurdo! O FAT não é dependente do RGPS, ainda que o segurado não tenha
nenhum herdeiro necessário.
c) Errada. Os avós não são dependentes do RGPS.
d) Errada. Os dependentes não são designados pelo segurado, mas sim contemplados em
rol previsto no art. 16 da Lei n. 8.213/1991.
e) Errada. Tios e primos não são dependentes do RGPS.
Letra b.

017. (FCC/PGE-RN/2014/PROCURADOR DO ESTADO DE TERCEIRA CLASSE) Quanto aos


beneficiários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, considere:
I – Os dependentes preferenciais são aqueles que se encontram na primeira classe
de dependentes, que prefere a todas as outras e compreende as figuras do cônjuge,
companheiro(a) e filho(a) menor de 18 anos, não emancipado(a) ou inválido(a).
II – Os segurados obrigatórios são aqueles beneficiários que exercem algum tipo de atividade
profissional remunerada, ou seja, os diversos tipos de trabalhadores, inclusive servidores
públicos que não participem de regime próprio de previdência social.
III – Os dependentes do RGPS são aqueles beneficiários que se vinculam à Previdência por
manterem com o segurado laços de família e dependência econômica, conforme prescrito em
lei, o que caracteriza seu vínculo como acessório, pois exerce direitos em nome do segurado.
IV – Cônjuge separado judicialmente ou divorciado, com direito a alimentos, preserva a
condição de dependente do segurado do RGPS, e eventualmente concorre, em condições
de igualdade, com companheira do segurado.
Está correto o que se afirma em
a) II e IV, apenas.
b) I e III, apenas.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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c) III e IV, apenas.


d) I, II, III e IV.
e) II e III, apenas.

As afirmativas II e IV são perfeitas, não sendo necessário tecer nenhum comentário! O


item I está incorreto, tendo em vista que os dependentes preferenciais são aqueles que se
encontram na primeira classe de dependentes, que prefere a todas as outras e compreende
as figuras do o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave. O item III está incorreto, uma vez que os dependentes exercem direitos
em nome próprio e não em nome do segurado. Portanto, a título de exemplo, o dependente
é o beneficiário da pensão por morte, a qual é decorrente do óbito do segurado.
Letra a.

018. (TRT22/TRT DA 22ª REGIÃO (PI)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) No caso


de falecimento, em decorrência de acidente de trabalho, de contribuinte individual da
Previdência Social, para o deferimento do benefício previdenciário terá que ser comprovada
a dependência econômica:
a) da companheira, com quem mantinha união estável devidamente comprovada;
b) do filho inválido com mais de 21 anos de idade;
c) do enteado menor de 21 anos de idade;
d) do filho menor de 21 anos de idade;
e) da esposa;

O menor tutelado e o enteado são equiparados a filhos, sendo, por consequência, dependentes
da classe I (dependentes preferenciais). Apesar de serem dependentes da classe I, a
dependência econômica deles não é presumida, devendo ser devidamente comprovada.
Todas as demais afirmativas elencam situações de dependente da classe I, cuja dependência
econômica é presumida, não devendo, por consequência, ser comprovada.
Letra c.

019. (CESPE/TRT – 10ª REGIÃO/2013/ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS)


José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais
velho, João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado
beneficiário do regime geral da previdência social, na condição de dependente de João.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Irmão, não emancipado, menor de 21 anos, que depende economicamente do segurado, é


beneficiário do RGPS, na condição de dependente (dependente da classe III).
Certo.

020. (CESPE/TRT – 17ª REGIÃO/2013/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR)


É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado para fins de
atribuição da qualidade de dependentes.

A dependência econômica dos dependentes da classe I é presumida, salvo os equiparados aos


filhos (menor tutelado e o enteado), enquanto a dependência econômica dos dependentes
das classes II e III deve ser comprovada. Dessa forma, como os pais são dependentes da
classe II, a dependência econômica tem que ser comprovada.
Errado.

021. (FCC/TST/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) São beneficiários do Regime


Geral da Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica.
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da
dependência econômica.
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica.
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica.
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência
econômica.

O filho, não emancipado, inválido é dependente da classe I, cuja dependência econômica é


presumida, não devendo, por consequência, ser comprovada.
a) Errada. Os ascendentes até o terceiro grau não são dependentes do RGPS.
b) Errada. O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido
ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave é dependente da classe
III, cuja dependência econômica tem que ser comprovada.
c) Errada. O menor tutelado e o enteado são equiparados a filhos, sendo, por consequência,
dependentes da classe I (dependentes preferenciais). Apesar de serem dependentes da classe I,
a dependência econômica deles não é presumida, devendo ser devidamente comprovada.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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d) Errada. Cônjuge e companheiro são dependentes da classe I (dependentes preferenciais),


cuja dependência econômica é presumida.
Letra e.

022. (FCC/TRT DA 6ª REGIÃO (PE)/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Nos termos


da Lei n. 8.213/1991, NÃO são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na
condição de dependentes do segurado:
a) os seus pais.
b) o seu irmão inválido de 30 anos.
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.
d) o companheiro que mantém união estável.
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado.

O menor tutelado e o enteado são equiparados a filhos, sendo, por consequência, dependentes
da classe I (dependentes preferenciais). Apesar de serem dependentes da classe I, a
dependência econômica deles não é presumida, devendo ser devidamente comprovada.
Portanto, o enteado só é dependente do segurado do RGPS, caso comprove a dependência
econômica. Todas as demais afirmativas elencam situações de dependentes do segurado
do RGPS.
Letra e.

023. (FCC/TRT DA 1ª REGIÃO (RJ)/2012/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A respeito dos


dependentes no regime geral de previdência social, é correto afirmar:
a) A dependência de cônjuges e filhos deve ser comprovada, e a de companheira(o) é
presumida.
b) A dependência econômica de cônjuges e filhos é presumida, e a de companheira(o) deve
ser comprovada.
c) A existência de pais exclui do direito às prestações os irmãos do segurado.
d) A dependência da esposa é presumida e a do marido deve ser comprovada por atestado
de invalidez perante a perícia médica oficial.
e) A dependência do filho estudante de curso universitário cessa aos 24 (vinte e quatro)
anos de idade.

Perfeita a afirmativa! Uma das regras aplicáveis aos dependentes do RGPS é que a existência
de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os das classes

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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seguintes. Portanto, caso existam pais, que dependam economicamente do segurado, os


irmãos não farão jus ao benefício previdenciário.
a) Errada. Cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer
condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave são dependentes da classe I, cuja dependência econômica é presumida.
b) Errada. Mesma explicação da afirmativa “a”!
d) Errada. Mesma explicação da afirmativa “a”!
e) Errada. Filho, ao atingir 21 anos, perde a sua qualidade de dependente, salvo o inválido.
Ademais, conforme determina o enunciado da súmula 37 da TNU, a pensão por morte, devida
ao filho até os 21 anos de idade, não se prorroga pela pendência do curso universitário.
Letra c.

024. (FGV/SENADO FEDERAL/2022/CONSULTOR LEGISLATIVO – DIREITO DO TRABALHO E


DIREITO PREVIDENCIÁRIO) Manuela é dona de casa e faz recolhimento para a Previdência
Social como contribuinte facultativa há 12 anos ininterruptamente. Em virtude da crise
econômica que se abateu sobre a família de Manuela, em janeiro de 2022 ela precisou cessar
a contribuição que até então realizava.
Considerando os fatos narrados e a previsão contida na Lei previdenciária, assinale a
afirmativa correta.
a) Manuela manterá a qualidade de segurada, independentemente de contribuições, por
até 6 meses.
b) Manuela continuará ostentando a condição de segurada por um período de 12 meses.
c) Por haver realizado mais de 120 contribuições mensais sem interrupção, Manuela terá
um período de graça de 24 meses.
d) Deixando de recolher, Manuela perderá imediatamente a condição de segurada porque
o sistema da Previdência Social é contributivo.
e) Manuela terá direito a um período de graça de 36 meses porque contribuiu por mais de
10 anos ininterruptos e não é empregada.

Manuela, por ser dona de casa, contribui para a previdência social na qualidade de segurada
facultativa. Dessa forma, o segurado facultativo mantém a sua qualidade de segurado,
independentemente de contribuições, até 6 meses após a cessação das suas contribuições.
Letra a.

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025. (FGV/AGE-MG/2022/PROCURADOR DO ESTADO) Maria trabalhou em uma sociedade


empresária privada localizada em Ouro Preto/MG por 13 anos ininterruptos, exercendo a
função de almoxarife.
Em razão dos efeitos da pandemia, com a respectiva redução das atividades do seu
empregador, Maria foi dispensada sem justa causa em 2022, recebendo sua indenização.
Considerando os fatos narrados e a norma de regência, assinale a opção que indica o prazo
no qual, mesmo sem contribuir após a dispensa, Maria continuará ostentando a condição
de segurada e, assim, estará coberta pela Previdência Social.
a) 24 meses.
b) 12 meses.
c) 6 meses.
d) 3 meses.
e) 30 meses.

Maria, por deixar de contribuir, mantém a sua qualidade de segurado por 12 meses.
Entretanto, uma vez que já verteu mais de 120 contribuições mensais, sem interrupção
que acarretasse a perda da sua qualidade, mantém a qualidade por mais 12 meses. Dessa
forma, Maria mantém a sua qualidade de segurada pelo período de 24 meses. Repare que
a banca examinadora não mencionou que Maria teve o desemprego registrado no órgão
próprio do MTE. Caso tivesse esse registro, por exemplo, inscrição cadastral no SINE, faria
jus a mais 12 meses de período de graça.
Letra a.

026. (TRF3/TRF 3ª REGIÃO/2022/JUIZ FEDERAL) “A”, beneficiário de auxílio-acidente desde


05/08/2007, recolheu contribuições como contribuinte individual no período de 01/2017
a 01/2021. Ficou incapacitado, de forma total e permanente, em 18/05/2022. Sobre a
qualidade de segurado de “A”, é CORRETO afirmar que:
a) manteve a qualidade de segurado até 31/01/2021.
b) não perdeu a qualidade de segurado, pois está em gozo de auxílio-acidente.
c) manteve a qualidade de segurado até 31/01/2022.
d) manteve a qualidade de segurado até 15/03/2022.

O período de graça de “A’ de 12 meses é contado a partir de fevereiro de 2021. Dessa forma,
os 12 meses findam em janeiro de 2022. Entretanto, a perda da qualidade apenas ocorre
no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual relativa ao
mês imediatamente posterior ao término do prazo (fevereiro de 2022), ou seja, a perda

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da qualidade apenas ocorre no dia 16 de março de 2022. Dessa forma, “A” mantém a sua
qualidade até o dia 15/03/2022.
Letra d.

027. (CESPE/CEBRASPE/PGE-AL/2021/PROCURADOR DO ESTADO) João, profissional


autônomo regularmente filiado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), está em
gozo de auxílio-doença desde junho de 2021.
Maria, empregada doméstica, está desempregada desde abril de 2020.
Pedro é professor empregado, mas está licenciado sem remuneração desde maio de 2020.
Julia é empregada e está em gozo de auxílio-acidente desde fevereiro de 2020.
Sérgio é tenente da Força Aérea Brasileira (FAB) há 6 meses.
Todos verteram 100 contribuições para o RGPS.
À luz dessas informações, assinale a opção correta.
a) Sérgio mantém a qualidade de segurado até 6 meses após o seu ingresso na FAB.
b) João mantém a qualidade de segurado independentemente do prazo em que esteja no
gozo de auxílio-doença.
c) Maria mantém a qualidade de segurada por 24 meses, prorrogáveis por mais 12 meses.
d) Pedro mantém a qualidade de segurado por 12 meses, prorrogáveis pelo mesmo período.
e) Julia mantém a qualidade de segurada enquanto estiver em gozo de auxílio-acidente.

Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, sem limite de


prazo, quem está em gozo de benefício, exceto na hipótese de auxílio-acidente.
a) Errada. O segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar mantém a
sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3 meses após o licenciamento.
c) Errada. O segurado que deixar de contribuir mantém a sua qualidade, independentemente
de contribuições, por até 12 meses.
d) Errada. O segurado que deixar de contribuir (caso de licenciamento sem auferir remuneração)
mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 12 meses.
e) Errada. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, sem
limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto na hipótese de auxílio-acidente.
Letra b.

028. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/2019/PROCURADOR MUNICIPAL)


Jorge, na qualidade de contribuinte individual, vinha contribuindo até o início do cumprimento
de pena de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado, não tendo feito mais
contribuições
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Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.


Jorge manterá a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, até doze
meses após o livramento.

O segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições,


por até 12 meses após o livramento.
Certo.

029. (TRF – 2ª REGIÃO/2018/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Com relação à manutenção da


qualidade de segurado, independentemente de contribuições, é correto afirmar:
a) O segurado facultativo mantém a qualidade de segurado por até 6 meses da cessação
das contribuições.
b) O segurado retido ou recluso mantém a qualidade de segurado por até 6 meses do
livramento.
c) O segurado que deixa de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social,
ou estiver suspenso ou licenciado mantém a qualidade de segurado por até 24 meses.
d) Enquanto estiver no gozo de benefício o segurado não perde a qualidade de segurado,
desde que o benefício não se prolongue por mais de 12 meses.
e) Se o segurado já tiver recolhido mais de 120 contribuições sem interrupção que acarrete
a perda da qualidade de segurado, todos os prazos dos incisos do art. 15 da Lei 8.213/91
são prorrogados em 6 meses.

Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,


independentemente de contribuições, por até 6 meses.
b) Errada. O segurado retido ou recluso mantém a qualidade de segurado, independentemente
de contribuições, por até 12 meses após o livramento.
c) Errada. O segurado, após a cessação de benefício por incapacidade ou das contribuições,
mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, por até 12 meses.
d) Errada. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, sem
limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto na hipótese de auxílio-acidente.
e) Errada. Apenas o prazo do inciso II do art. 15 da Lei n. 8.213/1991 será prorrogado para até
24 meses, se o segurado já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção
que acarrete a perda da qualidade de segurado.
Letra a.

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030. (CESPE/PGE-PE/2018/PROCURADOR DO ESTADO) Hélio, filiado ao RGPS há mais de


dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo o recolhimento
das contribuições sociais.
Nesse caso, Hélio
a) manterá a qualidade de segurado até a readmissão em novo emprego, desde que esta
ocorra no prazo de quarenta e oito meses.
b) perderá a qualidade de segurado se não voltar a contribuir para o regime geral de
previdência social, ainda que como facultativo, em até sessenta dias após a demissão.
c) manterá a qualidade de segurado, sem limite de prazo, se estiver em gozo de benefício
previdenciário.
d) perdeu a qualidade de segurado, automaticamente, na data da demissão, se esta ocorreu
por justa causa.
e) manterá a qualidade de segurado por cento e vinte dias, a partir da homologação da
demissão.

Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, sem limite de


prazo, quem está em gozo de benefício, exceto na hipótese de auxílio-acidente.
Letra c.

031. (FCC/TRT DA 15ª REGIÃO/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere


as situações hipotéticas abaixo.
I – Cleide está cumprindo pena de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado.
II – Duda deixou de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social.
III – Firmina está passando por dificuldades financeiras e deixou de contribuir para a
Previdência Social na qualidade de segurada facultativa.
De acordo com o Decreto n. 3.048/1999, Cleide, Duda e Firmina manterão a qualidade de
seguradas, independentemente de contribuições, respectivamente, até
a) doze meses após o livramento; doze meses após a cessação das contribuições e doze
meses após a cessação das contribuições.
b) seis meses após o livramento; doze meses após a cessação das contribuições e doze
meses após a cessação das contribuições.
c) doze meses após o livramento; doze meses após a cessação das contribuições e seis
meses após a cessação das contribuições.
d) seis meses após o livramento; seis meses após a cessação das contribuições e seis meses
após a cessação das contribuições.
e) doze meses após o livramento; seis meses após a cessação das contribuições e seis meses
após a cessação das contribuições.

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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Após o livramento, o segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade, independentemente


de contribuições, por até 12 meses. Portanto, Cleide mantém a sua qualidade por até 12 meses.
Após a cessação das contribuições, o segurado mantém a sua qualidade, independentemente
de contribuições, por até 12 meses. Portanto, Duda mantém a sua qualidade por até
12 meses. Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 6 meses. Portanto, Firmina mantém a sua
qualidade por até 6 meses.
Letra c.

032. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016/ESPECIALISTA – ÁREA JURÍDICA) A respeito do regramento


do RGPS sobre manutenção da qualidade de segurado e salário-família, julgue o item seguinte.
Empregado demitido de determinada empresa após ter contribuído por quinze anos de
serviço manterá a qualidade de segurado por até trinta e seis meses, caso comprove a
situação de desemprego em órgão próprio da previdência social.

Perfeita a afirmativa! No caso em comento, o segurado terá 36 meses de período de graça


(12 meses pelo desemprego cumulado com 12 meses por ter mais de 120 contribuições
mensais cumulado com 12 meses do desemprego registrado).
Certo.

033. (CESPE/TRF – 5ª REGIÃO/2015/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Manterá a condição


de segurado,
a) independentemente de contribuições, aquele que estiver em gozo de benefício.
b) pelo máximo de até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar
de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social.
c) pelo máximo de até dezoito meses após cessar a segregação, o segurado acometido de
doença de segregação compulsória.
d) pelo máximo de até dezoito meses após o livramento, o segurado retido ou recluso.
e) pelo máximo de até seis meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças
Armadas para prestar serviço militar.

Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, sem limite de


prazo, quem está em gozo de benefício, exceto na hipótese de auxílio-acidente.

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b) Errada. O segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência
social mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 12 meses
após cessar as contribuições.
c) Errada. O segurado acometido de doença de segregação compulsória mantém a sua
qualidade, independentemente de contribuições, por até 12 meses após cessar a segregação.
d) Errada. O segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade, independentemente de
contribuições, por até 12 meses após o livramento.
e) Errada. O segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar mantém a
sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3 meses após o licenciamento.
Letra a.

034. (CESPE/DPU/2015/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) Em regra, mantêm a qualidade de


segurado por até doze meses, independentemente de contribuições, o segurado empregado,
o avulso, o doméstico e o facultativo.

O segurado facultativo mantém a sua qualidade de segurado, independentemente de


contribuições, até 6 meses após a cessação das suas contribuições. Para os demais segurados
mencionados, a afirmativa está correta.
Errado.

035. (CESPE/DPU/2015/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) Considere a seguinte situação


hipotética.
Marcelo, após um período em que realizou oitenta e quatro contribuições mensais ao
RGPS, permaneceu sem contribuir durante sete meses e, em seguida, voltou a realizar
as contribuições por um período de quarenta e oito meses, após o qual as contribuições
cessaram novamente.
Nessa situação hipotética, o período de graça a que Marcelo tem direito se estenderá por,
pelo menos, vinte e quatro meses após a última cessação das contribuições, uma vez que ele
pagou mais de cento e vinte contribuições mensais ao RGPS, ainda que não consecutivamente.

A questão foi anulada pela banca preparatória, tendo em vista que não está explícito na
questão que o segurado é um segurado obrigatório do RGPS. Entretanto, essa é uma ótima
questão para ser estudada! Partindo do pressuposto que estamos diante da situação
de um segurado obrigatório do RGPS, este, tendo em vista não contribuir por não mais
exercer uma atividade remunerada, possui 12 meses de período de graça. Além disso, após

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84 contribuições mensais, este segurado deixou de contribuir por 7 meses. Importante


perceber que esse segurado não perdeu a sua qualidade. Portanto, para fins de dilação
de mais 12 meses de período de graça, tendo em vista o segurado possuir mais de 120
contribuições mensais, não houve interrupção do prazo. Dessa forma, quando o segurado
volta a contribuir e contribui por mais 48 meses, a contagem continua. Assim sendo, após
48 meses de contribuições, o segurado já conta com mais de 120 contribuições mensais
(84 + 48 = 132 contribuições mensais), razão pela qual esse segurado possuirá 24 meses
de período de graça (12 meses, tendo em vista não mais contribuir por não mais exercer
uma atividade remunerada, acrescida de mais 12 meses, tendo em vista ter versado mais
de 120 contribuições mensais para o sistema). Portanto, o gabarito inicial foi afirmativa
“Certo”. Entretanto, a questão foi anulada, conforme já mencionado anteriormente.
Anulada.

036. (FCC/TRT DA 2ª REGIÃO (SP)/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR) Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições,
a) sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício.
b) por no máximo 36 meses, quem está em gozo de benefício por incapacidade de prestação
continuada.
c) até 48 meses após a cessação das contribuições, o segurado obrigatório.
d) até 18 meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
e) até 3 meses após o livramento, o segurado retido ou recluso.

O segurado que está em gozo de benefício por incapacidade mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, sem limite de prazo, exceto o auxílio-acidente.
b) Errada. O segurado que está em gozo de benefício por incapacidade mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, sem limite de prazo, exceto o auxílio-acidente.
c) Errada. Não existe período de graça de até 48 meses. Desnecessário algum comentário.
d) Errada. Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 6 meses.
e) Errada. Após o livramento, o segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 12 meses.
Letra a.

037. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE – PE/2014/PROCURADOR) A qualidade de segurado da


Previdência Social é mantida, independentemente de contribuições,

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I – até 6 meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para


prestar serviço militar;
II – sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
III – até 12 meses após a cessação das contribuições, segurado que deixar de exercer
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado
sem remuneração;
IV – até 12 meses após o livramento, o segurado retido ou recluso.
Está correto o que consta APENAS em
a) III e IV.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) II, III e IV.

As afirmativas II, III e IV são prefeitas! Entretanto, a afirmativa I está incorreta, tendo em vista
que, após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3 meses.
Letra e.

038. (FCC/DPE-AM/2013/DEFENSOR PÚBLICO) Conforme previsão contida no Plano de


Benefícios da Previdência Social – Lei n. 8.213/91 – mantém a qualidade de segurado,
independente de contribuições,
a) quem está no gozo de benefício, limitado ao prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses.
b) até 6 (seis) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar o serviço militar.
c) até 24 (vinte e quatro) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso.
d) até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
e) até 18 (dezoito) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de
segregação compulsória.

Perfeita a afirmativa! Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua


qualidade, independentemente de contribuições, por até 6 meses.
a) Errada. O segurado que está em gozo de benefício mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, sem limite de prazo, exceto o auxílio-acidente.
b) Errada. Após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3 meses.

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c) Errada. Após o livramento, o segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade,


independentemente de contribuições, por até 12 meses.
e) Errada. Após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação
compulsória mantém a qualidade, independentemente de contribuições, por até 12 meses.
Letra d.

039. (FCC/TRT DA 1ª REGIÃO (RJ)/2012/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Mantém a qualidade


de segurado, independentemente de contribuições, por até
a) 36 (trinta e seis) meses, quem está em gozo de auxílio-doença.
b) 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
c) 36 (trinta e seis) meses, o segurado desempregado, desde que tal situação esteja
comprovada por registro no Ministério do Trabalho e Emprego ou outro meio admitido e
tenham sido vertidas mais de 120 (cento e vinte) contribuições sem interrupção que tenha
acarretado a perda da qualidade de segurado.
d) 3 (três) meses após o livramento, o segurado detido ou recluso.
e) 12 (doze) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar.

Nessa situação, o segurado terá 36 meses de período de graça (12 meses por não mais
contribuir, por não mais exercer uma atividade remunerada, cumulado com 12 meses por
ter mais de 120 contribuições mensais, sem interrupção que acarrete a perda da qualidade
de segurado, cumulado com 12 meses do desemprego devidamente registrado no órgão
próprio do MTE).
a) Errada. O segurado que está em gozo de benefício mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, sem limite de prazo, exceto o axuílio-acidente.
b) Errada. Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 6 meses.
d) Errada. Após o livramento, o segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 12 meses.
e) Errada. Após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar
serviço militar mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3
meses.
Letra c.

040. (FCC/TRF DA 4ª REGIÃO/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)


Independentemente de contribuições, mantém a qualidade de segurado:
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a) quem está em gozo de benefício, sem limite de prazo.


b) até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
c) até três meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
d) até seis meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar.
e) até doze meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar.

Perfeita a afirmativa! O segurado que está em gozo de benefício mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, sem limite de prazo, exceto o auxílio-acidente.
b) Errada. Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 6 meses.
c) Errada. Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 6 meses.
d) Errada. Após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar
serviço militar mantém a sua qualidade independentemente de contribuições, por até 3 meses.
e) Errada. Após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3 meses.
Letra a.

041. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/2019/PROCURADOR MUNICIPAL)


Jorge, na qualidade de contribuinte individual, vinha contribuindo até o início do cumprimento
de pena de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado, não tendo feito mais
contribuições
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
O reconhecimento da perda da qualidade de segurado de Jorge ocorrerá no dia seguinte ao
do vencimento da contribuição de contribuinte individual relativa ao mês imediatamente
posterior ao término do prazo de doze meses após o livramento.

Perfeita a afirmativa, sendo uma ótima questão para se estudar quando ocorre a perda
da qualidade de segurado! É importante frisar que a perda da qualidade não ocorre no dia
seguinte ao fim do prazo, pois o termo final ocorre no dia seguinte ao do vencimento da
contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término
do prazo, ou seja, no caso em comento, no dia seguinte ao do vencimento da contribuição

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de contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término do prazo


de doze meses após o livramento.
Certo.

042. (CESPE/DPU/2015/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) A lei prevê que o período de graça


do segurado obrigatório seja acrescido de doze meses no caso de ele estar desempregado,
exigindo-se, em todo caso, conforme entendimento do STJ e da Turma Nacional de
Uniformização (TNU), que essa situação seja comprovada por registro no órgão próprio do MTE.

Conforme entendimento do STJ e da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados


Especiais Federais (TNU), a ausência de registro em órgão próprio do MTE não impede a
comprovação do desemprego por outros meios admitidos em Direito, admitindo-se, inclusive,
prova testemunhal. Tal entendimento está previsto na súmula 27 da Turma Nacional de
Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU), que assim dispõe: “A ausência de
registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação do desemprego por
outros meios admitidos em Direito”.
Errado.

043. (CESPE/DPU/2013/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) Acerca do RGPS, julgue os itens a seguir.


Considere a seguinte situação hipotética. Em julho de 2011, depois de pagar ininterruptamente
por mais de dez anos contribuições mensais à previdência social, Maria foi demitida da
empresa onde trabalhava como balconista e, desde então, ela não recolheu contribuições
para a previdência social.
Em face dessa situação hipotética, é correto afirmar que, em março de 2013, Maria ainda
mantinha a qualidade de segurada.

No caso em comento, Maria possui 24 meses de período de graça. Maria possui 12 meses
de período de graça, tendo em vista não contribuir por não mais exercer uma atividade
remunerada. Além disso, Maria faz jus a dilação de mais 12 meses de período de graça,
tendo em vista que esta possui mais de 120 contribuições mensais, ininterruptamente.
Dessa forma, uma vez que Maria possui 24 meses de período de graça, em março de 2013,
Maria ainda mantinha a sua qualidade de segurada.
Certo.

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044. (CESPE/ABIN/2010/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ÁREA DE DIREITO) Considerando


a jurisprudência do STJ e a legislação acerca do RGPS, julgue os itens seguintes.
Para efeito de ampliação do período de graça, a ausência de registro em órgão do Ministério
do Trabalho e Emprego não impede a comprovação do desemprego por outros meios
admitidos em direito.

Conforme entendimento do STJ e da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados


Especiais Federais (TNU), a ausência de registro em órgão próprio do MTE não impede a
comprovação do desemprego por outros meios admitidos em Direito, admitindo-se, inclusive,
prova testemunhal. Tal entendimento está previsto na súmula 27 da Turma Nacional de
Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU), que assim dispõe: “A ausência de
registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação do desemprego por
outros meios admitidos em Direito”.
Certo.

045. (FCC/TRT DA 18ª REGIÃO (GO)/2014/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A carência no


sistema previdenciário
a) visa verificar o grau de sinistralidade do segurado.
b) tem como fundamento a busca do equilíbrio financeiro atuarial.
c) é exigida para todos os benefícios não acidentários.
d) é exigida para todos os benefícios acidentários.
e) é de 120 contribuições mensais, para o benefício aposentadoria por idade.

O intuito da carência é manter o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema previdenciário.


Repare que é a mesma questão anterior, sem que a banca preparatória tenha modificado
absolutamente nada!
a) Errada. O intuito da carência é manter o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema
previdenciário e não verificar o grau de sinistralidade do segurado.
c) Errada. Nem todos os benefícios não acidentários exigem carência para a sua concessão.
A título de exemplo, a pensão por morte independe de carência para a sua concessão,
independentemente de ser originária ou não de acidente do trabalho.
d) Errada. Benefícios de natureza acidentária independem de carência para a sua concessão.
e) Errada. Em que pese, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019),
não existir mais a aposentadoria por idade, salvo no caso da pessoa com deficiência e a
aposentadoria por idade do trabalhador rural, é possível aproveitar essa questão. Basta

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entender como se a banca preparatória questionasse a carência das aposentadorias


programadas, as quais exigem a carência de 180 contribuições mensais.
Letra b.

046. (FGV/SENADO FEDERAL/2022/CONSULTOR LEGISLATIVO – DIREITO DO TRABALHO E


DIREITO PREVIDENCIÁRIO) Em determinada empresa há 4 empregados com os seguintes
diagnósticos médicos: Douglas é diabético; Regina tem hanseníase; Wilson tem neoplasia
maligna e Denise tem enfisema pulmonar.
Assinale a opção que contempla os(as) empregados(as) que, em razão de sua doença, não
precisarão de carência para recebimento do auxílio por incapacidade temporária.
a) Douglas e Denise, apenas.
b) Regina e Wilson, apenas.
c) Regina e Denise, apenas.
d) Douglas e Wilson, apenas.
e) Douglas, Denise, Regina e Wilson.

Os benefícios por incapacidade (aposentadoria por incapacidade permanente e auxílio por


incapacidade temporária), regra geral, dependem de uma carência de 12 contribuições
mensais para serem concedidos. Entretanto, os citados benefícios independem de carência
no caso de certas doenças previstas na legislação previdenciária (art. 30, § 2º do RPS). Na
presente questão, 2 beneficiários são acometidos de doenças que independem de carência
para fins de concessão do benefício por incapacidade (Regina com hanseníase e Wilson com
neoplasia maligna). Os demais são acometidos de doenças que exigem carência para fins
de concessão do benefício por incapacidade, pois são doenças que não estão previstas na
legislação previdenciária.
Letra b.

047. (FCC/MANAUSPREV/2021/PROCURADOR AUTÁRQUICO) Conforme previsão em lei


previdenciária que regula os benefícios do Regime Geral de Previdência, Lei n. 8.213/1991,
a maioria das prestações a cargo do órgão previdenciário depende do implemento pelos
segurados e beneficiários de condições temporais que se denominam períodos de carência.
São exceções a essa determinação legal
a) o salário-maternidade para a contribuinte individual e a pensão por morte.
b) o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer
natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho.
c) a pensão por morte e o auxílio-doença, independentemente da origem da patologia.
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d) a aposentadoria por invalidez e a aposentadoria especial.


e) o salário-família e o auxílio-doença, desde que este resulte de acidente ocorrido nas
dependências do empregador.

Os benefícios por incapacidade (aposentadoria por incapacidade permanente e auxílio por


incapacidade temporária), regra geral, dependem de uma carência de 12 contribuições
mensais para serem concedidos. Entretanto, os citados benefícios independem de carência
nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho.
a) Errada. O salário-maternidade do contribuinte individual exige uma carência de 10
contribuições mensais para a sua concessão. A pensão por morte independe de carência
para a sua concessão.
c) Errada. O auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), regra geral,
depende de uma carência de 12 contribuições mensais para ser concedido. Entretanto,
o citado benefício independe de carência nos casos de acidente de qualquer natureza ou
causa e de doença profissional ou do trabalho. A pensão por morte independe de carência
para a sua concessão.
d) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez),
regra geral, depende de uma carência de 12 contribuições mensais para ser concedida.
Entretanto, o citado benefício independe de carência nos casos de acidente de qualquer
natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho. A aposentadoria especial exige
uma carência de 180 contribuições mensais para ser concedida.
e) Errada. O auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), regra geral,
depende de uma carência de 12 contribuições mensais para ser concedido. Entretanto,
o citado benefício independe de carência nos casos de acidente de qualquer natureza ou
causa e de doença profissional ou do trabalho. A salário-família independe de carência
para a sua concessão.
Letra b.

048. (CESPE/CEBRASPE/PG-DF/2021/ANALISTA JURÍDICO – DIREITO E LEGISLAÇÃO)


Relativamente à carência e à forma de apuração dos benefícios previdenciários, julgue o
item que segue.
O recebimento de auxílio-acidente depende de contribuição, para a previdência social por,
no mínimo, doze meses.

O auxílio-acidente é benefício que independe de carência para a sua concessão.


Errado.

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049. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2019/PROCURADOR MUNICIPAL)


Maria solicitou à previdência social auxílio-acidente, não decorrente de acidente de trabalho,
mas seu pedido foi indeferido sob o fundamento de que ela não teria cumprido o tempo
de carência legalmente estabelecido. Seis anos depois do pedido, ela ingressou com uma
ação previdenciária para o recebimento do referido benefício.
Considerando essa situação hipotética, à luz das normas vigentes acerca de direito
previdenciário, julgue o próximo item.
Como a concessão de auxílio-acidente independe de tempo de carência, a decisão
administrativa de indeferimento foi incorreta.

O auxílio-acidente é benefício que independe de carência para a sua concessão. Dessa


forma, a decisão administrativa de indeferimento foi incorreta.
Certo.

050. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE MANAUS – AM/2018/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Os benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença independem de carência
quando originários de causa acidentária de qualquer natureza.

Os benefícios por incapacidade (aposentadoria por incapacidade permanente e auxílio por


incapacidade temporária), regra geral, dependem de uma carência de 12 contribuições
mensais para serem concedidos. Entretanto, os citados benefícios independem de carência
nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, o que engloba o acidente do trabalho,
além doença profissional ou do trabalho.
Certo.

051. (FCC/PGE-AP/2018/PROCURADOR DO ESTADO) Conforme a Lei n. 8.213/1991, a


concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende do
seguinte período de carência:
a) 12 contribuições mensais para auxílio reclusão.
b) 18 contribuições mensais para salário-maternidade de trabalhadora avulsa.
c) 180 contribuições mensais para aposentadoria especial.
d) 12 contribuições mensais para pensão por morte.
e) 120 contribuições mensais para auxílio-acidente.

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A aposentadoria especial exige uma carência de 180 contribuições mensais para a sua
concessão.
a) Errada. O auxílio-reclusão exige uma carência de 24 contribuições mensais para a sua
concessão.
b) Errada. O salário-maternidade da trabalhadora avulsa independe de carência para a sua
concessão.
d) Errada. A pensão por morte independe de carência para a sua concessão.
e) Errada. O auxílio-acidente independe de carência para a sua concessão.
Letra c.

052. (CESPE/STJ/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)


A respeito do regime geral da previdência social e do custeio da seguridade social, julgue o
item que se segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
O segurado especial terá direito a aposentadoria por idade com requisito diferenciado,
desde que comprove o exercício da atividade rural por tempo igual ao número de meses
exigidos para a carência do benefício.

Perfeita a afirmativa! O conceito de carência para o segurado especial não são contribuições
mensais vertidas para o sistema, mas o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade
rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão
do benefício requerido. Dessa forma, o segurado especial terá direito a aposentadoria por
idade do trabalhador rural, desde que, além do cumprimento do requisito etário, comprove
o exercício da atividade rural pelo período de, no mínimo, 180 meses, que é o número de
meses exigidos para a carência do benefício.
Certo.

053. (UFMT/PREFEITURA DE VÁRZEA GRANDE – MT/2018/PROCURADOR MUNICIPAL) De acordo


com as regras atuais sobre carência da Lei n.º 8.213/1991, que dispõe sobre os Planos de
Benefícios do Regime Geral de Previdência Social, é correto afirmar:
a) No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para concessão de
auxílio-doença, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com
um terço do período de 12 (doze) contribuições mensais.
b) Independe de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos
casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho.

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c) São exigidas, no mínimo, 10 (dez) contribuições mensais para concessão de salário-


maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
d) Para concessão de pensão por morte, em favor do cônjuge ou companheiro(a), é exigido
que o(a) segurado(a) falecido(a) conte com tempo mínimo de contribuição correspondente
a 18 (dezoito) meses.

Os benefícios por incapacidade (aposentadoria por incapacidade permanente e auxílio por


incapacidade temporária), regra geral, dependem de uma carência de 12 contribuições
mensais para serem concedidos. Entretanto, os citados benefícios independem de carência
nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho.
a) Errada. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para
concessão de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), o segurado
deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade do período de
12 contribuições mensais.
c) Errada. São exigidas, no mínimo, 10 (dez) contribuições mensais para concessão de salário-
maternidade para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa. Independe
de carência a concessão do salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada
doméstica e trabalhadora avulsa.
d) Errada. Independe de carência a concessão da pensão por morte.
Letra b.

054. (FCC/TRF DA 3ª REGIÃO/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR)


De acordo com a Lei n. 8.213/91, em regra, a concessão do benefício do auxílio-doença;
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no mínimo, trinta dias.

Em regra, o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) exige carência de


12 contribuições mensais para a sua concessão.
Letra b.

055. (CESPE/AGU/2013/PROCURADOR FEDERAL) Acerca do RGPS, julgue os itens a seguir.


A concessão do benefício de auxílio-doença, em regra, exige período de carência de doze
contribuições mensais. Todavia, a lei prevê casos em que a concessão do referido benefício

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independe de carência, entre os quais se inclui a situação na qual o segurado venha a ser
vítima de moléstia profissional ou do trabalho.

Perfeita a afirmativa! Os benefícios por incapacidade (auxílio por incapacidade temporária


(antigo auxílio-doença) e aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria
por invalidez)), regra geral, dependem de carência de, no mínimo, 12 contribuições mensais.
Entretanto, os citados benefícios são concedidos, independentemente de carência, nos
casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho,
bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma
das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e
da Previdência Social, atualizada a cada 3 anos, de acordo com os critérios de estigma,
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade
que mereçam tratamento particularizado.
Certo.

056. (FCC/TST/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Nos termos do Regime Geral


da Previdência Social, período de carência é o número mínimo de contribuições mensais
indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício. Neste sentido, dependem de
período de carência os benefícios de
a) auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez.
b) pensão por morte e salário-maternidade para empregada doméstica.
c) salário-família e auxílio-doença.
d) auxílio-reclusão e auxílio-acidente.
e) aposentadoria especial e aposentadoria por idade.

Em que pese, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), não existir
mais a aposentadoria por idade, salvo no caso da pessoa com deficiência e a aposentadoria
por idade do trabalhador rural, é possível aproveitar essa questão. Basta entender como se
a banca preparatória questionasse a carência das aposentadorias programáveis, as quais
exigem a carência de 180 contribuições mensais.
Letra e.

057. (CESPE/STJ/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Segundo a legislação sobre


os planos de benefícios da previdência social, o período de carência é o número mínimo de
contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício.

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Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais


indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas as competências
cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite mínimo mensal.
Certo.

058. (FCC/TRT DA 6ª REGIÃO (PE)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) De acordo com


a legislação em vigor, o auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho,
consistirá em uma renda mensal correspondente a:
a) 91% (noventa e um por cento) da última remuneração auferida.
b) 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício.
c) 50% (cinquenta por cento) do salário-de-benefício.
d) 91% (noventa e um por cento) do salário-de-contribuição.
e) 50% (cinquenta por cento) do salário-base.

A renda mensal do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), inclusive o


decorrente de acidente do trabalho, corresponde a 91% do salário de benefício.
Letra b.

059. (CESPE/FHS-SE/2009/PROCURADOR) O valor dos benefícios de prestação continuada


pagos pela previdência social, inclusive o salário-maternidade, será calculado com base no
salário-de-benefício.

Nem todos os benefícios do RGPS são calculados com base no salário de benefício. No caso
do salário-maternidade, a título de exemplo, para os segurados(as) empregados(as), a renda
mensal do benefício é a remuneração integral do beneficiário.
Errado.

060. (CESPE/SEAD-SE (FPH)/2009/PROCURADOR) Em regra, a renda mensal do benefício


de prestação continuada que substituir os salários-de-contribuição ou o rendimento do
trabalho do segurado não terá valor inferior ao do salário mínimo, nem superior ao do limite
máximo do salário-de-contribuição.

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Conforme determina o art. 33 da Lei n. 8.213/1991, em regra, a renda mensal do benefício de


prestação continuada que substituir o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho
do segurado não terá valor inferior ao do salário mínimo, nem superior ao do limite máximo
do salário de contribuição.
Certo.

061. (FGV/SENADO FEDERAL/2022/CONSULTOR LEGISLATIVO – DIREITO DO TRABALHO


E DIREITO PREVIDENCIÁRIO) Glória da Silva sofreu um grave acidente do trabalho; após
submeter-se a tratamento médico, recuperou-se, mas ficou com sequela. Em razão de sua
limitação, passou por processo de reabilitação e foi reinserida aos quadros do empregador
em outra função. Diante da sua condição, passou a receber auxílio-acidente tão logo cessou
o auxílio por incapacidade temporária que até então recebia.
Considerando os fatos descritos e a previsão contida na norma de regência, assinale a opção
que aponta o índice e o momento de reajuste do benefício previdenciário de Glória da Silva.
a) IPCA medido pela FGV, com reajuste a cada 12 meses de recebimento do benefício
previdenciário pela segurada.
b) INPC apurado pelo IBGE, com reajuste anual na mesma data do reajuste do salário-mínimo.
c) IGPM apurado pela média divulgada pelo IBGE e FIPE, com reajuste no mês de julho de
cada ano.
d) IPCA-15 apurado pelo DIEESE, com reajuste anual, coincidente com o mês do aniversário
da segurada.
e) IPC medido pela FIPE, com reajuste a cada 12 meses de recebimento do benefício
previdenciário pela segurada.

Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, na mesma data de reajuste


do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último
reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, apurado pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Letra b.

062. (CESPE/IPAJM/2006/ADVOGADO) José, aposentado por tempo de serviço, recebe


prestação previdenciária equivalente a um salário-mínimo. Em março de 2006, o governo
federal reajustou o salário-mínimo em 13%. No dia 1.º de maio de 2006, houve reajuste
geral dos benefícios previdenciários em 7%. Nessa situação, sobre o salário-de-benefício
de José incidirão os dois reajustes referidos acima.
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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
Bernardo Machado

No caso em comento, como José recebe aposentadoria no valor equivalente a 1 salário


mínimo, este benefício será reajustado com base no reajuste do salário mínimo, ou seja,
será reajustado no percentual de 13%. Os demais beneficiários, que recebem benefícios
superiores ao salário mínimo, terão seus benefícios reajustados pelo percentual de reajuste
dos benefícios em geral, ou seja, serão reajustados no percentual de 7%.
Errado.

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