Beneficios Do Rgps Parte Geral E1684870697
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PREVIDENCIÁRIO
Benefícios do RGPS – Parte Geral
Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
230515162828
BERNARDO MACHADO
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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
Bernardo Machado
SUMÁRIO
Benefícios do RGPS – Parte Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Dependentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Rol de Dependentes do RGPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Menor sob Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Regras Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Perda da Qualidade de Dependente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Inscrição dos Dependentes e Comprovação de Vínculo e Dependência
Econômica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Prazos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Perda da Qualidade de Segurado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Carência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Períodos de Carência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Perda da Qualidade do Segurado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Início da Contagem da Carência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Observação sobre Carência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Salário de Benefício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Observações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Renda Mensal do Benefício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Reajustamento e Pagamento do Benefício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
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DEPENDENTES
INTRODUÇÃO
Os beneficiários do RGPS são as pessoas físicas que fazem jus a uma prestação
previdenciária, seja essa prestação um benefício ou um serviço.
Os beneficiários, como gênero, têm como espécies os segurados e os seus dependentes.
Assim, já foram estudados os segurados do RGPS. Passa-se, a partir de agora, a estudar
os dependentes do RGPS.
Para facilitar o estudo, seguem algumas dicas. Em relação a esse tema, deve-se estudar
o rol de dependentes, as regras gerais atinentes aos dependentes, além da inscrição
dos dependentes. Inicia-se o estudo com o rol dos dependentes.
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Em face dos julgamentos da ADI 4277 e da ADPF 132, o Supremo Tribunal Federal equiparou
a união homoafetiva à união estável, de modo que devem ser estendidos àqueles todos
os benefícios concedidos a estes, desde que preenchidos os demais requisitos legais para
a sua concessão.
Dessa forma, o companheiro ou a companheira de mesmo sexo integra o rol de
dependentes do RGPS.
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era considerado dependente do RGPS, fazendo jus ao benefício pensão por morte, ocorrendo
o óbito do guardião, caso dependa economicamente dele.
Dessa forma, conforme entendimento exarado pelo STJ, embora a lei previdenciária
aplicável ao segurado seja lei específica da previdência social, não menos certo é que a
criança e adolescente tem norma específica que conferiria ao menor sob guarda a condição
de dependente para todos os efeitos, inclusive previdenciários, nos termos do art. 33, § 3º
do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei n. 8.069/1990).
Tal entendimento foi exarado pelo STJ em julgamento de recurso especial, em sede
de recurso repetitivo (REsp n. 1.411.258/RS), tendo sido fixada a tese jurídica sob o tema
732/STJ, in verbis:
JURISPRUDÊNCIA
O menor sob guarda tem direito à concessão do benefício de pensão por morte do seu
mantenedor, comprovada sua dependência econômica, nos termos do art. 33, § 3º
do Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda que o óbito do instituidor da pensão
seja posterior à vigência da Medida Provisória 1.523/96, reeditada e convertida na Lei
9.528/97. Funda-se essa conclusão na qualidade de lei especial do Estatuto da Criança
e do Adolescente (8.069/90), frente à legislação previdenciária.
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Assim, a PGR pede o deferimento de medida liminar para que, até o julgamento final
da ação, seja dada ao art. 16, § 2º da Lei n. 8.213/1991 interpretação no sentido de incluir
no seu âmbito de incidência os menores sob guarda. No mérito, requer que o pedido
seja julgado procedente, para dar interpretação conforme a Constituição ao dispositivo
retromencionado.
A citada ADI, bem como a ADI 5083, ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (ADI
com o mesmo mérito da ADI 4878), foram julgadas apenas no dia 08/06/2021, onde o
STF reconheceu, por maioria (6 x 5), a inconstitucionalidade da Lei n. 9.528/97, no que diz
respeito à supressão do “menor sob guarda” do rol de dependentes do RGPS.
Primeiramente, o STF mencionou que o STJ possui entendimento firmado no sentido
de que o “menor sob guarda” ainda mantêm a condição de dependente previdenciário, com
fundamento no art. 33, § 3º do ECA.
Ademais, a maioria formada no STF declarou inconstitucional o trecho da Lei n. 9.528/1997
que suprimiu o “menor sob guarda” do rol de dependentes previdenciários, à medida em que
essa alteração normativa viola o princípio da proteção integral à criança e ao adolescente,
prevista no art. 227 da CF/88.
É importante frisar que a decisão consigna a necessidade de que a dependência econômica
do “menor sob guarda” seja comprovada, da mesma forma que ocorre com o enteado e o
menor tutelado.
Todo o entendimento exarado pelo STJ e recentemente exarado pelo STF no julgamento
das ADI 4878 e 5083 deixa de ter sentido, uma vez que, com a recente reforma da previdência
social (EC n. 103/2019), o Poder Constituinte Derivado Reformador, especificamente no
art. 23, § 6º, determina que se equiparam a filho, para fins de recebimento da pensão
por morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a
dependência econômica.
Portanto, o art. 33, § 3º do ECA se torna incompatível materialmente com o art. 23, § 6º
da EC n. 103/2019, sendo não recepcionado e, por consequência, revogado tacitamente.
Assim sendo, após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), o menor
sob guarda não é dependente do RGPS.
Cabe frisar que o citado dispositivo previsto na EC n. 103/2019 (art. 23, § 6º) não foi
objeto das ADI 4878 e 5083 e, por consequência não foi enfrentada a sua constitucionalidade,
em atenção ao princípio da adstrição ao pedido.
Caso fosse enfrentada tal questão, haveria um vício na decisão, o que poderia levar a
sua nulidade.
O que pode-se concluir até o presente momento é que, antes da reforma da previdência
social, o “menor sob guarda” é dependente do RGPS, devendo prevalecer o ECA em face da
Lei n. 8.213/1991.
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Tal entendimento está absolutamente consolidado, seja com base no recurso especial
julgado em sede de recurso repetitivo pelo STJ, seja com base na decisão exarada no
julgamento das ADI 4878 e 5083.
O problema é afirmar se o “menor sob guarda” é dependente do RGPS após a recente
reforma da previdência social (EC n. 103/2019), uma vez que o Poder Constituinte Derivado
Reformador, de forma literal, no art. 23, § 6º da EC n. 103/2019, determina que equiparam-
se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o
menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.
Até que se fale o contrário, o art. 23, § 6º da EC n. 103/2019 deve ser considerado como
constitucional!
A discussão será hercúlea perante o Poder Judiciário!
É importante frisar que, para que o art. 23, § 6º da EC n. 103/2019 seja declarado
inconstitucional, terá que ser demonstrado que o Poder Constituinte Derivado Reformador
infringiu um dos limites ao poder de reforma (limite procedimental, limite circunstancial
ou limite material (cláusulas pétreas implícitas e explícitas)).
Quanto aos limites procedimental e circunstacial, isso, indubitavelmente, não ocorreu.
A discussão irá girar em torno de uma possível inobservância de uma cláusula pétrea, o que
poderia levar a citada declaração de inconstitucionalidade.
Por ora, conclui-se:
• Antes da reforma da Previdência Social (EC n. 103/2019) – “menor sob guarda” é
dependente do RGPS – fundamento: REsp n. 1.411.258/RS e ADI 4878 e 5083
• Após a reforma da Previdência Social (EC n. 103/2019) – de forma apriorística, “menor
sob guarda” não é dependente do RGPS – fundamento: art. 23, § 6º da EC n. 103/2019,
o qual não foi objeto das ADI 4878 e 5083. Até que se fale o contrário, o art. 23, § 6º
da EC n. 103/2019 deve ser considerado como constitucional!
REGRAS GERAIS
Existem 3 regras atinentes aos dependentes do RGPS.
A primeira determina que a existência de dependente de qualquer das classes exclui
do direito às prestações os das classes seguintes.
Assim, a existência de dependentes da classe I, faz com que os dependentes das classes
II e III não tenham direito ao benefício previdenciário.
A segunda determina que os dependentes de uma mesma classe concorrem em
igualdade de condições.
Portanto, caso existam 4 dependentes da classe I, o benefício previdenciário será
dividido em 4 cotas iguais.
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EXEMPLO
Imagine, portanto, João, segurado empregado do RGPS, casado com Maria e pai de 3 filhos,
não emancipados, menores de 21 anos, vem a falecer. Antes de sua morta, João possuía uma
mãe e um irmão, que dependiam dele economicamente. Ao falecer, João deixou uma pensão
por morte no valor de R$ 2.000,00, a qual foi calculada nos termos do parágrafo anterior
(50% de cota familiar + 10% por dependente).
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R$ 500,00 para cada dependente, tendo em vista que dependentes da mesma classe
concorrem em igualdade de condições. Assim, uma vez que a pensão por morte é no valor
de R$ 2.000,00 e existem 4 dependentes da classe I, divide-se o valor da pensão por morte
em 4 cotas iguais. Assim, cônjuge tem direito a R$ 500,00, enquanto cada filho tem direito
a R$ 500,00.
Caso um filho perca a qualidade de dependente (ex: quando atinge a idade de 21 anos),
a pensão por morte é recalculada, pois, com a recente reforma da previdência social (EC
n. 103/2019), as cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão
reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% da pensão por morte
quando o número de dependentes remanescente for igual ou superior a 5.
Caso todos os dependentes da classe I percam a sua qualidade, ainda que exista
dependente das demais classes, a pensão não passará para esse dependente, tendo em
vista que a existência de dependente da classe I exclui o direito dos dependentes das
classes II e III.
Assim, caso todos os filhos atinjam os 21 anos e cônjuge venha a falecer, ainda que a
mãe ainda esteja viva, a pensão por morte não passará para a mãe.
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por morte, nos termos do art. 77, §2º, V da Lei n. 8.213/1991 (o decurso do prazo
será melhor estudado na aula acerca do benefício pensão por morte);
• Para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado
ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos ou pelo
decurso do prazo de recebimento da pensão por morte, nos termos do art. 77, §2º,
V da Lei n. 8.213/1991 (o decurso do prazo será melhor estudado na aula acerca
do benefício pensão por morte);
• Ao completar 21 anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor tutelado,
ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas anteriormente a essa idade:
− casamento;
− início do exercício de emprego público efetivo;
− constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de rela-
ção de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos
tenha economia própria; ou
− concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, me-
diante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou
por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos; e
• Para os dependentes em geral:
− pela cessação da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave; ou
− pelo falecimento.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 336 do STJ: “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem
direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade
econômica superveniente.”
Assim, mesmo que não seja determinada a prestação de alimentos, poderá ser concedida a
pensão por morte para ex-cônjuge, desde que seja comprovada a sua necessidade econômica
superveniente, como, por exemplo, com a comprovação de ajuda no pagamento de aluguel
ou outras contas. Obviamente, essa necessidade econômica superveniente precisa ocorrer
entre o momento da renúncia dos alimentos e o óbito do segurado. Ou seja, não pode ser
após o óbito do segurado.
Para companheiro(a), aplica-se a mesma regra atinente a cônjuge, ou seja, cessando
a união estável, é mantida a qualidade de dependente, caso seja assegurada a prestação
de alimento.
Em relação aos filhos/equiparados (enteado e menor tutelado) e irmãos, uma vez atingida
a idade de 21 anos, perdem a qualidade de dependentes, ou em outras hipóteses, desde
que essas outras hipóteses ocorram antes dos 21 anos de idade.
É importante frisar que o filho inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave,
ainda que atinja os 21 anos, mantém-se como dependente, desde que a invalidez ou a
deficiência ocorra antes da perda da qualidade de dependente.
EXEMPLO
Imagine um filho de um segurado que perca a sua qualidade de dependente por atingir a
idade de 21 anos. No dia seguinte ao aniversário, sofre um grave acidente que o torna inválido.
Infelizmente, tal filho não receberá a pensão por morte, pois a invalidez ocorreu após a sua
perda da qualidade de dependente.
Conclui-se, portanto, que uma vez perdida a qualidade de dependente, esse status não
retorna mais.
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PELO AMOR DE DEUS! NÃO EXISTE AMPLIAÇÃO DA IDADE PARA O ESTUDANTE ATÉ OS 24 ANOS, se
ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau!
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 37 da TNU: “A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de idade, não
se prorroga pela pendência do curso universitário.”.
Portanto, como dito anteriormente, uma vez atingida a idade de 21 anos, o filho/
equiparado (enteado ou menor tutelado) ou irmão perde a qualidade de dependente, ou em
outras hipóteses, desde que essas outras hipóteses ocorram antes dos 21 anos de idade.
Outra forma de os filhos/equiparados (enteado e menor tutelado) ou irmãos perderem
a qualidade de dependentes é se emancipando, salvo se a emancipação for decorrente de
colação de grau em curso de ensino superior.
As situações de emancipação estão previstas no art. 5º, § único do Código Civil, sendo elas:
• Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
• Pelo casamento;
• Pelo exercício de emprego público efetivo;
• Pela colação de grau em curso de ensino superior;
• Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde
que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
As situações de emancipação elencadas no código civil, uma vez ocorridas, fazem com
que o filho/equiparado (enteado ou menor tutelado) ou irmão perca a sua qualidade de
dependente, salvo a colação de grau em curso de ensino superior, situação que não está
prevista no art. 17, III do RPS.
Portanto, leve a seguinte regra para a prova. Qualquer que seja a situação de
emancipação, o filho/equiparado (enteado ou menor tutelado) ou irmão perde a qualidade
de dependente, salvo se a emancipação for decorrente da colação de grau em curso de
ensino superior.
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INTRODUÇÃO
O tema em estudo se refere ao conhecido “período de graça”. Ou seja, é um período em
que o segurado não verte contribuições para o sistema, mas, mesmo assim, se mantém
amparado por ele. Por isso é dado o nome desse período como período de graça.
Estudar-se-ão várias situações para melhor explicar o tema.
EXEMPLO
Na primeira situação, imagine um segurado que fica desempregado. Como regra geral, o seu
período de graça será de até 12 meses. No oitavo mês após o desemprego, esse segurado sofre
um acidente, que determina que tenha uma incapacidade temporária para o trabalho em
período superior a 15 dias consecutivos. Tal fato enseja a concessão do benefício conhecido
como auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).
Sem dúvida, pois o segurado está no período de graça, ou seja, está no período em que ele
não está vertendo contribuições para o sistema, mas faz jus aos benefícios previdenciários,
tendo em vista estar mantendo a sua qualidade de segurado.
EXEMPLO
Na segunda situação, imagine uma segurada desempregada, que, como regra geral, mantém
a sua qualidade por até 12 meses. Estressada, ela e o maridão seguem a sua vida matrimonial,
continuando a fazer o que estão acostumados. Ou seja, um mês após o desemprego:
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“BIMBA”! Nove meses após o “BIMBA” vem o parto, que é um dos eventos ensejadores do
salário-maternidade.
Sem dúvida, pois a segurada está no período de graça, ou seja, está no período em que ela
não está vertendo contribuições para o sistema, mas faz jus aos benefícios previdenciários,
tendo em vista estar mantendo a sua qualidade de segurada.
É importante frisar que o evento ensejador do benefício tem que ocorrer dentro do
período de graça.
Portanto, em ambas as situações, se o evento ensejador (acidente ou parto) ocorresse
após o período de graça, ou seja, após a perda da qualidade de segurado(a), o benefício
não seria concedido.
Esse tema é de suma importância não apenas para o segurado, mas também para os
seus dependentes.
EXEMPLO
Imagine um segurado que fica desempregado. Como regra geral, o seu período de graça será
de até 12 meses. No oitavo mês após o desemprego, esse segurado sofre um acidente e vem
a falecer.
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Cabe apenas ressaltar que, caso o segurado tivesse preenchido os requisitos para
obtenção de aposentadoria, mas não se aposentasse, e viesse a perder a sua qualidade de
segurado, seria concedida a pensão por morte para os seus dependentes.
EXEMPLO
Imagine um segurado que tenha 65 anos de idade, 20 anos de tempo de contribuição e mais
de 180 contribuições mensais vertidas para o sistema (carência necessária para a concessão
do benefício – próximo tópico a ser estudado). Esse segurado fica desempregado e acaba
perdendo a sua qualidade de segurado, vindo, posteriormente, a falecer. Nessa situação, seria
concedida a pensão por morte para os seus dependentes, tendo em vista que o segurado
preencheu todos os requisitos para se aposentar antes da data do seu óbito, mas não exerceu
o seu direito enquanto estava vivo.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 416 do STJ: É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que,
apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção
de aposentadoria até a data do seu óbito.
Uma vez entendido o tema, passa-se a estudar os períodos que o segurado mantém a
sua qualidade, independentemente de contribuições.
PRAZOS
Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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O prazo do item II será prorrogado para até 24 meses, se o segurado já tiver pagado
mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade
de segurado.
Ademais, o prazo do item II ou do parágrafo anterior, ainda poderá ser acrescido de
12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação por
registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.
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EXEMPLO
Imagine um segurado que trabalha há 2 anos e fica desempregado, fazendo jus ao seguro-
desemprego. Nessa situação, o segurado terá 24 meses de período de graça (12 meses pelo
desemprego cumulado com 12 meses do desemprego registrado).
Imagine, agora, um segurado que trabalha há 20 anos e fica desempregado, fazendo jus ao
seguro-desemprego. Nessa situação, o segurado terá 36 meses de período de graça (12 meses pelo
desemprego cumulado com 12 meses por ter mais de 120 contribuições mensais cumulado
com 12 meses do desemprego registrado).
Perceba, portanto, que, no item II, o período de graça pode ser de 12 meses, ou 24 meses,
ou 36 meses, dependendo da situação.
Cabe ressaltar que a comprovação da situação de registro no órgão próprio do MTE
dar-se-á mediante registro no Sistema Nacional de Emprego (SINE) ou pelo recebimento
de seguro-desemprego dentro do período de manutenção da qualidade de segurado.
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Não!
O reconhecimento da perda da qualidade de segurado no termo final dos prazos
ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual
relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos.
Apesar de ser uma redação complicada, a regra não é difícil.
Imagine um caso prático!
EXEMPLO
Imagine um segurado que trabalha há 2 anos e fica desempregado, sem que o desemprego
seja registrado. Nessa situação, o segurado terá 12 meses de período de graça.
Entretanto, a perda da qualidade não ocorre no dia seguinte ao final dos 12 meses,
pois ninguém pode afirmar que ele não irá contribuir em relação ao 13º mês. Assim, caso
ele venha contribuir em relação ao 13º (como contribuinte individual), o vencimento da
obrigação apenas acontece no dia 15 do mês seguinte, ou seja, no dia 15 do 14º mês. Assim,
perda da qualidade apenas ocorre no dia 16 do 14º mês. Repare que o segurado sempre
ganha mais um mês e meio de período de graça.
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.
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EXEMPLO
Imagine, portanto, o nosso caso prático acima, cujo período de graça do segurado é de 12 meses.
Infelizmente, o segurado sofre um acidente no dia 13 do 14º mês, que determina que tenha
uma incapacidade temporária para o trabalho em período superior a 15 dias consecutivos.
Sem dúvida, pois o segurado ainda está no período de graça. Ele só perde a sua qualidade
de segurado no dia 16 do 14º mês.
Cabe apenas ressaltar que a explicação utilizou o dia 16 como o termo final. Entretanto,
utilizar o dia 16 é apenas para fins didáticos.
EXEMPLO
Imagine que o vencimento da obrigação em relação ao 13º mês recaia em um dia que não
tenha expediente bancário, como, por exemplo, um sábado. Assim, o vencimento é postergado
para o dia útil imediatamente posterior, ou seja, o vencimento recairá no dia 17 do 14º mês,
fazendo com que a perda da qualidade do segurado ocorra apenas no dia 18.
CARÊNCIA
INTRODUÇÃO
Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições
mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas
as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite
mínimo mensal.
O intuito da carência é manter o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.
Portanto, caso o segurado não contribua com, no mínimo, 180 contribuições mensais,
não fará jus as aposentadorias programadas (aposentadoria programada, aposentadoria
por idade do trabalhador rural e aposentadoria especial).
Professor, qual é o conceito de carência para o segurado especial? Não tem, tendo em
vista que o segurado especial apenas contribui quando comercializa a sua produção rural?
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do benefício requerido, no caso de benefícios concedidos nos termos do art. 39, § 2º,
I do RPS (aposentadoria por idade do trabalhador rural ou por incapacidade permanente,
de auxílio por incapacidade temporária, de auxílio-reclusão).
Assim, o segurado especial precisa, para fazer jus a aposentadoria por idade do trabalhador
rural, comprovar que durante 180 meses exerceu a atividade rural, ainda que de forma
descontínua.
Entende-se como forma descontínua os períodos intercalados de exercício de atividades
rurais, ou urbana e rural, com ou sem a ocorrência da perda da qualidade de segurado.
Por fim, cabe ressaltar que para efeito de carência, considera-se presumido o
recolhimento das contribuições do segurado empregado, inclusive o doméstico (a partir
da competência junho de 2015), do trabalhador avulso e, relativamente ao contribuinte
individual, a partir da competência abril de 2003, as contribuições dele descontadas
pela empresa.
PERÍODOS DE CARÊNCIA
Em relação ao tema carência, é importante saber quais são os benefícios que exigem
carência para a sua concessão.
Portanto, elabora-se uma lista dos benefícios que exigem carência para a sua concessão.
Se algum benefício não for mencionado nessa lista é porque a carência para a sua concessão
é zero, ou seja, independe de carência para a sua concessão.
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Zero!
Como dito anteriormente, caso o benefício não conste na nossa lista acima, é porque
a carência exigida para a sua concessão é zero, ou seja, independe de carência para a sua
concessão.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Portanto, não fique decorando os benefícios que independem de carência (nem perderei
tempo listando-os aqui), pois, sabendo os benefícios que exigem carência, automaticamente,
você sabe quais são os benefícios que independem de carência para a sua concessão.
É de se estranhar a exigência de 10 contribuições mensais para a concessão do salário-
maternidade para a segurada especial. Entretanto, nada é estranho! Como já visto, não são
exigidas 10 contribuições mensais vertidas para a concessão do salário-maternidade para
a segurada especial, mas apenas que a segurada especial comprove que durante 10 meses
exerceu a sua atividade rural, ainda que de forma descontínua.
Professor, e se o parto for antecipado? O que acontece com a carência exigida para a
concessão do salário-maternidade para as seguradas contribuinte individual, facul-
tativa e segurada especial?
EXEMPLO
Assim, imagine uma segurada contribuinte individual que faça a sua inscrição no RGPS e
passa a verter as suas contribuições mensais. Dois meses após a inscrição, descobre que está
grávida de um mês, nascendo o filho prematuramente no 7º mês da gestação.
Professor, essa segurada não terá direito ao salário-maternidade, tendo em vista não
ter vertido 10 contribuições mensais para o sistema, mas apenas 8?
Não, uma vez que a carência é reduzida em relação ao número de meses em que o parto
foi antecipado.
Assim, caso o parto seja antecipado em 2 meses, a carência será de 8 contribuições
mensais. Já se o parto for antecipado em 1 mês, a carência será de 9 contribuições mensais.
Perceba que no caso de concessão do auxílio por incapacidade temporária (antigo
auxílio-doença) e da aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria
por invalidez), a carência pode ser zero em duas situações:
• Acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho;
• Nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das
doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde
e da Previdência Social, atualizada a cada 3 anos, de acordo com os critérios
de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado (art. 30,
§ 2º do RPS).
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EXEMPLO
Imagine um segurado que tivesse exercido atividade remunerada pelo período de 6 meses,
ficando desempregado e perdendo a sua qualidade. Após nova filiação, exerceu atividade por
6 meses e foi acometido de uma doença que exigia carência para a concessão do auxílio por
incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).
Professor, pela citada regra, seria concedido o auxílio por incapacidade temporária
(antigo auxílio-doença), tendo em vista que o segurado ficou incapacitado para o seu
trabalho por período superior a 15 dias consecutivos?
Sem dúvida, tendo em vista que, uma vez que o segurado contribuiu por 6 meses (1/2
da carência exigida para a concessão do benefício), recuperou o passado para efeitos de
carência. Assim, somando-se os 6 meses recuperados com os novos 6 meses, o segurado já
teria vertido 12 contribuições mensais, ou seja, teria a carência necessária para a concessão
do benefício.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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EXEMPLO
Imagine, agora, o mesmo segurado que tivesse exercido atividade remunerada pelo período
de 6 meses, ficando desempregado e perdendo a sua qualidade de segurado. Após nova
filiação, exerceu atividade por 5 meses e foi acometido de uma doença que exigia carência
para a concessão do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).
Não, tendo em vista que, uma vez que o segurado contribuiu por apenas 5 meses, não
recuperou o passado para efeitos de carência, pois não tinha 1/2 da carência exigida para
a concessão do benefício. Assim, o segurado teria apenas as 5 contribuições mensais, ou
seja, não teria a carência necessária para a concessão do benefício.
Não recupera a carência anterior a perda da qualidade
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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EXEMPLO
Imagine, por fim, o mesmo segurado que tivesse exercido atividade remunerada pelo período
de 5 meses, ficando desempregado e perdendo a sua qualidade de segurado. Após nova
filiação, exerceu atividade por 6 meses e é acometido de uma doença que exige carência para
a concessão do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).
Não, tendo em vista que, ainda que o segurado tenha contribuído por 6 meses (1/2
da carência exigida para a concessão do benefício), recuperou o passado para efeitos
de carência. Entretanto, somando-se os 5 meses recuperados com os novos 6 meses, o
segurado só teria 11 contribuições mensais, ou seja, não teria a carência necessária para
a concessão do benefício. Portanto, o benefício seria indeferido por ausência de carência.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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A lógica de o início da carência ser da data da filiação ao RGPS para o segurado empregado,
inclusive o doméstico (a partir da competência junho de 2015), trabalhador avulso e
contribuinte individual, a partir da competência abril de 2003, que presta serviço para a
empresa, é que o responsável pelo recolhimento da contribuição do segurado é da empresa
ou do empregador doméstico.
É importante frisar que, no caso do início da contagem da carência para os demais
segurados, na hipótese de perda da qualidade desses segurados, somente serão
consideradas, para fins de carência, as contribuições efetivadas após novo recolhimento
sem atraso.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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EXEMPLO
Imagine um homem que passe a exercer a atividade de vendedor ambulante. Uma vez exercendo
tal atividade, esse homem estará filiado ao RGPS na qualidade de contribuinte individual. Assim,
exerce a atividade durante 10 anos e, só após esse período, faz a sua inscrição, passando a
verter contribuições durante 15 anos. Após esse período de 15 anos, tal pessoa, com 65 anos
de idade, olha para o passado e indaga: “Caramba, se eu tivesse contribuído desde o início
do exercício da minha atividade, hoje, estaria com condições de me aposentar por meio de
uma aposentadoria programada!”. Dessa forma, esse segurado busca o INSS e protocoliza um
processo de reconhecimento da filiação (retroação da DIC), pagando esse período de 10 anos.
Professor, esse segurado já tem a idade necessária (no mínimo, no caso de homem, 65 anos
de idade), o tempo de contribuição necessário (no mínimo, no caso de homem, 20 anos)
e a carência necessária (no mínimo, 180 contribuições mensais) para se aposentar por
meio de uma aposentadoria programada?
Sem dúvida, tendo em vista que, uma vez pago o período da retroação da DIC, tal período
conta para fins de tempo de contribuição, mas não conta para efeitos de carência, uma vez
que as contribuições não foram vertidas mensalmente. Ademais, a contagem da carência
para o contribuinte individual só se inicia com o primeiro recolhimento sem atraso, o que
só ocorre após a inscrição do segurado junto ao RGPS.
Assim, esse segurado já tem a idade mínima necessária (65 anos, no caso de homem),
25 anos de contribuição (10 anos de TC da retroação da DIC e 15 anos de TC após a inscrição
junto ao RGPS, ou seja, além do tempo de contribuição mínimo de 20 anos exigido para o
homem) e 180 contribuições mensais para efeitos de carência.
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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
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§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos
benefícios previdenciários e de contagem recíproca.
Dessa forma, não é mais permitida a contagem de tempo de contribuição fictício para
efeito de concessão de benefícios previdenciários.
Ou seja, antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), alguns períodos
eram contados, de maneira fictícia, como tempo de contribuição.
Entretanto, após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), não se
permite mais a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão de
benefícios previdenciários e de contagem recíproca.
Estranhamente, o art. 19-C, § 1º do RPS, com redação incluída pelo Decreto n. 10.410/2020,
excepciona tal regra da impossibilidade da contagem de tempo de contribuição fictício
para efeito de concessão de benefícios previdenciários. Tal dispositivo determina que será
computado o tempo intercalado de recebimento de benefício por incapacidade, na forma
do disposto no inciso II do caput do art. 55 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto
para efeito de carência.
Para melhor entender tal período, visualiza-se uma situação hipotética.
EXEMPLO
Imagine um segurado empregado que trabalhou durante 10 anos e veio a sofrer um acidente.
Passando pelo exame médico-pericial a cargo da previdência social, constatou-se uma
incapacidade temporária para o trabalho, fato que ensejou a concessão do auxílio por
incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). Esse segurado ficou durante 10 anos em
gozo do citado benefício. Ao passar por nova perícia, ficou constatada a sua recuperação,
fazendo com que o segurado retornasse a sua atividade por mais 5 anos.
Uma vez que o período em que o segurado esteve em gozo do auxílio por incapacidade
temporária conta para fins de tempo de contribuição, mas não conta para efeitos de
carência, já que não existem contribuições mensais vertidas nesse período, esse segurado
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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
O salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos
benefícios de prestação continuada.
Entretanto, alguns benefícios não são calculados com base no salário de benefício.
Nessas situações, o cálculo do benefício será mais bem estudado durante o estudo do
benefício em si.
O salário de benefício, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019),
consiste na média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados
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Direito Previdenciário
Benefícios do RGPS – Parte Geral
Bernardo Machado
Com o advento da Lei n. 14.331/2022, para o segurado filiado à Previdência Social até
julho de 1994, no cálculo do salário de benefício das aposentadorias, exceto a aposentadoria
por incapacidade permanente, o divisor considerado no cálculo da média dos salários de
contribuição não poderá ser inferior a 108 meses.
Como o período básico de cálculo do salário de benefício utiliza apenas os salários de
contribuição referentes às competências a partir de 07/1994, a lógica do fator divisor
considerado no cálculo do salário de benefício não ser inferior a 108 meses, para o segurado
filiado ao RGPS antes desta data, é evitar que beneficiário contribua um único mês sobre
o limite máximo mensal do salário de contribuição e venha a auferir um benefício nesse
valor (atualmente, R$ 7.507,49).
Dessa forma, o legislador utilizou o divisor correspondente a 60% da carência exigida
para as aposentadorias programadas, ou seja, 60% de 180 meses, o que perfaz o fator
divisor de 108 meses.
Ademais, é apenas importante frisar que, para o aplicador do direito, é fundamental
o conhecimento do tema “salário de benefício” antes da recente reforma da previdência
social (EC n. 103/2019), pois há a questão do direito adquirido, bem como alguns assuntos
atinentes ao tema ainda são aplicáveis em regras transitórias, como, por exemplo, o fator
previdenciário. Nesse caso, o tema será explicado no presente curso no momento da
explicação das regras transitórias.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Ademais, o art. 26, § 6º da EC n. 103/2019 determina que poderão ser excluídas da média
as contribuições que resultem em redução do valor do benefício, desde que mantido o
tempo mínimo de contribuição exigido, vedada a utilização do tempo excluído para qualquer
finalidade, inclusive para o acréscimo na renda mensal do benefício, para a averbação em
outro regime previdenciário ou para a obtenção dos proventos de inatividade dos militares.
EXEMPLO
Dessa forma, imagine um segurado que possua 65 anos de idade, 40 anos de tempo de
contribuição e a carência necessária para fins de concessão da sua aposentadoria programada.
A renda mensal desse benefício será de 100% do salário de benefício, pois, conforme será
estudado, a renda mensal das aposentadorias programadas, regra geral, corresponde a
60% do salário de benefício, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de
contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, no caso do homem, e 15 anos
de contribuição, no caso da mulher e no caso da aposentadoria especial, cujo agente nocivo
permita a concessão do benefício após 15 anos de efetiva exposição.
Entretanto, imagine que esse segurado contribuiu durante os 5 primeiros anos da sua vida
laboral em relação ao valor do salário mínimo, contribuindo os demais 35 anos sobre o limite
máximo do salário de contribuição.
Se todas as contribuições forem aproveitadas no cálculo do salário de benefício, inevitavelmente,
esses 5 primeiros anos vertidos sobre o valor do salário mínimo irão reduzir a média, reduzindo,
por consequência, o valor do benefício.
Portanto, a exclusão dos 5 primeiros anos de contribuição pode vir a ser saudável para o
segurado, fazendo com que este, em regra, consiga receber a sua aposentadoria programada
no percentual de 90% do limite máximo do salário de benefício, ou próximo deste valor, sendo,
talvez, melhor do que 100% de uma média bem menor.
OBSERVAÇÕES
O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem
superior ao limite máximo do salário de contribuição na data de início do benefício.
Todos os salários de contribuição utilizados no cálculo do salário de benefício serão
corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preço ao
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RENDA MENSAL
MENSAL DO BENEFÍCIO
A renda mensal do benefício é o valor efetivamente pago ao segurado. Ou seja, os
benefícios, quando calculados pelo salário de benefício, têm a incidência de um percentual,
constituindo, assim, a renda mensal do benefício.
RMB = % x SB
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EXEMPLO
Assim, imagine um segurado que possua 65 anos de idade, 30 anos de tempo de contribuição
e a carência necessária para fins de concessão da sua aposentadoria programada.
Nesse caso, a renda mensal da sua aposentadoria programada será de 80 % do salário de
benefício (60% do SB + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos), ou seja, (60% + 2% x 10) x
SB = 80% x SB.
Imaginando que o salário de benefício seja no valor de R$ 3.000,00, a renda mensal do benefício
será de R$ 2.400,00. Demonstra-se o cálculo!
• Idade = 65 anos; TC = 30 anos; Carência = OK; SB = R$ 3.000,00
• RMB = [60% + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos] x SB
• RMB = [60% + 2% x 10] x R$ 3.000,00
• RMB = 80% x R$ 3.000,00 = R$ 2.400,00
EXEMPLO
Agora, imagine um segurado que possua 65 anos de idade, 35 anos de tempo de contribuição
e a carência necessária para fins de concessão da sua aposentadoria programada.
Nesse caso, a renda mensal da sua aposentadoria programada será de 90 % do salário de
benefício (60% do SB + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos), ou seja, (60% + 2% x 15) x
SB = 90% x SB.
Imaginando que o salário de benefício seja no valor de R$ 3.000,00, a renda mensal do benefício
será de R$ 2.700,00. Demonstra-se o cálculo!
• Idade = 65 anos; TC = 35 anos; Carência = OK; SB = R$ 3.000,00
• RMB = [60% + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos] x SB
• RMB = [60% + 2% x 15] x R$ 3.000,00
• RMB = 90% x R$ 3.000,00 = R$ 2.700,00
EXEMPLO
Por fim, imagine um segurado que possua 65 anos de idade, 45 anos de tempo de contribuição
e a carência necessária para fins de concessão da sua aposentadoria programada.
Nesse caso, a renda mensal da sua aposentadoria programada será de 110 % do salário de
benefício (60% do SB + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos), ou seja, (60% + 2% x 25) x
SB = 110% x SB.
Imaginando que o salário de benefício seja no valor de R$ 3.000,00, a renda mensal do benefício
será de R$ 3.300,00. Demonstra-se o cálculo!
• Idade = 65 anos; TC = 45 anos; Carência = OK; SB = R$ 3.000,00
• RMB = [60% + 2% por ano que ultrapassar os 20 anos] x SB
• RMB = [60% + 2% x 25] x R$ 3.000,00
• RMB = 110% x R$ 3.000,00 = R$ 3.300,00
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Portanto, é importante frisar que o acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de
contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, para os homens, ou 15 anos de
contribuição, para as mulheres, não se limita ao percentual de 100% do salário de benefício.
Professor, e se, nos 2 primeiros exemplos citados, o salário de benefício calculado for
no valor de 1 salário mínimo? Aplicar-se-ão os percentuais de 80% ou 90% sobre o
salário de benefício, respectivamente?
EXEMPLO
Imagine um segurado empregado rural, com 65 anos de idade, 20 anos de tempo de contribuição
e salário de benefício de R$ 2.000,00.
R$ 1.800,00!
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É importante frisar que o acréscimo de 1% para cada ano de contribuição não se limita ao
percentual de 100% do salário de benefício.
EXEMPLO
Imagine um segurado que sofra um acidente, se submeta a perícia médica federal e fique
constatada a sua incapacidade temporária para o seu trabalho em período superior a 15 dias
consecutivos, fato que enseja a concessão do auxílio por incapacidade temporária (antigo
auxílio-doença). Uma vez fazendo jus ao citado benefício, o INSS calcula o salário de benefício
e encontra o valor de R$ 2.000,00. Nessa situação, a renda mensal do auxílio por incapacidade
temporária (antigo auxílio-doença) será de R$ 1.820,00 (91% x R$ 2.000,00).
Não, tendo em vista que o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença)
é benefício remuneratório. Portanto, não pode ser inferior a um salário mínimo, salvo no
caso do exercício do segurado de atividades concomitantes, onde a incapacidade ocorre
em relação a apenas uma atividade. Nessa situação, o valor do auxílio por incapacidade
temporária (antigo auxílio-doença) poderá ser inferior ao salário mínimo desde que somado
às demais remunerações recebidas resultar valor superior a este.
Essa é a única situação prevista na legislação previdenciária onde um benefício
remuneratório pode ser inferior ao salário do salário mínimo.
Em relação ao auxílio-acidente, o percentual a ser aplicado ao salário de benefício é de 50%.
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EXEMPLO
Imagine um segurado que sofra um acidente de qualquer natureza e tenha, em decorrência
do citado acidente, sequela consolidada com redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia. Nessa situação, o segurado passa a ser indenizado pelo INSS, fazendo
jus ao auxílio-acidente. Imaginando que o salário de benefício desse segurado seja no valor
de R$ 3.000,00, a renda mensal do auxílio-acidente será de R$ 1.500,00 (50% x R$ 3.000,00).
Sim, tendo em vista que o auxílio-acidente é benefício indenizatório. Portanto, pode ser
inferior a um salário mínimo. Ou seja, caso o salário de benefício seja no valor de 1 salário
mínimo (atualmente, R$ 1.302,00), a renda mensal do auxílio-acidente será de R$ 651,00.
Por fim, algumas observações são necessárias.
No caso de segurado empregado, inclusive o doméstico, e de trabalhador avulso que
tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não
possam comprovar o valor de seus salários de contribuição no período básico de cálculo,
será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando
da apresentação de prova dos salários de contribuição.
Após a cessação do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) decorrente
de acidente de qualquer natureza ou causa, tendo o segurado retornado ou não ao trabalho,
se houver agravamento ou sequela que resulte na reabertura do benefício, a renda mensal
será igual a 91% do salário de benefício do auxílio por incapacidade temporária (antigo
auxílio-doença) cessado, corrigido até o mês anterior ao da reabertura do benefício, pelos
mesmos índices de correção dos benefícios em geral.
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EXEMPLO
Imagine um benefício de aposentadoria no valor de R$ 2.000,00 referente ao mês de agosto.
Esse benefício é pago do 1º ao 5º dia útil do mês de setembro.
Os benefícios com renda mensal no valor de até 1 salário mínimo serão pagos no
período compreendido entre o 5º dia útil que anteceder o final do mês de sua competência
e o 5º dia útil do mês subsequente, observada a distribuição proporcional dos beneficiários
por dia de pagamento.
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.
EXEMPLO
Imagine um benefício de aposentadoria no valor de 1 salário mínimo referente ao mês de
agosto. Esse benefício é pago do 5º dia útil que anteceder o final do mês de sua competência
e o 5º dia útil do mês subsequente.
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Chegamos ao fim da parte teórica da nossa Aula 03. Faça com atenção os exercícios
propostos, pois são uma ferramenta valiosa para a fixação do conteúdo. Bons estudos e
até a nossa próxima aula.
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RESUMO
• São dependentes do RGPS:
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• O prazo do item II será prorrogado para até 24 meses, se o segurado já tiver pago mais
de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade
de segurado.
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depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com metade dos
períodos de carência exigidos pela legislação previdenciária.
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• Os benefícios com renda mensal no valor de até 1 salário mínimo serão pagos
no período compreendido entre o 5º dia útil que anteceder o final do mês de
sua competência e o 5º dia útil do mês subsequente, observada a distribuição
proporcional dos beneficiários por dia de pagamento.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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econômica que se abateu sobre a família de Manuela, em janeiro de 2022 ela precisou cessar
a contribuição que até então realizava.
Considerando os fatos narrados e a previsão contida na Lei previdenciária, assinale a
afirmativa correta.
a) Manuela manterá a qualidade de segurada, independentemente de contribuições, por
até 6 meses.
b) Manuela continuará ostentando a condição de segurada por um período de 12 meses.
c) Por haver realizado mais de 120 contribuições mensais sem interrupção, Manuela terá
um período de graça de 24 meses.
d) Deixando de recolher, Manuela perderá imediatamente a condição de segurada porque
o sistema da Previdência Social é contributivo.
e) Manuela terá direito a um período de graça de 36 meses porque contribuiu por mais de
10 anos ininterruptos e não é empregada.
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Empregado demitido de determinada empresa após ter contribuído por quinze anos de
serviço manterá a qualidade de segurado por até trinta e seis meses, caso comprove a
situação de desemprego em órgão próprio da previdência social.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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GABARITO
1. a 35. Anulada
2. d 36. a
3. b 37. e
4. c 38. d
5. C 39. c
6. e 40. a
7. E 41. C
8. d 42. E
9. E 43. C
10. C 44. C
11. E 45. b
12. C 46. b
13. b 47. b
14. E 48. E
15. e 49. C
16. b 50. C
17. a 51. c
18. c 52. C
19. C 53. b
20. E 54. b
21. e 55. C
22. e 56. e
23. c 57. C
24. a 58. b
25. a 59. E
26. d 60. C
27. b 61. b
28. C 62. E
29. a
30. c
31. c
32. C
33. a
34. E
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GABARITO COMENTADO
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Considera-se dependente da classe III o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor
de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
Letra b.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Irmãos são dependentes da classe III, desde que não emancipados, menores de 21 anos ou
inválidos ou com deficiência mental ou intelectual ou deficiência grave, além da necessidade
de comprovação da dependência econômica. Dessa forma, no caso em comento, Fátima (30
anos de idade) e Ronaldo (35 anos de idade), por não preencherem os citados requisitos,
não são dependentes previdenciários um do outro.
Certo.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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Conforme determina o art. 16, II da Lei n. 8.213/1991, os pais são dependentes do segurado
do RGPS, independentemente da idade.
Letra e.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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No caso em comento, Fabiana, por ser cônjuge, é dependente do João. Da mesma forma,
Marcos e Felipe são dependentes do João. Marcos é dependente por ser filho, não emancipado,
menor de 21 anos de idade. Felipe é dependente por ser filho na condição de pessoa com
deficiência grave, uma vez que a deficiência existe desde que Felipe é criança, ou seja, antes
de uma eventual perda da qualidade de dependente. Todos são dependentes preferenciais
de João, ou seja, dependentes da classe I, cuja dependência econômica é presumida.
Letra d.
O enteado, desde que comprove dependência econômica, é dependente para fins do RGPS.
Certo.
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Perfeita a afirmativa! Em face dos julgamentos da ADI 4277 e da ADPF 132, o Supremo
Tribunal Federal equiparou a união homoafetiva à união estável, de modo que devem ser
estendidos àqueles todos os benefícios concedidos a estes, desde que preenchidos os
demais requisitos legais para a sua concessão.
Certo.
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Benefícios do RGPS – Parte Geral
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O menor tutelado e o enteado são equiparados a filhos, sendo, por consequência, dependentes
da classe I (dependentes preferenciais). Apesar de serem dependentes da classe I, a
dependência econômica deles não é presumida, devendo ser devidamente comprovada.
Letra e.
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O menor tutelado e o enteado são equiparados a filhos, sendo, por consequência, dependentes
da classe I (dependentes preferenciais). Apesar de serem dependentes da classe I, a
dependência econômica deles não é presumida, devendo ser devidamente comprovada.
Todas as demais afirmativas elencam situações de dependente da classe I, cuja dependência
econômica é presumida, não devendo, por consequência, ser comprovada.
Letra c.
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O menor tutelado e o enteado são equiparados a filhos, sendo, por consequência, dependentes
da classe I (dependentes preferenciais). Apesar de serem dependentes da classe I, a
dependência econômica deles não é presumida, devendo ser devidamente comprovada.
Portanto, o enteado só é dependente do segurado do RGPS, caso comprove a dependência
econômica. Todas as demais afirmativas elencam situações de dependentes do segurado
do RGPS.
Letra e.
Perfeita a afirmativa! Uma das regras aplicáveis aos dependentes do RGPS é que a existência
de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os das classes
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Manuela, por ser dona de casa, contribui para a previdência social na qualidade de segurada
facultativa. Dessa forma, o segurado facultativo mantém a sua qualidade de segurado,
independentemente de contribuições, até 6 meses após a cessação das suas contribuições.
Letra a.
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Maria, por deixar de contribuir, mantém a sua qualidade de segurado por 12 meses.
Entretanto, uma vez que já verteu mais de 120 contribuições mensais, sem interrupção
que acarretasse a perda da sua qualidade, mantém a qualidade por mais 12 meses. Dessa
forma, Maria mantém a sua qualidade de segurada pelo período de 24 meses. Repare que
a banca examinadora não mencionou que Maria teve o desemprego registrado no órgão
próprio do MTE. Caso tivesse esse registro, por exemplo, inscrição cadastral no SINE, faria
jus a mais 12 meses de período de graça.
Letra a.
O período de graça de “A’ de 12 meses é contado a partir de fevereiro de 2021. Dessa forma,
os 12 meses findam em janeiro de 2022. Entretanto, a perda da qualidade apenas ocorre
no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual relativa ao
mês imediatamente posterior ao término do prazo (fevereiro de 2022), ou seja, a perda
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da qualidade apenas ocorre no dia 16 de março de 2022. Dessa forma, “A” mantém a sua
qualidade até o dia 15/03/2022.
Letra d.
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b) Errada. O segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência
social mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 12 meses
após cessar as contribuições.
c) Errada. O segurado acometido de doença de segregação compulsória mantém a sua
qualidade, independentemente de contribuições, por até 12 meses após cessar a segregação.
d) Errada. O segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade, independentemente de
contribuições, por até 12 meses após o livramento.
e) Errada. O segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar mantém a
sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3 meses após o licenciamento.
Letra a.
A questão foi anulada pela banca preparatória, tendo em vista que não está explícito na
questão que o segurado é um segurado obrigatório do RGPS. Entretanto, essa é uma ótima
questão para ser estudada! Partindo do pressuposto que estamos diante da situação
de um segurado obrigatório do RGPS, este, tendo em vista não contribuir por não mais
exercer uma atividade remunerada, possui 12 meses de período de graça. Além disso, após
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O segurado que está em gozo de benefício por incapacidade mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, sem limite de prazo, exceto o auxílio-acidente.
b) Errada. O segurado que está em gozo de benefício por incapacidade mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, sem limite de prazo, exceto o auxílio-acidente.
c) Errada. Não existe período de graça de até 48 meses. Desnecessário algum comentário.
d) Errada. Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 6 meses.
e) Errada. Após o livramento, o segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 12 meses.
Letra a.
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As afirmativas II, III e IV são prefeitas! Entretanto, a afirmativa I está incorreta, tendo em vista
que, após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3 meses.
Letra e.
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Nessa situação, o segurado terá 36 meses de período de graça (12 meses por não mais
contribuir, por não mais exercer uma atividade remunerada, cumulado com 12 meses por
ter mais de 120 contribuições mensais, sem interrupção que acarrete a perda da qualidade
de segurado, cumulado com 12 meses do desemprego devidamente registrado no órgão
próprio do MTE).
a) Errada. O segurado que está em gozo de benefício mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, sem limite de prazo, exceto o axuílio-acidente.
b) Errada. Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 6 meses.
d) Errada. Após o livramento, o segurado detido ou recluso mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 12 meses.
e) Errada. Após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar
serviço militar mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3
meses.
Letra c.
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Perfeita a afirmativa! O segurado que está em gozo de benefício mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, sem limite de prazo, exceto o auxílio-acidente.
b) Errada. Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 6 meses.
c) Errada. Após cessar as contribuições, o segurado facultativo mantém a sua qualidade,
independentemente de contribuições, por até 6 meses.
d) Errada. Após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar
serviço militar mantém a sua qualidade independentemente de contribuições, por até 3 meses.
e) Errada. Após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar mantém a sua qualidade, independentemente de contribuições, por até 3 meses.
Letra a.
Perfeita a afirmativa, sendo uma ótima questão para se estudar quando ocorre a perda
da qualidade de segurado! É importante frisar que a perda da qualidade não ocorre no dia
seguinte ao fim do prazo, pois o termo final ocorre no dia seguinte ao do vencimento da
contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término
do prazo, ou seja, no caso em comento, no dia seguinte ao do vencimento da contribuição
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No caso em comento, Maria possui 24 meses de período de graça. Maria possui 12 meses
de período de graça, tendo em vista não contribuir por não mais exercer uma atividade
remunerada. Além disso, Maria faz jus a dilação de mais 12 meses de período de graça,
tendo em vista que esta possui mais de 120 contribuições mensais, ininterruptamente.
Dessa forma, uma vez que Maria possui 24 meses de período de graça, em março de 2013,
Maria ainda mantinha a sua qualidade de segurada.
Certo.
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A aposentadoria especial exige uma carência de 180 contribuições mensais para a sua
concessão.
a) Errada. O auxílio-reclusão exige uma carência de 24 contribuições mensais para a sua
concessão.
b) Errada. O salário-maternidade da trabalhadora avulsa independe de carência para a sua
concessão.
d) Errada. A pensão por morte independe de carência para a sua concessão.
e) Errada. O auxílio-acidente independe de carência para a sua concessão.
Letra c.
Perfeita a afirmativa! O conceito de carência para o segurado especial não são contribuições
mensais vertidas para o sistema, mas o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade
rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão
do benefício requerido. Dessa forma, o segurado especial terá direito a aposentadoria por
idade do trabalhador rural, desde que, além do cumprimento do requisito etário, comprove
o exercício da atividade rural pelo período de, no mínimo, 180 meses, que é o número de
meses exigidos para a carência do benefício.
Certo.
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independe de carência, entre os quais se inclui a situação na qual o segurado venha a ser
vítima de moléstia profissional ou do trabalho.
Em que pese, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), não existir
mais a aposentadoria por idade, salvo no caso da pessoa com deficiência e a aposentadoria
por idade do trabalhador rural, é possível aproveitar essa questão. Basta entender como se
a banca preparatória questionasse a carência das aposentadorias programáveis, as quais
exigem a carência de 180 contribuições mensais.
Letra e.
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Nem todos os benefícios do RGPS são calculados com base no salário de benefício. No caso
do salário-maternidade, a título de exemplo, para os segurados(as) empregados(as), a renda
mensal do benefício é a remuneração integral do beneficiário.
Errado.
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