Memórias de Martha 2

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Memórias de

Martha

Júlia Lopes de Almeida


A autora
Júlia Lopes de Almeida

Considerada uma escritora com ideias


avançadas para a sua época, defendia a abolição da
escravatura, a república, o divórcio, a educação
formal de mulheres e os direitos civis.

Júlia Lopes de Almeida é associada ao realismo /


naturalismo.

Escreveu para periódicos, realizou palestras,


escreveu romances, contos, crônicas, texto teatral.
Júlia Lopes de Almeida
Filha de portugueses
ricos e cultos, nasceu
1862 em 24 de setembro,
Mudou-se para no Rio de Janeiro.
Portugal e publicou o
primeiro livro – 1886
Contos infantis. Casou-se com o poeta
português Filinto de
1887 Almeida.
Publicou Traços e
De volta ao Brasil, iluminuras.
publicou Memórias de 1899
Martha.
Faleceu no Rio de
1934 Janeiro, vítima de
malária.
A autora e a ABL Desenho de uma pessoa

Descrição gerada automaticamente com confiança média

● Júlia Lopes de Almeida integrava o grupo de escritores e


intelectuais que planejou a criação da Academia Brasileira de
Letras. Seu nome constava da primeira lista dos 40 "imortais"
que fundariam a entidade, elaborada por Lúcio de Mendonça.

● Na primeira reunião da ABL, porém, seu nome foi excluído. Os


fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente
masculina, da mesma forma que a Academia Francesa, que
lhes servia de modelo. No lugar de Júlia Lopes entrou
justamente o seu marido, Filinto de Almeida, que chegou a ser
chamado de "acadêmico consorte".

Júlia Lopes de Almeida, em caricatura


de Raul Filinto de Almeida
"A mulher brasileira conhece que pode querer mais, do que até aqui tem
querido; que pode fazer mais, do que até aqui tem feito. Precisamos
compreender antes de tudo e afirmar aos outros, atados por
preconceitos e que julgam toda a liberdade de ação prejudicial à mulher
na família, principalmente dela, que necessitamos de desenvolvimento
intelectual e do apoio seguro de uma educação bem feita."
- Júlia Lopes de Almeida, em “A viúva Simões” 1ª ed., 1897, p. 3.
A obra
“Memórias de Martha. Com este título, que é dos que dão mais do que prometem,
escreveu a Exma. Sra. D. Julia Lopes de Almeida uma extensa novela em que uma
mulher infeliz conta as suas memórias, narrando os vários acidentes de uma
vida de trabalhos e sofrimentos, desde sua mais tenra idade. É uma história
singela, comovedora e casta, e que pela sua própria verossimilhança e
simplicidade interessa vivamente o leitor.” ─ apresentação do folhetim aos
leitores do jornal “Tribuna Liberal” Rio de Janeiro, dezembro de 1888.
Martha Estudo como meio para
ascensão social
Narração em 1ª pessoa
Enredo
O encantamento e a
Falecimento do pai
desilusão do primeiro amor

Mãe - resignação, Sociedade machista e


dedicação patriarcal / Casamento: saída
para realização ou
sobrevivência

A vida no cortiço: a difícil


realidade dos menos
Final trágico
favorecidos
Personagens
importantes
Martha – mãe e filha Clara Sylvestre

Vizinha ilhoa
D. Anninha
Carolina, Maneco e Rita
Luiz

Lucinda (menina rica) Miranda


“Se é verdade que a história da literatura brasileira do século XIX foi escrita e
canonizada por homens, de maneira a tornar a expressão ‘homens de letras’
consagrada, é também verdade que esses forjaram um cânone literário nacional a
partir de um olhar masculinista, o qual excluiu reiteradamente as mulheres da
posição de produtoras de capital cultural nos processos de imaginação e
simbolização da identidade nacional brasileira, permitindo que, por muitas
décadas, a produção dessas mulheres fosse completamente apagada de nosso
patrimônio cultural, criando uma falsa visão, ou pelo menos uma visão parcial, de
nossa sociedade e de nosso sistema literário.”

Anselmo Peres Alós – Doutor em Literatura Comparada pela UFRGS

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