Fernando Poltronieri Versao Revisada

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1

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

Residual de herbicidas aplicados no manejo outonal de Conyza spp. sobre


a cultura da soja e do milho

Fernando Poltronieri

Dissertação apresentada para obtenção do título de


Mestre em Ciências. Área de concentração: Fitotecnia

Piracicaba
2021
1

Fernando Poltronieri
Engenheiro Agrônomo

Residual de herbicidas aplicados no manejo outonal de Conyza spp. sobre a cultura da


soja e do milho
versão revisada de acordo com a resolução CoPGr 6018 de 2011

Orientador:
Prof. Dr. RICARDO VICTORIA FILHO

Dissertação apresentada para obtenção do título de


Mestre em Ciências. Área de concentração: Fitotecnia

Piracicaba
2021
2

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


DIVISÃO DE BIBLIOTECA – DIBD/ESALQ/USP

Poltronieri, Fernando
Residual de herbicidas aplicados no manejo outonal de Conyza spp. sobre a cultura
da soja e do milho / Fernando Poltronieri. - - versão revisada de acordo com a resolução
CoPGr 6018 de 2011. - - Piracicaba, 2021.
66 p.

Dissertação (Mestrado) - - USP / Escola Superior de Agricultura “Luiz de


Queiroz”.

1. Herbicidas com atividade residual 2. Buva 3. Glycine max L 4. Zea mays L I.


Título
3

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Arcélio Poltronieri e Terezinha Beatriz Poltronieri, dedico.


4

AGRADECIMENTOS

À minha família, meus pais Arcélio Poltronieri e Terezinha Beatriz Poltronieri que
sempre me apoiaram durante o período de graduação e me incentivaram na busca pelo
crescimento pessoal e intelectual.
À Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” (ESALQ), Universidade de São
Paulo (USP) e aos professores, técnicos e funcionários que me auxiliaram durante a pós-
graduação, na execução deste trabalho.
Aos membros do grupo de pesquisa e extensão PRO-HORT pelo apoio nas
atividades correspondentes a este trabalho.
Ao Prof. Dr. Ricardo Victoria Filho, pelas orientações e ensinamentos passados.
Ao Dr, Sidnei Douglas Cavalieri e a Dra. Fernanda Satie Ikeda pelas orientações e
pelos incentivos que me deram com relação a minha carreira acadêmica.
Aos pós-graduandos Luís Rodolfo Rodrigues e Beatriz Ribeiro da Cunha pela ajuda
na condução dos trabalhos.
À CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela
concessão da bolsa.
5

SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................... 6
ABSTRACT ............................................................................................................................... 7
1. RESIDUAL DE HERBICIDAS APLICADOS NO MANEJO OUTONAL DE Conyza
spp. SOBRE A CULTURA DA SOJA....................................................................................... 9
RESUMO ................................................................................................................................ 9
ABSTRACT ............................................................................................................................ 9
1.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 10
1.2 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 12
1.3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................. 15
1.4 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 24
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 24
2. RESIDUAI DE HERBICIDAS APLICADOS NO MANEJO OUTONAL DE Conyza
spp. SOBRE A CULTURA DO MILHO ................................................................................. 33
RESUMO .............................................................................................................................. 33
ABSTRACT .......................................................................................................................... 33
2.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 34
2.2 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 36
2.3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................. 40
2.4 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 53
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 53
6

RESUMO

Residual de herbicidas aplicados no manejo outonal de Conyza spp. sobre a cultura da


soja e do milho
Dentre as principais plantas daninhas problemáticas nos sistemas de produção agrícola
no Brasil e no mundo, encontram-se as espécies de buva (Conyza spp.), em decorrência de
diversos relatos de biótipos com resistência a vários herbicidas de diferentes mecanismos de
ação, além de tolerarem condições climáticas adversas e se adaptarem a sistemas de cultivo
mínimo. Nas Regiões Centro-Sul e Sul do país, plantas de buva conseguem se desenvolver no
período de entressafra (Julho a Outubro) e, no momento de dessecação de pré-semeadura da
cultura subsequente, se tornam um problema para o agricultor, devido à eficácia de alguns
herbicidas ser dependente da densidade e do estádio de desenvolvimento das plantas. Uma das
ferramentas para manejar plantas de buva no período de entressafra é a utilização de
herbicidas com atividade residual no solo no manejo outonal, contudo, algumas moléculas
não são seletivas para a cultura do milho e da soja. Assim, objetivou-se avaliar o efeito de
herbicidas residuais aplicados no manejo outonal de buva sobre a cultura da soja e do milho
em solos com texturas contrastantes. Foram conduzidos quatro ensaios, dois em solo com
textura argilosa e dois em solo com textura franco-arenosa, com o delineamento em blocos
casualizados e quatro repetições. Para a cultura da soja, os tratamentos constituíram-se da
aplicação do herbicida amicarbazone (420 g ha-1), isoxaflutole (50 g ha-1), metsulfurom-
methyl (3,6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1) e uma testemunha (sem aplicação de herbicida) e,
para a cultura do milho, os tratamentos constituíram-se da aplicação do herbicida
metsulfurom-methyl (3,6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1), diclosulam (33 g ha-1), chlorimuron-
ethyl (20 g ha-1), imazethapyr (100 g ha-1), flumioxazin (125 g ha-1) e uma testemunha (sem
aplicação de herbicida). A semeadura do cultivar de soja Monsoy 5917 IPRO e do hibrido de
milho cv. Syngenta Feroz Viptera® 3 ocorreu aos 90 dias após a aplicação dos herbicidas
residuais. Os herbicidas causaram sintomas leves de intoxicação na cultura da soja e do milho
nos estádios fenológicos iniciais, com total recuperação das plantas ao longo do
desenvolvimento vegetativo, sem efeito sobre o rendimento de grãos e demais variáveis. Para
ambas as culturas, não houve interação entre a textura do solo e o efeito de resíduos dos
herbicidas testados, embora a cultura do milho tenha apresentado menor estande e maior
intoxicação quando cultivada em solo com textura argilosa e menor altura de inserção da
espiga, número de espiga por planta, grãos por fileira e maior massa de 100 grãos quando
cultivada em solo com textura franco-arenosa, independentemente do herbicida utilizado.
Conclui-se que uma precipitação acumulada de 300 mm e um intervalo de 90 dias da
aplicação de amicarbazone, isoxaflutole, metsulfurom-methyl e metribuzin sobre a cultura da
soja e do metsulfurom-methyl, metribuzin, diclosulam, chlorimuron-ethyl, imazethapyr,
flumioxazin sobre a cultura do milho causa apenas sintomas leves de intoxicação, sem
interferir no rendimento de grãos.

Palavras-chave: Glycine max L., Zea mays L., Buva, Resíduo


7

ABSTRACT

Residue of herbicides applied in autumn management of Conyza spp. on the cultivation


of soybeans and corn

Among the main problematic weeds in agricultural production systems in Brazil and
in the world, there are the species of horseweed (Conyza spp.), as a result of several reports of
biotypes with resistance to several herbicides of different mechanisms of action, in addition to
tolerate adverse climatic conditions and adapt to minimal cropping systems. In the Center-
South and South regions of the country, horseweed plants are able to develop in the off-
season period (July to October) and, at the time of pre-sowing desiccation of the subsequent
crop, they become a problem for the farmer, due to their efficiency. of some herbicides to be
dependent on plant density and developmental stage. One of the tools to manage horseweed
plants in the off-season is the use of herbicides with residual activity in the soil in autumn
management, however, some molecules are not selective for the cultivation of corn and
soybean. Thus, the objective was to evaluate the effect of residual herbicides applied in
autumn management of horseweed on soybean and corn crops in soils with contrasting
textures. Four trials were carried out, two in clayey soil and two in sandy loam soil, with a
randomized block design and four replications. For soybean crop, the treatments consisted of
the application of the herbicide amicarbazone (420 g ha-1), isoxaflutole (50 g ha-1),
metsulfuron-methyl (3.6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1) and a control (without herbicide
application) and, for the corn crop, the treatments consisted of the application of the herbicide
metsulfuron-methyl (3.6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1), diclosulam (33 g ha-1), chlorimuron-
ethyl (20 g ha-1), imazethapyr (100 g ha-1), flumioxazin (125 g ha-1) and a control (without
herbicide application). The sowing of the soybean cultivar Monsoy 5917 IPRO and the corn
hybrid cv. Syngenta Feroz Viptera® 3 occurred 90 days after the application of residual
herbicides. The herbicides caused mild symptoms of intoxication in soybean and corn crops in
the early phenological stages, with full recovery of plants throughout vegetative development,
with no effect on grain yield and other variables. For both crops, there was no interaction
between soil texture and the effect of residues of the tested herbicides, although the corn crop
has shown lower stand and greater intoxication when grown in soil with clayey texture and
lower ear insertion height, number of ear per plant, grains per row and greater mass of 100
grains when grown in soil with loam texture. sandy, regardless of the herbicide used. It is
concluded that an accumulated precipitation of 300 mm and an interval of 90 days of
application of amicarbazone, isoxaflutole, metsulfuron-methyl and metribuzin on soybean
crops and metsulfuron-methyl, metribuzin, diclosulam, chlorimuron-ethyl, imazethapyr,
flumioxazin on the corn crop, it only causes mild symptoms of intoxication, without
interfering with the grain yield. fleabane

Palavras-chave: Glycine max L., Zea mays L., Fleabane, Residue


8
9

1. RESIDUAL DE HERBICIDAS APLICADOS NO MANEJO OUTONAL DE


Conyza spp. SOBRE A CULTURA DA SOJA

RESUMO
Espécies de buva estão entre as principais plantas daninhas nos sistemas de produção
agrícola no Brasil e no mundo, em decorrência da seleção de muitos de seus biótipos
resistentes a vários herbicidas de diferentes mecanismos de ação, tolerarem condições
climáticas adversas e se adaptarem a sistemas de cultivo mínimo. Nas Regiões Centro Sul e
Sul do país, plantas de buva se desenvolvem no período de entressafra (Julho a Outubro) e, no
momento da dessecação de pré-semeadura da cultura subsequente, se tornam um problema
para o agricultor, devido à eficácia de alguns herbicidas ser dependente da densidade e do
estádio de desenvolvimento das plantas. Uma das ferramentas para manejar plantas de buva
no período de entressafra é a utilização de herbicidas com atividade residual no solo, contudo,
algumas moléculas não são seletivas à cultura da soja. Assim, objetivou-se avaliar o efeito de
herbicidas residuais aplicados no manejo outonal de buva sobre a cultura da soja em solos
com texturas contrastantes. Dois ensaios foram conduzidos, um em solo com textura argilosa
e outro em solo com textura franco-arenosa, com o delineamento em blocos casualizados e
quatro repetições. Os tratamentos constituíram-se da aplicação dos herbicidas amicarbazone
(420 g ha-1), isoxaflutole (50 g ha-1), metsulfurom-methyl (3,6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1)
e uma testemunha (sem aplicação de herbicida). A semeadura do cultivar de soja Monsoy
5917 IPRO ocorreu aos 90 dias após a aplicação dos herbicidas residuais. Os herbicidas
causaram sintomas muito leves de intoxicação na cultura da soja nos estádios fenológicos
iniciais, com total recuperação das plantas ao longo do desenvolvimento vegetativo, sem
efeito sobre o rendimento de grãos e demais variáveis. Não houve diferença entre as texturas
do solo. Conclui-se que com uma precipitação acumulada de 300 m e um intervalo de 90 dias
entre a aplicação de amicarbazone, isoxaflutole, metsulfurom-methyl e metribuzin e a
semeadura da cultura da soja causa apenas sintomas muito leves de intoxicação, sem interferir
no rendimento de grãos.

Palavras-chave: Glycine max L., Buva, Resíduo

ABSTRACT
Horseweed species are among the main weeds in agricultural production systems in
Brazil and in the world, as a result of the selection of many of their biotypes resistant to
various herbicides with different mechanisms of action, tolerate adverse climatic conditions
and adapt to cropping systems Minimum. In the Center-South and South regions of the
country, horseweed plants develop in the off-season period (July to October) and, at the time
of pre-sowing desiccation of the subsequent crop, they become a problem for the farmer, due
to the effectiveness of some herbicides are dependent on plant density and developmental
stage. One of the tools to manage horseweed plants in the off-season is the use of herbicides
with residual activity in the soil, however, some molecules are not selective for the soybean
crop. Thus, the objective was to evaluate the effect of residual herbicides applied in autumn
management of horseweed on soybean crop in soils with contrasting textures. Two trials were
carried out, one in clayey textured soil and the other in sandy loam soil, with a randomized
block design and four replications. The treatments consisted of the application of the
herbicides amicarbazone (420 g ha-1), isoxaflutole (50 g ha-1), metsulfuron-methyl (3.6 g ha-
10

1
), metribuzin (480 g ha-1) and one witness (no herbicide application). Sowing of the soybean
cultivar Monsoy 5917 IPRO occurred 90 days after the application of residual herbicides. The
herbicides caused very mild symptoms of intoxication in soybean crop in the early
phenological stages, with full plant recovery throughout vegetative development, with no
effect on grain yield and other variables. There was no difference between soil textures. It is
concluded that with an accumulated precipitation of 300 m and an interval of 90 days between
the application of amicarbazone, isoxaflutole, metsulfuron-methyl and metribuzin and the
sowing of the soybean crop causes only very mild symptoms of intoxication, without
interfering with the grain yield.

Keywords: Glycine max L., Fleabane, Residue

1.1 INTRODUÇÃO

Dentre as diversas espécies de plantas daninhas que ocorrem em sistemas agrícolas, as


espécies do gênero Conyza têm grande importância, como Conyza bonariensis, Conyza
canadensis e Conyza sumatrensis (THEBUAD & ABBOTT, 1995) Isso se deve às
características de agressividade dessas espécies, como produção de grande quantidade de
sementes que são dispersadas pelo vento (BHOWMIK & BEKECH, 1993), adaptação a
sistemas conservacionistas (ANDERSEN, 1993; VIDAL et al., 2007), tolerância ao déficit
hídrico (SANTOS et al., 2013) e, principalmente, por apresentarem biótipos com diversos
casos de resistência no mundo (HEAP, 2019abc).

No Brasil, há registros de resistência de biótipos de C. bonariensis e C. canadenses ao


herbicida glyphosate (HEAP, 2019ab) e C. sumatrensis é a espécie com o maior número de
casos de resistência, com biótipos que apresentam casos de resistência isolada aos herbicidas
glyphosate, chlorimuron-ethyl, paraquat, saflufenacil e biótipos que apresentam resistência
múltipla aos herbicidas chlorimuron-ethyl e glyphosate; chlorimuron-ethyl, glyphosate e ao
paraquat e, em 2017, houve relato de biótipo com resistência aos herbicidas 2,4-D, diuron,
glyphosate, paraquat e saflufenacil (HEAP, 2019c).

Outro problema relacionado às espécies de buva, além da resistência, é que a eficácia


de controle de herbicidas com ação em pós-emergência é dependente do estádio de
desenvolvimento das plantas, que varia conforme o herbicida, podendo ser aplicado com
tamanho máximo de 16 a 20 cm quando se trata do glyphosate (BLAINSKI et al., 2009). Com
isso, as espécies de buva, por germinarem em temperaturas mais amenas e tolerarem baixa
disponibilidade de água, germinam e se desenvolvem no período de entressafra (Julho a
Outubro) em algumas regiões e, no momento de dessecação de pré-semeadura da cultura de
11

verão, as plantas encontram-se num tamanho maior que o ideal para um controle satisfatório
(CONSTANTIN et al., 2013).

Uma das alternativas para o manejo de espécies de buva na entressafra, visando


diminuir a densidade populacional, bem como suprimir o crescimento das plantas que
germinam nesse período, é a utilização de herbicidas com atividade residual no solo, como é o
caso do herbicida amicarbazone, isoxaflutole, metribuzin e metsulfurom-methyl, conforme
demonstra estudo realizado por Oliveira Neto (2011) e Oliveira Neto et al. (2019).

O amicarbazone, pertencente ao grupo químico das triazolinonas, e o metribuzin, do


grupo químico das triazinonas, têm o mesmo mecanismo de ação (HRAC, 2020). Ambos
inibem o transporte de elétrons no fotossistema II (BALKE, 1985); tendo, como
consequência, a paralisação da fixação de CO2 e a produção de ATP e NADPH2; contudo, a
morte das plantas ocorre, principalmente, pelo processo de peroxidação de lipídeos,
ocasionada pelo excesso de clorofila triplet (DAN HESS, 1994).

Pertencente ao grupo químico dos isoxazoles, o isoxaflutole tem como mecanismo de


ação a inibição da enzima 4-hidroxifenil-piruvato-dioxigenase, conhecida como HPPD,
responsável pela conversão do 4-hidroxifenil-piruvato a homogentisato na rota de síntese de
carotenos (HRAC, 2020). É absorvido, predominantemente, pelas raízes, colo e meristema
apical das plântulas e transloca-se pelo xilema (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018).

O metsulfurom-methyl, herbicida do grupo químico das sulfoniluréias, atua nas plantas


inibindo a enzima acetolactato sintase (ALS), que é chave na rota de síntese dos aminoácidos
valina, leucina e isoleucina (BEYER et al., 1988; BLAIR, 1988; SCHLOSS, 1990; DURNER
et al., 1991; STIDHAM, 1991). Nas plantas, é absorvido pelas folhas e raízes, transloca-se
tanto pelo xilema quanto pelo floema e acumula-se nos meristemas da planta (RODRIGUES
& ALMEIDA, 2018; UC IPM, 2020c)

Contudo, esses herbicidas apresentam um potencial de causar fitotoxicidade a


determinadas culturas implantadas pós-período de entressafra, como é o caso da cultura da
soja, conforme observaram Alonso et al., (2011, 2013) em estudo com intervalos entre a
aplicação desses herbicidas e a semeadura da cultura da soja em casa de vegetação. No
entanto, devido à dinâmica de um herbicida ser influenciada pelas condições edafoclimáticas,
há uma lacuna de informações quanto à dinâmica desses herbicidas residuais utilizados no
manejo de buva no período de entressafra em condições de campo sobre a cultura da soja.
12

Portanto, objetivou-se com este trabalho avaliar o residual de herbicidas aplicados no manejo
outonal de buva sobre a cultura da soja em solos com texturas contrastantes.

1.2 MATERIAL E MÉTODOS

Foram conduzidos dois ensaios na área experimental do Departamento de Produção


Vegetal da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, ESALQ-USP, situada no
município de Piracicaba-SP, Brasil, no período de 20 agosto de 2019 a 10 março de 2020. O
clima da região é classificado, segundo Koppen-Geiger, como Cwa, sendo, relativamente seco
no inverno, com chuvas no verão. As precipitações pluviais e as temperaturas ocorridas
durante todo o estudo são descritas na Figura 1.1.

60 120
Temp. Méd. (°C)
Temp. Máx. (°C)
Temp. Min. (°C)
50 100
Precipitação (mm dia-1)

40 80

recipitação (mm dia-1)


Temperatura (°C)

30 60

20 40

10 20

0 0
set out nov dez jan fev mar

Período

Figura 1.1: Temperatura média, máxima e mínima (°C) e pluviosidade ocorrida no período
entre 20/08/2019 a 10/03/2020. Fonte: Base de dados da Estação Meteorológica Automática -
LEB - ESALQ - USP - Piracicaba, São Paulo, Brasil.

Os ensaios foram implantados em áreas com solos com texturas contrastantes. Um


ensaio instalado em um solo com textura franco-arenosa (Área I: areia: 79,9 %; silte: 2,7 %;
argila: 17,4 %), com as seguintes características químicas na profundidade de 0 a 0,2 m: pH
em CaCl2: 4,9; Ca: 1,6 cmolc dm-3; Mg: 0,7 cmolc dm-3; Al: 0,0 cmolc dm-3; H+Al: 2,2 cmolc
13

dm-3; K (resina): 0,21 cmolc dm-3; P (resina): 7 mg dm-3; CTC: 4,71 cmolc dm-3; MO: 1,9 %, e
outro ensaio foi instalado em um solo com textura argilosa (Área II: areia: 42,6 %; silte: 4,7
%; argila: 52,7 %), com as seguintes características químicas na profundidade de 0 a 0,2 m:
pH em CaCl2: 5,7; Ca: 2,1 cmolc dm-3; Mg: 1,2 cmolc dm-3; Al: 0,0 cmolc dm-3; H+Al: 1,2
cmolc dm-3; K (resina): 0,33 cmolc dm-3; P (resina): 25 mg dm-3; CTC: 4,53 cmolc dm-3; MO:
1,6 %. As amostragens para caracterização física e química das áreas ocorreram em 15 de
agosto de 2019.

Ambas as áreas se encontravam em pousio com resíduos vegetais de milho (Zea


mays L.) cultivado na safra anterior (primavera-verão) e de plantas daninhas. Antes da
aplicação dos herbicidas residuais, foi realizada a estimativa da quantidade de palhada
presente em cada ensaio, utilizando-se uma armação em madeira de 0,25 m2, a qual foi
lançada aleatoriamente 6 vezes em cada área e toda palhada presente na área de 0,25 m 2 foi
coletada e armazenada em sacos de papel. Em seguida, foram colocadas em estufa de
circulação de ar forçada a 65 ºC até atingir massa constante. Área I possuía 1.669,57 Kg ha-1
de matéria seca de palhada e a Área II 2.522,87 Kg ha-1.

O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. Os


tratamentos herbicidas estudados foram: amicarbazone (420 g ha-1), isoxaflutole (50 g ha-1),
metsulfurom-methyl (3,6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1) e uma testemunha (sem aplicação de
herbicida). Esses tratamentos (herbicidas residuais), bem como suas respectivas doses, foram
selecionados a partir de estudos realizados por Oliveira Neto (2011, 2019) e Alonso (2011,
2013).

As parcelas foram constituídas por sete linhas de semeadura de soja no espaçamento


de 0,45 m entre linhas e 6 m de comprimento. A área útil da parcela constituiu-se de 5,4 m²,
sendo consideradas apenas as três linhas centrais da cultura, desconsiderando-se 1 m de cada
extremidade da parcela.

Quatro dias antes da instalação dos ensaios, as duas áreas foram roçadas a 0,1 m do
nível do solo e, em seguida, delimitou-se as unidades experimentais e, em 20 de agosto de
2019, foi realizada a aplicação dos tratamentos com auxílio de um pulverizador costal
pressurizado com CO2, munido de barra contendo seis pontas de pulverização do tipo leque
XR 110.02, com espaçamento entre bicos de 0,5 m, posicionadas a 0,5 m da superfície do
solo e o volume de aplicação foi de 200 L ha-1. Entre os dias 20 de agosto (aplicação dos
tratamentos) a 18 de novembro de 2019 (semeadura da cultura da soja), foram realizadas
aplicações do herbicida glyphosate (1.080 g e.a. ha-1) nas parcelas para o controle dos rebrotes
14

e dos novos fluxos de emergência de plantas daninhas.

A semeadura do cultivar de soja Monsoy 5917 IPRO ocorreu de forma mecanizada no


dia 18 de novembro de 2019, no espaçamento de 0,45 m entre linhas com ajuste para se obter
uma população final de 250 mil plantas ha-1. A adubação de semeadura foi realizada com 250
kg ha-1 do formulado 04-20-20 no sulco de semeadura. As sementes foram tratadas com o
fungicida piraclostrobina + tiofanato metílico (0,025 + 0,225 g kg-1 de semente) e com o
inseticida fipronil (0,250 g kg-1 de semente). Além do tratamento das sementes, realizou-se a
inoculação com bactérias fixadores de nitrogênio (Bradyrhizobium 7 x 109 UFC mL-1) em
formulação líquida, na dose de 7 mL kg-1 de sementes. Durante todo o ciclo da cultura, o
controle das plantas daninhas foi realizado com capina manual, e os demais tratos culturais
foram realizados conforme recomendações técnicas da Embrapa (2013).

Aos quatorze dias após a semeadura (DAS) foi realizada a avaliação de estande, por
meio da contagem do número de plantas emergidas em duas linhas de dois metros cada,
totalizando quatro metros, na área útil da parcela. As avaliações de fitointoxicação foram
realizadas aos 14, 21, 28 e 35 dias após a semeadura (DAS), por meio de notas visuais de 0 a
100 %, onde 0 (zero) representou a ausência de injúrias e 100 (cem) a morte das plantas, de
acordo com a escala adaptada da SBCPD (Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas
Daninhas – SBCPD, 1995), apresentada na Tabela 1.1.

Por ocasião da colheita, ocorrida em 10 de março de 2020 (114 DAS), foi realizado
novamente o levantamento do estande em duas linhas de dois metros cada, assim como a
mensuração da altura de dez plantas escolhidas aleatoriamente na área útil da parcela (nível
do solo até a inserção da última vagem) e, posteriormente, foram coletadas dez plantas por
parcela de forma aleatória para posterior avaliação do número de nós e de vagens por planta e
número de grãos por vagem. Para a estimativa da massa de 100 grãos e da produtividade,
foram colhidas todas as plantas presentes em 8 m de linha de semeadura na área útil da
parcela, tanto a produtividade quanto a massa de 100 grãos foram corrigidas para a umidade
de 13 %, conforme Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009).

Os resultados de cada ensaio foram submetidos à análise de variância, pelo teste F (p <
0,05). Então, para as variáveis que a diferença dos quadrados médios dos resíduos dos ensaios
foi menor que sete, foi realizada a análise conjunta dos ensaios, conforme Pimentel-Gomes &
Garcia (2002). Quando os fatores foram significativos, as médias foram comparadas pelo teste
de Tukey (1949) (p < 0,05). As nédias contidas nas tabelas referem-se aos dados originais,
sendo os dados transformados, quando necessário, somente utilizados para realização da
15

análise de variância e comparação de médias. As análises foram realizadas com auxílio do


programa estatístico SAS/STAT v. 9.1 (p<0,05).

Tabela 1.1: Escala de notas utilizada para avaliação visual de fitotoxicidade de herbicidas com
atividade residual aplicados no manejo outonal de Conyza spp. (buva) sobre a cultura da soja.
Adaptada de SBCPD (1995).
Nota
Conceito Observação
(%)
Sintomas fracos ou pouco evidentes. Nota zero quando não se observam
Muito leve 0-5
quaisquer alterações na cultura.
Leve 6 - 10 Sintomas nítidos de baixa intensidade.
Moderada 11 - 20 Sintomas nítidos mais intensos que na classe anterior.
Aceitável 21 - 35 Sintomas pronunciados, porém, totalmente tolerados pela cultura.
Sintomas mais drásticos que na categoria anterior, mas ainda passíveis de
Preocupante 36 - 45
recuperação, e sem expectativas de redução no rendimento econômico.
Alta 46 - 60 Danos irreversíveis com previsão de redução no rendimento econômico.
Danos irreversíveis muito severos com previsão de redução drástica no
Muito alta 61 - 100
rendimento econômico. Nota 100 para morte de toda a planta.

1.3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Aos 14 dias após a semeadura (DAS) não foi constatado efeito do residual dos
herbicidas sobre o estande da cultura da soja, tendo, como média geral, 12,69 plantas m-1, o
que totalizou 282 mil plantas ha-1 (Tabela 1.2). Essa população de plantas está dentro da faixa
recomendada para o cultivar Monsoy 5917 IPRO (MONSOY, 2020) para a região de
Piracicaba-SP. Com relação às avaliações de fitotoxicidade, constatou-se, nas duas primeiras
avaliações, realizadas aos 14 e 21 DAS, leves injúrias nas plantas sob exposição aos
herbicidas, sendo, ainda mais leves, com total recuperação das plantas, nas duas avaliações
seguintes, realizadas aos 28 e 35 DAS (Tabela 1.2).

Como sintomas, em espécies sensíveis, os herbicidas inibidores do fotossistema II


causam redução da taxa da fixação de CO2 poucas horas após o tratamento com o herbicida e
declina totalmente em 1 ou 2 dias, sem ocorrer recuperação; já, em espécies tolerantes, a taxa
de fixação não decai tão severamente a ponto de causar sintomas graves (OLIVEIRA
JUNIOR, 2011). Para os herbicidas que são aplicados na modalidade de pré-emergência,
como o amicarbazone e o metribuzin, o efeito herbicida só se inicia após a emergência, ou
seja, com o início da fotossíntese (UC IPM, 2020a). No caso de espécies de folhas largas, os
sintomas se expressam com clorose internerval e necrose nas margens das folhas, podendo
16

evoluir para o centro do limbo foliar (UC IPM, 2020a). Nesse caso, tanto para o amicarbazone
quanto para o metribuzin, os sintomas apresentados pelas plantas de soja que receberam esses
tratamentos foram muito leves, em que algumas poucas plantas apresentaram folhas com leve
clorose, sem, no entanto, resultar em necrose.

Em estudo realizado por Alonso et al. (2011) em casa de vegetação, utilizando-se um


solo de textura argilosa (72% de argila), pH H2O 5,6 e 0,84% de matéria orgânica e outro de
textura média (32% de argila), pH H2O 5,8 e 1,34% de matéria orgânica como substrato, com
uma lâmina de água acumulada de 262,5 mm, observaram, após 90 dias de aplicação de
amicarbazone (420 g ha-1), clorose internerval, seguida por necrose intensa nas folhas
unifolioladas de plântulas de soja do cultivar BMX Titan RR. Nesse mesmo estudo, o
metribuzin (480 g ha−1) reduziu a massa de matéria seca de plantas da cultura quando
semeada 90 dias após aplicação no solo argiloso.

Como resultado da paralização da síntese de carotenos ocasionada pelo isoxaflutole, os


sintomas, em espécies sensíveis, caracterizam-se pelo branqueamento das folhas
(RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). Já em espécies tolerantes, cerca de três a quatro
semanas após a exposição ao herbicida são suficientes para a recuperação total dos sintomas
(UC IPM, 2020b). Fato observado no presente estudo, pois apenas algumas poucas plantas
apresentaram sintomas de branqueamento; porém, considerados muito leves; sendo que,
poucas semanas após a emergência, as plantas se recuperaram completamente.

Como consequência de sua ação herbicida, o metsulfurom-methyl, inicialmente, causa


a paralisação do crescimento, desenvolvimento de clorose internerval e arroxeamento foliar e,
por fim, evolui para necrose dos meristemas, levando a planta à morte (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2018; UC IPM, 2020c). No presente estudo, os sintomas iniciais da cultura da
soja caracterizaram-se por leve clorose e redução do crescimento de algumas poucas plantas,
porém considerados muito leves, com total recuperação dessas ao decorrer do seu
crescimento. Guerra et al. (2020) também observaram, 30 dias após a emergência, sintomas
leves de intoxicação da cultura da soja quando semeada 17 a 75 dias após aplicação de
metsulfurom-methyl (1,98 e 3,96 g ha-1) na região de Campo Mourão-PR e Curitibanos-SC,
respectivamente.
17

Tabela 1.2: Estande (plantas m-1) aos 14 dias após a semeadura (DAS) e intoxicação de
plantas de soja cv. Monsoy 5917 IPRO aos 14, 21, 28 e 35 DAS, semeada aos 90 dias
(entressafra) da aplicação de herbicidas com atividade residual no manejo outonal de Conyza
spp. (buva). Piracicaba-SP, 2020.

Intoxicação
Estande - 14 DAS
Herbicida
(plantas m-1)
14 DAS 21 DAS 28 DAS 35 DAS

Isoxaflutole 12,13 5,92 5,08 4,24 4,19


Amicarbazone 12,69 5,22 5,49 3,73 3,94
Metribuzin 13,50 4,94 3,86 4,15 3,55
Metsulfurom-
12,94 5,40 4,39 4,85 5,15
methyl
Testemunha 12,19 - - - -
F Bloco 0,17ns 0,34ns 0,21ns 0,31ns 0,06ns
F Herbicida 0,57ns 0,89ns 0,58ns 0,69ns 0,38ns
F Textura 0,08ns 0,06ns 0,34ns 0,16ns 0,55ns
F Herbicida x Textura 0,20ns 0,78ns 0,81ns 0,30ns 0,43ns
CV (%) 7,75 24,33 26,98 21,92 21,65

DAS: dias após semeadura; CV: coeficiente de variação; ns não significativo pelo teste F (p > 0,05). Os dados de
estande e de intoxicação (14, 21, 28 e 35 DAS) foram transformados pela função √x.

Os baixos níveis de fitointoxicação observados nos estádios iniciais de crescimento da


cultura causados pelos herbicidas residuais se expressaram na ausência de interferência no
estande avaliado na colheita (plantas m-1), bem como na altura das plantas (m), nós planta-1,
vagens planta-1, grãos vagem-1, massa de 100 grãos (g) e no rendimento da cultura (Kg ha-1)
(Tabela 1.3).

Os resultados obtidos neste estudo mostram que um período de 90 dias de entressafra,


intervalo de tempo entre a aplicação dos herbicidas residuais e a semeadura da cultura da soja,
deve ter sido suficiente para a degradação dos herbicidas de modo que a concentração desses
no solo não chegasse a causar fitointoxicação severa, bem como a reduzir o rendimento da
cultura. Contudo, vários fatores podem interferir na degradação dos herbicidas no solo, os
quais podem levar a resultados diferentes dos obtidos neste estudo, como os obtidos por
Alonso (2011, 2013). Entre eles, pode-se citar as características físico-químicas do solo e do
herbicida, a atividade microbiana, a presença de palhada na superfície do solo, a temperatura
18

e a precipitação pluvial (RICE et al., 2004; STENRØD et al., 2006; BENDING &
RODRIGUEZ-CRUZ, 2007).

Tabela 1.3: Estande (plantas m-1), altura de plantas (m) e número de nós por planta na
colheita, número de vagens por planta, número de grãos por vagem, massa de 100 grãos (g) e
rendimento de soja cv. Monsoy 5917 IPRO (kg ha-1), semeada aos 90 dias (entressafra) da
aplicação de herbicidas com atividade residual no manejo outonal de Conyza spp. (buva).
Piracicaba-SP, 2020.

Estande Massa de
Altura Nós Vagens Grãos Rendimento
Herbicida colheita 100 grãos
(m) planta-1 planta-1 vagem-1 (kg ha-1)
(plantas m-1) (g)

Isoxaflutole 11,89 0,84 18,12 46,40 2,68 18,80 4.669,84


Amicarbazone 11,09 0,82 17,82 43,11 2,78 18,04 4.570,81
Metribuzin 11,39 0,85 17,99 45,80 2,96 18,84 4.992,64
Metsulfurom-
11,38 0,83 17,61 43,05 2,81 18,15 4.554,88
methyl
Testemunha 11,81 0,86 18,19 44,72 2,79 18,71 5.158,01
ns ** ** ns ns ns
F Bloco 0,24 0,00 0,00 0,10 0,61 0,40 0,72ns
F Herbicida 0,84ns 0,59ns 0,83ns 0,83ns 0,31ns 0,65ns 0,77ns
F Textura 0,06ns 0,46ns 0,71ns 0,25ns 0,54ns 0,07ns 0,69ns
F Herbicida x
0,69ns 0,63ns 0,53ns 0,60ns 0,21ns 0,34ns 0,93ns
Textura

CV (%) 6,81 6,47 6,43 16,18 8,90 7,43 12,27


ns **
DAS: dias após aplicação; CV: coeficiente de variação; não significativo pelo teste F (p > 0,05).
significativo pelo teste F (p < 0,01).Os dados de estande realizado na colheita e do rendimento foram
transformados pela função √x.

O herbicida quando interceptado pela palhada fica vulnerável ao processo de


fotodecomposição, volatilização ou ser sorvido pelo material vegetal (APPLEBY &
DAWSON, 1994; LOCKE & BRYSON, 1997). No caso do amicarbazone, a quantidade de
palhada presente nas áreas experimentais (Área I = 1.669,57 Kg ha-1 e Área II = 2.522,87 Kg
ha-1), talvez, não foi suficiente para retê-lo. Isso se deve, provavelmente, à sua alta
solubilidade em água (4.600 ppm) (DEUBER, 1992) e sua lipofilicidade mediana (Kow =
1,23 a pH 7,0) (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). Com isso, o amicarbazone tem facilidade
em transpor camadas significativas de palha, fato observado neste estudo e nos realizados por
Cavenaghi et al. (2007) e Negrisoli et al. (2007). Perdas por volatilização (pressão de vapor de
19

3 x 10-6 Pa (25 °C) e fotodegradação (no solo, tempo de meia vida (T1/2) = 54 dias) não são
tão significativas para o amicarbazone, além do pH não influenciar no seu estado de ionização
(pKa zero) (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018).

Outra característica do herbicida amicarbazone, decorrente de sua alta solubilidade, é a


sua capacidade de lixiviar no perfil do solo. Apenas 106 mm de precipitação acumulada foi
suficiente para lixiviá-lo (1.050 g i. a. ha-1) a uma profundidade de 0,35 m em um latossolo
vermelho-amarelo com 27 g Kg-1 de argila e 13 g dm-3 de matéria orgânica (BACHEGA et
al., 2009). Já 60 mm de lâmina de água foram suficientes para causar elevada lixiviação do
amicarbazone (1.050 g ha-1) em um neossolo quartzarênico (60 g Kg-1 de argila e 25,6 g dm-3
de matéria orgânica). Porém, em um latossolo vermelho (438 g Kg-1 de argila e 74,1 g dm-3 de
matéria orgânica), 100 mm de lâmina de água lixiviou o amicarbazone (1.400 g ha-1) apenas
0,15 m de profundidade (POSSAMAI et al., 2013), atribuído ao alto teor de matéria orgânica
presente nesse solo pelos autores.

Acredita-se que o acúmulo de 300 mm de precipitação nos 90 dias entre a aplicação do


amicarbazone e a semeadura da cultura da soja, somado ao baixo teor de matéria orgânica em
ambos os solos fizeram com que o herbicida fosse lixiviado no perfil do solo, além de ficar
exposto à degradação microbiana (aeróbica T1/2 = 50 dias) (RODRIGUES & ALMEIDA,
2018). Tais efeitos teriam ocorrido ao ponto que sua concentração no solo diminuísse o
suficiente para causar apenas sintomas leves de intoxicação na cultura, sem afetar o seu
rendimento. Campos (2018) também não observou intoxicação e redução do rendimento do
cultivar de soja Nidera 5909 com concentrações de amicarbazone menores que 463,9 μg Kg
solo-1 na camada de 0 – 0,25 m, embora uma concentração de 559,9 μg Kg solo-1 do herbicida
tenha reduzido em 51% o rendimento da cultura, enquanto uma concentração de 1.510,7 μg
Kg solo-1 reduziu em 83%.

Quanto ao metsulfurom-methyl, embora a hidrólise seja um processo significativo


(BERGER & WOLFE, 1996), a degradação microbiana é o principal processo de sua
dissipação no solo (SARMAH & SABADIE, 2002; ZANARDINI et al., 2002; BOSCHIN et
al., 2003; YU et al., 2005; BERGER & WOLFE, 1996; HE et al., 2006; BROWN, 1990). As
perdas de metsulfurom-methyl por volatilização (pressão de vapor de 2,5 x 10-12 mm Hg) e
fotodegradação são consideradas insignificantes (BROWN, 1990; BRASCHI et al., 2000;
ANDERSEN et al., 2001; SI et al., 2005).

No solo, o teor de matéria orgânica e o pH da solução são os dois principais fatores que
influenciam na dinâmica do metsulfurom-methyl (TAHIR et al., 2008; WANG et al., 2009).
20

O pH da solução influencia em seu estado de ionização, tendo, como resultado efeito direto
sobre a sua sorção, degradação e seu tempo de meia-vida (T1/2) (BROWN, 1990; PONS &
BARRIUSO, 1998; WANG et al., 2001; SARMAH & SABADIE, 2002). Por ser um ácido
fraco (pKa 3,75 a 25 °C) (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018), em solos com valores de pH
maiores que seu pKa, onde se enquadram quase a totalidade dos solos agrícolas do Brasil, a
forma aniônica prevalece nesses solos. Tal forma do herbicida é considerada menos suscetível
a sofrer hidrólise e com maior potencial de persistência no solo do que a forma molecular
(WANG et al., 2009). Sua sorção no solo aumenta com o aumento do teor de matéria orgânica
(WALKER et al., 1989; GUERRA et al., 2020), devido à forte interação desse herbicida com
o colóide (ABDULLAH et al., 2001; SINGH & SINGH, 2012; AZCARATE et al., 2015;
DUTTA et al., 2015). Assim, em condições de alta umidade e baixa quantidade de matéria
orgânica, o metsulfurom-methyl tende a ficar na solução do solo do que sorvido nos colóides
(PONS & BARRIUSO, 1998), ficando predisposto a sofrer lixiviação (solubilidade em água
de 270 mg L-1) (BEYER et al., 1988) (SARMAH et al., 2000; HOLLAWAY et al., 2006;
WANG et al, 2009; DELGADO-MORENO et al., 2007) ou ser degradado por atividade
microbiana ou hidrólise (PONS & BARRIUSO, 1998; KAH & BROWN, 2007), diminuindo,
assim, o risco de causar intoxicação nas culturas implantadas em sucessão ou rotação.

Em ambas as áreas, os valores de pH (4,9 e 5,7) se encontravam acima do valor de pKa


do metsulfurom-methyl (pKa 3,75), com isso, a forma aniônica provavelmente prevaleceu na
solução do solo durante o período de entressafra (90 dias) para ser degradada ou ser lixiviada
para camadas mais profundas do solo, pois, durante esse período, houve um acumulado de
300 mm de precipitação. Assim, os 3,6 g i. a. ha-1 aplicados do herbicida foram degradados ou
lixiviados de forma a reduzir a concentração de seus resíduos no solo o suficiente para não
causar intoxicação nas plantas do cultivar Monsoy 5917 IPRO.

No Brasil, recomenda-se, no mínimo, um intervalo de 60 dias entre a aplicação do


metsulfurom-methyl e a semeadura da cultura da soja (FMC, 2020a). Já, nos Estados Unidos
da América, o intervalo de tempo varia de estado para estado, sistema de produção, pH do
solo, dose e precipitação acumulada (380 a 860 mm), com isso, recomenda-se um intervalo
mínimo de 4 a 34 meses (FMC, 2020b). Guerra et al. (2020) estudaram intervalos de tempo
entre a aplicação de metsulfurom-methyl (1,98 e 3,96 g ha-1) e a semeadura da cultura da soja
na região de Campo Mourão-PR e de Curitibanos-SC e observaram que um intervalo mínimo
de 40 e 17 dias é o suficiente para a semeadura da cultura após a aplicação do herbicida nas
duas regiões, respectivamente. Os autores atribuíram esses resultados às variações existentes
21

entre as duas regiões quanto ao teor de matéria orgânica, pH do solo e a precipitação ocorrida
durante a condução dos ensaios.

Com relação ao isoxaflutole, tanto as propriedades do solo quanto as condições


climáticas podem influenciar na sua dinâmica no ambiente bem como dos seus metabólitos
(RICE et al., 2004). No solo, por ser um “pro-herbicida”, o isoxaflutole é rapidamente
convertido, por hidrólise, ao metabólito diquetonitrila (2-cyclopropyl-3-(2-mesyl-4-
trifluorom-ethylphenyl)-3-oxopropanenitrile) que é a molécula biologicamente ativa do
herbicida (PALLETT et al., 1997; ROBERTS et al., 1998). Esse processo é influenciado pela
umidade, pH do solo e pela temperatura (RICE et al., 2004). Já o diquetonitrila é degradado
por atividade microbiana (BELTRAN et al., 2001; BELTRAN et al., 2003; RICE et al.,
2004).

Contudo, o isoxaflutole difere de seu metabólito (diquetonitrila) quanto às


características físico-químicas. A solubilidade do isoxaflutole, em água, é de 6,2 mg L-1 a 20

C, enquanto que o diquetonitrila é muito mais solúvel (326 mg L-1 a 20 ○C) (MITRA et al.,
2000; RICE et al., 2004). Com isso, o diquetonitrila tem maior mobilidade no perfil do solo,
estabilidade, persistência e maior taxa de absorção pelas plantas do que o isoxaflutole
(MITRA et al., 2000; TAYLOR-LOVELL et al., 2000, 2002; PALLETT et al., 2001; LIN et
al., 2002).

O T1/2 do isoxaflutole, em condições de laboratório, varia de 12 horas a 14 dias, o qual


é influenciado pelo tipo de solo, teor de umidade, pH e temperatura (PALLETT et al., 2001;
TAYLOR-LOVELL et al., 2002). Rouchaud et al. (1998) constataram um T1/2 de 14,4 dias
num solo com pH 5,5 e 12,1 dias num solo com pH 7,2. Já Rice et al. (2004) verificaram um
T1/2 de 13,7, 17,3 e 16,3 nos valores de pH de 7,42, 6,46 e 6,56, respectivamente. No solo, sob
condições de fotólise, o isoxaflutole apresentou um T1/2 de 40 horas, enquanto que o
diquetonitrila apresentou T1/2 de 30 dias (MITRA et al., 2000).

A textura e o teor de matéria orgânica do solo também influenciam no T1/2, sorção e


lixiviação do isoxaflutole. A sua sorção diminui com a diminuição do teor de carbono
orgânico (MITRA et al., 2000; RICE et al., 2004; OLIVEIRA JR. et al., 2006;). O T1/2
aumenta em solos com textura mais argilosa, pois, em um solo com 12,3% de argila, o
herbicida apresentou um T1/2 de 13,7 dias, 16,3 dias num solo com 24,2% de argila e 17,3 dias
num solo com 25,4% de argila (RICE et al., 2004). Quanto à lixiviação, Inoue et al. (2007) e
Melo et al. (2010) verificaram maior lixiviação do herbicida em solo com textura arenosa do
que num solo com textura argilosa e Monquero et al. (2008) constataram maior lixiviação de
22

isoxaflutole em solo com 22 g dm-3 de matéria orgânica comparado a um solo com 36 g dm-3
de matéria orgânica. Contudo, o potencial de lixiviação desse herbicida, no perfil do solo,
independe da dose aplicada (INOUE et al., 2007).

Assim, como os demais herbicidas, um período de entressafra de 90 dias, somado ao


baixo teor de matéria orgânica nos dois solos (1,9 % e 1,6 %) e valores de pH (4,9 e 5,7)
muito superiores aos valores do pKa do isoxaflutole (pKa 4,3) e do diquetonitrila (pKa 1,1)
(CHRISTOFFOLETI et al., 2008), provavelmente, fizeram com que o herbicida e seu
metabólito tivessem baixa sorção nos colóides do solo ficando disponível na solução do solo
para serem degradados ou lixiviados. Considerando-se uma precipitação acumulada de 300
mm, lâmina mais do que o suficiente para lixiviá-los para camadas mais profundas do solo, já
que 40 a 80 mm são suficientes para lixiviar o isoxaflutole no perfil do solo (INOUE et al.,
2007; MONQUERO et al., 2008; MELO et al., 2010).

No Brasil, não há recomendações de um intervalo mínimo entre a aplicação do


isoxaflutole e a semeadura da cultura da soja (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). Contudo,
em outros países, as recomendações são de que se respeite, no mínimo, um intervalo de sete
meses e um acumulado de 250 mm de precipitação para se realizar a semeadura da soja;
porém, esse período poderá ser estendido caso ocorram períodos de frio ou de seca, mesmo
tendo ocorrido a quantidade de precipitação requerida (250 mm) (BAYER, 2020).

Por fim, o metribuzin possui registro, no Brasil, para o controle, principalmente, de


plantas daninhas dicotiledôneas e algumas monocotiledôneas na cultura da soja (AGROFIT,
2020), o qual é aplicado na modalidade de pré-emergência da cultura e das plantas daninhas,
tanto no sistema convencional de produção quanto no sistema de plantio direto
(RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). Embora seja registrado para a cultura da soja, há
restrição do seu uso, por baixa tolerância ao herbicida, em alguns cultivares, como o FT-21
(Siriema), FT Cometa, Coodetec 206, BRS 132, UFV-19, UFV-20, Campos Gerais, FT-1,
FT11 (Alvorada), Embrapa 132 (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018) e BMX Titan RR
(ALONSO et al., 2011). O cultivar Monsoy 5917 IPRO, utilizado no presente estudo, não
apresenta restrição quanto ao uso do metribuzin (MONSOY, 2020). Contudo, recomenda-se a
realização de testes quanto à tolerância a esse herbicida ao se utilizar novos cultivares
(RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). O principal mecanismo que confere seletividade do
metribuzin para alguns cultivares de soja é o incremento da atividade das enzimas superóxido
dismutase e da ascorbato peroxidase (TUTIA et al., 2015), que agem contra o estresse
oxidativo causado pelo herbicida (DHINDSA et al., 1981; ARORA et al., 2002;
23

YAMAMOTO et al., 2003; GUO et al., 2004).

O metribuzin também é altamente solúvel em água (1.050 mg L-1) (KJÆR et al., 2005;
MALOSCHIK et al., 2007). No solo, a degradação química e a degradação microbiana são os
dois processos mais importantes na sua dissipação, sendo, a degradação microbiana o
processo mais importante (MAQUEDA et al., 2009). Possui maior afinidade pela matéria
orgânica em relação à argila. Com isso, sua sorção no solo aumenta e sua lixiviação diminui
com o aumento do teor de matéria orgânica, pois apresenta um valor de Kow de 44,7 e um
Koc médio de 60 mL g-1 (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). Assim, por apresentar
características físico-químicas que facilitam a sua degradação e/ou lixiviação no perfil do
solo, além da tolerância do cultivar Monsoy 5917 IPRO, o metribuzin causou baixa
intoxicação à cultura da soja após 90 dias de sua aplicação.

Assim como o amicarbazone, a quantidade de palhada presente na superfície do solo


(Área I = 1.669,57 Kg ha-1, Área II = 2.522,87 Kg ha-1) não interferiu na dinâmica do
metsulfurom-methyl, isoxaflutole (diquetonitrila) e do metribuzin. Estudos demonstram que o
isoxaflutole (MONQUERO et al., 2008b; RODRIGUES et al., 2000) e o metribuzin (ROSSI
et al., 2013) são capazes de transpor camadas de palha presentes na superfície do solo. Além
da quantidade de palha presente na superfície do solo ser pequena, o metsulfurom-methyl
possui uma solubilidade em água de 270 mg L-1 (BEYER et al., 1988) e valor de Kow de 1,0
(pH 5) (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018), o diquetonitrila apresenta 326,0 mg L-1 (MITRA
et al., 2000; RICE et al., 2004) e Log Kow de 2,5 (CHRISTOFFOLETI et al., 2008),
enquanto o metribuzin possui alta solubilidade (1050 mg L-1) (KJÆR et al., 2005;
MALOSCHIK et al., 2007) e um valor de Kow de 44,7 (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018).
As características físico-químicas como maior solubilidade em água e menor coeficiente de
partição octanol-água (Kow), permitem que esses herbicidas transponham camadas de
palhada sem sofrerem perdas significativas de moléculas, embora o diquetonitrila seja muito
lipofílico (VIDAL, 2002).

Diante do exposto, acredita-se que um período de 90 dias e um acumulado de 300 mm


de precipitação teria sido suficiente para degradar os resíduos dos herbicidas amicarbazone,
isoxaflutole, metsulfurom-methyl e do metribuzin, independentemente da textura do solo, ao
ponto de não causarem redução no rendimento de grãos do cultivar de soja Monsoy 5917
IPRO e somente sintomas muito leves de fitointoxicação nos períodos iniciais após a
emergência.
24

1.4 CONCLUSÃO

A aplicação do amicarbazone (420 g ha-1), isoxaflutole (50 g ha-1), metsulfurom-methyl


(3,6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1) com um intervalo de 90 dias da semeadura da cultura da
soja e uma precipitação acumulada de 300 mm causa apenas sintomas muito leves de
fitointoxicação nos estádios fenológicos iniciais da cultura sem reduzir o seu rendimento.

Não há efeito da textura do solo sobre os resíduos dos herbicidas residuais utilizados no
manejo outonal de buva.

REFERÊNCIAS

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mobility of metsulfuron-methyl in Malaysian agricultural soils. Bulletim of Environmental
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Argentina. Geoderma, v. 149, p. 110-115, 2009.
33

2. RESIDUAI DE HERBICIDAS APLICADOS NO MANEJO OUTONAL DE Conyza


spp. SOBRE A CULTURA DO MILHO

RESUMO
As espécies de buva (Conyza spp.) estão entre as principais plantas daninhas nos
sistemas de produção agrícola no Brasil e no mundo, em decorrência de diversos relatos de
biótipos com resistência a vários herbicidas de diferentes mecanismos de ação, além de
tolerarem condições climáticas adversas e se adaptarem a sistemas de cultivo mínimo. Nas
Regiões Centro-Sul e Sul do país, plantas de buva conseguem se desenvolver no período de
entressafra (Julho a Outubro) e, no momento de dessecação em pré-semeadura da cultura
subsequente, se tornam um problema para o agricultor, devido à eficácia de alguns herbicidas
ser dependente da densidade e do estádio de desenvolvimento das plantas. Uma das
ferramentas para manejar plantas de buva no período de entressafra é a utilização de
herbicidas com atividade residual no solo no manejo outonal, contudo, algumas moléculas
não são seletivas para a cultura do milho. Assim, objetivou-se avaliar o efeito de herbicidas
residuais aplicados no manejo outonal de buva sobre a cultura do milho em solos com
texturas contrastantes. Foram conduzidos dois ensaios, um em solo com textura argilosa e
outro em solo com textura franco-arenosa, ambos com o delineamento em blocos
casualizados e quatro repetições. Os tratamentos constituíram-se da aplicação do herbicida
metsulfurom-methyl (3,6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1), diclosulam (33 g ha-1), chlorimuron-
ethyl (20 g ha-1), imazethapyr (100 g ha-1), flumioxazin (125 g ha-1) e uma testemunha (sem
aplicação de herbicida). A semeadura do milho ocorreu aos 90 dias após a aplicação dos
herbicidas residuais. Os herbicidas avaliados causaram sintomas leves de intoxicação na
cultura do milho nos estádios fenológicos iniciais, com total recuperação das plantas ao longo
do desenvolvimento vegetativo, sem efeito sobre o rendimento de grãos. Não houve interação
entre a textura do solo e o efeito de resíduos dos herbicidas avaliados, embora a cultura tenha
apresentado menor estande e maior intoxicação quando cultivada em solo com textura
argilosa e menor altura de inserção da espiga, número de espiga por planta, grãos por fileira e
e maior massa de 100 grãos quando cultivada em solo com textura franco-arenosa,
independentemente do herbicida utilizado. Conclui-se que com uma precipitação acumulada
de 300 mm e um intervalo de 90 dias da aplicação de metsulfurom-methyl, metribuzin,
diclosulam, chlorimuron-ethyl, imazethapyr e flumioxazin e a semeadura da cultura do milho
causa apenas sintomas leves de intoxicação, sem interferir no rendimento de grãos.

Palavras-chave: Zea mays L., Buva, Resíduo

ABSTRACT
Horseweed species (Conyza spp.) are among the main weeds in agricultural
production systems in Brazil and in the world, as a result of several reports of biotypes with
resistance to several herbicides of different mechanisms of action, in addition to tolerating
adverse climatic conditions and adapt to minimal cropping systems. In the Center-South and
South regions of the country, horseweed plants are able to develop in the off-season period
(July to October) and, at the time of desiccation in pre-sowing of the subsequent crop, they
become a problem for the farmer, due to their efficiency. of some herbicides to be dependent
on plant density and developmental stage. One of the tools to manage horseweed plants in the
off-season is the use of herbicides with residual activity in the soil in autumn management,
however, some molecules are not selective for the corn crop. Thus, the objective was to
evaluate the effect of residual herbicides applied in autumn management of horseweed on
34

corn crop in soils with contrasting textures.Two trials were conducted, one in clayey textured
soil and the other in sandy loam soil, both with a randomized block design and four
replications. The treatments consisted of the application of the herbicide metsulfuron-methyl
(3.6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1), diclosulam (33 g ha-1), chlorimuron-ethyl (20 g ha-1),
imazethapyr (100 g ha-1), flumioxazin (125 g ha-1) and a control (without herbicide
application). Corn sowing took place 90 days after the application of residual herbicides. The
evaluated herbicides caused mild symptoms of poisoning in the corn crop in the initial
phenological stages, with full recovery of the plants throughout vegetative development, with
no effect on grain yield. There was no interaction between soil texture and the effect of
residues of the evaluated herbicides, although the crop has shown lower stand and greater
intoxication when grown in soil with clayey texture and lower ear insertion height, number of
ear per plant, grains per row and greater mass of 100 grains when grown in soil with sandy
loam texture, regardless of the herbicide used. It is concluded that with an accumulated
precipitation of 300 mm and an interval of 90 days of application of metsulfuron-methyl,
metribuzin, diclosulam, chlorimuron-ethyl, imazethapyr and flumioxazin and the sowing of
corn crop causes only mild symptoms of intoxication, without interfere with grain yield.

Keywords: Zea mays L., Fleabane, Residue

2.1 INTRODUÇÃO

As espécies de buva (Conyza bonariensis, Conyza canadensis e Conyza sumatrensis)


estão entre as principais plantas daninhas no Brasil e no mundo (THEBUAD & ABBOTT,
1995). Isso se deve às características de agressividade dessas espécies como produção de
grande quantidade de sementes amplamente dispersas pelo vento (BHOWMIK & BEKECH,
1993), adaptação a sistemas conservacionistas (ANDERSEN, 1993; VIDAL et al., 2007),
tolerância ao déficit hídrico (SANTOS et al., 2013) e, principalmente, por apresentarem
diversos casos de biótipos com resistência a herbicidas no mundo (HEAP, 2019abc).

No Brasil, há relatos de biótipos de C. bonariensis e C. canadensis com resistência ao


herbicida glyphosate (HEAP, 2019ab), sendo que C. sumatrensis apresenta o maior número
de casos de resistência, incluindo-se a resistência isolada aos herbicidas glyphosate,
chlorimuron-ethyl, paraquat, saflufenacil, além de biótipos com resistência múltipla aos
herbicidas chlorimuron-ethyl e glyphosate; chlorimuron-ethyl, glyphosate e ao paraquat e, em
2017, foi relatada a resistência de um biótipo aos herbicidas 2,4-D, diuron, glyphosate,
paraquat e saflufenacil (HEAP, 2019c).

Além da perda da eficácia de controle de alguns herbicidas advinda da resistência de


determinados biótipos, a eficácia de controle de herbicidas de aplicação em pós-emergência é
dependente do estádio de desenvolvimento das plantas dessa espécie, pois há uma redução no
35

controle quando as plantas se encontram com tamanho maior que 20 cm de altura


(BLAINSKI et al., 2009).

Nas Regiões Centro-Sul e Sul do país, por apresentarem temperaturas mais amenas e
ocorrerem precipitações no período de entressafra (Julho a Outubro), as plantas de buva, por
requererem temperaturas mais baixas para germinar e tolerarem baixa disponibilidade de
água, germinam e se desenvolvem nesse período e, no momento de dessecação de pré-
semeadura da cultura de verão, as plantas estão, geralmente, com um tamanho maior que o
ideal para se ter um controle satisfatório, ou seja, maiores que 20 cm (CONSTANTIN et al.,
2013).

Assim, torna-se necessário o manejo de plantas de buva na entressafra, conhecido na


prática como manejo outonal (CONSTANTIN et al., 2013), o qual visa diminuir a densidade
populacional, bem como suprimir o crescimento das plantas que germinam nesse período, a
fim de facilitar o manejo de plantas daninhas na pré-semeadura da cultura subsequente. Uma
das ferramentas utilizadas no manejo outonal de buva é a utilização de herbicidas com
atividade residual no solo como é o caso dos herbicidas metsulfurom-methyl, metribuzin,
diclosulam, chlorimuron-ethyl, imazethapyr e flumioxazin (OLIVEIRA NETO, 2011;
OLIVEIRA NETO et al., 2019).

Os herbicidas metsulfurom-methyl e chlorimuron-ethyl pertencem ao grupo químico


das sulfoniluréias, enquanto o diclosulam pertence ao grupo das triazolopirimidinas e o
imazethapyr é classificado como imidazolinona, sendo que todos apresentam o mesmo
mecanismo de ação, a inibição da enzima acetolactato sintase (ALS), enzima chave na rota de
síntese dos aminoácidos valina, leucina e isoleucina (BEYER et al., 1988; BLAIR, 1988;
SCHLOSS, 1990; DURNER et al., 1991; STIDHAM, 1991).

O metribuzin pertence ao grupo químico das triazinonas (HRAC, 2020) e tem como
mecanismo de ação a inibição do transporte de elétrons no fotossistema II (BALKE,1985),
que, ao atingir o seu sítio de ação, paralisa a fixação de CO2 e a produção de ATP e NADPH2.
Contudo, a morte das plantas ocorre, principalmente, pelo processo de peroxidação de
lipídeos, em decorrência do excesso de clorofila triplet e a formação de espécies reativas de
oxigênio (DAN HESS, 1994).

Pertencente ao grupo das N-fenilftalimidas, o herbicida flumioxazin tem como


mecanismo de ação a inibição da enzima protoporfirinogênio oxidase (PROTOX) (HRAC,
2020). Na aplicação em pré-emergência, é absorvido pelas plântulas já nos estádios iniciais de
36

crescimento, porém a morte da planta ocorre somente após a emergência, pois necessita da luz
para exercer seu efeito herbicida (HESS, 1993; LEE & DUKE, 1994; LABONNE & CAPOU,
1998; BHOWMIK, 2000).

Contudo, esses herbicidas apresentam um potencial de causar fitotoxicidade a


determinadas culturas implantadas após o período de entressafra devido ao residual no solo,
como à cultura do milho, conforme observaram Alonso et al. (2011, 2013) em estudo
realizado em casa de vegetação. No entanto, as características físico-químicas do solo e do
herbicida, a atividade microbiana, a presença de palhada na superfície do solo, a temperatura
e a precipitação pluvial são os fatores que podem interferir na dinâmica de herbicidas
aplicados ao solo (RICE et al., 2004; STENRØD et al., 2006; BENDING & RODRIGUEZ-
CRUZ, 2007). Com isso, há uma lacuna de informações quanto à dinâmica desses herbicidas
residuais aplicados no manejo de buva no período de entressafra sobre a cultura do milho em
condições de campo. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de herbicidas
residuais aplicados no manejo outonal de buva sobre a cultura do milho em solos com
texturas contrastantes.

2.2 MATERIAL E MÉTODOS

Dois ensaios foram conduzidos na área experimental do Departamento de Produção


Vegetal da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, ESALQ-USP, situada no
município de Piracicaba-SP, Brasil, no período de 20 agosto de 2019 a 20 março de 2020. O
clima da região é classificado, segundo Köppen-Geiger, como Cwa, sendo, relativamente seco
no inverno, com chuvas no verão. As precipitações pluviais e as temperaturas ocorridas
durante todo o estudo são descritas na Figura 2,1.

O ensaio foi implantado em duas áreas com texturas de solo contrastantes. Um


ensaio foi instalado em um solo (Área I) com textura franco-arenosa (areia: 79,9%; silte:
2,7%; argila: 17,4%) e as seguintes características químicas na profundidade de 0 a 0,2 m: pH
em CaCl2: 4,9; Ca: 1,6 cmolc dm-3; Mg: 0,7 cmolc dm-3; Al: 0,0 cmolc dm-3; H+Al: 2,2 cmolc
dm-3; K (resina): 0,21 cmolc dm-3; P (resina): 7 mg dm-3; CTC: 4,71 cmolc dm-3; MO: 1,9 %, e
outro ensaio foi instalado em um solo (Área II) com textura argilosa (areia: 42,6%; silte:
4,7%; argila: 52,7%) e as seguintes características químicas na profundidade de 0 a 0,2 m: pH
em CaCl2: 5,7; Ca: 2,1 cmolc dm-3; Mg: 1,2 cmolc dm-3; Al: 0,0 cmolc dm-3; H+Al: 1,2 cmolc
dm-3; K (resina): 0,33 cmolc dm-3; P (resina): 25 mg dm-3; CTC: 4,53 cmolc dm-3; MO: 1,6%.
37

As amostragens para caracterização física e química das áreas ocorreram em 15 de agosto de


2019.

60 120
Temp. Méd. (°C)
Temp. Máx. (°C)
50 Temp. Min. (°C) 100
Precipitação (mm dia-1)

recipitação (mm dia-1)


40 80
Temperatura (°C)

30 60

20 40

10 20

0 0
set out nov dez jan fev mar
Período

Figura 2,1: Temperatura média, máxima e mínima (°C) e pluviosidade ocorrida no período
entre 20/08/2019 a 10/03/2020. Fonte: Base de dados da Estação Meteorológica Automática -
LEB - ESALQ - USP - Piracicaba, São Paulo, Brasil.

Ambas as áreas se encontravam em pousio com resíduos vegetais de milho (Zea


mays L.) que foi cultivado na safra anterior (Primavera-Verão) e de plantas daninhas. A Área
I possuía 2.457,5 Kg ha-1 de massa de matéria seca e a Área II 3.217,0 Kg ha-1. Quatro dias
antes da instalação dos ensaios, foi realizada uma roçagem da vegetação presente nas duas
áreas a 0,1 m do nível do solo, utilizando-se uma roçadeira hidráulica acoplada a um trator de
75 CV.

O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. Os


tratamentos herbicidas utilizados foram: metsulfurom-methyl (3,6 g ha-1), metribuzin (480 g
ha-1), diclosulam (33 g ha-1), chlorimuron-ethyl (20 g ha-1), imazethapyr (100 g ha-1),
flumioxazin (125 g ha-1) e uma testemunha (sem aplicação de herbicida). Esses tratamentos
(herbicidas residuais), bem como suas respectivas doses, foram obtidos de estudos realizados
previamente por Oliveira Neto (2011, 2019) e Alonso (2011, 2013).
38

As parcelas foram constituídas por sete linhas de semeadura de milho no espaçamento


de 0,45 m entrelinhas e 6,0 m de comprimento. A área útil da parcela constituiu-se de 7,2 m²,
sendo consideradas apenas as quatro linhas centrais e desconsiderando-se 1,0 m de cada
extremidade da parcela.

A aplicação dos tratamentos herbicidas foi realizada em 20 de agosto de 2019 com


auxílio de um pulverizador costal pressurizado com CO2, munido de barra contendo seis
pontas de pulverização do tipo leque XR 110.02, com espaçamento entre bicos de 0,5 m,
posicionadas a 0,5 m da superfície do solo e volume de aplicação de 200 L ha-1.

A primeira etapa do estudo correspondeu entre a aplicação dos herbicidas com


atividade residual (tratamentos) e a semeadura da cultura do milho, correspondente ao
“período de entressafra”, que teve um período de 90 dias. Durante esse período, foram
realizadas aplicações do herbicida glyphosate (1.080 g e. a. ha-1) para o controle dos rebrotes
e dos fluxos de emergência de plantas daninhas.

A semeadura do milho cv. Syngenta Feroz Viptera® 3 ocorreu de forma mecanizada no


dia 18 de novembro de 2019, no espaçamento de 0,45 m entre linhas, sendo a semeadura
ajustada para obter uma população final de 60 mil plantas ha-1. A adubação de semeadura
constitui-se da aplicação de 250 kg ha-1 do formulado 04-20-20 no sulco de semeadura. Os
tratos culturais foram realizados conforme a necessidade da cultura, sendo o controle de
pragas realizado com a aplicação dos inseticidas tiametoxam + lambda-cialotrina (28,2 + 21,2
g ha-1) e imidacloprido + bifentrina (100 + 20 g ha-1). O controle de doenças foi realizado com
a aplicação do fungicida trifloxistrobina em mistura com tebuconazol (75 + 150 g ha-1,
respectivamente), enquanto o manejo das plantas daninhas foi realizado por meio de capina
manual. Foram aplicados 180 kg ha-1 de nitrogênio na forma de uréia (45% de nitrogênio),
sendo 90 Kg aplicados no estádio V4 e o restante no estádio V10, plantas com a quarta e a
décima folha com a aurícula visível, respectivamente (RITCHIE et al., 1993), conforme
recomendações de Sousa & Lobato (2002).

Aos 14 dias após a semeadura (DAS) foi realizada a avaliação de estande, por meio da
contagem do número de plantas emergidas em quatro metros lineares na área útil da parcela.
As avaliações de fitointoxicação foram realizadas aos 14, 21, 28 e 35 dias após a semeadura
(DAS), por meio de notas visuais de 0 a 100%, onde 0 (zero) representou a ausência de
injúrias e 100 (cem) a morte das plantas, de acordo com a escala adaptada da SBCPD
(Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas – SBCPD, 1995), apresentada na
Tabela 2.1.
39

Tabela 2.1: Escala de notas utilizada para avaliação visual de fitotoxicidade de herbicidas com
atividade residual aplicados no manejo outonal de Conyza spp. (buva) sobre a cultura do
milho. Adaptada de SBCPD (1995).
Nota
Conceito Observação
(%)
Sintomas fracos ou pouco evidentes. Nota zero quando não se observam
Muito leve 0-5
quaisquer alterações na cultura.
Leve 6 - 10 Sintomas nítidos de baixa intensidade.
Moderada 11 - 20 Sintomas nítidos mais intensos que na classe anterior.
Aceitável 21 - 35 Sintomas pronunciados, porém, totalmente tolerados pela cultura.
Sintomas mais drásticos que na categoria anterior, mas ainda passiveis de
Preocupante 36 - 45
recuperação, e sem expectativas de redução no rendimento econômico.
Alta 46 - 60 Danos irreversíveis com previsão de redução no rendimento econômico.
61 - Danos irreversíveis muito severos com previsão de redução drástica no
Muito alta
100 rendimento econômico. Nota 100 para morte de toda a planta.

Na colheita, foi realizada novamente a avaliação de estande em quatro metros lineares,


assim como a mensuração da altura da inserção da primeira espiga (nível do solo até o nó de
inserção da primeira espiga) e a contagem do número de espigas por planta de 10 plantas
escolhidas aleatoriamente. Posteriormente, foram colhidas todas as espigas presentes nas 4
linhas centrais na área útil da parcela, contendo 4 metros em cada linha (totalizando 16,0 m de
linha). Do total das espigas colhidas, foram escolhidas, aleatoriamente, 10 espigas para
mensuração do comprimento e do diâmetro e contagem do número de fileiras de grãos por
espiga e do número de grãos por fileira. Em seguida, todas as espigas foram debulhadas
utilizando-se um debulhador manual e depois os grãos foram peneirados utilizando-se uma
peneira manual para retirada de impurezas. Por fim, a produtividade e a massa de 100 grãos
foram estimadas, de cada parcela, do total de grãos colhidos. A estimativa da umidade da
massa de 100 grãos e da produtividade foi realizada conforme as Regras para Análise de
Sementes (MAPA, 2009) e ajustada para 13%.

Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F (p < 0,05) de cada
ensaio. Para as variáveis em que a diferença dos quadrados médios dos resíduos dos ensaios
foi menor que sete, foi realizada a análise conjunta dos ensaios, segundo Pimentel-Gomes &
Garcia (2002). Quando os efeitos dos fatores foram significativos, as médias foram
comparadas pelo teste Tukey (1949) (p < 0,05). As nédias contidas nas tabelas referem-se aos
dados originais, sendo os dados transformados, quando necessário, somente utilizados para
realização da análise de variância e comparação de médias. As análises foram realizadas com
auxílio do programa estatístico SAS/STAT v. 9.1 (p<0,05).
40

2.3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na avaliação realizada aos 14 dias após a semeadura (DAS), não foi constatado efeito
dos herbicidas residuais sobre o estande inicial da cultura, tendo como média geral 2,42
plantas m-1, totalizando 53.841 plantas ha-1 (Tabela 2.2). Nesse caso, a textura do solo
influenciou nos resultados de estande, que foi menor no solo com textura argilosa em relação
ao solo com textura franco-arenosa (Tabela 2.2), onde a população foi de 48.666 plantas ha-1,
cerca de 18% menor que a recomendada de 60 a 70 mil plantas ha-1 para o híbrido em regiões
de terras baixas (altitude < 700 m) (SYNGENTA, 2020). Isso se deve, provavelmente, às
características físicas daquele solo no momento da semeadura, pois encontrava-se com sinais
de compactação, o que influenciou na semeadura da cultura. A palhada presente na superfície
do solo, provavelmente, não influenciou na operação de semeadura, pois ambos os solos
apresentavam pouca quantidade de palhada na superfície e em quantidades semelhantes
(franco-arenoso: 2.457,57 Kg ha-1; argiloso: 3.217,07 Kg ha-1).

Em relação às avaliações de fitotoxicidade, constatou-se, na primeira avaliação,


realizada aos 14 DAS, intoxicação das plantas de milho com a aplicação de todos os
herbicidas, embora os sintomas tenham sido considerados leves ou muito leves, sendo
maiores nas plantas cultivadas no solo de textura argilosa (Tabela 2.2). Os sintomas de
intoxicação das plantas de milho com o herbicida diclosulam foram maiores do que dos
demais herbicidas e se mantiveram no decorrer do crescimento da cultura (avaliações
realizadas aos 21, 28 e 35 DAS), enquanto o metsulfurom-methyl apresentou a menor
intoxicação das plantas nessas avaliações (Tabela 2.2). Novamente, aos 28 DAS, houve efeito
da textura do solo sobre a intoxicação do milho com os herbicidas residuais, sendo maior no
solo de textura franco-arenosa (Tabela 2.2). Não houve interação entre os herbicidas residuais
e a textura dos solos em nenhuma das variáveis analisadas nos estádios iniciais de
crescimento da cultura do milho.
41

Tabela 2.2: Estande (plantas m-1) aos 14 dias após a semeadura (DAS) e intoxicação de
plantas de milho cv. Syngenta Feroz Viptera® 3 aos 14, 21, 28 e 35 DAS, semeado aos 90
dias (entressafra) da aplicação de herbicidas com atividade residual no manejo outonal de
Conyza spp. (buva). Piracicaba-SP, 2020.

Estande - Intoxicação
Herbicida 14 DAS
(plantas m-1) 14 DAS 21 DAS 28 DAS 35 DAS

Chlorimuron-ethyl 2,40 9,61 13,98 ab 5,19 a 6,96 ab


Diclosulam 2,45 14,66 17,47 b 18,14 b 16,40 b
Imazethapyr 2,43 11,90 10,43 ab 7,29 a 8,12 ab
Metsulfurom-methyl 2,42 10,36 7,23 a 2,99 a 5,19 a
Metribuzin 2,46 9,73 9,36 ab 6,00 a 7,34 ab
Flumioxazin 2,41 10,89 8,47 a 8,12 a 8,06 ab
Testemunha 2,39 - - - -
Textura
Argilosa 2,19 a 9,73 b - 5,90 a -
Franco-arenosa 2,61 b 7,26 a - 9,00 b -
F Bloco 0,03* 0,00** 0,20ns 0,45ns 0,78ns
F Textura 0,02* 0,02* 0,39ns 0,02* 0,13ns
F Herbicida 0,24ns 0,24ns 0,00** 0,00** 0,01*
F Herbicida x Textura 0,75ns 0,75ns 0,57ns 0,15ns 0,75ns
DMS Textura 0,20 0,14 - 0,23 -
DMS Herbicida - - 1,39 1,63 1,98
CV (%) 15,95 19,42 25,08 30,70 32,37

DAS: dias após semeadura; CV: coeficiente de variação; DMS: diferença mínima significativa pelo teste de
ns * **
Tukey (p < 0,05). não significativo pelo teste F (p > 0,05); significativo pelo teste F a 5% (p < 0,05).
significativo pelo teste F a 1% (p < 0,01). Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si a
5% de probabilidade pelo teste de Tukey (p < 0,05). Os dados de intoxicação (14, 21, 28 e 35 DAS) foram
transformados pela função √x.

Nas plantas, os herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS) são absorvidos pelo
sistema radicular e pelas folhas e translocam-se tanto pelo xilema quanto pelo floema e
acumulam-se nos meristemas das plantas, onde exercem a ação herbicida. Inicialmente,
causam a paralisação do crescimento, posteriormente, as folhas tornam-se amareladas ou com
42

clorose internerval e, muitas vezes, apresentam arroxeamento foliar. As folhas novas também
podem apresentar encarquilhamento e, por fim, os sintomas evoluem para necrose das folhas
e dos meristemas, levando a planta à morte (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018; UC IPM,
2020b).

No presente estudo, todas as parcelas com a aplicação dos herbicidas inibidores da


ALS, com exceção do diclosulam, apresentaram algumas plantas com folhas levemente
cloróticas e com redução do crescimento. Já aquelas que receberam o herbicida diclosulam
apresentaram maior intoxicação, pois as plantas apresentaram, nos estádios iniciais do
crescimento, folhas com clorose acentuada e redução do crescimento. Alonso et al. (2011)
também observaram clorose das folhas e redução do crescimento das plantas de milho quando
a cultura foi semeada 30 dias após a aplicação de metsulfurom-methyl e chlorimuron-ethyl.
Esses autores observaram que a fitointoxicação por diclosulam e imazethapyr variou de
acordo com a textura do solo, sendo que a aplicação de diclosulam causou intoxicação nas
plantas em solo com textura argilosa (72% de argila) quando a semeadura do híbrido ocorreu
após 30 dias da sua aplicação, enquanto, em solo com textura média (32% de argila), isso
ainda ocorreu após 60 dias no solo. Os mesmos autores não verificaram fitointoxicação por
imazethapyr após 60 dias da aplicação em solo argiloso.

Em espécies sensíveis, os herbicidas inibidores do fotossistema II, causam, como


sintomas iniciais, redução da taxa de fixação de CO2 poucas horas após o tratamento com o
herbicida e declina totalmente em 1 ou 2 dias, sem ocorrer recuperação; já em espécies
tolerantes, a taxa de fixação não decai tão severamente a ponto de causar sintomas graves
(OLIVEIRA JUNIOR, 2011). Os sintomas de injúria dos herbicidas que possuem esse
mecanismo de ação que são aplicados na modalidade de pré-emergência das plantas daninhas
como o metribuzin, só se iniciam após a emergência, ou seja, com o início da fotossíntese
(UC IPM, 2020a). O metribuzin é absorvido tanto pela parte aérea quanto pelo sistema
radicular, mas sua translocação ocorre somente via xilema nas plantas (UC IPM, 2020a). Em
gramíneas sensíveis, o herbicida acumula-se no ápice das folhas, cujos sintomas, inicialmente,
expressam-se por clorose e evoluem para necrose; em seguida, os sintomas progridem para a
base do limbo foliar (UC IPM, 2020a).

No presente estudo, as plantas de milho, nos estádios iniciais de crescimento,


apresentaram sintomas muito leves de intoxicação por metribuzin come clorose no ápice das
folhas, mas sem evolução para necrose, além de um atraso no crescimento. Porém, ao longo
do crescimento da cultura, houve total recuperação das plantas. Em estudo realizado em casa
43

de vegetação com solo de textura muita argilosa (72% de argila), pH H2O 5,6 e 0,84% de
matéria orgânica e outro de textura média (32% de argila), pH H2O 5,8 e 1,34% de matéria
orgânica como substrato e 262,5 mm de irrigação acumulada, Alonso et al. (2011) observaram
que com semeadura de milho cv. DKB 390 YG, realizada aos 30 dias após a aplicação do
metribuzin (480 g ha−1), não houve intoxicação da cultura ocasionada pelo herbicida, exceto
quando realizada imediatamente após a aplicação do herbicida.

O flumioxazin, inibidor da enzima protoporfirinogênio oxidase (PROTOX), é


absorvido pelas plântulas já nos estádios iniciais de crescimento, assim, ao emergir, a plântula
absorve o herbicida e, ao entrar em contato com a luz solar, os tecidos sensíveis sofrem
rapidamente necrose causada pelo processo de peroxidação de lipídeos, levando a planta à
morte (MORELAND, 1999). Entretanto, muitas vezes, ocorre somente clorose foliar e/ou
aparecimento de necrose em forma de mosqueado (pequenos pontos) (UC IPM, 2020c). Neste
experimento, as plantas de milho apresentavam, nos estádios iniciais do crescimento, apenas
sintomas muito leves, em que continham pontos necróticos nas folhas e redução do
crescimento, mas com total recuperação ao longo do crescimento.

As variáveis relacionadas aos componentes de produção estão diretamente ligadas ao


potencial produtivo da cultura. No presente estudo, embora tenha ocorrido fitointoxicação nos
estádios iniciais de crescimento, o estande no momento da colheita, a altura de inserção da
primeira espiga, o rendimento da cultura e os componentes de produção, excetuando-se o
número de fileiras de grãos por espiga, não tiveram efeito dos herbicidas (Tabela 2.3). Com
relação ao número de fileiras de grãos por espiga, houve interação entre a textura dos solos e
os herbicidas, sendo que as espigas apresentaram menor quantidade de fileiras de grãos
quando a cultura foi semeada após a aplicação de metsulfurom-methyl e chlorimuron-ethyl no
solo com textura franco-arenosa em comparação ao solo com textura argilosa (Tabela 2.3). As
plantas que foram cultivadas no solo com textura franco-arenosa apresentaram menor altura
de inserção da espiga, número de espigas por planta e número de grãos por fileira, mas com
maior estande e massa de 100 grãos que as cultivadas no solo com textura argilosa, fato que
corroborou para que não diferissem quanto ao rendimento de grãos (Tabela 2.3).

No presente estudo, a cultura teve um rendimento médio de 4.817 Kg ha-1. Tal


resultado está abaixo dos obtidos em outros estudos realizados com esse híbrido, pois Araújo
et al. (2016) obtiveram um rendimento de 6.981 Kg ha-1 em estudo de desempenho
agronômico de híbridos de milho na região sudeste de Goiás, enquanto Cardoso et al. (2018)
constataram um rendimento de 9.453, 5.160, 10.016, 6.821, 9.711 e de 6.195 Kg ha-1 de grãos
44

desse híbrido em regiões agrícolas do Meio-Norte brasileiro. Além do rendimento, no


presente estudo, a cultura apresentou menor altura de inserção da espiga, número de fileiras
por espiga e massa de 100 grãos e maior comprimento das espigas e número de grãos por
fileira que os obtidos por Araújo et al. (2016) e Cardoso et al. (2018). Essas diferenças entre
os resultados obtidos e aqueles encontrados na literatura se devem, provavelmente, ao estande
menor do que o recomendado para esse híbrido e ao processo de interação genótipo ambiente
(HERRERO & JOHNSON, 1981; MATZENAUER & FONTANA, 1987; BERGONCI &
BERGAMASCHI, 2002; BERGAMASCHI et al., 2006; BERGAMASCHI &
MATZENAUER, 2014).

Vários fatores podem interferir na degradação de um herbicida aplicado ao solo, os


quais podem levar a resultados diferentes dos obtidos neste estudo, como os obtidos por
Alonso (2011, 2013). Características físico-químicas do solo e do herbicida, atividade
microbiana, temperatura e precipitação são os fatores que interferem na dissipação de
herbicidas aplicados ao solo (BOLLAG & Liu, 1990; HORNSBY et al., 1995; RICE et al.,
2004; STENROD et al., 2006; BENDING & RODRIGUEZ-CRUZ, 2007). Além disso, outro
fator que pode interferir na dinâmica de um herbicida aplicado ao solo é a presença de
palhada na sua superfície, pois, quando interceptado por essa, o herbicida fica vulnerável ao
processo de fotodecomposição, volatilização ou ser sorvido pelo material vegetal (APPLEBY
& DAWSON, 1994; LOCKE & BRYSON, 1997).

A dinâmica dos herbicidas inibidores da ALS avaliados neste estudo no ambiente é


influenciada pelas características físico-químicas, propriedades do solo e pelas condições
climáticas (PONS & BARRIUSO, 1998; WANG et al., 2001; OLIVEIRA et al., 2001;
BERGLÖF et al., 2003; KAH & BROWN, 2007). No caso de metsulfurom-methyl, a
degradação microbiana é o principal processo de degradação desse herbicida no solo
(SARMAH & SABADIE, 2002; ZANARDINI et al., 2002; BOSCHIN et al., 2003; YU et al.,
2005; BERGER & WOLFE, 1996; HE et al., 2006; BROWN, 1990), embora a hidrólise seja
um processo significativo (BERGER & WOLFE, 1996). As perdas por fotodegradação e
volatilização (pressão de vapor de 2,5 x 10-12 mm Hg) são consideradas insignificantes
(BROWN, 1990; BRASCHI et al., 2000; ANDERSEN et al., 2001; SI et al., 2005).

O pH da solução do solo influencia em seu estado de ionização, tendo efeito direto


sobre a sua sorção, degradação e seu tempo de meia vida (T1/2) (BROWN, 1990; PONS &
BarRIUSO, 1998; WANG et al., 2001; SARMAH & SABAdie, 2002). Por ser um ácido fraco
(pKa 3,75 a 25 °C) (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018), em solos com valores de pH
45

maiores que seu pKa, a forma aniônica prevalece em relação à forma neutra, forma do
herbicida menos suscetível a sofrer hidrólise e com maior potencial de persistência no solo
que a forma molecular (WANG et al., 2009).

Assim, pela predominância da forma aniônica na solução do solo (PONS &


BARRIUSO, 1998) e por possuir solubilidade em água de 270 mg L-1 (BEYER et al., 1988),
o metsulfurom-methyl é potencialmente lixiviável no perfil do solo (SARMAH et al., 2000;
HOLLAWAY et al., 2006; WANG et al, 2009; DELGADO-MORENO et al., 2007), podendo
também sofrer degradação microbiana ou hidrólise (KOTOULA-SYKA et al., 1993; PONS &
BARRIUSO, 1998; KAH & BROWN, 2007). Com isso, diminui-se o risco de causar
intoxicação nas culturas implantadas em sucessão ou rotação.

A sorção do chlorimuron-ethyl aumenta com o incremento de matéria orgânica


(GOETZ et al., 1989; REDDY et a1., 1995; WEI et al., 2007) e de argila (WEI et al., 2007).
Com relação ao pH da solução, por ser um ácido fraco (pKa = 4,2) (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2018), a sua sorção diminui com o aumento do pH do solo (GOETZ et al., 1989;
REDDY et a1., 1995; REN et al., 2011; REN et al., 2014), pois, em solos com valores de pH
maior que seu pKa, a forma aniônica do herbicida prevalece nesses solos. O pH também
influencia na solubilidade e no valor Kow do herbicida, em pH 5, a solubilidade em água de
metsulfurom-methyl é de 450 mg L-1 (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018), já, em pH 7, a
solubilidade aumenta para 1.200 mg L-1 (BEYER et al., 1988; RODRIGUES & ALMEIDA,
2018). Nesses valores de pH, apresenta valor de Kow de 320 e 2,3, respectivamente (BEYER
et al., 1988; RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). Assim, em solos com baixo teor de matéria
orgânica, de argila e com valores de pH acima 4,2, o chlorimuron-ethyl demonstra grande
potencial de sofrer lixiviação no perfil do solo (BRIGGS et al., 1981; AFYUNI et al., 1997).
Entretanto, o principal processo de dissipação do chlorimuron-ethyl, além da lixiviação, é a
degradação microbiana (MOHANA et al., 2007; MA et al., 2009; ZHANG et al., 2009, 2010;
ZHANG et al., 2011; LI et al., 2011; SHARMA et al., 2012; YANG et al., 2014; LI et al.,
2016). A perda por volatilização é considerada insignificante (5 x 10-10 Pa a 25 °C). A
fotodegradação não é tão significativa e ocorre no comprimento de onda de 270 nm
(CHOUDHURY & DUREJA, 1997).
46

Tabela 2.3: Estande (plantas m-1) (EC) e altura (m) de inserção da primeira espiga (AIE) na colheita, espigas por planta (EP), diâmetro (DE) e
comprimento da espiga (CE), fileiras de grãos por espiga (FE), grãos por fileira (GF), massa de 100 grãos (M100) e rendimento (Rend) do milho
hib. Syngenta Feroz Viptera® 3 (kg ha-1), semeado aos 90 dias (entressafra) da aplicação de herbicidas com atividade residual no manejo outonal
de Conyza spp (buva). Piracicaba-SP, 2020.
EC
AIE DE CE M100 Rend
Herbicida (plantas EP FE GF
(m) (cm) (cm) (g) (kg ha-1)
m-1)
ARE ARG
Chlorimuron-ethyl 2,50 0,94 1,57 3,96 14,30 14,40 Aa 15,41 Ab 33,20 20,39 4.866,07
Diclosulam 2,65 0,86 1,50 3,97 14,33 14,46 Aa 14,82 Aa 32,28 20,93 4.143,90
Imazethapyr 2,53 0,91 1,49 4,08 14,40 14,86 Aa 15,30 Aa 34,09 21,64 4.783,98
Metsulfurom-methyl 2,50 0,93 1,60 4,14 14,79 14,80 Aa 15,63 Ab 34,35 24,89 5.080,40
Metribuzin 2,75 0,94 1,60 4,17 14,91 14,73 Aa 15,35 Aa 34,38 19,69 5.130,33
Flumioxazin 2,62 0,89 1,57 4,03 14,24 15,16 Aa 15,20 Aa 32,92 20,09 5.012,36
Testemunha 2,62 0,90 1,55 4,02 13,81 14,95 Aa 15,73 Aa 31,85 20,71 4.910,36
Textura
Argilosa 2,48A 1,00B 1,61B - - - 34,41B 18,50A -
Franco-arenosa 2,71B 0,82A 1,50A - - - 32,18A 23,88B -
F Bloco 0,30ns 0,58NS 0,08** 0,35ns 0,47ns 0,40ns 0,39ns 0,16ns 0,05ns
F Herbicida 0,79ns 0,27ns 0,87ns 0,22ns 0,23ns 0,16ns 0,14ns 0,25ns 0,72ns
F Textura 0,02* 0,00** 0,03ns 0,13ns 0,39ns 0,05ns 0,00** 0,00** 0,78ns
F Herbicida x Textura 0,94ns 0,79ns 0,80ns 0,30ns 0,80ns 0,01* 0,57ns 0,54ns 0,34ns
DMS 0,19 0,03 0,10 - - - 1,18 22,93 -
CV (%) 14,19 7,63 12,31 4,71 6,05 3,73 6,58 20,01 24,96
ns **
ARE: textura franco-arenosa. ARG: textura argilosa. CV: coeficiente de variação; não significativo pelo teste F (p > 0,05). significativo pelo teste F (p < 0,01). Médias
seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste Tukey (p < 0,05). À exceção do estande e do
rendimento, todas as demais variáveis foram transformadas pela função √x.
47

Por ser um ácido fraco (pKa 4,09 a 20 ºC) (YODER, 1996), o diclosulam, quando
aplicado na maioria dos solos agricultáveis, encontra-se na forma aniônica. Além de seu
estado de ionização, o pH da solução interfere na sua solubilidade, hidrofobicidade e na sua
persistência no solo, pois em pH 5 apresenta solubilidade em água de 100 mg L-1, já em pH 7,
a sua solubilidade aumenta para 4.000 mg L-1 (YODER., 1996); em pH 5, apresenta valor de
log Kow de 1,42 e em pH 9, o valor do Kow decai para -0,448, tornando-o ainda mais
hidrofílico (YODER., 1996).

Quanto o T1/2 do diclosulam, Yoder et al. (2000) estudaram a sua degradação em nove
solos oriundos da Argentina, Estados Unidos e do Brasil e obtiveram T1/2 entre 16 a 54 dias.
Zabik et al. (2001) obtiveram T1/2 entre 33 a 77 dias e Lavorenti et al. (2003) verificaram um
T1/2 de 67 dias no sistema de plantio direto e de 87 dias no sistema convencional. No solo, o
diclosulam é degradado a OH diclosulam, 8-Cl diclosulam, 5-hydroxy-7-
flouro[1,2,4]triazolo[1,5-c]pyrimidine-2-sulfonic acid (TPSA), 5-hydroxy-7-
flouro[1,2,4]triazolo-[1,5-c]pyrimidine-2-sulfonamide (ASTP) e N-(2,6-dichlorophenyl)-3-
[1,2,4]-triazoloacetic acid-5-sulfonamide (TAAA) pelo processo de degradação microbiana,
fotólise e hidrólise (ZABIK et al., 2001). A perda por volatilização não é tão significativa
(pressão de vapor de 5 x 10-15 mm Hg a 25 °C) (YODER, 1996).

O pH é o fator que mais influencia a sorção de imazethapyr no solo (CHE et al., 1992;
GOETZ & Lavy, 1988; LOUX et al., 1989; MANGELS, 1991; OLIVEIRA et al., 1999;
RENNER et al., 1988; STOUGAARD et al., 1990). O imazethapyr possui comportamento
anfótero (PUSINO et al., 1997), pois apresenta um valor de pKa de 3,9 (RENNER et al.,
1988; STOUGAARD et al., 1990; WORTHING & HANCE, 1991) e um valor de pKb de 2,1
(WORTHING & HANCE, 1991; WEPPLO, 1991). Assim, quando aplicado em solos com
valores de pH maiores que 3,9, uma grande parte de suas moléculas encontra-se na forma
aniônica que, por apresentar carga negativa, são repelidas pelos coloides do solo (CHE et al.,
1992; GREEN, 1974; WEED & WEBER, 1974; RENNER et al., 1988; LOUX et al., 1989;
STOUGAARD et al., 1990; NEGRE et al., 2001; BRESNAHAN et al., 2002; LIU et al.,
2018), ficando, na solução, para serem lixiviadas no perfil do solo (solubilidade em água de
1.400 mg L-1 a 25 °C em pH 7) (REFATTI et al., 2017; RODRIGUES & ALMEIDA, 2018;
JOURDAN, 1998; KRAEMER et al., 2009; MARTINI et al., 2011; BATTAGLIN et al.,
2000; MADANI et al., 2003) ou serem degradadas (REGITANO et al., 2002; REFATTI et al.,
2014). Em solos com valores de pH mais baixos, grande parte das moléculas encontram-se na
forma molecular ou protonada, as quais tem maior afinidade pelos coloides do solo (CHE et
48

al., 1992; RENNER et al., 1988; WEPPLO, 1991; MADANI et al., 2003; OLIVEIRA et al.,
2004; SINGH et al., 1990; STOUGAARD et al., 1990; LOUX & REESE, 1993; GENNARI
et al., 1998; OUFQIR et al., 2013). Com isso, a sorção do imazethapyr, no solo, aumenta com
a diminuição do pH da solução (CHE et al., 1992; GOETZ & LAVY, 1988; LOUX et al.,
1989; OLIVEIRA et al., 1999; RENNER et al., 1988; STOUGAARD et al., 1990) e,
consequentemente, há um aumento de sua persistência no solo (LOUX & REESE, 1993;
BRESNAHAN, 2000).

A sorção do imazethapyr no solo aumenta com o incremento de matéria orgânica


(STOUGAARD et al., 1990; CHE et al., 1992; SENESI et al., 1997; GENNARI et al., 1998;
NE`GREET al., 2001; BÖRJESSON et al., 2004) e de argila (GOETZ et al., 1990; LOUX et
al., 1989). Consequentemente, a sua persistência aumenta em solos que contém maiores teores
desses dois coloides (CHE et al., 1992; GOETZ & LAVY, 1988; LOUX et al., 1989a;
MANGELS, 1991; OLIVEIRA et al., 1999; STOUGAARD et al., 1990). O T1/2 varia entre 30
a 43 dias (XU et al., 2013). Loux et al. (1989) constataram, em estudo de dissipação, que
aproximadamente 80% das moléculas do imazethapyr são degradadas com 60 dias após
aplicação e o restante pode permanecer no solo por um período superior a 160 dias.

Em sistema de preparo convencional, situação em que seria mais importante o manejo


outonal da buva, o herbicida imazethapyr apresenta maior potencial de lixiviação em solos do
que sob sistema de plantio direto, isso se deve ao sistema convencional conter menor teor de
matéria orgânica (MILLS & WITT, 1989; KRAEMERI et al., 2009). Com relação à sua
dissipação, a degradação microbiana é considerada como o principal processo de degradação
do imazethapyr no solo e seria, provavelmente, menor no sistema convencional do que em
sistema plantio direto (SHANER & O‘CONNOR, 1991; LOUX & REESE, 1993; FLINT &
WITT, 1997; HAN et al., 2008; ZHANG et al., 2010; SAHA et al., 2016). A perda por
volatilização não é tão significativa (pressão de vapor de 1,3 x 10-5 Pa) (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2018).

Em ambos os experimentos, os valores de pH do solo (4,9 e 5,75) se encontravam


acima do valor de pKa do metsulfurom-methyl (pKa 3,70), chlorimuron-ethyl (pKa= 4.2),
diclosulam (pKa 4,09) e do imazethapyr (pKa 3,90). Assim, a forma aniônica desses
herbicidas prevaleceu na solução do solo durante o período de entressafra (90 dias) para ser
degradada ou lixiviada para camadas mais profundas do solo, pois, durante esse período,
houve um acumulado de 300 mm de precipitação. Isso fez com que a concentração desses
herbicidas no solo diminuísse o suficiente para causar somente leves sintomas de intoxicação
49

na cultura do milho.

Com relação ao metsulfurom-methyl, Carvalho et al. (2015) avaliaram o efeito da


textura do solo (solo argiloso: 59% de argila, 28 g dm-3 M.O. e pH (CaCl2) 5,7; solo arenoso:
13,2% de argila, 24 g dm-3 M.O. e pH (CaCl2) 5,5), regime de irrigação (irrigação diária: 5
mm, intermitente: 5 mm por semana e sem irrigação) e intervalo entre sua aplicação (30, 60 e
90 dias) (3,96 g ha-1) e a semeadura de milho. Os autores constataram que a semeadura da
cultura aos 90 dias após a aplicação do herbicida, independente da textura do solo, tanto para
a irrigação diária quanto à intermitente, ocasionou apenas sintomas leves de fitointoxicação
aos 7 e 14 dias após a emergência e sem reduzir a massa de matéria seca das plantas em
avaliação realizada aos 21 dias após a emergência da cultura. Os autores atribuíram a baixa
fitotoxicidade do herbicida ao processo de degradação microbiana e à lixiviação da molécula
no solo. Estudando o efeito de doses de metsulfurom-methyl (3,6 e 7,2 g ha-1) sobre os
híbridos de milho AS 1560, DAS 2B710, AG 9010 e P 30F98, Santos et al. (2009)
observaram redução no acúmulo de massa de matéria seca da parte aérea e do sistema
radicular das plantas aos 20 dias após a semeadura, quando a cultura foi semeada aos 90 dias
após a aplicação do herbicida.

Alguns estudos de carryover de chlorimuron-ethyl demonstraram que a semeadura da


cultura do milho realizada aos 30 (ARTUZI & CONTIERO, 2006), 94 (DAN et al., 2011) e
120 dias (RIBEIRO et al., 2018) após aplicação do herbicida na cultura da soja não causou
redução no rendimento, tendo somente, em alguns casos, ocorrido fitointoxicação nos estádios
iniciais da cultura. Resultados semelhantes foram obtidos por Curran et al. (1991) em vários
ensaios de carryover de chlorimuron-ethyl sobre a cultura do milho.

Estudos têm sido conduzidos para avaliar o efeito carryover ou um período mínimo
entre a aplicação do diclosulam e a semeadura da cultura do milho que não afete
negativamente a cultura. Em estudo realizado por Pereira et al. (2000), a semeadura da cultura
após 60 dias da aplicação do diclosulam não causou intoxicação às plantas, enquanto, em
outros estudos, o milho semeado aos 90 (ARTUZI & CONTIERO, 2006; SOUZA et al.,
2019) e 120 dias (RIBEIRO, 2018) após aplicação do herbicida em pré-emergência na cultura
da soja, houve somente fitointoxicação nos estádios iniciais da cultura. Já DAN et al. (2012)
observaram efeito carryover após 115 dias da aplicação do herbicida.

Por fim, estudos de carryover de imazethapyr sobre a cultura do milho mostram que a
semeadura ocorrendo 60 (ARTUZI & CONTIERO, 2006), 90 (MILLS & WITT, 1989;
GAZZIERO et al., 1997; ULBRICH et al., 1998) e 120 dias (SILVA et al., 1999) após
50

aplicação do herbicida na cultura da soja não causa redução no rendimento grãos, havendo,
em alguns casos, apenas fitointoxicação nos estádios iniciais. Contudo, em estudo realizado
por Dan et al. (2012), a semeadura do milho após 97 e 115 após a aplicação de imazethapyr
na soja causou fitointoxicação inicial e redução no rendimento do milho.

No Brasil, recomenda-se um período mínimo de 70 dias entre a aplicação de


metsulfurom-methyl e a semeadura do milho (FMC, 2020). Já, nos Estados Unidos da
América, o intervalo de tempo varia de estado para estado, sistema de produção, pH do solo,
dose e precipitação acumulada (380 a 860 mm). Com isso, o intervalo mínimo entre a
aplicação e a semeadura varia entre de 4 a 34 meses (FMC, 2021). Quanto ao chlorimuron-
ethyl, recomenda-se respeitar um período mínimo de 60 dias (RODRIGUES & ALMEIDA,
2018). Já para o diclosulam, não há recomendação de um período mínimo entre a aplicação
do herbicida e a semeadura do milho (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). Contudo, para a
cultura do sorgo, do girassol e de brássicas, recomenda-se não cultivá-las em sucessão à soja
quando o herbicida é aplicado na cultura. No caso do girassol, recomenda-se o cultivo
somente após 18 meses da aplicação do herbicida (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). O
herbicida imazethapyr é registrado para uso na cultura da soja, amendoim, arroz irrigado,
feijão e em pastagem (AGROFIT, 2021). No que se refere a semeadura da cultura do milho
em sucessão ou rotação a essas culturas após aplicação do herbicida, algumas bulas não
apresentam nenhuma restrição quanto à semeadura da cultura, outras restringem o cultivo ou
recomendam a utilização de milho resistente ao herbicida (RODRIGUES & ALMEIDA,
2018).

O herbicida metribuzin tem como características físico-químicas alta solubilidade em


água (1.050 mg L-1) (KJÆR et al., 2005; MALOSCHIK et al., 2007), Kow de 44,7 e um Koc
médio de 60 mL g-1 (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). Possui maior afinidade pela matéria
orgânica em relação à argila e, com isso, sua sorção no solo aumenta com o aumento do teor
desses dois coloides (HARPER, 1988; MEHDIZADEH et al., 2019) e diminui com o
aumento do pH (pKa 1,0) (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). No entanto, sua sorção a
esses coloides é considerada fraca (PETER & WEBER, 1985; JOHNSON, 2001). Por ter alta
solubilidade e um Koc médio de 60 mL g-1, o metribuzin apresenta maior potencial de sofrer
lixiviação em solos arenosos e com baixo teor de matéria orgânica e diminui em solos
argilosos com alto teor de matéria orgânica (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018).

No solo, a degradação química e a degradação microbiana são os dois processos mais


importantes na dissipação do metribuzin, sendo a degradação microbiana o processo mais
51

importante (BUGGARD et al., 1993; MULBAH et al., 2000; BOREEN et al., 2003; LIN &
REINHARD, 2005; MAQUEDA et al., 2009; MEHDIZADEH et al., 2019), cujo T1/2 pode
variar entre 30 a 60 dias dependendo das condições edafoclimáticas (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2018). As perdas por fotodegradação e volatilização [1,6 x 10-5 Pa (20 °C)] são
insignificantes (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018).

Mesmo contendo características físico-químicas que facilitam sua dissipação no solo,


o metribuzin pode causar fitointoxicação às culturas sensíveis implantadas em sucessão.
Gonçalves et al. (2018) estudaram o efeito do residual do metribuzin (720 g ha-1) aplicado 120
dias antes da semeadura da cultura do milho e constataram redução da massa da matéria seca
da parte aérea das plantas e do rendimento de grãos da cultura. No Brasil, não há
recomendação de um período mínimo entre a aplicação do metribuzin e a semeadura da
cultura do milho, mas, nos Estados Unidos da América, recomenda-se respeitar no mínimo
um período de 4 meses (DEVLIN et al., 1992).

Por fim, o herbicida flumioxazin possui T1/2 entre 11,9 a 32,1 dias (EPA, 2001;
ENCILL, 2002; FERRELL & VENCILL, 2003; ALISTER et al., 2008; MUELLER et al.,
2014); solubilidade em água de 1,79 mg L-1 (25 °C) (EPA, 2001; MUELLER et al., 2014), a
qual não é afetada pelo pH do meio (MUELLER et al., 2014), pois é um herbicida que não se
ioniza (pKa zero) (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018); possui valor de log Kow de 2,55 (25
°C) (FERRELL et al., 2005) e de Kd de 3,8 (FERRELL et al., 2003), assim, o herbicida
flumioxazin apresenta baixo potencial de sofrer lixiviação no solo (EPA, 2001). Com isso, sua
dissipação no solo ocorre por reações de hidrólise e, principalmente, por degradação
microbiana (EPA, 2001; ALISTER et al., 2008). A sorção de flumioxazin no solo aumenta
com o incremento do teor de matéria orgânica e de argila, porém a sua interação com esses
coloides é relativamente fraca (FERRELL et al., 2005), pois em condições de alta umidade
torna-se prontamente disponível na solução para ser degradado, absorvido pelas plantas ou
sofrer lixiviação (FERRELL et al., 2013). Isso o caracteriza como um herbicida de pouca
persistência no solo (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). As perdas por volatilização não são
tão significativas (pressão de vapor de 2,41 x 10-6 mm Hg) (EPA, 2001),

No Brasil, o herbicida flumioxazin possui registro para a cultura do milho, o qual é


recomendado para o manejo de dessecação de pré-semeadura da cultura na dose de 40 g ha-1,
sendo possível realizar a semeadura um dia após a aplicação do herbicida (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2018). Também possui registro para o manejo outonal de buva com
recomendação de 60 g ha-1, porém, nessa dose e modalidade de uso, recomenda-se respeitar
52

um intervalo mínimo de 14 dias entre a aplicação do herbicida e a semeadura da cultura do


milho (RODRIGUES & ALMEIDA, 2018). No presente estudo, o herbicida foi aplicado na
dose de 125 g ha-1 e, mesmo aplicando o dobro da dose recomendada, o flumioxazin causou
apenas sintomas leves de fitointoxicação à cultura. Mesmo aplicando uma dose menor (90 g
ha-1) e a semeadura sendo num período maior (120 dias) que o presente estudo, Gonçalves et
al. (2018) constataram redução da matéria seca da parte aérea das plantas e redução no
rendimento da cultura de milho. Todavia, quando aplicado numa dose menor (25 g ha-1) aos
115 dias antes da semeadura do milho, causou apenas sintomas muito leves de
fitointoxicação, sem comprometer o rendimento da cultura (DAN et al., 2012). Essas
diferenças quanto à seletividade, carryover e efeito de resíduos do flumioxazin sobre a cultura
do milho se deve, principalmente, à dose aplicada e às diferenças que existem no teor de
matéria orgânica e textura entre os solos.

Nas Tabela 2.2 e 2.3, nota-se que houve efeito da textura do solo sobre algumas
variáveis analisadas. No solo de textura argilosa, a cultura apresentou menor estande de
plantas no estádio inicial (Tabela 2.2) e no momento da colheita (Tabela 2.3) em relação ao
solo de textura franco-arenosa. Nesse solo, as plantas de milho também apresentaram maior
nível de intoxicação comparada às que se encontravam no solo de textura franco-arenosa na
avaliação realizada aos 14 dias após a semeadura. Um dos fatores que pode ter corroborado
para ocorrência desses resultados é que a sorção de todos os herbicidas avaliados aumenta
com o incremento do teor de argila e de matéria orgânica, com isso, provavelmente, a sorção
desses herbicidas foi maior no solo argiloso, mesmo não contendo alto teor de matéria
orgânica (1,6 %), o que resultou em maior persistência deles nesse solo. Esse fato culminou
na redução do estande e em maior fitointoxicação nos estádios iniciais da cultura.

Na avaliação realizada aos 28 dias após a semeadura, as plantas no solo de textura


franco-arenosa apresentaram maior fitointoxicação em comparação às do solo argiloso
(Tabela 2.2). Isso se deve, possivelmente, à restrição hídrica ocorrida nos estádios iniciais de
crescimento da cultura e, devido à baixa capacidade de armazenamento de água dos solos
arenosos, houve maior estresse hídrico nas plantas de milho cultivadas nesse solo (DOGAN et
al., 2007; AFZAL et al., 2014). Corroborando, assim, para maior fitointoxicação das plantas
(ROMAN et al., 2005). Isso também corroborou para a redução da altura de inserção da
espiga, número de espiga por planta e número de grãos por fileira das plantas (Tabela 2.3),
embora tenham apresentado maior massa de 100 grãos (Tabela 2.3). Em relação ao maior
número de fileiras de grãos por espiga, houve efeito negativo somente quando a cultura foi
53

semeada após aplicação do metsulfurom-methyl e do chlorimuron-ethyl no solo de textura


franco-arenosa (Tabela 2.3).

2.4 CONCLUSÃO

A semeadura da cultura do milho aos 90 dias da aplicação do metsulfurom-methyl (3,6


g ha ), metribuzin (480 g ha-1), diclosulam (33 g ha-1), chlorimuron-ethyl (20 g ha-1),
-1

imazethapyr (100 g ha-1) e do flumioxazin (125 g ha-1) e um acumulado de 300 mm de


precipitação causa apenas sintomas muito leves a leves de fitointoxicação nos estádios
fenológicos iniciais sem reduzir o rendimento.

Não há efeito da textura do solo sobre os resíduos dos herbicidas residuais utilizados no
manejo outonal de buva.

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