Compactao Dos Solos 1

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Mecânica dos Solos I

Compactação dos Solos

João Barbosa de Souza Neto

Janeiro/2024
DEFINIÇÃO: O que é Compactação?

Ar
Ar

Água Va Água S

Sólido Sólido

2
Solo solto Solo compactado
DEFINIÇÃO: Técnica básica

3
OBJETIVO

4
EMPREGO

5
EMPREGO

6
TEORIA DA COMPACTAÇÃO

7
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
Ensaio Proctor Normal – padronizado pela ABNT (NBR 7.182/86)
Objetivo: Estabelecer a correlação entre o d e o h, para uma
dada energia de compactação.
• Consiste em compactar o solo em 3 camadas com 26
(Energia Normal) golpes, utilizando um soquete de 2,5
kg;
• Molde cilíndrico: 10,2 de diâmetro e 11,7 de altura;
• Energia em torno de 6 kg.cm/cm3 (600 kN.m/m3).
Onde:
Ee = energia específica

N  n  h W N = número de golpes por camada


Ee = n = número de camadas
W = peso do soquete
V h = altura de queda do soquete
V = volume do molde
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

Com o desenvolvimento das técnicas de compactação e


para atender às exigências do padrão de compactação
(equipamento mais potentes, maior produtividade, ...)

 modificações na energia de compactação desde o


ensaio original:

→ ENSAIO PROCTOR MODIFICADO: E = 27,4 kg.cm/cm3


(27 golpes)
→ ENSAIO PROCTOR INTERMEDIÁRIO: E = 12,9 kg.cm/cm3
(21 golpes)
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
O ensaio consiste em se compactar uma porção de solo em um cilindro de
1000 cm3 de volume (cilindro pequeno), com um soquete de 2,5 kg
(soquete pequeno), caindo em queda livre de uma altura de 30 cm.
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
Procedimento de Ensaio:
- Compactação em 3 camadas
- 26 (Energia Normal) golpes por camada (regulamente
distribuídos)
- escarificação após compactação de cada camada
Após a compactação:
- Anotar a massa do solo compactado que preenche o cilindro
- Retirar do material restante, 3 cápsulas para determinação
da umidade.

Novos pontos:
- Adicionar água, elevando a umidade em 2%
- Repeti o procedimento de compactação
- Executar pelo menos 5 pontos: pelo menos 2 no ramo seco e
2 no ramo úmido
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

Diferentes energias de compactação


ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

Cálculo do Ensaio:

Compactado o corpo de prova, determina-se:


- Peso específico aparente úmido ()
- Teor de umidade da amostra
- Peso específico aparente seco (d)

W h=
Ww 
= d =
V Ws 1+ h
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
CURVA DE COMPACTAÇÃO

- Baixo teor de umidade → o atrito entre partículas é alto dificultando a


compactação (RAMO SECO);
- Aumento no teor de umidade → efeito de lubrificação entre as partículas,
aumentando a compactação enquanto a saída de ar é facilitada (Prox. wót);
- Após certo teor de umidade próximo a saturação → a compactação não
consegue mais expulsar o ar dos vazios, a maior quantidade de água resulta
em redução de densidade (RAMO ÚMIDO).
CURVA DE SATURAÇÃO

Observa-se que os pontos


ótimos da curva de
compactação se situam em
torno de 80% a 90% de
saturação.
CURVA DE COMPACTAÇÃO

Valores típicos de dmax e hot ou


wot:

• solos argilosos: hot = 25 a 30% e


dmax = 14 a 15 kN/m3
• solos siltosos: valores baixos
para dmax e curvas bem abatidas
• areias c/ pedreg. bem
graduadas: hot= 9 a 10% e dmax
=20 a 21 kN/m3
• areias finas argilosas lateríticas:
hot = 12 a 14% e dmax. 19 kN/m3
(solos lateríticos caracterizam-se
por ramo seco nitidamente
íngreme)
CURVA DE COMPACTAÇÃO
ENSAIO DE
COMPACTAÇÃO

Influência da
energia de
compactação
INFLUÊNCIA DA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO
ESTRUTURA DOS SOLOS COESIVOS COMPACTADOS
INFLUÊNCIA DA
COMPACTAÇÃO
NAS
PROPRIEDADES
DOS SOLOS
COESIVOS
INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NAS
PROPRIEDADES DOS SOLOS COESIVOS
COMPACTAÇÃO NO CAMPO

Tipos de compactação

– Estática
• compressão (rolo liso e pneumático)
– Pisoteamento
• Pé de carneiro
– Dinâmica
• impacto
• vibratória
COMPACTAÇÃO NO CAMPO
A escolha do equipamento que irá ser utilizado no campo
depende principalmente do tipo de material que se deseja
compactar. Os principais equipamentos utilizados são:

Rolos lisos de rodas de aço


São utilizados para compactar
pedregulhos, areias bem graduadas,
misturas de areia a argila de média
plasticidade e para a compactação de
acabamento.
COMPACTAÇÃO NO CAMPO
Rolos pé de carneiro
- consiste de tambor de aço onde
são solidarizadas saliências (patas),
dispostas em fileiras
desencontradas;
- O pisoteamento propicia o
entrosamento entre as camadas
compactadas;
- adequado para solos coesivos;
- compactação de baixo para cima;
- baixa velocidade (4 km/h)  baixa
produção;
- camadas de 10 a 20 cm.
COMPACTAÇÃO NO CAMPO
Rolos pneumáticos

- são os mais utilizados


atualmente (praticamente
todos os tipos de solos);
- compactação de cima para
baixo;
- pressões mais elevadas (em
função da pressão dos pneus);
- camadas de pequenas
espessuras (20 a 30 cm).
COMPACTAÇÃO NO CAMPO
Rolos vibratórios

- são os mais utilizados


atualmente;
- pressões mais elevadas;
- tratamento de superfície;
- Materiais granulares;
- camadas de pequena espessura
(20 a 30 cm);
- velocidade superiores a 8 km/h.
CONTROLE DA COMPACTAÇÃO EM CAMPO

O controle de compactação no campo se baseia na verificação


do teor de umidade e do peso específico aparente seco. Na
obra, é fixada uma faixa de variação da umidade permitida em
torno da ótima (geralmente, wot  2%).

Para determinar a umidade no campo pode-se utilizar três


métodos:
- coleta de amostras hermeticamente fechadas e determinação
da umidade em laboratório;
- método da frigideira;
-Speedy.
COMPACTAÇÃO NO CAMPO
Impacto: Soquete manual - Sapo

Aplicado em quase todos os


tipos de terreno, em operações
complementares ou em áreas
restritas e fechadas.
CONTROLE DA COMPACTAÇÃO EM CAMPO

O peso específico aparente seco (d) de campo pode ser


determinado através do ensaio de frasco de areia (NBR 7185).
Com este dado é possível determinar o Grau de Compactação
(GC) que para ser considerado aceitável deve variar entre 95%
e 100%.

 d ,campo
GC = 100
 d max,laboratório
Fatores intervenientes:
→ Número de passadas: diretamente ligado ao tempo de
execução.
→ Espessura da camada: função do tipo de solo e
equipamento. Em geral, é fixado em 30 cm a espessura
máxima. (20 cm solos granulares).
→ Homogeneização: a camada de solo solto deve ser
pulverizada de forma homogênea. Deve-se evitar torrões
secos ou muito úmidos, blocos e fragmentos de rocha.
→ Velocidade de rolagem: com material solto tem-se maior
resistência a rolagem e menor velocidade, obtendo-se maior
esforço de compactação nas passadas iniciais.
→ Amplitude e frequência das vibrações: o aumento da
amplitude produz maior efeito de compactação que o
aumento de freqüência.
COMPACTAÇÃO
Fatores intervenientes:
→ Energia de compactação: energia transferida pelo
equipamento ao solo.
Onde:
( P; N )
E= f
P = peso próprio do equipamento (pressão estática)
N = número de passadas do equipamento
(V ; e) V = velocidade do rolo
e = espessura da camada

→ umidade do solo:
→ h < hótimo  irrigação: caminhão tanque com barra de
distribuição e bomba hidráulica;
→ h > hótimo  aeração: exposição a vento e ao sol, com
espalhamento por arados, motoniveladoras etc.
Fatores intervenientes:
Problemas na Compactação:

 solos muito argilosos


◼ dificuldades de secagem
◼ dificuldades de homogeneização

 solos muito úmidos


◼ formação de “borrachudos”
◼ equipamento afunda

◼ empolamento lateral

◼ volta parcialmente à situação inicial (elástico)

◼ estrutura é afetada

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Soluções para o caso de solos muito úmidos

◼ aeração nas áreas de empréstimo (escarificação e


gradeamento)

◼ drenagem (NA alto) com valetas e trincheiras

◼ proteção de superfície (lonas, camada asfáltica,


compactação)

◼ secamento artificial (secagem em usina)


Soluções para o caso de solos muito secos

 correção de umidade
◼ irrigação (aspersão) e gradeamento na praça

◼ irrigação na área de empréstimo

◼ umedecimento por submersão

◼ Deve-se fazer o selamento da superfície para


evitar o umedecimento por chuva
◼ rolo liso ou de pneus

◼ inclinação da praça

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