Português Regência 1

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PORTUGUÊS II – Regência

Regência

Regência é a parte da língua em que tratamos da relação entre as palavras em uma frase.

Neste sentido, estuda-se a regência verbal e a regência nominal.


Quando o verbo exige que se use uma preposição, falamos em regência verbal.
Quando é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) que pede preposição, falamos em
regência nominal.

Exemplo:
“Necessito de tempo” -> regência verbal
“Eu tenho necessidade de tempo” -> regência nominal

“A mídia fez alusão ao escândalo no Senado” -> fez-se o uso adequado da preposição “a”, mas
em virtude da regência nominal. Quem exigiu a preposição “a” foi o substantivo alusão.

“A mídia aludiu ao escândalo no Senado” -> aqui temos uma regência verbal, pois quem exigiu
a preposição foi o verbo.

Regência Verbal:

Alguns verbos na língua portuguesa podem ser usados na forma pronominal ou não pronominal.
Um exemplo é o “lembrar”.

Exemplos:
“Ele lembrou o dia da festa” -> sem preposição.
“Ele se lembrou do dia da festa” -> com preposição.

Quando se usa o verbo na forma pronominal (Ex: “se”), é necesário usar a preposição. Vejamos
alguns exemplos:
“Eu esqueci o nome do diretor.”
“Eu me esqueci do nome do diretor’.

“Eu abracei meu filho.”


“Eu me abracei a meu filho.”

“Ele abraçou o projeto de reflorestamento.”


“Ele se abraçou ao projeto de florestamento.”

DICA: O verbo abraçar é um transitivo direto quando usado no sentido de “apertar com os
braços, seguir, adotar etc”. Neste caso o verbo não pede preposição. No entanto, quando for
usado na sua forma pronominal, é um transitivo indireto, que pede preposição.
Exemplos:
“O atleta abraçou o técnico.”
“O atleta se abraçou ao técnico.”

Outro verbo importante é o “agradar”, que tem 2 sentidos:


- Causar agrado e satisfação (Ex: o jogador agradou ao técnico) -> usa preposição
- Fazer carinho (Ex: a mãe agradava o bebê em seu colo) -> não usa preposição

CUIDADO! Está INCORRETA a assertiva “A violência nos estádios não agradou os turistas”, pois
o sentido aqui não é o de fazer carinho.

Atente-se também para a regência do verbo “AJUDAR”, que é um transitivo direto.


Ex: eu ajudei o amigo.

Mas se o verbo “ajudar” vier seguido de um verbo no infinitivo, deve haver preposição.
Ex: eu ajudei o idoso a atravessar a rua / eu ajudei o mestre a escolher os jogadores.

Outro verbo que aparece muito em provas é o “ASPIRAR”, que também tem 2 sentidos:
- Inalar, cheirar, inspirar (Ex: eu aspirei o perfume; ele aspirou aquela essência)
- Desejar, almejar (Ex: Ele aspirava ao cargo de gerente; Ela aspirava à aprovação no concurso)

Cuidado também com o verbo “ASSISTIR”, que admite vários sentidos:


- Ver, presenciar (Ex: Ele assistiu ao jogo, ela assistiu ao filme)
- Ajudar, dar assistência (Ex: o médico assistiu ao paciente / o médico assistiu o paciente) ->
neste caso, pode usar a preposição ou não.
- Caber, ser de direito (Ex: Estes bens assistem a eles)
- Morar, residir (Ex: Eles assistem em São Paulo)

O verbo ATENDER também aceita as duas formas.


Ex: “Ele atendeu o pedido dos alunos” ou “Ele atendeu ao pedido dos alunos”.

O verbo CUSTAR, quando usado com o sentido de “ter um valor em dinheiro”, não pede
preposição (Ex: A casa custou mil reais).
Mas quando tiver o sentido de “ser custoso” ou “ser difícil”, é preciso ter cuidado. O certo é
dizer “Custou a ele chegar” ou “Custou-lhe chegar”.
O correto é “Custou a mim entender isto” ou “Custou-me entender isto”.
É errado dizer “os turistas custaram a aceitar o aumento” ou eu “custei a aprender isto”.

O verbo IMPLICAR também cai muito em provas: quando usamos no sentido de causar,
acarretar, não se usa a preposição “em”. (Ex: A decisão do presidente implicou erro).
Por outro lado, no sentido de “ter implicância”, aí sim devemos usar a preposição “com” (Ex: ele
implica com a irmã).
Existe ainda um terceiro sentido, que é o de “envolver-se”, o qual também pede preposição (Ex:
apesar das advertências do pai, ele se implicou em falcatruas).

Cuidado também com os verbos PERDOAR e PAGAR, os quais só pedem preposição quando
seguidos de uma pessoa (Ex: eu perdoei ao amigo / eu paguei ao mecânico / ele pagou a todos
os credores).
Quando vier seguido de uma coisa, não se usa a preposição (Ex: Ele perdoou todas as injustiças
/ ele pagou todas as contas)

O verbo PROCEDER também tem mais de um sentido:


- Origem (Ex: eles procedem de longe / o vinho procede do sul). -> há preposição
- Agir (Ex: você procedeu mal) -> não tem preposição.
- Dar início, começar (Ex: o juiz procedeu ao interrogatório) -> há preposição.
- Ter fundamento (Ex: suas queixas não procedem) -> verbo intransitivo, sem complemento.

Vejamos também a regência do verbo QUERER, que possui 2 sentidos:


- Desejar (Ex: eu quero o cargo).
- Ter estima (Ex: eu quero muito aos meus amigos / eu quero a meus filhos).

Destaquemos também outros verbos cobrados em provas:

• SUCEDER
- Ocorrer, Acontecer (Ex: durante o jogo muitas brigas sucederam) –> não tem preposição
- Seguir-se, vir depois (Ex: Pedro sucedeu a Roberto) -> pede preposição.

• VISAR:
- Mirar (Ex: eu visei o alvo e acertei) -> sem preposição.
- Dar o visto (Ex: eu visei o documento / o gente abonou o cheque) -> sem preposição.
- Desejar, almejar (Ex: eu viso ao cargo; os sócios visavam a lucros grandiosos) -> com preposição

CUIDADO, pois se estiver seguido de outro verbo, a preposição será FACULTATIVA:


Ex: ele visava a alcançar lucros / ele visava alcançar lucros

• ACEDER:
É sinônimo de “permitir”, mas a regência é diferente (Ex: Eu acedi ao projeto de
reflorestamento)

• ANUIR
É um verbo transitivo indireto, que pede a preposição “a” (quem anui, anui “a”)
Ex: Os diretores anuíram àquelas reformas.

• INSURGIR-SE
Significa rebelar-se, e pede a preposição “contra”.
Ex: A igreja se insurge contra pesquisas genéticas.

• PRESCINDIR:
Verbo muito utilizado na praxe jurídica, e que significa “dispensar”. Tal verbo exige a preposição
“de” (quem prescinde, prescinde “de”).
Ex: Aquelas crianças não poderiam prescindir da ajuda do governo.

• IMISCUIR-SE
É um verbo transitivo indireto, que exige a preposição “em”.
Ex: a polícia se imiscuiu na favela / ele se imiscuiu em todas as decisões.

• Os verbos INFORMAR, ALERTAR, AVISAR, NOTIFICAR, CIENTIFICAR possuem a mesma


regência. Ou eu digo que avisei alguém de algo (usei a preposição “de”), ou que avisei
algo a alguém (usei a preposição “a”).
Ex: Notifiquei o cliente da audiência / Notifiquei ao cliente a audiência
Ex: Alertei o jovem da punição / Alertei ao jovem a punição

CUIDADO! Nestes casos, nunca use as 2 preposições ao mesmo tempo.


Ex: Avisei-lhe da greve -> ERRADO / Avisei-lhe a greve -> CORRETO
Ex: Notifiquei ao cliente da audiência -> ERRADO

• O verbo ACABAR tem os seguintes sentidos:


- Terminar (Ex: Se ainda restassem dúvidas, elas acabariam no alvorecer)
- Destruir (Ex: As fortes chuvas acabaram com as plantações de grãos).
- Ser (Ex: O cantor mostrou muito talento e acabou aplaudido entusiasticamente).

Regência Nominal:

O estudo da regência nominal é mais simples, tendo em vista que a distância entre o padrão
culto e a língua falada é bem pequena (ao contrário do que vimos na Regência Verbal).

A regência nominal é a relação de um nome com o seu complemento nominal. Em outras


palavras, a regência nominal estuda os casos em que os nomes (substantivos, adjetivos ou
advérbios) exigem uma outra palavra que complemente o seu sentido.

Exemplo: “senso de humor” -> a palavra “senso” é um substantivo abstrato, que pede um
complemento. Quando falamos em “senso”, falamos em “senso de alguma coisa”.

Na regência nominal devemos sempre nos atentar para a preposição que irá ligar o nome com
o seu complemento.

Para efeitos de regência, serão considerados “nomes” os:


- Substantivos
- Adjetivos
- Advérbios (que precisarem de um complemento nominal)

Exemplos:
➢ “Preocupado com a minha mãe” -> Temos um ADJETIVO que irá se ligar a um complemento
nominal. Perceba que quem se preocupa, se preocupa COM alguma coisa. Portanto, é a
preposição “COM” que irá ligar o adjetivo ao seu complemento.
➢ “Cansada de limpar a casa” -> Também temos um ADJETIVO, mas desta vez ligado ao
complemento pela preposição “DE”.
➢ “Conhecimento sobre folclore” -> A palavra conhecimento é um SUBSTANTIVO abstrato,
que está ligado ao seu complemento pela preposição “SOBRE”.
➢ “Já está adaptado a esse estilo de vida”.
➢ “Parecem alheios a tudo que os cerca”.
➢ “Estão alienados da realidade”.
➢ “Seu trabalho era análogo ao meu”.
➢ “Somos avessos a coisas desse tipo”.
➢ “Estavam ávidos de / por vingança”.
➢ “Era curioso por descobertas científicas”
➢ “Meus parentes são devotos de/a São Francisco de Assis.
➢ “Seu comportamento é incompatível COM o meu”.

Para facilitar seu estudo, segue uma tabela de nomes seguidos das respectivas preposições1:

1
Fonte: http://www.qieducacao.com/2011/05/regencia-nominal.html
USO DO “CUJO”, “CUJA”, “CUJOS, “CUJAS”

Quando lendo a frase percebermos que há uma relação de posse (Ex: beleza da atriz; sua beleza),
devemos usar um destes 4 pronomes relativos: “cujo”, “cuja”, “cujos”, “cujas”.
Tal pronome sempre vai concordar com o termo que vem depois.

Outra regra muito importante é que não devemos, nem antes nem depois de cuja, cujo etc, usar
artigo. Portanto, não existe crase antes de cujo, cuja, cujos, cujas.

Vejamos alguns exemplos:

A atriz a cuja beleza aludi é brasileira (tem que usar a preposição “a”)
A atriz cuja atuação elogiei é bela (neste caso não há preposição).

O amigo em quem confio é legal (ou “no qual”).


Em cuja lealdade confio é legal.
Cuja generosidade admiro é legal (não pede preposição).

O diretor em quem me espelho é sério.


Em cuja postura me espelho é sério.
Com cujas decisões concordei é sério.
Em cujas decisões me imiscuí é sério.

O ator contra cuja contratação me insurgi é péssimo.

O ator sobre cuja atuação conversamos é jovem (nós conversamos “sobre” algo).

O diretor contra cujas atitudes me insurgi é chato.


A cujas ideias me opus é jovem.
Cuja sabedoria invejo é jovem.
De cuja sabedoria tenho inveja é jovem.

O gerente a cujas ideias dei crédito é inteligente.

O rio em que nadava era limpo (ou “no qual”, ou “onde”).


Do qual retiravam amostras era limpo (ou “de que”).
Em cujas águas nadava era limpo.
Sobre cujas águas construíram a ponte é limpo.

O jogador de cuja atuação depende a equipe é bom.


A cujo preparo físico fiz elogios é jovem.
De cuja capacidade desconfiei é jovem.

O técnico em cuja competência confio é do sul


A cujas decisões me mostrei contrário é burro -> regência nominal
Em cuja seriedade todos acreditam é jovem.
USO DO “PORQUE”

Existem 4 tipos de “porquês”: “Porque” / “por que” / “porquê” / “por quê”. Vejamos os usos
de cada um deles:

1) Porque:

É usado sempre que você puder substituir por “pois”, “já que”, “visto que”, “uma vez que”.
Ex: Choveu muito, porque as ruas estavam alagadas.
Ex²: Ele foi demitido porque faltou muito.

Também pode aparecer no começo da frase:


Ex: “Porque perdeu o voo, vai desistir da viagem?”-> perceba que neste caso apenas se trocou a
posição na frase, mas o sentido é mesmo. Veja, portanto, que nem sempre que estivermos
diante de uma pergunta o “porque” será separado!

2) Por que:

Tem 2 usos:
- Quando se puder subentender depois do “por que” a palavra motivo ou razão:
Ex: Eu quero saber por que a prova foi adiada (por que razão a prova foi adiada).
Ex: Gostaria de saber por que eles foram punidos (por que razão eles foram punidos?)

- Quando for possível trocar o “por que” por “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais” e “pelas
quais”
Ex: A situação por que passou foi séria (pela qual passou).
Ex: O objetivo por que tanto lutou foi nobre (pelo qual lutou).

3) Porquê:

Devemos utilizar “porquê” quando este for usado como um substantivo. Neste caso, o
“porquê” também deve ser sempre precedido de um artigo.
Ex: O porquê da briga foi banal.
Ex²: Quero saber o porquê da revolta dos presos.

4) Por quê:

Será utilizado quando pudermos subentender a palavra “razão” ou “motivo”, assim como no
primeiro caso, mas vier seguido de uma pausa na ideia, como um ponto.
Ex: Ele foi demitido, por quê? (por que motivo) -> vem seguido de um ponto.
Ex: Mesmo sem saber por quê (por que motivo), ele aceitou a mudança. -> vem seguido de
uma virgula.

Vejamos outros exemplos, misturando os usos, para treinar:


- Por que perdeu o documento?
- Porque chegou tarde, desistiu da prova? (ele desistiu da prova, porque chegou tarde)
- Havia algo errado porque ele nada falou.
- Ela foi convidada e não sabe por quê.
- Eles foram admitidos porque tinham experiências.
- Ela foi repreendida e não sabe o porquê.
- Apesar de não entender por quê, seus pais a deixaram sair.
- Apesar de não entender por que seus pais a deixaram sair, ficou muito feliz (por qual
motivo?)
- Porque perderam o jogo, foram muito criticados.
- Por que foram criticados?
- Foram criticados, por quê?
- As crianças são abandonadas e não sabem por quê.

Exercícios de Fixação

PR-4:

1) Ano: 2018 Banca: PR-4 UFRJ Órgão: UFRJ Provas: PR-4 UFRJ - 2018 - UFRJ - Técnico
de Tecnologia da Informação

“Há alguns anos circula na internet o ‘teste do pescoço’, que instiga o leitor a refletir
sobre as desigualdades em nossa sociedade a partir de suas experiências cotidianas,
particularmente naquilo que toca a presença ou ausência de negros e brancos em
diferentes atividades e espaços sociais: qual a cor dos médicos, dos trabalhadores
domésticos, dos políticos, de professores, alunos e funcionários em colégios de elite e
nas universidades etc. A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma
resposta intuitiva à questão se há ou não discriminação no Brasil: pretos e pardos são
raramente encontrados nas áreas e funções de maior poder aquisitivo e status social,
ao passo que brancos nelas dominam. (...)”.

Fragmento inicial do Relatório das desigualdades de raça, gênero e classe / ano 2017 /
n. 1 / p. 1 gemaa / Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa | UERJ.

No trecho “A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma resposta


intuitiva à questão (...)”, o verbo em destaque, quanto à sua regência, é:

a) transitivo direto.
b) intransitivo.
c) transitivo indireto.
d) intransitivo direto.
e) transitivo direto e indireto.

Gabarito: E

→ “A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma resposta intuitiva à


questão (...)”

>>> aquilo que permite, permite algo a alguma coisa: (algo >>> objeto direto, "uma
resposta intuitiva", complemento sem preposição) a alguma coisa (à
questão >>> objeto indireto, complemento preposicionado); logo o verbo "permitir",
no contexto, é transitivo direto e indireto, exige um complemento sem preposição e
um regido pela preposição "a".

2) Ano: 2018 Banca: PR-4 UFRJ Órgão: UFRJ Provas: PR-4 UFRJ - 2018 - UFRJ -
Assistente Social

O texto adiante é a letra do samba-enredo “Meu Deus, Meu Deus, está extinta a
escravidão?”, apresentado neste Carnaval pelo Grêmio Recreativo e Escola da Samba
Paraíso do Tuiuti, composto por Claudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e
Aníbal.

Meu Deus! Meu Deus!

Se eu chorar, não leve a mal


Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social

Não sou escravo de nenhum senhor

Meu Paraíso é meu bastião

Meu Tuiuti, o quilombo da favela,

É sentinela da libertação

Irmão de olho claro ou da Guiné

Qual será o seu valor? Pobre artigo de mercado

Senhor, eu não tenho a sua fé, e nem tenho a sua cor

Tenho sangue avermelhado

O mesmo que escorre da ferida

Mostra que a vida se lamenta por nós dois

Mas falta em seu peito um coração

Ao me dar a escravidão e um prato de feijão com arroz

Eu fui mandiga, cambinda, haussá

Fui um Rei Egbá preso na corrente

Sofri nos braços de um capataz

Morri nos canaviais onde se plantava gente

Ê, Calunga, ê! Ê, Calunga!
Preto Velho me contou, Preto Velho me contou

Onde mora a Senhora Liberdade

Não tem ferro nem feitor

Amparo do Rosário ao negro Benedito

Um grito feito pele do tambor

Deu no noticiário, com lágrimas escrito,

Um rito, uma luta, um homem de cor

E assim, quando a lei foi assinada

Uma lua atordoada assistiu fogos no céu

Áurea feito o ouro da bandeira

Fui rezar na cachoeira contra a bondade cruel

Meu Deus! Meu Deus!

Se eu chorar, não leve a mal

Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social

Não sou escravo de nenhum senhor

Meu Paraíso é meu bastião

Meu Tuiuti, o quilombo da favela,

É sentinela da libertação
Considere a estrofe a seguir.

“Meu Deus! Meu Deus!

Se eu chorar, não leve a mal

Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social”

Quanto à regência no verso dado, o verbo em destaque é:

a) intransitivo.
b) transitivo direto.
c) transitivo indireto.
d) bitransitivo.
e) tritransitivo.

Gabarito: B

Quem liberta, liberta algo\alguém.

Verbo transitivo direto, ou seja, aquele que, em regra, não precisa de preposição em
seu complemento.

OUTRAS BANCAS:
1 – (INSTITUTO AOCP 2017 - Câmara de Maringá- PR - Assistente Administrativo) Assinale a
alternativa em que o termo em destaque apresenta uma inadequação em relação à
regência verbal, com base na norma padrão.
a) “Sei que deveria ir mais a Minas Gerais do que vou, umas duas, três vezes ao ano.”
b) “[...] ela viu na mesa de café da tia Teresa [...]”.
c) “Um garoto que mora em São Paulo foi a Minas [...]”.
d) “Sotaque que, acho eu, fui perdendo ao longo dos anos, desde aquele 1973, [...]”.
e) “[...] pousei no aeroporto de Uberlândia e fui direto na lanchonete comer um pão de queijo
[...]”.

Resposta: Letra E. O verbo “ir” pede a preposição “a”. Quem vai, vai a algum lugar. Ex. Fui à
lanchonete.

2 - (INSTITUTO AOCP - 2017 - Câmara de Maringá- PR - Assistente Legislativo) Assinale a


alternativa em que o uso da crase se justifica pelo mesmo caso de regência que ocorre em
“Claro que estou indo à festa”:

a) Muitas pessoas não tiveram acesso à informação.


b) Todos já estão adaptados às novas regras.
c) A tela pintada por ele é semelhante à dela.
d) Os funcionários são vinculados à outra empresa.
e) Cheguei à reunião na hora exata.

Resposta: Letra E. A frase da assertiva está pedindo a alternativa com mesma regência, ou seja,
no caso, exigida por UM VERBO - REGÊNCIA VERBAL. A letra “E” é o único caso de regência
verbal, enquanto as demais são casos de regência nominal.

3 - (AOCP - 2017 - CODEM – PA - Analista Fundiário – Advogado) Em “Metade de todas as


pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez por
mês”, a crase ocorreu

a) para atender à regência do verbo “entra”.


b) para introduzir expressão adverbial feminina.
c) para indicar que houve junção de dois artigos definidos, no feminino e no singular.
d) para atender a regência de “acesso” e pela presença de artigo definido, feminino, singular
que antecede “internet”.
e) inadequadamente, pois a palavra internet não admite artigo.

Resposta: Letra D. “Acesso” pede a preposição “a”, bem como “internet” é uma palavra
feminina, sendo precedida do artigo “a”.

4 – (INSTITUTO AOCP - 2017 - Câmara de Maringá- PR - Assistente Administrativo) Considere


o excerto a seguir: “Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos
chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade [...]”. Em relação ao uso do acento
indicativo de crase, conforme a norma padrão, é correto afirmar que

a) o emprego da crase sinaliza a junção de uma preposição com um artigo feminino.


b) o verbo “pegar” é o termo regente do substantivo “felicidade”.
c) a crase pode ser empregada quando o termo regido for um substantivo masculino.
d) o acento indicativo de crase pode ser empregado, quando houver uma preposição e um
artigo indefinido “uma”.
e) o uso da crase revela que a palavra “felicidade” está sendo utilizada em sentido
indefinido, amplo.

Resposta: Letra A. Comentários:


a) O acento indicativo de crase se origina pela junção da preposição a com o artigo feminino a,
formando assim o fenômeno da crase.
b) O termo regente de “felicidade” é “destino”.
c) A crase não pode ser usada antes de substantivo masculino, a não ser se for para abreviação.
Por exemplo: Vou à homicídios (Delegacia). Mas essa é uma exceção. Fonte: Sacconi.
d) Não se utiliza a crase antes de artigo indefinido.
e) O fato de ter um artigo definido determina o sentido. Se fosse um artigo indefinido, haveria
o sentido indefinido.

5 – (FGV – 2009 – SEFAZ-RJ) Criou-se verdadeiramente um princípio, o de autodestruição,


que tem sua contrapartida, o princípio de responsabilidade. (L. 17-19).
Das alterações processadas na frase, assinale aquela cuja forma de estruturação é a única
sintaticamente correta e semanticamente compatível com as ideias defendidas no texto:

a) Criou-se verdadeiramente um princípio, o de autodestruição, com cujo princípio de


responsabilidade antecipou-se à contrapartida.
b) Criou-se verdadeiramente um princípio, o de autodestruição, sem cuja contrapartida o
princípio de responsabilidade logrou existir.
c) Criou-se verdadeiramente um princípio, o de autodestruição, e sua contrapartida
estrutura ao princípio de responsabilidade.
d) Criou-se verdadeiramente um princípio, o de autodestruição, onde a contrapartida é ao
princípio de responsabilidade.
e) Criou-se verdadeiramente um princípio, o de autodestruição, em cuja contrapartida está
o princípio de responsabilidade.

Resposta: Letra E. Comentário da banca:


O item (E) está correto porque a transformação sugerida mantém a ideia de que o princípio de
responsabilidade está na contrapartida ao princípio de autodestruição e a estrutura frasal
organizada a partir do pronome relativo cujo está em consonância com as normas gramaticais
estabelecidas para o padrão escrito culto – o referido pronome substitui termo
preposicionado, conforme se observa na seguinte estrutura: na contrapartida do princípio de
autodestruição está o princípio de responsabilidade.

Apresentam-se, a seguir, os erros das demais alternativas:


(A) Embora o emprego do pronome relativo esteja de acordo com os padrões gramaticais, há
uma impropriedade de natureza semântica na reescritura da frase, já que nenhum dos
princípios se antecipou à contrapartida. Ao contrário, o princípio de responsabilidade é a
contrapartida do princípio de responsabilidade.
(B) A preposição sem não cabe no contexto, pois ser contrapartida ao princípio de
autodestruição é condição da existência do princípio de responsabilidade.
(C) O verbo estruturar é transitivo direto e não cabe o uso da preposição A no complemento
direto, como se propõe em ao princípio de responsabilidade. Além disso, não há
compatibilidade semântica entre as duas frases, uma vez que a o princípio de autodestruição
não representa a circunstância de lugar onde se verifica a contrapartida.
(D) Embora se possa admitir compatibilidade semântica entre as estruturas em questão, o
pronome relativo onde não é tradicionalmente admitido na relativização de termo que exerce
a função de adjunto adnominal.

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