Laíse Sousa Teles
Laíse Sousa Teles
Laíse Sousa Teles
FORTALEZA
2020
LAÍSE SOUSA TELES
FORTALEZA
2020
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Centro Universitário Christus - Unichristus
Gerada automaticamente pelo Sistema de Elaboração de Ficha Catalográfica do
Centro Universitário Christus - Unichristus, com dados fornecidos pelo(a) autor(a)
CDD 624
LAÍSE SOUSA TELES
Aprovada em ___/___/____
BANCA EXAMINADORA
Primeiramente agradeço aos meus pais por me ensinarem desde cedo o significado
do estudo, da responsabilidade, dedicação e por sempre me incentivarem a lutar pelos meus
sonhos. Ao meu pai, Domingos Teles, por ser meu maior exemplo de honestidade, garra e
paixão pelo trabalho, e minha mãe Conceição, por todo cuidado e atenção em todos os
momentos, principalmente nos mais difíceis, onde nunca faltou.
Ao professor Bergson Matias, pela orientação deste trabalho, pelo suporte e tempo
que disponibilizou para me auxiliar e tirar dúvidas, além de ter me dado a oportunidade de
prosseguir com meu trabalho sendo instruída por um profissional que tenho como referência.
Agradeço também ao professor Eric Mateus Fernandes, pelos ensinamentos em sala de aula que
me ajudaram a realizar este trabalho, pelo tempo de orientação, contribuições e incentivo.
Ao Leonardo Torquato por sempre acreditar em mim, me apoiar, incentivar e me
inspirar. Por ser presente nessa jornada, sendo sempre companheiro nos meus momentos de
estudos, diversão e descanso. Pela paciência, compreensão e carinho nos momentos difíceis.
Obrigada com amor.
Às minhas amigas, que me proporcionam momentos de sociabilidade e
descontração, compartilhando muitas vezes dificuldades parecidas, as quais esperamos
futuramente lembrar com risadas. Em especial Vanessa Pinto e Ariele Pinto por serem minha
segunda família e dividirem apartamento comigo por tantos anos, e sempre ouvirem minhas
angústias. E minha prima Bárbara Saraiva, pois mesmo à distância, sempre permitiu que eu
compartilhasse meus melhores momentos e também os não tão bons assim.
Aos meus amigos da Unicristus, que me acompanharam durante esses cinco anos e
meio de curso, e dividiram comigo tantos aprendizados, momentos de estudos e diversão. Em
especial as pessoas que pretendo levar para uma vida além da universitária, François Charron,
Caio Dias, Laide Rodrigues e Taynah Lima. Obrigada amigos, por contribuírem em tantos
aspectos para que eu chegasse até aqui.
RESUMO
The work presents a comparison between methods of structural analysis of reinforced concrete
water tanks of the buried type. Where initially explains basic concepts on the theme, such as
features and positions in relation to the ground. Also mentioned are the forces acting on the
elements for cases where the reservoir is full and empty, as well as the different methods of
analysis. In many cases, structural analysis does not justify the use of a more sophisticated
model, which is usually more complex and more numerically expensive. In other
circumstances, characterizing an analysis in a more robust structure may result in equations that
are impractical by closed analytical methods, which makes the use of numerical methods
indispensable. The search has therefore been for simple models that incorporate the
fundamental characteristics of the problem and that provide solutions with acceptable precision.
In view of this, two methods were used to analyze the requests on the plates of a prototype,
being a classic or simplified method: Isolated Plate Method, and the Finite Element Method,
through the modeling and elastic-linear analysis of the structures in the SAP2000 software. It
was found that the negative moments obtained by the finite element method showed more
conservative results. The positive moments, on the other hand, presented mostly favorable
values for safety using the isolated plate method, in addition to that, they also showed greater
percentage differences between the results than the negative ones.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 15
2.1 Ações nos Reservatórios ............................................................................................. 16
2.2 Análise estrutural........................................................................................................ 20
2.2.1 Método das Placas Isoladas ......................................................................................... 22
2.2.2 Método dos Elementos Finitos...................................................................................... 29
2.3 Interação Solo Estrutura ............................................................................................ 33
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 35
3.1 Definições do Protótipo .............................................................................................. 35
3.2 Determinação das cargas atuantes ............................................................................ 36
3.3 Método das Placas Isoladas........................................................................................ 37
3.4 Determinação das constantes das molas que representam a rigidez do solo ......... 40
3.5 Método dos Elementos Finitos ................................................................................... 42
4 RESULTADOS ........................................................................................................... 47
4.1 Ações no reservatório ................................................................................................. 47
4.2 Método das Placas Isoladas........................................................................................ 48
4.3 Método dos Elementos Finitos ................................................................................... 55
4.4 Comparação dos resultados ....................................................................................... 61
4.5 Variação da constante de mola .................................................................................. 65
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 68
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 69
ANEXO A .................................................................................................................... 72
12
1 INTRODUÇÃO
problema analisado. Isto é, a qualidade da resposta do modelo não depende apenas da sua
abrangência, mas também do tipo de estrutura analisada e da importância da mesma.
Em muitos casos, não se justifica a utilização de um modelo mais sofisticado, que
em geral é mais custoso numericamente. Por exemplo, no cálculo dos deslocamentos
transversais de uma viga longa, desprezar a contribuição da força cortante e das deformações
axiais na estimativa destes, promove uma redução substancial no número de operações
matemáticas sem, entretanto, influenciar de forma significativa no resultado. Para aplicações
como essa, é extremamente pertinente a utilização de modelos simplificados baseados no
tratamento dos elementos estruturais de forma isolada.
Já em outras circunstâncias, a caracterização de uma análise em uma estrutura mais
robusta pode resultar em equações diferenciais parciais impossíveis de resolver por métodos
analíticos fechados, o que torna indispensável a utilização de métodos numéricos. Hoje, o
Método dos Elementos Finitos (MEF) é um dos métodos numéricos mais utilizado por
engenheiros para prever o comportamento estrutural, muito pelo fato de que mais de 1 bilhão
de dólares são gastos por ano nos Estados Unidos em programas de computador sobre MEF
(FISH; BELYTSCHKO; 2009).
Segundo Fish e Belytschko (2009), o MEF consiste basicamente em dividir o corpo
em vários elementos, conectados por nós, e buscar uma solução aproximada para cada elemento
ao invés de buscar uma solução para todo o domínio de integração. As soluções são dadas por
um procedimento sistemático do próprio método e, em função do elevado custo numérico, são
determinadas por rotinas computacionais. Comumente, à medida que o número de elementos e
nós aumenta, a precisão da solução melhora.
Os reservatórios de concreto armado sejam eles elevados, apoiados ou enterrados,
fazem parte da maioria dos edifícios atualmente. Nas edificações usuais, os mesmos são usados
para armazenar água para fins de abastecimento ou para fins recreativos (piscinas, por
exemplo), e podem estar diretamente ligados à estrutura do prédio ou desligados de qualquer
estrutura.
Nos reservatórios enterrados, além das ações do peso próprio e do peso dos
revestimentos, atuam nas paredes o empuxo do solo e da água. Desse modo, esses elementos
estão sujeitos a cargas perpendiculares ao seu plano, gerando, predominantemente, o efeito da
flexão.
Como resultado, um dos métodos mais utilizados para análise estrutural de
reservatórios consiste em tratar suas partes como lajes isoladas. Para tanto, é necessário definir
como essas partes estão vinculadas (bordas engastadas, simplesmente apoiadas ou livres), quais
14
ações irão gerar flexão e qual a teoria utilizada para obter os esforços nas lajes. De forma
simplificada, os esforços podem ser calculados pela Teoria das Placas Finas (KIRCHHOFF,
1850), por meio de tabelas.
A aplicação desse método, entretanto, é baseada em uma série de pressupostos,
como, por exemplo, assumir que a borda será engastada quando os elementos ligados a ela
tenderem a girar em sentidos contrários, ou como desconsiderar a interação do solo com a
estrutura. Portanto, é importante o desenvolvimento de estudos que investiguem até que ponto
essas aproximações podem comprometer significativamente os resultados.
Tendo em vista a importância dos reservatórios para o abastecimento da população
e a complexidade de garantir que o mesmo seja completamente estanque à água, não apresente
manifestações patológicas e seja durável, é necessário validar outros métodos de análise
estrutural a fim de obter uma ordem de grandeza comparativa com os métodos simplificados
comumente utilizados.
Sendo assim, esse trabalho tem por objetivo geral comparar o método tradicional
aplicado na análise estrutural de reservatórios enterrados de concreto armado com o Método
dos Elementos Finitos. Para que se possa atingir determinado objetivo, tem-se os seguintes
objetivos específicos:
a) Obter as ações atuantes em cada laje do reservatório;
b) Obter os esforços desenvolvidos nos componentes do reservatório
considerando cada parte como uma placa isolada pelas tabelas de Bares;
c) Determinar as constantes de mola que representarão a rigidez do solo no MEF;
d) Conceber os modelos em elementos finitos de casca no software SAP2000;
e) Avaliar a influência da variação das constantes de mola que representarão a
rigidez do solo;
Este trabalho está estruturado em cinco capítulos, onde o primeiro é a introdução
que apresenta contextualização, problematização, justificativa, objetivo geral e objetivos
específicos. O segundo capítulo aborda um referencial teórico sobre alguns temas relacionados
a reservatórios e seus métodos de análise estrutural. Posteriormente é apresentada a
metodologia para desenvolvimento das cargas atuantes, dos modelos de análise e determinação
da constante que representa a rigidez do solo. No capítulo quatro serão comparados e discutidos
os resultados obtidos a partir do desenvolvimento dos métodos. No quinto e último capítulo
serão apresentadas as conclusões obtidas neste trabalho e sugestões para continuidade desta
pesquisa.
15
2 REFERENCIAL TEÓRICO
(a) (b)
16
(c) (d)
Para Souza e Cunha (1994), as caixas d’água usuais de edifícios são, em geral, de
pequena capacidade (até 100 m³), mas quando médias (até 500 m³) ou grandes (volumes
maiores que 500 m³), são subdividas em células através de paredes intermediárias de modo a
diminuir as dimensões das lajes que as compõem.
Independentemente do tipo de reservatório, as principais cargas atuantes são o peso
e a pressão da água. Desta forma, deve-se sempre que possível projetar caixas d’água com
alturas reduzidas de modo a não sobrecarregar desnecessariamente os fundos e paredes das
mesmas.
a)
As lajes do fundo para esses tipos de reservatório funcionam como um radier. Dessa
forma, o peso próprio da laje e o peso da coluna de água do reservatório não ocasionam esforços
de flexão, mas sim de compressão, já que serão diretamente reagidos pelo solo. Sendo assim,
as cargas que irão gerar flexão serão oriundas do peso das paredes e da tampa do reservatório.
Uma simplificação de cálculo normalmente adotada consiste em assumir que todas as cargas
verticais, transmitidas pelas paredes, distribuem-se uniformemente em toda a área de contato
laje de fundo-solo (SOUZA; CUNHA, 1994).
Para os reservatórios apoiados (Figura 4), Vasconcelos (1998) também faz
diferenciações entre caixa d’água cheia (Figura 4 (b)) e vazia (Figura 4(a)). A autora afirma que
atuam o empuxo da água e a reação do terreno, e reitera que para o reservatório cheio há
concomitância da ação devido à massa de água e a reação do terreno, devendo ser considerada
no cálculo a diferença entre estas duas ações, sendo mais comum uma maior ação do terreno
no fundo do que a ação devido à massa de água.
19
a) b)
demanda numérica (ASSIS; BEZERRA, 2017), além de motivar estudos que busquem as
limitações de cada método e destaquem as condições que extraem os seus melhores resultados.
De acordo com Carvalho e Figueiredo Filho (2014), para idealização simplificada
do comportamento das estruturas, é conveniente dividir a mesma em partes cujo
comportamento seja conhecido e de certa forma simples. Essas partes são denominadas de
elementos estruturais e sua classificação é dada em função da geometria e do tipo de esforço
predominante (função estrutural). A obtenção dos esforços solicitantes pode desse modo, ser
feita considerando os elementos separadamente (GIONGO, 2002).
De acordo com a geometria, as estruturas podem ser modeladas em elementos
unidimensionais (lineares), bidimensionais (superfície) e tridimensionais (sólidos). Estes
últimos são elementos em que as três dimensões possuem a mesma ordem de grandeza.
Segundo Bezerra (2014), os elementos lineares, que são aqueles em que uma das dimensões é
significativamente superior às demais, são os mais comuns em estruturas e pode-se classificá-
los a partir da solicitação preponderante. As vigas, por exemplo, são elementos lineares em que
prepondera a flexão, enquanto os pilares são elementos lineares em que forças normais de
compressão são prevalecentes.
Os elementos de superfície são aqueles cuja espessura é significativamente inferior
às demais dimensões da peça. Quando sujeitos a cargas transversais ao plano, gerando flexão
biaxial, os elementos planos são chamados de placas (as lajes e paredes de reservatórios, por
exemplo); quando as cargas atuam paralela ao plano, gerando tração/compressão, os elementos
são denominados membranas (ou chapas); elementos de superfícies não planas ou que
combinam o comportamento de placa e membrana são chamados de cascas.
O método elástico (clássico), também designado por teoria das placas delgadas ou
teoria de Kirchhoff, é um método de cálculo de placas que consiste numa formulação para
descrever o comportamento elástico de elementos planos bidimensionais, cujo carregamento
age na direção normal ao mesmo. O mesmo é usado para determinar tensões e deformações em
placas finas submetidas a torção e momentos fletores. Pode-se descreve-lo, genericamente,
como uma extensão do modelo clássico de vigas proposto por Euler-Bernoulli. Nesta, portanto,
se posterga o efeito do cisalhamento.
As premissas consideradas válidas para placas finas com isotropia total e ações
transversais foram propostas por Kirchhoff. Além das considerações supracitadas, adota-se que
(SZILARD, 2004):
a) O material é homogêneo, isotrópico e elástico linear; isto é, segue a lei de
Hooke;
b) A placa é inicialmente plana;
c) A superfície do meio da placa (equivalente ao eixo neutro nos elementos de
viga) permanece sem tensão durante a flexão;
d) A espessura constante da placa, h, é pequena em comparação com suas outras
dimensões; isto é, a menor dimensão lateral da placa é pelo menos 10 vezes
maior que a sua espessura;
e) As deflexões transversais w(x,y) são pequenas em comparação com a espessura
da placa. Uma deflexão máxima de um décimo da espessura é considerada o
limite da teoria da deflexão pequena;
f) As inclinações da superfície média são pequenas em comparação com a
unidade;
g) Seções planas e normais à superfície intermediária antes da deformação
permanecem planas e normais à superfície intermediária após a deformação.
Consequentemente, as deformações de cisalhamento são negligenciadas. Essa
suposição representa uma extensão da hipótese de Bernoulli para vigas em
placas;
h) A tensão normal na direção transversal à superfície da placa pode ser
desprezada.
A equação diferencial governante do problema da flexão de placas finas sujeitas a
pequenos deslocamentos transversais é obtida a partir das equações de equilíbrio de um
elemento infinitesimal de placa e nas relações de compatibilidade das deformações desse
elemento. As equações de equilíbrio, por sua vez, são obtidas com base no estado duplo de
24
tensões. A partir deste, pode-se definir, através das tensões normais, os momentos fletores por
unidade de comprimento e, através da tensão de cisalhamento, o momento de torção por unidade
de comprimento.
Tomando-se o equilíbrio de um elemento infinitesimal de placa submetido a uma
carga p(x,y) e relacionando momentos fletores com curvatura, tem-se a equação fundamental
de placas finas (delgadas) (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2014):
∂4 w ∂4 w ∂2 w p
4
+2 2
+ 4
=- (1)
∂x ∂x ∂y2 ∂y D
em que
w é o campo de deslocamento na direção vertical, D é a rigidez da laje, definida por:
E . h³
D= (2)
12 (1 - ν²)
sendo E o módulo de deformação longitudinal, h a espessura e ν o coeficiente de Poisson.
A partir das derivadas da Equação (1), pode-se obter as expressões para os
momentos fletores nas direções de x (mx) e de y (my) e do momento de torção (mxy), como
mostram as equações:
∂2 w ∂2 w
mx = -D ( 2 +ν 2 ) (3)
∂x ∂y
𝜕 2w 𝜕 2w (4)
my = -D ( +𝜈 2)
∂x∂y ∂x
∂2 w (5)
mxy = -D (1- ν) ( )
𝜕𝑥𝜕𝑦
Como pode ser visto, a equação governante do problema de placas delgadas trata-
se de uma equação diferencial parcial linear de quarta ordem com coeficientes constantes.
Portanto, o problema básico consiste em encontrar uma expressão para a superfície deformada
que satisfaça simultaneamente a equação diferencial de equilíbrio e as condições de contorno.
Válido se faz lembrar que, por ser de quarta ordem, são necessárias duas condições de contorno,
em deslocamento e/ou esforços internos, em cada parte do contorno da placa para determinar a
solução da equação.
A solução exata da equação diferencial somente pode ser obtida para poucos casos
particulares. Ampliada a complexidade das estruturas, no que diz respeito à geometria,
carregamento, condições de contorno, etc., o tratamento analítico se torna impraticável, sendo
muitas vezes impossível.
25
Amed (1995) explica que normalmente não é fácil encontrar uma função w(x,y) que
satisfaça a equação diferencial das placas e atenda às condições de contorno. Entretanto, Kuehn
(2002) afirma que é possível obter algumas aproximações do resultado utilizando recursos de
cálculo numérico como diferenças finitas, séries de Fourier, método dos elementos finitos ou
por integração numérica. Esses processos aplicam-se à elaboração de tabelas que facilitam a
obtenção dos esforços em placas com formas e carregamentos mais recorrentes.
O processo de cálculo de placas por séries é uma estratégia interessante para o
desenvolvimento de tabelas (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2014). De acordo com
Szilard (2004), a solução proposta por Navier em 1820 se baseia na representação do
carregamento por uma série de Fourier dupla (superposição de carregamentos com a forma bi-
senoidal), conforme a equação:
∞ ∞
m.π.x n.π.y
W(x,y)= ∑ ∑ Wmn sen ( ) sen ( ) (6)
a b
m=1 n=1
O desenvolvimento dessa solução por série foi desenvolvido por Bares (1972) para
diversas condições de vinculação e foram adaptados para um coeficiente de Poisson igual a 0,2,
valor atribuído pela NBR 6118 (ABNT, 2014) para o concreto. Com essas tabelas, basta
informar a relação entre os vãos da placa e o tipo de vinculação para extrair os coeficientes
necessários para obter as grandezas físicas pelas equações:
p . lx 2
m=μ. (7)
100
p . lx 4
a=α. (8)
100 . E . h3
sendo:
Em função das várias combinações de vínculos nas quatro bordas das lajes
retangulares, as mesmas recebem números que diferenciam as combinações de vínculos nas
bordas, como é mostrado na Figura 9 (BASTOS, 2015).
Souza e Cunha (1994) afirmam que antes de iniciar o cálculo das caixas d’água
deve-se observar o que pode ocorrer, em termos de momentos, nas suas arestas. Pois, podem
existir arestas cujos momentos se aproximam dos momentos de engastamento perfeito e arestas
que possuem momentos pequenos, quase nulos, que fazem com que elas possam ser associadas
a apoio simples. Para se saber em que caso elas se enquadram, é preciso realizar um estudo de
tendência de deformação das lajes para cada tipo de reservatório.
Essa tendência de deformação é determinada através da rotação das arestas dos
elementos estruturais em função dos carregamentos atuantes. De acordo com Kuehn (2002),
quando as rotações têm o mesmo sentido não causam abertura ou fechamento considerável da
ligação, pode-se considerar a aresta simplesmente apoiada (articulada). Quando as rotações
possuem sentidos contrários originam um acréscimo de tensões devido à mudança dos esforços
internos, podendo ocorrer abertura das ligações, portanto, nesta situação deve ser considerada
a vinculação como engastamento.
Para as caixas d’água elevadas as paredes são analisadas como placas com o
carregamento hidrostático atuando perpendicularmente ao seu plano. Nesse caso, a vinculação
a ser considerada é de três lados engastados e a borda superior apoiada. A laje do fundo também
recebe carregamentos perpendiculares ao seu plano (peso próprio, revestimentos, peso da água)
e é considerada como engastada nas quatro bordas com as paredes. Já a laje da tampa pode ser
analisada como simplesmente apoiada sobre as paredes, sabendo que também está sob
carregamento perpendicular ao seu plano (Kuehn, 2002). A Figura 9 mostra esse caso.
Figura 12 – a) domínio arbitrário de limite curvo modelado usando elementos quadrados e (b)
malha refinada de elementos finitos.
A análise de uma laje (Figura 14), por exemplo, pode ser simulada por elementos
bidimensionais que simulam o comportamento de placas (elementos planos sujeitos à flexão
biaxial). Cada laje é subdividida ou discretizada em diversas placas e cada placa pode ter um
formato qualquer e um número de nós variável (KIMURA, 2018).
De acordo com Campos (2015), por muito tempo os elementos de fundações foram
vistos como indeslocáveis, considerando as superestruturas rotuladas ou engastadas nesses
elementos. Entretanto, sabe-se que os elementos estruturais que interagem com o solo,
geralmente estão submetidos a altas cargas ou tensões, enquanto o solo possui uma baixa
capacidade resistente.
Para Antoniazzi (2011) quando o solo é submetido a um carregamento, na prática,
este sofre deformações e esse conflito gera uma alteração no fluxo de cargas da estrutura,
fazendo com que os valores de esforços obtidos em projeto sejam modificados. Essa
reorganização das cargas pode gerar falhas na edificação.
O processo de interação solo-estrutura nada mais é do que a influência recíproca
entre a superestrutura e o sistema de fundação, constituído pela fundação e o solo. Trata-se de
um processo encadeado ainda na fase de construção e estende-se até que atinja um estado de
equilíbrio, onde as tensões e deformações se encontrem estabilizadas, tanto da estrutura como
do maciço dos solos (COLARES, 2006).
No caso dos reservatórios enterrados de concreto armado, como a laje do fundo se
encontra em contato direto com o terreno, recebe as cargas oriundas do peso total do
reservatório e do peso da água, e é afetada pela reação do solo de baixo para cima, a mesma
pode ser considerada como um radier, em termos de análise estrutural, fazendo-se necessário
um estudo da sua interação com o solo.
Segundo Mezaini (2006), a utilização de modelos para simular o comportamento
do solo com mais realismo é um aspecto crucial na análise de estruturas de superfície, pois
desconsiderar a deformabilidade do solo pode apresentar resultados de esforços calculados e
reais incompatíveis. A depender do grau de deformabilidade do solo onde o reservatório se
encontra apoiado, podem ocorrer momentos fletores com sentidos contrários àqueles
correspondentes ao cenário de solo infinitamente rígido.
34
3 METODOLOGIA
Do ponto de vista da sua natureza, este estudo trata-se de uma pesquisa aplicada,
pois, de acordo com Prodanov e Freitas (2013), essas objetivam gerar conhecimentos para
aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesses
locais.
Do ponto de vista dos seus objetivos, a pesquisa possui caráter explicativo, pois,
segundo Prodanov e Freitas (2013), esses estudos tendem a registrar, analisar, classificar e
interpretar os fenômenos estudados, e possuem a preocupação de identificar seus fatores
determinantes. Vale ressaltar que nesse tipo de pesquisa deve haver certo controle das variáveis,
a fim de identificar, por meio da manipulação dos dados ou procedimentos, aquelas
independentes ou dependentes do fenômeno em estudo.
Quanto aos procedimentos técnicos, será realizado um estudo de caso em dois
reservatórios enterrados de concreto armado para fins de exemplificação, onde serão definidas
suas geometrias, calculadas suas solicitações, para então comparar suas análises estruturais a
partir de métodos clássicos com valores obtidos por ferramentas computacionais que simulam
o Método dos Elementos Finitos.
Dessa forma, pode-se considerar que, sob o ponto de vista da abordagem do
problema, a pesquisa é quantitativa. Nesse caso, algumas hipóteses serão formuladas, pois os
resultados irão analisar a interação das variáveis utilizadas e comparar os métodos considerando
suas particularidades.
As lajes maciças podem ser armadas em uma ou em duas direções. Esse aspecto é
imprescindível no cálculo e detalhamento das armaduras, etapas do projeto posteriores à análise
estrutural. Conhecidos os vãos teóricos das lajes é possível fazer uma relação entre o maior e o
menor vão e classificar a mesma em armada em uma direção ou armada em duas direções.
Dessa forma, optou-se por analisar um protótipo de reservatório d’água enterrado
paralelepipédico, contendo somente uma célula, que possui lajes classificadas como armadas
em uma direção e em duas direções. A tampa foi considerada pré-moldada pois é mais usual.
A partir disso, as análises e comparações entre os resultados obtidos por cada método puderam
ser realizadas.
36
concreto.
No caso das paredes, a determinação das cargas foi feita para o reservatório vazio
e para o reservatório cheio. No primeiro caso, a força resultante das cargas nas paredes laterais
se dá pelo empuxo de terra. Essa carga possui formato triangular e é distribuída por toda área
externa das paredes em contato com o solo. Dessa forma, utilizou-se peso específico do solo de
17 kN/m³ e um coeficiente de empuxo ativo igual a 0,33.
37
As cargas derivadas com empuxo de terra nas paredes foram calculadas através da
equação:
q es = hparedes . γsolo . k (12)
sendo qes a carga de empuxo do solo, hparedes a altura das paredes em contato com o solo, γsolo o
peso específico do solo e k o coeficiente de empuxo ativo.
Para o reservatório cheio, a força resultante das cargas nas paredes laterais se dá
pela diferença entre a pressão hidrostática interna e a pressão ocasionada pelo empuxo de terra
lateral. A ação da água nas paredes pode ser calculada com base na equação:
q água = hparedes . γágua (13)
sendo qágua a carga oriunda do peso da água, hparedes a altura da coluna d’água e γágua o peso
específico da água, sendo 10 kN/m³.
Assim, pode-se calcular a carga resultante do empuxo da água quando o
reservatório se encontra cheio, através da equação:
q ea = q água - q es (14)
Por fim, as cargas atuantes que geram esforços de flexão na laje do fundo são: a
carga total da tampa e o peso próprio das paredes. A somatória desses pesos implica em uma
carga uniformemente distribuída na laje de fundo. O peso próprio da laje de fundo e peso da
água ocasionam esforços de compressão devido à reação do terreno, portanto, não são
considerados nesses cálculos. Em vista disso, a força resultante que atua na laje de fundo pode
ser determinada da seguinte forma: primeiramente, encontrou-se o peso próprio de cada parede,
como pode ser entendido na equação:
( Cparede . hparede . eparede ) . γconcreto
g paredes = (15)
Áreafundo
Posteriormente, calculou-se a soma desse peso total com a carga total proveniente
da tampa.
q fundo = g paredes + q tampa
(16)
Para o reservatório vazio (Figura 17) considerou-se a placa de fundo engastada nas
quatro bordas com as paredes, as paredes engastadas entre si e a tampa apoiada nas paredes por
ser pré-moldada. Para o reservatório cheio (Figura 18) considerou-se a placa de fundo rotulada
nas quatro bordas com as paredes, as paredes engastadas entre si e a tampa também apoiada nas
paredes.
ly
λ= (17)
lx
onde, ly é o maior vão da laje e lx o menor vão.
Ao obter os coeficientes na mesma tabela, pôde-se calcular os valores
correspondentes aos momentos fletores a partir da Equação (7).
As paredes em ambos os modelos foram consideradas armadas em duas direções,
entretanto os esforços variam devido a mudança das dimensões em cada parede e o tipo de
vinculação. Para determinar as solicitações dos momentos fletores com o reservatório vazio
usou-se a tabela disponível no ANEXO B, onde a carga atuante é triangular e o caso escolhido
foi 16, e a Equação (7). Os coeficientes de entrada na tabela foram obtidos através da equação:
la
λ= (18)
lb
onde é la corresponde à altura da parede.
No caso do reservatório cheio o procedimento é o mesmo, com exceção do caso de
vinculação. Nesse modelo utilizou-se o caso 15 da tabela disponível no ANEXO B, pois as
paredes não se encontram mais engastadas com o fundo.
Para determinar as solicitações na laje de fundo do reservatório quando o mesmo
se encontra vazio, considerou-se as quatro bordas engastadas com as paredes. No caso do
protótipo em questão, a laje deve ser armada em somente uma direção, partindo do princípio
que o valor de λ é igual ao da tampa.
Por conseguinte, determinaram-se os momentos fletores a partir dos coeficientes
retirados da tabela do ANEXO C, onde o caso adotado foi o 6, e a Equação (7).
Na situação do reservatório cheio, a vinculação da laje foi definida simplesmente
apoiada com as paredes. Dessa maneira, o caso adotado na tabela do ANEXO A, foi o caso 1.
Para os elementos os quais as arestas engastadas apresentaram nos pontos de
engastamento valores de momentos fletores negativos diferentes, foi necessário fazer uma
compatibilização de momentos (Figura 19). A compatibilização de momentos fletores faz com
que a continuidade da estrutura seja considerada. Foi aplicado o maior resultado entre: 80% do
maior valor de momento fletor e a média entre os dois momentos fletores.
Em decorrência da compatibilização dos momentos negativos, os momentos
positivos na mesma direção devem ser analisados, segundo Pinheiro (2007). A correção foi
feita somando-se ao valor do momento fletor encontrados a média das variações ocorridas nos
momentos fletores negativos sobre os respectivos apoios. Pode acontecer da compatibilização
40
3.4 Determinação das constantes das molas que representam a rigidez do solo
um solo com tensão admissível de 1,50 kgf/cm² ou 150 kN/m². A partir dessa definição foi feita
a correlação com a Tabela 1 e determinado o Kv do terreno.
Com o valor de Kv definido, pôde-se determinar os valores dos três tipos de molas
que atuam na laje de fundo do reservatório: mola central, mola lateral e mola de
canto. As molas foram inseridas em todos os nós que formam a malha de elementos da laje de
fundo, e cada mola atende à metade da largura e metade do comprimento do elemento, como
mostrado na Figura 20, onde o círculo representa a mola e o quadrado representa os elementos.
Dessa forma, os valores das constantes de molas em kN/m, foram definidos a partir
da multiplicação do Kv pela área de influência de cada mola. A partir da Figura 20 é possível
inferir que os valores das molas centrais tendem a abranger uma área maior quando comparada
com as molas laterais e de canto, portanto, devem apresentar o maior valor entre as três. Assim
como as molas dos quatro cantos abrangem as menores áreas de elementos e devem apresentar
os menores valores entre as três.
42
Após a vinculação, foi realizada a atribuição das cargas. O peso próprio de todas as
placas é atribuído automaticamente pelo software, sendo assim, foi necessário adicionar apenas
as outras cargas atuantes. Na tampa foi inserida a carga de revestimentos de 1,0 kN/m² e a carga
acidental de 0,5 kN/m², demonstradas na Figura 23.
Por fim, na laje do fundo foi aplicada a carga referente ao peso da água, também
com valor de 25 kN/m², entretanto distribuída uniformemente.
Vale destacar que o software permite fazer combinações de cargas que possibilitam
a análise dos resultados com inúmeras possibilidades. Dessa forma, criaram-se duas
combinações para esse modelo, uma se referindo ao reservatório vazio, considerando o peso
próprio, a carga acidental da tampa e o empuxo do solo. A outra combinação foi feita
associando-se ao reservatório cheio, composta pelo peso próprio, carga acidental da tampa,
empuxo do solo, empuxo da água e peso da água no fundo.
47
4 RESULTADOS
No caso das ações definidas para o reservatório cheio (Figura 28), as cargas da
tampa e do fundo permaneceram as mesmas, sendo modificada somente a carga das paredes.
kNm/m para os mesmos 3,08 kNm/m. No que se refere aos momentos positivos, houve
alterações também no eixo y das paredes 1 e 3, passando de 1,33 kNm/m para 1,71 kNm/m.
a) b)
Figura 46 – Momentos fletores nas paredes 1 e 3 quando o reservatório está vazio, nos eixos a)
horizontal e b) vertical
a) b)
Fonte: Autora, extraídas do SAP2000 (2020).
positivo resultou um valor mais baixo de 0,55 kN.m/m, sendo representado pela cor amarela, e
o momento negativo apareceu no encontro com a laje de fundo sendo seu máximo 2,97 kN.m/m.
Figura 47 – Momentos fletores nas paredes 2 e 4 quando o reservatório está vazio, nos eixos a)
horizontal e b) vertical
a) b)
Fonte: Autora, extraídas do SAP2000 (2020).
Figura 48 – Momentos fletores no fundo quando o reservatório está vazio, nos eixos a)
horizontal e b) vertical
a) b)
Numa escala exagerada, foi possível obter a deformação do reservatório diante das
cargas atuantes quando se encontra vazio. Na Figura 49 (a) é possível perceber a tampa sendo
deformada devido seu peso próprio e sua carga acidental, e as paredes sendo “empurradas” para
dentro do reservatório devido empuxo ativo provocado pelo solo. Na Figura 49 (b) é notório
que o fundo também se deforma para dentro do reservatório sendo reagido plea força do solo.
a) b)
Figura 50 – Momentos fletores nas paredes 1 e 3 quando o reservatório está cheio, nos eixos a)
horizontal e b) vertical
a) b)
Fonte: Autora, extraídas do SAP2000 (2020).
Figura 51 – Momentos fletores nas paredes 2 e 4 quando o reservatório está cheio, nos eixos a)
horizontal e b) vertical
a) b)
Fonte: Autora, extraídas do SAP2000 (2020).
tom azul mais intenso, com valor de 3,16 kNm/m. Já no eixo vertical (Figura 52 (b)), o momento
positivo máximo no centro da laje foi de 5,15 kNm/m e nos encontros com as paredes 1 e 3,
surgiram momentos negativos máximos com valor de 1,33 kNm/m, também nas regiões azuis
mais escuras.
Figura 52 – Momentos fletores no fundo quando o reservatório está vazio, nos eixos a)
horizontal e b) vertical
a) b)
a) b)
Esse item objetiva comparar os resultados dos momentos fletores obtidos através
do Método das Placas Isoladas e do Métodos dos Elementos Finitos. Optou-se por analisar
separadamente os componentes do reservatório (tampa, paredes 1 e 3, paredes 2 e 4 e fundo),
comparando os valores obtidos em cada método.
Além dos resultados, a comparação também será feita através da diferença
percentual entre os valores obtidos em cada método por meio da equação:
Método1- Método2
D= . 100% (19)
Método2
onde o Método1 se refere ao método simplificado e o Método2, corresponde ao método
numérico.
Primeiramente analisam-se os resultados da tampa, que foram comuns aos dois
cenários de atuação das cargas (vazio e cheio). Na Tabela 2 pode-se perceber uma variabilidade
entre os momentos fletores positivos, ou seja, aqueles que se encontram no centro da placa.
Para o eixo horizontal observa-se uma diferença de 15,73%, sendo o maior valor encontrado
pelo MEF, o que justifica o sinal negativo. Para o eixo vertical, a diferença encontrada foi
16,28%, entretanto, o maior valor obtido pelo método clássico.
momento negativo para ambos os métodos, e quando apresentado o momento positivo, teve
uma alta discrepância de 78,74% , sendo maior também no método dos elementos finitos.
Após realizar o comparativo entre os resultados obtidos por cada um dos métodos,
resolveu-se analisar a interferência no método dos elementos finitos, da variação das constantes
de mola que representam a rigidez do solo. A variação foi feita a partir de um solo menos rígido
com tensão admissível de 0,5 kgf/cm² até um solo mais rígido com tensão admissível de 4,0
kgf/cm².
A partir da correlação empírica feita por Morrison (1993), apresentado na Tabela
1, entre a tensão admissível e o Kv do terreno, os valores de Kv das molas em kN/m puderam
ser calculados e estão demonstrados na Tabela 9.
Tabela 11 – Momento fletores nas paredes do reservatório vazio com a variação da tensão
admissível
Tensão Parede 1 e 3 Parede 2 e 4
admissível
Mx m'x my m'y mx m'x my m'y
(kgf/cm²)
0,50 2,14 5,49 0,86 2,33 0,55 3,01 0,74 2,33
1,00 2,15 5,44 0,87 2,33 0,55 2,99 0,75 2,33
1,50 2,16 5,39 0,87 2,34 0,55 2,97 0,75 2,34
2,00 2,17 5,34 0,88 2,35 0,55 2,95 0,75 2,35
2,50 2,18 5,29 0,88 2,36 0,55 2,92 0,75 2,36
3,00 2,19 5,25 0,89 2,37 0,54 2,90 0,75 2,37
3,50 2,20 5,21 0,89 2,37 0,54 2,88 0,75 2,37
4,00 2,21 5,17 0,90 2,38 0,54 2,86 0,75 2,38
Fonte: Desenvolvida pela autora (2020).
Tabela 13 – Momento fletores nas paredes do reservatório cheio com a variação da tensão
admissível
Tensão Parede 1 e 3 Parede 2 e 4
admissível
(kgf/cm²) mx m'x my m'y mx m'x my m'y
0,50 3,48 0,00 1,64 3,67 3,25 0,00 1,22 3,66
1,00 3,43 0,00 1,61 3,64 3,20 0,00 1,21 3,63
1,50 3,37 0,00 1,59 3,61 3,16 0,00 1,21 3,61
2,00 3,32 0,00 1,57 3,59 3,11 0,00 1,20 3,58
2,50 3,27 0,00 1,54 3,56 3,06 0,00 1,19 3,55
3,00 3,22 0,00 1,52 3,53 3,01 0,00 1,19 3,53
3,50 3,19 0,00 1,50 3,51 2,96 0,00 1,18 3,50
4,00 3,16 0,00 1,48 3,49 2,92 0,00 1,17 3,48
Fonte: Desenvolvida pela autora (2020).
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AMED, P. C. Associação do cálculo elástico com a teoria das charneiras plásticas para
lajes retangulares com uma borda livre. Dissertação (Mestrado). Escola de Engenharia de
São Carlos. Universidade de São Paulo, 1995.
CAMPOS, J.C. Elementos de Fundações em Concreto. São Paulo: Oficina de Textos, 2015.
FERREIRA, A. J. M. MATLAB Codes for Finite Element Analysis. 1st ed. Porto: Springer,
2008.
HUTTON, D. V. Fundamentals of finite elemento analysis. 1st ed. New York: McGraw-
Hill, 2004.
LOGAN, D.L. A First Course in the Finite Element Method. 4ª ed. Platteville: Thomson,
2007.