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Projeto Resgate
O Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco (Projeto
Resgate) foi criado institucionalmente, em 1995, por meio de protocolo assinado entre as autoridades portuguesas e brasileiras no âmbito da Comissão Bilateral Luso-Brasileira de Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental (COLUSO). Tem como objetivo principal disponibilizar documentos históricos relativos à História do Brasil existentes em arquivos de outros países, sobretudo Portugal e demais países europeus com os quais tivemos uma história colonial imbricada. Esta iniciativa teve, entre seus fundamentos, a resolução no 4212, de 1974, da UNESCO, que convidou seus Estados membros “a examinar favoravelmente a possibilidade de transferir as informações contidas nos documentos provenientes de arquivos constituídos no território de outros países ou se referindo à sua História”. E considerou “patrimônio comum” os documentos do passado de dois países ligados anteriormente pelos laços de colonialismo. Desde 1996, o Ministério da Cultura coordena o Projeto Resgate, iniciativa bilateral Portugal/Brasil conduzida no contexto das comemorações dos 500 anos do descobrimento. O significado e importância desse projeto residem no apoio à preservação da memória histórica nacional e na democratização do acesso ao patrimônio documental brasileiro, preceitos constitucionais valorizados na atual gestão. O apoio e ressonância que se queria associar ao "Projeto Resgate" tiveram resposta por parte da comunidade científica, de empresas privadas e de várias instituições estatais, nos dois lados do Atlântico (agências de fomentos à pesquisa, universidades, secretarias de estado da cultura, prefeituras, fundações, arquivos estaduais, Ministérios da Cultura, da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores etc.). Mais de 110 instituições públicas e privadas, brasileiras e portuguesas e mais de 100 pesquisadores estão envolvidos em empreitada que está resultando em iniciativa sem paralelo na preservação em meio digital dos suportes documentais da memória nacional. Aproximadamente 340.000 documentos (perto de três milhões de páginas manuscritas) relativos a 18 capitanias da América portuguesa depositados no renomado Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa (AHU) - o maior acervo de documentação colonial brasileira no exterior - foram descritos, classificados, microfilmados e digitalizados. O projeto encontra-se em fase avançada, com 19 catálogos da documentação publicados em 25 volumes, 3 catálogos em preparação, 3 guias fontes publicados e número expressivo de CD ROMs de documentos digitalizados (definir com precisão). Resta apenas a documentação avulsa da capitania do Rio de Janeiro para conclusão da parte mais significativa, em volume, do acervo sobre Brasil existente no AHU. Os arquivos estaduais receberam cópia microfilmada da documentação pertinente ao seu passado colonial de seus respectivos estados e a Biblioteca Nacional preserva toda a coleção em microfilmes. Fonte: http://www.resgate.unb.br/rhistorico.html