38 - Metodos de Estudos Biblicos
38 - Metodos de Estudos Biblicos
38 - Metodos de Estudos Biblicos
INTRODUÇÃO
A maior parte dos desvios da verdade está na confusão entre a palavra dos
homens e a Palavra do Deus. (lembrese da questão da tradição, no estudo
T_0031).
Pelo estudo acurado e cuidadoso da palavra Divina devemos nos assegurar de
transmitir a mais pura vontade divina, e não apenas nossa opinião sobre ela. A
Escritura não pode falhar (João 10:35), este é um dos pressupostos de Jesus,
devemos
aprender a pensar e acreditar dessa maneira também.
Por favor, leia de novo o documento acima, examine cada frase e comprovará
que nos primeiros séculos a Bíblia sofreu grande influência e muita coisa foi
mudada,
quer seja intencional ou casual. “Diferença entre os escritos dos Evangelhos”,
isso
não lhe diz nada? Não? Não é possível que você não veja o alcance desta frase
de um
erudito. Por essa razão, única razão, como teólogo, ou futuros teólogos, devemos
ter
em alta estima o texto original, na busca do mais autêntico e na restauração do
sentido original da Palavra. Como verdadeiros e sinceros estudantes da Palavra
de
Deus voltamos nosso olhar e entendimento para o sentido semítico, isso para o
Antigo Testamento, ou seja, o entendimento hebreu das Escrituras Hebraicas,
posicionando o texto em estudo, se for do Antigo Testamento, no seu contexto
histórico, que era o mundo semítico, numa cultura hebraica, da época da Palestina
–
Onde, como exemplo muito comum, o ato de rasgar a roupa e encher a cabeça de
cinza
era uma expressão de luto, dor e tristeza. Com relação ao Novo Testamento,
cujas
obras foram escritas em grego, nosso olhar como estudantes da Bíblia e
nossa
aproximação dela deve ser crítico (no sentido científico que essa palavra tem),
devemos estar examinando cada frase, cada palavra somente à luz do que é
mais
próximo do original. Lembrando que o escritor da Bíblia quer sejam profetas, quer
seja apóstolo, com raras exceções eram semitas, eram hebreus, numa época
distante
da nossa em que muitas palavras por eles usadas têm um sentido e um
significado
próprio para essa cultura e época. Como Teólogos devemos sempre confessar
nossa
fidelidade às Escrituras nos seus textos originais.
Com estas considerações não queremos desfazer da Bíblia, mas fazer com
que
todo estudante de Teologia compreenda que devemos ter o máximo de cuidado
no
estudo da Bíblia para não cometer os mesmos erros do passado e ensinar o que
não
era original dos apóstolos e profetas. Quando ensinar um “assim diz o Senhor”
que
não seja falso, mas firmemente fundamentado no alicerce da Palavra.
Ainda hoje, em nossos dias, depois de 1965, logo após o Concílio Vaticano II,
a
Igreja de Roma começou as comemorações do dia da Bíblia, na semana do dia de
30
de setembro, data do falecimento de Jerônimo, que traduziu para o Latim a versão
chamada Vulgata, versão que foi definitivamente oficializada no Concílio de Trento
(1545).
“A fim de purificar o texto da Vulgata, várias edições foram feitas por Alcuino,
Teodulfo, Lanfrano e Estevão Harding, durante a Idade Media. Cada tentativa de
restaurar o trabalho de Jerônimo piorou o que existia. Daí resultar que os 8 mil
manuscritos da Vulgata hoje conhecidos apresentam as mais curiosas
contaminações.
Chamase Vulgata esta tradução de Jerônimo por ter esta versão grande
circulação na
Igreja Católica desde o sétimo século, e gozar da aprovação da Igreja Católica
como
versão autorizada, o que aparece, depois na forma explícita na primeira edição do
papa Sixto V, em 1590, e do papa Clemente II, em 1592, até a Nova Vulgata, esta
última edição foi feita por iniciativa do papa Paulo VI pela constituição apostólica
em
25 de abril de 1979, época em que começou a circular. Esta nova Vulgata...
apresenta
inumeráveis alterações do texto de Jerônimo em matéria puramente estilística...
sendo que a edição de 1590 já havia sofrido mais de 5 mil alterações”. Pág. 9596.
Como então tirar proveito do estudo da Bíblia: Lembre que estamos até aqui
estudando a primeira parte do método, ou seja, o que se refere ao TEXTO. Então,
é
significativo a esta altura ter uma resposta correta da pergunta: Por que existem
tantas Versões da Bíblia? Se nos estamos estudando um texto, como podemos
saber
se o texto em estudo é o correto de acordo com a Versão que tenho em mãos?
Quando o salmista escreveu que as Escrituras era uma luz no seu caminho
(Salmo
119:105), com certeza estava se referindo às Escrituras Hebraicas que ele
conhecia.
Mas, para a maioria dos brasileiros que não conhecem Hebraico, não seria uma
luz,
pois, não entenderiam nada do que está escrito. A menos que as palavras
hebraicas
fossem traduzidas para o idioma nacional.
Imaginemos uma cena: A Igreja onde foi convidado usava a Versão chamada:
NVI
Nova Versão Internacional, sabendo disso, e como a palestra tratava justamente
sobre Versões, para iniciar pedi que abrissem a NVI em Atos 8:37, então eu li a
passagem na minha versão: “Disse Filipe: Você pode, se crê de todo o coração. O
eunuco respondeu: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus” Atos 8:37.
Os irmãos ficaram procurando o texto na NVI e para supressa comprovaram
que
Atos 8 tem o versículo 36 e então pula para o 38, omitindo o 37! A NVI não tem o
verso 37 de Atos 8. Você estudante de teologia pode também fazer essa
comprovação em qualquer livraria evangélica que venda a NVI. Isso ilustra o que
estamos tentando ensinar. As Versões apresentam diferenças, e elas devem ser
consideradas com cuidado a fim de não sair por ai pregando o que não é original.
Cordialmente em Cristo,
p/ Comissão de Tradução
Sociedade Bíblica do Brasil
[email protected]
Um pouco deste cuidado deve ser usado com respeito a todo tipo de Bíblia
com
notas e auxílios nas margens e rodapés. A Bíblia de Scofield é uma destas que
não
recomendaríamos a quem deseja fazer um estudo sério. O sistema de notas
empregado direciona o intérprete a um sistema teológico completamente estranho
ao dos escritores inspirados. A Bíblia Vida Nova é menos culpável de
direcionamento
doutrinário do que a de Scofield, mas também se deve ter cuidado ao examinar
algumas de suas orientações doutrinárias. Não deve ser usada como ferramenta
inicial de trabalho. Se o aluno quiser, pode usar a Bíblia Vida Nova no momento
que
for consultar os comentários: neste ponto ela é uma fonte útil de informação e
esclarecimentos. O mesmo conselho se estende às versões católicas com
anotações.
Com relação à chamada de Bíblia Viva, na verdade ela não é uma versão; mas
uma
paráfrase. É quase um comentário, e sendo assim, é melhor utilizala mais tarde,
nos
estudos. A consulta de comentários bíblicos encontrados ao pé de página de
muitas
Bíblias comentadas, não deve servir de base para a formação doutrinária, mas
apenas como fonte de consulta crítica e geral. Por que? Por esses comentários
tem o
sabor e influência de seus autores humanos, da mesma forma como será um
absurdo
elaborar uma teologia e uma doutrina com base nos títulos de parágrafos e de
capítulos, esses títulos de parágrafos e capítulos são acréscimos posteriores.
Uma vez estabelecido o texto certo pela consulta do texto original, seja
hebraico,
aramaico ou grego e a comparação de várias traduções, ficamos prontos para a
segunda etapa do tratamento do texto: estabelecer a estrutura do texto. Assunto
de
nossa próxima lição.
Devemos compreender que 3:18 até 4:1 é uma estrutura literária única e deve
ser tratada como tal. É possível dividila em subparágrafos como fez a BLH, mas
mesmo assim, deve ficar claro que todos eles formam uma “tábua de conselhos
domésticos”.
Enfim, mesmo sem buscar termos técnicos para definir o que está vendo, o
estudante da Bíblia deve ficar atento a todo tipo de padrão ou estrutura que o
ajude
a entender a direção que o texto está tomando.
O USO DO DICIONÁRIO PORTUGUÊS
Lembro de uma historia que ouvi, se ela é verdade não posso afirmar, por isso
a
passo aos alunos da forma como a escutei. Um certo obreiro foi convidado a
participar de um congresso. Ele viu nesse convite uma oportunidade de ganhar
um
dinheiro extra, e mandou imprimir mil camisetas com o logotipo e o lema do
congresso. Arrumou uma mesinha na entrada do local de reuniões e colocou o
filho
como encarregado de vender as camisetas. No último dia de reuniões, foi verificar
o
resultado se seu negocio e viu com surpresa que só tinha vendido vinte
camisetas,
horrorizado comprovou que estava com um prejuízo de 980 camisetas. Como ele
tinha o sermão de encerramento, subiu aquela noite no púlpito, e disse:
“Irmãos, então, tomei a minha Bíblia e abri, a leitura que o Senhor me mostrou
estava em Marcos 10:21. O Senhor me diz, pela sua Palavra: “Vai, vende tudo...”.
“Agora eu tenho que obedecer e vocês têm que cumprir essa ordem do
Senhor,
eu estou com 980 camisetas ali na entrada, elas são abençoadas pelo Senhor, e
Deus
me diz: Vai vendo tudo, por isso eu não posso sair daqui até não ter vendido até a
última delas. Irmãos... Está escrito, vai e vende tudo, eu tenho que obedecer”.
Não sei se é verdade, mas essa história ou estória ilustra muito bem o que
estamos querendo passar a nossos alunos, muitos textos das Escrituras são
usados
para afirmar as mais estranhas coisas, e mal usados para desculpas suspeitas,
sem
falar nas inumeráveis heresias que são o fruto de um punhado de textos fora do
contexto. Portanto, se não pesquisarmos bem o contexto de uma passagem
bíblica,
corremos o perigo de ensinala fora de seu sentido original, em interpretações que
não passam de tentativas de achar um significado para ela.
O estudo de palavras não é, porém, feito apenas para evitar usos seculares e
errôneos de um termo. É bom lembrar que existem diferenças no sentido das
palavras de contexto para contexto. A palavra “carne” é um exemplo deste
tema.
Esta palavra: “carne” pode significar literalmente a parte do corpo que está em
contraste com os ossos (Lucas 24:39), onde Jesus mostra que mesmo após a
ressurreição ele tem “carne” e ossos. Pode também significar o corpo todo
(Colossenses 2:5 – “ausente quanto à carne...” Original grego) palavra que é
traduzida
corretamente como “corpo”. A palavra carne pode significar ser humano, como em
João 1:14, onde se explica que o Verbo (Jesus) se fez carne (não só carne, mas
também ossos, pele, sangue, etc), isto é, um ser humano. Pode também significar
a
descendência humana e mortal como em Romanos 1:3. Pode significar o lado
exterior
ou terreno da vida (Filipenses 3:34). Pode ser usada para designar o instrumento
voluntário do pecado, ou a nossa natureza cheia de pecado (Romanos 7:5, 18, 25;
Gálatas 5:13, 1617; Judas 23). Notamos em especial que todos estes sentidos
são
bíblicos e corretos, mas o significado muda de acordo com o contexto. É possível
indicar o sentido exato do termo em todos os contextos em que aparece. Aqueles
que insistem em afirmar que uma palavra tem sempre o mesmo significado, sem
ter
feito antes uma boa pesquisa para chegar a essa conclusão, eles correm o risco
de
ensinar o erro e cair em contradição. Qual é então a regra? Há termos com um só
significado, mas encontralos depende da pesquisa. Da mesma forma, afirmar
vários
sentidos para um termo é algo que tem de ser provado. Mais uma vez o contexto
éa
chave para encontrar o exato sentido das palavras. O estudo de palavras para
uma
explicação correta da Bíblia é encontrar o sentido da palavra no texto e contexto
que
está sendo estudado e analisado.
Algumas palavras bíblicas evocam significados próprios à luz de sua
história. É o
caso da palavra “ágape” (traduzida como: amor), que é definida em termos
bíblicos
pelo ato de Deus em enviar Jesus ao mundo para ser oferta pelo pecado.
Somente à
luz da história bíblica é que o termo adquire seu sentido pleno. Assim também
palavras como “Reino”, “sacerdócio” e “unção”. O estudo da sua história é a chave
para entender o pleno significado dessas palavras.
Certas palavras são pictóricas, ou seja, são usadas para evocar um quadro
na
mente do leitor. Os filipenses eram cidadãos romanos, pois sua cidade era uma
colônia romana. Viviam como romanos. Então Paulo usa a palavra “vivei” em
Filipenses 1:27 como uma expressão que estabelece os direitos do cidadão de um
reino. Evoca a idéia dos cristãos vivendo como cidadãos do reino de Deus,
procurando viver nessa conformidade. O estudo da palavra ajuda a ver melhor o
quadro pintado por ela (ARA coloca uma nota neste verso para tentar preservar a
imagem sugerida por Paulo).
Algumas palavras possuem sinônimos e antônimos que ajudam a
conhecer e
especificar melhor o seu significado. É o caso da palavra “novo”. Pode ser a
tradução
de dois termos originais no Novo testamento grego – “neos” ou “kainos”. A
primeira
designa mais a idéia de novo em tempo e, a segunda, a idéia de novo em
qualidade.
Há casos onde as duas palavras têm o mesmo significado e sentido (Mateus
9:17), e
outros casos em que o sentido diferente é importante para se ter uma melhor
compreensão do texto (2 a Pedro 3:13) Uma nova qualidade de céus e terra. Em
Lucas
5:39 um vinho “novo” recém fabricado. Da mesma forma o uso de antônimos
facilita
o entendimento: “Velho” homem contra “novo” homem (Efésios 4:22, 24) kainos;
(Colossenses 3:910) neos.
Há termos cuja etimologia é importante ou instrutiva. Tomemos por
exemplo: a
palavra “santo” (em hebraico = qadosh). A origem desta palavra é uma raiz que
significa “separação” ou “extirpação”. Nesta origem, ou estudo etimológico, há,
portanto, uma boa ilustração no sentido da palavra. Palavras como “Igreja” (Ek
klesia), “evangelho” têm origem etimológica, formação histórica interessantes que
nos ajudam a compreender melhor o uso da palavra.
Poderíamos citar outros inúmeros casos, mas estes são os mais comuns.
Apenas
para enfatizar o fato de que estudos deste tipo, estudos do texto, do contexto e de
palavras é que nos ajudam a deixar os preconceitos de lado e encarar a verdade
bíblica com toda sua pureza.
A importância da Paráfrase.
Justamente neste ponto deve haver uma separação entre o estudo de pontos
secundários e dos pontos essenciais do texto. A paráfrase não deve perderse
nos
detalhes e esquecer o ponto principal. Todos os estudos ajudam a compreender o
texto, mas a paráfrase dará o peso justo a cada material conforme as exigências
do
próprio texto. Dando importância ao que é essencial, se tornará mais clara a
mensagem.
No livro de Neemias encontramos o exemplo de uma excelente paráfrase:
“Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira
que
entendessem o que se lia”. Neemias 8:8.
A paráfrase irá ressaltar o aspecto prático dos textos bíblicos, tanto daqueles
de
ênfase prática, como também os de feição mais doutrinária. A paráfrase traz o
texto
da antiguidade para os nossos dias. O estudo bíblico geralmente tem dois
horizontes;
o primeiro é o horizonte do escritor e dos ouvintes originais; o segundo é o nosso.
A
paráfrase é a tentativa de aplicar ou entender um texto bíblico no nosso horizonte
(hoje), a partir daquilo que o texto diz no seu primeiro horizonte (original).
Exemplo de paráfrase:
Texto: Lucas 8:25
Uma pergunta sem resposta: “onde esta a vossa fé” – depois de acalmar a
tempestade, depois de ter acabado com a fúria dos ventos e ter aquietado o mar
bravio, Jesus pergunta pela fé de Seus discípulos. Por que eles não
responderam?
Nem o mais impetuoso dos apóstolos, Pedro, teve desta a vez a coragem e
responder.
Se Jesus hoje, em meio às tormentas humanas, os conflitos da sociedade
moderna, e em meio a velas desgarradas pelos ventos da incerteza, perguntasse
“onde está a vossa fé?” Teria o homem chamado de “atualizado” alguma coisa a
dizer? Ou talvez o mesmo silencio ecoasse através dos tempos e de novo Jesus
ficaria
esperando sua resposta?
Sentimentos em Conflito: “Possuídos e temor e admiração” – O medo era a
barreira que lhes impedia de compreender “quem era aquele que os ventos lhe
obedeciam”. A admiração aqui não era um sentimento de respeito, mas, a
expressão
grega usada neste texto expressa um sentimento de espanto, assombro ou
surpresa
por causa do milagre. Diante do inesperado e à vista do que é incompreensível ao
coração humano, perdemos a visão de Jesus, nos perguntamos um aos outros, e
esquecemos de perguntar para Deus. Ele tem a resposta: este que acalma os
ventos e
tranqüiliza a fúria das ondas é meu Filho. No silêncio da bonança, no meio do mar,
agora quieto. Deus fala a nosso coração. Ele, Jesus, pode acalmar teus temores.
Curso: Métodos de Estudo das Escrituras
É a Bíblia a Palavra De Deus?
Embora a Bíblia seja um Livro de texto sobre a fé, seja mais um livro de doutrina e
religião, muitas vezes tocam em outras matérias como história, geografia e
ciências.
Quando toca, podemos conferir comparandoa com a arqueologia, etc. Se a Bíblia
fosse escrita pelo Criador que sabe tudo, esperaríamos precisão.
História e geografia
1. A nação hetéia
A Bíblia freqüentemente fala desta nação antiga (2 Samuel 11:3, 6, 17, 24;
Gênesis 15:1921; Números 13:29; Josué 3:10), mas durante anos descrentes
argumentavam que a Bíblia estava errada, pois a história nada falava desse povo.
Depois, em 1906, Hugo Winckler desenterrou Hattusa, o capitão heteu. Agora
sabemos que, no auge, a civilização hetéia disputou com o Egito e a Assíria em
esplendor!
2. Pitom e Ramessés
3. O Livro de Atos
Sir William Ramsay era um descrente que procurou contestar Atos traçando as
viagens de Paulo. Em vez disso, suas investigações fizeram dele um cristão
tenaz da precisão do Livro! O ponto decisivo foi quando ele provou que, ao
contrário da sabedoria já aceita, a Bíblia estava certa quando deixa
subentendido que Icônio ficava numa região diferente de Listra e Derbe
(Atos
14:6). (Veja Free, Archaeology and Bible History, 317.)
Considere estas citações de arqueólogos notáveis:
"... pode ser afirmado categoricamente que jamais uma descoberta arqueológica
tem negado uma referência Bíblica. Um grande número de descobertas
arqueológicas foram feitas que conferem em resumo claro ou em detalhes
exatos afirmações históricas na Bíblia. E, pela mesma moeda, uma avaliação
adequada de descrições Bíblicas tem levado a descobertas incríveis" Dr.
Nelson Glueck (Rivers in the Desert, 31).
"... a arqueologia tem confirmado inúmeras passagens que tinham sido
rejeitadas por críticos como nãohistóricas ou contraditórias a fatos
conhecidos.... No entanto descobertas arqueológicas mostraram que estas
acusações críticas estão erradas e que a Bíblia é confiável justamente nas
afirmações pelas quais foi deixada de lado por não ser confiável. Não
sabemos de nenhum caso no qual a Bíblia foi provada errada" Dr. Joseph P.
Free (Archaeology and Bible History, 1, 2, 134).
Ciência
"Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são
como gafanhotos; é ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como
tenda para neles habitar". (40:22).
Isaías escreveu isso quando os homens acreditavam que a terra era plana
("redondo" = "um circulo, esfera" Gesenius). Hoje temos fotos tiradas do
espaço que mostram a forma da terra, mas como Isaías sabia disso?
"Ele estende o norte sobre o vazio e faz pairar a terra sobre o nada." (Jó
26:7).
"... as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos
mares." (Salmos 08:8).
Os homens não sabiam das sendas dos mares até que Matthew Maury leu este
versículo e resolveu achálas. Ele descobriu as correntezas do oceano, e
ficou conhecido como o Pai da Oceanografia. (Impact, 9/91, pág. 34).
Um achado Arqueológico.
Ao lado encontramos um achado arqueológico. O esqueleto de
um homem crucificado, o tumulo tem o nome de “Yehochanan” e
pode ser visto como pelo buraco que foi feito pode ser colocado o
prego romano empregado na execução. Esta é uma evidência
concreta e real de que a morte por crucificação era um método
comum empregado pelo Império Romano no primeiro século.
Podemos observar na figura ao lado, um resto do pé e a reconstituição feita em
gesso
mais a esquerda.
Outro detalhe é que se conservou a forma e tamanho do prego usado, pois ao
que tudo indica Yehochanan foi retirado da cruz e não retiraram o prego do pé.
COMENTÁRIOS SOBRE VERSÕES
A Bíblia do Rei Tiago (uma versão inglesa muito consultada pelos teólogos)
criada
por um grupo de tradutores católicos e protestantes. Esta era a única maneira de
produzir um texto geralmente aceitável, mas a tentativa de neutralidade não foi
bem
sucedida. Os católicos tentaram junto ao parlamento Inglês, se sobrepor e os
protestantes acusaram os tradutores de estarem a favor dos católicos, Em todo
caso,
a Bíblia sobreviveu, mas os tradutores tiveram que usar a "exatidão política."
Depois
de muitos debates, e divergências sobre as palavras "politicamente corretas."
Fizeram ressurgir palavras que já não eram usadas na língua inglesa por
séculos.
Palavras obscuras, velhas e obsoletas foram trazidas à tona a fim de fornecer a
exatidão política para a Bíblia do Rei Tiago, mas que ninguém poderia
compreender.
Ao mesmo tempo, William Shakespeare fazia do mesmo modo com suas peças.
Não carrega nenhuma relação com o grego ou ao latim de que foi traduzida.
Mas
desta interpretação canônica aprovada, todas as Bíblias inglesas restantes
emergiram
em suas várias formas. Apesar de todas essas dificuldades, é a remanesce mais
próxima de todas as traduções da língua inglesa dos manuscritos gregos originais.
Todas as versões inglesas modernas, corrompidas significativamente, são
completamente insustentáveis para o estudo sério por qualquer um, porque têm
suas
próprias anotações específicas.
COMO SE FAZEM ALGUMAS TRADUÇÕES
Muitas palavras não conseguem uma tradução exata para a língua nativa, isso
acontece porque as palavras originais não têm nenhuma contraparte direta em
outras línguas.
Nós fomos orientados que o pai de Jesus, José era um carpinteiro. Por que
não?
Assim que dizem as traduções, mas, isso não foi dito nos evangelhos originais.
Além disso, está longe, a milhares de metros do Mar Vermelho onde Moisés
separou as águas.
Por outro lado, porque o fariam a 2600 pés da montanha e não no vale?
A revisão de Teodócio (150 a 185 d.C.) revisão de uma versão anterior a dos
LXX ou a de Áquila.
A revisão de Símaco (185 a 200 d.C.) preocupouse com o sentido da
tradução, e
não com a exatidão textual. Exerceu grande influência sobre a Bíblia latina, pois
Jerônimo fez grande uso desse autor para compor a Vulgata Latina.
Uma edição do texto hebraico, por volta de 100 d.C., veio a estabelecer o
texto
massorético.
A Vulgata Latina
Sendo o grego, considerado pela Igreja como a língua do Espírito Santo, o
latim
assumiu o papel de língua popular imposta pelos soldados nas conquistas
romanas,
motivo pelo qual a Bíblia latina recebeu o nome de Vulgata.
Os Textos Massoréticos
Alguns sábios judeus, chamados massoretas, iniciaram, entre os séculos VI a
X
d.C., um trabalho de padronização dos textos hebraicos do Antigo Testamento.
Estes
textos, como se sabe, foram escritos praticamente sem vogais. No trabalho de
padronização, foram inseridas as vogais nos textos originais, o que contribuiu para
o
desaparecimento dos mesmos.
Introdução
Neste estudo trataremos da cidade de Nazaré, primeiro, como ela é citada nas
fontes cristãs, pois nos registros encontramos várias citações dessa cidade como
sendo uma cidade da Galiléia, como exemplo, podemos citar o registro de que era
nessa cidade o lar de Maria e José 1 encontramos também a narrativa de que
nessa
cidade havia uma sinagoga judaica 2
1
Como é registrado por Lucas no capítulo l, verso 26, e no capítulo 2, verso 39. Em Marcos no capítulo 1 verso 9. Também em João no capitulo l, versos 4546.
2
Como é anotado por Lucas no capitulo 4, verso 16.
Até certa altura das investigações, os estudiosos e pesquisadores
acreditavam
que a cidade de Nazaré tinha sido apenas uma tradição, um certo arranjo literário
para dar credibilidade á profecia de que Ele seria chamado "Nazareno". 3 Eles
tinham
chegado a essa conclusão porque não encontravam nenhuma citação da cidade
fora
da Bíblia. Por exemplo, podemos citar o resumo feito por Jack Finegam:
"No Antigo Testamento, Josué 19:1015 contém uma lista de todas as cidades
da
tribo de Zabulon..., mas não há nenhuma menção a Nazaré. Josefo, que foi
responsável pelas operações militares nessa área durante a Guerra dos Judeus...,
cita
45 cidades da Galiléia, mas não toca no nome de Nazaré. Além disso, o Talmude,
apesar de se referir a 63 cidades da Galiléia, não menciona Nazaré sequer uma
vez”. 4
3
Conforme é registrado no Evangelho de Mateus, capitulo 2 , verso 23.
4
Jack Finegan. “The Archasology of the New Testament: Tize life of Jesus and the Beginng of the Early Church" Princeton, Princeton Univ. Press, 1969, pág.
27.
para deixar de falar dessa cidade? Por que especificamente o Talmude judaico
nunca
falou dela? Nos teremos as reposta no decorrer desta pesquisa.
Quando falamos que Nazaré era uma "aldeia", estamos descrevendo uma
característica fundamental da condição dessa pequena vila, portanto, devemos
em
primeiro lugar identificar corretamente essa nomeação. Consideremos as
características topográficas 5 da região da Galiléia no início da dominação romana.
Por
causa dessas características do terreno existiam a chamada "Alta Galiléia" e a
5
São estudos feitos pela geografia física do solo, ou seja, estudos geológicos e topográficos.
chamada "Baixa Galiléia". Esta última possui quatro serras com altura um pouco
acima dos 300 metros. Entre essas pequenas serras encontramos vales que
correm
no sentido lesteoeste.
O formato entre serras e vales, forma um contraste entre altos e baixos, como
se
fosse o telhado de uma casa, porque por outro lado, temos na Alta Galiléia a serra
de
Meiron que chega a uma altura de quase 700 metros, que seria considerado como
a
parte mais alta do "telhado”.
6
John Domininic Crossan O Jesus Histórico, 2ª Edição, Editora Imago, 1994, pág. 2. Citando Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas , Vol. 18, pág 27.
diversas aldeias”. 7 Certamente Nazaré era uma dessas aldeias, cujos nomes não
foram incluídos nas listas de registros judaicos.
Estamos agora em condições de entender a razão pela qual Nazaré não foi
citada
nas listas judaicas, pois essas listas incluíam unicamente as cidades grandes,
menores
e vilas, as aldeias e aldeolas não eram citadas, pois não tinham destaque
comercial, e
sendo que as aldeias da Serra de Nazaré estavam no topo do morro, eram
isoladas
das rotas de comercio. Na classificação políticocomercial não se incluíam aldeolas
sem importância. Talvez seja essa também a razão pela qual se faz uma menção
pejorativa sobre Nazaré: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” mostrando que
na
época a aldeia de Nazaré era um povoado insignificante.
Podemos encontrar também uma forte razão para entender o motivo pelo qual
o
Messias de Israel mudou de cidade ao início de sua vida pública, o Evangelho de
7
Flávio Josefo, Autobiografia, pág 346, citação de John Domninic Crossan, Op. Cit. Pág. 53
Mateus registra o fato com estas palavras: “e, deixando Nazaré, foi morar em
Cafernaum, situado a beiramar, nos confins de Zabulon e Naftali” 8
“A primeira menção a Nazaré fora dos textos cristãos foi encontrada numa
Inscrição fragmentária feito num pedaço de mármore cinza escuro encontrado em
Cesaréia, em agosto de 1962, e que datava do século III ou IV da Era Comum (...)
Havia uma lista dessa localidade: afixada à parede da sinagoga de Cesaréia,
construída no ano 300 E.C. O texto reconstituído da Inscrição diz: “Décima oitava
ordem religiosa [ Hapizzez], [reinstalada em] Nazaré”10
9 Confira a leitura de Lucas capítulo l, verso 5 com 1° de Crônicas capítulo 24, verso10.
10 John Dominic Crossan, Op.Cit. Pág. 50.
Outras escavações foram feitas pelo franciscano e erudito em história
Bellarmino
Bagatti, durante cinco anos entre 1955 e 1960, no terreno da velha Igreja da
Anunciação, na atual cidade de Nazaré. O que foi descoberto?
“No século segundo antes da Era Comum voltamos a encontrar uma grande
quantidade de artefatos o que indica que a aldeia foi fundada novamente nesse
período (...) Isso significa que a aldeia tinha menos de duzentos anos no século I
da
Era Comum”11
11
Eric Meyer. Galilean Regionalism as a Factor in Historical Reconstruction, Basor, 220/221, 93101, 197576, pág 57, 184 nota 36.
Era a cidade de Nazaré uma aldeia de grande movimento comercial?
Todos os dados indicam que Nazaré era uma aldeia no topo da serra da Baixa
Galiléia, cuja principal atividade era a agricultura. Os dados servem para moldar
um
quadro sobre “o Galileu” como também era chamado. 13 Portanto, os habitantes
da
aldeola de Nazaré eram na sua maioria agricultores, pobres, de baixa posição
social,
era uma classe desfavorecida, e ao que tudo indica, tinham, sem dúvida até um
“modo de falar” 14 diferente, ou seja, um sotaque aramaico característico, próprio
dos
camponeses da Baixa Galiléia.
12 Eric Meyer. Op.Cit., Pág 56, citado em John Dominic Crossan. Op. Cit., pág 51.
13
Leitura do Evangelho de Mateus capítulo 26, verso 69.
15 Ramsay MacMullen, Roman SocialRelationes: 50 BC. To A.D. 384 New Haven e Londres, Yale Univenity Press, 1974, págs. l
39-140.
É importante notar ainda que ao nome da pessoa, muitas vezes se incluía seu
ofício, para designar dessa maneira a origem humilde, como podemos encontrar
na
leitura grega de Marcos 16 , onde o Messias de Israel é nomeado como
"carpinteiro",
ou seja, se lhe atribui o ofício, por outro lado no Evangelho de Mateus ele é
reconhecido apenas como "o filho do carpinteiro". 17 18
Em resumo, e para concluir este estudo, podemos notar que os fatos apontam
para a realidade histórica de uma aldeola chamada Nazaré, edificada nos morros
da
baixa Galiléia, é dessa aldeia humilde, pobre, de pessoas trabalhadoras, do
campo e
do artesanato, que no primeiro século de nossa Era, aparece um Homem,
reclamando
o direito de ser o Messias, reclamando o direito de ser o cumprimento de uma
promessa milenar dada a um povo. Ele era o Messias de Israel. Era O homem de
Nazaré o Messias prometido pelos profetas hebreus.
16
Veja Marcos capitulo 6, verso 3, onde o "escândalo" dos habitantes de Nazaré está em contraste com o oficio, pois a admiração era de como um "carpinteiro"
poderia ser agora um "rabino" (mestre). Ou propositadamente o "Evangelho" grego de Marcos, acrescenta o termo pejorativo "carpinteiro" para mostrar a
procedência humilde do Homem de Nazaré.
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