Monitor Macro 20 Até 27

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Monitor Macro – 20/10 até 26/10

China
O país nesse momento vem passando por uma reorganização de estímulos tanto monetário
como fiscal para conseguir impulsionar o seu crescimento econômico.

Na semana passada, recebemos dados melhores da economia, demonstrando um certo


otimismo que irão conseguir chegar na meta do governo central que é 5% de crescimento do
PIB.
Porém, muitos analistas vêm demonstrando certo ceticismo ainda, justamente porque algumas
medidas necessárias para acelerar a economia de forma com que ela mantenha um
crescimento consistente e sustentável, não foram feitas e nem anunciadas.

Tivemos também, várias reuniões de ministros distintos do país, em que esses tentaram passar
detalhes de como será feito esses estímulos de acordo com o seu setor atuante. O mais
importante foi do Ministro de urbanização e infraestrutura, que colocou em pauta, várias
medidas a serem sanadas para conseguirem estabilizar o setor imobiliário chinês.

Outro ponto importante a destacar, é a atuação do PBoC sobre a politica monetária do país
com corte de taxas subsequentes para tentar conter a deflação e estimular a economia.

Nessa semana, devemos ficar ligados em novas declarações do governo central, como também,
alguns dados secundários que são de extrema importância acompanhar (Ex: Venda e preço dos
imóveis)
EUA
O país vem apresentando dados que mostram que o seu crescimento segue saudável e
resiliente, tanto é que o FED de Atlanta através do GDP Now aumentou a sua expectativa do
PIB para 3,4%.

Na semana passada, tivemos dados bem acima do esperado em Vendas do Varejo (o último
antes da eleição), demonstrando que o consumidor segue tendo apetite ao consumo, mesmo
que tenhamos um aumento de preço dos produtos. Porém, muito desse consumo se deve a
dois fatores, o primeiro foi o furacão helene, e segundo que grande parte desse consumo é
feito em cartões de crédito em que muitas pessoas não terão condições de pagar a fatura.

Portanto, existe uma grande probabilidade e tendencia do próximo dado não vir tão bom.

Na parte de resultados corporativos, os grandes bancos reportaram resultados excepcionais e


demonstraram que estão preparados para os próximos trimestres a vir (Trading e IB foram os
segmentos de destaque na receita).

Tivemos também, a abertura de resultados de empresas interligadas a tecnologia com a TSMC


reportando um resultado fortíssimo devido a demanda “insana” por IA. A Netflix apresentando
crescimento de usuários e conseguindo melhorar as suar margens. E a Intuitive Surgical com
aumento exorbitante no volume cirúrgico junto ao seu sistema Da Vinci.

Nessa semana, não teremos tantos dados macro importantes, apenas o Livro Bege e PMIs que
devem demonstrar como está a economia.

Na parte de resultados corporativos, teremos varias empresas reportando e a volta de alguns


Buybacks após período de blackout.
Europa
O continente europeu vem sofrendo com uma desaceleração econômica um pouco mais forte,
devido a queda da manufatura alemã e também queda do consumo chinês sobre seus
produtos vendidos.

Com isso, a inflação que saiu na semana passada antes da decisão do BCE, caiu para a faixa de
1,7%, ou seja, abaixo da meta de 2%.
Portanto, na decisão do BCE, Christine Lagarde, enfatizou a possibilidade de mais quedas para
tentar acelerar a economia, sabendo que a meta de inflação já está cumprida e não enxergam
uma reaceleração da inflação a frente.

Na parte de resultados corporativos, a holandesa ASML que está interligada a IA, apresentou
um guidance fraco e teve uma queda de 16%. Assim como, a LVMH que apresentou resultados
mornos e guidance abaixo do esperado, devido a piora do consumo chinês.

Nessa semana, ficaremos de olhos nos PMIs para verificarmos como está a economia, e
também nos resultados corporativos que irão sair.

Brasil
O Brasil segue descorrelacionado de quase todo o mundo, principalmente devido ao
posicionamento de mercado e as atitudes tomadas pelo governo atual que geram ceticismo
por parte dos agentes.

Nos dados macro, ficaremos de olho no IPCA-15 que deve mostrar a proxy do IPCA cheio do
próximo mês, e banalizar a decisão do BCB.

Começaremos essa semana também, a temporada de resultados corporativos aqui no país que
pode abrir oportunidades de alocação nesse curto prazo (Vale reporta na sexta 25/10)

Além disso, teremos o inicio da reunião do BRICS em que pode sair parcerias importantes na
parte de investimentos, e também o segundo turno das eleições municipais em algumas
cidades.
Geopolítica
Aqui segue realmente difícil de ter uma previsibilidade em si, pois temos mídias diferentes
falando a respeito de formas diferente.

Porém, o que temos de concreto é que Israel segue fazendo incursões em territórios Libaneses
e da Faixa de Gaza, com a possibilidade de se adentrar ao Irâ.

Caso isso venha a acontecer, e eles ataquem campos de exploração e refino de petróleo, assim
como, campos de enriquecimento de uranio, poderemos ter uma piora do conflito.

Além desse conflito, temos a Guerra Rússia-Ucrânia em que a Coreia do Norte declarou ajuda a
Rússia durante a semana passada.

Politica
Essa semana tivemos várias entrevistas dos candidatos Donald Trump e Kamala Harris, em que
tentaram explanar de certa forma como será o seu governo caso ganhe as eleições.

Com isso, vimos um aumento da probabilidade de vitória de Trump nas casas de apostas na
faixa de 60/40, com a possibilidade de ter até a famosa Red Sweep (Varredura Republicana)

Portanto, agora faltam 2 semanas para as eleições e me parece que os democratas estão
entrando em uma espiral negativa, mas devem agir para conter isso

Sigo acreditando que Trump deve levar, mas com câmara Democrata e senado Republicano.

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