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Álgebra Linear

Coordenadas - Matriz Mudança de Base -


Teorema do Completamento

Ana Julia Gomes Alves


Maria do Carmo Carbinatto

SMA - ICMC - USP

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Coordenadas
Seja V um espaço vetorial finitamente gerado e seja
B = (v1 , v2 , . . . , vn ) uma base de V . Logo, dado v ∈ V , segue que
v é combinação linear dos elementos de B. Logo existem α1 , α2 ,
. . ., αn ∈ K tais que

v = α1 · v1 + α2 · v2 + · · · + αn · vn .

Propriedade 6 implica que os escalares são únicos. Dizemos que


α1 , α2 , . . ., αn são as coordenadas do vetor v em relação à base
B. Usaremos a notação: v = (α1 , α2 , . . . , αn )B e
 
α1
 α2 
(v )B =  .
 
..
 . 
αn

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Exemplos

Exemplo 41
Seja B = (p1 , p2 , p3 ), onde

p1 (t) = 1, p2 (t) = 1 + t, p3 (t) = 1 − t 2 , para t ∈ R,

uma base de P2 (R). Defina q1 = p1 + p2 + p3 , q2 = p1 + p2 e


q3 = p1 .
(a) Encontre as expressões de q1 , q2 e q3 .
(b) Mostre que C = (q1 , q2 , q3 ) é uma base de P2 (R).
(c) Encontre as coordenadas de p(t) = −4 + t 2 em relação às
bases B e C.
(d) Encontre as coordenadas de q1 , q2 e q3 em relação à base
canônica de P2 (R).
(e) Encontre as coordenadas de q1 , q2 e q3 em relação à base B.
(f ) Encontre as coordenadas de q1 , q2 e q3 em relação à base C.
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Solução do Exemplo 41
(a) Vamos aplicar a definição de cada um desses vetores:
q1 (t) = p1 (t) + p2 (t) + p3 (t) = (1) + (1 + t) + (1 − t 2 ) = 3 + t − t 2
q2 (t) = p1 (t) + p2 (t) = (1) + (1 + t) = 2 + t
q3 (t) = p1 (t) = 1
(b) Como C possui três vetores de P2 (R) e dim P2 (R) = 3, para
mostar que C é uma base de P2 (R) basta mostrar que os vetores
de C são LI. Se E = (1, t, t 2 ) é a base canônica de P2 (R), temos
q1 = (3, 1, −1)E , q2 = (2, 1, 0)E , q3 = (1, 0, 0)E .
Sejam α, β, γ ∈ R tais que αq1 + βq2 + γq3 = 0. Logo,

 3α + 2β + γ = 0
α+β=0 e isso implica que α = β = γ = 0.

−α = 0
Portanto, C = (q1 , q2 , q3 ) é uma base de P2 (R).
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Solução do Exemplo 41
(c) As coordenadas de p em relação à base B. Devemos
determinar como p é escrito como combinação linear dos vetores
de B.
p = αp1 + βp2 + γp3 .
Pergunta: Como encontrar α, β e γ?
p(t) = −4 + t 2 = α(1) + β(1 + t) + γ(1 − t 2 )
= (α + β + γ) + (β)t + (−γ)t 2
Ou seja,
−4 + t 2 = (α + β + γ) + (β)t + (−γ)t 2 .
Logo,

 α + β + γ = −4
β = 0 =⇒ α = −3, β = 0 e γ = −1.

−γ =1
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Solução do Exemplo 41
Portanto, p = (−3, 0, −1)B .
As coordenadas de p em relação à base C: Devemos determinar
como p é escrito como combinação linear dos vetores de C.
p = αq1 + βq2 + γq3 .
Pergunta: Como encontrar α, β e γ?
p(t) = −4 + t 2 = α(3 + t − t 2 ) + β(2 + t) + γ(1)
= (3α + 2β + γ) + (α + β)t + (−α)t 2
Ou seja,
−4 + t 2 = (3α + 2β + γ) + (α + β)t + (−α)t 2 .
Logo,

 3α + 2β + γ = −4
α+β = 0 =⇒ α = −1, β = 1 e γ = −3.

−α =1
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Solução do Exemplo 41
Portanto, p = (−1, 1, −3)C .
(d) Se E = (1, t, t 2 ) é a base canônica de P2 (R), temos

q1 = (3, 1, −1)E , q2 = (2, 1, 0)E , q3 = (1, 0, 0)E .

(e) Temos

q1 = 1p1 + 1p2 + 1p3 =⇒ q1 = (1, 1, 1)B

q2 = 1p1 + 1p2 + 0p3 =⇒ q2 = (1, 1, 0)B


q3 = 1p1 + 0p2 + 0p3 =⇒ q3 = (1, 0, 0)B .
(f ) Temos
q1 = 1q1 + 0q2 + 0q3 =⇒ q1 = (1, 0, 0)C
q2 = 0q1 + 1q2 + 0q3 =⇒ q2 = (0, 1, 0)C
q3 = 0q1 + 0q2 + 1q3 =⇒ q3 = (0, 0, 1)C . □

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Exemplos

Exemplo 42
Considere os seguintes vetores de R3 : u = (1, 2, −1), f1 = (1, 1, 1),
f2 = (m, 2m, −1) e f3 = (0, 4, 3).
(a) Para que valores de m, o conjunto B = (f1 , f2 , f3 ) é uma base
de R3 ?
(b) Nas condições do item (a), calcule m para que u = (0, 1, 0)B .
Como B possui três vetores de R3 e dim R3 = 3, para mostrar
que B é uma base de R3 basta mostrar que os vetores de B são LI.
Se E = ((1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)) é a base canônica de R3 , temos

f1 = (1, 1, 1)E , f2 = (m, 2m, −1)E , f3 = (0, 4, 3)E .

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Solução do Exemplo 42
(f1 , f2 , f3 ) é LD se, e somente se,

1 m 0
0= 1 2m 4 = 6m + 4m + 4 − 3m = 7m + 4.
1 −1 3

Portanto, B = (f1 , f2 , f3 ) é uma base de R3 se, e somente se,


7m + 4 ̸= 0 se, e somente se, m ̸= −4/7.
(b) Devemos encontrar um m ∈ R (com m ̸= −4/7) tal que
u = (0, 1, 0)B .

(1, 2, −1) = u = 0f1 + 1f2 + 0f3 = 1(m, 2m, −1) = (m, 2m, −1).

Logo, 
 1=m
2 = 2m =⇒ m = 1. □

−1 = −1
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Um exemplo em R3

Exemplo 43
Seja B = (e1 , e2 , e3 ) uma base de R3 . Defina f1 = 2e1 − e3 ,
f2 = e2 + 2e3 e f3 = 7e3 .
(a) Mostre que C = (f1 , f2 , f3 ) é uma base de R3 .
(b) Se u = e1 + e2 + e3 , encontre as coordenadas de u em relação
às bases B e C.
(a) Notemos que
f1 = (2, 0, −1)B , f2 = (0, 1, 2)B e f3 = (0, 0, 7)B . Para
mostrar que C = (f1 , f2 , f3 ) é uma base de R3 , devemos calcular o
determinante:
2 0 0
0 1 0 = 14 ̸= 0.
−1 2 7
Portanto, os vetores de C são LI e isso implica que C é uma base
de R3 .
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Um exemplo em R3
(b) As coordenadas de u em relação à base B: u = (1, 1, 1)B .
As coordenadas de u em relação à base C: u = (α, β, γ)C , onde

u = αf1 + βf2 + γf3 .

Pergunta: Como encontrar α, β e γ?

u = αf1 + βf2 + γf3


= α(2e1 − e3 ) + β(e2 + 2e3 ) + γ(7e3 )
= (2α)e1 + (β)e2 + (−α + 2β + 7γ)e3 .

Ou seja, obtivemos uma combinação linear de u em relação aos


vetores da base B. Logo,

 2α =1
β = 1 =⇒ α = 1/2, β = 1 e γ = −1/14.

−α + 2β + 7γ = 1

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Um exemplo em R3
1 1
(b) As coordenadas de u em relação à base C: u = ( , 1, − )C .
2 14
E completamos a resolução do Exemplo 3.
Mas antes de continuar vamos olhar com mais cuidado o sistema
linear que utilizamos para encontrar os valores de α, β e γ. Vamos
colocá-lo na forma matricial:

 2α
    
=1 2 0 0 α 1
β = 1 =⇒ 0 1 0 β = 1 

    
−α + 2β + 7γ = 1 −1 2 7 γ 1
| {z } | {z } | {z }
M a b

As colunas de M são as coordenadas dos vetores da base C


A matriz coluna a é formada pelas coordenadas do vetor u em
relação a C
A matriz coluna b é formada pelas coordenadas do vetor u em
relação a B. Pergunta: Uma mera coincidência? □
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Matriz de Mudança de base
Seja U um espaço vetorial real de dimensão n. Sejam

B = (u1 , u2 , . . . , un ) e C = (v1 , v2 , . . . , vn )

bases de U. Em particular cada vetor de C pode ser escrito como


uma combinação linear dos vetores da base B. Mais explicitamente

v1 = α11 u1 + α21 u2 + · · · + αn1 un


v2 = α12 u1 + α22 u2 + · · · + αn2 un
..
.
vn = α1n u1 + α2n u2 + · · · + αnn un

Seja u ∈ U. Temos

u = x1 u1 + x2 u2 + · · · + xn un e u = y1 v1 + y2 v2 + · · · + yn vn

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Matriz de Mudança de base
Pergunta: como relacionar as coordenadas de u em relação às
bases B e C?
u = y1 v1 + y2 v2 + · · · + yn vn
= y1 (α11 u1 + α21 u2 + · · · + αn1 un ) + y2 (α12 u1 + α22 u2 + · · · + αn2 un )
+ · · · + yn (α1n u1 + α2n u2 + · · · + αnn un )
= (α11 y1 + α12 y2 + · · · + α1n yn )u1 + (α21 y1 + α22 y2 + · · · + α2n yn )u2
+ · · · + (αn1 y1 + αn2 y2 + · · · + αnn yn )un

Logo,

x1 = α11 y1 + α12 y2 + · · · + α1n yn


x2 = α21 y1 + α22 y2 + · · · + α2n yn
..
.
xn = αn1 y1 + αn2 y2 + · · · + αnn yn

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Matriz de Mudança de base
Colocando na forma matricial:
    
x1 α11 α12 · · · α1n y1
 x2   α21 α22 · · · α2n  y2 
 ..  =  ..
    
.. ..  .. 
 .   . . .  . 
xn αn1 αn2 · · · αnn yn
| {z } | {z } | {z }
(u)B C
MB (u)C

▶ (u)B : é a matriz coluna n × 1 formada pelas coordenadas de u


em relação à base B.
▶ (u)C : é a matriz coluna n × 1 formada pelas coordenadas de u
em relação à base C.
▶ MBC : é a matriz quadrada n × n na qual a coluna 1 é formada
pelas coordenadas de v1 em relação à base B; a coluna 2 é
formada pelas coordenadas de v2 em relação à base B e assim
por diante.
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Matriz de Mudança de base

A matriz MBC é chamada matriz de mudança da base B para a


base C.
Exemplo 44: em P2 (R)
Seja B a base canônica de P2 (R) e defina C = (p1 , p2 , p3 ), onde

p1 (t) = 1, p2 (t) = 1 + t, p3 (t) = 1 + t + t 2 , para t ∈ R.

Mostre que C é uma base de P2 (R) e encontre MBC .


Notemos que p1 = (1, 0, 0)B , p2 = (1, 1, 0)B e p3 = (1, 1, 1)B .
Agora

1 1 1
0 1 1 = 1 ̸= 0 =⇒ C é uma base de P2 (R).
0 0 1

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Exemplo 44

E  
1 1 1
MBC =  0 1 1  .
0 0 1

B = (1, t, t 2 ) a base canônica de P2 (R) e C = (p1 , p2 , p3 ), onde

p1 (t) = 1, p2 (t) = 1 + t, p3 (t) = 1 + t + t 2 , para t ∈ R.

Determinemos as coordenadas de q1 (t) = 1, q2 (t) = t e


q3 (t) = t 2 em relação à base B. Temos
 
q1 = 1q1 + 0q2 + 0q3 =⇒ q1 = (1, 0, 0)B 1 0 0
q2 = 0q1 + 1q2 + 0q3 =⇒ q2 = (0, 1, 0)B e MBB =  0 1 0  = Id3 .
q3 = 0q1 + 0q2 + 1q3 =⇒ q3 = (0, 0, 1)B 0 0 1

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Exemplo 44

Determinemos as coordenadas de p1 , p2 e p3 em relação à base C.


Temos
p1 = 1p1 + 0p2 + 0p3 =⇒ p1 = (1, 0, 0)C
p2 = 0p1 + 1p2 + 0p3 =⇒ p2 = (0, 1, 0)C
p3 = 0p1 + 0p2 + 1p3 =⇒ p3 = (0, 0, 1)C
e  
1 0 0
MCC =  0 1 0  = Id3 . □
0 0 1

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Continuação do exemplo em P2 (R)

Exemplo 45
Seja B a base canônica de P2 (R) e defina C = (p1 , p2 , p3 ) , onde

p1 (t) = 1, p2 (t) = 1 + t, p3 (t) = 1 + t + t 2 , para t ∈ R.

(a) Mostre que C é uma base de P2 (R) e encontre MBC .


(b) Se p ∈ P2 (R), é tal que p = (−1, −1, 3)C , encontre as
coordenadas de p em relação à base B.
(c) Se q ∈ P2 (R), é tal que q = (1, −1, 1)B , encontre as
coordenadas de q em relação à base C.
Solução:
(a) Exemplo 44.

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Um exemplo em P2 (R)

(b) Utilizaremos a matriz mudança de base. Recordemos que




1 1 1
(p)B = MBC (p)C e MBC =  0 1 1  .
0 0 1

Portanto
    
1 1 1 −1 1
C
(p)B = MB (p)C =  0 1 1   −1  =  2 
0 0 1 3 3

e obtemos p = (1, 2, 3)B .


(c) Como resolver este problema utilizando matriz mudança de
base? (continua...) □

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Matriz de Mudança de base
Seja U um espaço vetorial real de dimensão n. Sejam

B = (u1 , u2 , . . . , un ) e C = (v1 , v2 , . . . , vn )

bases de U. Apresentamos a matriz MBC é chamada matriz de


mudança da base B para a base C que possui a propriedade:

(u)B = MBC (u)C , para cada u ∈ U.

Pergunta: Faz sentido MCB ?


Resposta: Sim...
Pergunta: Como seria a construção de MCB ?
Resposta: É a matriz quadrada n × n na qual a coluna 1 é
formada pelas coordenadas do vetor u1 em relação à base C; a
coluna 2 é formada pelas coordenadas do vetor u2 em relação à
base C e assim por diante.
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Matriz de Mudança de base

Pergunta: Existe uma relação entre MBC e MCB ?

Sejam U um espaço vetorial real de dimensão n e B, C e D bases


de U.
Propriedades
(P1) MBC é uma matriz inversı́vel, isto é, det(MBC ) ̸= 0.
(P2) MBB = Idn , onde Idn é a matriz identidade.
(P3) MBC · MCD = MBD .
(P4) MCB = (MBC )−1 .

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Exemplo 46
Sejam B e C duas bases do espaço vetorial R3 tais que
B = ((1, 1, 1), (0, 1, 1), (0, 0, 1)) e C = ((1, 2, 2), (−1, 0, 0), (0, −1, 0))
(a) Encontre a matriz MBC e MCB .
 
1
(b) Se (v )B =  −1 , encontre (v )C e v .
2
(a) Notemos que
(1, 2, 2) = 1 · (1, 1, 1) + 1 · (0, 1, 1) + 0 · (0, 0, 1)
(−1, 0, 0) = (−1) · (1, 1, 1) + 1 · (0, 1, 1) + 0 · (0, 0, 1)
(0, −1, 0) = 0 · (1, 1, 1) + (−1) · (0, 1, 1) + 1 · (0, 0, 1).
Logo,
 
1 −1 0
MBC =  1 1 −1 
0 0 1
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Exemplo 46
−1
Temos que MCB = MBC .
Logo devemos encontrar a matriz inversa de MBC .

0 | 1 0 0 0 |
   
1 −1 1 −1 1 0 0
 1 1 −1 | 0 1 0   0 2 −1 | −1 1 0 
0 0 1 | 0 0 1 0 0 1 | 0 0 1

1 −1 0 | 1 −1 0 |
   
1 0 0 1 0 0
 0 2 0 | −1 1 1   0 1 0 | −1/2 1/2 1/2 
0 0 1 | 0 0 1 0 0 1 | 0 0 1

1 0 0 | 1/2
   
1/2 1/2 1/2 1/2 1/2
 0 1 0 | −1/2 1/2 1/2  =⇒ MCB =  −1/2 1/2 1/2  .
0 0 1 | 0 0 1 0 0 1

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Exemplo 46
(b) Dado v ∈ R3 , sabemos que

(v )C = MCB (v )B .
Logo,
     
1/2 1/2 1/2 1 1
(v )C =  −1/2 1/2 1/2  ·  −1  =  0  ,
0 0 1 2 2
v = (1, −1, 2)B e

v = 1 · (1, 1, 1) + (−1) · (0, 1, 1), +2 · (0, 0, 1) = (1, 0, 2). □

Exercı́cio
Resolva a parte (c) do Exemplo 45 usando a matriz mudança de
base MCB .
Álgebra Linear Matriz Mudança de Base
Teorema do Completamento

Teorema 6
Seja V um vetorial de dimensão n e seja E uma sequência de V
LI. Então existe uma base B de V que contém os elementos de E .

Exemplo 47
E = ((1, 1, 1), (1, 1, 0)) é um conjunto LI de R3 e existe uma base
B de R3 que contém os elementos de E . Por exemplo
B = ((1, 1, 1), (1, 1, 0), (1, 0, 0)). Note que há outras bases de R3
que contém os elementos de E . □

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base


Observação

Na lista de exemplos apresentamos espaços temos dois exemplos


de espaços de dimensão infinita. Recordemos: P(R) e F(R, R).
Uma pergunta natural é se para espaços que não são finitamente
gerados faz sentido falar em base. E a resposta é sim. É necessário
generalizar o conceito de base. Além disso, obtemos um resultado
análogo ao Teorema 5.1. Porém sua demonstração é muito mais
complicada e faz uso do Lema de Zorn.
Ver Flávio Coelho, página 76.

Álgebra Linear Matriz Mudança de Base

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