Filo Sofia
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XX”
O séc.XX foi marcado por uma combinação entre duas formas de barbárie: a ancestral e a
moderna. A ancestral é caracterizada por guerras e fanatismo, enquanto a mais moderna é
guiada pela racionalização. De forma a entender esta barbárie é crucial entender o sentido
duplo, de morte e renascimento.
“A herança de morte”
No séc.XX, a evolução da Humanidade ficou marcada pelo aumento do poder da morte, em
consequência das duas Guerras Mundiais, como também de dois novos poderes de morte.
“A morte da modernidade”
A civilização ocidental que procurou anteriormente um progresso infinito através da ciência,
da razão, da história, da economia e da democracia enfrenta agora vários desafios. O
delírio stalinista denigre a razão histórica, referindo que não há leis da História infalíveis, a
democracia não é garantida e, por fim, o desenvolvimento industrial pode prejudicar a
cultura e causar poluição. Assim, a modernidade baseada na fé cega, no progresso, na
tecnologia e no desenvolvimento económico está morta.
“A esperança”
Para o terceiro milênio, a cidadania terrestre surge como uma nova possibilidade de
criação, com recursos criativos inesgotáveis do género humano. Deste modo, a educação
desempenha um papel crucial por transmitir o antigo e, por sua vez, abrir a mente para o
que se afirma como novo.
Deste modo, percebemos que Edgar Morin aborda ao longo deste capítulo o passado, o
presente e o futuro do progresso Humano. No passado este progresso trouxe consigo várias
consequências, quer positivas como negativas para o mesmo, referindo que no futuro cada
indivíduo deve ter um especial cuidado de forma a não contribuir negativamente para a
comunidade internacional, mas sim de uma forma que permita um desenvolvimento promissor
para todos os indivíduos.
Assim, podemos refletir que o futuro, sem dúvida, apresenta um dilema entre o
progresso e a opressão, e a forma como lidamos com as novas tecnologias torna-se crucial para
o seu entendimento. A indiferença do século XX ensinou-nos sobre os perigos de nos
apegarmos a mitos e ilusões, mas também nos mostraram que a mente humana possui um
potencial que ainda não foi totalmente explorado. A interconexão entre as capacidades sociais e
cerebrais sugere que, ao reformar o nosso pensamento e ao cultivar a criatividade, podemos
não apenas enfrentar os desafios contemporâneos, mas também moldar um futuro mais
promissor. É essencial que essa reforma do pensamento humano aconteça de forma consciente
e responsável, para que possamos garantir um desenvolvimento que beneficie toda a
humanidade.