Eca Comentado - Direito Da Criança

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SUMÁRIO
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................................................................................................. 2
LEI DA PRIMEIRA INFÂNCIA: LEI 13.257/2016 ........................................................................................................................................................2

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Legenda dos grifos:


 AMARELO – DESTAQUE
 VERDE – EXCEÇÃO, VEDADO ou ALGUMA ESPECIFICIDADE
 AZUL – GÊNERO, PALAVRA-CHAVE ou EXPRESSÃO
 LARANJA – SUJEITOS, PESSOAS OU ENTES
 CINZA – MEUS COMENTÁRIOS DENTRO DO ARTIGO

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Art. 4º As políticas públicas voltadas ao atendimento dos
DIREITO DA CRIANÇA
direitos da criança na primeira infância serão elaboradas e
E DO ADOLESCENTE
executadas de forma a:
I - atender ao interesse superior da criança e à sua
condição de sujeito de direitos e de cidadã;
AUTOR: MARCO TORRANO II - incluir a participação da criança na definição das ações
INSTAGRAM: @MARCOAVTORRANO/@PROLEGES que lhe digam respeito, em conformidade com suas
E-MAIL: [email protected]
características etárias e de desenvolvimento;
III - respeitar a individualidade e os ritmos de
desenvolvimento das crianças e valorizar a diversidade da
LEI DA PRIMEIRA INFÂNCIA:
infância brasileira, assim como as diferenças entre as crianças
LEI 13.257/2016 em seus contextos sociais e culturais;
IV - reduzir as desigualdades no acesso aos bens e serviços
 QConcursos (questões de concurso): https://bit.ly/3YMewxY.
que atendam aos direitos da criança na primeira infância,
priorizando o investimento público na promoção da justiça
Comentários do Dizer o Direito social, da equidade e da inclusão sem discriminação da
➔ Comentários à Lei 13.257/2016 (Lei da Primeira Infância, criança;
Marco Legal da Primeira Infância ou Estatuto da Primeira V - articular as dimensões ética, humanista e política da
Infância). Disponível em: https://bit.ly/3hVKJON. criança cidadã com as evidências científicas e a prática
profissional no atendimento da primeira infância;
VI - adotar abordagem participativa, envolvendo a
Art. 1º Esta Lei estabelece princípios e diretrizes para a sociedade, por meio de suas organizações representativas, os
formulação e a implementação de políticas públicas para a profissionais, os pais e as crianças, no aprimoramento da
primeira infância em atenção à especificidade e à relevância qualidade das ações e na garantia da oferta dos serviços;
dos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil e no VII - articular as ações setoriais com vistas ao atendimento
desenvolvimento do ser humano, em consonância com os integral e integrado;
princípios e diretrizes da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 VIII - descentralizar as ações entre os entes da Federação;
(Estatuto da Criança e do Adolescente); altera a Lei nº 8.069, IX - promover a formação da cultura de proteção e
de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); promoção da criança, com apoio dos meios de comunicação
altera os arts. 6º, 185, 304 e 318 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 social.
de outubro de 1941 (Código de Processo Penal) ; acrescenta Parágrafo único. A participação da criança na formulação
incisos ao art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), das políticas e das ações que lhe dizem respeito tem o objetivo
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 ; de promover sua inclusão social como cidadã e dar-se-á de
altera os arts. 1º, 3º, 4º e 5º da Lei nº 11.770, de 9 de setembro acordo com a especificidade de sua idade, devendo ser
de 2008 ; e acrescenta parágrafos ao art. 5º da Lei nº 12.662, realizada por profissionais qualificados em processos de
de 5 de junho de 2012. escuta adequados às diferentes formas de expressão infantil.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se primeira Art. 5º Constituem áreas prioritárias para as políticas
infância o período que abrange os primeiros 6 (seis) anos públicas para a primeira infância a saúde, a alimentação e a
completos ou 72 (setenta e dois) meses de vida da criança. nutrição, a educação infantil, a convivência familiar e
comunitária, a assistência social à família da criança, a cultura,
Questão
o brincar e o lazer, o espaço e o meio ambiente, bem como a
 (Promotor MPEAP 2021 Cespe correta) Para efeitos proteção contra toda forma de violência e de pressão
do Estatuto da Primeira Infância (Lei n.º consumista, a prevenção de acidentes e a adoção de medidas
13.257/2016), considera-se primeira infância o perí- que evitem a exposição precoce à comunicação
odo que abrange os primeiros seis anos completos mercadológica.
ou setenta e dois meses de vida da criança.
 (Promotor MPESC 2019 Consulplan correta) Para os Questão
efeitos da Lei n. 13.257/2016 (Marco Legal da Pri-  (Defensor DPEMT 2022 FCC correta) O Marco Legal
meira Infância), considera-se primeira infância o pe- da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016) define
ríodo que abrange os primeiros 6 (seis) anos comple- como uma das áreas prioritárias para as políticas pú-
tos ou 72 (setenta e dois) meses de vida da criança. blicas para a primeira infância a proteção contra
toda forma de pressão consumista e a adoção de
medidas que evitem a exposição precoce à comuni-
Art. 3º A prioridade absoluta em assegurar os direitos da
cação mercadológica.
criança, do adolescente e do jovem, nos termos do art. 227 da
Constituição Federal e do art. 4º da Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990 , implica o dever do Estado de estabelecer
políticas, planos, programas e serviços para a primeira Art. 6º A Política Nacional Integrada para a primeira
infância que atendam às especificidades dessa faixa etária, infância será formulada e implementada mediante
visando a garantir seu desenvolvimento integral. abordagem e coordenação intersetorial que articule as

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diversas políticas setoriais a partir de uma visão abrangente representam em relação ao respectivo orçamento realizado,
de todos os direitos da criança na primeira infância. bem como colherá informações sobre os valores aplicados
pelos demais entes da Federação.
Art. 7º A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir, nos respectivos âmbitos, comitê Art. 12. A sociedade participa solidariamente com a família
intersetorial de políticas públicas para a primeira infância com e o Estado da proteção e da promoção da criança na primeira
a finalidade de assegurar a articulação das ações voltadas à infância, nos termos do caput e do § 7º do art. 227,
proteção e à promoção dos direitos da criança, garantida a combinado com o inciso II do art. 204 da Constituição Federal,
participação social por meio dos conselhos de direitos. entre outras formas:
§ 1º Caberá ao Poder Executivo no âmbito da União, dos I - formulando políticas e controlando ações, por meio de
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios indicar o órgão organizações representativas;
responsável pela coordenação do comitê intersetorial II - integrando conselhos, de forma paritária com
previsto no caput deste artigo. representantes governamentais, com funções de
§ 2º O órgão indicado pela União nos termos do § 1º deste planejamento, acompanhamento, controle social e avaliação;
artigo manterá permanente articulação com as instâncias de III - executando ações diretamente ou em parceria com o
coordenação das ações estaduais, distrital e municipais de poder público;
atenção à criança na primeira infância, visando à IV - desenvolvendo programas, projetos e ações
complementaridade das ações e ao cumprimento do dever do compreendidos no conceito de responsabilidade social e de
Estado na garantia dos direitos da criança. investimento social privado;
V - criando, apoiando e participando de redes de proteção
Art. 8º O pleno atendimento dos direitos da criança na e cuidado à criança nas comunidades;
primeira infância constitui objetivo comum de todos os entes VI - promovendo ou participando de campanhas e ações
da Federação, segundo as respectivas competências que visem a aprofundar a consciência social sobre o
constitucionais e legais, a ser alcançado em regime de significado da primeira infância no desenvolvimento do ser
colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os humano.
Municípios.
Parágrafo único. A União buscará a adesão dos Estados, do Art. 13. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Distrito Federal e dos Municípios à abordagem multi e Municípios apoiarão a participação das famílias em redes de
intersetorial no atendimento dos direitos da criança na proteção e cuidado da criança em seus contextos sociofamiliar
primeira infância e oferecerá assistência técnica na e comunitário visando, entre outros objetivos, à formação e
elaboração de planos estaduais, distrital e municipais para a ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários,
primeira infância que articulem os diferentes setores. com prioridade aos contextos que apresentem riscos ao
desenvolvimento da criança.
Art. 9º As políticas para a primeira infância serão
articuladas com as instituições de formação profissional, Art. 14. As políticas e programas governamentais de apoio
visando à adequação dos cursos às características e às famílias, incluindo as visitas domiciliares e os programas de
necessidades das crianças e à formação de profissionais promoção da paternidade e maternidade responsáveis,
qualificados, para possibilitar a expansão com qualidade dos buscarão a articulação das áreas de saúde, nutrição,
diversos serviços. educação, assistência social, cultura, trabalho, habitação,
meio ambiente e direitos humanos, entre outras, com vistas
Art. 10. Os profissionais que atuam nos diferentes ao desenvolvimento integral da criança.
ambientes de execução das políticas e programas destinados § 1º Os programas que se destinam ao fortalecimento da
à criança na primeira infância terão acesso garantido e família no exercício de sua função de cuidado e educação de
prioritário à qualificação, sob a forma de especialização e seus filhos na primeira infância promoverão atividades
atualização, em programas que contemplem, entre outros centradas na criança, focadas na família e baseadas na
temas, a especificidade da primeira infância, a estratégia da comunidade.
intersetorialidade na promoção do desenvolvimento integral § 2º As famílias identificadas nas redes de saúde, educação
e a prevenção e a proteção contra toda forma de violência e assistência social e nos órgãos do Sistema de Garantia dos
contra a criança. Direitos da Criança e do Adolescente que se encontrem em
situação de vulnerabilidade e de risco ou com direitos violados
Art. 11. As políticas públicas terão, necessariamente, para exercer seu papel protetivo de cuidado e educação da
componentes de monitoramento e coleta sistemática de criança na primeira infância, bem como as que têm crianças
dados, avaliação periódica dos elementos que constituem a com indicadores de risco ou deficiência, terão prioridade nas
oferta dos serviços à criança e divulgação dos seus resultados. políticas sociais públicas.
§ 1º A União manterá instrumento individual de registro § 3º As gestantes e as famílias com crianças na primeira
unificado de dados do crescimento e desenvolvimento da infância deverão receber orientação e formação sobre
criança, assim como sistema informatizado, que inclua as maternidade e paternidade responsáveis, aleitamento
redes pública e privada de saúde, para atendimento ao materno, alimentação complementar saudável, crescimento e
disposto neste artigo. desenvolvimento infantil integral, prevenção de acidentes e
§ 2º A União informará à sociedade a soma dos recursos educação sem uso de castigos físicos, nos termos da Lei nº
aplicados anualmente no conjunto dos programas e serviços 13.010, de 26 de junho de 2014 , com o intuito de favorecer a
para a primeira infância e o percentual que os valores

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formação e a consolidação de vínculos afetivos e estimular o Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-
desenvolvimento integral na primeira infância. se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de
§ 4º A oferta de programas e de ações de visita domiciliar nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor,
e de outras modalidades que estimulem o desenvolvimento religião ou crença, deficiência, condição pessoal de
integral na primeira infância será considerada estratégia de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica,
atuação sempre que respaldada pelas políticas públicas sociais ambiente social, região e local de moradia ou outra condição
e avaliada pela equipe profissional responsável. que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em
§ 5º Os programas de visita domiciliar voltados ao cuidado que vivem.” (NR)
e educação na primeira infância deverão contar com
profissionais qualificados, apoiados por medidas que
 Alterações no ECA
assegurem sua permanência e formação continuada.
Art. 19. O art. 8º da Lei nº 8.069, de 13 de julho de
Art. 15. As políticas públicas criarão condições e meios 1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a
para que, desde a primeira infância, a criança tenha vigorar com a seguinte redação:
acesso à produção cultural e seja reconhecida como “ Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos
produtora de cultura. programas e às políticas de saúde da mulher e de
planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada,
Art. 16. A expansão da educação infantil deverá ser feita atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e
de maneira a assegurar a qualidade da oferta, com instalações atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no
e equipamentos que obedeçam a padrões de infraestrutura âmbito do Sistema Único de Saúde.
estabelecidos pelo Ministério da Educação, com profissionais § 1º O atendimento pré-natal será realizado por
qualificados conforme dispõe a Lei nº 9.394, de 20 de profissionais da atenção primária.
dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação § 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante
Nacional) , e com currículo e materiais pedagógicos garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao
adequados à proposta pedagógica. estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o
Parágrafo único. A expansão da educação infantil das direito de opção da mulher.
crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade, no cumprimento § 3º Os serviços de saúde onde o parto for realizado
da meta do Plano Nacional de Educação, atenderá aos assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta
critérios definidos no território nacional pelo competente hospitalar responsável e contrarreferência na atenção
sistema de ensino, em articulação com as demais políticas primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de
sociais. apoio à amamentação.
.............................................................................................
Art. 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os § 5º A assistência referida no § 4º deste artigo deverá ser
Municípios deverão organizar e estimular a criação de espaços prestada também a gestantes e mães que manifestem
lúdicos que propiciem o bem-estar, o brincar e o exercício da interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
criatividade em locais públicos e privados onde haja circulação gestantes e mães que se encontrem em situação de privação
de crianças, bem como a fruição de ambientes livres e seguros de liberdade.
em suas comunidades. § 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um)
acompanhante de sua preferência durante o período do pré-
Espaços lúdicos natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
§ 7º A gestante deverá receber orientação sobre
aleitamento materno, alimentação complementar saudável e
crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre
formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de
estimular o desenvolvimento integral da criança.
§ 8º A gestante tem direito a acompanhamento saudável
durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso,
estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
intervenções cirúrgicas por motivos médicos.
§ 9º A atenção primária à saúde fará a busca ativa da
gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de
pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às
consultas pós-parto.
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à
mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob
 A importância dos espaços lúdicos na infância. Disponível: bit.ly/3I4zQJ8. custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que
atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único
Art. 18. O art. 3º da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o
(Estatuto da Criança e do Adolescente) , passa a vigorar sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento
acrescido do seguinte parágrafo único: integral da criança.” (NR)
“Art. 3º ..........................................................................

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Art. 20. O art. 9º da Lei nº 8.069, de 13 de julho de faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação
1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a de violência de qualquer natureza, formulando projeto
vigorar acrescido dos seguintes §§ 1º e 2º : terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se
“Art. 9º ........................................................................ necessário, acompanhamento domiciliar.” (NR)
§ 1º Os profissionais das unidades primárias de saúde
desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas, Art. 24. O art. 14 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de
visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de 1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a
ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno vigorar acrescido dos seguintes §§ 2º, 3º e 4º, numerando-se
e à alimentação complementar saudável, de forma contínua. o atual parágrafo único como § 1º :
§ 2º Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal “Art. 14. .......................................................................
deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de § 1º .............................................................................
coleta de leite humano.” (NR) § 2º O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à
saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma
Art. 21. O art. 11 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de
(ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a vigorar cuidado direcionadas à mulher e à criança.
com a seguinte redação: § 3º A atenção odontológica à criança terá função
“ Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o
voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e,
do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida,
equidade no acesso a ações e serviços para promoção, com orientações sobre saúde bucal.
proteção e recuperação da saúde. § 4º A criança com necessidade de cuidados odontológicos
§ 1º A criança e o adolescente com deficiência serão especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde.” (NR)
atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e Art. 25. O art. 19 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 ,
reabilitação. passa a vigorar com a seguinte redação:
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, “ Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e
àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em
outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, família substituta, assegurada a convivência familiar e
habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento
acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas integral.
necessidades específicas. .............................................................................................
§ 3º Os profissionais que atuam no cuidado diário ou § 3º A manutenção ou a reintegração de criança ou
frequente de crianças na primeira infância receberão adolescente à sua família terá preferência em relação a
formação específica e permanente para a detecção de sinais qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em
de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos
acompanhamento que se fizer necessário.” (NR) termos do § 1º do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art.
101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.
Art. 22. O art. 12 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de ....................................................................................” (NR)
1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a
vigorar com a seguinte redação: Art. 26. O art. 22 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
“ Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a vigorar
inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de acrescido do seguinte parágrafo único:
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições “Art. 22. .......................................................................
para a permanência em tempo integral de um dos pais ou Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm
responsável, nos casos de internação de criança ou direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados
adolescente.” (NR) no cuidado e na educação da criança, devendo ser
resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças
Art. 23. O art. 13 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de e culturas, assegurados os direitos da criança estabelecidos
1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a nesta Lei.” (NR)
vigorar acrescido do seguinte § 2º, numerando-se o atual
parágrafo único como § 1º : Art. 27. O § 1º do art. 23 da Lei nº 8.069 (ESTATUTO DA
“Art. 13. ....................................................................... CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), de 13 de julho de 1990 , passa
§ 1º As gestantes ou mães que manifestem interesse em a vigorar com a seguinte redação:
entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente “Art. 23. ......................................................................
encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e § 1º Não existindo outro motivo que por si só autorize a
da Juventude. decretação da medida, a criança ou o adolescente será
§ 2º Os serviços de saúde em suas diferentes portas de mantido em sua família de origem, a qual deverá
entrada, os serviços de assistência social em seu componente obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais
especializado, o Centro de Referência Especializado de de proteção, apoio e promoção.
Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de ...................................................................................” (NR)
Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão
conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na

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Art. 28. O art. 34 da Lei nº 8.069 (ESTATUTO DA CRIANÇA IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou
E DO ADOLESCENTE), de 13 de julho de 1990 , passa a vigorar comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da
acrescido dos seguintes §§ 3º e 4º : criança e do adolescente;
“Art. 34. ...................................................................... ...................................................................................” (NR)
............................................................................................
§ 3º A União apoiará a implementação de serviços de Art. 33. O art. 102 da Lei nº 8.069 (ESTATUTO DA CRIANÇA
acolhimento em família acolhedora como política pública, os E DO ADOLESCENTE), de 13 de julho de 1990, passa a vigorar
quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento acrescido dos seguintes §§ 5º e 6º :
temporário de crianças e de adolescentes em residências de “Art. 102. ....................................................................
famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não ...........................................................................................
estejam no cadastro de adoção. § 5º Os registros e certidões necessários à inclusão, a
§ 4º Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento
distritais e municipais para a manutenção dos serviços de são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de
acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse absoluta prioridade.
de recursos para a própria família acolhedora.” (NR) § 6º São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação
requerida do reconhecimento de paternidade no assento de
Art. 29. O inciso II do art. 87 da Lei nº 8.069 (ESTATUTO DA nascimento e a certidão correspondente.” (NR)
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), de 13 de julho de 1990 , passa
a vigorar com a seguinte redação: Art. 34. O inciso I do art. 129 da Lei nº 8.069 (ESTATUTO
“Art. 87. ....................................................................... DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), de 13 de julho de 1990 ,
............................................................................................. passa a vigorar com a seguinte redação:
II - serviços, programas, projetos e benefícios de “Art. 129. ....................................................................
assistência social de garantia de proteção social e de I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou
prevenção e redução de violações de direitos, seus comunitários de proteção, apoio e promoção da família;
agravamentos ou reincidências; ..................................................................................” (NR)
...................................................................................” (NR)
Art. 35. Os §§ 1º -A e 2º do art. 260 da Lei nº 8.069
Art. 30. O art. 88 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), de 13 de julho
1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a de 1990 , passam a vigorar com a seguinte redação:
vigorar acrescido dos seguintes incisos VIII, IX e X: “Art. 260. ....................................................................
“Art. 88. ...................................................................... ............................................................................................
............................................................................................ § 1º -A. Na definição das prioridades a serem atendidas
VIII - especialização e formação continuada dos com os recursos captados pelos fundos nacional, estaduais e
profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à municipais dos direitos da criança e do adolescente, serão
primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção,
da criança e sobre desenvolvimento infantil; Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
IX - formação profissional com abrangência dos diversos Convivência Familiar e Comunitária e as do Plano Nacional
direitos da criança e do adolescente que favoreça a pela Primeira Infância.
intersetorialidade no atendimento da criança e do § 2º Os conselhos nacional, estaduais e municipais dos
adolescente e seu desenvolvimento integral; direitos da criança e do adolescente fixarão critérios de
X - realização e divulgação de pesquisas sobre utilização, por meio de planos de aplicação, das dotações
desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência.” subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente
(NR) percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de
guarda, de crianças e adolescentes e para programas de
Art. 31. O art. 92 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de atenção integral à primeira infância em áreas de maior
1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a carência socioeconômica e em situações de calamidade.
vigorar acrescido do seguinte § 7º: .................................................................................” (NR)
“Art. 92. .....................................................................
............................................................................................. Art. 36. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (ESTATUTO
§ 7º Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), passa a vigorar acrescida
em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção à do seguinte art. 265-A:
atuação de educadores de referência estáveis e “ Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla
qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao divulgação dos direitos da criança e do adolescente nos meios
atendimento das necessidades básicas, incluindo as de afeto de comunicação social.
como prioritárias.” (NR) Parágrafo único. A divulgação a que se refere o caput será
veiculada em linguagem clara, compreensível e adequada a
Art. 32. O inciso IV do caput do art. 101 da Lei nº 8.069 crianças e adolescentes, especialmente às crianças com idade
(ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), de 13 de julho inferior a 6 (seis) anos.”
de 1990 , passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 101. ....................................................................
............................................................................................

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prazo de 2 (dois) dias úteis após o parto e comprove
participação em programa ou atividade de orientação sobre
 Comentamos as mudanças do ECA aqui!
paternidade responsável.
§ 2º A prorrogação será garantida, na mesma proporção, à
Tudo sobre ECA? empregada e ao empregado que adotar ou obtiver guarda
Confira o nosso material. judicial para fins de adoção de criança.” (NR)
“Art. 3º Durante o período de prorrogação da licença-
maternidade e da licença-paternidade:
I - a empregada terá direito à remuneração integral, nos
mesmos moldes devidos no período de percepção do salário-
Disponível maternidade pago pelo Regime Geral de Previdência Social
 (RGPS);
https://bit.ly/3YOiqXa II - o empregado terá direito à remuneração integral.” (NR)

“ Art. 4º No período de prorrogação da licença-


maternidade e da licença-paternidade de que trata esta Lei, a
empregada e o empregado não poderão exercer nenhuma
 Alterações na CLT atividade remunerada, e a criança deverá ser mantida sob
seus cuidados.
Art. 37. O art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho Parágrafo único. Em caso de descumprimento do disposto
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de no caput deste artigo, a empregada e o empregado perderão
1943 , passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos X e XI: o direito à prorrogação.” (NR)
“Art. 473. ....................................................................
............................................................................................. “ Art. 5º A pessoa jurídica tributada com base no lucro real
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e poderá deduzir do imposto devido, em cada período de
exames complementares durante o período de gravidez de apuração, o total da remuneração integral da empregada e do
sua esposa ou companheira; (Vide Medida Provisória nº 1.116, empregado pago nos dias de prorrogação de sua licença-
de 2022) (confira a mudança legislativa a seguir) maternidade e de sua licença-paternidade, vedada a dedução
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 como despesa operacional.
(seis) anos em consulta médica.” (NR) ..................................................................................” (NR)
Mudança legislativa
 Alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal
CLT, art. 473. (...)
X - pelo tempo necessário para acompanhar sua esposa ou Art. 39. O Poder Executivo, com vistas ao cumprimento do
companheira em até 6 (seis) consultas médicas, ou em exa- disposto no inciso II do caput do art. 5º e nos arts. 12 e 14 da
mes complementares, durante o período de gravidez; (Reda- Lei Complementar nº 101 (LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL),
ção dada pela Lei nº 14.457, de 2022) de 4 de maio de 2000 , estimará o montante da renúncia fiscal
decorrente do disposto no art. 38 desta Lei e o incluirá no
demonstrativo a que se refere o § 6º do art. 165 da
 Alterações no Programa Empresa Cidadã Constituição Federal , que acompanhará o projeto de lei
orçamentária cuja apresentação se der após decorridos 60
Art. 38. Os arts. 1º, 3º, 4º e 5º da Lei nº 11.770 (sessenta) dias da publicação desta Lei. (Produção de efeito)
(PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ – LICENÇA-MATERNIDADE),
de 9 de setembro de 2008 , passam a vigorar com as seguintes Art. 40. Os arts. 38 e 39 desta Lei produzem efeitos a partir
alterações: (Produção de efeito) do primeiro dia do exercício subsequente àquele em que for
“ Art. 1º É instituído o Programa Empresa Cidadã, implementado o disposto no art. 39.
destinado a prorrogar:
I - por 60 (sessenta) dias a duração da licença-maternidade
 Alterações no CPP
prevista no inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição
Federal ; Art. 41. Os arts. 6º, 185, 304 e 318 do Decreto-Lei nº 3.689,
II - por 15 (quinze) dias a duração da licença-paternidade, de 3 de outubro de 1941 (CÓDIGO DE PROCESSO PENAL),
nos termos desta Lei, além dos 5 (cinco) dias estabelecidos passam a vigorar com as seguintes alterações:
no § 1º do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais “Art. 6º .........................................................................
Transitórias . .............................................................................................
§ 1º A prorrogação de que trata este artigo: X - colher informações sobre a existência de filhos,
I - será garantida à empregada da pessoa jurídica que respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome
aderir ao Programa, desde que a empregada a requeira até o e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos,
final do primeiro mês após o parto, e será concedida indicado pela pessoa presa.” (NR)
imediatamente após a fruição da licença-maternidade de que
trata o inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal ;
II - será garantida ao empregado da pessoa jurídica que
aderir ao Programa, desde que o empregado a requeira no

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Obrigação do Delegado de Polícia averiguar se a pessoa VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados
presa possui filhos e quem é o responsável por seus cuida- do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
dos, fazendo este registro no auto de prisão em flagrante ...................................................................................” (NR)

Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração  Importante


penal, a autoridade policial deverá: NOVAS HIPÓTESES DE PRISÃO DOMICILIAR
(...)
Inciso IV - prisão domiciliar para GESTANTE independente
X - colher informações sobre a existência de filhos, respecti-
do tempo de gestação e de sua situação de saúde
vas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela do-
indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº miciliar quando o agente for:
13.257/2016) (...)
IV - gestante;

“Art. 185. .................................................................... Inciso V - prisão domiciliar para MULHER que tenha filho
............................................................................................ menor de 12 anos
§ 10. Do interrogatório deverá constar a informação sobre Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela do-
a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma miciliar quando o agente for:
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável (...)
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.” (NR) V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incom-
pletos;
Obrigação do magistrado, de, durante o interrogatório ju-
dicial, averiguar se o réu possui filhos e quem está respon- Inciso VI - prisão domiciliar para HOMEM que seja o único
sável por seus cuidados responsável pelos cuidados do filho menor de 12 anos
Trata-se, portanto, de nova pergunta obrigatória a ser for- Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela do-
mulada pelo Juiz durante o interrogatório. miciliar quando o agente for:
Art. 185 (...) (...) § 10. Do interrogatório deverá (...)
constar a informação sobre a existência de filhos, VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do
respectivas idades e se possuem alguma deficiência filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. Questão
(Incluído pela Lei nº 13.257/2016)
Constatando o Delegado de Polícia ou o Juiz que os filhos  (Juiz TJPE 2022 FGV correta) Maria, mãe de duas cri-
menores da pessoa presa estão em situação de risco, deve- anças de 02 e 05 anos, encontra-se em cumprimento
rão encaminhar a criança ou o adolescente para programa de prisão preventiva, em razão da alegada prática de
de acolhimento familiar ou institucional. crime de roubo contra terceiros. Considerando que
não há genitor ou família extensa apta a exercer a
guarda das crianças, o juiz da Infância e Juventude
“Art. 304. .................................................................... aplica a estas a medida protetiva de acolhimento
............................................................................................ institucional. Maria deseja que seus filhos sejam le-
§ 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá vados para visita na unidade prisional, em razão do
constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas grande afeto que nutre pelas crianças, encami-
idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato nhando carta ao magistrado com tal solicitação. O
de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado Ministério Público requer a suspensão do poder fa-
pela pessoa presa.” (NR) miliar de Maria em relação aos seus filhos, com a
proibição de visitas das crianças na unidade prisio-
O art. 304, que trata sobre da prisão em flagrante, também nal, em razão da prática de crime por Maria, sendo
foi modificado para que esta informação colhida pelo Dele- os autos remetidos à conclusão, para a apreciação
gado agora conste expressamente do auto: do juiz da Infância e Juventude. Considerando os fa-
Art. 304 (...) tos narrados e à luz da Lei nº 8.069/1990 (ECA) e da
§ 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá Lei nº 13.257/2016 (Marco Legal da Primeira Infân-
constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas cia), é correto afirmar que: a defesa técnica de Maria
idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o con- poderá requerer o benefício de prisão domiciliar,
tato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indi- para assegurar o convívio com os seus filhos, com
cado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257/2016) fundamento no Marco Legal da Primeira Infância.

“Art. 318. .....................................................................


.............................................................................................
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos;

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 Inclusive prisão domiciliar

Sobre PRISÕES no CPP...

Disponível

https://bit.ly/3mX0Crg

Art. 42. O art. 5º da Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012 ,


passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 3º e 4º :
“Art. 5º .........................................................................
.............................................................................................
§ 3º O sistema previsto no caput deverá assegurar a
interoperabilidade com o Sistema Nacional de Informações de
Registro Civil (Sirc).
§ 4º Os estabelecimentos de saúde públicos e privados que
realizam partos terão prazo de 1 (um) ano para se
interligarem, mediante sistema informatizado, às serventias
de registro civil existentes nas unidades federativas que
aderirem ao sistema interligado previsto em regramento do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).” (NR)

Art. 43. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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