Física Aula 15

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Fı́sica: Termologia

TÓPICO 15: Termometria e dilatação térmica

termometria é a parte da física responsá-

A vel pelo estudo da temperatura, dos termô-


metros e das escalas termométricas. Estas
áreas nos permitem investigar temas como a dilata-
ção térmica, um fenômeno muito importante para
o desenvolvimento de tecnologias, como a constru-
ção de ferrovias e pontes.

1 Estados da matéria
Na natureza, as substâncias apresentam-se em
três estados principais: sólido, líquido e gasoso. No
sólido, os átomos estão fortemente ligados por forças
elétricas, as quais os mantém em posições definidas,
dando ao sólido uma forma e volume bem definidos,
além da rigidez. No líquido, os átomos estão mais Figura 1: Estados da matéria e transições de fase (Figura
afastados uns dos outros devido a ligações com forças reproduzida de Propriedades gerais da matéria
elétricas menos intensas. Desta forma, não possuem 2020).
forma definida e escoam com certa facilidade (fluidez).
Entretanto, as ações exercidas pelas moléculas do
líquido sobre as moléculas situadas próximas da que as transições de fases ocorram em um material, é
superfície formam uma espécie de membrana elástica, necessário alterar sua temperatura.
sendo este efeito chamado de tensão superficial. No
estado gasoso, os átomos estão muito mais separados
que no sólido ou líquido devido a força elétrica quase 2 Temperatura
inexistente entre as partículas. Assim, não possuem
forma nem volume bem definidos, mas são definidos A temperatura é uma grandeza física utilizada
por sua alta compressibilidade. A figura 1 ilustra as para indicar se um objeto está mais “quente” ou mais
três situações. frio” do que outros objetos usados como referência.
Para medir a temperatura de um corpo, usamos
Os estados da matéria também podem mudar de um o termômetro e a sua versão mais comum é um
para outro. Esse fenômeno é chamado de transição de recipiente de vidro composto por um tubo capilar e um
fase. A figura 1 ilustra as transições mais comuns. A bulbo na base, conforme ilustra a figura 2. No interior
transição de sólido para líquido é chamada de fusão e desse recipiente é inserido mercúrio ou álcool colorido;
a transição do líquido para gás é chamada de evapora- assim, quando o bulbo é aquecido, a coluna de líquido
ção ou vaporização. A transição de gás para líquido é sofre dilatação térmica, modificando sua altura ao
chamada de condensação ou liquefação, e a mudança longo do tubo que, com uma escala apropriada,
do líquido para o sólido chama-se solidificação. O es- consegue medir a temperatura correspondente à
tado gasoso também pode mudar diretamente para a esta altura. Quando o termômetro está em contato
fase sólida, assim como a fase sólida diretamente para físico com um corpo, a coluna de líquido, após
o estado gasoso, sendo chamado de sublimação. Para certo de tempo de contato, se estabiliza. Isso ocorre
TÓPICO 15: Termometria e dilatação térmica

Figura 3: Conversão de escalas.

cientista alemão Daniel Gabriel Fahrenheit e considera


o gelo fundente em 32 graus Fahrenheit (32o F) e a
água em ebulição com 212o F. A escala Fahrenheit tam-
bém possui divisões em partes iguais, correpondendo
a variação de 1o F por divisão, como ilustra a figura 2.
Podem existir temperaturas acima de 212o F e abaixo
de 32o F.
Figura 2: Termômetros nas escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin
(Figura reproduzida de Temperature scales: Fahre-
nheit, Celsius, and Kelvin. 2020). 2.3 Escala Kelvin
A escala Kelvin ou escala absoluta foi proposta pelo
porque o termômetro e o corpo atingem o equilíbrio
físico inglês Lord Kelvin. Diversos estudos mostram
térmico (mesma temperatura), nos levando ao
que sistemas físicos possuem um limite inferior para
seguinte enunciado: quando dois corpos isolados
a temperatura, denominado zero absoluto, sendo im-
sem influências externas são colocados em contato
possível atingi-lo. Na escala Celsius, este valor equivale
físico, eles atingem o equilíbrio térmico após certo tempo.
−273o C e Lord Kelvin definiu este valor como zero ab-
soluto (0 K). Na comparação com a escala Celsius, a
A escala de um termômetro é chamada de escala
temperatura de ebulição da água equivale 373 K. Assim
termométrica e as principais são as escalas Celsius,
como nos demais casos, a escala Kelvin possui divisões
Kelvin e Fahrenheit. A escala Kelvin é a utilizada
em partes iguais, correspondendo a 1 K por divisão,
no sistema internacional de unidades (SI) enquanto
como também ilustra a figura 2. Note que a unidade
a escala Fahrenheit é utilizada em países de origem
desta escala não é “grau Kelvin”, mas apenas “Kel-
inglesa. No Brasil, a principal escala é a Celsius.
vin” ou K. Por isso, é muito importante que ao escrever
“kg” (quilograma), seja utilizado “k” minúsculo. Caso
2.1 Escala Celsius contrário, a unidade pode ser confundida com Kelvin.
A escala Celsius foi proposta no século XVIII pelo
cientista sueco Anders Celsius, que usa o gelo fun-
dente (em derretimento) como referência para definir 2.4 Conversão de escalas
o zero grau Celsius (0o C) e a água em ebulição como
referência para definir 100o C. A escala Celsius é cons- Considere três termômetros iguais com escalas Kel-
truída em uma atmosfera de 1 atm e também pode vin, Celsius e Fahrenheit, e mesma altura da coluna de
medir temperaturas acima de 100o C ou abaixo de 0o C mercúrio, conforme ilustra a figura 3. A relação entre
(valores negativos). Possui divisões em partes iguais, as temperaturas é dada por:
correspondendo a 1o C por divisão, como ilustra a fi-
gura 2. TK − 273 TC TF − 32
= = (1)
5 5 9
2.2 Escala Fahrenheit em que TK , TC e TF representam as temperaturas em
A escala Fahrenheit é amplamente utilizada em paí- Kelvin, Celsius e Fahrenheit, respectivamente.
ses de origem inglesa. Essa escala foi proposta pelo

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TÓPICO 15: Termometria e dilatação térmica

Exercício 1
rença entre elas será 12 K. Portanto, a alterna-
(UFF) Um turista brasileiro, ao desembarcar no tiva correta é o item (a).
aeroporto de Chicago, observou que o valor da
temperatura lá indicado, em o F, era um quinto
do valor correspondente em o C.
Problema 2
O valor observado foi:
(ETEC) Um estudante paulista resolve construir
(a) −2o F um termômetro e criar uma escala termo-
(b) 2o F métrica arbitrária “SP” utilizando a data da
(c) 4o F fundação da cidade de São Paulo, 25 de janeiro
(d) 0o F de 1554. Adotou como ponto fixo do gelo
(e) −4o F o número 25 e como ponto fixo do vapor o
número 54.
RESOLUÇÃO: Para determinar a medida de
temperatura em Fahrenheit, basta aplicar a A relação de conversão entre as escala “Celsius”
equação 1: e “SP” é:
TC TF − 32
= (a) TC /50 = (TSP − 25)/29
5 9
(b) TC /100 = (TSP − 54)/29
9
TF = TC + 32 (c) TC /100 = (TSP − 25)/29
5 (d) TC /100 = (TSP − 25)/79
em que TF = TC /5 ou TC = 5TF : (e) TC /50 = (TSP − 25)/54
9
TF = (
5TF ) + 32 RESOLUÇÃO: A figura a seguir apresenta uma
5
 comparação entre as escalas SP e Celsius para
TF = 9TF + 32 medição de temperatura em dois termômetros
iguais e com as colunas de mercúrio na
−32
TF = = −4o F mesma altura. Antes de obtermos as relações
8 entre as escalas, é necessário estabelecer que
Portanto, a alternativa correta é o item (e). a escala SP é linear, i.e., todas as divisões
da escala são iguais, similar a escala Fahrenheit.

Problema 1 Na escala SP, a diferença entre as temperaturas


de ebulição e congelamento é 54o SP − 25o SP =
(CEFET) Em um determinado dia, a tem- 29o SP. Na escala Celsius, este valor é 100o C −
peratura mínima em Belo Horizonte foi 0o C = 100o C. Com estes dois valores, podemos
de 15o C e a máxima de 27o C. A diferença construir o fator de conversão a:
entre essas temperaturas, na escala kelvin, é de:
100o C 100
a= = (3)
(a) 12 K 29o SP 29
(b) 21 que é uma razão entre as diferenças de tempe-
(c) 263 ratura e será utilizada para relacionar as duas
(d) 285 escalas. Esse mesmo fator pode ser calculado
(e) 24 considerando as temperaturas TSP e TC ao in-
vés dos valores associados com a temperatura
RESOLUÇÃO: A conversão é realizada com a de ebulição:
equação 1:
TC − 0o C TC
TK − 273 TC a= = (4)
= TSP − 25o SP TSP − 25
5 5
TK − 273 TC Igualando as equações 3 e 4, obtemos a relação
= entre as escalas SP e Celsius:
5
 5

TK = TC + 273 (2) TC TSP − 25
=
o o
Aplicando a equação 2 para 15 C e 27 C, ob- 100 29
temos 288 K e 300 K, respectivamente. A dife- Portanto, a alternativa correta é o item (c).

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Tabela 1: Coeficientes de dilatação térmica.

Substância α (×10−6 o C−1 )


chumbo 30
alumínio 23
cobre 17
aço 11
vidro comum 9
vidro refratário (pirex) 3
diamante 0,9
Figura 4: Dilatação linear.

Figura 5: Dilatação superficial.

2.5.2 Dilatação superficial


A dilatação superficial pode ser compreendida como
uma dilatação linear em duas dimensões. A figura 5
ilustra um corpo que possui área inicial A0 e tempera-
tura T0 . Após sofrer aquecimento até a temperatura T ,
sua área aumenta para A. A dilatação ∆A = A − A0
em função da variação de temperatura é representada
pela equação:
2.5 Dilatação térmica
A − A0 = βA0 (T − T0 ) (6)
O aumento da temperatura de um corpo aumenta
a agitação dos seus átomos. Desta forma, a distância em que β é o coeficiente de dilatação superficial, dado
média entre os átomos aumenta e, com isso, ocorre em o C−1 , que pode ser escrito como o dobro do coefi-
também o aumento de suas dimensões físicas. Dizemos ciente de dilatação linear:
neste caso que o corpo sofre uma dilatação térmica. β = 2α (7)
Para o chumbo, o coeficiente de dilatação superficial
2.5.1 Dilatação linear é β = 2α = 2(30 × 10−6 ) = 60 × 10−6 o C−1 .

A barra apresentada na figura 4 possui comprimento 2.5.3 Dilatação volumétrica


L e temperatura T0 . Após ser aquecida até uma tem-
peratura T , seu comprimento aumenta L e a dilatação A dilatação volumétrica pode ser compreendida
total é dada por ∆L = L − L0 . A equação matemática como uma dilatação linear em três dimensões, con-
que relaciona a dilatação linear de um sólido com a fome ilustra a figura 6. Um cubo ao ser aquecido da
variação de temperatura é: temperatura T0 para temperatura T , aumenta seu vo-
lume de V0 para V . A equação que relaciona a dilatação
L − L0 = αL0 (T − T0 ) (5) volumétrica do volume ∆V = V − V0 com a variação
da temperatura é dada por:
em que α é o coeficiente de dilatação linear, dado em V − V0 = γV0 (T − T0 ) (8)
o −1
C . Cada material possui um coeficiente de dilatação
distinto, pois depende da natureza do material (tipo em que γ é o coeficiente de dilatação volumétrica, dado
de átomos, ligações químicas etc.), conforme mostra em o C−1 , que pode ser escrito como o triplo do coefici-
a tabela 1. O coeficiente de dilatação linear mostra a ente de dilatação linear:
dilatação de um material por unidade de temperatura. γ = 3α (9)
Para o chumbo, α = 30 × 10−6 o C−1 . Isso significa que
o material dilata 30 µm para elevação de temperatura Para o chumbo, o coeficiente de dilatação volumé-
de 1o C. trico é γ = 3α = 3(30 × 10−6 ) = 90 × 10−6 o C−1 .

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Problema 4

(UFSC) Um aluno de ensino médio está proje-


tando um experimento sobre a dilatação dos
sólidos. Ele utiliza um rebite de material A e
uma placa de material B, de coeficientes de di-
latação térmica, respectivamente, iguais a αA e
αB . A placa contém um orifício em seu centro,
conforme indicado na figura. O raio RA do re-
bite é menor que o raio RB do orifício e ambos
os corpos se encontram em equilíbrio térmico
Figura 6: Dilatação volumétrica.
com o meio.

Problema 3

(UDESC) Uma barra com uma rachadura no


centro entorta para cima, com um aumento de
temperatura de 32o C (ver figura). Se L0 = 3,77
m e o coeficiente de dilatação linear do material
de que é feita a barra é α = 25 × 10−6 o C−1 ,
encontre o valor de x.

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01. Se αA > αB a folga irá aumentar se ambos


forem igualmente resfriados.

02. Se αA > αB a folga ficará inalterada se


RESOLUÇÃO: Após aumentar 32 C, o novo o ambos forem igualmente aquecidos.
comprimento da barra é dada pela equação
5: 04. Se αA < αB e aquecermos apenas o rebite,
L = L0 + αL0 (T − T0 ) a folga aumentará.
em que T − T0 = 32o C; logo:
08. Se αA = αB a folga ficará inalterada se
L = 3,77 + (25 × 10 −26
)(3,77)(32) = 3,773 m ambos forem igualmente aquecidos.

A figura mostra que a metade da barra dila- 16. Se αA = αB e aquecermos somente a


tada representa L/2 = 1,8865 m. O cateto placa, a folga aumentará.
horizontal, representado em vermelho, vale
L0 /2 = 1,885 m. Desta forma, o valor de x 32. Se αA > αB a folga aumentará se apenas
é obtido aplicando a equação de Pitágoras no a placa for aquecida.
triângulo retângulo formado:
RESOLUÇÃO: Os dois objetos dilatam ao
 2  2
L L0 sofrerem aquecimento, incluindo o furo da
= + x2 chapa que também aumenta seu diâmetro.
2 2

o que gera x = 7,5 cm. 01. Correta. Neste caso, o rebite dilata mais
que o orifício. Desta forma, o folga aumenta
quando ambos são resfriados, pois a contração
do rebite é maior.

02. Incorreta. O rebite dilatará mais que o


orifício e a folga diminuirá.

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04. Incorreta. Se aquecer apenas o rebite, Para isso, aplicamos a equação 1:


a folga diminuirá, pois haverá a dilatação
5
do rebite enquanto o diâmetro do orifício TC = (TF − 32)
permanecerá inalterado. 9
que fornece 21,1o C e −17,8o C, respectivamente,
08. Incorreta. O diâmetro tanto do rebite para 70o F e 0o F. Logo:
quanto do orifício é um problema de dilatação
linear e a equação que determina a dilatação ∆V = (0,0012)(20,0)[21,1−(−17,8)] ≈ 0,940 L
do diâmetro é similar à equação 5:
sendo, portanto, a alternativa (b) o item cor-
∆D = αD0 (T − T0 ) reto.

em que D0 = 2R0 é o diâmetro inicial que


será dilatado. Com esta equação é possível COLABORADORES DESTA AULA
verificar que as dilatações serão diferentes • Texto:
se αA = αB , pois a equação depende do Diego Alexandre Duarte
diâmetro inicial e o diâmetro inicial do ma-
terial A é menor que do material B (RA < RB ). • Diagramação:
Diego Alexandre Duarte
16. Correta. O aquecimento do material B
provoca o aumento do diâmetro do orifício e, • Revisão:
por consequência, da folga. Diego Alexandre Duarte
32. Correta. Se o aquecimento for realizado
em ambas da peças, a folga diminui, pois o
rebite dilatará mais.
Referências Bibliográficas
Portanto, a soma dos itens corretos é 49.
Física e vestibular: Exercícios de vestibulares com reso-
lucao comentada sobre dilatação linear superficial
Problema 5 volumétrica e dilatação dos líquidos (2020). url:
http : / / fisicaevestibular . com . br / novo /
(ITA) Um pequeno tanque, completamente fisica - termica / dilatometria / exercicios -
preenchido com 20,0 L de gasolina a 0o F, é de - vestibulares - com - resolucao - comentada -
logo a seguir transferido para uma garagem sobre - dilatacao - linear - superficial -
mantida a temperatura de 70o F. Sendo volumetrica - e - dilatacao - dos - liquidos/
γ = 0,0012o C−1 o coeficiente de expansão (acesso em 18/08/2020).
volumétrica da gasolina, a alternativa que Propriedades gerais da matéria (2020). url: https :
melhor expressa o volume de gasolina que / / www . cienciasresumos . com . br / quimica /
vazará em consequência do seu aquecimento propriedades - gerais - da - materia - quimica/
até a temperatura da garagem é: (acesso em 11/08/2020).
Temperature scales: Fahrenheit, Celsius, and Kelvin.
(a) 0,507 L (2020). url: https://kidspressmagazine.com/
(b) 0,940 L science - for - kids / misc / misc / temperature -
(c) 1,68 L scales - fahrenheit - celsius - kelvin . html
(d) 5,07 L (acesso em 13/08/2020).
(e) 0,17 L

RESOLUÇÃO: Em 0o F, a gasolina completa- 3 Lista de Problemas


mente completamente o tanque e, mediante ex-
pansão térmica, o volume dilatado representa 1. (UFF) Quando se deseja realizar experimentos a
a quantidade que vazará. O volume é calculado baixas temperaturas, é muito comum a utilização
diretamente pela equação 8: de nitrogênio líquido como refrigerante, pois seu
∆V = V − V0 = γV0 (T − T0 ) ponto normal de ebulição é de −196o C. Na escala
Kelvin, esta temperatura vale:
em que T e T0 devem representar a temperatura
do líquido em Celsius, pois o coeficiente de (a) 77 K
dilatação volumétrica é representada em o C−1 . (b) 100 K
(c) 196 K

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(d) 273 K submetidas a uma variação de temperatura de


(e) 469 K 20o C.

2. (UNICAMP) Em uma determinada região do (b) A condutividade térmica das substâncias


planeta, a temperatura média anual subiu de permanece constante, independentemente da
13,35o C em 1995 para 13,8o C em 2010. Seguindo temperatura em que estas se encontram.
a tendência de aumento linear observada entre
1995 e 2010, a temperatura média em 2012 (c) Substâncias que possuem maior condutividade
deverá ser de: térmica também apresentam maiores coeficientes
de dilatação.
(a) 13,83o C
(b) 13,86o C (d) Dentre as substâncias listadas na tabela, o
(c) 13,92o C cobre é a melhor opção para fazer isolamentos
(d) 13,89o C térmicos.

3. (UNESP) Um estudante desenvolve um termôme- (e) Duas chapas de dimensões iguais, uma de
tro para ser utilizado especificamente em seus alumínio e outra de concreto, são submetidas
trabalhos de laboratório. Sua idéia é medir a tem- à mesma variação de temperatura. Constata-se
peratura de um meio fazendo a leitura da resis- então que a variação de dilatação superficial da
tência elétrica de um resistor, um fio de cobre, chapa de alumínio é duas vezes maior que a da
por exemplo, quando em equilíbrio térmico com chapa de concreto.
esse meio. Assim, para calibrar esse termômetro
na escala Celsius, ele toma como referências as 5. (UDESC) Uma placa de alumínio com um furo
temperaturas de fusão do gelo e de ebulição da circular no centro foi utilizada para testes de di-
água. Depois de várias medidas, ele obtém a curva latação térmica. Em um dos testes realizados,
apresentada na figura. inseriu-se no furo da placa um cilindro maciço
de aço. À temperatura ambiente, o cilindro ficou
preso à placa, ajustando-se perfeitamente ao furo,
conforme ilustra a Figura.

A correspondência entre a temperatura T , em


o
C, e a resistência elétrica R, em Ω, é dada pela
equação:
O valor do coeficiente de dilatação do alumínio é,
(a) T = 100(R − 16)/6,6 aproximadamente, duas vezes o valor do coefici-
(b) T = 100 × 6, 6/(R − 16) ente de dilatação térmica do aço. Aquecendo-se o
(c) T = (R − 6, 6)/(6, 6 × 100) conjunto a 200o C, é correto afirmar que:
(d) T = 100 × (R − 16)/16
(e) T = 100 × (R − 6, 6)/16 (a) o cilindro de aço ficará ainda mais fixado
à placa de alumínio, pois, o diâmetro do furo
4. (UDESC) A tabela 2 apresenta uma relação da placa diminuirá e o diâmetro do cilindro
de substâncias e os seus respectivos valores de aumentará.
coeficiente de dilatação linear e condutividade
térmica, ambos medidos à temperatura de 20o C. (b) o cilindro de aço soltar-se-á da placa de
alumínio, pois, em decorrência do aumento de
Assinale a alternativa correta, tomando como temperatura, o diâmetro do furo aumentará mais
base as informações acima. que o diâmetro do cilindro.

(a) Barras do mesmo comprimento dos metais lis- (c) não ocorrerá nenhuma mudança, pois, o
tados na tabela sofrerão dilatações iguais, quando conjunto foi submetido à mesma variação de

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Tabela 2: Problema 4.

temperatura. anormalmente altas que vêm ocorrendo no atual


verão, no hemisfério norte. Assinale a opção que
(d) o cilindro soltar-se-á da placa porque sofrerá indica a dilatação (em cm) que um trilho de 100
uma dilatação linear e, em função da conservação m sofreria devido a uma variação de temperatura
de massa, ocorrerá uma diminuição no diâmetro igual a 20o C, sabendo que o coeficiente linear de
do cilindro. dilatação térmica do trilho vale α = 1, 2 × 10−5
por grau Celsius.
(e) não é possível afirmar o que acontecerá, pois,
as dimensões iniciais da placa e do cilindro são (a) 3,6
desconhecidas. (b) 2,4
(c) 1,2
6. (UEPB) Verifica-se na figura 7 que, inicialmente, (d) 1,2×10−3
não é possível passar a esfera através do anel de (e) 2,4×10−3
metal. Porém, após aquecer o anel de metal, a
esfera passa facilmente. A alternativa que explica 8. (FUNREI) A figura mostra uma ponte apoiada so-
corretamente esse fenômeno é: bre dois pilares feitos de materiais diferentes. O
pilar mais longo, de comprimento L1 = 40 m, pos-
(a) O aumento de temperatura, causado pela sui coeficiente de dilatação linear α = 18 × 10−6
o −1
chama da vela no anel de metal, aumenta a C . O pilar mais curto tem comprimento, 30
agitação térmica das partículas do metal, o m. Para que a ponte permaneça sempre na hori-
que provoca um aumento do diâmetro do anel, zontal, o material do segundo pilar deve ter um
facilitando a passagem da esfera. coeficiente de dilatação linear α, igual a:

(b) O calor fornecido pela vela ao anel metálico


faz com que o tamanho da esfera diminua,
quando em contato com o anel, facilitando a
passagem da esfera.

(c) O calor fornecido pela esfera ao anel metálico


provoca uma redução no nível de agitação
térmica das partículas do metal, o que provoca
um aumento do diâmetro do anel, facilitando a (a) 42 × 10−6 o C−1
passagem da esfera. (b) 24 × 10−6 o C−1
(c) 13,5 × 10−6 o C−1
(d) O aumento de temperatura no anel de metal (d) 21 × 10−6 o C−1
causado pela chama da vela aumenta a agitação (e) 36 × 10−6 o C−1
térmica das partículas do metal, o que provoca
uma redução do diâmetro do anel, facilitando a 9. (Mackenzie) Ao se aquecer de 1,0o C uma haste
passagem da esfera. metálica de 1,0 m, o seu comprimento aumenta
de 2, 0 × 10−2 mm. O aumento do comprimento
(e) Não é possível acontecer tal fenômeno, uma de outra haste do mesmo metal, de medida inicial
vez que, após o anel ser aquecido, haverá uma 80 cm, quando a aquecemos de 20o C, é:
diminuição do mesmo, impedindo a passagem da
esfera de metal. (a) 0,23 mm
(b) 0,32 mm
7. (PUC) A imprensa tem noticiado as temperaturas (c) 0,56 mm

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TÓPICO 15: Termometria e dilatação térmica

Figura 7: Problema 5. Anel de Gravesand. Na figura (1) a esfera não consegue passar pelo anel. Na figura (2) o anel sofre
aquecimento. Na figura (3) o anel consegue passar pelo orifício devido a dilatação do anel (Figura retirada de Física e
vestibular: Exercícios de vestibulares com resolucao comentada sobre dilatação linear superficial volumétrica e
dilatação dos líquidos 2020).

(d) 0,65 mm
(e) 0,76 mm (a) α = 2 × 10−5 o C−1
(b) α = 3 × 10−3 o C−1
10. (UNIC) Uma chapa de alumínio tem um furo (c) α = 4 × 10−4 o C−1
central de 100 cm de raio, estando numa tempe- (d) α = 5 × 10−5 o C−1
ratura de 12o C. Sabendo-se que αAl = 22 × 10−6 (e) α = 6 × 10−4 o C−1
o −1
C , a nova área do furo quando a chapa for
aquecida até 122o C será: 12. (UDESC) Em um dia típico de verão utiliza-se
uma régua metálica para medir o comprimento
(a) 2,425 m2 de um lápis. Após medir esse comprimento,
(b) 3,140 m2 coloca-se a régua metálica no congelador a uma
(c) 4,155 m2 temperatura de −10o C e esperam-se cerca de 15
(d) 3,155 m2 minutos para, novamente, medir o comprimento
(e) 5,425 m2 do mesmo lápis. O comprimento medido nesta
situação, com relação ao medido anteriormente,
11. (UFPR) Um cientista está à procura de um será:
material que tenha um coeficiente de dilatação
alto. O objetivo dele é produzir vigas desse (a) maior, porque a régua sofreu uma contração.
material para utilizá-las como suportes para os (b) menor, porque a régua sofreu uma dilatação.
telhados das casas. Assim, nos dias muito quentes, (c) maior, porque a régua se expandiu.
as vigas dilatar-se-iam bastante, elevando o (d) menor, porque a régua se contraiu.
telhado e permitindo uma certa circulação de (e) o mesmo, porque o comprimento do lápis não
ar pela casa, refrescando o ambiente. Nos dias se alterou.
frios, as vigas encolheriam e o telhado abaixaria,
não permitindo a circulação de ar. Após algumas 13. (ENEM) A gasolina é vendida por litro, mas
experiências, ele obteve um composto com o em sua utilização como combustível, a massa
qual fez uma barra. Em seguida, o cientista é o que importa. Um aumento da temperatura
mediu o comprimento L da barra em função da do ambiente leva a um aumento no volume
temperatura T e obteve o gráfico a seguir: da gasolina. Para diminuir os efeitos práticos
dessa variação, os tanques dos postos de gasolina
são subterrâneos. Se os tanques NÃO fossem
subterrâneos:

I. Você levaria vantagem ao abastecer o carro na


hora mais quente do dia pois estaria comprando
mais massa por litro de combustível.

II. Abastecendo com a temperatura mais baixa,


você estaria comprando mais massa de combustí-
vel para cada litro.

Analisando o gráfico, é correto afirmar que III. Se a gasolina fosse vendida por kg em vez
o coeficiente de dilatação linear do material de por litro, o problema comercial decorrente da
produzido pelo cientista vale: dilatação da gasolina estaria resolvido.

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TÓPICO 15: Termometria e dilatação térmica

Destas considerações, somente: 6. Item (a): O aumento de temperatura, causado


pela chama da vela no anel de metal, aumenta
(a) I é correta. a agitação térmica das partículas do metal, o
(b) II é correta. que provoca um aumento do diâmetro do anel,
(c) III é correta. facilitando a passagem da esfera.
(d) I e II são corretas.
(e) II e III são corretas. 7. Item (b): 2,4.

14. (ENEM) Durante uma ação de fiscalização 8. Item (b): 24 × 10−6 o C−1 .
em postos de combustíveis, foi encontrado um
mecanismo inusitado para enganar o consumidor. 9. Item (b): 0,32 mm.
Durante o inverno, o responsável por um posto
de combustível compra álcool por R$ 0,50/litro, a 10. Item (d): 3,155 m2 .
uma temperatura de 5o C.
11. Item (e): α = 6 × 10−4 o C−1 .
Para revender o líquido aos motoristas, instalou
um mecanismo na bomba de combustível para 12. Item (a): maior, porque a régua sofreu uma
aquecê-lo, para que atinja a temperatura de contração.
35o C, sendo o litro de álcool revendido a R$ 1,60.
Diariamente, o posto compra 20 mil litros de 13. Item (e): II e III são corretas.
álcool a 5o C e os revende.
14. Item (d): R$ 6.000,00 e R$ 6.900,00.
Com relação à situação hipotética descrita no
texto e dado que o coeficiente de dilatação
volumétrica do álcool é de 1,0 × 10−3 o C−1 ,
desprezando-se o custo da energia gasta no
aquecimento do combustível, o ganho financeiro
que o dono do posto teria obtido devido ao
aquecimento do álcool após uma semana de
vendas estaria entre:

(a) R$ 500,00 e R$ 1.000,00


(b) R$ 1.050,00 e R$ 1.250,00
(c) R$ 4.000,00 e R$ 5.000,00
(d) R$ 6.000,00 e R$ 6.900,00
(e) R$ 7.000,00 e R$ 7.950,00

4 Gabarito
1. Item (e): 469 K.

2. Item (b): 13,86o C.

3. Item (a): T = 100(R − 16)/6,6.

4. Item (e): Duas chapas de dimensões iguais, uma


de alumínio e outra de concreto, são submetidas
à mesma variação de temperatura. Constata-se
então que a variação de dilatação superficial da
chapa de alumínio é duas vezes maior que a da
chapa de concreto.

5. Item (b) o cilindro de aço soltar-se-á da placa de


alumínio, pois, em decorrência do aumento de
temperatura, o diâmetro do furo aumentará mais
que o diâmetro do cilindro.

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