Celulite - Módulo Ok

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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE

CELULITE

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/ REV 3.0

1
CURSO DE
CELULITE

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

1.0 Introdução;
2.0 Celulite
2.1 Histopatologia;
2.2 Estágios;
2.3 Prevenção;
2.4 Tratamentos;
Referências Bibliográficas.

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Módulo Único

1.0 Introdução

É importante sabermos que “Não há milagres”. Não se trata de novos


conceitos e tratamentos para combater a obesidade, e sim, direcionar o tratamento
para o que realmente funciona, ou seja, reeducação alimentar, prática de atividades
físicas prazerosas, mudança de pensamento em relação à obesidade e em alguns
casos, a adoção de remédios mais recentes, que em vez de diminuir a fome,
aumentam a saciedade e diminuem a absorção da gordura (SATO, 2001).
Infelizmente, a população em geral sabe como agir, o difícil é seguir. E
busca pela fórmula milagrosa e eterna.
A atividade física vem no topo da lista, sendo o principal recurso para
combater e controlar a obesidade. Mas, o estilo de vida moderno, que tem como
característica básica à falta de atividade física, não favorece em nada para que o
índice de obesidade no mundo possa diminuir (DÂMASO, 2001).
Muitas pessoas fazem dezenas e centenas de abdominais para eliminar a
gordura localizada. O abdominal é um exercício que ajuda a definir e fortalecer o
abdômen, deixando mais forte esta região. Para eliminar a gordura localizada na
região do abdômen o exercício ideal para queimar gordura é o aeróbico: é um
exercício de grande duração e intensidade (caminhada, corrida, natação, bicicleta,
transport, ginástica aeróbica, dança, etc.).
A atividade física estimula o desenvolvimento das fibras musculares que
compõem os diversos músculos do corpo. Conforme pesquisas realizadas por
GUEDES (l997), pessoas envolvidas regularmente em programas de atividades
físicas apresentam menor quantidade de gordura corporal e maior proporção de
massa magra, com flutuações diretamente relacionadas com o estímulo do esforço a
que são submetidos.

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A reeducação alimentar vem em seguida, pois o controle da ingestão de
calorias diárias se faz extremamente necessário para quem deseja reduzir medidas.
Relembrando o que foi no Módulo I quando falamos a respeito do tecido adiposo,
todas as calorias que forem ingeridas acima do que exige o nosso metabolismo
basal (cerca de 2000 calorias/dia) são armazenadas na forma de gordura dentro dos
adipócitos. Isso nos faz engordar.
E, como diz o velho ditado, “tudo o que é bom engorda”, a maioria das
pessoas não apresenta disciplina e força de vontade suficiente para seguir à risca
uma dieta de restrições alimentares.
A conscientização de que a obesidade é uma doença e que pode trazer
sérias consequências à saúde é necessária, na maioria das vezes não é uma
realidade. A mudança de pensamento e hábitos deve estar presente, além da
consciência de que medicações para combater o problema não são simples balas
inofensivas e que só podem ser tomados mediante acompanhamento médico. O uso
indiscriminado deste tipo de medicação, além da automedicação e sua livre venda
em países vizinhos e mercado negro, também vem se tornando um problema de
saúde pública.
Outra grande vedete do momento são as cirurgias de redução de estômago,
que vêm sendo a esperança para muitos obesos, sobretudo os mórbidos. Mas,
poucos sabem que se trata de um procedimento complicado e que também vai exigir
disciplina do paciente, além de acompanhamento nutricional e psicológico.
Mas, e quando a atividade física é uma rotina e a alimentação é adequada e,
mesmo assim, aqueles pneuzinhos e gordurinhas indesejadas insistem em persistir
e não vão embora por nada. O que fazer? A genética é o principal responsável por
isto, aliado a velocidade de metabolismo de cada um, pois em algumas pessoas é
muito lento.

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FONTE: A gordura localizada atinge até as pessoas que não têm problemas com obesidade.
Própria, 2008 (edição).

Outro grande vilão é o mau funcionamento intestinal. O intestino é uma


válvula de escape para produtos do metabolismo final dos alimentos que ingerimos,
ou seja, tudo o que não foi aproveitado e é considerado pelo nosso organismo como
“lixo”. Se esse bolo fecal não é eliminado logo e permanece muito tempo dentro do
intestino, algumas impurezas são reabsorvidas, atrapalhando o metabolismo. Por
esta razão, é de suma importância que o intestino seja um “relógio”.
Entretanto, há várias técnicas que auxiliam na redução de medidas e
“queima de gordura”. Ultrassom, mantas quentes, talassoterapia, correntes elétricas,
o auxílio da massoterapia até as técnicas médicas mais revolucionárias, ou seja,
tudo o que auxilia na aceleração metabólica. Mas, deve-se observar o grau de
obesidade, pois nos estágios mais mórbidos, não haverá como apresentar
resultados significativos.
Nenhuma técnica é milagrosa em casos mais graves e os bons resultados
dependem de um conjunto com a atividade física, principalmente exercícios
aeróbicos, e dieta balanceada. Cabe ao terapeuta orientar, quanto essa prática e ser
claro em relação aos resultados. Ainda é importante frisar que nada disso pode
trazer bons resultados se não ingerirmos bastante líquido e o intestino não funcionar.
Antes de falarmos sobre celulite, vamos somente salientar uma diferença
entre a gordura localizada e a celulite. Na gordura localizada, só há acúmulo de
adipócitos, o paniculoadiposo está normal. Já na celulite, o panículo adiposo
apresenta edema e esclerose. No entanto, as técnicas utilizadas para o combate de
ambas são praticamente as mesmas, pois há uma necessidade de retirar os lipídeos
(triglicerídeos) de dentro dos adipócitos.

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Outro ponto importante quando falamos de gordura localizada é a sua
formação (lipogênese) e sua queima (lipólise). Na lipogênese, há um balanço
energético positivo dos triglicerídeos formados a partir dos ácidos graxos livres e
glicerol. Estes últimos depositam-se no adipócito. Na lipólise, o balanço energético
é negativo, os triglicerídeos são fracionados em ácidos graxos e glicerol, indo para a
corrente sanguínea e sendo queimados.
É impressionante como o que incomoda uma pessoa pode não incomodar
tanto a outra. Porém, com certeza, há algumas unanimidades e entre elas, além da
indesejada “barriguinha”, está à celulite. Por mais que os homens insistam em não
notar, esse flagelo chega a alterar a autoestima de muitas mulheres, inibindo
recreações, em que tenham que colocar um biquíni e certos vestuários. Realmente,
não há nada que incomode tanto quanto colocar uma calça de cor clara e ver todas
as ondulações através dela.

2.0 Celulite

A celulite é conhecida por vários nomes, todos científicos, mas nada


populares. Lipoesclerose, Fibroedema Genoide (o mais usado cientificamente),
fibroedemageloide, distrofia celular, dermohipodermosis celulítica, paniculopatia
edemato-fibrato-esclerótica, hidrolipodistrofia ginoide e ainda fibroedemaesclerose.
A celulite trata-se de uma alteração histológica que ocorre no tecido
subcutâneo (tecido epitelial), podendo afetar homens e mulheres, sendo as
mulheres as mais acometidas. A partir da adolescência ela pode se tornar mais
evidente, todavia, atualmente, constamos que as crianças já são vítimas desta
doença.

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FONTE: Celulite (Própria, 2001).

É importante ressaltar que a celulite é uma doença, podendo chegar ao


estágio de fibrose, tornando-se até irreversível. Nove entre dez mulheres possuem o
problema, seja na forma mais branda ou no estágio avançado, em que as
depressões e saliências estão acentuadas. Pode aparecer na puberdade, tanto na
jovem magra, gorda, alta ou baixa. Ninguém está livre dela!
Para combatê-la, o melhor é entrarmos em todas as frentes: estética,
nutricional e física. A colaboração faz-se necessária: praticar atividade física, manter
uma alimentação saudável e beber bastante água. Os tratamentos podem recuperar
a região afetada, mas precisam começar logo que surgir o problema.

2.1 Histopatologia

A terminologia lipodistrofia ginoide foi criada há cerca de 150 anos para se


referir às depressões e irregularidades na superfície da pele. Seu uso popular surgiu
depois da década 1960, período em que as pessoas começaram a exacerbar o culto
ao corpo.
O termo celulite foi utilizado por médicos franceses para o que acreditavam
ser uma forma de gordura que se acumula principalmente no corpo das mulheres,
localizada nas coxas, nas nádegas, nos braços e no abdômen, adquirindo uma
aparência ondulada (Dicionário de Medicina Natural, editado pelo Reader´s Digest).
Profissionais de saúde e de beleza acreditam que a causa seja uma concentração
de toxinas nos tecidos do corpo, que cria bolsas de água, gordura e impurezas,
causando distúrbios na circulação. Esta teoria é controversa e, muitos médicos não
acreditam que a celulite seja uma forma especial de gordura, não a reconhecendo,
em alguns casos, como uma situação de âmbito médico, considera a publicação.
Para compreender a fisiologia desses processos inflamatórios que ocorrem
na camada inferior da pele, conhecida como derme, deve-se inicialmente relembrar
a sua estrutura. A derme é composta principalmente por tecido conjuntivo, formado

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por diversos tipos celulares imersos em uma matriz amorfa hidratada. Nessa matriz
há também terminações nervosas, vasos sanguíneos, linfáticos e fibras proteicas
que dão à derme resistência à tração (fibras colágenas) e à elasticidade (fibras
elásticas). Na hipoderme há um tecido adiposo que tem como funções básicas a
modelagem corporal, o amortecimento de impactos e o isolamento térmico,
impedindo a perda excessiva de calor. Além disso, as células desse tecido
gorduroso, denominadas adipócitos, estão envolvidas no armazenamento de lipídios
(que podem ser convertidos em energia metabólica) e hormônios.
Celulite, como o próprio nome sugere, é uma inflamação da célula. Não traz
calor nem rubor como um processo inflamatório, mas leva a um grande edema, com
exsudato e consequente formação de fibroses. A celulite ocorre no nível das células
do tecido subcutâneo, onde a microcirculação dos capilares no tecido adiposo
encontra-se deficiente.
Evidencia-se por uma aparência de aspecto ondulado da pele, que pode
apresentar depressões dependendo do grau, apresenta-se por uma inflamação do
espaço em volta das células adiposas, mas não quer dizer que há um aumento de
gordura, pois está quase sempre muito relacionada à obesidade, entretanto, também
aparecem em pessoas que não apresentam problemas com peso e até mesmo as
que estão abaixo do peso.
A celulite aparece na camada mais superficial das três de gordura existentes
na hipoderme. As células de gordura na hipoderme estão organizadas em câmaras
de fios de tecido conjuntivo. A armazenagem de gordura e o metabolismo das
células adiposas reagem apenas aos hormônios, e não às dietas ou exercício. Estas
células adiposas, presentes nas duas camadas de reserva de gordura, se encontram
por baixo da hipoderme e estão dispersas numa rede solta. Dependendo da dieta e
do exercício, é variável o grau de armazenagem de gordura e de metabolismo
nestas camadas.
A celulite ocorre no tecido conjuntivo em razão à somatória de diversas
alterações que são desencadeadas por fatores como herança genética,
sedentarismo, problemas circulatórios, alimentação inadequada, cigarro, álcool,
estresse e desequilíbrio hormonal. Estes determinam modificações, como a
compressão dos vasos locais e a projeção do tecido gorduroso, o que ocasiona as
conhecidas ondulações.

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Quanto às suas causas, podemos dizer a seguinte frase: “A Celulite é uma
alteração multifatorial e originária da própria condição hormonal feminina.” Suas
causas são várias e associadas, mas a principal é uma alteração com características
hereditárias, ou seja, existe uma predisposição genética associada ao próprio
hormônio feminino, que somada a um problema de alteração circulatória local,
também se relaciona a uma diminuição da drenagem linfática fisiológica. Todos
estes fatores resultam no aparecimento da aparência na pele. As partes mais
vulneráveis para o surgimento da celulite são os glúteos, a lateral, face interna e
posterior da coxa, o abdômen, a parte posterior e lateral dos braços e a face interna
dos joelhos, locais onde geralmente é associado à flacidez muscular e tissular, o que
piora o seu aspecto.

FONTE: Locais preferenciais onde a celulite se instala. Coincide com os locais onde há o maior
acúmulo de gordura localizada nas mulheres. Internet – Wikipédia.

A aparição da celulite é muito mais comum em mulheres do que em homens,


onde são raras. Isto ocorre devido à maneira como músculos, gordura e tecido
conjuntivo estão distribuídos na pele feminina. Chega a atingir entre 85 e 98% das
mulheres, principalmente acima dos 35 anos, mas geralmente apresentam alguma

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manifestação de celulite após a adolescência. Afeta igualmente mulheres de todas
as faixas etárias, tipos corporais e etnias, ocorrendo de forma indistinta entre
mulheres comuns, atletas, artistas e até em modelos.
Os “buraquinhos” característicos da celulite se dão pelas saliências que a
gordura hipodérmica impressiona na derme. Nas mulheres, o tecido adiposo da
hipoderme deposita-se em grandes feixes verticais que são separados por septos
fibrosos perpendiculares à superfície da pele, formando assim câmaras verticais.
Esses septos separam as células gordurosas em grupos e são formados por fibras
que ligam a pele à musculatura localizada abaixo da hipoderme. Nos homens, os
feixes se organizam diagonalmente, e em pequenas unidades que, além de
acumularem menos gordura, não resultam em celulite. Além disso, diferentemente
dos homens, as mulheres apresentam uma reserva maior de gordura em alguns
locais do corpo e uma derme menos espessa e menos resistente ao acúmulo de
lipídios e à deformação dos adipócitos.
Nas mulheres as células adiposas se alargam em função do acúmulo de
gordura. As paredes capilares tornam-se muito permeáveis, causando este acúmulo
localizado de fluidos, que não conseguem ser eliminados em função de uma
drenagem linfática fisiológica prejudicada. Com isso, as células adiposas agrupam-
se e ficam ligadas por fibras de colágeno, impedindo a corrente sanguínea,
provocando o endurecimento e contração dos fios do tecido conjuntivo, que puxam a
pele para baixo, resultando no aspecto irregular que vemos nos locais mais
característicos da celulite.
Em especial, relaciona-se a celulite aos hormônios femininos, pois se
observa que ela se desenvolve durante os períodos de mudança hormonal, tais
como a puberdade, a menopausa, a síndrome pré-menstrual, a gravidez e durante o
início do uso da pílula contraceptiva. Os hormônios comandam mudanças na
circulação sanguínea, na drenagem linfática, na gordura e no tecido conjuntivo, o
que provoca a formação da celulite.
Assim, constata-se que a fisiopatologia do edema intersticial é um ciclo
vicioso. Com o aumento da pressão capilar, há uma diminuição da pressão oncótica
do plasma, que por sua vez ocasiona aumento da pressão oncótica do líquido
intersticial e consequente diminuição do fluxo linfático. Com o problema circulatório,
ocorre um aumento de triglicerídeos dentro dos adipócitos, causando a sua

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hipertrofia e aumentando mais a pressão dos capilares. Dessa forma, temos no
tecido celulítico: hiperviscosidade da substância fundamental amorfa com retenção
hídrica e aumento da gordura nos adipócitos.
A fibrose formada pela contração das fibras do tecido conjuntivo bloqueia a
passagem de sangue e de oxigênio, o que leva à morte e à esclerose das células.
Também ocorre uma polimerização dos mucopolissacarídeos juntamente com o
exsudato do edema intersticial. Estes processos caracterizam os estágios da
celulite.

FONTE: Esquema da fibrose. GUIRRO & GUIRRO, 2002 (editada).

Outros fatores que também contribuem para o aparecimento e


agravamentos da celulite são: o aumento de peso, a má nutrição, pouca ingestão
diária de água e o sedentarismo. Além de a causarem, provocam a sua piora com o
passar dos anos. A idade é acompanhada de perda de consistência, tonalidade e
tonicidade do tecido conjuntivo, o que torna a celulite mais visível e flácida.
Com todos esses fatores vemos que a celulite é progressiva (piora com a
idade) e incurável, mas pode ser tratada porque esses tratamentos evoluem
rapidamente.

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Entre os vários fatores que causam a celulite, além dos já citados, podemos
dividi-los em gerais ou locais.

Gerais
 Hereditários: na maioria absoluta, em mulheres. Pode sofrer influência
ambiental;
 Alimentar: ingestão de açúcar e gorduras. A ingestão exagerada de sal
leva à retenção de líquidos, ajudando no edema intersticial;
 Metabólicos: associada ao aumento de peso e gestação;
 Vasculares: alterações microcirculatórias, retenções hídricas devido a
essas alterações;
 Patologias agregadas: obesidade, glandulares, neurológicas e
ortopédicas, mas essas causas são mais raras;
 Musculares: 80% dos casos vêm acompanhados por flacidez muscular,
mas também tem a tissular, o que aumenta o aspecto celulítico;
 Sedentarismo;
 Iatrogênicos: medicamentoso, geralmente hormonioterapia. Vinculado
à menarca, uso de anticoncepcionais e gestação. Ocorre um hiperestrogenismo
(hormônio feminino LDG), agindo na multiplicação dos adipócitos, formando
megadipócitos que comprimem a microcirculação, piorando o ciclo vicioso visto
anteriormente;

 Psicológicos;
 Hiperlordose exagerada;
 Disfunção hepática;
 Disfunção gastrointestinal;
 Bebidas alcoólicas;
 Cigarro;
 Estresse.

Locais:

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 Compressivos internos: tumores, gravidez, constipação, alterações
ginecológicas, etc.;
 Compressivos externos: vestuários e cintas;
 Tratamentos inadequados: massagem violenta.

Além disso, temos a celulite psicológica, pois algumas mulheres enxergam


celulite ou gordura localizada onde não existe, isto devido, sem dúvidas, a
problemas com sua própria autoestima. Se o fator psicológico não for trabalhado,
nenhum tratamento estético mostrará resultados visíveis a este tipo de paciente,
complicando o trabalho do profissional.
A pesquisa científica sobre celulite é difícil, em virtude ao fato dos
profissionais das comunidades científicas não a encararem como uma doença. A
comunidade médica ainda não encara o tratamento destas alterações estéticas
como uma necessidade para a melhora de qualidade de vida, visando apenas o seu
lado comercial.

2.2 Estágios

A celulite passa por vários estágios, desde o seu início até as suas formas
mais graves. E, de acordo com estágio em que ela se encontra, as manifestações
cutâneas mostram-se mais evidentes. A seguir, veremos os quatro estágios em que
a celulite pode se apresentar:
 Estágio I ou Edematoso: ocorre uma pequena modificação das
células do tecido adiposo, no entanto a região afetada não apresenta alteração
circulatória e nem nos tecidos de sustentação, apenas uma dilatação venosa. Não
há sinais visíveis na pele nem dor neste estágio da celulite; ela só aparece quando
fazemos compressão da região. Falando de uma maneira mais simplificada, a
celulite nesse estágio é interna, não sendo vista ou sentida. Os vasos estão mais
permeáveis e as toxinas começam a se instalar. Se a pele for apertada com força,
vão aparecer furos minúsculos. Se tratada neste estágio, a possibilidade de melhora
é de 100%.

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FONTE: A compressão faz com que a celulite apareça. (Própria, 2009).

 Estágio II ou Exsudativa: a celulite aqui se caracteriza por uma


alteração circulatória por compressão das microveias e vasos linfáticos. O sangue e
a linfa ficam represados e, em consequência, ocorre um edema intercelular.
Também ocorre um endurecimento do tecido de sustentação e as irregularidades na
pele ficam aparentes, mas ainda não há dor. Vamos simplificar esse estágio: a pele
tem um aspecto acolchoado; o sistema linfático está comprometido; se a pele for
apertada, ficará amarelada pelo acúmulo de líquidos. É o começo da formação dos
edemas. Surgem vasinhos arroxeados na região ocasionados pela vazão de
líquidos. Os “furinhos” já aparecem sem compressão da pele. Nesta fase, a chance
de melhora é de até 80%, principalmente com correção alimentar e drenagem
linfática. Pode-se também lançar mão do ultrassom;

FONTE: Estágio II, ondulações visíveis. (Própria, 2008).

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 Estágio III ou de Fibrose: neste estágio, já aparece o aspecto “casca
de laranja” e inicia a dor. A fibrose se instala e a circulação acaba comprometida.
Podem aparecer vasinhos e microvarizes e uma sensação de peso e cansaço nas
pernas. Simplificando: a superfície da pele tem aspecto de gomos visíveis e os
nódulos podem ser sentidos ao toque; a pele está mal nutrida podendo ocorrer
desidratação dos tecidos. A textura torna-se áspera e os poros ficam dilatados,
surgindo microvarizes. Sinais de dor e o inchaço são bem evidentes. A circulação
comprometida torna a pele mais fria. Neste estágio, é possível melhorar o estado da
celulite em cerca de 60%, mas há necessidade de intervenção com equipamentos
de efeitos mais profundos;

Aspecto de “Casca de Laranja” – estágio III. Disponível em: <www.senado.gov.br.>. Acesso em:
25/07/2009
 Estágio IV ou de Esclerose: é a fase mais grave, com as fibras mais
duras, formando nódulos, e a circulação prejudicada. A pele apresenta depressões.
Ocorrem aderências à aponeurose muscular. As pernas ficam pesadas, inchadas e
doloridas e a sensação de cansaço é frequente, mesmo sem esforço. Simplificando:
a celulite fica evidente até mesmo sob as roupas; as fibras formam nós e as células
de gordura se agrupam de tal forma que criam nódulos, prejudicando a circulação;
os nervos podem ser comprimidos, o que faz a região ficar endurecida e dolorida;
com a circulação comprometida, fica difícil eliminar as toxinas e isso agrava ainda
mais a celulite. Nesta fase, a expectativa de melhora é de 30%. O problema exige
rigorosa avaliação médica e até intervenção cirúrgica com subincision e

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lipoescultura, principalmente se houver gordura localizada e depressões no tecido
adiposo.
Independente do estágio em que se encontra a celulite, ela pode se
apresentar de duas formas clínicas. Mediante essas formas, o tratamento será
traçado. Ela pode ser celulite flácida, em que ela vem acompanhada de flacidez
muscular ou tissular (o que piora em muito o seu aspecto), típica da paciente magra
e com pele mais branca, pois são pessoas menos providas de melanina e esta, por
sua vez, também ajuda na tonicidade da pele. A outra forma de celulite é a
compacta, que está associada a depósitos de gordura localizada.

FONTE: Ilustração de celulite associada à flacidez. (Própria, 2008).

2.3 Prevenção

Antes que a celulite se instale, você pode combatê-la e quando instalada,


existem alguns hábitos incorporados ao dia a dia, bastante válidos:
 Após o banho, massageie as pernas e coxas com creme anticelulite. Os
movimentos devem ser leves, circulares e ascendentes, desde o tornozelo até o
quadril. O processo serve para mobilizar os líquidos acumulados. Realizar
esfoliações corporais semanais também ajuda, pois os cremes serão mais bem
absorvidos;
 Dê preferência aos saltos baixos, pois os altos dificultam a circulação;
 Respirar corretamente ajuda a liberar toxinas, relaxa tensões e auxiliar
o sangue na sua função oxigenadora;

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 A prática de exercícios é essencial, principalmente natação e
hidroginástica. Caso prefira algum outro exercício, escolha um de menor impacto,
mais moderado e sem movimentos bruscos, para não agredir os tecidos;
 Ao final do dia, coloque as pernas para o alto, flexione e estenda os
dedos dos pés, faça rotação externa, interna, flexão e extensão dos tornozelos, para
facilitar o retorno venoso e linfático;
 Quando ficar muito tempo em pé, descanse um pouco com as pernas
para cima;
 Prefira as peças folgadas e confortáveis. As roupas justas também
prejudicam a circulação;
 Priorize a ingestão de frutas, vegetais crus e cozidos;
 Troque frituras por grelhados ou cozidos;
 Evite o açúcar refinado;
 Evite sal em excesso, pois este favorece inchaços, fator importante no
processo da celulite;
 Coma alimentos ricos em fibras (cereais integrais, frutas, verduras), a
fim de melhorar o trânsito intestinal.
 Evite refrigerantes e bebidas alcoólicas em geral;
 Não fume, pois a nicotina e o alcatrão aumentam a espessura dos
vasos sanguíneos, dificultando a circulação;
 Beba bastante água, para ajudar a eliminar as toxinas;

2.4 Tratamentos

O papel do terapeuta é atuar sobre os fatores predisponentes e na


orientação da paciente. Todavia, os três objetivos principais são: melhorar a
microcirculação, degradar triglicerídeos e despolimerizar os mucopolissacarídeos.
A seguir serão expostas algumas modalidades de tratamento que auxiliam
no combate à celulite. Vale lembrar que esses tratamentos se misturam com os de
gordura localizada, pois os dois estão muito próximos no objetivo de degradar os
triglicerídeos e despolimerizar os mucopolissacarídeos. Assim também acontece

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com alguns tratamentos de celulite e flacidez, pois como vimos, ela também pode se
apresentar também desta forma.
Massagens modeladoras, drenagens linfáticas, correntes russas,
eletrolipoforese, infravermelho, ultrassom, mesoterapia, lipoaspiração, lipoescultura,
cremes, pílulas, cirurgias... A evolução das armas contra a celulite e gordura
localizada é enorme e produz muito dinheiro para a indústria da beleza e que
explora a vaidade feminina e o desespero, diante dos quase inevitáveis furinhos no
bumbum. Todas as técnicas são para melhorar o aspecto da pele e de agir nas
várias etapas da celulite.

 Drenagem linfática: sua indicação acontece devido ao componente de


retenção de líquidos na celulite. No entanto, não temos resultados substanciais nos
graus III e IV. Trata-se de uma massagem suave, com movimentos lentos e rítmicos
que ajuda a eliminar líquidos retidos e toxinas, facilita o escoamento da linfa,
melhorando a circulação sanguínea e eliminando as toxinas. Pode ser feita com as
mãos ou com a ajuda de aparelhos, mas sempre por um profissional treinado e que
conheça a anatomia linfática;

 Vacuoterapia: é um tipo de massagem mecânica realizada por meio


de um aparelho que produz um vácuo suave, puxando e soltando a pele,
acompanhado de movimentos que seguem a circulação linfática. Estimula a
dissolução dos nódulos e a eliminação da gordura, melhorando muito o processo de
celulite;

 Endermologia: é uma técnica de drenagem linfática com sucção, feita


por intermédio de ventosas e roletes que exercem compressão sobre os tecidos
celulíticos, para que seu aspecto característico seja atenuado. Na verdade, é uma
vacuoterapia com roletes. Diminui a extensão da região afetada e melhora a pele
como um todo;

 Eletrolipoforese: agulhas finas, semelhantes às usadas na


acupuntura, ligadas a um aparelho especial que funciona com correntes polarizadas

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que são introduzidas na pele. Elas transmitem impulsos elétricos que melhoram a
microcirculação, também melhorando o fluxo linfático e sanguíneo, que produziria a
dissolução dos nódulos de celulite. É eficiente, pois o estímulo, por meio das
agulhas, vai direto ao local onde deve agir. Esta técnica também pode ser realizada
com grandes placas finas de silicone condutivo, sendo uma maneira mais segura de
ser realizada e ideal para quem tem aversão à agulha;

 Iontoforese: esta técnica consiste na introdução de medicamentos na


pele, por meio de corrente galvânica. Placas específicas são aplicadas na área
afetada, ajustadas com faixas elásticas. Sua intensidade varia de 5 a 15 MA, num
tempo máximo de 30 minutos. Na metade da seção, inverte-se a polaridade do
aparelho. As substâncias utilizadas durante o procedimento são soluções que
estimulam a despolimerização dos mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo e a
degradação dos triglicerídeos;

 Ultrassom: aparelho que emite ondas numa frequência acima de


20.000 Hz, não sendo audíveis pelo ouvido humano, com profundidade de 3 a 4 cm,
agitando as moléculas de água da região, que se colidem com as células adiposas,
promovendo a eliminação de gordura e toxinas. Também aumenta a permeabilidade
das membranas das células e ajuda a romper fibroses e drenar edemas. Esta
técnica não é eficiente para casos críticos de celulite e nem apresenta bons
resultados se usada isoladamente. Alguns pregam a utilização para fazer
penetração de substâncias (fonoforese), mas não é tão eficaz neste sentido quanto
à iontoforese;

 Manthus: é um equipamento computadorizado, constituído por


geradores de Ultrassom e Correntes para tratamento de celulite e gordura
localizada. Também utiliza as terapias combinadas, constituídas por um potente
transdutor de ultrassom 3 MHz (45W), associado a um transdutor de estímulos
elétricos tripolares, produzindo correntes de média frequência, bem como correntes
polarizadas de grande penetração;

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 Carboxiterapia: no tratamento da celulite e gordura localizada, a
infusão de gás no local tem como efeito provocar uma distensão que permite
promover a ruptura de algumas células de gordura, desencadeando reações
químicas de lipólise – processo que “rompe” as células gordurosas – além de
promover aumento da circulação de sangue na região, oferecendo mais nutrientes
aos tecidos tratados; isto significa a eliminação mais rápida da gordura que foi
mobilizada de dentro das células gordurosas;

 Bandagem Crioterápica ou Fria: a popular “Três em Um” dos


tratamentos estéticos, pois combate a celulite, a gordura localizada e a flacidez. É
definida pela aplicação de uma solução a base de cânfora e mentol nas áreas
atingidas, provocando uma queda de temperatura local. Com isso, o organismo
utiliza os lipídios de reserva, para recuperar seu equilíbrio térmico, e desta forma há
redução de volume onde as bandagens foram aplicadas. O choque térmico sobre a
pele provoca a retração das fibras dos tecidos da derme reduzindo a flacidez. O
aumento da circulação sanguínea favorece a drenagem linfática auxiliando na
melhora do aspecto da celulite;

 Corrente ou Estimulação Russa: corrente da família das


excitomotora de média frequência, que tem por objetivo melhorar o tônus da
musculatura, combatendo a flacidez, sendo eficaz nos casos de celulite flácida;

 Criotermólise: é a atuação em conjunto da crioterapia, termoterapia,


dermotonificação e ionoforese, unidas em um único equipamento para atuar nos
tratamentos de flacidez dérmica, pré e pós-cirúrgico, bem como na mobilização da
gordura localizada e celulite;

 Termoterapia: a termoterapia de aplicação localizada e controlada


permite que ocorra uma vasodilatação, aumentando o fluxo sanguíneo e nutrindo os
tecidos, bem como o aumento da permeabilidade celular, facilitando a penetração de
ativos. O disparo da termogênese local é um dos principais efeitos, pois é capaz de

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mobilizar os tecidos adiposos e celulíticos a fim de diminuir a resistência dos
mesmos e suprimi-los;

 Radiofrequência: É uma técnica bem atual, não invasiva, que consiste


na emissão de uma onda de rádio que atua em profundidade, fazendo aquecer os
tecidos de sustentação da pele – a hipoderme e a gordura subcutânea. Promove a
síntese do colágeno, levando à criação de neocolágeno modificando as células de
gordura, contraindo- as.

FONTE: Radiofrequência; exemplo de tratamento anticelulite. (Própria, 2009).

São considerados métodos médicos:

 Subincision: pequena intervenção cirúrgica, indicada para as


depressões provocadas pela celulite nos graus mais avançados. Pode ser realizada
isoladamente para as depressões mais recentes e rasas ou associada a uma
lipoescultura, quando o caso for mais antigo. No entanto, a lipoaspiração não
garante grandes resultados em casos de celulite. A subincision consiste em
seccionar as fibroses no tecido subcutâneo para reduzir as depressões causadas
pela celulite. É indicada para celulite de grau três e quatro. A subincision simples

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pode ser realizada no consultório, com anestesia local, e a paciente volta para casa
logo depois do procedimento. O médico usa uma agulha fina e cortante para romper
as fibras enrijecidas que repuxam a pele em algumas áreas e formam os furinhos.
Não há necessidade de dar pontos nem deixar cicatriz. O processo é rápido, levando
em média dois minutos para corrigir cada depressão.

 Intradermoterapia: é a administração de medicação lipolítica, via oral


ou injetável (mais comum), na região afetada. Para auxiliar os resultados da técnica,
a gordura excedente tem que ser eliminada por meio de exercícios e com a ajuda de
uma reeducação alimentar. Caso contrário, a gordura volta para o local de onde saiu
e pode até aumentar. A intradermoterapia, que só pode ser realizada por médicos
capacitados, deve ser combinada com outras técnicas, como a drenagem linfática
manual ou sucção, para um melhor resultado, pois o método isolado não é capaz de
resolver o problema da celulite, onde entra o nosso trabalho;

 Carboxiterapia: já citada anteriormente.


Além dos tratamentos, outras dicas são importantes de serem levadas em
conta quando falamos de celulite. A temperatura corporal é mais fria nas regiões de
tecido celulítico. Com a gravidez, há uma piora considerável da celulite, pois há um
aumento da retenção de líquidos. A celulite piora seu aspecto antes da menstruação
em seus graus III e IV são doloridos.
Tomar líquidos (água e sucos) ajuda no tratamento da celulite. Cremes para
celulite melhoram em até 10%, mas devem ser aplicados diariamente. A celulite não
melhora em camas ginásticas passivas e refrigerantes diet não causam celulite. A
lipoaspiração não elimina a celulite. E, o mais importante, a dieta balanceada é
fundamental para se obter um bom resultado.

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