Relatório Final - Isabella Fontenele

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 7

Deve conter os seguintes itens nesta ordem:

1. Objetivos:
2. Atividades Desenvolvidas:
3. Resultados Alcançados e Discussão:
4. Considerações finais sobre a contribuição do estágio para a vivência na profissão
farmacêutica
5. Sugestões
6. Referências Bibliográficas
1. Objetivo:

Acompanhar os atendimentos diários dos farmacêuticos na dispensação (Dispensação e


orientações de Insulinas análogas, Talidomida, oncológicos e antirretrovirais e suas
respectivas normatizações), assim como, analisar e organizar arquivos, assim como
também verificar o controle de estoque e checagem de inventário, verificar a validade
dos medicamentos e produtos para saúde no estoque; Realização de controle de
temperatura em medicamentos.

2. Atividades desenvolvidas:

• Análise e controle de estoque/inventário


• Dispensação
• Análise e controles de arquivos, receitas e formulários

3. Resultados Alcançados e Discussão:

A Farmácia Escola é uma unidade de farmácia é dito como componente especializado,


no qual era voltado para o público com doenças endêmicas, que consistia nos seguintes
grupos: Estratégicos (programa de tuberculose, hanseníase, leishmaniose,
toxoplasmose, esquistossomose, Cirurgia Bariátrica), Insulinas (Diabetes tipo 1),
Oncologia, TARV, PREP, PEP, Hepatites, Epidermólise Bolhosa, Profilaxias. Dentre
estes, o que compunha a maior demanda era o grupo TARV, sendo os pacientes deste
grupo em sua maioria vinham com receios quanto à terapia medicamentosa e muitas
vezes questionavam a eficácia da mesma. Com isso, viu-se que o papel do farmacêutico
para orientar e prestar serviços de atenção à saúde contribuía para melhor compreensão
e adaptação do paciente ao seu tratamento.

Durante dispensação é importante se ter em conta que é necessário entender como


funciona toda a logística do processo e entender os protocolos de tratamento
disponibilizados para o público-alvo a ser atendido. Além disso, é de suma importância
que o farmacêutico desempenhe seu papel como membro da equipe de saúde mais
acessível e primeira fonte de assistência e orientações em os cuidados gerais em saúde.
Nas matérias Deontologia e Assistência farmacêutica é muito discutido a importância do
farmacêutico que atua na dispensação, especificamente sobre a promoção à saúde e o
uso racional de medicamentos, pois aproxima a farmácia e a atenção ao paciente. Na
vivência diária da Farmácia Escola é possível observar claramente esse papel de
atuação do farmacêutico, pois muitos pacientes que buscam pela farmácia não
entendem como funciona o medicamento, como deve ser seu uso e armazenamento e
muito menos quais são seus efeitos colaterais e efeitos adversos. Ou seja, é notável
essa humanização do profissional, que ao invés de focar apenas no medicamento, volta
seu olhar e atenção para o paciente também. Esse papel fundamental tem como
parâmetro a Lei nº 13.021/2014, que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das
atividades farmacêuticas, que contribui com essa aproximação entre o profissional e o
paciente, conforme descrito a seguir: “Art. 2º Entende-se por assistência farmacêutica o
conjunto de ações e de serviços que visem a assegurar a assistência terapêutica integral
e a promoção, a proteção e a recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos e
privados que desempenhem atividades farmacêuticas, tendo o medicamento como
insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional.” Isto é reafirmado
Organização Mundial de Saúde (OMS), que diz que aproximação entre farmacêutico e
paciente é também fundamental para ocorra o uso racional de medicamento, pois o
paciente passa a receber as devidas orientações e informações necessárias sobre o
medicamento adequado de acordo com seu quadro clínico, desta forma favorecendo um
consumo com doses e períodos favoráveis e, consequente, menor custo. O uso racional
de medicamentos é objetivo primordial da dispensação, por isso as orientações devem
ser fornecidas de forma clara e objetiva, para que não ocorra o uso inadequado e nem o
armazenamento incorreto dos medicamentos, além de orientar ao paciente sobre os
riscos da automedicação e da interrupção de tratamento. Desta maneira, o farmacêutico
deve orientar aos pacientes sobre o uso correto, seguro e racional dos medicamentos,
alertando sobre a dosagem, armazenamento, possíveis reações e potenciais reações
adversas. Os processos de dispensação que pode ser visto através dos atendimentos
diários da Farmácia escola, onde muitos necessitavam de tais orientações, como por
exemplo, houve um paciente que fazia parte do esquema de tratamento de HIV (TARV:
Terapia Antiretroviral), porém não havia recebido nenhuma orientação até então sobre
seu esquema, que consistia no uso de 1 comprimido de dolutegravir e de 2 comprimidos
de lamivudina, contudo, o paciente fazia uso de 1 comprimido de dolutegravir e 1
comprimido de lamivudina, assim que chegou ao conhecimento dos farmacêuticos locais
que este paciente fazia uso errôneo do medicamento, os mesmos forneceram as
orientações adequadas e como era o uso correto do medicamento. Além disso, os
farmacêuticos orientaram o paciente a buscar acompanhamento médico para verificar
sua carga viral.

As atividades realizadas durante o processo de dispensação consistem em: Avaliação


da prescrição, Prescrição Farmacêutica, Acompanhamento farmacoterapêutico e
Farmacovigilância. Deve-se ter em mente que a dispensação também é o último etapa
de conferência sobre os possíveis erros de prescrição, ou seja, é última etapa de
identificação, correção ou redução dos possíveis riscos associados à terapia
medicamentosa. E, quando a dispensação é realizada de forma correta (visando o lado
ético, legal e técnico), o paciente passa a ter uma melhora de sua qualidade de vida, o
que fortalece o vínculo com o farmacêutico e o reconhecimento desse profissional como
promotor de saúde e da farmácia como estabelecimento de saúde. De acordo com o
artigo 20 da Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) nº 357/2001: Art. 20 – é
indispensável a presença e atuação do farmacêutico para a dispensação de
medicamentos, uma atuação intransferível.

Durante o tempo de estágio na Farmácia Escola, foi perceptível o tamanho da


importância e as inúmeras responsabilidades do farmacêutico, de forma a desempenhar
o seu papel de profissional da saúde, por conseguinte, realizando todas as atividades de
seu âmbito profissional, de modo a contribuir para a saúde pública. E, na Farmácia
Escola também pode ser visto que o farmacêutico ao desempenhar as atividades
durante o processo de dispensação lhe é incutido algumas responsabilidades, as quais
são: realizar a dispensação sem visar o benefício próprio; respeitar a vontade do
paciente sobre como ele vai realizar o tratamento (exceto quando mediante laudo
médico ou determinação judicial, for considerado incapaz de discernir sobre opções de
tratamento ou decidir sobre sua própria saúde e bem-estar); responder judicialmente
caso o farmacêutico ou sua equipe lese o paciente de alguma forma; sofrer punições
caso falte com ética profissional; zelar pelo sigilo de informações; respeitar a vida e
evitar atos que atentem contra ela e que coloquem em risco a integridade do ser
humano ou da coletividade; recebimento apenas de medicamentos que possam ser
rastreáveis (e também com notas fiscais e que estejam de acordo com as leis vigentes);
prestar assistência farmacêutica efetiva; entre outras responsabilidades.

Um dos passos essenciais do processo de dispensação é a verificação da prescrição,


que se constitui como um documento de valor legal, pelo qual se responsabilizam
prescritores, aqueles que fazem a dispensa e administração dos medicamentos, além
disso, possui objetivo de facilitar as instruções para os pacientes e demais profissionais
de saúde, de maneira clara e objetiva Logo, conforme determinado pela Resolução CFF
nº 357/2001, a avaliação e interpretação das prescrições quanto aos aspectos técnicos e
legais é uma atribuição conferida ao farmacêutico durante a dispensação (Resolução
CFF nº 357/2001). Logo, quando a dosagem ou posologia dos medicamentos prescritos
estiverem em desacordo com os índices farmacológicos estabelecidos, ou a prescrição
apresentar incompatibilidade/interação com demais medicamentos prescritos ou de uso
do paciente, o farmacêutico deverá solicitar uma confirmação ao prescritor, sendo
permitido não atender à prescrição na ausência ou negativa de confirmação. Caso
aconteça, deve ser apresentado a razão sobre o porquê não dispensar o medicamento
por escrito, com nome legível, número do CRF e assinatura do farmacêutico. Tudo isso
deve ser realizado em duas vias, sendo uma via entregue ao paciente e outra arquivada
no estabelecimento com assinatura do paciente.

Foi visto que muitos pacientes que iam à Farmácia Escola com a prescrição incorreta
(medicamento que não era o aceito no protocolo de tratamento de acordo com o quadro
clínico do paciente), com a prescrição apresentando rasura ou no caso de prescrição de
controle especial, o paciente vir com a prescrição sem o número de CID correto e sem
as duas receitas de controle especial (Branca e Amarela). Porém, em todas estas
situações não pode ser finalizado o processo de dispensa de medicamento e, em
seguida foi explicado aos pacientes sobre as informações que eram exigidas na
receita/formulário e sobre o que estava incorreto acerca da prescrição.

As prescrições eram usadas também para a conferência e realização do controle de


estoque e verificação de inventário ao final do dia, ao qual realizava-se a contagem de
tudo o que foi dispensado, a contagem de tudo que estava nas prateleiras e tudo o que
encontrava dentro das salas de estocagem e fazia-se uma correlação com os relatórios
encontrados nos sistemas de sistemas utilizados, sendo estes o SICLOM (para TARV,
PREP, PEP e Hepatites) e o HÓRUS (para Estratégicos, Oncologia, Insulinas, Cirurgia
Bariátrica).

4. Considerações finais sobre a contribuição do estágio para a vivência na profissão


farmacêutica:

Com toda a vivência na Farmácia Escola, foi possível perceber o quanto o papel do
farmacêutico é primordial e fundamental para que ocorra a dispensação e a orientação
de maneira segura e eficaz. E, para que isso aconteça é necessário que o farmacêutico
também seja capaz de analisar corretamente a receita e apresentando todas as
informações sobre o uso, a dosagem, os períodos, o armazenamento, os possíveis
efeitos colaterais e adversos e, o que fazer diante desses possíveis. Todas essas
informações são de extrema importância, visto que muitos pacientes desconhecem a
maior parte delas e, por vez, acabam realizando o tratamento errado e de forma ineficaz.
Sobretudo, o papel do farmacêutico na conscientização do uso racional de
medicamentos e no alerta sobre os riscos da automedicação são de grande impacto em
relação à promoção de saúde. Pode ser visto também que é essencial o farmacêutico
conhecer o que está dispensando para que possa ser realizada uma dispensação mais
eficaz.
Para mais, é notório o quanto é valioso ter controle de estoque contabilizado e arquivos
separados de forma organizada, pois ambos contribuem numa melhoria da
rastreabilidade que garantindo, por conseguinte, a qualidade do processo de
dispensação.

5. Sugestões:

N/A

6. Referências Bibliográficas:

• BRASIL. LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014. Dispõe sobre o exercício e


fiscalização das atividades farmacêuticas. Presidência da República, Casa Civil:
art.14, Brasília, DF. Acessado em: 05 de julho de 2024. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13021.htm>.
• ANGONESI, D.; RENNÓ, M. U. P. Dispensação farmacêutica: proposta de um
modelo para a prática. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 3883–3891, 1 set. 2011.
• FARMACÊUTICO, A DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS É SUA
RESPONSABILIDADE. Disponível em: <https://www.crfsp.org.br/comites/479-comite-
de-direitos-e-prerrogativas/7663-farmaceutico-a-dispensacao-de-medicamentos-e-
sua-responsabilidade.html>.
• MANUAL PRÁTICO DE DISPENSAÇÃO MANUAL DE ORIENTAÇÃO AO
FARMACÊUTICO: ASPECTOS LEGAIS DA DISPENSAÇÃO. [s.l: s.n.]. Disponível
em:
<https://www.crfsp.org.br/documentos/materiaistecnicos/Aspectos_Legais_da_Dispe
nsacao.pdf>.
• Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 585, de 29 de agosto de 2013a.
Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 26 set. 2013, seção 1 p.186.

Brasília- DF, ___de_____________ de 20__.

_______________________________________
Assinatura do discente

_______________________________________
Assinatura do preceptor/ carimbo

Você também pode gostar