Fichamento - Seduzidos-Pela-Memoria-Andreas-Huyssen

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HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela Memória.

Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000 (Capítulo:


Passados Presentes: mídia, política, amnésia, p. 9-40)

Passados presentes: mídia, política, amnésia

Parte 1:

 emergência da memória no presente.

A questão da globalização como sendo um ponto a ser compreendido no que diz respeito ao
uso da memória. p.10

O texto fala também sobre a morte do sujeito, o que vi em Beatriz Sarlo. A morte do sujeito se
dá por volta da década de 1960, mas retoma com grande força a partir da década de 70 a 80.

 Uso do museu do Holocausto pelo EUA > Isso evidencia a “utilização da memória” >
Americanização do Holocausto. p.11
 Uma mesma crítica ao que coloca Traverso, os outros locais que sofreram massacres,
dores oriundas de maus-tratos só ganham repercussão graças ao Holocausto. Ou seja,
pode-se dizer que “graças” ao holocausto existe a emergência de lutar pela memória
daqueles que sofreram. p.12

“A globalização da memória funciona também em dois outros sentidos relacionados, que


ilustram o que eu chamaria de paradoxo da globalização. Por um lado, o holocausto se
transformou numa cifra para o século XX como um todo e para a falência do projeto iluminista.
Ele serve como uma prova da incapacidade da civilização ocidental de praticar a anamnese, de
refletir sobre sua inabilidade constitutiva para viver em paz com diferenças e alteridades e de
tirar as consequências das relações insidiosas entre a modernidade iluminista, a opressão racial
e a violência organizada.” p.12-13 (HUYSSEN)

 Uma urgência sobre o esquecimento e o uso da memória surge após 1980.

“Ao mesmo tempo, é importante reconhecer que o embora os discursos de memória possam
parecer, de certo modo, um fenômeno global, no seu núcleo eles permanecem ligados às
histórias de nações e estados específicos. Na medida em que as nações lutam para criar
políticas democráticas no rastro de histórias de extermínios em massam, apartheids, ditaduras
militares e totalitarismo, elas se defrontam, como foi e ainda é o caso da Alemanha desde a
Segunda Guerra Mundial, com a tarefa sem precedentes de assegurar a legitimidade e o futuro
das suas políticas emergentes, buscando maneiras de comemorar e avaliar os erros do
passado.” p.16-17 (HUYSSEN)

Parte 2:

A partir do momento que parece existir uma “amnésia” contemporânea em relação ao passado
traumático e a memória, pode-se assumir que qualquer um quer deter “mão da memória”?

Os aparelhos de mídias trazem a memória para nós dia após dia. p.18

“Afinal, e para começar, muitas das memórias comercializadas em massa que consumimos são
“memórias imaginadas” em portanto, muito mais facilmente esquecíveis do que as memórias
vividas. Mas Freud já nos ensinou que a memória e o esquecimento estão indissolúvel e
mutuamente ligados; que a memória é apenas uma forma de esquecimento e que o
esquecimento é uma forma de memória escondida. Mas o que Freud descreveu como os
processos psíquicos da recordação, recalque e esquecimento em um indivíduo vale também
para as sociedades de consumo contemporâneas como um fenômeno público de proporções
sem precedentes que pede para ser interpretado historicamente.” p.18

Para Huyssen, estamos tentando combater o medo ao esquecimento a todo custo. p.20

Parte 3:

Sobre o passado como mercadoria, Huyssen observou, os meios digitais contemporâneas são
ferramentas imprescindíveis no que diz respeito a passagem do passado de uma pessoa para
outro. Além disso, determinados usos do passado nos levarão a ver anúncios como o exemplo
do clube de jazz (p.24). Lugares ou memórias que nunca existiram ganharam vida para gerar
um senso de enquadramento das pessoas em um espaço temporal “aceito” a onda do
momento. p.21 – 25

Parte 4:

“A crítica de Adorno é correta, no que se refere à comercialização em massa dos produtos


culturais, mas não ajuda a explicar o crescimento da síndrome de memória dentro da indústria
da cultura.” p.26

Para Huyssen, é preciso da memória e da musealização juntas, pois elas construirão uma
proteção contra a obsolescência e o desaparecimento, para combater a nossa profunda
ansiedade com a velocidade de mudança e o contínuo encolhimento dos horizontes de tempo
e de espaço. p.28

Pelo que compreendi, quanto mais avançamos na utilização das tecnologias e evocamos as
memórias, estamos perdendo algo por sempre existir uma substituição sobre o que é
descoberto. Há sempre uma troca constante. Por isso ao abordar o Lube, o autor menciona
que a crença conservadora de que os museus seriam capazes de conservar a memória, é
ideológica e também simples. Pois devemos perceber que a nossa própria busca por
banalização da memória nos levar a “perde-la” ou “substituí-la”.

Parte 5:

O autor aponta que a cultura da memória atribuída por ele poderia ser, a encarnação
contemporânea da memória. p.30

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