Psicanalise - Abordagem Aula 172536

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1.

Abordagem Psicanalítica

A abordagem psicanalítica foi desenvolvida por Sigmund Freud no final do século XIX
e é a base de muitas outras teorias e abordagens psicoterapêuticas. A psicanálise visa
trazer à tona os conflitos inconscientes que influenciam o comportamento e as emoções
do paciente, promovendo a tomada de consciência e, eventualmente, a resolução desses
conflitos.

Princípios Fundamentais

 Inconsciente: Grande parte dos processos psíquicos acontece no inconsciente,


ou seja, fora da consciência imediata, mas ainda assim influencia pensamentos e
comportamentos.
 Transferência: A transferência ocorre quando o paciente projeta sentimentos e
expectativas em relação ao terapeuta, geralmente relacionados a figuras
significativas do passado, como os pais.
 Associação livre: O paciente é encorajado a falar o que vier à mente sem
censura, o que pode ajudar a revelar conteúdos reprimidos.
 Interpretação dos sonhos: Os sonhos são vistos como uma via de acesso ao
inconsciente e frequentemente revelam desejos reprimidos.

2. Abordagem Cognitivo-Comportamental (TCC)

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem focada em identificar e


modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais. Criada a partir da
integração da psicologia comportamental com a psicologia cognitiva, por autores como
Aaron Beck e Albert Ellis, a TCC parte do princípio de que o modo como interpretamos
as situações influencia nossas emoções e comportamentos.

Princípios Fundamentais

 Cognições disfuncionais: Padrões de pensamento distorcidos, como "eu sou


incapaz" ou "ninguém gosta de mim", podem levar a comportamentos
prejudiciais e problemas emocionais, como depressão e ansiedade.
 Comportamentos desadaptativos: Comportamentos aprendidos que são
inadequados ou disfuncionais podem ser modificados por meio de técnicas
comportamentais.
 Foco no presente: A TCC se concentra em problemas atuais e nas mudanças
necessárias, em vez de focar exclusivamente nas causas passadas.

Técnicas Comuns

 Reestruturação cognitiva: O terapeuta ajuda o paciente a identificar e


questionar pensamentos automáticos negativos e distorções cognitivas,
substituindo-os por padrões mais realistas e funcionais.
 Exposição: No tratamento de fobias ou transtornos de ansiedade, o paciente é
gradualmente exposto a situações temidas para reduzir a resposta de medo.
 Treinamento de habilidades sociais: Usado para ensinar novas habilidades
comportamentais em áreas como assertividade e resolução de problemas.
3. Abordagem Humanista

A abordagem humanista, influenciada por psicólogos como Carl Rogers e Abraham


Maslow, vê o ser humano como essencialmente bom e dotado de uma tendência inata ao
crescimento e à autorrealização. A terapia humanista é centrada na experiência do
paciente no momento presente e valoriza sua capacidade de encontrar soluções para
seus problemas por meio da autoconsciência e do autodesenvolvimento.

Princípios Fundamentais

 Autenticidade: O terapeuta deve ser genuíno e congruente, e encorajar o


paciente a ser autêntico consigo mesmo.
 Experiência subjetiva: A experiência interna e subjetiva do paciente é a chave
para o processo terapêutico, e o terapeuta não impõe interpretações ou
diagnósticos.
 Aceitação incondicional: O terapeuta aceita o paciente sem julgamentos,
criando um ambiente seguro para que ele explore seus sentimentos e
pensamentos.

Técnicas Comuns

 Terapia centrada no cliente: Criada por Carl Rogers, essa abordagem enfatiza
a criação de um ambiente de aceitação e empatia para que o paciente possa
acessar sua tendência inata à autorrealização.
 Gestalt-terapia: Focada no "aqui e agora", a Gestalt busca a integração das
diferentes partes da experiência do paciente, como sentimentos, pensamentos e
comportamentos, com o objetivo de promover a plenitude e a autocompreensão.

4. Abordagem Sistêmica

A terapia sistêmica é uma abordagem que considera o indivíduo dentro de seu contexto
relacional, especialmente as interações familiares. Essa abordagem é usada amplamente
em terapia familiar e terapia de casal, com foco em como os padrões de
relacionamento influenciam o bem-estar do indivíduo.

Princípios Fundamentais

 Interdependência: Os membros de uma família ou sistema são


interdependentes, o que significa que as mudanças em um membro afetam o
sistema como um todo.
 Padrões de comunicação: A forma como os membros de uma família ou grupo
se comunicam é central para entender os problemas que surgem nas relações.
 Ciclos de retroalimentação: Os problemas de um membro da família podem
ser tanto a causa quanto o sintoma de problemas mais amplos no sistema
familiar.

Técnicas Comuns
 Genograma: O terapeuta pode criar um genograma, uma representação gráfica
da estrutura familiar ao longo das gerações, para entender melhor os padrões de
relacionamento.
 Reestruturação familiar: Técnicas de reestruturação visam alterar padrões de
interação disfuncionais dentro da família, promovendo novos modos de
comunicação e de lidar com conflitos.

5. Abordagem Integrativa

A terapia integrativa combina elementos de diferentes abordagens terapêuticas com o


objetivo de atender às necessidades específicas de cada paciente. Ela é flexível e
adaptável, e o terapeuta escolhe as técnicas e intervenções com base nas características
únicas de cada pessoa.

Princípios Fundamentais

 Ecletismo: A abordagem integrativa se baseia no princípio de que não existe


uma única abordagem que funcione para todos. Em vez disso, o terapeuta usa
diversas técnicas de diferentes escolas teóricas.
 Foco no paciente: A terapia é adaptada às necessidades específicas do paciente,
levando em consideração seus problemas e sua personalidade.

Técnicas Comuns

 Terapia focada nas emoções: Combina elementos da terapia humanista com


técnicas de TCC para ajudar o paciente a processar e integrar emoções difíceis.
 Terapia narrativa: Ajuda o paciente a reestruturar a narrativa que construiu
sobre si mesmo e seus problemas, combinando elementos de abordagens
psicodinâmicas e sistêmicas.

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