Roteiro de Extensão Psicologia Organizacional
Roteiro de Extensão Psicologia Organizacional
Roteiro de Extensão Psicologia Organizacional
CURSO DE PSICOLOGIA
Afonso Brandão
Júlia Tavares
Karen Bianca dos Anjos
Miriã Pereira
2024
ARACAJU - SE
DIAGNÓSTICO E TEORIZAÇÃO
Uma profissão que se vê mais pessoas do gênero masculino do que feminino, pode gerar alguns
conflitos e desavenças. Com isso, muitas mulheres nesse ambiente acabam ouvindo frases ou
presenciando situações que podem ser incomodas, mas que está enraizado nos comportamentos
e palavras de alguns homens.
Muitas vezes, a cultura implica nas atitudes dos indivíduos atualmente, mesmo que
subjetivamente, há problemas relacionados a desigualdade e discriminação em algumas
profissões especificas. Foi escolhido esse tema pois a saúde da mulher vai além de apenas física,
mas sim a mental. O trabalho é um local que é frequentado todos os dias, então foi pensado
para as mulheres que são policiais, tenham um local saudável e acolhedor para exercer sua
função.
Além disso, Ludmila Ribeiro ressalta a significância da inclusão de mulheres na Polícia Militar,
mostrando que há questões imprescindíveis sobre a ruptura de estereótipos de gênero, a difusão
da igualdade de oportunidades e a repercussão positiva que a variedade pode ter no desempenho
e na eficácia das forças de segurança. O artigo aborda reflexões de alta relevância sobre os
progressos alcançados, as problemáticas ainda existentes e os planos necessários para que o
ambiente policial seja mais inclusivo e equitativo.
PLANEJAMENTO PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
O público escolhido para esse projeto foram mulheres com escolaridade de nível superior
completo, que atuam na área administrativa no 8° Batalhão da Polícia Militar e do Batalhão de
Policiamento Turístico.
2. Plano de ação
Criar questionário Para identificar com Afonso 10/05 Na faculdade Com base no R$ 0,0
anônimo com questões mais profundidade os Brandão/ Estácio artigo de
sobre o tema problemas que afetam a Miriã Ludmila
mulher no ambiente de Rodrigues Ribeiro
trabalho policial
Análise dos formulários Com as respostas do Miriã 22/05 Faculdade Com base R$ 0,0
e criação de roteiro da questionário, foi Rodrigues/ Estácio nos
roda de conversa analisada as causas do Karen resultados do
desconforto das Bianca questionário
mulheres e criado um
roteiro para a roda de
conversa
4. Cronograma do Projeto
INTERVENÇÃO 1 2 3
DATA 16/05/2024 05/06/2024 10/06/2024
Apresentação e Roda de conversa no 8°
8° Batalhão da
aplicação do Batalhão
Policia Militar
questionário
----- ----- Roda de conversa no
Batalhão do
Batalhão do
Policiamento de
Policiamento de
Turismo
Turismo
7. Recursos previstos
Apenas transporte, sendo 3 intervenções (ida e volta)
6x 2,25= 6 x 2,25 = 13,50 por aluna
3 alunas (13,50 x 3 = 40,50)
Total de gastos: 40,50 com transporte.
ENCERRAMENTO DO PROJETO
Na força policial, as mulheres enfrentam uma variedade de desafios que vão além do seu
trabalho real. Para entender melhor esses desafios e seu impacto na saúde mental dos policiais,
realizamos uma pesquisa no Batalhão de Policiamento Turístico (BPTUR) e no 8º Batalhão de
Polícia Militar, que possui um número muito baixo de mulheres. No dia em que observamos,
havia apenas duas mulheres na escala. O que mostra uma escassez marcante de presença
feminina. Isso nos fez pensar por que há tão poucas mulheres na força policial. Por conta disso,
alguns policiais do 8º Batalhão sugeriram consultar outros batalhões para ver se a escala incluía
mais mulheres. A falta de coisas básicas, como banheiros só para as mulheres, foi algo
inesperado que se mostrou como uma das dificuldades que as mulheres sofriam no ambiente
militar, mostram que mesmo os mínimos detalhes podem afetar o trabalho. Durante as nossas
conversas, algumas policiais demonstraram um descontentamento com as perguntas do
questionário e com tema a ser discutido, indicando o receio de parecerem vulneráveis no
ambiente militar, o que não é surpreendente, levando em consideração que as policiais
femininas sempre são colocadas em situações ondes são forçadas a mostrar que são tão capazes
quanto os policiais do género masculino, visto que é algo provocado com frequência dentro e
fora do âmbito militar. Reconhecemos também que os policiais do género masculino precisam
compreender melhor como os seus comentários e piadas afetam as policiais do género feminino.
Este relatório não só expõe o que observámos, mas também fala sobre a importância de
melhorar a situação das mulheres na força policial e de fazer com que se sintam realmente
incluídas e confortáveis no local de trabalho.
1. Contextualização:
Com o objetivo de realizar um estudo sobre a saúde mental das mulheres na Polícia Militar, foi
realizada uma experiência no 8º Batalhão, uma unidade caracterizada pela pouca presença
feminina. No dia observado, apenas duas mulheres haviam sido escaladas, condição que reflete
a tendência geral da unidade. Dessa forma, A baixa representatividade feminina levou à
sugestão de deslocamento para outro batalhão, visando melhorar os resultados de trabalho e, ao
mesmo tempo, levantar questões sobre a ausência de mulheres no ambiente militar. Minha
participação envolveu a observação direta das condições de trabalho das mulheres, a interação
com os policiais presentes, a aplicação e auxílio do questionário e a condução de discussões
sobre o tema.
2. Objetivos:
O objetivo principal deste estudo foi analisar a saúde mental das mulheres que trabalham na
Polícia Militar, com foco especial nas condições de trabalho e na inclusão feminina. Buscamos
verificar os fatores que contribuem para a baixa presença das mulheres, entender os desafios,
as necessidades e as demandas que são enfrentadas pelas mulheres em ambientes militares,
sugerir algumas melhorias para aumentar a satisfação e o bem-estar dos policiais.
3. Metodologia:
Essas descobertas mostram que são necessárias mudanças reais e concretas para melhorar a
infraestrutura, os comportamentos e a cultura organizacional, criando um ambiente onde as
mulheres se sintam incluídas, apoiadas, vistas e respeitadas.
Este relatório destaca que precisamos prestar mais atenção à inclusão e ao bem-estar das
mulheres nos batalhões. Até pequenas mudanças podem realmente melhorar muito a
experiência e a satisfação das mulheres no ambiente militar.
5. Reflexão Aprofundada:
A vivência no 8º Batalhão e BPTUR mostrou como a teoria sobre saúde mental e inclusão de
minorias em ambientes predominantemente masculinos se aplica na prática. Sabemos que a
falta de estrutura e um ambiente hostil podem gerar estresse e insatisfação no trabalho, e isso
se refletiu na nossa experiência. Embora tenhamos observado algumas melhorias, ainda há
muito a ser feito para garantir um ambiente de trabalho justo para todos. Além disso, a
resistência inicial de algumas mulheres ao responderem ao questionário mostra que as
melhorias percebidas são mais complexas do que parecem. Isto sugere que mudanças tanto na
estrutura organizacional como na cultura são necessárias para promover um verdadeiro bem-
estar. As dificuldades que enfrentamos ressaltam a importância de políticas claras de inclusão,
formação sobre comportamento apropriado e a criação de espaços seguros para discutir os
desafios específicos enfrentados pelas mulheres.
Concluindo, aprendemos que mesmo pequenas mudanças podem ter um grande impacto na vida
das mulheres na Polícia Militar. É crucial continuarmos trabalhando e nos esforçando para criar
um ambiente mais acolhedor e justo.
Relatório Individual – Miriã Rodrigues Pereira
Este relatório consiste em um trabalho que foi feito com os policiais militares do 8° Batalhão
da policia militar e do Batalhao do policiamento turístico. Foi pensado em uma intervenção que
consistia em coleta de respostas préviamente pensadas e estudadas para entender as demandas
e problemáticas de um ambiente policial relacionadas a desigualdade de gênero que podem
afetar diretamente no desempenho das mulheres em suas funções do dia a dia.
1. Contextualização:
O projeto teve a iniciativa por terem muitas diferenças de genero do ambiente policial, levando
à problemas como não exercimento total nas funções de trabalho por serem tratadas como
“invisiveis” ou que não pertencessem a profissão.
2. Objetivos:
O principal objetivo foi levar uma conscientização ao ambiente policial de como coisas do dia
a dia podem afetar a saúde mental, e assim, o desempenho da mulher para exercer suas funções.
Alertar sobre ofensas em forma de brincadeira para um ambiente de trabalho mais acolhedor e
que as mulheres se sintam capaz de estarem no mesmo ambiente que os homens nessa profissão
que historicamente predomina o genero masculino.
3. Metodologia:
Foi utilizado o artigo de Ludmila Ribeiro para ter base das perguntas do questionário aplicado,
assim, conseguimos ver qual a demanda dos problemas que as mulheres enfrentam diariamente
para levar uma roda de conversa com possiveis soluções para a melhoria do dia a dia nesse
ambiente e tornar o trabalho mais acolhedor e respeitoso.
4. Resultados e Discussão:
Inicialmente pensamos que os problemas que enfrentavam era apenas verbais mas vimos
através do questionário e da própria roda de conversa que as mulheres sofrem com coisas que
deveriam ser o minimo.
A análise direto do questionário masculino traz as seguintes informações: Os policiais do
genero masculino sofrem sim com a profissão, mas sofrem por ser uma área que exige muito
esforço da pessoa para continuar. Os maiores problemas identificados nesse ambiente foi abuso
de poder de superiores, humilhações por hierarquia de patente, falta de compreensão dos
superiores. Quando foi perguntado sobre as mulheres, as respostas foram relacionadas ao
administrativo como falta de capacidade física das mulheres, levando assim, a falta de confiança
na execução das funções do trabalho de uma mulher no ambiente policial.
Com base na análise do questionário das policiais do gênero feminino, há de ver uma grande
diferença de discriminação e problemas, pois os problemas maiores que as mulheres tem são
apenas por serem do gênero feminino. São subestimadas, não são tão ouvidas em seu ambiente
de trabalho, são obrigadas a ouvirem “brincadeiras” e presenciar situações de incomodo que
não acontecem com um homem por ele ser homem. Só pelo gênero, os policiais de patente alta
confiam mais no masculino do que no feminino, e não pelo esforço do trabalho.
5. Reflexão Aprofundada:
O ambiente de trabalho policial predominasse muito policiais do genero masculino ainda, mas
há mudanças aos poucos conforme os anos se passam. Foi observado que os homens não tem
ciencia dos acontecimentos e dos maiores incomodos das mulheres, problemas como sanitarios,
que seria uma necessidade básica, ainda é relatado pelas mulheres no dia de hoje interferindo
diretamente em seu trabalho. De acordo com a piramide de Moslow, não tem como chegar em
um bem estar se não tiver condições minimas em um ambiente de convivencia diaria.
As brincadeiras e falta de confiança implicita no trabalho das mulheres faz com que nao haja
uma execução de trabalho saudavel, pois as mulheres não se sentem confortaveis sendo
perseguidas e observadas nas situaçoes de exercer as funçoes pois sempre há alguem com um
pensamento de que ela não va conseguir por ser mulher, por isso há mais homens em rota, nas
ruas. Muitas mulheres nem tentam a parte ostensiva por uma discriminação maior e falta de
recursos minimos, como banheiros.
O trabalho foi realizado juntamente com a Polícia Militar, com o intuito de promover a
conscientização sobre questões relacionadas o gênero e a saúde mental, principalmente entre as
mulheres que trabalham na corporação. Deu-se início com a decisão de aplicar o projeto no 8º
Batalhão da Polícia Militar, que logo de forma prévia foi observado pouca presença de pessoas
do gênero feminino. Nas intervenções realizadas, foram abordados em rodas de conversas os
temas sexismo, machismo estrutural, discriminação no ambiente de trabalho e a necessidade de
equidade de gênero nas forças policiais juntamente com o cuidado com a saúde mental das
mulheres; além disso, o projeto incluiu a aplicação de questionários para entender as demandas
enfrentadas por homens e mulheres na Polícia Militar. O texto relata além de experiências, as
dificuldades que as policiais femininas enfrentam diariamente, dando ênfase na falta de
alojamento em alguns batalhões, a falta de confiança dos seus colegas nas suas habilidades
físicas, o enfrentamento do machismo no trabalho e em como todas essas problemáticas afetam
diretamente na sua saúde mental e física; Apesar dos obstáculos, é ressaltada a relevância do
projeto em trazer à tona questões importantes para que as mulheres policiais sejam devidamente
valorizadas pelo seu trabalho.
1. Contextualização:
O projeto foi pensado e idealizado com base, inicialmente, na perspectiva de que a ocupação
da polícia militar em rota seja predominantemente de profissionais do gênero masculino. Então,
foi decidido em conjunto com os componentes do grupo que iríamos realizar a intervenção no
8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM) com os policiais e as policiais. A demanda de mulheres
na unidade ocasionou a necessidade de buscar outro local mais dimensionar o projeto que teve
como intenção analisar a saúde mental da mulher na Polícia Militar em meio a discriminação e
ao machismo; o outro local escolhido para aplicar o projeto foi a BPTUR (Batalhão de
Policiamento Turístico), que encontramos muitas pessoas do gênero feminino na área, inclusive
a Comandante e a Subcomandante. Fui responsável por explicar o trabalho e o objetivo
principal que era conscientizar e abordar assuntos que pudessem afetar no desempenho e na
saúde mental da mulher no ambiente de trabalho, principalmente na área militar que ainda é
visualizada pela sociedade como uma profissão masculina. Além disso, apliquei dois
questionários, um para as pessoas do gênero feminino e outro para as pessoas do gênero
masculino, ambos feitos virtualmente via link ou QR code.
2. Objetivos:
O objetivo desse projeto é analisar a saúde mental da mulher na Polícia Militar, além de
conscientizar sobre as questões de gênero e machismo estrutural, dando destaque a presença da
mulher dentro do ambiente militar e as dificuldades por elas enfrentadas nesse ambiente, que
gera impactos na sua saúde mental. Ademais, o projeto busca abordar a equidade de gênero e a
valorização das mulheres na instituição, para que elas se sintam incentivadas no trabalho e
assim proliferando informações sobre o tema para outros batalhões, tendo em vista as melhorias
necessárias.
3. Metodologia:
Para visualizar estatísticas e entender sobre a temática escolhida para o projeto, foi estudado
o artigo “Polícia Militar é lugar de mulher?” de Ludmila Ribeiro, que aborda com detalhes
obstáculos enfrentados pelas mulheres nessa carreira historicamente dominada por homens; a
partir desse artigo foram elaboradas perguntas para os questionários. Além desse artigo, foi
usado mais outros dois sobre sexismo e machismo estrutural (temas escolhidos a partir das
demandas que obtivemos nas respostas dos questionários) para obter mais compreensão sobre
os temas e levar mais conhecimentos para as rodas de conversas.
4. Resultados e Discussão:
Quando retornamos na semana seguinte para a roda de conversa, encontramos três mulheres e
cerca de quatro policiais, mas a mesma mulher que mostrou resistência no primeiro dia, foi a
mesma que não quis participar da roda de conversa; falamos sobre sexismo, machismo
estrutural, equidade, algumas leis e direitos da mulher e em como a discriminação no ambiente
de trabalho pode afetar diretamente na saúde mental da mulher.
Todos que participaram da roda interagiu, deu opiniões, exemplos, dicas de expandir nosso
projeto para outros batalhões e houve muita troca de conhecimento e vivências também, saímos
de lá muito satisfeitas com o nosso desempenho e muito felizes pela interação de todos.
No último dia, realizamos uma roda de conversa com as profissionais que trabalham na unidade
BPTUR (Batalhão de Policiamento Turístico), e foi extremamente necessário para o
enriquecimento do projeto pois tivemos acesso a mulheres com faixas etárias diferentes na área
policial e felizmente é perceptível que ao longo dos anos há uma melhoria nas condições de
trabalho da mulher na polícia militar. Contudo, ainda foi muito colocado que para que elas
sejam vistas pelos seus colegas de trabalho como boas elas precisam ser ótimas. Elas
contaram também das dificuldades que elas sofrem em se sentirem valorizadas no trabalho que
fazem, pois desde o início que entram na polícia elas estão “a prova” e tendo que se impor o
tempo inteiro para que um dia ela seja de fato reconhecida pelo trabalho que faz e obter o devido
respeito;
Foram relatos que mostram que elas vivem em luta diária, para provar que elas não são menos
por serem do gênero feminino em uma profissão de “força”, “masculina”, assim vista pela
sociedade.
Ademais, elas ficaram animadas e nos deram contatos demais mulheres que trabalham em
outras unidades para que falássemos mais sobre a saúde mental da mulher na polícia militar,
pois elas sentem que seja um tabu, mas que é uma pauta muito importante para ser tratada e
que as pessoas se preocupam mais com o corpo físico, com a mente poucos se importam.
5. Reflexão Aprofundada:
Este trabalho foi concebido como uma intervenção para investigar as demandas e problemáticas
presentes no ambiente policial, especificamente relacionadas à desigualdade de gênero. A
abordagem consistiu na coleta de respostas cuidadosamente planejadas e estudadas, visando
compreender os impactos diretos que tais desigualdades têm no desempenho das mulheres em
suas funções cotidianas dentro das forças policiais.
1. Contextualização:
2. Objetivos:
A ideia principal era dismestificar algumas posturas e sinalizar questões rotineiras que criavam
problemáticas maiores. O principal ponto foi mostrar que algumas atitudes ou situações internas
eram sim um problema e trazer tudo isso à tona, para que eles proprios entendessem a dor dos
colegas.
3. Metodologia:
Montamos o questionario baseado em um artigo de Ludmila Ribeiro. Assim poderíamos tentar
trazer as problematicas vivenciadas na rotina diaria do batalhão, e assim abrir os temas para
discussões e buscar saídas para cada um deles.
4. Resultados e Discussão:
Existia uma percepção inicial equivocada de que os problemas enfrentados pelas mulheres na
Polícia Militar se limitavam a questões verbais. Por meio do questionário e das discussões
realizadas, tornou-se evidente que as mulheres enfrentam desafios que vão além do aspecto
verbal e que deveriam ser considerados mínimos em um ambiente de trabalho justo e
igualitário.
Ao analisar as respostas dos policiais do sexo masculino, observou-se que, embora também
enfrentem dificuldades na profissão, estas estão mais relacionadas ao ambiente de trabalho em
si, como abuso de poder, humilhações e falta de compreensão por parte dos superiores. Por
outro lado, as respostas em relação às mulheres destacam questões de capacidade física e
confiança na execução das funções policiais, baseadas em estereótipos de gênero.
A análise dos questionários das policiais do gênero feminino revela uma grande disparidade
de discriminação e problemas em comparação com seus colegas masculinos. As mulheres são
subestimadas, menos ouvidas e frequentemente expostas a situações de desconforto que não
afetam os homens simplesmente por serem mulheres. Além disso, há uma clara falta de
confiança nas mulheres por parte dos policiais de patente alta, evidenciando um viés de
gênero que supera o reconhecimento do esforço individual no trabalho.
Assim, a conclusão é que as desigualdades de gênero dentro da Polícia Militar são
significativas e impactam diretamente o ambiente de trabalho e o desempenho das mulheres.
É urgente promover mudanças profundas na cultura organizacional e nas práticas
institucionais para garantir igualdade de oportunidades, respeito mútuo e reconhecimento do
valor e competência das mulheres na corporação. Somente assim será possível construir uma
Polícia Militar verdadeiramente inclusiva e eficaz.
5. Reflexão Aprofundada:
As desigualdades de gênero dentro da Polícia Militar são uma realidade que merece atenção e
análise crítica. Embora a presença feminina nas forças policiais venha aumentando ao longo
dos anos, ainda persistem barreiras e desafios significativos que afetam as mulheres em seu
ambiente de trabalho.
Uma das principais problemáticas enfrentadas pelas mulheres na Polícia Militar é a falta de
reconhecimento e valorização de suas habilidades e competências. Muitas vezes, são
subestimadas e não recebem as mesmas oportunidades de crescimento e promoção que seus
colegas masculinos, mesmo demonstrando um desempenho igual ou superior.
Além disso, as mulheres enfrentam uma cultura institucional que, em muitos casos, é
permeada por preconceitos e estereótipos de gênero. Isso se reflete em situações de
discriminação, assédio moral e até mesmo assédio sexual dentro da corporação, criando um
ambiente hostil e desmotivador para as policiais.
Para combater essas desigualdades e suas problemáticas, é fundamental promover uma cultura
organizacional mais inclusiva e igualitária dentro da Polícia Militar. Isso inclui a
implementação de políticas e práticas que garantam a igualdade de oportunidades, o respeito
aos direitos humanos e o combate efetivo a todas as formas de discriminação e violência de
gênero.
A análise das experiências vivenciadas nos 8º Batalhão e BPTUR da Polícia Militar revela uma
complexidade de desafios enfrentados pelas mulheres em ambientes predominantemente
masculinos. Inicialmente, a perspectiva da ocupação policial era majoritariamente masculina,
refletindo estereótipos de gênero arraigados na sociedade. No entanto, a presença e interação
com policiais de ambos os sexos revelaram não apenas a existência de desafios para as
mulheres, mas também para os homens, como o abuso de poder e humilhações por parte da
autoridade.
Portanto, as análises coletadas apontam não apenas para a necessidade de reconhecer e abordar
as disparidades de gênero na Polícia Militar, mas também para implementar medidas concretas
que promovam uma cultura organizacional mais inclusiva e respeitosa, visando o bem-estar e
o desenvolvimento profissional de todos os membros da corporação.
Acervo de imagens
Referências
Ribeiro, L.. (2018). Polícia Militar é lugar de mulher?. Revista Estudos Feministas, 26(1), e43413.
<https://doi.org/10.1590/1806-9584.2018v26n143413>
FERREIRA, Maria Cristina. Sexismo hostil e benevolente: inter-relações e diferenças de gênero. Temas
psicol., Ribeirão Preto , v. 12, n. 2, p. 119-126, 2004 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2004000200004&lng=pt&nrm=iso>.
acessos em 12 jun. 2024.
Guedes, M. E. F.. (1995). Gênero, o que é isso?. Psicologia: Ciência E Profissão, 15(1-3), 4–11.
https://doi.org/10.1590/S1414-98931995000100002