Principios Diretrizes Supervisao Escolar Paulistana 1
Principios Diretrizes Supervisao Escolar Paulistana 1
Principios Diretrizes Supervisao Escolar Paulistana 1
Escolar
Paulistana
PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Ricardo Nunes
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
Fernando Padula
CHEFE DE GABINETE
Omar Cassim Neto
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
Supervisão
Escolar
Paulistana
Bibliografia
introdução......................................9
princípios.....................................17
diretrizes gerais............................21
dimensões da prática da
supervisão escolar........................27
referências....................................39
Foto: Jovino Soares - Acervo MEM | CM | SME
introdução
2 O I Foro de Debates da Supervisão Escolar Paulistana foi um evento organizado por uma equipe de represen-
tantes da Supervisão Escolar das 13 DREs, resultante de um processo formativo promovido pela Secretaria Municipal de
Educação, no ano de 2018.
e em instituições destinadas à Educação Especial; nas unidades de MOVA; nas
recém-integradas Escolas Técnicas de Saúde, dentre outras iniciativas.
No que tange aos compromissos de caráter pedagógico, constam as
imprescindíveis ações de acompanhamento do trabalho educativo e de formação
junto às equipes das Unidades Educacionais, tão caras ao segmento da Super-
visão Escolar, por tratarem essencialmente da promoção da qualidade social do
que se desenvolve em todas as instituições municipais de educação com bebês,
crianças, jovens e adultos e seus familiares, em favor do bem público comum.
Reúnem-se a esses compromissos as atuações indispensáveis de ordem
técnico-administrativa que, alinhadas aos propósitos pedagógicos, incluem a
autorização do funcionamento de instituições parceiras indiretas e particulares
vinculadas ao sistema educacional da Cidade de São Paulo, em observância aos
marcos reguladores estabelecidos pelo Conselho Municipal de Educação e pela
Secretaria Municipal de Educação, como também ações de mediação no plano
das relações interpessoais, envolvendo equipe escolar, família e comunidade.
A multiplicidade de demandas atribuídas à Supervisão Escolar representa
uma condição desafiadora ao coletivo de supervisores(as) escolares, posto que
requer não só a premente ampliação do módulo de supervisores(as), mas tam-
bém o alinhamento das proposições de ação no âmbito da equipe de Supervisão
Escolar de cada DRE e entre as equipes de supervisores(as) das treze DREs. 13
Além disso, torna-se imperativo que, nos Planos de Ação das DREs, ocorra a efe-
tiva articulação entre Supervisão Escolar e outros setores das DREs (DIAF, DIPED Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
Considerando
Os documentos legais vigentes balizadores:
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princípios
P RPRINCÍPIOS
INCÍPIOS
17
Éticos políticos epistemológicos
Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
Construção do conhecimento
O interesse público Democratização
sobre o particular Interculturalidade dos saberes
Participação
Equidade Pluralidade de ideias e de
Legalidade expressão da linguagem
Autonomia
Responsabilidade Valorização dos diferentes
Solidariedade estatutos dos saberes
Colaboração
Emancipação
Éticos
Supremacia do interesse público sobre o particular: defesa do bem comum
com objetividade, imparcialidade e transparência dos critérios adotados nas to-
madas de decisões e em ações em qualquer instância de atuação.
• Equidade: discernimento ao tratar as universalidades e as diferenças
entre os seres humanos e suas singularidades; julgamento equânime das
circunstâncias, respeito à diversidade (gênero; etária/geracional; étnico-
-racial; religiosa; territorial e linguística) e desnaturalização das desigual-
dades socioeconômicas e culturais.
• Autonomia: condição humana cuja plenitude revela-se na busca cons-
tante dos sujeitos em se fazerem autorregulados ou auto-orientados;
empreendimento que se dá no terreno das inter-relações, da intersubje-
tividade, concretizando-se em ações autorais.
• Solidariedade: reciprocidade de responsabilidades e interesses; con-
dição de mutualidade e interdependência no plano das relações entre
as pessoas.
Políticos
18 • Democratização: condição de direito das pessoas, indistintamente, ao
acesso irrestrito aos bens da cultura e à educação; garantia da possibili-
Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
Epistemológicos
• Construção do conhecimento: compreensão da natureza processual e si-
tuada do ato de conhecer; capacidade de experienciar, investigar e (re)signi-
ficar a cultura, visando à transformação da realidade sócio-histórico-cultural.
• Interculturalidade dos saberes: reconhecimento da pluralidade e
interconectividade de conhecimentos; admissão e legitimação das sin-
gularidades das diferentes culturas, igualmente responsáveis na consti-
tuição de saberes; superação da hegemonia no plano do conhecimento.
• Pluralidade de ideias e de expressões da linguagem: compreen-
são do caráter político do ato educativo e da escola; desmitificação da
concepção de neutralidade de currículos e de práticas educativas; legi-
timação dos saberes expressos por diferentes manifestações da lingua- 19
gem (oral, escrita; plástica; gestual e outras).
Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
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Foto: Roberto Tersi - Acervo MEM | CM | SME
diretrizes gerais
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Foto: Maria Conceição - Acervo MEM | CM | SME
dimensões da
prática da
supervisão
escolar
Os Princípios e as Diretrizes Gerais norteadoras da Prática da Supervisão
Escolar Paulistana devem ganhar concretude em ações potentes e transforma-
doras da realidade, com qualidade social, ancoradas em processos educativos
democráticos, progressistas, humanizadores e emancipadores.
Ao enunciar as Dimensões da Prática pretende-se tornar mais explícitas as
ações da Supervisão Escolar, da forma como se desenvolvem no trabalho co-
tidiano de supervisores(as) escolares, desvelando os importantes desafios da
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atuação desses(as) profissionais na RME-SP.
A Supervisão Escolar, como uma ação que se faz em diálogo, está implicada Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
1º Dimensão
Proposição - Articulação – Implementação
2º Dimensão
Formação - Autoformação
3º Dimensão
Orientação - Acompanhamento - Apreciação
3 A Lei nº 17.232, de 12 de novembro de 2019, que altera a Lei nº 14.660, de 26 de dezembro de 2007, considera como
horas de formação e aperfeiçoamento 10% (dez por cento) das horas de trabalho semanal dos Assistentes de Diretor de Escola e
dos Profissionais da Classe dos Gestores, referidos no inciso II do art. 6º da Lei nº 14.660, de 2007, e dá outras providências.
com o cotidiano da Unidade Educacional e com o cenário sócio-histórico-cul-
tural mais amplo em que está circunscrita, numa relação formativa;
• Subsidiar as ações dos Conselhos Escolares das Unidades Educacionais
supervisionadas, bem como fortalecer esses Conselhos com a represen-
tação no Conselho de Representantes de Conselhos Escolares – CRECE.
• Suporte à equipe na construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico,
preservando a autonomia da Unidade Educacional e fomentando ações
democráticas, compartilhadas entre toda comunidade educativa, funda-
mentadas nas reais necessidades formativas de bebês, crianças, jovens e
adultos e em referenciais teóricos e documentais validados socialmente;
• Orientação e acompanhamento do Plano de Trabalho das unidades das
redes parceiras (indireta e particular), considerando as metas previstas
em legislação vigente, bem como a qualidade social da educação, em
consonância aos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana;
• Acompanhamento das realizações das Unidades Educacionais e apoio
às equipes por meio de visitações regulares, pautadas na disposição
em conhecer as ações educativas e identificar em que medida o Projeto
Político-Pedagógico materializa-se no cotidiano, com olhar e escuta sen-
síveis e também a constituição de crítica e problematização, suscitando, 35
quando necessário, o estranhamento diante do aparentemente banal e a
desnaturalização de modus operandi sedimentados, comprometedores Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
da qualificação de práticas;
• Elaboração coletiva da pauta dos Termos de Visita, com questões perti-
nentes às necessidades formativas expressas no Projeto Político-Peda-
gógico, em diálogo com orientações da DRE/SME e especificidades da
Unidade Educacional;
• Acompanhamento dos processos educativos mediante análise de re-
gistros produzidos nas Unidades Educacionais, analisando e proble-
matizando, junto com as equipes, a qualificação desses registros, de
modo que possam constituir documentações pedagógicas reveladoras
das práticas e (re)orientadoras dos Projetos Político-Pedagógicos e
dos Planos de Ação, instrumentos de implementação curricular, por
meio dos quais o Currículo se manifesta.
• Apreciação do trabalho educativo desenvolvido nas Unidades Educa-
cionais, suscitando a problematização das práticas, observadas e docu-
mentadas, aos propósitos e planos de ação expressos em seus respec-
tivos Projetos Político-Pedagógicos;
• Explicitação dos critérios empregados no processo de apreciação das
práticas pedagógicas, de modo a abrir para as equipes das unidades
educacionais a possibilidade de argumentação e de delineamento de
futuros Planos de Ação;
• Elaboração de devolutivas de apreciações realizadas, em registros res-
peitosos e reflexivos, de modo a acolher o trabalho educativo desen-
volvido e indicar caminhos que possam promover avanços nas práticas,
tendo em perspectiva uma educação de qualidade social;
• Suporte à equipe da Unidade Educacional na concepção e organização
de processos autoavaliativos do trabalho desenvolvido, com a partici-
pação de todos os atores envolvidos direta ou indiretamente com as
36 ações educativas;
• Problematização conjunta de apreciações do trabalho educativo resul-
Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
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referências
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Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel
Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Victor Civita,
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BOLÍVAR, António. A escola como organização que
aprende. In: CANÁRIO, Rui (org.). Formação e
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79-100. (Coleção Ciências da Educação).
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da
República, 1988.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Brasília, DF: Presidência da República, 1996.
BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera
a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira”, e dá outras providências. Brasília, DF:
Presidência da República, 2003.
BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada
pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena”. Brasília, DF: Presidência da
República, 2008.
BRUNER, Jerome. Realidade mental, mundos possíveis.
40 Porto Alegre: Artmed, 1997.
CABRAL, Cristina Filomena Bastos. A atuação profissional
Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
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Princípios e Diretrizes Gerais da Prática da Supervisão Escolar Paulistana
Foto: Daniel Cunha - Acervo MEM | CM | SME
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