Eclesiologia e Soteriologia

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Curso Básico em Teologia

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Curso Básico em Teologia

ÍNDICE
ASPECTOS GERAIS DA HISTÓRIA DA IGREJA............................................
AS CONDIÇÕES DO MUNDO AO SURGIR O CRISTIANISMO.....................
A IGREJA PRIMITIVA....................................................................................
A IGREJA APOSTÓLICA.................................................................................
OS APOLOGISTAS (DEFENSORES INTELECTUAIS
DO CRISTIANISMO)......................................................................................
A IGREJA ANTIGA (SEGUNDO PERÍODO) 313-590 D.C...............................
MARTINHO DE TOURS.................................................................................
UFILAS..........................................................................................................
A CRISTIANIZAÇÃO DOS FRANCOS............................................................
MONAQUISMO..............................................................................................
A REGRA BENEDITINA.................................................................................
CONTROVÉRSIA ARIANA.............................................................................
JERÔNIMO.....................................................................................................
AGOSTINHO..................................................................................................
PELÁGIO........................................................................................................
COLÉSTO.......................................................................................................
OS BISPOS METROPOLITANOS...................................................................
A IGREJA NESTORIANA................................................................................
A IGREJA MONOFISISTA..............................................................................
JOÃO CRISÓSTOMO (345-407).....................................................................
A IGREJA NO INÍCIO DA IDADE MÉDIA (590-1073)....................................
A IGREJA........................................................................................................
ORGANIZAÇÃO DA IGREJA...........................................................................
O CRISTIANISMO EM LUTA CONTRA O PAGANISMO...............................
O NOVO HORIZONTE...................................................................................
APÓS A IDADE DAS TREVAS OU O OBSCURANTISMO RELIGIOSO..........
A IGREJA NO APOGEU DO CATOLICISMO (1073-1294)..............................
O PAPADO MEDIEVAL..................................................................................
A IGREJA GOVERNA O MUNDO OCIDENTAL..............................................

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AS CRUZADAS...............................................................................................
AS RIQUEZAS DA IGREJA.............................................................................
A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA.......................................................................
A DISCIPLINA E A LEI DA IGREJA ROMANA...............................................
O CULTO NA IGREJA....................................................................................
O QUE A IGREJA MEDIEVAL FEZ PELO MUNDO........................................
IGREJA: DECADÊNCIA E CONTESTAÇÃO DO CATOLICISMO (1294-
1517)..............................................................................................................
MOVIMENTOS DE PROTESTOS...................................................................
OS PRECURSORES DA REFORMA...............................................................
QUESTIONÁRIO – VOLUME IX – LIÇÃO Nº 17............................................
VOLUME IX – LIÇÃO 18................................................................................
JUSTIFICAÇÃO..............................................................................................
INTRODUÇÃO...............................................................................................
O NOVO NASCIMENTO E SUAS BÊNÇÃOS.................................................
JUSTIFICAÇÃO..............................................................................................
A FÉ SALVADORA.........................................................................................
ARREPENDIMENTO......................................................................................
ADOÇÃO........................................................................................................
TESTEMUNHOS DO ESPÍRITO....................................................................
CONVERSÃO.................................................................................................
A SANTIFICAÇÃO..........................................................................................
DEPRAVAÇÃO NATURAL..............................................................................
COMPLETA SANTIFICAÇÃO.........................................................................
1. DICIONÁRIO DE WEBSTER......................................................................
2. DICIONÁRIO DO SÉCULO........................................................................
3. DICIONÁRIO IMPERIAL............................................................................
4. DICIONÁRIO WORCESTER.......................................................................
5. UMA DEFINIÇÃO GERAL..........................................................................
6. DICIONÁRIO STANDARD..........................................................................
7. DICIONÁRIO LAROUSSE..........................................................................

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8. ENCICLOPÉDIA AMERICANA..................................................................
9. CATECISMO EPISCOPAL METODISTA....................................................
10. CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER................................................
11. DE JOÃO WESLEY...................................................................................
12. TEOLOGIA DO DR. POPE........................................................................
13. COMENTÁRIO DE MATHEW HENRY.....................................................
14. DE SAMUEL RUTHFORD........................................................................
QUESTIONÁRIO VOLUME IX – LIÇÃO 18....................................................

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VOLUME IX – LIÇÃO 17
ASPECTOS GERAIS DA HISTÓRIA DA IGREJA

Na lição anterior estudamos um pouco da História da Igreja


de Deus, como ela surgiu e as fases pelas quais ela passou em sua
implantação e estabilização bem como Deus agiu por intermédio de
homens e mulheres para promover o avivamento que pretendia e levar
adiante a pregação do Evangelho.
Nessa lição analisaremos um contexto geral histórico de como
surgiu o cristianismo. A situação do mundo antes de Cristo ou às vésperas
do seu aparecimento, era a de um mundo sendo preparado para a vinda
do seu Cristo e para o exercício de seu ministério, o qual seria o condutor
de bênçãos e salvação para toda a raça humana.
Cristo veio na plenitude dos tempos (Gálatas 4:40) quando
tudo estava preparado para sua vinda. Três grandes povos contribuíram
na preparação do mundo para a vinda do Messias.
Os Romanos na época do advento de Cristo, ou no seu
nascimento, os romanos eram senhores do mundo. Eles contribuíram ou
prepararam o mundo para o advento do Cristianismo em quatro pontos
principais unificando as raças sob a autoridade romana, promovendo a
paz dentro de suas fronteiras, em seu vasto território; e sempre
exercendo a força para conquistá-la, promovendo o intercâmbio entre as
diferentes raças. Construindo estradas de rodagem, as quais ligavam os
diversos lugares mais longínquos do império.
Os gregos enquanto os romanos prepararam o mundo físico e
os gregos prepararam o mundo intelectual. Através da filosofia; os
filósofos e pensadores gregos. Através da língua pela qual o Evangelho
seria difundido e lançados os primeiros escritos. O Koinê era o dialeto
grego mais falado na época no qual foi o Evangelho divulgado.

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Politicamente o domínio era romano, porém a mentalidade era grega;


cultura geral greco-romana.
Os judeus: a contribuição dos judeus foi bem maior do que a
dos outros, visto que, inicialmente, seriam os condutores para trazerem
Cristo ao mundo. Prepararam o berço para o cristianismo. Alimentaram a
Cristo em sua infância. Os primeiros cristãos foram preparados na vida
religiosa judaica. Possuíam o mais alto conceito do Deus Yahwe, e a mais
alta idéia de vida moral. Esperavam a vinda de um salvador. Deram ao
cristianismo o Antigo Testamento. Dentre as contribuições dos judeus é
possível que essa seja a maior. Deram o seu livro sagrado, o que poderia
significar uma aceitação total, ou uma fusão do judaismo com o
cristianismo.
Os judeus da Dispersão (Diáspora). Não podemos esquecer do
trabalho efetuado pelos judeus que foram dispersos entre os povos
durante os cativeiros. Em qualquer parte do mundo greco-romano se
escontravam os judeus e por conseguinte, a influência do judaísmo.
As grandes sinagogas tiveram sua origem na época dos
cativeiros e os judeus dispersos pelo mundo daquela época e religião
moniteísta.
AS CONDIÇÕES DO MUNDO AO SURGIR O
CRISTIANISMO
Condições religiosas
No Império Romano: a velha religião dos deuses gregos e
romanos tinha caído em decadência e perdido sua influência. O
imperador Augusto, o qual reinava quando Cristo nasceu, tinha
estabelecido a adoração ao imperador. O Estado tinha sido organizado no
estilo dos modernos regimes totalitários. Algumas religiões orientais
influenciavam o Império Romano. No povo em geral tinha-se desenvolvido
a crença em um Deus universal, um sentimento de culpa e de pecado, um
desejo intenso de purificação em todos os aspectos, um grande interesse
pelos problemas do além do túmulo.

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As Condições Intelectuais
Antes da Era Cristã o movimento filosófico grego chegou ao
seu fim, duas correntes filosóficas mantinham as mentes ocupadas. O
Epicurismo e o Estoicismo.
Condições Morais
As classes mais altas estavam tremendamente corrompidas
entre as classes média e baixa, existiam muitos homens e mulheres que
levavam uma vida virtuosa, com alguns gestos de bondade e caridade
humana. No contexto geral, porém, a situação era péssima, com um nível
moral baixíssimo. Toda essa situação devia-se com certeza à influência
nula ou negativa das religiões e filosofias da época, este declínio moral
provocou um sentimento de cansaço e de vazio entre os homens mais
ilustres e inteligentes.
A IGREJA PRIMITIVA
O caminho para que Jesus exercesse o seu ministério foi
preparado pelo curto ministério de João Batista. O Precursor, de vida
ascética pregou na região do Jordão que o dia do julgamento de Israel
estava próximo, que o Messias estava prestes a chegar. Sacerdote de
nascimento, desprezou por completo o templo e a religião cerimonial e
nacional do povo, proclamando arrependimento pessoal com base na
aceitação de Deus.
João Batista pregava que descender de Abraão era
insuficiente para entrar no Reino de Deus; os homens teriam que produzir
frutos de sincero arrependimento.
Apontou Jesus como o cordeiro de Deus que tira pecado do
mundo e que batiza no Espírito Santo e com fogo. João Batista foi preso
por criticar a vida íntima do governador (Herodes), meses depois,
decapitado. Alguns de seus discípulos seguiram a Jesus e outros levaram
uma vida independente, sendo encontrados por Paulo, mais tarde, em
Éfeso.

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O Fundador Jesus Cristo de Nazaré, quanto ao nascimento de


Jesus, é muito improvável a data de 25 de dezembro, pois os pastores
levavam suas ovelhas para pastarem entre abril e outubro, por causa do
inverno. Jesus nasceu em Belém da Judéia. O ministério de Jesus deve ter
abrangido uns três anos e meio, escolheu entre a multidão de seus
discípulos alguns homens para que através deles alcançasse um maior
número de homens. Estes receberam ainda um treinamento especial para
continuarem sua obra após sua ascensão aos céus. A parte final do seu
ministério foi dedicada quase que exclusivamente a este trabalho.
Jesus funda a sua igreja, assim como no Velho Testamento.
Deus havia fundado a nação judaica, para receber, praticar e difundir o
Judaísmo. Cristo fundou a igreja para receber, praticar e difundir o
Cristianismo. Cristo não prescreveu ordens fixas de culto, mas instituiu os
ritos e doutrinas fundamentais tais como: os sacramentos, regeneração e
Novo Testamento, os frutos do Espírito Santo, o seu advento.
A IGREJA APOSTÓLICA
Muito se tem questionado acerca do início da igreja e várias
opiniões têm surgido: Uns afirmam que a igreja teve o seu início com o
nascimento de Cristo, outros afirmam que a igreja teve seu início com o
batismo de Cristo e ainda outros dizem que a fundação da Igreja se deu
quando Jesus convocou os seus discípulos. Outro ponto de vista afirma
que a Igreja começou no dia de Pentecostes com a descida do Espírito
Santo.
A extensão da Igreja que começou com a missão destinada
única e exclusivamente aos judeus, e por dois ou três anos as igrejas
cristãs eram limitadas aos judeus de Jerusalém e estendendo-se pela
Palestina. A perseguição foi o meio eu levou a Igreja a ampliar sua
missão. O discurso de Estêvão provocou uma tremenda, violenta,
selvagem e sistemática campanha contra a igreja, dissolvendo e
espalhando a comunidade de Jerusalém. Consequente da perseguição os
crentes foram espalhados, e onde quer que chegavam levavam a

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mensagem do Evangelho. Na cidade de Antioquia os Cristãos foram


chamados pela primeira vez de “ cristãos”, como escárnio.
A igreja de Antioquia foi a responsável direta pela
universalização do Cristianismo, pois dela saíram os primeiros
missionários – Barnabé e Paulo – que estenderam as fronteiras do
Cristianismo, pregando a todos os homens, sem distinção de classe, cor,
raça, nação, tribo, etc.
Como fruto do trabalho missionário foram estabelecidos
comunicados cristãos na Ásia Menor e Europa. Outras missões foram
estendidas a outras regiões do mundo naquela época.
As características dos Cristãos se manifestavam e eram
conhecidos pelo forte amor fraternal. Este veio a ser o instrumento mais
poderoso na conversão e transformação de indivíduos da sociedade
greco-romana. O zelo e a pureza eram outro distintivo dos crentes.
Pregavam e viviam de acordo com as normas pregadas por eles mesmos e
ensinadas por Cristo.
Surgiram as perseguições imperiais causadas pelo fato dos
cristãos serem muito leais ao seu Senhor e entravam em choque com as
instituições e leis romanas. Os crentes não prestavam culto ao imperador
nem aos deuses protetores de Roma. Quando ocorria alguma calamidade
como: pestes, fome, secas, incêndios e inundações, os pagãos as
atribuíam à ira dos deuses contra os cristãos. Os cristãos se opunham às
instruções imperiais e automaticamente rejeitavam seus costumes e
tradições. O culto dos cristãos era reservado para membros. Existiam
cultos que os pagãos não podiam entrar, isto provocou uma grande
suspeita, e a maioria dos crentes eram escravos ou pobres. As revoltas de
escravos eram muito frequentes naquela época, e por esta causa o culto
dos crentes era visto como um movimento subversivo. Um outro motivo é
que os romanos precisavam de elementos para os espetáculos com
animais e gladiadores nas arenas. As perseguições eram contínuas,
dependia do conceito que o imperador tinha do cristianismo.

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Imperadores perseguidores deste período: Nero (54-68).


Domiciano (81-96).
Vários foram martirizados por estes governadores e suas
atrocidades.
Tiago: irmão do Senhor. Tiago era ancião da igreja em
Jerusalém. Foi atirado de um edifício abaixo, como não morreu, o
apedrejaram até a morte.
Paulo: no ano 61, foi preso à Roma e ali ficou numa casa
alugada aonde era visitado pelos irmãos de diversos lugares. No ano 63,
foi solto da prisão e, possivelmente, neste período foi à Espanha. Com a
perseguição de Nero, Paulo, líder do cristianismo, foi condenado a morte.
Prenderam-no e levaram para fora da cidade onde o decapitaram.
Provavelmente seu martírio deu-se no ano 67.
Pedro – o apóstolo: não viveu 25 anos em Roma, como
afirma a igreja papal. Pedro foi martirizado no mesmo ano que o apóstolo
Paulo. Segundo a tradição foi crucificado de cabeça para baixo para não
morrer como o seu mestre.
João: o apóslolo, foi exilado em Patmos, como o imperador
Domiciliano foi assassinado por seu mordsomo. João pôde voltar para
Éfeso.
Timóteo: um dos principais líderes do cristianismo, foi morto
também pelas perseguições vorazes.
O culto na igreja primitiva eram reuniões feitas em casas
particulares por não poderem construir templos, devido a pobreza dos
crentes. Os cultos eram dirigidos conforme o Espírito Santo movesse na
hora. Não existiam regras para celebração dos sacramentos. Havia dois
tipos de cultos: o culto de oração e os cultos de festa de amor ou da
fraternidade.
No 1º século não havia credos ou declarações formais de fé. O
credo dos Apóstolos só apareceu no 2º século. Eles criam em: Deus o pai,
em Jesus como Filho de Deus, o salvador, no Espírito Santo de cuja

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presença estavam cônscios. Criam no perdão dos pecados. A base ideal


moral era o ensino de Jesus sobre o amor a todos os homens.
Criam na volta de Jesus
Infelizmente haviam influências que influenciavam igreja
primitiva e os conduziu a alguns erros. Os judaizantes queriam unir a lei
com a graça e ensinavam que todos deveriam guardar a Lei. Os Gnósticos
(doutrinas judaicas, cristãs e pagãs) sua doutrina principal: Negavam que
Cristo houvesse vindo à terra em pessoa; negavam a sua humanidade,
criam que Cristo tinha vindo como um ser celestial e acreditavam que a
salvação era adquirida através do conhecimento.
O governo da igreja primitiva era assim distribuído: os
apóstolos constituíam pastores, presbíteros e anciãos nas igrejas locais,
os assuntos doutrinários eram resolvidos pelas assembléias ou pelos
apóstolos, os assuntos de ordens administrativas eram resolvidos na
igreja local, quando estes eram locais.
O ministério da pregação e do ensino era feito pelos profetas
e mestres ou doutores. Os apóstolos pregavam, ensinavam e criavam
igrejas, entre os profetas e mestres haviam algumas mulheres. Os anciãos
ou bispos tinham o encargo do pastorado local, da disciplina e dos
negócios econômicos. Os diáconos cuidavam da beneficência, filantropia,
etc. Os presbíteros cuidavam da mesa do Senhor e pregavam na ausência
do apóstolo, profeta ou mestre. Eram escolhidos pelas igrejas e
reconhecidos pelos apóstolos.
Durante este período o Império Romano alcançou o seu
apogeu, no governo de Trajano, de 97 a 117. Depois de 117 o império
começou a demonstrar sintomas de decadência. Suas causas foram:
O imperador Trajano (98-117), considerado imperador cristão,
sustentou a religião do Estado como medida política, colocou-se em
oposição às revoltas violentas contra os cristãos.
Adriano (117-138) não acreditava nas religião popular, tendo
revelado grande interresse pelas religiões estrangeiras, embora

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sustentasse a religião do Estado como medida política. Em seu reinado


houve perseguição aos cristãos.
Antônio Pio (138-161) foi um dos mais sábios imperadores.
Influenciado pelo fanatismo do povo que atribuia aos cristãos
todos os males como: pestes, fome, incêndio, etc, moveu constante e cruel
perseguição à igreja.
Marco Aurélio (161-180) conhecido como imperador filósofo,
ainda que procurasse governar com justiça, em seu reinado moveu
poderosa perseguição contra os cristãos, sendo superado somente pela
perseguição de Nero. Neste governo os homens procuravam saber e
conhecer porque os cristãos eram assim perseguidos, o que foi uma
poderosa propaganda ao cristianismo, fazendo-o desenvolver-se mais.
Cômodo (180-193) apesar de sua crueldade e espírito
vingativo, sofreu a influência de sua concubina preferida Márcia e tolerou
os cristãos mais do que seus antecessores.
Sétimo Severo (193-221) em seu governo muitos cristãos
foram queimados, degolados, crucificados e isto de forma constante. Por
volta de 202 Clemente foi obrigado a abandonar a ciodade e o pai de
Orígenes sofreu o suplício.
Caracala (211-217) pouco se sabe do governo de Caracala,
mas sabe-se que este imperador tolerou o Cristianismo.
Heliogábalo (218-222) quando subiu ao trono era sacerdote
do culto siriaco, que consistia na adoração ao sol. Convergiu todos os
seus esforços para fundir o Judaísmo, Samaritanismo, Cristianismo e a
religião do Estado em um só sistema, mas que predominasse a adoração
ao sol. Apesar de não conseguir seu intento tolerou os cristãos.
Alexandre Severo (222-235) foi bastante favorável ao
Cristianismo, influenciado por sua mãe, que tinha aprendido com
Orígenes preciosas lições sobre os verdadeiros princípios cristãos.
Décio Trajano ( 249-251) era um soldado italiano que foi
levado ao trono pelo exército. Tomou como norma política a reabilitação

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da religião do Estado e a supressão do cristianismo pelo extermínio de


seus líderes. Decretou que os cristãos se conformassem com a religião do
Estado e participassem de seus ritos e cerimônias. Os fiéis sofreram os
mais diversificados tipos de perseguição: confisco de seus bens, exílio,
prisões, trabalho forçado nas minas, execução pelo fogo, devorados por
animais ferozes, mortos pelo fio de uma espada.
Valeriano (253-260) no princípio de seu governo foi
benevolente aos cristãos. Devido a certas calamidades que ocorreram no
reino decretou um édito mais rogoroso do que o de Décio.
Cipriano, bispo de Cártago. Sixto, bispo de Roma e outros de
grande influência, foram mortos e muitas igrejas foram destruídas.
Galiano (260-268) favoreceu aos cristãos, restituiu seus
propriedades, fez voltar os exilados e proibiu as perseguições. Neste
período de paz os cristãos procuraram recompor suas forças e
aperfeiçoaram a organização da igreja, porém, neste tempo entrou na
igreja o mundanismo com o seu cortejo de calamidade e ruínas. Entraram
muitos pagãos com suas doutrinas e hábitos que causaram divergência e
fraqueza no seio da igreja.
Diocleciano (284-305) subiu ao trono por proezas militares.
Sustentou para fins políticos a religião do Estado insuflando uma cruel
perseguição aos cristãos, não obstante terem sido cristãs, ao que tudo
indica, Orisca e Valéria, sua esposa e filha.
O palácio de Nicomédia foi incendiado por duas vezes e os
cristãos foram acusados de incendiários como de costume, por todas as
partes do império foi divulgado um édito real que ordenava: derrubar os
templos, queimar as Escrituras, desprestigiar os que ocupavam posições
honrosas, privar da liberdade os que insistissem em ser fiéis ao
cristianismo.
Constantino (306-337) auxiliou e protegeu os cristãos sem
prejudicar suas conveniências, promoveu a liberdade cristã do culto para
todos os que desejassem, tendo o seu completo apoio. Constantino venceu

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a outros imperadores concorrentes com ele e decretou a vitória a favor do


Deus dos cristãos. Em 313, ele e Licino, seu companheiro, estabeleceu a
liberdade religiosa, colocando o cristianismo com os mesmos direitos das
demais religiões dentro do império. Constantino se mostrou favorável
fazendo ofertas, ajudando na construção de templos, mantendo alguns
ministros da igreja, chegou a professar o cristianismo e procurava viver
vida cristã, porém somente na véspera de sua morte aceitou o batismo.
OS APOLOGISTAS (DEFENSORES INTELECTUAIS DO
CRISTIANISMO)
Na fase de escrituração da igreja, seguida e perseguida por
tantas perseguições surgiram os defensores intelectuais do cristianismo,
os chamados Apologistas: Policarpo, Aristides (uma das primeiras defesas
apresentadas ao público e é apreciada como uma das mais nobres defesas
do cristianismo. Justino Mártir (escreveu diversos tratados tentando
explicar o porque do cristianismo). Tertuliano (influente em sua época
dedicou-se inteiramente ao cristianismo, zelando pela fé cristã). Orígenes
(escreveu muitos livros e tratados em defesa do cristianismo e alguns
comentários de livros da Bíblia). Houve outros apologistas, porém não tão
famosos quanto os já citados. Em geral os apologistas dirigiam seus
tratados aos imperadores, com o propósito de defenderem o cristianismo.
Nesta época a vida cristã era ascética e legalista. Ascética
porque procuravam maltratar seus corpos através de jejuns, afastamento
da sociedade, orações, etc., com o propósito de obterem a santidade ou a
aproximação de Deus. Legalista porque faziam para si as leis e normas e
procuravam se enquadrar nelas. Os legalistas oravam muito e jejuavam,
tinham dias marcados para seus jejuns e davam esmolas regularmente, a
liberdade cristã ensinada por Paulo foi substituída por certas regras.
Lá para o fim do século II a igreja se achava muito deturpada,
era caracterizada pelo sincretismo, um sistema filosófico que pretendia
conciliar várias doutrinas diferentes. Surgiu a crença de que o batismo
lavava pecado e começou a desenvolver-se a doutrina da

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transubstanciação. Por causa da influência dos gnósticos, os líderes da


igreja fizeram um credo, o credo primitivo, conhecido como o credo dos
apóstolos, o qual era ensinado aos catecúmenos (irmãos novos na fé) que
estavam sendo instruídos para serem batizados.
A palavra católico significa “universal” e foi usada pela
primeira vez por Inácio. Como o propósito era o de organizar no segundo
século, surgiu uma organização que recebeu o título de católico. Diversas
igrejas se uniram a esta organização. Todas as igrejas que uniram
receberam o mesmo nome, a mesma doutrina e a mesma forma de
governo. As igrejas que não uniram, seriam conhecidas como hereges.
Meados do segundo século, já era costume estabelecido ter o
Dia do Senhor, uma reunião para leitura da Palavra, oração, cânticos dos
salmos e hinos e pregação, todo o trabalho se encerrava com a Ceia do
Senhor. Como o domingo era o dia comum de trabalho, as reuniões eram
realizadas bem cedo, sendo que a primeira parte dos serviços tinha o
caráter público, porém na segunda parte quando seria ministrado os
sacramentos, a participação era exclusiva aos crentes.
No fim do século II e começo do III, começaram a aparecer
algumas formas litúrgicas. Surgiram fórmulas para orações, Liturgias ou
expressões, gestos e ordens de culto.
Ao final do segundo século, o batismo já era realizado com um
ritual elaborado. Surgiu a crença de que o batismo lava pecado. A Ceia do
Senhor era celebrada com certa forma litúrgica. No terceiro século a Ceia
tomou um duplo significado: A Ceia era considerada um sacramento em
que Cristo estava presente, de sorte que o comugante tinha uma
comunhão pessoal com Ele. Era considerada como um sacrifício que
movia o sentimento de Deus a favor dos comugantes e daqueles por quem
estes orassem.
A reforma protestante foi feita pelos:
1. Os montanistas (135-160), na Frígia, fundado por Montano.
Não era uma nova doutrina e sim a volta à igreja primitiva, em oposição à

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corrupção, em seus princípios básicos ou às raízes doutrinárias. Se


opuseram à hierarquia e sustentavam o sacerdócio universal de todo o
crente. Combateram as inovações na igreja produzidas pelas escolas
heréticas, todavia eles mesmos foram inovadores introduzindo o
ascetismo. Suas doutrinas proeminentes: abstinência absoluta do
casamento, rejeitavam o segundo casamento, prática diária de jejuns,
santificação pela proximidade do fim do mundo.
2. Os Novacianos: seguiam o mesmo sistema do montanismo,
com a diferença quie reijeitavam as manifestações espirituais como o
falar línguas, profetizar, ministério dos milagres, etc. Ensinavam que
aqueles pessoas que negavam a fé por causa das perseguiições teriam
que ser rebatizadas para demonstrarem o arrependimento. Apesar de
serem excomungados os novacianos expandiram-se no império, dividindo
igrejas e fundando outras.
3. Os Donatistas: seguiam a mesma linha que os montanistas
e novacianos seguiram. Surgiram em Cártaga, África, durante a
perseguição de Diocleciano. Soferam penosa e cruel perseguição por
parte da igreja. Agostinho os combateu aconselhando sua supressão.
Argumentos dos donatistas: Argumentavam que o caráter do ministro não
afeta os seus atos oficiais. Todos os atos da igreja são válidos, ainda que
seus ministros sejam indignos. Persistiram até o sétimo século quando
foram extintos juntamente com grande parte do cristianismo pela invasão
dos maometanos.

A IGREJA ANTIGA (SEGUNDO PERÍODO) 313-590 D.C..


A partir do ano 323. Constantino passou a governar com
maior prudência e sabedoria. Transferiu a capital para Constantinopla.
Depois dele houve divisões no poder até Teodósio, que já governava o
Oriente e obteve o poder romano em todo o mundo. Depois de Teodósio
dividiu-se o governo em duas linhas gerais, uma no oriente e outra no

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ocidente, com capitais em Constantinopla e Roma, respectivamente. O


império se desfacelava internamente por causa dos constantes ataques
bárbaros. Em 410, os visigodos saquearam Roma, sob as ordens de
Alarico. Estabeleceram um reino na Espanha, França e Alemanha. Em
476, o general germânico, Odocro, destronou Rômulo Augustos, o último
imperador no ocidente e ocupou o governo. Cai o Império Romano. Nunca
mais surgiu um governo forte como o Império Romano e a Europa caiu
em desgraça, miséria e caos. O governo oriental durou pouco até que caiu
nas mãos dos maometanos.
MARTINHO DE TOURS
Era bispo de Tours, na França central. Homem dotado de
grande eloquência e capacidade intelectual, fortaleceu o cristianismo por
seu incansável labor. Foi bastante auxiliado por discípulos de um
mosteiro que ele mesmo fundara.
UFILAS
Realizou um extraordinário trabalho entre os visigodos.
Traduziu a Bíblia para a língua deles, preparando um alfabeto
apropriado. Atraiu um grande número de pessoas de todos os tipos por
meio de: obras filantrópicas nas igrejas, trabalhos nos hospitais,
orfanatos e hospícios para estrangeiros, auxílio às viúvas e aos pobres.
A CRISTIANIZAÇÃO DOS FRANCOS
Nessa época as tribos germânicas tinham infestado a Europa
em busca de terras. A obra missionária penetrou no meio das tribos e
Clovis foi o primeiro rei dos francos a converter-se ao cristianismo.
Clovis casou-se com uma cristã chamada Clotides. Pela
influência de sua esposa abandonou o paganismo e aceitou o
Cristianismo, obrigando seus súditos a seguirem seu exemplo.
Em 496, no dia de natal, Clovis e mais 3 mil de seus súditos
foram batizados. Desta maneira a mais poderosa tribo germânica foi
cristianizada.

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Verificou-se na história que estas conversões eram


superficiais. A maioria dos que entravam para o cristianismo eram pagãos
inconversos e isto trouxe uma terrível queda moral. As pessoas se eram
ensinadas quanto ao dever depois de estarem na igreja e muitos não
estavam dispostos a pagar o preço exigido na época, pois havia confissões
públicas, penitenciais, jejuns, orações e excomunhão para as faltas mais
graves, etc.
MONAQUISMO
Nesta época o monaquismo já estava em pleno
desenvolvimento, pois os cristãos sinceros e zelosos estavam insatisfeitos
com a vida espiritual que levavam e nos mosteiros parecia que achariam
a solução. Era uma forma de vida que estava destinada a se tornar uma
das mais poderosas forças na história do cristianismo. O que levou
milhares de homens a se tornarem monges foi o imenso desejo de
salvação. Criam que encontrariam a salvação através:
Separação da sociedade. Fugir à vida comum, pois a mesma
nos leva a corrupção moral. Acreditavam que havia maldade dentro da
igreja, por este motivo sopravam-se no mosteiros. Para fugir das
basbaridades do mundo, como a guerra, destituições e outros, e ainda
levar uma vida espiritual, o único caminho era o da vida monástica: era o
pensamento da época.
Abnegação: deveriam negar os desejos tais como: comer,
dormir, casar, etc. No oriente a vida era bastante ascética. Os monges
vivam como ermitões. Moravam em lugares extremamente desertos e
levavam uma vida solitária. Viviam em pobreza e eram considerados
santos. No ocidente, a vida monástica tomou forma um pouco diferente e
não era tão ascética quanto no oriente, tendo acesso inclusive às
mulheres. No oriente o monge era solitário, no ocidente os monges viviam
em comunidades e nos mosteiros.

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Geralmente a vida monástica era social, uma vida de


irmandade, de fraternidade, em que todos os bens eram distribuidos
uniformemente e quase todas as coisas eram feitas em comum.
A REGRA BENEDITINA
Em 529, em Monte Cassino, Itália, Bento de Nursia
organizava a primeira ordem a ser aplicada nos mosteiros que ficou
conhecida como Regra Beneditinma. Como muitas pessoas entravam para
os mosteiro e neles não havia uma ordem que os regulamentassem, e os
excessos começaram a aparecer, esta regra veio a levantar a moral dos
monges que tinham se degradado. Era um sistema de ordenações para os
mosteiros, sendo usado por quase todos eles.
Os principais elementos de regra eram: O voto de ser monge
era perpétuo. O iniciante tinha que abandonar todas as propriedades e
bens para levar uma vida pobre. Juravam obediência absoluta aos
superiores. Faziam voto de viver em silêncio.

CONTROVÉRSIA ARIANA
Ario era presbítero de Alexandria, onde gozava grande
influência por sua vida ascética. Foi educado em Antióquia. Os arianos
sustentavam que o Logos foi a criação de Deus, e que existiu antes da
encarnação, embora não fosse eterno, criou tudo (inclusive o Espírito
Santo), tornando-se por isso digno de adoração ainda que não fosse Deus
e nem revelasse perfeição.
Cristo não era Deus e nem homem, e sim um intermediário
entre Deus e o homem. Esta controvérsia cristológica promovida por Ário,
perdurou por quase um século, sendo debatida em Alexandria, Nicéia,
etc. O principal oponente de Ário, foi um jovem diácono de Alexandria,
Atanásio, que por sua influência e partido ortodoxo vence o arianismo em
325. No Concílio de Nicéia, em 325, foi declarado que o Cristo era da
mesma essência do Pai. Houve ainda muitas divergências acerca desta

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controvérsia, porém ficou estabelecido que Cristo é divino e não


meramente um ser criado e eterno.
JERÔNIMO
Nasceu em Dalmácia, por volta de 340, filho de pais cristãos.
Em 325 converteu-se e foi batizado pelo bispo de Roma. Tornando-se
monge dirigiu-se para um deserto perto de Antióquia, depois voltou à
Roma, onde exerceu grande influência no cristianismo romano. Era um
entusiasta da vida monástica e influenciou várias mulheres ricas a se
emquadrarem na vida monástica, deixando suas posições. No ano 385 foi
viver na sela do mosteiro em Belém e nesta cidade fundou vários
conventos para mulheres e um para homens, permanecendo ali até o ano
420, quando morreu. Sua principal obra foi a tradução da Bíblia do
hebraico para o latim, aparecendo assim a primeira tradução no latim da
Bíblia. Foi a versão mais usada na Idade Média, é conhecida como a
“Vulgata”. Jerônimo escreveu ainda vários tratados sobre: Teologia, vida
monástica, apologias, etc.
AGOSTINHO
Nascido a 13 de novembro de 354, em Tagasta, Argélia,
África. Sua mãe Mônica, era uma crente fiel e seu pai Patrício, pagão. Em
sua juventude, Agostinho levou uma vida moral muito desequilibrada,
sendo que aos 17 anos já vivia com uma jovem, da qual teve um filho.
Encontramos Agostinho aos 30 anos como professor de oratória e retórica
na faculdade de Cártaga, demosntrando o grau de sua inteligência, cuja
característica herdou de sua mãe. Saiu da África rumo a Roma, afim de
ensinar em Milão, e neste lugar foi tremendamente abalado pelas
pregações de Ambrósio, bispo de Milão. Movido pela pregação, Agostinho
começou a estudar a Bíblia. Certo dia uma criança do vizinho pegou um
livro e deu-lhe, e ele leu em Rm. 13:13-14. A leitura falou-lhe diretamente
em seu problema, e deste momento em diante começou a se dedicar a
Deus. No ano de 37, Agostinho foi batizado por Ambrósio e tornou-se um
grande mestre da igreja ocidental, destacando-se muito nos campos

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tecnológicos e filosóficos. Foi o primeiro a desenvolver certos


pensamentos teológicos. Deu início a doutrina da predestinação, que mais
tarde foi esquematizada e sistematizada por Calvino.
Alguns pensamentos filosóficos de Agostinho: A expectação
das coisas futuras estão em nossa alma, logo o futuro é presente. As
coisas passadas ainda são, pois sua recordação dura em nossa alma.
Obras escritas por Agostinho:
Confissões – uma exposição de sua vida, especialmente de sua
juventude.
Cidade de Deus – aproveitou-se de acontecimentos com a
queda de Roma para ilustrar este livro. A falha dos deuses protetores de
Roma por ter deixado o império cair. Ele envolve o reino de Deus em
conflito com o reino do Diabo e a vitória final de Deus e seu reino ou
cidade.
No ano de 395 tornou-se bispo de Hipena, uma das cidades
mais importantes da África, onde passou 35 anos. Agostinho é conhecido
como um dos maiores teólogos da Igreja Católica, sendo canonizado após
sua morte.
PELÁGIO
Era um moge britânico que por volta do ano 400 foi morar em
Roma. Se destacou por sua heresia a respeito do pecado original. Sua
teologia baseava-se em: Não existe o pecado original, apenas uma
imitação do pecado de Adão. Todo o homem agora tem poder e dever de
viver sem pecar. A justificação é somente por meio da fé. O pecado de
Adão prejudicou somente a ele e não ao gênero humano. O homem pode
ser salvo tanto pela lei como pelo Evangelho e que a necessidade de um
novo nascimento é simplesmente uma imaginação piedosa.
COLÉSTO
Coléstio foi o discípulo imediato de Pelágio e ele sistematizou
de uma maneira mais categórica a doutrina pelagiana, da seguinte forma:

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Adão foi criado mortal e de qualquer modo morreria, mesmo


que não tivesse pecado.
O pecado de Adão só fez dano a ele e não ao gênero humano,
As criancinhas estão no mesmo estado de Adão antes de pecar. Nem pela
morte, nem pelo pecado de Adão morre todo gênero humano, assim
como, nem pela morte a ressureição de Cristo todos ressuscitam.
A lei conduz ao Reino de Deus tanto quanto a graça. Mesmo
antes da vinda do Cristo, haviam pessoas salvas na terra.
OS BISPOS METROPOLITANOS
Por volta do ano 400, os bispos das capitais províncias da
Itália se tornaram mais importantes do que os demais bispos. Os bispos
dos principais centros foram chamados de metropolitanos e exerciam a
superintendência em suas dioceses sobre os demais bispos. Os bispos
metropolitanos eram os bispos de Roma, de Constantinopla, de
Alexandria, de Antióquia, de Jerusalém. Somente uim bispo era do
Ocidente, os demais eram do Oriente. O bispo de Roma mais tarde
recebeu o título de Papa, e os demais de Patriarcas.
Os bispos de Roma e Constantinopla se sobressaíram sobre os
outros, estabelecendo dois centros eclesiástico: Roma e Constantinopla.
Geralmente a igreja acreditava que os primeiros bispos foram escolhidos
pelos apóstolos. Esses receberam o Espírito Santo e dom de cuidarem da
igreja e por esta razão só eles tinham a fé pura e original. Ensinaram que
somente na igreja existia salvação.
Os fatos que contribuíram para o fortalecimento do bispo de
Roma era que ele era o bispo da capital do mundo. Nas disputas
eclesiásticas sempre se apelava para o bispo de Roma, o que tornara um
costume. Todos estavam crentes da sucessão petrina: O bispo de Roma
era o sucessor de Pedro.
A IGREJA NESTORIANA
O movimento chamado nestoriano surgiu em Constantinopla
em 428, tendo como fundador o patriarca de Constantinopla. Nestório

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que combateu o termo “mãe de Deus” aplicado a Maria e entrou em


disputa quanto a natureza de Cristo. Afirmava que as naturezas de Cristo
agiram com harmonia e tão distintas como uma personalidade dupla.
Declarava que Cristo era Deus e homem e não Deus-homem. No século V,
por volta do ano 433, foi excomungado e banido como herege. Organizou
a Igreja Nestoriana e no ano 498, recebeu o título de patriarca do oriente.
A princípio esta igreja desenvolveu-se tremendamente na Ásia.
A IGREJA MONOFISISTA
Foi um movimento reacionário contra o nestorianismo.
Eutiques, de Constantinopla, pregou a divindade de Cristo, negando que
ele tivesse duas naturezas. No concílio de Calcedônia foi debatido a idéia
de Eutiques e ficou resolvido que Cristo possuía duas naturezas
completas e sem mistura em uma pessoa, porém inseparáveis. Foi
ordenada uma perseguição aos seguidores de Eutiques para que fossem
banidos e suas obras queimadas. Uma última oportunidade de
reconciliação entre os partidos nestorianos e monofisistas, resultou no
cisma entre os bispos de Roma e Constantinopla.
JOÃO CRISÓSTOMO (345-407)
No ano de 376 foi eleito presbítero de Antióquia, e em 398 foi
nomeado arcebispo de Constantinopla. Proibiu a confraternização entre
fiéis e eclesiástico, os monges ociosos eram severamente repreendidos.
Foi muito perseguido por suas atitudes, chegando mesmo a comparacer
diante dos tribunais eclesiástico e civis. Quando pretendiam matar em um
deserto, morre na viagem. Ficou conhecido como o “Boca de Ouro” por
causa de sua eloquência.
A IGREJA NO INÍCIO DA IDADE MÉDIA (590-1073)
Consquista na Europa Ocidental. Um período cheio de
guerras, barbarismos, confusões, etc. O norte da Itália foi conquistado
por uma das tribos mais rudes entre as germânicas, os lombardos. Os
piratas escandinavos, normandos e os dinamarqueses assaltavam as

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costas do Mediterrâneo e do Atlântico. Os normandos apoderaram-se de


territórios na França e no sul da Itália e em 1066, conquistaram a
Inglaterra. Os franco aumentaram os seus domínios no norte da França e
no oeste da Alemanha.
Conquistas Muçulmanas. Os árabes, inspirados por sua
nova religião, avançavam destemidamente numa arracanda incrível. O
maometanismo teve como fundador a Maomé (371-632). A expansão
maometana tinha o caráter religioso e militar. Maomé ensinou que a
religião de Alá deve ser implantada ainda que seja através das armas,
pois a espada é a chave do céu e do inferno e por ele se alcança e se
impõe a salvação da humanidade. As igrejas do oriente sofreram muito
com as conquistas maometanas tendo enormes prejuízos que nunca
conseguiram recuperar. Os maometanos avançaram pelo Oriente e
conquistaram vastas áreas da Europa, como Portugal e Espanha. A
investida maometana foi barrada em Tours, na França, por Carlos Martel.
Apesar da resistência feita por Carlos, os maometanos ainda sustentavam
grande parte da Europa sob seu domínio, inclusive o tráfego do
Mediterrâneo. Seguiu-se na Europa um período de anarquia e de
desordem. Dirigidos por homens incapazes de manter a ordem e a justiça.
O Império de Carlos Magno. Com a morte de Carlos Martel,
ficou em seu lugar seu filho Pepino, o Bravo. Pepino foi favorável a igreja
com a morte de Pepino império foi dividido em duas partes: Carlos Man e
Carlos Magno. No ano 771, morre Carlos Man, começando o grande
inpério de Carlos Magno, cujo esplendor durou até 814. Carlos Magno
era chamado de diferentes modos: pelos francos de Carlos Magno, pelos
germanos de Carlos, o grande, foi coroado com o nome de Carlos
Augustos. Coroado no ano 800, na cidade de Roma, em dia de Natal, pelo
Papa Leão X. Carlos conquistou quase toda Europa e com suas conquistas
e coroação foi considerada a restauração do império romano caido desde
476. Carlos Magno se destacou como: legislador, conquistador,
reformador, protetor do Cristianismo. Após sua morte o império começou

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a decair. Ludovico Pio, seu filho, era um bom homem, porém sem
capacidade administrativa e dividiu o reino entre seus três filhos: Lotario,
Luiz e Carlos, o Calvo. O império foi dividido em três partes através do
tratado de Verdum.
O Santo Império Romano. Com a divisão do império entre
os descendentes de Carlos Magno, o império desapareceu, seguindo uma
série de lutas internas, civis e eclesiásticas. No século X, surgiu um
grande imperador germânico, Oto I e conquistou grande parte do Império
Romano. O Império fundado por Oto I foi chamado de o Santo Império
Romano. Este Império viria a ser a maior expressão do poder político da
Idade Média. Recebeu o nome de Santo Império porque tinha
características políticas e religiosas. Segundo a mentalidade da época, o
reino de Deus na terra tinha dois representantes: o imperador para os
negócios seculares, o Papa para reger os negócios eclesiásticos.
A IGREJA
1. Sua Extensão.
O Papa Gregório I, enviou 40 missionários italianos para a
Inglaterra, depois enviou outro grupo para a Escócia. Com a prática de
enviar missionários a locais ainda não cristianizados, a igreja tomou um
grande impulso.
2. Bonifácio.
Foi um monge enviado como missionário a Alemanha e a
Turquia, por seu grande trabalho de reconquista realizado por ele na
Alemanha ficou conhecido como o “Apóstolo da Alemanha”, em Roma foi
nomeado como missionário papal, jurando fidelidade ao Papa e a Igreja.
Através de seu trabalho milhares de pagãos se converteram e os monges
da Irlanda aceitaram a autoridade papal que haviam rejeitado. Seu
ministério foi atacado com muita força as atividades mundanas e aplicado
uma severa disciplina ao clero. No ano de 754, se dirigiu aos francos
numa viagem missionária e em meio ao caminho foi assassinado.

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3. Ansgar.
Nasceu em 801, numa diocese de Amiens, França. Entrou
para a vida manástica ainda muito jovem e procurou viver uma vida
exemplar. Em 826, Haroldo, rei dos dinamarqueses e sua esposa
visitaram o imperador Luiz, o Pio e foram batizados com muita pompa. De
volta ao seu país, este rei leva consigo dois monges: Ansgar e Amberto. O
segundo ficou doente e teve que voltar a França. O rei dinamarques, por
ter abraçado o Cristianismo, perde os eu apoio e logo á deposto, tendo
que se refugiar na França. Ansgar evangelizou a Dinamarca e a Suécia e
dentro de dois séculos ambas se tornaram nominalmente cristãs. Ansgar
recebeu o título de “Apóstolo do Norte”.
4. Oe métodos missionários católicos, diferentes dos métodos
protestantes nos seguintes aspectos:
Conceitos da Igreja: missionário católico é considerado igreja;
aonde ele chega, chega a igreja, enquanto que o missionário protestante
vai para formar a igreja.
Conceito quanto ao ensino: os missionários católicos
preocupam-se em ensinar a tradição romana, enquanto que os
missionários protestantes preocupam-se em ensinar aos membros da
igreja a Palavra de Deus.
Conceito quanto a conversão: os missionários católicos
batizam os indivíduos crendo que o batismo salva, daí batizarem crianças
para não morrerem pagãs. Já os missionários protestantes batizam as
pessoas quando estas dão testemunho de uma pessoa realmente salva por
Cristo.
5. O Feudalismo.
Dá-se o nome de Feudalismo, ao governo político da Idade
Média, cujo poder se encerra nas mãos dos reis, dos grandes vassalos e
nos pequenos senhorios. Este sistema político social desenvolvido na
Idade Média, consistia em que o rei outorgava territórios aos seus

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vassalos e esses por sua vez podiam transferir e repartir as terras a


senhores menores que nelas trabalhavam. Era também um sistema
militar. Os vassalos tinham que mandar os jovens para prestar serviço
militar, como preparo a fim de previnir ataque de um país vizinho ou
mesmo de um outro feudo. Nominalmente o rei era o soberano de todos,
porém na prática havia uma independência e poucos eram os que
prestavam obediência ao rei. A Igreja nesta época conquistou vários
territórios, o que veio muito a contribuir para o fortalecimento da igreja
posteriormente, tornando-se a mais soberana da Europa.

ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
O soerguimento do papado se deu com Gregório I. Conhecido
como Gregório, o Grande, foi um dos maiores papas que a igreja já teve.
Era um homem muito intelectual e de uma capacidade administrativa
extraordinária, cheio de sonhos para o cristianismo. Se destacou muito na
escritura de tratados religiosos, conseguiu o reconhecimento da
superioridade de Roma sobre toda a igreja. Desenvolveu a obra
missionária entre os pagãos enviando diversos missionários a locais a
serem cristianizados. Reconhecia o direito do bispo de Roma, porém
recusou ser chamado bispo universal ou papas. Fez com que o culto
segusse o ritual romano.
Causas do desenvolvimento do papado em Roma foram pelo
fato de ser o único poder na Europa Ocidental. O Papa era o único
representante de um governo permanente. Os Papas exerciam a justiça.
Muitos deles (bispos e papas) governavam política e eclesisásticamente,
sustentavam o império, defendiam cidades, ampliaram os territórios, etc.
Os falsos decretos eram uma coleção de documentos que davam
autoridade aos bispos de Roma. Os bispos de Roma, segundo estes
documentos, sempre tiveram o exercício do poder em toda a igreja.
Nicolau foi o primeiro a fazer uso destes documentos para fortalecer o

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seu império papal. Os falsos decretos foram mais tarde incorporados nos
dogmas de igreja romana. As missões contribuíram em grande parte para
o soerguimento do poder de Roma. Os missionários eram encarregados
de tornar as terras conquistadas obedientes a Roma. Assim como
conquista para o cristianismo era uma conquista para o Papa se
fortalecer mais e mais.
O avanço do Islamismo se deu. As conquistas islâmicas muito
contribuíram para o fortalecimento do império papal com suas conquistas
na Ásia e no Oriente.
Com a chegado dos maometanos, três dos grande bispos
cairam: de Alexandria, Jerusalém e Antióquia. A religião maometana,
inimiga tremenda do cristianismo, ajudou a enfraquece-lo no oriente,
abalando toda a sua estrutura. Enquanto isso no Ocidente a igreja se
fortaleceu por meio de missões e outros.
A separação do Oriente e do Ocidente, as causas desta
separação foi a diferença de raça, cultura, tradição, etc. Estabelecimento
de dois governos: um em Roma e outro em Constantinopla. A pretensão
crescente do Bispo de Roma, não era reconhecida deplo Patriarca de
Cosntantinopla. O primeiro rompimento deu-se no ano 867, quando por
causa de uma desavença entre o papa e o patriarca, sendo que o segundo
declarou o primeiro deposto. Esta veio a ser a causa imediata da
separação. Deste momento em diante surgiu a Igreja Grega e a Romana.
O CRISTIANISMO EM LUTA CONTRA O PAGANISMO
A atitude do simperadores de tornar o cristianismo religião da
moda. O decreto de Teodósio, que obrigava a todos os seus súditos a
prefessarem o cristianismo. Automaticamente a igreja ficou cheia de
cristãos pagãos, que com o passar do tempo, veio a corromper e a
declinar a igreja moral e espiritualmente, inclusive o próprio clero
degenerou-se. A maioria dos sacerdotes era constituída de criminosos e
foragidos e alguns subiram ao clero sem ordenança.

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Os bispados eram cosiderados propriedades particulares.


Desenvolveu-se a simonia (venda de cargos eclesiásticos), estabelecendo
em alguns casos, preços fixos.
A corrupção do clero com embriaguez e adultério eram os
maiores pecados de um clero que tinha apodrecido até a medula. Alguns
ocupantes da cadeira papal foram cúmplices de toda sorte de crimes.
Durante anos uma família de mulhers prostitutas dominou a cadeira
papal, colocando e depondo a quem queria. Nesta época subiu ao trono
papal uma mulher do nome Joana que se denominou João. Descobriu-se o
fato porque ela contraiu uma gravidez, desmaiando em frente a multidão
na praça de S. Pedro. Nos mosteiros, monges e freiras foram arrastados
pela decadência moral desta época.
A vida monástica possuía dos lados: um lado positivo e um
lado negativo. O lado positivo contava com heroismo, negação de si
mesmo, zelo pelos conhecimentos sacros, cultivo de letras, simplicidade
de vida, entusiasmo missionário, virtude religiosa, moralidade, etc. O lado
negativo era composto por indolência, luxo, torpeza, vícios, ignorância,
imoralidade, licenciosidade, prostituição, nascimentos ilícitos,
infanticídios, etc.
O culto refletia a influência pagã. O Deus revelado por Cristo
já não era o único objeto de adoração, o culto era agora, um culto pagão.
Surgiu a mariolatria. Desde o início Maria era considerada a
mais honrada das mulheres. Nas controvérsias sobre a divindade de
Cristo, quando ficou provada a sua divindade, aumentou ainda mais o
conceito de Maria acerca de sua superioridade. O culto a Maria tinha
caráter de paganismo: o culto à grande mãe iniciou-se na Mesopotâmia
(Jr. 7:18), nos tempos primitivos da história humana e desenvolveu-se até
a cidade de Roma, sendo absorvido pelos cidadãos romanos. Com os
decretos dos imperadores, obrigando-os a aderirem ao cristianismo,
introduziu-se na igreja o culto a grande mãe. Este culto foi tomando
forma com o tempo e no IV século estava no seu auge. Maria era mais

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venerada do que o próprio Jesus e ultrapassou a todos os santos.


Transformou-se em doutrina na igreja a virgindade de Maria após a sua
conceição e a sua ascensão ao céu, sem participar da morte física.
Instituíram a Maria várias festas como: a festa da anunciação, a festa da
purificação, a festa da ascensão de Maria e a festa de seu nascimento.
Certas pessoas tinham seus santos particulares, assimilando
ao culto primitivo em que as pessoas ou famílias fabricavam ídolos do lar.
Começaram as peregrinações a lugares considerados santos. Os santos
sepulcros dos apóstolos. A Terra Santa. Todos os lugares relacionados
com Jesus. Criam que através destas viagens alcançavam o perdão dos
pecados.
Surgiu o culto das relíquias, no qual se adoravam objetos
como: cadeias com as quais os apóstolos foram presos e atormentados,
ossos dos apóstolos e coisas pertencentes a eles ou que julgavam
pertencê-los. Segundo os ensinos tudo isto era um tesouro para: curar as
enfermidades, exorcizar os demônios, revelar crimes que permaneciam
ocultos, impedir pragas e calamidades e até mesmo ressuscitar mortos.
Gregório I procurava com devoção estes objetos e contava
histórias fantásticas de seus milagres, cada igreja possuía destas
relíquias. A igreja mais famosa era a da Cruz de Cristo. Dizia-se que
helena mãe de Constantino, em 326, descobriu a cruz de Cristo em
Jerusalém. Permitiu-se que os peregrinos levassem lascas para outras
terras. Dentro de pouco tempo tinha lascas suficientes para construir
várias cruzes de Cristo. O tráfico de relíquias foi tão intenso que Teodósio
em 386 o proibiu. Festejava-se com grande esplendor a transferência dos
ossos das mártires de um lugar para outro.
A missa tornou-se o centro do culto, substituindo a Cristo e
era considerada um sacrifício oferecido pelos pecados do mundo.
A doutrina da transsubstituição chegou ao seu apogeu.
Surgiu o culto do terror. Ensinavam que o mundo estava
repleto de demônios, cuja obra principal era a de atormentar os crentes e

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o povo. Para se verem livres deles tinham que apelar para os santos e
para o poder miraculoso das relíquias.
Os ensinos da Bíblia tinha caido em total desuso dentro da
igreja e o mundanismo tomou conta da mesma.
O NOVO HORIZONTE
APÓS A IDADE DAS TREVAS OU O OBSCURANTISMO
RELIGIOSO
1. Reavivamento da vida religiosa.
A Europa depois do ano 1000. Nota-se uma mudança para
melhor, depois de dois séculos de lutas, guerras e anarquias, começavam
a surgir a ordem e a paz. Os povos germânicos já tinham estabelecidos
suas conquistas e se desenvolviam em civilização. O forte governo
estabelecido por Oto I, tinha ampliado os territórios e repelidos os
invasores do lado leste. Os normandos e os dinamarqueses, últimos
bárbaros a atacarem a Europa, tinham parado com suas investidas. Os
árabes tinham cessado suas conquistas e se fixaram no sul da Espanha.
Em suma a Europa gozava de descanso e tinha tempo para pensar.
O Renascimento. Um sopro de vida passava pelo mundo.
Apareceu um despertamento intelectual. Surgiram grandes mestres nos
mosteiros e nas escolas. Homens de letras viajavam à toda parte
pesquisando, indagando, desenvolvendo a cultura. Escreviam-se
incontáveis livros e a arte reviveu, principalmente na Arquitetura. O
Cristianismo teve sua grande oportunidade de desenvolver-se e mostrar o
seu poder.
Neste século, fundou-se o mosteiro de Cluny, na França, pelo
Duque Guilherme, o Pio.
Cluny viria a tornar-se livre de toda jurisdição episcopal ou
mundana, com um governo autônomo, porém sobre a proteção do Papa.
Suas terras estavam isentas de todos os perigos de invasão e
secularização. Adotara a regra de Santo, interpretada com grande

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severidade ascética. Cluny foi governado por uma série de abades de


notável caráter e capacidade. As influências de Clunny partiram a todas
as partes da Europa e outros foram organizados sobre o mesmo espírito e
eram controlados pelo abade de Cluny.
O Partido Reformista surgiu com o propósito de levantar a
igreja de sua decadência.
Era composto de homens treinados no zelo e na vida rigorosa
de Cluny. Seu ideal geral libertar a igreja dos laços que a prendiam aos
poderes e interesses mundanos. Sua programação: guerra santa contra a
Sinomia, grande parte da riqueza da igreja devia-se a isto, com a prática
da simonia, bispados e mosteiros possuiam enormes extensões de terras
valiosas, exatamente como os senhores feudais.
Os governadores civis tinham nas mãos o poder par indicar os
bispos e os monges para determinados cargos. A maior parte destes
governadores eram homens irreligiosos.
Os cargos religiosos eram vendidos a peso de ouro e estes
governadores os conquistavam desta forma. Tal prática era prejudicial à
vida de igreja e os homens que compravam estes cargos religiosos não
podiam ser indicados para exercerem seus ofícios pois eram indignos.
Compulsão do celibato. Atacaram a violação clerical. Embora
a lei existisse era comumente desobedecida. Criam que os sacerdotes
casados não exerciam suas atividades de maneira correta, pois visariam
em primeiro lugar os bens temporais e a preocupação com os familiares
os tirariam de sua meta originária. Promoveram uma disciplina moral no
clero. Programaram uma rigorosa purificação na vida do clero. Os
homens de vida austera odiavam a imoralidade e juraram aniquilá-la.
Como meio para atingir estes objetivos pretendiam aumentar a
autoridade do Papa e assegurar-lhe um grande poder em benefícios
restauradores.
Os Papas reformadores. Esses reformadores conseguiram sua
primeira oportunidade para conseguir seus objetivos em 1049, quando

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Leão IX tornou-se Papa. Leão IX e alguns de seus sucessores esforçaram-


se por levar avante os planos do partido reformista, conseguindo
melhorar a situação da igreja. Hidelbrando veio a ser o líder dos
reformadores e o maior de todos os papas. Era italiano de nascimento e
como monge, sofreu a influência dos monges de Cluny. Desde o tempo de
Leão IX liderava o trono papal, indicando pessoas a tomarem este cargo e
influenciando nas decisões até que em 1073, torna-se Papa. Hidelbrando
escolhia os papas, moldava a política e elaborou um grande plano de
reforma para a igreja. Por todos esses anos que esperou para subir ao
trono papal, foi dandoforma e delineando este plano, tendo maior
oportunidade de realizá-lo do que seus antecessores. Em 1073, quando se
celebrava as exéquias de Alexandre II, na Igreja de São Pedro, o povo
exclamou: “Hidelbrando! O bem aventurado Pedro escolhe Hidelbrando.”
Imediatamente os cardeais o escolheram e ele veio a ser Papa Gregório
II.
A IGREJA NO APOGEU DO CATOLICISMO (1073-1294)
O PAPADO MEDIEVAL
Hidelbrando (1073-1085) encontrou o papado enfraquecido e
humilhado e o tornou o maior poder na Europa. Foi o principal construtor
do papado da Idade Média, em sua mente se levantou um ideal pela
grandeza da cadeira pontifícia e pela Igreja que deslumbra por sua
ousadia. Planejara grandes cousas para a Igreja e agora tenta levá-las a
efeito.
Procurava livrar a igreja do controle do mundo exterior, da
escravidão, dos governos civis e dos interesses seculares. Por muitos
anos os imperadores decidiram quanto a escolha dos papas, porém
Hidelbrando mudou a história estabelecendo um colégio de cardeais para
esse fim. Aboliu a investidura secular, que consistia na indicação de
bispos, pelos reis, para dirigirem certos bispados. Nessas medidas
endossava o princípio de que a Igreja já não pode ser a verdadeira igreja
de Cristo se ela não pode escolher seus próprios dirigentes ou mestres.

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Com estas medidas foi reduzida à nada ou a quase nada a influência


imperial neste assunto.
Henrique IV levantou-se contra Hidelbrando e contra os
princípios adotados por ele, oferecendo resistência de várias maneiras.
Depois de muitas discussões Hidelbrando excomunga Henrique, o qual foi
obrigado a sujeitar-se às condições impostas pelos nobres da Alemanha.
Um avez deposto do trono, Henrique procura o Papa no castelo de
Canossa e depois de muita humilhação e de dormir algumas noites no
portão do castelo, promete submeter-se à autoridade do Papa. Os
resultados da luta entre o papa e Henrique IV depois de alguns anos de
luta. Hidelbrando venceu por meio de um compromisso moral: os bispos
seriam eleitos pelo clero e os papas os investiram em seus ofícios
espirituais. O imperador simplesmente exerceria domínio nos bispos
dentro de suas propriedades com a autoridade de chefe temporal.
Hidelbrando aboliu o casamento na igreja para os clérigos,
pois julgava que um sacerdote casado deixaria em segundo plano os
interesses da igreja. Temia perder as propriedades da igreja que estavam
na mão dos sacerdotes casados, pois caso estes viessem a falecer, os seus
filhos poderiam herdá-las. Queria uma vida cristã verdadeira e para isto
acreditava que o celibato era o melhor caminho. Por meio de
perseguições cruéis desfez muitos casamentos. Os monges levantaram
opinião pública contra os sacerdotes casados. Hidelbrando tornou o papa
com poder absoluto e com poder sobre a igreja no mundo inteiro. Valeu-
se das declarações de que era sucessor de São Pedro. Utilizou a
excomunhão como arma. O Papa deveria ser o supremo dominador da
igreja e o supremo governador do mundo.
Tornou a Igreja a Senhora do mundo. Planejou livrar a igreja
do domínio do mundo para fazê-la senhora deste. A ela todos os demais
poderes deveriam se sujeitar. O Papa seria o representante e o cabeça da
igreja e todos os reis e governadores receberiam suas ordens e só
receberiam autoridade mediante supevisão dos papas. O papa teria o

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deireito de depô-los e de dominar sobre os seus súditos. A igreja culminou


o seu poderio no papado de Inocêncio III, que: fez e desfez imperadores e
governadores. Obrigou o rei Felipe da França e o rei João da Inglaterra a
obedecê-lo, usando os seguintes métodos: excomunhão e suspendeu os
ofícios religiosos: sacramentos. Os mortos ficaram sem ser sepultados.
A IGREJA GOVERNA O MUNDO OCIDENTAL
Nos séculos XII e XIII a igreja dominou em todos os aspectos,
a Europa Ocidental: Era uma comunidade internacional, estendendo os
seus tabernáculos nos reinos e sobre os reinos, dominando-os. A igreja
ligava e desligava a quem queria, e segundo a crença popular, aquele que
fosse ligado ou desligado pela igreja, seria igualmente ligado ou
desligado no céu. Um outro motivo para o fortalecimento da igreja era
que esta se encontrava unida e organizada.
Nenhuma organização na história da humanidade, jamais
exerceu um domínio, uma escravidão tão completa sobre as coisas, sobre
os homens e sobre as suas consciências.
AS CRUZADAS
As cruzadas surgiram para conquista dos territórios sob o
poder dos maometanos. Moveu-se uma guerra de dois sécilos (1096-
1291), com fins religiosos e políticos esta luta influenciou a vida religiosa,
política, comercial e intelectual do spovos. As peregrinações À Terra
Santa com a finalidade de libertar os lugares considerados sagrados. Com
o avanço do Islamismo estavam conquistando vários territórios e já
estavam dominando parte da Europa, Impunham sua religião em todos os
territórios tomados, conforme ensinava Maomé. Outra causa para as
cruzdas foi o amor ao combate, amor as aventuras guerreiras e heróicas,
busca da fama, de riqueza, etc. O reavivamento religioso.
A convocação para a primeira ruzada foi feita em 1095, pelo
Papa Urbano II. O imperador Aleixo, do Oriente, pediu ajuda ao Ocidente
por causa das conquistas dos turcos. Num discurso em Clerment, Urbano
lançou um apelo à toda Europa para se organizar em batalhões, com a

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finalidade de libertar o Santo Sepulcro das mãos dos infiéis. O apelo foi
levado adiante e espalhado por todos os lados, por pregadores
ambulantes, chefiados por Pedro, o erimita. Fundaram o reino Latino de
Jerusalém e o primeiro rei foi o conde Balduíno de Flandes. Houve uma
Cruzada Infantil (1212) e com as cruzadas, Jerusalém ficou sob o domínio
dos maometanos desde o fim do século II até 1919.
Os resultados das cruzadas foram: fortaleceu o poder
religioso, unificou a Europa, fortaleceu o papado, aumentou o espírito de
intolerância para com os infiéis e para com as heresias.
AS RIQUEZAS DA IGREJA
As propriedades da igreja e sua riqueza consistia em terras
(grande extensões), edifícios religiosos, ricos mobiliários, ornamentos
caríssimos e construções dos mais variados tipos. Recebiam doações dos
devotos (geralmente estas doações eram grandes extensões de terras ou
territórios) que ofertavam em busca de uma graça do céu. Direitos
feudatários. Domínio sobre quase toda a Europa. Sobre a frança,
Inglaterra e Alemanha. Dominavam sobre a quarta parte, sobre a Itália e
a Espanha muito mais.
As rendas da Igreja Romana é quase incalculável, pois entrava
dinheiro por todos os lados: renda das propriedades, renda das taxas
eclesiásticas (dízimas), tributos de serviços religiosos, venda de
indulgências, impostos dos Estados papais.
A igreja mantinha algumas instituições de caridade, com o fim
de explicar onde estavam aplicando o dinheiro. As pessoas ou famílias
beneficiadas pelas instituições deveriam (dependendo da pessoa ou
fampilia) contribuir com grandes somas de dinheiro ou pelo menos
conforme as posses.
A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
O papa era o monarca absoluto da igreja, dominava sobre
toda casta sacerdotal ou eclesiástica. Os decretos do papa eram aceitos
com a mesma autoridade das decisões dos Conscílios Eclesiásticos

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(Congresso de bispos, cardeais, etc), sendo este o supremo tribunal com


direitos a legislarem, judiciarem e executarem com plena autoridade da
igreja.
Os poderes cos bispos estavam um pouco abaixo do papa,
governavam as províncias e exerciam a superintendência do clero,
instituições de caridade e escolas.
Os párocos tinham poderes sobre o povo e representavam a
igreja junto a estes. Dominavam com grande influência, pois retinham os
sacramentos que segundo o pensamento da época eram necessários a
salvação. Através do confessionário conheciam e controlavam a vida do
povo. Os padres ministravam a educação religiosa e secular.
Ordens Monásticas: os cistercienses. O Monarquismo e
papado. Os monges.
Corrupção nos mosteiros. Embora houvesse tido muitas
reformas nos mosteiros com o fim de purificá-los, existiu, sem dúvida
muita corrupção. O testemunho de muitos monges e freiras não era dos
mais ilustres, demonstrando uma vida de castidade e santidade, antes
pelo contrário. A ambição tomara conta dos mosteiros e dos monges, que
a princípio levavam uma vida pobre, porém agora buscavam a glória e a
riqueza. Os mosteiros adquiriram ricas e extensas propriedades, cujo
lucro era revertido em benefícios próprios. Começaram a acumular
tesouros e a pensar mais no conforto do que nas necessidades alheias.
Entre outras práticas errôneas, talvez a mais aparente fosse a da
prostituição entre os clérigos.
A DISCIPLINA E A LEI DA IGREJA ROMANA
Todos eram obrigados a confessarem pelo menos uma vez por
ano. Os que confessassem tinham que fazer penitência de acordo com a
gravidade da falta. As penitências consistiam em ações diversas, tais
como: jejuns, flagelações, peregrinações, etc. Realizados os feitos acima,
os sacerdotes absolviam os súditos de seus pecados. Desenvolveu-se a
doutrina do purgatório, que é um estado de sofrimento purificador antes

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da pessoa entrar nas bem aventuranças. Para se diminuir as penas do


purgatório a igreja introduziu a venda das indulgências, sendo que de
acordo com o preço pago aos sacerdotes, passariam menos tempo neste
lugar, se uma quantia muito alta saía-se de lá imediatasmente. Uma outra
prática adotada foi a da excomunhão para os obstinados. As leis da igreja.
Na Idade Média as pessoas debaixo tanto da lei civil como canônicas ou
eclesiásticas. Como nos governos civis a igreja possuía leis que
consistiam nas decisões dos papas e dos concílios. Tinham seus próprios
tribunais: o dos bispos, o do arcebispo, o do papa. Certos casos,
principalmente quando envolve clérigos, eram considerados nos tribunais
eclesiásticos e o alvo era tornar os tribunais tão fortes como o civil.
A Inquisição era ummecanismo importantíssimo na igreja e
um dos principais meios para controlar a vida humana, era um
aorganização eclesiástica destinada a indagar, descobrir e punir o que a
igreja considerava heresia ou discordância de seus ensinos. Todas as
pessoas taxadas como heréticas ou pregadores de falsos ensinos, segundo
a igreja, estavam sujeitas a pena da inquisição que variava em grau.
Houve diversas lutas contra estes dissidentes. Criou-se leis diversas
contra as heresias, pois criam que heresia era rebelião e como tal deveria
ser esmagada, surgindo então diversas perseguições, sendo algumas
delas catastróficas. Em 1224, o imperador Frederico II, tornava a
inquisição passível de morte. A inquisição era uma combinação de uma
força policial e de sistema judicial, operada em toda parte secreta,
vigilante, paciente e desumanemente. Nos tribunais de inquisição os
acusados não tinham meios de defesa contra as acusações e nunca eram
absolvidos. A inquisição tinha o apoio da opinião pública, era auxiliada
pelo governo civil na caça ao herege e aplicada sentenças de morte.
O CULTO NA IGREJA
Os Sacramentos: batismo, confirmação, eucaristia, penitência,
extrema unção, ordem e matrimônio. A missa: cerimônias, movimentos,
vestimentas riquissimas, músicas solenes, belos templos. A pregação. O

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culto dos santos e relíquias. Criou-se diversos relicários como o de Tomas


Bechet, em CAntuária. Veneravam mais a virgem Maria do que ao próprio
Deus.
O lugar da Igreja na religião: a igreja única mediadora entre
Deus e o homem. Outorgava salvação por meio dos sacramentos.
Ministrava por seus ensinos o conhecimento de Deus. Por meio de seus
intercessores apresentava as necessidades dos homens a Deus. Os padres
tinham poderes terríveis concedidos por Cristo. Podiam praguejar,
amaldiçoar, etc. Os dons divinos vinham aos homens por intermédio dos
sacerdotes. Nada subia a Deus senão através da igreja e de seus
sacerdotes, assim como nada vinha de Deus aos homens senão por este
canal.
O QUE A IGREJA MEDIEVAL FEZ PELO MUNDO
1. Preservou a fé cristã. Produziu homens e mulheres, que por
sua vida, assemelhavam-se ao caráter de Cristo. Um aárvore totalmente
corrompida não produziria frutos desta natureza.
2. Conservou a Europa unida. O Império Romano tinha se
dissolvido, acabando assim o governo centralizado, embora houvesse tido
várias tentativas de reorganizá-lo. Os reinos estavam em mãos de povos
independentes. Havia o perigo dos povos se tornarem bárbaros e
guerrearem constantemente. Com o surgimento de grandes nobres na
Europa surgia outro perigo, o de retalhar reinos pequenos governados
por estes nobres. A igreja correspondeu às necessidades da época.
3. Cristianizou os bárbaros.
IGREJA: DECADÊNCIA E CONTESTAÇÃO DO
CATOLICISMO (1294-1517)
A. AS CONDIÇÕES POLÍTICAS
Por muitos anos a igreja dominou as nações, porém agora as
nações despertam-se e se unificam internamente, fortificando suas bases
por meio de governos sábios e forte. Desenvolveu-se um forte espírito

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nacionalista, começando a aparecer sintomas de revolta contra o domínio


da igreja sobre as nações exercido por um estrangeiro, o Papa. Os
primeiros a se despertarem para esta nova realidade foram os franceses e
os ingleses.
B. ONDE A IGREJA FALHOU
1. A corrupção do clero. Causas da corrupção: o que um dia
foi motivo de grandeza para o sacerdócio, tornou motivo de fracasso, isto
é, tremenda autoridade do sacerdócio que veio a prejudicar a posterior o
caráter e a vida espiritual do clero. A enorme riqueza pertencente ao
clero e usufruida por eles, os levou ao egoísmo e a avareza. A imoralidade
estava bastante generalizada e a mais baixa impureza sexual era coisa
comum dentro do clero. A degradação aprofundou com o passar dos
séculos e embora as ordens manásticas tentassem resistir a essa queda
moral, foram atingidas e vemos com tristeza que monges e freiras eram
objetos de escárnio público, por causa de seus próprios vícios. O
secretário do papa Benedito XIII, disse destes clérigos: “Raramente
encontra-se um em mil, que faça honestamente o que a profissão exige”.
2. A degradação da religião. O ensino do cristianismo foi
adulterado. A igrja permitiu que o Evangelho fosse substituído por uma
religião de ritos sacramentais que outorgava salvação mágica. Orações
aos espíritos bondosos da virgem e dos santos. Medo injustificado dos
maus espíritos. Relíquias milagrosas. Vestimentas aparatosas. Maldições
e absolvições dos sacerdotes. A pregação a princípio dos mendicantes,
era para dar justamente alguma coisa melhor ao povo do que existia na
igreja. No auge da Idade Média para seu fim. Não se notava nenhuma
reação da igreja para ourificar o seu culto.
3. O povo abandonado. O clero abandonou quase que por
completo os seus deveres religiosos para com o povo. A negligência dos
deveres ministeriais, se fazia visível por toda parte, ninguém se
responsabilizava ou se dispunha para nada, e o povo sucumbia em meio
ao clero apodrecido. Existia falta de assistência religiosa não só nos lares,

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mas nas paróquias, nas cidades que creciam e iam se tornando


importantes. A igreja não tinha nada a oferecer ao povo a não ser deixá-lo
na ignorância, na maldade, na miséria física e espiritual.
MOVIMENTOS DE PROTESTOS
Os petrobussianos. Fundadores: Pedro Brucs e Henrique de
Lausano. Este movimento se levantou contra ops abusos e imoralidade
existentes no clero. Se opunham a superstição na igreja, a certas formas
de culto,etc. Muita gente aderiu ao novo movimento de todas as classes
sociais, abandonando a igreja romana.
Os cataristas.Os cataristas faziam parte de um movimento
que era uma igreja rival dos romanos, possuíam sua própria organização,
seu próprio ministério, seu próprio credo, possuíam também uma forma
litúrgica para os cultos e tinham seus próprios sacramentos. Seus
princípios consistiam em abandonar o mundo, refrear a língua e a carne,
sustentar-se pelo labor das próprias mãos: não ofender a ninguém, ser
caridoso para com os irmãos na fé. Criam que a matéria foi criada por
satanás e que era fonte de todo o mal. Não aceitavam a humanidade de
Cristo. Criam que o caminho para a santidade era fugindo do poder da
carne, negando os desejos ou suicidando-se. Julgavam que não era
necessário o batismo para os que tinham vida santa. Apesar de seus
erros, suas vidas eram abnegadas e de moral irrepreensível. Embora não
fossem cristãos no pleno sentido, mostravam um desejo de uma religião
melhor. Foram cassados pela inquisição, que fora organizada
principalmente por causa deles.
Os Valdenses. Pedro Valdo que era um rico comerciante de
Nion, desejoso de encontrar a paz e não podendo encontrar nos ritos da
igreja romana, procurou um teólogo s[abio para instruí-lo na caminho
mais seguro para encontrar a paz, e este lhe falou sobre o jovem rico e o
que tinha de fazer para alcançar o reino de Deus. Ao ler Mateus capítulo
10, começou a repartir o seu dinheiro: deu a metade à sua mulher que
não participava de sua inquietação pela salvação, deu ricos dotes às suas

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duas filhas, dividiu os restante com os pobres, tornou-se pregador


ambulante. Logo o movimento cresceu e atraiu grande número de
pessoas, chamando a atenção das autoridades da igreja católica, que o
proibiram, por sua decisão de continuar a obra, pois dizia que convinha
que se obedecesse a Deus do que a homens, foi chamado do Vaticano a
conferenciar-se com o papa Alexandre III. Pedro Valdo, insistindo na sua
forma de anunciar a cristo como o salvador único e suficiente, foi
excomumgado juntamente com os seus adeptos pelo concílio de verona
em 1184. Apartar à excomunhão os seguidores de Valdo sofreram toda
espécie de perseguições.
Os valdenses eram de natureza humilde, seus maiores
mestres eram sapateiros ou profissão humilde. Eram grandes estudiosos
da Bíblia, chegando a haver entre eles quem sobesse o Novo testamento
de cor. Regozijavam-se com as perseguições, porque criam que estavam
recebendo o mesmo tratamento predito por Cristo e sofrido pelos
apóstolos. Rejeitavam os milagres eclesiásticos, os festivais, as ordens e
as bênçãos da Igreja Romana.Os seus adeptos tinham que batizar-se
novamente e não ensinavam o batismo para crianças. Não aceitavam a
transubstituição.
Os irmãos. Semelhantes aos valdenses, as si mesmo
designavam irmãos. Tinham uma fé muito simples e eram conhecidos pela
vida de piedade, bondade e pureza incomum. Não pretendiam tornar-se
independentes, porém formar um grêmio pio e fraternal, embora nada
tivessem com a igreja ou com o seu clero. Os irmãos realizavam os seus
cultos na língua comum do povo, de sorte que estes entendiam a
mensagem e a preferiam em contraposição a romana que era em latim.
Possuíam cópias das Escrituras em língua comum do povo o que facilitava
o trabalho tanto na pregação como no ensinamento. As sociedades dos
irmãos se espalharam por toda a Europa e como os valdenses mantinham
um trabalho missionário ativo, mas em segredo por causa da inquisição.

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No ano de 1294, depois de uma sucesão de papas fracos e


incapazes, Bonifácio VIII sobe ao trono papal. Bonifácil possuia os ideais
e o espírito de Hidelbrando e Inocêncio III, na ambição. Tinha o propósito
de ser o governador supremo da Europa. O seu maior desejo era o de ser
imperador e papa. No ano de 1300, Bonifácio fez questãode ser visto
sentado em um trono, coroado e com a espada de Constantinopla na mão
dizendo: “Sou César, sou o Imperador”. Morreu em 1303, com 86 anos de
idade.
O Grande Cisma aconteceu em 1377, Gregório XI,
reconhecendo a impossibilidade de levantar o papado na França, volta à
Roma como o intuito de restabelecê-lo , os franceses escolheram outro
papa em Avinhão, ficando assim dois papas – um em Roma e outro em
Avinhão. Houve um período de disseensão entre os dois papas por mais
de 30 anos, quando os cardeais dos dois lados marcaram um concílio para
dar fim à rivalidade existente, em 1409, em Pizza, escolheu-se um novo
papa. Como os outros recusaram-se a sair, ficaram um total de três
papas, isto persistiu por cinco anos. No ano de 1414, em Constança, o
concílio afastou dois desses papas e fez o outro renunciar. Após isso
elegeram Martinho V. Martinho V era um políco tremendo e um bom
administrador. Conseguiu contornar a situação e restaurar o papapo em
Roma.
OS PRECURSORES DA REFORMA
1. João Wycliff (1324-1384). Nasceu nas proximidades de
Richmond, no Condado de Yorkshire, Inglaterra, cerca de 1324. Era um
homem muito culto e formado na Universidade de Oxford, foi padre em
Lutreworth, onde dirigia um aparóquia, lutou contra o direito do papa de
cobrar impostos e taxas na Inglaterra e denuinciou o papa e toda a
organização clerical ustentando a tese de que não deveria haver
distinções de classe dentro do clero. Negava a transubstanciação, indo
bem mais além quando pregou que o papa era o anti-cristo, denunciando
todos os abusos a igreja, traduziu a Bíblia para o inglês, organizou uma

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ordem de sacerdotes pobres conhecidos como Lollardos, os quais após a


sua morte, deram seqüência à sua obra na Inglaterra, as autoridades
nada puderam fazer contra Wycliff a não ser taxá-lo como herege, o que
ocorreu 30 anos após sua morte. João Wycliff morreu em paz em sua
paróquia.
2. João Huss (1369-1415). João Huss, foi influenciado por
Wycliff, deu orígem a outro desenvolvimento que muito cooperou para o
desenrolar dos fatos ligados à Reforma. Era um homem letrado e
influente na Universidade de Praga. Além de ser sacerdote, lendo livros
de Wycliff despertou para uma nova realidade acerca da vida cristã e
pôde reconhecer alguns erros fundamentais da igreja romana. Passou a
ensinar o que achava ser o certo dentro dos princípios básicos do
cristianismo, entrando em choque com a igreja, João Huss se decepcionou
com muitas coisas praticadas pela igreja em nome do senhor, como por
exemplo os papas que se levantaram paara as cruzadas, etc. E no seu
tempo a discussão acerca do cisma papal era o assunto mais popular,
defendeu o direito de pregar e defender verdade de Cristo sem nenhuma
interferência da Igreja, esta aceitando ou não, foi excomungado em 1412
pela igreja de Roma por não ter aceito certas atitudes dos papas e ter
entrado em choque com os princípios do igreja. Huss escreveu um livro
sobre a Lei de cristo, após sua excomunhão foi condenado à morte na
fogueira em Constantinopla onde sofreu o martírio. Com sua morte os
irmãos Boêmios se empolgaram e levaram avante os princípios de Huss
por toda a Boêmia e Morávia. Este movimento cresceu tremendamente, o
movimento dos irmãos Boêmios foi bastante perseguido pela igreja, que
tinha a intenção de exterminá-los de vez.
3. Gerolando Savonarola (1452-1498). Considerado um dos
reformadores da igreja, embora nunca houvesse deixado a igreja católica,
nasceu em 1452 na cidade de Ferrara, Itália, em 1475 entrou para um
convento de frades dominicanos. Pregador hábil, foi chamado para
Florença onde execeu um grande ministério e para lá iam grandes

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multidões para ouvi-lo pregar, foi preso, condenado à morte e queimado


em praça pública pelo papa da época.

QUESTIONÁRIO
Aluno: ________________________________________________Data: ____ / ____ /
____.
Responda o questionário abaixo nesta mesma folha. Destaque a folha e
nos envie para a correção.
Não esqueça de assinar o seu nome. Bom trabalho!

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1. O que queremos dizer quando falamos que Cristo veio na plenitude dos
tempo?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
2. Cite três tipos de condições do mundo ao surgir o cristianismo, fale
sobre cada uma delas:
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____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3. Como Tiago irmão do senhor foi martirizado?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
4. Quem eram os apologistas?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
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____________________________________________________________________________
5. Fale com suas palavras sobre Ário e sobre que ele defendia:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

6. Com quem se deu o surgimento do papado?


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____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
7. Por que motivo surgiu as cruzadas?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
8. A inquisição era um mecanismo importante na igreja. Destinada a
indagar, descobrir e punir o que a igreja considerava heresias.
( ) sim ou ( ) não
9. Cite três principais pontos que a igreja medieval fez pelo mundo:
a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
c) __________________________________________________________________________
10. Fale sobre os dois precursores da reforma:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

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SOTERIOLOGIA

JUSTIFICAÇÃO
INTRODUÇÃO
Caro aluno! Queremos parabenizá-lo por ter chegado até aqui.
Vencemos a primeira etapa do Curso que corresponde ao estudo das
Sagradas Escrituras. Você tem agora um conhecimento geral de toda a B
´blia, que lhe dará condiçõesd para trabalhar em sua igreja com mais
confiança.
A partir deste número estaremos estudando outras matérias
muito necessárias ao preparo intelectual do obreiro. Algumas são de teor
bíblico, outras se relacionam com o trabalho prático.
A nossa oração é que Deus continue a lhe abençoar como tem
abençoado até aqui.
A despeito das dificuldades você não deve desanimar, mas
persistir.
O NOVO NASCIMENTO E SUAS BÊNÇÃOS
Quando falamos de SER NASCIDOS DE NOVO podemos usar
alguns dos seguintes termos, para designar grandes experiências
fundamentais.
1. JUSTIFICAÇÃO
2. ARREPENDIMENTO
3. REGENERAÇÃO
4. ADOÇÃO
5. TESTEMUNHAS DO ESPÍRITO
6. CONVERSÃO
É verdade que estas bênçãos são inseparáveis, mas não
podem ser tomadas com o mesmo significado. As estudaremos
separadamente.

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Todas estas expressãos são usadas para expressar a troca


(transformação, mudança) completa efetuada no pecador, “das trevas
para a luz”, “do poder do diabo a Deus”.
JUSTIFICAÇÃO
Num sentido teológico, a justificação é, por certo, legal ou
evangélica. É importante que esta distinção seja observada.
Justificação legal é a justificação acordada para a estrita
demanda da lei. Os santos anjos são justificados nesta forma, como o teria
sido a humanidade, se nunca tivesse pecado. Cada intento do pecador
para justificar-se pela lei, é vão. Sal. 140:3-4; 143:2; Rom 3:20-28.
O crente que já tem sido perdoado ou justificado pela fé em
Cristo, se diz que é justificado pelas obras, quando Deus as aprova, como
genuína evidência de sua fé. Tiago 2:14-26.
Esta justificação, acerca da qual fala a Bíblia principalmente,
que abarca o caso do pecador, é chamada justificação evengélica, ou
perdão, o que é mesmo, a aceitação de um dom de Deus, ante quem se
confessa ser culpado, ante quem um se arrepende, crendo em cristo. Mar.
1:14-25; 16:16; Rom. 1:16-17; 4:3-7; Gal. 2:16-17.
Quanto ao método de justificação, três coisas devem ser
consideradas: 1. a causa original; 2. a causa meritória; 3. a causa
instrumental.
A CAUSA ORIGINAL: é a graça de Deus, disposta por ele
mesmo, desde o momento que estávamos expostos à morte, por causa dos
nossos pecados, provendo um substituto em seu filho. Rom. 3:24-26; II
Cor. 5:18-21; Gal. 2:16-29; Ef. 2:4-8; 16:16; 5:2; Tito 3:4-7.
Este substituto é a CAUSA MERITÓRIA de nossa justificação.
O que Jesus fez em obediência aos preceitos da lei, e o que Ele sofreu em
satisfação de sua pena, constitui a base do nosso perdão, ou justificação
perante Deus. At. 13:38-39; Rom. 3:21-22.

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Para a CAUSA INSTRUMENTAL de nossa justificação, o


mérito de Cristo não obra do mesmo modo como para produzir perdão, é
necessário um inevitável efeito mediante a instrumentalidade da fé.
A FÉ SALVADORA
A fé pela qual somos justificados, é uma fé que existe, uma fé
que se exeercita. Jo. 1:12; 3:18-36.
Não somos justificados por uma fé antecipada para o amanhã,
isto significaria justificação desde a eternidade, coisa esta que os
Calvinistas quiseram fazer crer, tão pouco somos justificados por uma fé
registrada e recordada ontem, o que sugnificaria justificação irrevogável.
Isto não podemos aceitar. Ez. 18:24; 33;12-13.
Os efeitos desta fé consistem em três concorrentes exercícios,
distintos, da mente:
1. A aprovação do conehcimento da verdade de Deus, no
Evangelho, especialmente naquela parte na que se relata a morte de
Cristo em sacrifício pelo pecado.
2. O consentimento da voluntariedade e benevolência para
este plano de salvação; tal aprovação disto, implica uma renunciação a
qualquer outro refúgio ou amparo.
3. desta aceitação, de haver alcançado um conhecimento
iluminado, e o consentimento de uma vontade emendada, resulta a
verdadeira confiança no salvador e a aprovação de seus méritos. Isto
deve ser necessariamente precedido de um verdadeiro arrependimento.
Mar. 1:15; Lc. 24:47; At. 2:28; 3:19; 20:21.
ARREPENDIMENTO
ARREPENDIMENTO, significa, segundo a palavra original da
Escritura, TROCA DE MENTE, um desejo ardente de fazer algo que antes
não se fazia. Quando o arrpendimento tem que ver unicamente com as
conseqüências ao pecado, como quando alguém que todavia amando seus
pecados se arrepende, porque estes o expõe a castigo, - esse
arrependimento é chamado algumas vezes, arrependimento legal ou

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mundanal, completamente diferente do arrependimento piedoso ou


evangélico. II ??? 7:9-11.
O arrependimento evangélico é chamado de
ARREPENDIMENTO PARA COM DEUS, porque isto consiste em deixar o
pecado e se tornar santo, coisa que significa odiar o pecado e amar a
santidade.
A evid~encia de um verdadeiro arrependimento salvador,
inclui um conhecimento interior e uma confissão da presença e pena do
pecado. Lev. 26:40; Num. 5:7; II Cor. 7:14; Sal. 32:5; Prov. 28:13; Isa.
55:7; Jer. 3:12-12; Mat. 3:2-8; Mar. 1:15; Luc. 13:3; 15:18-21; 2:38; II Cor.
7:9-11; I Jo. 1:9; Apc. 2:5.
A regeneração e o novo nascimento são idênticos. Significa a
obra do espírito Santo, pela qual experimentamos uma troca de coração:
é o revestimento do coração da imagem moral de Deus. Ef. 4:23-24. Esta
obra está expressa nas Escrituras de várias maneiras. Deut. 30:6; Sal.
51:10; Jer. 24:7; Jo 1:12-13; 3:5-8; At. 3:19; Rom. 12:2; 13:14; II Cor.
5:17; I Ped. 1:22-23; III Ped. 1:4.
Que não pode haver salvação, independentemente da
regeneração, isto aparecerá quando consideramos o seguinte:
1. Todos os homens sãopecadores por natureza e por
costume, assim eles mesmos não podem restituir-se a um estado de
inocência. Sal. 5:5-10; Jer. 13:23; Rom. 3:19; 8:7-7; 11:32; II Cor. 5:17;
Gal. 3:10-22; Ef. 2:1-5; I Ped. 1:23; I Jo. 4:7; 5:4.
2. Deus é santo e não pode contemplar aos ímpios com
aprovação ou deleite. Heb. 1:13; I Ped. 1:15-16.
3. O céu é um lugar santo e ninguém que não seja santo, está
capacitado para desfrutar de qualquer de suas felicidades e ofícios. Sal.
24:3-4; Heb. 12:14.
4. A Escritura declara que unicamente os regenerados podem
ser salvos. Mat. 18:3; Jo. 3:3-7; Rom. 8:7-8; Gal. 6:15; Heb. 12:14.
ADOÇÃO

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Este é um ato pelo qual alguém toma a outra pessoa dentro de


sua família, a recebe como filho e a nomeia herdeira. A adoção, num
sentido teológico, é um ato de mercê gratuita de Deus, pelo qual, sendo
justificados e renovados pela fé em Cristo, somos recebidos dentro da
família de Deus, chamando-nos seus filhos e somos feitos herdeiros do
patrimônio celestial. Ef. 1:3-14; I Ped. 1:2-5.
TESTEMUNHOS DO ESPÍRITO
Um justo privilégio de cada filho adotado, é o ter certo
conhecimento de dita adoção, de sua nova relação com Deus, como único
fundamento de verdade, de conforto e de esperança. Isa. 26:3; 32:17; Sal.
119:165; Rom. 5:1-5; 8:1; Fil. 4:1; Ef. 1:3-14; I Tes. 1:4-5; I Ped. 2:9.
Esta bênção consiste no testemunho do Espírito Santo aos
espíritos dos crentes, de sua nova relação como filho de Deus. I Jo. 5:10.
Isto é chamado o espírito de adoção, Rom. 8:15; 16:16; Gal. 4:6, o ardente
selo do Espírito, II Cor. 1:22; 5:5; Ef. 1:13-14; 4:30, e completa
segurança, Col. 2:2; I Tes. 1:5; Heb. 6:11; 10:22. Este testemunho interior
é chamado algumas vezes, o “direto testemunho do Espírito” para
distingui-lo do indireto ou exterior testemunho, cjamado “fruto do
espírito”. Gal. 5:22-23; Ef. 5:9.
As duas classes de testemunhos devem seguir juntas: a
primeira, como defesa contra alguma dúvida; a segunda, para guardar-
nos do erro e da presunção. Isa. 26:3; Rom. 8:14.
Este ardente selo do Espírito implica absoluta segurança de
uma salvação real. Por meio desta eficácia do Espírito é, em si mesmo,
suficiente para assegurar salvação eterna. Cada crente é deixado em
liberdade, tanto para reter ou afligir a este Espírito selador, como para
causar seu retiro final, para sempre. Isa. 63:10; Ef. 4:30; Heb. 3:7-19; 6:5-
6; 1026-19; II Ped. 2:20.
CONVERSÃO
Este termo, em seu estrito sentido, descreve a parte humana
dessa troca, chamada REGENERAÇÃO, pela qual, o pecador é trazido

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adentro do reino dos céus. Mat. 18:3. Num sentido mais amplo,a
conversão é a troca nos pensmentos, nos desejos, nas disposições, na vida
inteira do pecador, no qual se leva a cabo quando ele é renovado pelo
Espírito, como resultado do abandono do pecado e aproximação de Deus,
pela fé em Jesus Cristo. Ez. 18:21-23; 30:32; At. 9:35; 11:21; 15:3-19;
26:20.
Assim, o novo nascimento é de suma importância, pois se
trata da vida de Deus para a alma que estava morta pelo pecado; é a
formação de uma nova criatura, o nasciemnto de uma nova vida.
Se tudo o que foi exposto for considerado devidamente e
todas as escrituras ou citações bíblicas lidas profundamente, em oração e
meditação, não haverá razão nenhuma de falta de entendimento acerca
deste tema essencial.
A SANTIFICAÇÃO
Algumas Declarações Preliminares
A completa santificação, como doutrina e como experiência da
graça divina, é o mais odiado e persistentemente rechaçado de todos os
princípios expostos a nós pelas Sagradas Escrituras. Qualquer pessoa,
com certo grau normal de um desejo veementemente pela admiração
mundana e influenciada por este mesmo sentimento público, deve abster-
se de apoiar aquela grande verdade fundamental.
Estamos escrevendo sobre este assunto, deixando fora
qualquer motivo particular de ambição mundana. Uma razão muito
profunda urge em nossa alma, cujo último fundamento a mantém por si
mesmo. Assim, pois, escrevemos com uma profunda convicção de que
estamos fazendo o que Deus nos permite e exige que façamos. O Espírito
Santo é o que dirige. O amor de Deus é o que impulsiona, ante o
sofrimento do povo seu, os cristãos – por cujo motivo nos vemos
obrigados a escrever este presente artigo.
Através dos séculos, os homens tem forçados e esticados
passagens da Escritura, num esforço por estabelecer suas arriscadas

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teorias e desta maneira argumentar contra oposicionistas. Tal satisfação


é muito perversa, se não é que seja blasfema. O diligente estudante da
Bíblia e de literaturas cristãs não pode ser surpreendido, nem
miseravelmente impressionado, pelo que parece ser um escrupuloso
esforço da parte de algusn escritores muito populares, para trocar idéias
sãs. Não é pois, necessário, alargar nem enfatizar demasiado esta
verdade. A verdade somente precisa ser corretamente traçada: então,
cada parte brilhará como uma jóia à luz do sol.
Faremos referências, ainda que poucas, ao hebraico ou ao
grego. Mil observações tem sido feitas, que tais referências não se usam,
pelo regular, para aclamar a verdade, mas para derrotar aos oponentes
no debate. Por exemplo: se você trata de aclamar passagens das
Escrituras que contradigam a teoria de alguém, este tomará
imediatamente como arma e refúgio o original grego e insistirá que os
tradutores lhes faltou dar o sentido próprio do original, começando então
a citar as definições gregas.
Para ilustrar o que quero dizer com estes declarações,
chamaremos vossa atenção para Marcos 16:9-20. Nisto me parece que o
diabo às vezes se esquece de ser sábio. Isto é tão certo que nem sempre
usa sua lógica, - se é que tem alguma. O mais cuidadoso leitor não pode
menos que o dito capitula, percebe a maneira que o apóstolo expressa
alguns dos eventos relatados por Mateus, no capítulo 28. Começa com a
Ressurreição e termina com a grande comissão. Marcos 16 estava nos
manuscritos originais, cujo assunto jamais foi discutido nem posto em
dúvida até o IV século. Este capítulo de Marcos nunca foi atacado por
nenhum professor espiritual ou de escola. Os profesores da igreja
apostata tem atacado este Evangelho porque são incapazes de produzir
sinais semelhantes aos mencionados nele. É assombroso ver até que grau
vão os homens para derrotar aos seus oponentes!

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Nossas orações irão em cada página, para que o ???. Nosso


propósito é estar mais apegados à Bíblia e sermos lógicos aos
pensamentos que apresentamos.
Nossas orações irão em cada página, para que o estudante
possa ser grandemente iluminado e ajudado em sua conquista da vida
eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Deus.
Nas páginas seguintes trataremos de provar a completa
santificação da experiência cristã, como uma segunda e instantânea obra
da graça divina, obtida pela fé por parte dos crentes plenamente
justificados.
Todos os verdadeiros crentes são nascidos de Deus. I Jo. 5:1.
Assim mesmo, a santificação é só para os que têm nascido de novo.
Como uma introdução adequada acerca desta proposição, é
necessário referimo-nos ao pecado e a relação que tem as obras da graça
com este último.
Há duas obras da graça, necessárias para a salvação da alma
humana, porque o pecado é duplo em sua natureza, consistindo estas em:
1. a transgressão da lei de Deus e 2. o estado de perdição e depravação, o
qual existe na antureza humana herdada da Adão a todos os membros de
sua raça. Todo aquele que professa a religião cristã, admite quie o pecado
está na transgressão da lei de Deus. Este conhecimento universal de dita
verdade nos exclui de toda carga de prova. Há, como sempre, alguns
inexperientes escritores e professores que põem em dúvida a existência
da depravação humana natural. Nem os teólogos cristãos ortodoxos, de
proeminência, tem negado que o pecado existe no ser humano, num
estado de corrupção moral, desde seu nascimento.
DEPRAVAÇÃO NATURAL
Toda criatura da raça de Adão não somente é depravada
desde seu nascimento, como também durante todo o desenrolar de sua
existência. As seguintes escrituras declaram que o homem é pecador por
natureza e também na prática: Jr. 17:9; Gen. 6:5; 8:21. O coração é a

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fonte de onde fluem todos os pensamentos da vida. E, este, está


completamente depravado. O termo “intenções”, inclui os pensamentos,
problemas e inclinações. Esta condição é corrigida unicamente pelo
sangue de Cristo.
Salmo 51:5 – O homem em sua primeira existência, é
envenenado pelo princípio de pecado que existe desde a queda no jardim.
O homem não deve ver somente aos atos que praticou, mas também a
disposição que o dirige a violar os Mandamentos de Deus.
Jó 14:4 – Como a palavra “imundo” é universalmente
compreendida, pois se refere a pessoa, então pode entender-se que é
impossível a um menino santo ser nascido de pais não santos.
Comentando a este respeito, o Dr. Adam Clark disse: “Todo homem que
nasce dentro deste mundo vem em estado corrupto, em um estado de
pecado. Isto é chamado pecado original, e procede, desde a queda de
Adão, cuja raiz alcança, até a última ramificação da família humana.
Nenhum espírito humano é nascido no mundo sem esta corrupção já de
natureza. Todos são impuros e sem santidade”.
Rom. 7:17 – Aqui o apóstolo se refre ao pecado que mora
dentro de nós, não aos que estão anotados no céu. É bom notar a
diferença entre os pecados anotados e o pecado por natureza. O pecado
por natureza é imputado. Não fomos nós que o praticamos, mas estamos
condenados por ele. Não é anotado contra nós, mas mora em nós. Não é
um fato, é um estado.
Sirva-se de notar o que diz a doutrina metodista acerca disto:
O pecado original não é imposto pelo fato se seguir a Adão na queda.
(como os pelagianos falam): é a corrupção da naturaza de cada homem, –
que é naturalmente engendrado da semente de Adão, pelo qual o homem
tem deixado a justificação original, – e sua natureza cega inclinada a
pecar, isso continuamente. Nisto estão se acordo todas as denominações
cristãs. Não é razoável, verdadeiramente, pensar que todos os grandes
mestres cristãos, e organizações, têm errado no assunto da depravação

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total, e que temos tido de esperar a uns pensadores modernos para


aliarmo-nos a esta questão de tanta importância.
Rom. 6:20 – Aqui o apóstolo está dizendo: “Quando fostes
servos do pecado, a justiça estava completamente ausente de vós, que
não estáveis mortos em delitos, como também em pecado”. A presença do
pecado é um estado de morte.
Alguns pensarão em porque estamos dando tanto tempo e
espaço a “depravação natural”, em conexão com a doutrina fundamental
da Santificação. É porque o pecado original, necessita um trabalho de
graça diretamente aplicado a este estado de corrupção. A santificação é
aquela obra de graça divina que dá o golpe de morte a este estado de
corrupção moral que tão facilmente nos desvia.
Em seguida damos alguns nomes de homens que concordaram
que a semente de Adão, desde a queda no jardim, é totalmente
depravada, até ser restaurada pela graça divina: Pool, Blarney, Benson,
Adan Clark, Lange, Murphy, Richard Watson, Henry, Hegsternberg,
Alford, Meyer, Whedon, E. M. Leavey e Daniel Steele.
Não somente temos os nomes dos mais profundos estudantes
da Bíblia, que testificaram a verdade da depravação natural: temos
também os testemunhos dos maiores filósofos do mundo, Platão
argumentou que se um homem fosse bom por natureza, tudo o que era
necessário fazer para conservá-lo puro seria permitir-lhe viver só, porém
ele disse que a experiência demosntra que um homem solitário ainda
manifesta tendências más. E ajuntou: “A causa da corrupção provém de
nossos pais”. Aristóteles disse: “O homem está em descenso com seus
apetites e paixões, caindo até em baixo. Ele sabe que seu dever é
ascender, porém há algo que o faz baixar.” E com estes, concordam
vários outros grandes pensadores. O homem énascido em pecado. Tem
uma natureza depravável.
COMPLETA SANTIFICAÇÃO

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Quando usamos a palavra “completa”, queremos dizer


completamente limpa, completamente lavada de todo pecado e
contaminação. Cremos no progresso e no crescimento, porém o
crescimento da graça não é a santificação, como o mostraremos pelas
definições seguintes, tomadas de dicionários principais e outras
autoridades bem conhecidas.
1. DICIONÁRIO DE WEBSTER
Santificar: Fazer sagrado ou puro; consagrar por meio de ritos
apropriados; reverenciar, fazer livre de pecado; limpar de corrupção e
contaminação moral; purificar.
Santificação: O ato de fazer santo, o estado de ser santo.
Teologicamente: O ato da graça de Deus pelo qual as afeições do homem
são purificadas ou alheias ao pecado e ao mundo, e exaltadas ao amor
supremo de Deus, também o estado de ser assim purificado os
santificado. Poderia a linguagem ser mais clara? Webster faz sinônimos
de santificar: fazer livres do pecado, limpar da corrupção moral, purificar.
Os sinônimos de santificação: fazer santo, ser purificado ou alheio ao
pecado, o estado de ser purificado. Por favor não esqueça estas
definições.
2. DICIONÁRIO DO SÉCULO
Santificar: fazer santo ou limpo, cerimonial ou moral e
espiritualmente; purificar ou libertar de pecado... Em teologia: o ato da
graça de Deus pelo qual as afeições são purificadas e a alma limpa do
pecado e consagrada a Ele. Conformidade do coração e vida à vontade de
Deus. Note que isto é um ato da graça divina, de tal maneira que não
pode ser obtido por obras, nem por crerscimento: é um ato de Deus que
limpa de pecado. O perdão e a limpeza não são idênticos; não podemos
dar-lhes o mesmo significado de raciocínio.
3. DICIONÁRIO IMPERIAL
Santificar: fazer santo ou sagrado, separar, dedicar para um
uso santo, sagrado ou religioso. Purificar para preparar-se para um

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serviço divino e para participar em coisas santas. Purificar de pecado,


fazer santo.
“Santificar”, sempre quer dizer “purificar de pecado”. Nunca
quer dizer “crescer em graça”.
O crente pode abarcar esta experiência gradualmente e pode
progredir mais rapidamente em sua vida cristã depois de haver obtido
esta bênção; mas o ato em si é instatâneo e pode ser obtido a qualquer
momento. Em toda a Bíblia não há um versículo que ensine que somos
santificados por meio do crescimento.
4. DICIONÁRIO WORCESTER
Santificar: libertar de pecado, limpar de corrupção, fazer
santo.
5. UMA DEFINIÇÃO GERAL
Santificar: fazer-se santo ou sagrado, consagrado, fazer-se
piedoso, purificar-se de pecado. A palavra “piedoso” quer dizer: “ser
santo como Deus é santo”. Como pode-se ter amor para Deus, quem é a
essência e expressão as santidades e ser antagonista a santificação a qual
nos faz piedosos ou santos?
6. DICIONÁRIO STANDARD
Santificar: fazer santo, sagrado, moral ou espiritualmente
rendido, puro, limpo de pecado. Santificação especialmente em Teologia:
o trabalho bondoso do Espírito Santo pelo qual, o crente, é livre de
pecado e exaltado a uma piedade de coração e vida.
De acordo com esta definição de santificação, é dever do
crente recebê-la e por ela fazer-se puro e limpo de pecado. Este é o
“trabalho do Espíriro Santo”, não por obras, ou por crescimento, ou por
morte, ou por purgatório, mas pela obra divinamente realizada em nós
pelo Espírito Santo, mediante a aplicação do sangue de Cristo.
7. DICIONÁRIO LAROUSSE
Santificar: fazer santo, a graça divina santifica. Dedicar a
Deus uma coisa.

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8. ENCICLOPÉDIA AMERICANA
Santificar: fazer santo ou sagrado, consagrar ou dedicar,
purificar de pecado. Santificação: Tecnicamente um aoperação do
Espírito de Deus. Rom. 15:16; Tes. 2:13; I Ped. 1:2. Eles estão em Jesus,
unidos com Ele por fé, (I Cor. 1:2), pelo qual estão rendidos cada vez
mais, santificados, morrendo ao pecado e vivendo para Deus, para a
justiça e para a santidade. Rom. 6:6, 11, 13, 19; I Tes. 5:22; I Ped. 2:4, de
acordo com esta enciclopédia a experiência de santificação é recebida
pelos que estão já em Jesus. Se isto é verdade, isto é, uma segunda
bênção e obra da graça.
Adam Clark disse, em seu comentário sobre João: “ A palavra
“verdade” tem dois sentidos: 1. significa consagrar, separar-se da terra e
do uso comum e dedicar-se a Deus e a seu serviço. 2. significa fazer santo
ou puro. A oração de Cristo pode ser entendida em ambos os sentidos”.
9. CATECISMO EPISCOPAL METODISTA
“ O ato da graça divina pelo qual fomos feitos santos...” Não é
uma experiência que possa ser alcançada por crescimento, mas por um
ato de graça divina”.
10. CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
“Todos os que são efetivamente chamados e regenerados,
tendo um coração novo e um espírito novo criado neles, são santificados
verdadeira e pessoalmente pela virtude da morte e ressurreição de cristo,
por sua palavra e espírito morando neles.” Aqui outra vez se declara que
a santificação é somente para os chamados e para os regenerados. Se
esta experiência é só para os regenerados, deve ser uma segunda obra de
graça.
11. DE JOÃO WESLEY
“A santificação, em seu verdadeiro sentido, é a liberdade
instantânea de todo o pecado, o inclui um poder instantâneo dado para
sempre nos aproximarmos de Deus”. O Dr. Wesley reconheceu que há um
aproximamento gradual da bênção, segundo a consagração humana, mas

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que a obra divina de liberdade, de todo pecado, é instantânea. Os


eruditos mais proeminentes da fé cristã tem e pregam que esta liberdade
não toma o lugar na regeneração. Cremos em uma liberdade completa de
todo o pecado, nesta vida? Bom, então dita liberdade deve tomar lugar
subseqüente a regeneração. Estas bênçãos são para todos os filhos de
Deus e não podem ser recebidas pelo mundo.
12. TEOLOGIA DO DR. POPE
A santificação, em seus princípios e em seus processos e
terminação final, é a extirpação total do mesmo pecado, o qual, havendo
reinado no não regenerado, e co-existindo na nova vida do regenerado, é
abolido na pessoa inteiramente santificada.
O Dr. Pope foi um grande teólogo, que é e foi aceito pelos
metodistas como um dos mestres maiores desta denominação.
O Ver. W. T. Mallalier, bispo na igreja metodista, disse:
“Desde os primeiros anos do meu ministério eu tenho sustentado, como
Adam Clark, Ricardo Watson, João Feecher e João Wesley, que a
regeneração e santificação completa são separadas e distintas uma da
outra, e assim recebida em diferentes ocasiões, – as duas recebidas pela
fé, a última como um privilégio do crente, como a primeira o é de cada
penitente. Isto é claramente possível. Quem entre nós se atreve a discutir
com tais mestres, como esta honorável bispo? Você pode dizer: “ Eles não
foram inspirados”. Tão pouco nós. Eles foram eruditos profundos e muitos
de nós não o somos. Eles amaram a verdade como nós.
13. COMENTÁRIO DE MATHEW HENRY
A oração de Cristo, por todos nós, os que somos dele, é: “Que
sejam santos”. São os filhos de Deus os que tem que ser santificados, não
os que não regenerados. Não esqueçamos que Jesus orou para que
fossem santificados seus discípulos. Deus tem que santificá-los pelo meio
provido no sacrifício de Cristo. Não é um processo gradual de obediência
e perseverança, mas um ato de Deus feito pelo sangue de seu unigênito
filho.

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14. DE SAMUEL RUTHFORD


Este santo presbiteriano escocês admirável, disse: “Devemos
amar mais a Cristo para dar-nos a santificação mais que a justificação”.
Isto, em alguns respeitos, significa que maior é o santificar que o
justificar, porque Ele nos faz como ele mesmo, em sua essência
representação e imagem, na santificação. Nos temos referido a este
grande mestre, porque ele conhece que a santificação é uma obra distinta
de graça para ser recebida pelo crente inteiramente justificado.
Santificação e Santificar, são palavras derivadas do latim
“Sanctus” que significa “Santo”, - do verbo latino facere que significa
“fazer” e a terminação “ion” que significa claramente “o ato de”. Assim
que, a raiz da palavra significa claramente “o ato de fazer-se santo”. Isto
é um ato feito pelo Espírito Santo como sangue da graça. É um ato e não
um processo esquecido em nós.
Muitos outros nomes poderiam ser citados aqui. Não podemos
ignorar estes testemunhos. Que diremos frente a esta coisa?
Sem termos de contradição lógica ou escritural, asseguramos
que a natureza humana está em pecado, especialmente como no princípio
de maldade, dentro da natureza do homem, como um ato de
desobediência exterior e transgressão a lei de Deus, tem que haver obras
de graça divina para reconciliação do pecado. O homem nasce em um
estado de inocência diante de Deus, mas com uma natureza que deseja
pecar. “Eram por natureza filhos da ira”. Ef. 2:3. O indivíduo não é
nenhuma maneira responsável por sua natureza pecaminosa. Não pode
trazer culpa a seu coração porque dita natureza lhe foi imposta sobre ele;
daí, não pode arrepender-se disto.
O perdão e a justificação não tem nada que ver com
depravação. O novo nascimento ou regeneração não a quita da natureza
humana. Nunca soubemos de alguém que tenha ensinado que o princípio
de pecado é quitado com o novo nascimento.

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Os eruditos do mundo estão de acordo que as palavras


“nascer” e “santificar” tem distintos sentidos. Não podem ser
consideradas sinônimos.
A justificação é um ato judicial e é tão instantâneo quanto o
ato de firmar documentos legais. Há processos desenrolando-se para
chegar ao novo nascimento, os quais são lentos e graduais, porém chega
o tempo em que a criatura nasce. Na ordem natural podemos dizer a
nossos amigos, o ano, o mês, o dia e a hora em que nossos filhos
nasceram. Assim também é quando temos nascido de Deus, ainda que
através de um ato diferente. A imposição da vida divina, a alma que
estava morta na transgressão e em pecado, é imediata ou instantânea. O
novo nascimento não extirpa, mas divide. Não é uma obra negativa, mas
uma obra positiva da graça divina. A santificação é sempre obra negativa,
pois quita tudo o que prejudica a nova vida. Isto está claramente
expressado em João 15:2. Leia-o.
Escrituras que provam que a santificação é uma obra
instantânea de graça que deve ser recebida pelos filhos de Deus. Não é
para os pecadores, mas para os nascidos de novo: Jó 15:2; 17:17; At.
26:18; Rom. 5:2; 6:6; 7:24, 25; Ef. 1:4; Heb. 9:13, 14; 13:12 e 10:20.

QUESTIONÁRIO
Aluno:________________________________________________ Data: ____ / ____ /
____
1. É necessário nascer de novo antes de ser santificado?
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2. O pecado é herdado ou vem depois do nascimento?
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3. Que é o pecado original? É um ato ou um estado?
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4. Qual é o único remédio para uma natureza pecaminosa?
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5. Como você definiria a palavra “santificar”?
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6. Há uma prova bíblica que não faz crer que a santificação é um
crescimento diário na graça?
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7. Que diz o catecismo Metodista Episcopal sobre a santificação?
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8. O homem está condenado por causa da sua natureza pecaminosa?
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9. O que ocorre no momento em que somos santificados?
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10. Dê 5 passagens que provam que a santificação é uma obra
instantânea da graça e que é para os nascidos de novo.
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11. Qual a diferença entre o novo nascimento e a santificação?
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12. A natureza humana é completamente depravada ou não?
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13. A santificação é uma obra positiva ou negativa? Por que?
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