Conteúdo de Planificação para A 12 Classe

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Planificação

O conceito de planificação esta ligada a ideia de previsão. Planificar é prever e


prever consiste num conjunto de procedimento mediante os quais se introduz
uma maior racionalidade e organização nas acções e actividades previstas de
antemão com as quais se pretende alcançar determinados objectivos tendo em
conta a limitação dos recursos (Ander – Egg 1989).

Caracteristicas ensenciais da planificação

1º Nunca estatica e sim dinâmica;

2º Não é definitivo;

3º É um processo: Porque esta estruturada por fases ou etapas que se alteram


de acordo os objectivos a alcançar.

Segundo Revilla Mata as caracteristicas da planificação são:

1º A coerência: Deve enserir-se de forma coerente na programação da escola;

2º A contextualização: Deve ter como referente o contexto educativo a que se


dirigi e as caracteristicas e peculiaridade do grupo,

3º Utilidade: Deve servir de guia em sala de aula e não apenas o comprimento


de uma exigência burocratica.

4º Realismo: Deve ser assecivel e realizavel nas condições concretas da sala


de aula;

5º Colaboração: Deve ser resultado de um trabalho em equipa, por parte dos


professores.

6º Flexibilidade: Deve ser suficientemente flexivel para que possa ajustar-se a


circuntâncias e acontecimento da aula;

7º Diversidade: Devem acolher-se diferentes tecnicas e processos, variando a


estrutura das situações formativas.

Elementos que integra na planificação

1- Um conjunto de conhecimentos, de ideias ou experiências sobre o


processo ensino aprendizagem que funcionará de apoio conceitual e de
justificação do que se decide.
2- Um proposito ou metas a alcançar que nos indica os caminhos a seguir.
Trata-se neste ponto de responder as questões de onde vou e aonde
quero chegar.
3- Uma previsão do processo asseguir concretizando numa estratégia de
procedimento que incluem os conteúdos ou tarefas a realizar a
Elaborado por: Francisco Capussu

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sequência das actividades e de alguma forma os procedimentos de
avaliação a utilizar. Neste ponto trata-se de responder questões do tipo:
Como chegarei, aonde quero chegar e como sei que cheguei.

Nas operações de planificação, o professor apoia-se num conjunto de máteria


que funcionam como mediadores destes professores.

 Livros de textos ou manuais;


 Guias curriculares mistas.

Tipos de planificação

a) Quanto a duranção pode ser: ao Longo Prazo (Programa geral,


Dosificação anual); ao Médio Prazo (Planificação quinzinal e trimestral);
ao Curto Prazo (Plano de uma aula e matriz de prova).
b) Quanto a sua amplitude pode ser: Integral (Plano geral de actividade da
escola) e Sectorial ( Planificação das actividades extra escolar).
c) Quanto ao seu âmbito pode ser: Nacional, Regional, Local, de escola e
de turma.
d) Quanto as suas caracteristicas: Imperativa (Rigida e fechada) e
Indicativa (Flexivel e aberta);

Fases da planificação

I. Avaliação das necessidades;


II. Analise de situações e estabelecimento de prioridade;
III. Seleção do objectivos;
IV. Seleção e organização dos conteúdos;
V. Definição das estratégias de ensino;
VI. Seleção dos meios e recursos de ensino;
VII. Plano de avaliação;
VIII. Destribuição do tempo.

Segundo (Zalvaza 1992) os tipos de Nessecidades são:

1 – Necessidade normativa: Refere-se a carência de um sugeito ou grupo a


um determinado padrão.

2 – Necessidade sentida: Refere-se ao que um sujeito ou grupo deseja. No


caso da educação os interesses e desejos que os alunos envidenciam.

3 – Necessidade expressa: Que um sugeito ou grupo procura.

4 – Necessidade comparativa: O conjunto de condições e recursos que um


sujeitos ou grupo não possui, por comparação a outros grupos.

5 – Necessidade prospectiva: O conjunto de conhecimentos, capacidades,


compentências e habilidades que serão exigidas para o futuro.
Elaborado por: Francisco Capussu

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Analise de situações e establecimento de prioridade

Contra-se na recolha de dados a partir de aplicação de deferentes tecnicas de


observação, intrevista, inquerito, questionario com objectivo de conhecer os
contextos e as condições em que a acção educativa se desenvolve e
informações necessaria que dizem respeito aos alunos, as famílias, as escolas
e a comunidade.

Relativamente aos alunos é importante conhece-los do ponto de vista


psicológico e sociológico.

1- Proveniência socio-economica e cultural;


2- As suas experiências escolares;
3- As suas experiências extras-escolares;
4- Aspectos cognitivas;
5- Aspectos de natureza não cognitivas ( motivação e interesses).

Relativamente a família

1- É necessario conhecer seus status socio economico.


2- Sua atitude em relação a escola, aos prefessores, ao contéudo, ao
ensino e aprendizagem;
3- Modelo educativo sejam eles permissivo (em que os pais deixam os
filhos decidirem para eles), autoritario (em que tudo depende dos pais)
ou democrático (em que ambos chegam a um concesso do que será
melhor para o filho).

Relativamente a escola é importante conhecer sobre todos os recursos


disponiveis a dinamica de trabalho que existe e o modelo educativo que é
seguido.

Relativamente à comunidade é importante obter informações acerca dos


seguintes elementos com vista a fazer um levantamento dos recursos e
possibilidades que o meio externo oferece para enriquecer o curriculo.

Estabelecer prioridade significa colocar as necessidades por ordem de


importância, nesta operação podemos seguir dois caminhos divergentes.

1- As exigências do programa nacional;


2- Os aspectos em que a situação natural é descrepante (contrario).

Elaborado por: Francisco Capussu

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1.1-Conceito
Estabelecer os objectivos é uma condição para alcançarmos aquilo que se
almeja. Eles servem como uma bússola orientadora dos nossos passos e
caminhos para chegar onde se pretende, é importante serem traçados. Eles
estão presentes em nosso dia-a-dia. E em processo educacional não se foge a
regra os objectivos de ensino são considerados elementos estruturantes do
planeamento de ensino, constata-se que em todas as épocas eles estiveram
sempre presentes ao processo de ensinar e de aprender.

O professor assume um papel extremamente importante na formulação dos


objectivos, pois é responsável pela condução, desenvolvimento e execução do
processo de ensino-aprendizagem. “O verdadeiro educador possui objectivos
bem delineados que direcionam sua ação educativa a partir da dimensão
político-social”.

Os objectivos de ensino não tratam somente de aspectos vinculados ao acto


de ensinar e ao acto de aprender mais também ajudar o aluno interpretar a
realidade que vive para exercer sua plena cidadania.

Um objectivo é uma intenção / finalidade que se pretende que o aluno atinja


no processo de ensino-aprendizagem. São dados através dos conteúdos que o
Professor administra em sala de aula, perguntando-se sempre no verbo
infinitivo.

Objectivos de ensino- são as intenções educativas em termos de capacidade


que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo da aprendizagem escolar,
com o objectivo de ajudá-los a desenvolver as capacidades (cognitiva, física,
afetiva, estética e ética) na qual os professores deve saber aplicar os
conteúdos e as actividades de aprendizagem de forma bem dirigida, de modo
que os alunos compreendam o porquê e para que do que aprendem.

1.2-TIPOS DE OBJECTIVOS: GERAIS E ESPECÍFICOS

Os objectivos são o ponto de partida, as permissas gerais do processo


pedagógico. Representam as exigências da sociedade em relação à escola, o
ensino, aos alunos, e ao mesmo tempo reflectem as opções políticas e
pedagógicas dos agentes educativos em face das contradições sociais
existentes na sociedade.

Os objectivos gerais, são explicitados em três níveis de abrangência do mais


amplo ao mais específico:

a)-Pelo sistema escolar: que expressa as finalidades educativas de


acordo com ideias e valores dominantes na sociedade.

b)-Pela escola: que estabelece princípios e diretrizes de orientação do


trabalho escolar com base num plano pedagógico –didáctico que represente o
Elaborado por: Francisco Capussu

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consenso do corpo docente em relação à Filosofia da educação e à prática
escolar.

C)-Pelo professor :que concretiza no ensino da matéria a sua própria


visão de educação e de sociedade.

Os objetivos gerais são objetivos chamados de mediatos, por que só se


consegue alcançá-los em longo prazo. O ensino tem caráter mais amplo e essa
amplitude se dá pela natureza do conteúdo a dominar e o tempo necessário
para o completo aprendizado Por exemplo: os objetivos referidos em um plano
de curso de uma disciplina poderão ser formulados da seguinte maneira:
Compreender o ensino da história como conhecimento importante para o
exercício da cidadania; ou poderia se dizer: conhecer a historia como
conhecimento do passado que facilita a compreensão do futuro.

Os objectivos gerais- são metas globais que se pretendem alcançar com a


abordagem do programa num ciclo ou ano. Referem-se, em termos gerais, aos
saberes, competências, atitudes e valores que se pretendem que sejam
alcançadas pelos alunos.

Os objetivos específicos- são próprios de uma aula. Chamados também de


imediatos porque são muito pontuais em relação aos conteúdos trabalhados
aula por aula. Estes devem envolver ações comportamentais, que demonstrem
claramente que o aluno aprendeu o conhecimento que se pretendeu construir.
Por exemplos: o professor de matemática dá uma aula sobre fração e coloca
para sua aula o seguinte objetivo: resolver corretamente os problemas de
fração.

Os objetivos indicam a ação e nesse sentido nós dizemos que eles são
precisos ou menos precisos em termos comportamentais

Os objectivos específicos de aprendizagem devem ser definidos em termos


suficientemente concretos para poderem ser entendidos do mesmo modo por
diversas pessoas.

Deste modo como se definem objectivos específicos?

Devem ser definidos em termos do aluno;

A sua formulação inicia-se por um verbo. A selecção do verbo tem de ser


criteriosa. Definir é diferente de descrever ou de explicar.

Deve dar indicação acerca dos conceitos, ou teorias, relativos à Unidade. Nível
de profundidade que se espera fazer na abordagem dos conceitos ou dos
conhecimentos da Unidade.

Elaborado por: Francisco Capussu

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Também importa realçar que, uma vez redigidos os objectivos específicos vão
direcionar o trabalho docente tendo em vista promover a aprendizagem dos
alunos. Passam inclusive, a ter força para a alteração dos conteúdos e
métodos...

1.3-REGRAS PARA A FORMULAÇÃO DE OBJECTIVOS

Todo sistema de ensino, escola e professor esperam que o que seja ensinado
seja aprendido. O que significa dizer que só existe ensino se alguém aprende.
Como posso ensinar se meus alunos não conseguem aprender? O professor
deseja ensinar e que seus alunos aprendam e para que isto aconteça deverá
ter bem claro os seus objetivos de ensino.

Para se formular objectivos de ensino é necessário, além dos fundamentos


filosóficos e ideológicos, antes de tudo, é necessário levar em consideração os
componentes intrínsecos ligados ao perfil do aluno a quem se destinam os
objetivos e o processo de ensino-aprendizagem:

1-Fatores biológicos

2-psicológicos.

O processo de aprendizagem é um processo mental. Ocorre em nível


psicológico e em uma idade correspondente. Portanto, esses fatores são
determinantes e condicionantes para se estabelecer os objectivos de ensino.

A aprendizagem ocorre em níveis diferentes e não de forma linear. Cada aluno


tem seu ritmo próprio e suas peculiaridades individuais. Por esta razão os
estudiosos Jean Piaget (1970), Rogers (1981), entre outros, para pesquisarem
o processo de aprendizagem levaram em conta a construção do pensamento .

Os processos mentais evoluem juntamente com os processos biológicos que


sofre o ser humano em todo seu desenvolvimento desde criança até a fase
adulta. Os processos mentais obedecem a uma escala de gradual idade, que
vai correspondendo a um estágio de aprendizagem como: memória, descrição,
explicação, análise, síntese e julgamento.

Por estas razões é necessário estabelecer critérios que se deve levar em


consideração, antes da sua elaboração. São eles: - qual a realidade contextual-
social onde aqueles objetivos de ensino irão ser aplicados? - qual a idade dos
alunos para os quais os objetivos estão sendo formulados? – qual o nível de
escolaridade a que se destinam?

Também é necessário traça-se o perfil dos discentes para poder elaborar os


objetivos em termos comportamentais que deverão ser alcançados por aqueles
conteúdos que foram construídos e trabalhados pelo professor na sala de aula.

Elaborado por: Francisco Capussu

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1.4-A IMPORTÂNCIA DOS OBJECTIVOS DE ENSINO

Para LIBÂNEO (2004): “os objectivos de ensino são importantes no


desenvolvimento do trabalho docente, pois o facto de que a prática educativa é
socialmente determinada, respondendo às exigências e expectativas dos
grupos e classes sociais existentes na sociedade”.

A prática educativa actua no desenvolvimento individual e social dos


indivíduos, proporcionando-lhes os meios de apropriação dos conhecimentos e
experiências acumuladas pelas gerações anteriores, como requisito para a
elaboração de conhecimentos vinculados a interesses da população maioritária
da sociedade.

Para Libâneo o acto de ensinar e de aprender confunde-se com o projeto de


vida do sujeito núcleo do processo de ensino-aprendizagem e que procura
responder a demanda sócio-política, técnica e humana da sociedade em que
se encontra inserido.

Os objetivos de ensino estão contidos em planos de curso, planos de unidades


programáticas e planos de aula. Obedecem às categorias de diversas
naturezas e classificação.

1.5-FUNÇÃO DOS OBJECTIVOS NO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM

Os objectivos, ajudam o professor e o aluno a conhecer as "metas" do ensino-


aprendizagem, ou seja, a precisar os resultados que se desejam obter com a
intervenção educativa (pretende-se que o aluno no final da unidade seja capaz
de ...);

Ajudam o professor na selecção de estratégias e recursos de apoio; Indicam o


nível de aprofundamento na abordagem dos conceitos, adequando-o ao nível
etário e ao desenvolvimento cognitivo dos alunos (ensino feito por
aproximações sucessivas aos conceitos e teorias explicativas).

Orientam o processo de avaliação. Podem orientar o aluno no estudo e


preparação para os "testes" (quando lhe são fornecidos no início ou no final da
unidade), ou o professor na preparação de actividades de avaliação
diagnóstica, formativa ou sumativa.

1.6- VERBOS PARA A FORMULAÇÃO DE OBJECTIVOS

Formular objectivos, é uma tarefa que consiste basicamente em descrever os


conhecimentos a serem assimilados, as habilidades, hábitos e atitudes a serem
Elaborado por: Francisco Capussu

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desenvolvidos, ao término de estudo de certos conteúdos de ensino. Os
objectivos reflectem pois, a estrutura do conteúdo da matéria.

Devem ser redigidos com clareza, expressando o que o aluno deve aprender.
Devem ser realistas, isto é, expressar os resultados de aprendizagem
realmente possíveis de serem alcançados no tempo que se dispoõe e nas
condições em que se realiza o ensino. Evidentemente, sua formulação e seu
conteúdo devem corresponder à capacidade de assimilação dos alunos,
conforme a sua idade e nível de desenvolvimento mental.

Estas orientações, são importantes de serem levadas em conta, pois o que


importa é menos redação a formal e muito mais a sua utilidade para motivar e
encaminhar a actividade dos alunos.

Objectivos Gerais Objectivos Específicos Objectivos Educativos


Promover, compreender Definir, descrever, classificar -Preservar
Reconhecer, desenvolver Identificar, enumerar -Despertar
Conhecer, aperfeiçoar Sublinhar, compor, conceber -Conservar
Proporcionar, assegurar Recolher, traduzir, ilustrar -Promover
Estimular, garantir, Ordenar, representar, explicar -Respeitar
Avaliar, integrar Comparar, escrever, distinguir -Cuidar
Contribuir, elaborar Produzir, transmitir, modificar -Tomar consciência de:
Analisar, sintetizar Argumentar, verificar, validar -Cultivar valores e atitudes…
Aprofundar, aprender Localizar, indicar, expressar Criar hábitos de…
Preparar, permitir Clarificar, colaborar, fortalecer -Valorizar
Fornecer, assegurar Interpretar, destacar, assinal -Utilizar
Melhorar, propor, perceber Calcular, caracterizar, resumir -Estimar
Educar,formar,capacitar Reflectir, participar, reforçar -Participar

1.7-CLASSIFICAÇÃO DOS OBJECTIVOS

Os objcetivos considerados quanto ao nível de abrangência podem ser:

1-Gerais

2-Específicos

Quanto ao tempo:

1-mediato

2-Imediato

Elaborado por: Francisco Capussu

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Segundo BLOOM (1963) Quanto à natureza dos conteúdos os objectivos
podem ser:

1- Cognitivos 2-Afectivos 3- Psicomotores. Em outras palavras, traduzem


conhecimentos, habilidades e atitudes, que devem demonstrar os educandos
como resposta do aprendizado construído.

Existe uma grande diferença entre objectivos de ensino e objectivos


educacionais.

1-Os objetivos educacionais são muito amplos, que englobam as pretensões


formuladas por uma Nação ou Estado que traçam o perfil do homem que
deseja formar.

Os objetivos educacionais: são resultados buscados pela acção educativa:


comportamentos individuais e sociais, perfis institucionais, tendências
estruturais: Em outras palavras, são mudanças esperadas como conseqüência
da ação educativa nas pessoas e grupos sociais, nas instituições de âmbito
mais largo responsáveis por políticas educacionais.

Dizem respeito a um país, a um sistema ou a uma instituição etc. São objetivos


que expressam princípios filosóficos e a ideologia social política adoptada por
aquele país ou por governantes, seus dirigentes. Estão explícitos nos
documentos oficiais da Nação ou das instituições temos como exemplo os que
se encontram na Constituição do Brasil, que é a carta magna da nação, que
enumera os princípios constitucionais do ensino tendo por finalidade atingir os
objetivos constitucionais da educação: erradicação do analfabetismo,
universalização do atendimento escolar, melhoria da qualidade de ensino,
formação para o trabalho, etc.

1.8-TAXONOMIA DE OBJECTIVOS (TAXONOMIA DE BLOOM) .

A taxonomia dos objetivos educacionais, também popularizada como


taxonomia de Bloom, é uma estrutura de organização hierárquica de objetivos
educacionais. Foi resultado do trabalho de uma comissão multidisplinar de
especialistas de várias universidades dos Estados Unidos, liderada por
Benjamin S. Bloom, na década de 1950. A classificação proposta por Bloom
dividiu as possibilidades de aprendizagem em três grandes domínios:

Ele agrupou os objetivos em três categorias:

1-Cognitivos-são aqueles que se referem às habilidades e capacidades


intelectuais do educando. Referem-se à área intelectual abrangendo os

Elaborado por: Francisco Capussu

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domínios do conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e
avaliação.

2-Psicomotores – abrangem as habilidades de execução de tarefas que


envolvem o organismo muscular.

Estão diretamente articulados com conhecimentos que, para o seu


aprendizado, necessitam de capacidades não só intelectuais, mas, sobretudo
motoras demonstradas por habilidades manuais ou corporais.
Os objetivos psicomotores podem ser expressos pelos seguintes verbos:
Amarrar, desenhar, ajustar, executar, limpar, praticar , ligar, além de outros.

3-Afectivos-Os objetivos no campo afetivo estão vinculados a atitudes


internas do sujeito que retratam o interior, como: interesse, valor ou apreciação
e sempre revelam uma conduta. Portanto, são demonstrados através de
comportamentos. Requer do professor vivência e observação. Diz respeito a
hábitos e atitudes. Ex: justiça, fraternidade, igualdade e agressividade etc. São
muito usados na primeira fase escolar, em que os objetivos dessa etapa são
prioridade em formar hábitos, posturas educativas e atitudes.

CONTEÚDOS DE ENSINO

Conteúdos de ensino: são conjuntos de conhecimento, habilidades, habitos,


modos valorativos e atitudinais de actuação social, organizados pedagogimente
e didacticamente, tendo em vista a assimilação ativa e aplicação pelos alunos
na sua prática de vida. Englobam, portanto: conceitos, ideias, factos,
processos, princípios, leis científicas, regras, habilidades cognitivas, modos de
actividades, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de estudos, de
trabalhos e de convivencias social; valores, convicções e atitudes. São
expressos nos programas oficiais, nos livros didacticos e nos planos de ensino
e de aula, nas aulas, nas atitudes e convicções do professor, nos exercícios,
nos métodos e formas de organização do ensino.

Os conteúdos são organizados em matéria de ensino e dinâmizado pela


articulação objectivos-conteúdos-métodos e formas de organização do ensino,
nas condições reais em que ocorre o processo de ensino (meio social e
escolar, alunos, famílias etc).

Conforme a definição dada, os conteúdos de ensino se compõem por quatro


elementos: conheciementos sistematizados, habilidades e hábitos, atitudes e
convicções.

Conheciementos sistematizados são a base da instrução e do ensino, os


objectos de assimilação e meios indispensável para o desenvolvimento global
da personalidade.

Habilidades são qualidades intelectuais necessárias para actividade mental no


processo de assimilação do conhecimento. Hábitos são modos de agir
Elaborado por: Francisco Capussu

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relativamente automatizados que tornam mais eficaz o estudo activo e
independente. Nem sempre é possivél específicar um hábito a ser formado pos
esses hábitos vão ser consolidados nos transcorrer das actividades de
exercícios em que são requeridos. Hábitos podem preceder habilidades e há
habilidades que se transformam em hábitos. Por exemplo: Habilidade em
leitura pode transformar-se em hábito em ler e vice-versa.

Actitude e convicções se referem a modos de agir, de sentir e de se


posicionar frente as tarefas da vida social. Orientam, portanto, a tomada de
posição e de decisões pessoais frente a situações concretas. Por exemplo, os
alunos desenvolvem valores e atitudes em relação ao estudo e ao trabalho à
convivência social, à responsabilidade pelos seu actos, à preservação da
natureza, ao civismo, ao aspecto humano e social dos conhecimentos
científicos.

Quem deve escolher os conteúdos de ensino?

É uma questão muito importante do trabalho docente. Devemos partir do


princípio de que a escolha e a definição do conteúdo são, em última instancia,
tarefa do professor. É ele que tem pela frente determinados alunos, com suas
caracteristicas de origem social, vivendo num meio cultural determinado, com
certas disposições e preparo para enfrentar o estudo.

São três as fontes que o professor utilizará para selecionar os conteúdos dos
planos de ensino e organizar as suas aulas: A primeira é a programação oficial
na qual são fixados os conteúdos de cada matéria, são os próprios conteúdos
básicos das ciências transformadas matérias de ensino, a terceira são as
exigências teoricas e práticas colocadas pelas práticas de vida dos alunos,
tendo em vista o mundo de trabalho e a participação democrática na
sociedade.

Críterio de seleção e organização do conteúdo

Escolher os contéudos de ensino não é uma tarefa facíl mais aqui


destacaremos propostas de forma mais ordenada:

1- Correspondência entre os objectivos gerais e o conteúdo: O


conteúdo deve expressar objectivos sociais e pedágogicos das escolas
públicas sistematizados na formação cultural e ciêntifica para todos;
2- Caracter científico: Os conhecimentos que fazem parte do conteúdo
refletem os factos, conceitos, idéias, métodos decorrentes da ciência
moderna. A capacidade de professor selecionar noções básicas,
evitando descargas da matéria, é a garantia de maior solidez e
profundidades dos conhecimentos assimilados pelos alunos;
3- Carácter sistemático: O programa de ensino deve ser delineado em
conhecimentos sistematizados e não em temas genéricos e espersos,
sem ligações entre si. O sistema de conhecimento de cada matéria deve
garantir uma lógica interna, que permite uma interpenetração entre os
assuntos;

Elaborado por: Francisco Capussu

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4- Relevância social: Significa incorporar no programa experiências e
vivências das crianças, escolher conteúdos para satisfazer as seguintes
preocupações: Como ligar as exigências do domínio dos conhecimentos
com a vida real das crianças? Que conhecimento precisa ser introduzido
face as exigências teóricas e práticas do contexto social, embora não
façam parte das experiências quotidianas das crianças?
5- Acessibilidade e solidez: Significa compatibilizar os conteúdos com o
nível de preparo e desenvolvimento mental dos alunos. É o que se
costuma dominar, tambem, de dosagem do contéudo. Se os conteúdos
são acessivéis e didacticamente organizados, sem perder o caracter
científico e sistemático, haverá mais garantia de uma assimilação sólida
e duradoura, tendo em vista a sua utilização nos conhecimentos novos e
a sua transfência para situações práticas.

MÉTODOS DE ENSINO

7.1-CONCEITO

 É o caminho ou via para atingir um objetivo, com os meios adequados;


(investigação científica; assimilação do conhecimento, etc.)
 Ver o objeto de estudo nas suas propriedades e relações com outros
objetos e fenômenos e sob vários ângulos;
 São ações, passos e procedimentos vinculados a reflexão, compreensão
e transformação da realidade;
 São acções do professor pelas quais se organizam as atividades de
ensino e dos alunos para atingir os objetivos.
7.2- CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO

 Método segundo Savim;

-Orais - Exposição

- Conversação

- Conto

- Narração

Pelas fontes de obtenção -De percepção sensorial - Ilustração

Dos conhecimentos visuais - Demostração

- Exercícios Escritos e Gráficos

- Trabalho no laboratório, no horta

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- Práticos ou na parcela

 Método segundo Klimgberg;

-Expositivo

-Conversação socrática
-De elaboração
Conjunta - Conversação heuristica
Pela inter-relação do professor - Discução
E o aluno

- Individual

-De trabalho
independente -Grupo

 Métodos segundo Danilov e skatkim;

-Explicativo-
Ilustrativo -Reprodutivo

-De exposição
Pela exposição do
Pensamento lógico

-problemática
Procura parcial ou - Produtivo

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Heurístico

-Investigativo
-Indutivo

-Dedutivo

Vias lógicas de obtenção -Analítico


De conhecimentos

-Sintético

MÉTODO DE EXPOSIÇÃO PELO PROFESSOR

Na exposição, o professor deve mobilizar a atividade interna do aluno de


concentrar-se e de pensar articulando com outros procedimentos:

Exposição verbal – sua função é explicar um assunto desconhecido. O


professor deverá estimular sentimentos, instigar a curiosidade, relatar
sugestivamente um fato, descrever com vivacidade uma situação real, fazer
leitura expressiva, etc.

Demonstração – é a forma de representar fenômenos e processos reais


(germinação).

Ilustração – é uma forma de representar fatos e fenômenos reais através de


gráficos, mapas, esquemas, gravuras, etc. (Requer dos alunos capacidade de
concentração e observação).

Elaborado por: Francisco Capussu

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Exemplificação – é um meio de auxiliar a exposição verbal, principalmente
nas séries iniciais do ensino de 1º grau. Ocorre quando o professor faz uma
leitura em voz alta ,quando escreve ou fala uma palavra ,para que os alunos
observem e depois repitam.

VANTAGENS
 O professor quer transmitir muita matéria nova;
 O professor quer educar os alunos na base da sua opinião sobre
um problema;
 A matéria torna-se um meio eficaz do ponto de vista educativo e
emocional através de apresentação contínua dos alunos (dos
alunos);
 O professor quer desenvolver as aptidões de percepção.

DESVANTAGENS
 Os alunos têm poucos conhecimentos sobre a matéria a
tratar;
 Trata-se de factos ou processos difíceis que os alunos
podem compreender somente com muitas dificuldades;
 O professor não tem muito tempo na base do programa
da disciplina para a transmissão da matéria.

MÉTODOS DE TABALHO INDEPENDENTE

Atividades realizadas pelos alunos, dirigidas (estudo dirigido) e orientadas pelo


professor. Para que esse método seja eficiente, o professor precisa:

- Dar tarefas claras e acessíveis;

- Assegurar condições de trabalho;

- Acompanhar de perto;

- Aproveitar o resultado para toda classe.

VANTAGENS

Elaborado por: Francisco Capussu

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 Desenvolver a independência do aluno no trabalho;
 Desenvolver a atitude de aprender independentemente;
 Resolver uma tarefa só na base dos manuais, dos documentos ou do
apontamento anteriormente feitos.

DESVANTAGENS

 Existência de meios didáticos;


 Há suficiência de tempo.

MÉTODO DE ELABORAÇÃO CONJUNTA.

Interação entre alunos e professor. É a conversação, aula dialogada, com


elaboração de perguntas que leve os alunos a reflexão. Eis algumas:

 A pergunta deve ser preparada cuidadosamente para que seja


compreendida pelo aluno;
 Deve ser iniciada por um pronome interrogativo correcto ( o quê
quando,quanto , por quê ,etc ) ;
 Deve estimular uma resposta pesada e não simplismente sim ou não ou
uma palavra isolada.

VANTAGENS
 Diálogos para controlar os conhecimentos adquiridos.
 Diálogos para elaborar conhecimentos novos;
 Discussão e debates entre os alunos dirigidos pelas perguntas e
estimulo do professor.

MÉTODO DE TRABALHO EM GRUPO

Debate – os debatedores devem defender uma posição.

Philips 66 – 6 grupos de 6 pessoas discutem uma questão e apresentam a


conclusão.

Tempestade mental – escrever no quadro o que vem em mente sobre


determinado assunto, destacar o mais relevante e discutir.

Elaborado por: Francisco Capussu

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Grupo de verbalização – grupo de observação (GV-GO) – uma parte da turma
forma um círculo para discutir o tema, outra parte fica em volta observando.

Seminário – pode ser exposição ou conversação sobre determinado assunto


previamente estudado pelo grupo.

VANTAGENS
 Máximos aproveitamento dos talentos de cada um;
 Máxima criatividade ao serviço do projecto;
 Maior motivação nas metas a atingir ;
 Maior rapidez na concretização, logo maior produtividade;
 Possibilidade de trocas enriquecedoras de experiência e papeis.

DESVANTAGENS
 Dispersão e distração que resulta em perda de tempo;
 Ausência de chefia que resulta em desmotivação em
cadeia;
 Confusões nas funções a desempenhar que resulta em
desgaste do grupo;
 Falta de produtividade de alguns membros que resulta em
desequilíbrio produtivo da equipa.

7.3- CRITÉRIOS BÁSICOS PARA SELECÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO

 Definição rigorosa do objectivo concreto;


 Caracterização do comportamento prático a atingir;
 Organização metodológica da formação nos seus
aspectos práticos;
 Responsabilizações dos formadores;
 Modificações das relações formando-formador;
 Formatação do trabalho de grupo.

7.4-RELAÇÃO ENTRE OBJECTIVOS – CONTEÚDO – MÉTODOS

Tem como característica a mútua interdependência. O método de ensino é


determinado pela relação objectivo – conteúdo, mas podem também influir na
Elaborado por: Francisco Capussu

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determinação de objectos e conteúdos. Por sua vez, os métodos a medida que
expressa formas de transmissão e assimilação de determinadas matérias,
actuam na selecção de objectos.

Exemplo, quando definimos os objectivos e conteúdo de biologia, devem estar


incluídos neles os métodos próprios de estudo dessa matéria.

Podemos dizer, assim, que o conteúdo determina o método, pois é a base


informativa concreta para atingir os objectivos.

MEIOS DE ENSINO E RECURSOS DE ENSINO

Apesar de muito discutido e com opiniões repartidas entre varios os


professores e pensadores em didactica, que fique claro, não queremos com
esse material obrigar a aceitar e sim criar reflexão sobre o assunto.

Recursos de ensino: constitui todos os instrumentos, materiais ou objectos


usados pelos professores em salas de aula, servendo de auxilio aos meios
didacticos e de suporte aos métodos de ensino no alcance dos objectivos.

Conceito de meios de ensino: O recurso e meio de ensino é a ligação entre a


palavra e a verdade; é o conjunto de instrumento que facilitam a aprendizagem
mediante estimulos sensecitivos ou sensorios.

Meios de ensino: constitui o superte matérial dos métodos de ensino com


caractér de sistema de objectos reais, suas apresentações servem de apoio
para concção dos objectivos.

Podemos considerar os recursos educativos e meios de ensino (didacticos)


como meio, ou seja, todo o material de ensino que o professor e o aluno podem
utilizar para organizar e desenvolver metodicamente o processo de ensino e
aprendizagem. Em poucas palavras, são meios de objectivação e de trabalho
vinculado aos objectos materias, servem de apoio ao processo e contribuem
decisivamente para alcançar os objectivos. Com a utilização dos mesmos
cumpri-se com a velha exigência de didactica de imprecionar o maior número
possivel dos sentidos dos alunos para activar o processo de ensino ou
aprendizagem. Esses recursos ( meios) apoiam os meios de ensino no
processo de conhecimento, educam os alunos a pensarem de forma racional e
Elaborado por: Francisco Capussu

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independente e atráves do seu emprego o professor estimula a formação de
convicções morais e normais de condutas.

Os recursos didacticos intensificam o desenvolvimento do processo docente


educativo pois, com utilização correta dos mesmos pretedi-se que os alunos
aprendam mais, que racionalize o tempo para a aprendizagem, que se efective
uma docencia de mais qualidade com melhores resultados.

Entre tanto é importante não confundir esses meios educativos e recursos


educativos com os equipamentos para o trabalho de ensino que são meios
gerais de ensino, necessário para todas as matérias cuja a relação com o
ensino é indireta.

São por exemplo: as carteiras, mesas, quadro negro (quando não transmitem
informação), o apagador quando utilizado para limpar o quadro.

Nota: As experiências mostram que 83% do conhecimento se obtem através


da visão; 11% do conhecimento se obtêm através da audição e 6% do
conhecimento se obtem através de outros orgãos.

Função dos meios de ensino

Função inovadora: Novos ou velhos devem contribuir para as mudanças de


estilos tanto no ensino como na aprendizagem;

Função motivadora: Um meio só é motivador quando permite superar os


recursos ou verbalizar e relacionar a aprendizagem com as experiências com
aprendizagem;

Elaborado por: Francisco Capussu

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARTINS, José do Prado. 1999.Didáctica Geral.2ª Edição ATLAS SA,. São


Paulo:

PILETTI, Claudino. Didática geral. São Paulo: Ática, 2005

BLOOM, Benjamin S. 1999. Taxionomia de objetivos educacionais. Porto


Alegre-RS: Globo.

LIBÂNEO, José Carlos. 2005Democratização da Escola Pública. 18ª Ed, São


Paulo: Loyola.

CASTANHO, Maria Eugenia L. M., 2007. Os Objetivos da Educação .2ªEdição.


Campinas SP.

LIBÂNIO.J.C.” Pedagogia crítico-social: Currículo e didática ” Anais do XVI


Seminário Brasileiro de Tecnologia Educacional. 1,Rio de Janeiro, 1985,pp.45-
65.

LIBÂNIO, José C.A Democratização da Escola Pública. São Paulo, Loyola


1987.

LIBÂNIO,J.C Didáctica, são Paulo Cortez Editora,1992.

Elaborado por: Francisco Capussu

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