Artigo - Indústria 4.0 e A Sustentabilidade
Artigo - Indústria 4.0 e A Sustentabilidade
Artigo - Indústria 4.0 e A Sustentabilidade
RESUMO
ABSTRACT
With the fourth industrial revolution, the so-called 4.0 industry was built, and
with it emerges the concepts of new technologies aimed at the integration of
industrial technology with information and communication technologies. With
the fourth industrial revolution, the so-called 4.0 industry was built, and with it
emerge the concepts of new technologies aimed at the integration of industrial
technology with information and communication technologies. This article aims
to present the aspects and technologies present in industry 4.0, and the
principles of organizational sustainability. Showing the relationship between
industry 4.0 and sustainability, with the impacts that this revolution brings to
society, environment and economy. The results showed an increase in the
INTRODUÇÃO
Ao longo de sua existência a humanidade vem se deparando com
diversas mudanças influenciando as estruturas economicamente e socialmente
e também o sistema industrial, sendo nesse âmbito apresentada por quatro
grandes revoluções industriais, três já ocorridas e a última que vivemos no
momento chamada indústria 4.0 (MACKENZIE, 2016).
Termo cunhado na feira de Hannover em 2011, veio para revolucionar
as organizações trazendo para a indústria um mundo onde os sistemas físicos
e virtuais de fabricação se unem de forma global por assim designada “fábrica
inteligente” (SCHWAB, 2016), com o objetivo de atingir o nível mais alto de
eficiência operacional e produtiva e o mais alto nível de automatização, tendo
assim um relacionamento direto com o desempenho (SLUSARCZYK, 2018).
As mudanças na indústria 4.0 vêm ocorrendo com a integração vertical
dos sistemas permitindo uma visão global da organização e de maneira
horizontal acompanhando o ciclo de vida dos produtos, reduzindo assim custos
tempo e logística além do aumento da qualidade (SELIER, 2016).
Com o aumento das atividades voltadas à indústria 4.0 também
aumentam as temáticas com relação a sustentabilidade e como elas podem
contribuir nesse setor, Stock (2016) em sua pesquisa aponta como essa nova
indústria pode contribuir com os pilares da sustentabilidade, essa que é
caracterizada por três dimensões, a questão social, econômica e a ambiental.
Moreno et al (2014) também destaca a importância que a adoção dos
princípios da indústria 4.0 pode trazer para uma gestão mais inteligente e
INDUSTRIA 4.0
A quarta revolução industrial ou mais conhecida como Industria 4.0
surgiu na Alemanha em uma das mais importantes feiras de tecnologia do
mundo, em Hannover em meados de 2011. Termo considerado relativamente
novo no Brasil e também no mundo todo, tem a indústria como foco principal na
produção de bens, a conexão à tecnologia e à internet (BRETTEL et al., 2014).
A Indústria 4.0 é apresentada com diferentes definições sendo algumas
delas:
• Integração de máquinas e dispositivos, com os mais complexos
sistemas e softwares, contribuindo para o controle e planejamento de melhores
resultados organizacionais (SHAFIQ et al., 2015).
• Conceito baseado na aplicação de tecnologias avançadas a nível
de produção, aumentando a flexibilidade e qualidade dos sistemas produtivos,
com novos valores e serviços para os clientes (KHAN & TUROWSKI, 2016).
• Integração da tecnologia industrial com as tecnologias de
informação e comunicação, tendo os sistemas ciber-físicos como chave para a
construção de uma indústria inteligente, uma manufatura mais digital orientada
pela informação (GILCHRIST, 2016).
Big Data
Big Data é o termo utilizado para referenciar o armazenamento de
informações necessárias para as organizações, permitindo o acesso mais fácil
e ágil a elas em tempo real ou para uma análise posterior. Sendo a análise de
dados primordial para a indústria 4.0, tornando as tomadas de decisões mais
ágeis e assertivas (GEISSLER, 2014).
O termo Big Data se define em quatro aspectos:
a) Veracidade: refere-se se a informação é verdadeira
b) Variedade: formato dos dados computados
c) Volume: quantidade de dados a serem analisados
d) Velocidade: rapidez que as informações podem ser encontradas
A tecnologia Big Data utiliza novos sistemas e metodologias para
processar todos os dados, provenientes das mais diversas fontes, de forma
eficiente, rápida e confiável. Os principais benefícios da utilização dessa
tecnologia são: otimização dos processos, acuracidade nas tomadas de
decisão, redução de custos e melhoria na eficiência operacional (ZHOU et al.,
2015; KANG et al., 2016).
Sistemas físico-cibernéticos
O termo sistemas ciber-físicos é designado para as interações entre os
computadores e todos os processos decorrentes da organização como um
todo.
Computação em nuvem
Com as novas tecnologias da 4.0, um dos grandes desafios é o
compartilhamento de dados, devido à grande quantidade de informações
geradas por todo o sistema da cadeia. A computação em nuvem surge para
viabilizar esse acesso, através da armazenagem de dados em servidores de
acordo com o fluxo demandado, possibilitando que todos os dados gerados
possam ser armazenados de forma segura (KAGERMAN et al, 2013).
Essa tecnologia oferece baixo custo e alto desempenho, pois além da
armazenagem de dados, ainda podem oferecer softwares e hardwares que
podem vir a ser utilizados conforme a necessidade da organização (ZHOU et
al., 2015).
Manufatura aditiva
A manufatura aditiva é a tecnologia que converte modelos 3D, em um
objeto físico, através da sobreposição de material, ocorrendo de camada sobre
camada (ATARI, 2017).
O processo surgiu em meados da década de 80, sendo aplicado nas
empresas para produzir protótipos ou componentes de forma individual, devido
a sua baixa taxa de produção. Um dos limitantes para sua implementação
sempre foram as questões de baixa produtividade e seu alto custo, mas devido
ao avanço das tecnologias esses problemas foram superados, sendo essa
tecnologia agora também possível de ser utilizada em produções de pequenos
lotes e produtos customizados aos clientes, características essas presentes na
indústria 4.0 (KANG et al., 2016).
Realidade aumentada
Na indústria 4.0 a realidade aumentada é utilizada para aumentar o
campo de visão do usuário auxiliando no desenvolvimento de determinada
tarefa. Uma das principais características é a combinação de objetos reais e
virtuais e fazer a interação entre eles em tempo real (SYBERFELDT et al.,
2017).
Em cada setor ela pode apresentar algum ganho em simplificação,
como por exemplo. Na manufatura, a realidade aumentada pode ser aplicada
no planejamento de linhas de montagem e processos, em instruções visuais
para operadores e técnicos durante o processo. Já na manutenção, a realidade
aumentada permite que as instruções e informações sejam mostradas
diretamente no local onde está sendo executada a tarefa, tornando assim a
operação mais rápida e assertiva. (KLIMANT et al., 2017).
Com essas simplificações adquiridas com a realidade aumentada é
possível então a diminuição de erros, além disso consegue também diminuir a
quantidade de treinamento de colaboradores (KLIMANT et al., 2017).
AGV’s
Sigla que vem do inglês Automated Guided Vehicle, que nada mais são
do que veículos guiados automaticamente. O AGV é definido como máquinas
automáticas que realizam dentro das indústrias tarefas de transporte, detecção,
levantamento de peso, dentre outras de forma totalmente autônoma. Com o
auxílio dessa tecnologia a indústria ganha em eficiência, reduzindo os custos
SUSTENTABILIDADE
Discussões sobre a natureza, responsabilidade social e questões
econômicas começaram a ganhar força mundialmente por volta da segunda
metade do século XX. As grandes guerras e o caos causada por ela, mostrou
ao mundo a fragilidade do planeta e a necessidade de novas atitudes com
relação a natureza (POCHMANN, 2010).
Questões com relação à sustentabilidade passavam então a ficar cada
vez mais evidentes no mundo, em 1968 com o Clube de Roma foi formada
organização de estudiosos com o intuito de analisar assuntos referentes a
economia, política, meio ambiente e o desenvolvimento sustentável
(MUELLER, 2009). Com a disseminação do tema, a Organização da Nações
Unidas (ONU) apresenta em sua Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CMMAD) o termo “Sustentabilidade”, que foi então por eles
definido como a capacidade de satisfazer as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade das gerações futuras também satisfazerem a suas
próprias necessidades (GLAVIČ e LUKMAN, 2007).
Com o crescimento contínuo de estudos na área começam a surgir
conceitos para definir a ideia da sustentabilidade organizacional. Uma das mais
difundidas foi a ideia e modelo de Elkington, onde ele associava a mudança
social ao que ele chamava de Triple Botton Line, ou seja, tripé da
sustentabilidade, no qual a intenção era equilibrar a sociedade, o planeta e os
lucros, através das dimensões econômicas, sociais e ambientais. (CORLETT e
PRIMACK, 2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A busca pela produção no menor tempo possível e a busca dos
clientes por produtos customizados e personalizados, vem em direção das
propostas apresentadas pelas tecnologias da 4.0, com pensamentos voltados à
produção com um menor número de desperdício e o atendimento às
necessidades dos clientes. Aliada a essa nova onda, vem a busca por sistemas
mais sustentáveis, com o uso racional dos recursos pensando no
comprometimento da indústria com o ambiente e sociedade como um todo.
Com este estudo observou-se a crescente evolução das tecnologias da
indústria 4.0 no cenário global, e ainda que as questões ambientais e de
sustentabilidade já são itens imprescindíveis na corrida pela competitividade
organizacional.
Também pode-se observar os impactos gerados pela utilização dessas
tecnologias.
Apesar da inerente perde de empregos devido à robotização da
indústria foi possível observar que há ganho ainda relevante, visto a grande
quantidade de benefícios adquiridos referentes às dimensões ambientais,
REFERÊNCIAS
ELKINGTON, J. Cannibals with forks: the triple bottom line of 21st century
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GERLITZ, L. Design for product and service innovation in industry 4.0 and
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ZHOU, K.; LIU, T.; ZHOU, L. Industry 4.0: Towards future industrial
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