21-Texto Do Artigo-277-1-10-20220827
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RESUMO
A panosteíte é considerada uma doença do crescimento, logo acomete principalmente animais jovens, e especialmente
cães da raça pastor alemão, que apresentam pré-disposição racial. De causa desconhecida, cursa com claudicação do
membro afetado, e seu tratamento se baseia no uso de anti-inflamatórios não esteroidais e repouso. O diagnóstico da
doença se dá preferencialmente através do exame radiográfico, sendo possível visualizar alterações em diáfise e
metáfise de ossos longos, como alterações de espessura de cortical, alterações de trabeculado e radiopacidade.
1. INTRODUÇÃO
A panosteíte é uma doença que acomete principalmente ossos longos, sendo uma enfermidade
autolimitante, de maior prevalência sobre animais de raças grandes e animais jovens, de causa ainda
não bem elucidada. Machos apresentam uma maior incidência no desenvolvimento da doença,
tendo maior prevalência entre cães de cinco a dose meses (IGNA, 2016, 71), assim como animais
das raças Pastor alemão, Schnauzer, Sharpei, dentre outras que apresentam pré-disposição racial
(LAFOUND, 2002, 468; POLLARD, 2014, 271). A lesão pode ser desde focal, a multifocal pelo
osso, ou por mais de um osso, se originando geralmente adjacente ao forame nutrício. A afecção em
muitos casos se mantém persistente no foco de lesão, regredindo, podendo reincidir ou não, e
surgindo em outros ossos (BURT, 1972, 9), e sua principal apresentação clínica é a claudicação do
membro afetado, o tratamento se dá através do uso de anti-inflamatórios não esteroidais e limitando
o exercício do paciente (SATO, 2015, 464).
Em contrapartida a denominação, não há evidencia de foco inflamatório na lesão, e suas
lesões podem ser visualizadas através do exame radiográfico. Na radiografia é notado durante o
1
Discente de Graduação da Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina, Palotina-PR E-mail:[email protected]
2
Docente do Departamento de Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina. E-mail:
[email protected]
3
Médico Veterinário Autônomo - Especialização (Residência) em Diagnóstico por Imagem, Cascavel - PR. E-
mail:[email protected]
4
Médico Veterinário Residente em Diagnóstico por Imagem pela Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina,
Palotina - PR E-mail: [email protected]
5
Médico Veterinário Residente em Diagnóstico por Imagem pela Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina,
Palotina - PR E-mail: [email protected]
58 Congresso Nacional de Medicina Veterinária FAG – 2017
ISSN 2527-2365
curso da doença, manchas e trabeculação acentuada do osso longo afetado, com radiopacidade
similar à da cortical óssea, circunscrita em região medular da diáfise desses ossos, tornando-se mais
homogênea e difusa de acordo com a progressão da afecção e, em alguns casos à presença de reação
periosteal visível em diáfise. Após recuperação do paciente, o osso afetado pode se apresentar com
cortical espessada, e com trabeculado grosseiro, que tendem a voltar à normalidade, assim com a
radiopacidade aumentada, com o passar do tempo (POLLARD, 2014, 271).
Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de um cão jovem,
da raça Pastor Alemão, apresentando claudicação e dor em membros torácicos e pélvicos.
2. RELATO DE CASO
3. ANÁLISES E DISCUSSÕES
Assim como descrito por Collard et al. (2005, 461), e demonstrado nas imagens I e II, à
avaliação das projeções radiográficas observa-se o aumento de radiopacidade mal definida em
região de medular do osso acometido, principalmente próximo ao local anatômico de forame
nutrício, sendo neste estudo bem pronunciado em região distal do osso, e imagem mais turva em
região proximal.
Os achados também se assemelham aos descritos por Schawalder et al. (2002, 120), que
durante pesquisa teve como achados nas radiografias simples, espessamento de cortical óssea por
reação periosteal, com alterações de radiopacidade de medular óssea, além da reincidência da
alteração em outro membro após diagnóstico.
Destarte, pode se concluir que o exame radiográfico continua sendo uma excelente
ferramenta de triagem, uma vez que apresenta baixo custo, e é de grande disponibilidade e
facilidade de execução, sendo usado comumente no auxílio diagnóstico de doenças ortopédicas
como a panosteíte, que neste caso é o principal meio diagnóstico, possibilitando assim o mais
rápido possível controlar o problema e aliviar as manifestações clínicas.
REFERÊNCIAS
COLLARD, F.; BLOND, L.; VERSET, M. et al. Un cas de panostéite chez un cairn terrier. Revue
de Médecine Vétérinaire, v.8-9. p.460-463, 2005.
IGNA, C.; DASCÃLU, R.; BUMB, D. et al. The incidence of panosteitis in dogs admitted in
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LAFOND, E.; BREUR, G.J.; AUSTIN, C.C. Breed susceptibility for developmental orthopedic
diseases in dogs. J Am Anim Hosp Assoc, Sep-Oct;38(5):p.467-477, 2002.
POLLARD, R.E.; WISNER, E.R. Doenças ortopédicas de cães e gatos jovens em crescimento. In:
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282, 2014.
SATO R, ITO T, SUGANUMA T, et al. Suspected panosteitis in a crossbred calf. The Canadian
Veterinary Journal. 56(5): p.463-465, May 2015.
SCHAWALDER, P.; ANDRES, H.U.; JUTZI, K. et al. Die Panostitis beim Hund – eine
kryptogenetische Skeletterkrankung im Blickwinkel einer neuen ätiopathogenetischen Hypothese.
Teil 1: Klinische und diagnostische Aspekte. Schweiz Arch Tierheilkd. 144(3): p.115-130, Mar
2002.