Dia 08-08 Apresentacao - SGA Empreendimentos Hidrelétricos

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Sistemas de Gestão Ambiental para Controle e

Monitoramento de Impactos de Empreendimentos


Hidrelétricos sobre a Biodiversidade

Sérgio Augusto Abrahão Morato


LOGOS P&D em Ecologia e Meio Ambiente Ltda.
INSTITUTO ORIZZONTE
POLÍTICA AMBIENTAL
É PARTE DAS POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS E VOLTA-SE

PARA A ESTRUTURAÇÃO, COORDENAÇÃO E

MONITORAMENTO DAS AÇÕES QUE IMPLICAM NA

UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS AMBIENTAIS.


A Política Ambiental do Brasil foi estabelecida
em atendimento à legislação vigente de
diferentes períodos e condições.

As diferentes circunstâncias que inspiraram


suas edições, sob diferentes momentos
históricos, princípios e objetivos, levaram à
heterogeneidade do conjunto, apesar de
esforços desenvolvidos para organizá-las de
maneira integrada (MMA, 2002).

- Primeiro arcabouço legal: Código de Águas –


Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934.
QUAL A VISÃO DA POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA ?

• DESENVOLVIMENTISTA

COMO ATUA?

• DESENVOLVE A ESTRUTURA PARA A FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS


PÚBLICAS DE DIVERSOS SEGMENTOS

• MODELOS DE DESENVOLVIMENTO

• DESENVOLVIMENTO ATENUADO

• ECODESENVOLVIMENTO
GESTÃO AMBIENTAL
DIZ RESPEITO À ADMINISTRAÇÃO, PELO PODER PÚBLICO,
DO USO DOS RECURSOS E DE OUTRAS ATIVIDADES
HUMANAS QUE AFETAM O MEIO AMBIENTE, POR MEIO DE
AÇÕES OU MEDIDAS ECONÔMICAS, INVESTIMENTO E
PROVIDENCIAS INSTITUCIONAIS E JURÍDICAS, COM A
FINALIDADE DE MANTER OU RECUPERAR A QUALIDADE
AMBIENTAL, ASSEGURAR A PRODUTIVIDADE DOS
RECURSOS E O DESENVOLVIMENTO SOCIAL.
GESTÃO AMBIENTAL
✓ INSTRUMENTOS DE GESTÃO AMBIENTAL

• MEDIDAS ECONÔMICAS (INVESTIMENTO, TRATAMENTO


FISCAL E OUTROS);
• PLANOS DE RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS AMBIENTAIS
(USO DO SOLO);
• CONTROLE AMBIENTAL (AÇÕES DE COMANDO E
CONTROLE);
• AUDITORIA AMBIENTAL;
• CRIAÇÃO E MANEJO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
(UCS);
• ORDENAMENTO AMBIENTAL;
• LICENCIAMENTO AMBIENTAL;
GESTÃO AMBIENTAL
✓ INSTRUMENTOS DE GESTÃO AMBIENTAL

• AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA);


• RECICLAGEM DE REJEITOS;
• USO ADEQUADO DA ÁGUA, ENERGIA E COMBUSTÍVEIS;
• APROVEITAMENTO DE FONTES NÃO CONVENCIONAIS
(SOL, VENTOS, MARÉS);
• DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS LIMPAS;
• EDUCAÇÃO AMBIENTAL.
BIODIVERSIDADE

Conceito que envolve os seguintes componentes:

• Comunidades (riqueza de espécies e suas


relações).
• Ecossistemas (ambientes e seus aspectos
físicos).
• Populações (estrutura e variabilidade genética).
Elementos Fundamentais da
Conservação da Biodiversidade

1. Diversidade de Espécies

2. Diversidade de Ambientes

3. Diversidade Gênica nas Populações


Causas da Perda da Biodiversidade

•Deterioração e fragmentação de habitats e


ecossistemas;
•Introdução de espécies exóticas;
•Caça, pesca e extrativismo além da
capacidade de suporte (sobre-exploração);
•Poluição do solo, da água e da atmosfera;
•Modificações climáticas globais e locais;
•Silvicultura e agroindústria quando geram
a homogeneização da paisagem em larga
escala.
Implicações da Perda e Fragmentação
de Ecossistemas para a Conservação

Quando a comunicação entre os indivíduos


das populações cessa, ocorre um fenômeno
de “fragmentação”, que pode conduzir as
sub-populações a fenômenos estocásticos
e determinísticos que podem levar à
extinção.
Causas da Extinção
Alterações na estrutura etária e sexual;
Perda de habitats e recursos;
Aumento de competição intra e inter-
específica;
Perda de fitness e sujeição a aumento de
doenças;
Endogamia (perda de variabilidade
genética);
Maior sujeição a processos independentes
da densidade (ex.: fenômenos climáticos).
Implicações para as Sociedades
•Perda da qualidade de vida.
•Perda de recursos ainda não explorados.
•Perda de variabilidade gênica de espécies
comumente utilizadas pelas sociedades.
•Perda da fertilidade dos solos, da
qualidade das águas e da capacidade de
auto-regulação e auto-depuração dos
sistemas ambientais dos quais depende a
maioria das atividades humanas.
Elementos-chave da Conservação
da Biodiversidade (CDB / ECO-92):

ESTUDAR USAR

SALVAR
Mecanismos de Conservação da
Biodiversidade

Política Nacional da Biodiversidade


PNB
PNB

•Inventário da diversidade biológica


•Monitoramento e mitigação de impactos
•Conservação in situ
•Conservação ex situ
•Utilização sustentável de componentes
•Distribuição de benefícios
•Gestão da biotecnologia
•Educação e conscientização pública
•Cooperação científica e tecnológica
•Aspectos legais
QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS EM
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Elementos modificadores
x
Elementos a serem modificados

Modificações ocorrem no espaço

Modificações ocorrem no tempo


Exemplo: Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, PR
Elementos “modificadores” da hidrelétrica

Entorno
Acampamentos Margem

Acessos Reservatório

Pátio de obras Barragem

Casa de
Jusante
máquinas
UH Salto Caxias, Rio Iguaçu, PR
Exemplos de impactos do EIA-RIMA

-Mudanças climáticas locais


-Mudança na qualidade das águas
-Perda de hábitats
-Deslocamento de animais para áreas marginais
-Modificações na dinâmica da ictiofauna

OBS: TODOS OS IMPACTOS FORAM RELACIONADOS


EXCLUSIVAMENTE AO RESERVATÓRIO.
Programas Ambientais

- Resgate de fauna
- Resgate de flora
- Monitoramento de flora da faixa marginal e ilhas
- Monitoramento de fauna terrestre e aquática
- Criação de Unidade de Conservação (medida
compensatória)
- Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).

NOVAMENTE, MEDIDAS E PROGRAMAS


RELACIONADOS APENAS AO RESERVATÓRIO
(EXCETO PRAD).
IMPACTOS NÃO PREVISTOS

PERDA DE ESPÉCIES (NÍVEL LOCAL)

- Limnomedusa macroglossa (rã-das-pedras)


- Steindachneridion melanodermatum (surubim)
- Dyckia sp. (bromélia endêmica do vale do rio
Guarani)
PERDA DE HABITATS

- Encostas rochosas do vale do rio Iguaçu e afluentes


(peraus).
- Ilhas.
- Corredeiras.
FRAGMENTAÇÃO E POSSÍVEL PERDA DE
VARIABILIDADE GÊNICA DE POPULAÇÕES

- Isolamento de populações de Phrynops williamsi


(cágado-rajado), Caiman latirostris (jacaré-de-papo-
amarelo), Lontra longicaudis (lontra) e peixes em
geral entre as regiões a montante e a jusante.

- Desaparecimento das populações de cágados e


peixes associados a corredeiras no reservatório,
restringindo as espécies a tributários.
INTENSA MORTALIDADE DE PEIXES A JUSANTE
Mecanismos de Gestão da
Biodiversidade Associados a
Empreendimentos Hidrelétricos

• Como fazer para:

•Manter os recursos?
•Recuperar os recursos?
•Usar os recursos?
ESTRATÉGIAS

Estabelecimento e gestão de UC como medida


compensatória (Lei do SNUC).
ESTRATÉGIAS
Manutenção de trechos de rio livres de
represamento.
ESTRATÉGIAS
Monitoramentos como medida visando ao
manejo de situações críticas, inclusive
prevendo-se recursos para tal nos EIA-RIMA.
Estratégias
No caso de empreendimentos em séria, efetuar a
gestão integrada de bacias hidrográficas,
evitando-se a sua compartimentalização.
GESTÃO AMBIENTAL

Ciclo de melhoria contínua:


PLANEJAR
(planejar o que fazer)
FAZER
(fazer o que determina)
VERIFICAR
(medir quão bem faz o
que diz que faz)
AGIR
(revisar e melhorar o processo)
Atividades Humanas

Impactos
Prevenir (-) Avaliar
Mitigar (-) - Intensidade
Compensar (-) - Extensão
Recuperar (-) Projetos - Temporalidade
Potencializar (+) Ambientais - Sinergias

Manejo e Controle SGA Monitoramento

Avaliar a eficiência das Propor melhorias das ações


ações de manejo e controle
A natureza é obra e
propriedade de Deus. A
nós foi dado o privilégio de
desfrutarmos dela e,
principalmente, o dever de
protege-la.

Obrigado

Sérgio Augusto Abrahão Morato


[email protected]

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