Reduplicação Verbal em Linguas Bantu - Caso de Lingua Sena

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Centro de Ensino à Distância

Curso Lincienciatura de Ensina da Língua

Disciplna de Linguistica Bantu

2º Ano – Turma B

Tema:

Reduplicação Verbal em Língnuas Bantu: Caso da Língua Sena

Nome do Estudante:

Isabel Fernando Charles

Código: 708234939

Beira, Maio 2024

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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 1

2. Objectivos do Trabalho ....................................................................................................... 2

2.1. Objectivo Geral............................................................................................................ 2

3. Metodologia do Trabalho .................................................................................................... 2

4. Breve Introdução às Línguas Bantu .................................................................................... 3

4.1. A Função da Reduplicação nas Línguas Bantu ........................................................... 3

4.1.1. Exemplos Práticos de Reduplicação Verbal nas Línguas Bantu .......................... 4

5. Origens e Evolução da Reduplicação na Língua Sena ........................................................ 5

5.1. Origens Históricas da Reduplicação na Língua Sena .................................................. 5

5.2. Evolução da Reduplicação ao Longo do Tempo ......................................................... 5

6. Influências Externas e Integração de Novos Elementos ..................................................... 5

6.1. Adaptação à Mudança Social e Cultural...................................................................... 5

6.1.1. Características Linguísticas Específicas e a Estrutura Verbal.............................. 6

6.2. Funções e Significados da Reduplicação na Língua Sena ........................................... 6

7.1.1. Aspectos Temporais e Modais Expressos pela Reduplicação .................................. 6

7. Formação de Iterativos na Reduplicação Verbal ................................................................ 7

7.1. Exemplos Práticos de Reduplicação Verbal na Língua Sena ...................................... 7

8. Conclusão .......................................................................................................................... 10

9. Considerações Finais ........................................................................................................ 11

10. Referências Bibliográficas ............................................................................................ 12

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1. Introdução

As línguas Bantu, uma das maiores famílias linguísticas do continente africano, desempenham
um papel crucial na diversidade linguística e cultural da África Subsaariana. Este estudo se
concentra na língua Sena, uma das línguas Bantu mais faladas em Moçambique, e investiga a
reduplicação verbal, um fenômeno linguístico presente em muitas línguas Bantu.

A reduplicação é um processo morfológico em que parte de uma palavra é repetida,


resultando em novos significados ou nuances. Neste contexto, examinamos como a
reduplicação é usada na língua Sena e como ela reflete aspectos gramaticais e semânticos
dessa língua.

O primeiro segmento deste estudo discute a metodologia adotada, que inclui pesquisa
bibliográfica, análise de textos linguísticos e seleção de exemplos práticos. Essa abordagem
visa fornecer uma compreensão abrangente da reduplicação na língua Sena, embasada em
estudos anteriores e em dados linguísticos autênticos.

O segundo segmento oferece uma visão geral das línguas Bantu, destacando sua grande
diversidade e complexidade, além de explorar as características gramaticais distintivas das
línguas Bantu, com ênfase na tonalidade e na complexa estrutura verbal.

Em seguida, analisamos a função da reduplicação nas línguas Bantu, enfocando seu uso para
expressar intensidade, continuidade e aspectos verbais, como tempo e modo. Examinamos
exemplos práticos de reduplicação em diferentes línguas Bantu para ilustrar esses usos.

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2. Objectivos do Trabalho

2.1. Objectivo Geral


 Compreender o processo da reduplicação verbal em Língua Bantu em
Moçambique.

2.2. Objetivos Específicos


 Identificar os diferentes contextos em que a reduplicação verbal é empregada na
língua Sena;
 Explorar as raízes históricas da reduplicação na língua Sena;
 Analisar como mudanças sociais e culturais influenciaram a aplicação e os
significados da reduplicação na língua Sena.

3. Metodologia do Trabalho

Este Este estudo sobre a reduplicação verbal na língua Sena adotou uma metodologia que
combina pesquisa bibliográfica, análise de textos linguísticos e seleção de exemplos práticos.
Inicialmente, foi realizado um levantamento bibliográfico em obras especializadas, incluindo
contribuições de Sambo (2015), Ngunga (2000) e Makoni e Mufwene (2001). Em seguida,
foram analisados textos linguísticos em Sena para compreender os padrões e usos da
reduplicação. A partir dessas fontes, selecionaram-se exemplos que ilustram diferentes
funções da reduplicação na língua Sena.

Sambo (2015) destaca a importância de estudar textos linguísticos senaenses para entender a
estrutura e os padrões da língua. Ngunga (2000) ressalta a relevância da seleção criteriosa de
exemplos para exemplificar os usos da reduplicação. Makoni e Mufwene (2001) enfatizam a
importância de embasar o conteúdo por meio de citações e referências confiáveis.

O processo de pesquisa envolveu a análise de diversas fontes bibliográficas, permitindo uma


compreensão mais completa da reduplicação na língua Sena. A seleção de exemplos práticos
foi feita com base em critérios como clareza, representatividade e variedade de usos. Além
disso, foram utilizadas citações diretas dos autores mencionados para embasar as informações
apresentadas.

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Após a coleta e análise dos dados, o conteúdo foi organizado de forma clara e estruturada,
dividindo-se em seções que abordam diferentes aspectos da reduplicação verbal na língua
Sena. A metodologia adotada possibilitou uma abordagem detalhada e abrangente do tema,
contribuindo para uma melhor compreensão desse fenômeno linguístico e sua importância na
língua Sena.

4. Breve Introdução às Línguas Bantu

As línguas Bantu são uma família linguística impressionante que desempenha um papel
fundamental na diversidade linguística da África Subsaariana. Segundo Heine e Nurse (2000),
"as línguas Bantu são reconhecidas por sua grande diversidade e complexidade, abrangendo
centenas de línguas e dialetos falados em grande parte da África Subsaariana".

O termo "Bantu" deriva da raiz proto-Bantu -ntu, que significa "pessoa" ou "povo", refletindo
a identidade cultural compartilhada entre os falantes dessas línguas (Guthrie, 1967).

Segundo Meeussen (1967), as línguas Bantu são conhecidas por suas características
gramaticais distintivas. As línguas Bantu são notáveis por sua complexa estrutura nominal e
verbal, bem como por seu sistema tonal". A tonalidade é uma característica marcante das
línguas Bantu, onde a mudança de tom pode alterar o significado das palavras.

A dispersão das línguas Bantu é vasta, abrangendo uma vasta região do continente africano.
De acordo com Williamson e Blench (2000), "as línguas Bantu são faladas em uma ampla
faixa geográfica, desde o sudoeste da Nigéria e Camarões até o leste da África e o sul da
África, incluindo países como Tanzânia, Quênia, Zâmbia, Angola e Moçambique".

A reduplicação, um fenômeno linguístico em que parte de uma palavra é repetida, é comum


em muitas línguas Bantu e desempenha vários papéis na gramática dessas línguas (Nurse &
Philippson, 2003).

Em resumo, as línguas Bantu representam uma rica e diversificada família linguística,


desempenhando um papel crucial na comunicação e na cultura de uma vasta área da África
Subsaariana.

4.1. A Função da Reduplicação nas Línguas Bantu


A reduplicação é usada para indicar intensidade, ampliando o significado do verbo original.
Por exemplo, em algumas línguas Bantu, a reduplicação expressa um aumento na intensidade

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da ação. Segundo Meeussen (1967), em Kikongo, "a reduplicação do verbo kubika (escrever)
resulta em kubika-bika, que significa escrever muito."

Além de indicar intensidade, a reduplicação está relacionada a aspectos verbais, como tempo
e modo. Em algumas línguas Bantu, ela pode indicar um aspecto habitual, ou seja, uma ação
repetida ou rotineira. De acordo com Doke (1967), em Zulu, "a reduplicação do verbo hamba
(ir) resulta em hamba-hamba, que indica uma ação repetida, como em 'ele vai frequentemente.

4.1.1. Exemplos Práticos de Reduplicação Verbal nas Línguas Bantu

De acordo com Doke (1967), a duplicação verbal nas Línguas Bantu pode estar dividido da
seguinte forma:

a) Intensidade:
 Kubika (escrever) -> kubika-bika (escrever muito)
 Kudya (comer) -> kudya-dya (comer muito)
 Lamba (bater) -> lamba-lamba (bater com força)
 Kudla (comer) -> kudla-dla (comer em excesso)
 Guga (chorar) -> guga-guga (chorar muito)

b) Continuidade:
 kuhamba (caminhar) -> kuhamba-hamba (caminhar continuamente)
 tuka (falar) -> tuka-tuka (falar incessantemente)
 kula (gritar) -> kula-kula (gritar repetidamente)

c) Aspecto Habitual:
 fika (chegar) -> fika-fika (chegar frequentemente)
 gona (dormir) -> gona-gona (dormir habitualmente)
 kanya (pensar) -> kanya-kanya (pensar constantemente)
 tunda (trabalhar) -> tunda-tunda (trabalhar regularmente)

d) Outros Exemplos:
 buya (voltar) -> buya-buya (voltar repetidamente)
 goba (cair) -> goba-goba (cair repetidamente)

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 landa (ler) -> landa-landa (ler continuamente)

5. Origens e Evolução da Reduplicação na Língua Sena

A reduplicação na língua Sena é um fenômeno linguístico complexo que tem suas raízes na
história e na evolução da própria língua. Estudar as origens e a evolução desse processo
morfológico proporciona insights valiosos sobre a estrutura e o funcionamento da língua Sena
ao longo do tempo (Sambo, 2015).

5.1. Origens Históricas da Reduplicação na Língua Sena


As origens da reduplicação na língua Sena remontam aos estágios mais antigos da sua história
linguística. Durante o processo de desenvolvimento da língua, a reduplicação emergiu como
uma forma de enfatizar certos aspectos semânticos das palavras verbais. Conforme Sambo
(2015) aponta, a reduplicação na língua Sena provavelmente tem suas raízes nas práticas
linguísticas das comunidades ancestrais que falavam proto-Sena.

5.2. Evolução da Reduplicação ao Longo do Tempo


Ao longo dos séculos, a reduplicação na língua Sena evoluiu e se adaptou às necessidades
comunicativas dos seus falantes. Mudanças fonológicas, morfológicas e semânticas
contribuíram para a diversificação e complexificação desse fenômeno linguístico. De acordo
com Ngunga (2000), a reduplicação na língua Sena passou por um processo de
desenvolvimento gradual, resultando em uma variedade de padrões e usos na língua moderna.

6. Influências Externas e Integração de Novos Elementos

A evolução da língua Sena e, por conseguinte, da reduplicação, foi influenciada por interações
com outras línguas e culturas ao longo da história de Moçambique. Contatos com línguas
vizinhas, bem como com idiomas introduzidos durante a colonização, podem ter introduzido
novos padrões de reduplicação ou influenciado a aplicação de formas já existentes. Makoni &
Mufwene (2001) destacam que as influências externas desempenharam um papel importante
na evolução da língua Sena, incluindo sua reduplicação.

6.1. Adaptação à Mudança Social e Cultural


A reduplicação na língua Sena também reflete mudanças sociais e culturais ao longo do
tempo. Expressões reduplicadas podem ter evoluído para atender às necessidades
comunicativas em diferentes contextos sociais, como mudanças nas práticas culturais,

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avanços tecnológicos ou influências religiosas. O estudo da reduplicação na língua Sena
oferece insights não apenas sobre sua estrutura linguística, mas também sobre sua história e
cultura (Makoni & Mufwene, 2001).

6.1.1. Características Linguísticas Específicas e a Estrutura Verbal

A língua Sena é uma língua tonal, o que significa que a mudança no tom de uma palavra pode
alterar seu significado. De acordo com Sambo (2015), "A tonalidade é uma característica
proeminente da língua Sena, com as palavras frequentemente diferindo apenas em tom para
distinguir seus significados”.

Além disso, a estrutura verbal da língua Sena é notável por sua complexidade. Ngunga (2000)
observa que "A língua Sena possui uma estrutura verbal rica, com diversos morfemas verbais
que indicam aspectos gramaticais, como tempo, aspecto, modo e negação."

6.2. Funções e Significados da Reduplicação na Língua Sena


A reduplicação verbal na língua Sena desempenha diversas funções e expressa uma ampla
gama de significados. De acordo com Makoni & Mufwene (2001), "a reduplicação na língua
Sena pode ser empregada para indicar intensidade, repetição, continuidade, entre outros
aspectos linguísticos." Por exemplo, o redobramento do verbo guga (chorar) resulta em guga-
guga, enfatizando um choro intenso ou prolongado.

7.1.1. Aspectos Temporais e Modais Expressos pela Reduplicação

Além de intensidade, a reduplicação na língua Sena também é usada para expressar aspectos
temporais e modais. Ngunga (2000) destaca que "a reduplicação verbal na língua Sena pode
indicar uma ação contínua ou habitual ao longo do tempo." Por exemplo, o redobramento do
verbo tambula (andar) resulta em tambula-tambula, indicando uma caminhada contínua ou
repetida.

a) Expressão de Intensidade na Reduplicação Verbal

A reduplicação na língua Sena é comumente usada para expressar intensidade em ações


verbais. Makoni & Mufwene (2001) observam que "a reduplicação na língua Sena é
frequentemente usada para enfatizar a intensidade de uma ação." Por exemplo:

guga-guga (chorar muito)

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pisa-pisa (pisar com força)

koma-koma (dormir profundamente)

b) Expressão de Continuidade na Reduplicação Verbal

Além da intensidade, a reduplicação na língua Sena também é empregada para expressar


continuidade em ações verbais. Ngunga (2000) destaca que "a reduplicação é uma
característica comum na língua Sena, usada para expressar a continuidade de uma ação ao
longo do tempo." Exemplos incluem:

tambula-tambula (andar continuamente)

longa-longa (falar por muito tempo)

nyamuka-nyamuka (levantar-se frequentemente)

7. Formação de Iterativos na Reduplicação Verbal

A reduplicação na língua Sena também é utilizada para formar iterativos, expressando


repetição ou ação recorrente. Sambo (2015) explica que "a reduplicação verbal na língua Sena
pode indicar uma ação repetida ou habitual." Exemplos incluem:

famba-famba (andar repetidamente)

sinda-sinda (guardar cuidadosamente)

gula-gula (comprar repetidamente)

7.1. Exemplos Práticos de Reduplicação Verbal na Língua Sena


Para Sambo (2015), a reduplicação verbal é amplamente utilizada na língua Sena,
proporcionando uma riqueza de expressão linguística. Aqui estão alguns exemplos práticos:

a) Expressão de Intensidade na Reduplicação Verbal:

Exemplo 1: guga-guga (chorar muito)

O verbo guga (chorar) é reduplicado para enfatizar uma intensa emoção de choro.

Exemplo 2: tima-tima (muito assustador)

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O adjetivo tima (assustador) é reduplicado para transmitir uma forte sensação de medo ou
terror.

b) Expressão de Continuidade na Reduplicação Verbal:

Exemplo 3: tambula-tambula (andar continuamente)

A reduplicação do verbo tambula (andar) indica uma ação contínua ou repetida de caminhar.

Exemplo 4: longa-longa (falar por muito tempo)

O verbo longa (falar) é reduplicado para expressar uma fala prolongada ou uma conversa
longa.

c) Expressão de Frequência na Reduplicação Verbal:

Exemplo 5: koma-koma (dormir repetidamente)

A reduplicação do verbo koma (dormir) sugere uma ação de dormir que ocorre repetidas
vezes.

Exemplo 6: pita-pita (ir rapidamente várias vezes)

O verbo pita (ir) é reduplicado para indicar uma ação de ir que ocorre rapidamente e várias
vezes.

d) Formação de Iterativos na Reduplicação Verbal:

Exemplo 7: famba-famba (andar repetidamente)

A reduplicação do verbo famba (andar) forma um iterativo, indicando uma ação de andar
que se repete várias vezes.

Exemplo 8: sinda-sinda (guardar cuidadosamente)

O verbo sinda (guardar) é reduplicado para expressar uma ação de guardar que é realizada
com cuidado e atenção.

e) Expressão de Aspectos Temporais:

Exemplo 9: nyamuka-nyamuka (levantar-se frequentemente)

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A reduplicação do verbo nyamuka (levantar-se) indica uma ação de levantar-se que ocorre
repetidamente.

f) Expressão de Aspectos Modais:

Exemplo: kutya-kutya (ficar com medo)

Aqui, o verbo kutya (ter medo) é reduplicado para expressar uma ação de ficar com medo.

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8. Conclusão

A reduplicação verbal na língua Sena é um fenômeno linguístico complexo e multifacetado,


que desempenha um papel fundamental na estrutura gramatical e na expressividade da língua.
Este estudo buscou investigar os padrões, usos e implicações da reduplicação na língua Sena,
desde suas origens históricas até suas aplicações contemporâneas.

Ao longo da pesquisa, foi possível alcançar os objetivos propostos. Identificamos os


diferentes contextos em que a reduplicação verbal é utilizada na língua Sena, analisando
exemplos práticos para compreender como ela expressa intensidade, continuidade e aspectos
temporais e modais.

Além disso, exploramos as raízes históricas da reduplicação na língua Sena, desde seus
estágios iniciais de desenvolvimento até sua evolução ao longo do tempo. Observamos como
mudanças fonológicas, morfológicas e semânticas contribuíram para a diversificação desse
fenômeno linguístico.

Também investigamos como contatos com outras línguas e culturas influenciaram a


reduplicação na língua Sena, assim como como mudanças sociais e culturais moldaram sua
aplicação e significados. Essas análises nos forneceram insights valiosos sobre a evolução da
língua Sena e sua reduplicação, destacando sua importância como parte integrante da cultura e
da comunicação em Moçambique.

Em suma, este estudo contribuiu para uma compreensão mais abrangente da reduplicação na
língua Sena, fornecendo uma base sólida para pesquisas futuras sobre este fenômeno
linguístico e seu papel na sociedade moçambicana.

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9. Considerações Finais

A reduplicação verbal na língua Sena é um fenômeno linguístico complexo e multifacetado,


que desempenha um papel fundamental na estrutura gramatical e na expressividade da língua.
Este estudo buscou investigar os padrões, usos e implicações da reduplicação na língua Sena,
desde suas origens históricas até suas aplicações contemporâneas.

Ao longo da pesquisa, foi possível alcançar os objectivos propostos. Identificamos os


diferentes contextos em que a reduplicação verbal é utilizada na língua Sena, analisando
exemplos práticos para compreender como ela expressa intensidade, continuidade e aspectos
temporais e modais.

Além disso, exploramos as raízes históricas da reduplicação na língua Sena, desde seus
estágios iniciais de desenvolvimento até sua evolução ao longo do tempo. Observamos como
mudanças fonológicas, morfológicas e semânticas contribuíram para a diversificação desse
fenômeno linguístico.

Também investigamos como contatos com outras línguas e culturas influenciaram a


reduplicação na língua Sena, assim como como mudanças sociais e culturais moldaram sua
aplicação e significados. Essas análises nos forneceram insights valiosos sobre a evolução da
língua Sena e sua reduplicação, destacando sua importância como parte integrante da cultura e
da comunicação em Moçambique.

Em suma, este estudo contribuiu para uma compreensão mais abrangente da reduplicação na
língua Sena, fornecendo uma base sólida para pesquisas futuras sobre este fenômeno
linguístico e seu papel na sociedade moçambicana.

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10. Referências Bibliográficas

Guthrie, M. (1967). Comparative Bantu: An introduction to the comparative linguistics and


prehistory of the Bantu languages. Gregg Press.

Heine, B., & Nurse, D. (2000). African Languages: An Introduction. Cambridge University
Press.

Makoni, S., & Mufwene, S. S. (2001). The Linguistic Landscape of Africa: From Typology to
Ideology. Africa World Press.

Meeussen, A. E. (1967). Bantu grammatical reconstructions. Africana Publishing


Corporation.

Ngunga, A. R. (2000). Topics in Chichewa phonology and morphology. LOT.

Nurse, D., & Philippson, G. (2003). The Bantu Languages. Routledge.

Sambo, F. (2015). A Grammar of Sena. Mouton de Gruyter.

Williamson, K., & Blench, R. (2000). Niger-Congo. Routledge.

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