ARTIGO CIENTÍFICO - Vinícius - Corrigido
ARTIGO CIENTÍFICO - Vinícius - Corrigido
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RESUMO: Este artigo tem como foco a integridade do homem na obra “Emílio
ou da Educação”, de Jean Jacques Rousseau, que é considerada uma das
mais revolucionárias obras pedagógicas e filosóficas, tanto por suas ideias,
quanto pelas enérgicas e integrais afirmações que desagradaram, à época,
alguns filósofos e autoridades eclesiais. Esta obra, que é também um tratado,
une ética, educação e política e orienta pais e mestres em como, naturalmente,
educar o homem ideal. Partindo da importância da crença na educação
transformadora como ponte para as transformações sociais, será apresentada,
em primeiro lugar, a maneira pela qual a evolução histórica levou e continua a
levar o ser humano a um profundo, no entanto, reversível processo de
desgaste e degeneração, fruto, sem dúvida, de um real abandono de sua
natureza e de seus valores. Por fim, será apresentada uma análise de seus
educativos princípios sobre a infância, adolescência e sobre a educação e
relação com a mulher.
ABSTRACT: This article have as focus human integrity in work “Emile: or, On
education”, wrtited by Jean Jacques Rousseau, considered one of most
revolutionary educational and philosophical works, as much for their ideas, as
for by their emphatic and integral afirmations that displeased, that time, some
philosophers and eclesiastic leaders. The work, which also is a treatise, unite
etic, education and politic and guide educators or parents to educate ideal man.
Starting from importance of belief in transformative education as bridge to social
transformations, will be shown, at first, a way which historic evolution brought
and continue, until today, bringing human to a deep but reversible process of
worn anad degeneration, result, no doubt, of a real abandon of their nature and
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Vinícius Nascimento: Gestor Comercial pela UNINTER Cetro Universitário. Lattes:
http://lattes.cnpq.br/6353947172243839.Graduando em Filosofia na FAE Centro Universitário.
Contato: [email protected]
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1. Igualdade e natureza
Isso faz com que cada um, a fim de obter o melhor para si em
sociedade, veja-se obrigado a fingir, mostrando-se diferente do que realmente
é. Dessa forma, nasce a astúcia falaciosa e os vícios do cortejovão. Essa
desigualdade produziu ansiedade e medo e fez com que os homens se
escondessem atrás de suas máscaras para satisfazer seus ocultos desejos de
alcançar benefícios à custa dos demais, tornando-se seres gananciosos e
fracos, fato que estabeleceu o estado mais horrível da guerra.
Desse modo, para acabar com essa terrível situação de insegurança, os
ricos, que foram os que mais perderam, conceberam um plano para resolvê-la:
foi estabelecida uma associação amparada na lei e governada pela sociedade
política. Assim, a propriedade e a desigualdade eram legalmente apoiadas,
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2. A Educação em Emílio.
2. 1. Livro I e II: Lactância e Infância.
deve-se permitir a elas o uso das forças que possuem, inclusive das
que não podem abusar.
2. É preciso ajudá-las a suprir o que lhes falta na inteligência, na força
e nas necessidades físicas.
3. Na ajuda que lhes é dada, é necessário limitar-se ao real útil sem
conceder nada à fantasia ou ao desejo sem razão, porque a fantasia
não os atormentará se não a fizer nascer, pois não deriva da
natureza.
4. Devemos estudar cuidadosamente sua linguagem e seus sinais,
para que, numa idade em que não sabem dissimular, distingamos em
seus desejos o que vem diretamente da natureza e o que vem da
opinião. (ROUSSEAU, 1988, p.87-88)
Não dê ao seu aluno nenhum tipo de lição verbal, eles devem recebê-
los apenas da experiência; não lhe inflija nenhum tipo de punição,
porque eles não sabem o que é ser culpado; nunca faça com que eles
peçam perdão, porque eles não podem ofender. Desprovido de toda
moralidade em suas ações, ele não pode fazer nada que seja
moralmente ruim, nem mereça punição ou repreensão. (ROUSSEAU,
1988, p.123)
Aqui está o momento da história: através dela você lerá nos corações
sem as lições da filosofia; por ela os verá, simples espectador, sem
interesse nem paixão, como juiz, não como cúmplice nem acusador.
Para conhecer homens, você precisa vê-los agir. Na sociedade, eles
são ouvidos enquanto falam; eles mostram suas palavras e ocultam
suas ações; mas na história eles são expostos e julgados pelos fatos.
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Sua educação moral toma uma nova direção quando é preciso lidar com
a necessidade de explicar o sexo, que anteriormente havia sido mantido fora
de seu plano de estudos, e de orientar no campo das emoções. Mais uma vez,
Rousseau destaca a superioridade de exemplos concretos em comparação
com o verbalismo puro, recomendando clareza de linguagem no assunto e
evitando todos os tipos sermões.
Este é também o momento de discutir a religião, que é outro campo em
que, segundo Rousseau, a criança deve ser protegida do conhecimento
prematuro. Isso não indica o fim do programa educacional de Emilio, já que se
recomenda uma viagem de dois ou três anos antes do casamento, a fim de
que, dessa maneira, o jovem obtenha o conhecimento de política e governo
que lhe permitirá retornar ao seu país com o entendimento do que significa ser
cidadão.
REFERÊNCIAS:
ROUSSEAU, Jean Jacques. Discurso sobre el origem de la desigualdade entre los
hombres. Madrid: Aguilar, 1973.
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