Trilhas de Leituras 2 Ano Professor A 1 Compressed 1

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2º ANO

PROFESSOR(A)
TRILHAS DE
LEITURAS
2º ANO
LIVRO DE LEITURAS
PROFESSOR(A)

1ª Edição
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
governador Eduardo Leite
vice-governador Gabriel Souza

SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO


secretária Raquel Teixeira
secretária adjunta Stefanie Eskereski

SUBSECRETARIA DE GOVERNANÇA E GESTÃO DA REDE ESCOLAR


subsecretária Janaína Franciscatto Audino

SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO


subsecretário Marcelo Jerônimo Rodrigues Araújo

FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL |


FAMURS presidente Luciano Libório Baptista

UNIÃO DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO | UNDIME


presidente Maristela Ferrari Ruy Guasseli

Com o objetivo de desenvolver o gosto dos(as) estudantes pela leitura, este caderno de leitura, Trilhas de
Leituras, é uma coletânea de textos literários, sendo cinco destes textos escritos por autores gaúchos. Esta
coletânea faz parte do material didático complementar Trilhas da Leitura e da Escrita.
ASSOCIAÇÃO BEM COMUM
EQUIPE TÉCNICA DO ESTADO Diretor Executivo da ABC: José Clodoveu de
Coordenação e organização do material: Arruda Coelho Neto
Leony Cananéa Marques Diretora do Desenvolvimento Institucional –
Equipe de gestão e organização do caderno Trilhas DDI: Andréa Araújo Rocha Nibon
de Leituras: Diretora adjunta – DDI: Walquiria Maria Moreira
Ana Paula Moraes dos Passos Santiago
Glauciane Macari Haupenthal Diretora da Parceria de Alfabetização em
Revisora Técnica: Márcia Fagundes Barbosa Regime de Colaboração – PARC: Maria da
Ilustrações - Rosaura Ramis Conceição Ávila de Misquita Viñas
Diretoras adjuntas – PARC: Elys Vânny
OBRAS E AUTORES GAÚCHOS Fernanda Rodrigues de Oliveira e Maria Vera
A festa das formas - Adriana Cassel Vasconcelos
A Descoberta de Aninha - Adriana Stein
O primeiro dia de aula - Andréia Schefer Equipe Técnica – ABC
O trem do soninho - Babih Teixeira Colaboradora de Conteúdo: Elys Vânny
A menina alta - Bárbara Graziela Fernanda Rodrigues de Oliveira
A rua das histórias extraviadas - Christina Dias Leitoras Críticas: Elys Vânny Fernanda
A formiga Tina - Delcio Agliardi Rodrigues de Oliveira, Eunice Maria Holanda
Vida de bicho - Jane Engel Siebra e Stefânia Sales da Silva
A janela de Janaína - Milene Barazzetti Gestor de Projetos: Ícaro Corrêa Gondim Faria
Jô Aninha - Paulo Bocca Nunes Auxiliar de Gestão: Antonio Marlon Coutinho
Ana - A bailarina! - Sonia Maria Dettenbom Luz Barros
Super Afrinho em mais uma aventura… - Silvania
Inês de Carvalho
Chico - O veterano - Taís Batista
O bosque fantástico e a flor - Valderez de Jesus
Ferreira Rodrigues
Luluca e Leleco entram em campo - Viviane
Marques dos Santos

2 - ALFABETIZA THÊ
TRILHAS DE LEITURAS

Professor(a)

O livro de leituras, Trilhas de Leituras, é uma coletânea de textos cujo objetivo é


desenvolver o gosto dos(as) estudantes pela literatura, proporcionando, assim, a construção de
uma comunidade de leitores(as). Nesse processo, seu papel como professor(a) é o de
mediador(a), para despertar, incentivar e ser modelo de leitor(a) fluente para o(a) estudante na
construção da apreciação literária.

Para tanto, a leitura literária deve ser realizada em sua pluralidade, sem fórmulas e
perguntas prontas que conduzam a uma única interpretação. A criança deve ter a oportunidade
de realizar inferências, conectando seu conhecimento prévio e entendimento de mundo ao texto
que está sendo lido. Intervenha com questionamentos cujas respostas não estejam explícitas no
texto, oportunizando, assim, um amplo e reflexivo diálogo com a turma. Você deve ser, portanto,
um(a) incentivador(a) para o protagonismo dos(as) estudantes no mundo de descobertas que a
leitura pode proporcionar.

A coletânea de textos tem o foco no desenvolvimento da fluência leitora.


Assim, o Trilhas de Leituras apresenta 15 textos literários de escritores gaúchos, escritos
exclusivamente para compor a coletânea do Programa Alfabetiza Tchê, e 15 pequenos textos
para o desenvolvimento da fluência leitora nos(as) estudantes, produzidos exclusivamente para
esta obra.

O acervo produzido para este Livro de Leituras contém textos que atendem aos princípios
de legibilidade no reconhecimento de algumas palavras já lidas e na leitura de palavras novas.
Eles apresentam:

➢ Extensão curta;
➢ Média adequada entre número de sílabas e o número de palavras para cada
texto elaborado;
➢ Boa amostragem de palavras, ou seja, palavras com variações de unidades
linguísticas (letras e sílabas);
➢ Progressão calculada do nível de complexidade dos textos apresentados
com adequação para o nível do 2o ano;
➢ Campo semântico voltado para o centro de interesses dos(as) estudantes.

Ademais, os textos produzidos inserem-se em um trabalho direcionado para a leitura


autônoma dos(as) estudantes, visando o incentivo à prática da leitura com foco no
desenvolvimento da fluência leitora.

Assim, a proposta é que os textos literários sejam trabalhados de modo associado aos
textos produzidos para o desenvolvimento da fluência leitora, pois estes exploram palavras com
as quais os(as) estudantes já tiveram contato durante a leitura. Desse modo, pela repetição dos
signos, as crianças desenvolvem a precisão e a automaticidade na leitura.

Para complementar os pontos centrais da fluência leitora, englobando a prosódia, ofereça


modelos de leitura fluente para os(as) estudantes, praticando leituras repetidas, com entonação,
expressão e mudança de vozes, conforme cada texto lido.

3 - ALFABETIZA THÊ
De professor(a) para professor(a): conversando sobre alfabetização e letramento

Compreendendo o processo de alfabetização como um conjunto de ações e representações


das práticas de uso da língua em contextos variados de comunicação (multi-letramentos), vigora a
ideia de que alguns recursos linguísticos são estruturantes para o desenvolvimento das habilidades
cognitivas durante a aquisição do sistema de escrita alfabética (SEA).

Alguns componentes essenciais representam significativas construções na aquisição e no


aprimoramento das habilidades de ler, escrever e oralizar. Entre eles, destacam-se:

➢ Princípio alfabético;
➢ Consciência ou instrução fonêmica;
➢ Consciência fonológica;
➢ Vocabulário;
➢ Compreensão;
➢ Fluência.

Esses componentes, embora apresentem características e objetivos pedagógicos específicos,


atuam de maneira sistemática, gradativa e simultânea, pois operacionalizam o desenvolvimento das
habilidades trabalhadas, ou seja, dos atos de reflexão, identificação e manipulação dos sons
presentes em nossa língua.

No ciclo de alfabetização é comum um trabalho pedagógico a partir de atividades com foco


em precursores como consciência fonológica e princípio alfabético. Porém, é necessário também
dar ênfase às habilidades relacionadas à compreensão, à fluência e ao vocabulário.

Notadamente, é importante compreender a alfabetização, enquanto ensino da apropriação do


código escrito, como uma parte necessária à inserção em uma cultura de letramento: acesso a
diferentes gêneros textuais, compreensão do que se lê, desenvolvimento da oralidade fazendo uso
de vasto acervo vocabular, articulação de saberes, aquisição de níveis satisfatórios de proficiências
em leitura e produções escritas. Isto é, comunicar-se de maneira ampla em contextos variados.

Portanto, é importante e necessário proporcionar às crianças diversas experiências que


possibilitem o desenvolvimento dessas habilidades que são precursoras da linguagem escrita.

PARA SABER MAIS

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, Jogo e Sonho, Imagem e Representação.
Tradução: Álvaro Cabral e Christiano Oiticica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.

RASINSKY, Timothy. (2006). Reading fluency instruction: moving beyond accuracy, automaticity, and
prosody. Issues and Trends in Literacy, 704-706.Doi: 10.1598/RT.59.7.10

RIBEIRO, Jonas. Colcha de leituras - ensaios para unir amores e alinhavar leitores. São Paulo: Mundo
Mirim, 2009.

SILVA, Antônio Miguel Borges da. Fluência de Leitura: construção, aplicação e avaliação de
sequências didáticas e materiais de intervenção pedagógica. Tese de doutoramento em Estudos da
Criança. Braga: Universidade do Minho, 2018.

SOARES, Magda. Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever. São Paulo: Contexto,
2020.

4 - ALFABETIZA THÊ
REPRODUÇÃO DOS TEXTOS LITERÁRIOS
TEXTO 1

A JANELA DE JANAÍNA
MILENE BARAZZETTI
JANAÍNA OLHA DE SUA JANELA TUDO QUE SE MOVE.
O PÁSSARO PRETO DE BICO VERMELHO ALONGADO
QUE PIA ESFOMEADO.
A JOANINHA, NO PARAPEITO, ANDANDO DEVAGAR COM
DESPEITO POR TANTA PERFEIÇÃO.
O MENINO PEDALANDO DE UM LADO PARA OUTRO, PARECENDO SEM DIREÇÃO. O
CAMINHÃO DO LIXO PASSANDO, BUZINANDO.
OS CACHORROS EM FESTA, REUNIÃO, LATINDO E ESCONDENDO SEUS OSSOS DE ESTIMAÇÃO.
E ELA ALI PARADA, NA SUA CADEIRA ENCANTADA, COM SUAS TRANÇAS AVERMELHADAS,
ESPERANDO UMA SOLUÇÃO.
CANTAROLA UMA CANÇÃO: — LÁ LÁ LÁ.
ESCUTA PEDRINHO GRITAR LÁ DE BAIXO:
— JOGUE AS TRANÇAS, JANAÍNA!
ELA FICA EMPOLGADA, COM AS BOCHECHAS ROSADAS. E LÁ VÃO SUAS MADEIXAS
TRANÇADAS JANELA AFORA.
PASSAM PELAS CRIANÇAS, PELOS CACHORROS, PELOS GATOS DE ANDAR DEVAGAR E
ENROSCAM-SE NA ÁRVORE ONDE PEDRINHO ESTÁ.
SEGURA AS RODAS DA CADEIRA RODOPIANTE E CHEGA MAIS PERTO DA ABERTURA DA
JANELA. O MENINO DOBRA UM PAPEL COM CUIDADO, DE UM LADO PARA OUTRO, ATÉ VIRAR UM
PÁSSARO ENCANTADO. GRITA LÁ DE BAIXO:
— PODE RECOLHER AS TRANÇAS, JANA JANAÍNA, VEJA O QUE VAI ENCONTRAR!
ELA RECOLHE E JUNTO COM O DESENROLAR DO TRANÇADO DO SEU CABELO RECEBE O
PÁSSARO DOBRADO. PEGA COM CUIDADO E VÊ, LÁ DENTRO DA DOBRA, UM CORAÇÃO. RODA A
SUA CADEIRA RAPIDINHO COM O PAPEL APASSARINHADO E, DE REPENTE, ENTRA PELA JANELA
UMA BRISA DE VERÃO.
PEDRINHO FICA OLHANDO LÁ DA ÁRVORE, JANA JANAÍNA, VOANDO COM SUA CADEIRA
ENCANTADA E SEU PÁSSARO ANTES DOBRADO, AGORA ESVOAÇANTE NO AR.
VOA JANA JANAÍNA…
BEM DEVAGAR.
DEPOIS VEM AQUI,
PRA GENTE BRINCAR!

5 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 2

A FORMIGA TINA

DELCIO AGLIARDI

A FORMIGA TINA DORMIU CEDO. ACORDOU PREOCUPADA E SAIU DE CASA ÀS PRESSAS,


VESTINDO UNIFORME. O FORMIGUEIRO FICOU CURIOSO, QUERIA SABER O MOTIVO DE TANTA,
TANTA, TANTA PRESSA E PREOCUPAÇÃO.
NO CAMINHO, DE MÃOS DADAS COM SUA MAMÃE, TINA FICOU A IMAGINAR COMO SERIA O
PRIMEIRO DIA NA ESCOLA. LOGO ADIANTE, ENCONTROU LINO, UM AMIGO FORMIGA, VOLTANDO
DO CLUBE, ONDE JOGA FUTEBOL DUAS VEZES POR SEMANA.
— OI, LI-LI-LI-NO, DISSE A PEQUENA FORMIGA, GAGUEJANDO, E CONTINUOU A CAMINHAR
COM OS SEIS PÉS, LEVES, FININHOS E FORTES.
— TINA, HOJE VOCÊ VAI CONHECER NOVOS AMIGOS: A MINHOCA, O CARAMUJO, O SAPO E
TANTOS OUTROS — RESPONDEU LINO.
— LÁ NA ESCOLA, TUDO DEVE SER GRANDE PARA UMA FORMIGA PEQUENA —
IMAGINOU TINA. O QUADRO, UM CAMPO DE GOLFE. O LÁPIS, UM POSTE. O
ALFINETE, UMA ESPADA. A RÉGUA, UM NAVIO. SERÁ DIVERTIDO APRENDER A
ESCREVER — PENSOU POR UM INSTANTE.
ASSIM, A FORMIGA TINA ENTROU NA ESCOLA NO PRIMEIRO DIA: APRESSADA,
PREOCUPADA, INQUIETA E, AO MESMO TEMPO, FELIZ. SABIA QUE IA CONHECER
AS LETRAS. A PROFESSORA FABI TINHA UM ROSTO AMIGÁVEL E VESTIA UM
AVENTAL COM A LETRA F. CONTOU À TURMA QUE NASCEU EM FORMIGUEIRO,
UMA CIDADE PEQUENININHA E DISTANTE DA CAPITAL. CONTOU GOSTAR DO SEU
NOME, DE TOMAR SORVETE E DE LER, PORÉM DISSE TER MEDO, MUITO MEDO
DO SACI-PERERÊ.
— AGORA EU QUERO QUE CADA UM DE VOCÊS SE APRESENTE — DISSE A PROFESSORA. EU
VOU ESCREVER OS NOMES DE VOCÊS NO QUADRO-VERDE. VOU ESCREVER BEM GRANDE A LETRA
QUE COMEÇA CADA NOME. CADA UM DEVE DIZER UMA COISA QUE GOSTA DE FAZER. O PRIMEIRO
A FALAR FOI O SAPO.
— EU SOU O SAPO TOIO. TENHO UMA LÍNGUA GRANDE E MORO NO ARROIO.
— EU SOU A MINHOCA MIMOSA E GOSTO DE FAZER BURACO NA TERRA E DE DANÇAR, É
MUITO DIVERTIDO.
DEPOIS DO SAPO E DA MINHOCA, FOI A VEZ DO CARAMUJO.
— OI, EU SOU O CARAMUJO JOJO, MORO NO JARDIM E GOSTO DE COMER MORANGO.
OUTROS ANIMAIS SE APRESENTARAM, TINA FICOU POR ÚLTIMO E FALOU:
— EU SOU A FORMIGA TINA E GOSTO DE TOMAR CHIMARRÃO NA CASA DO VOVÔ TINOCO.
SABE, PROFESSORA, AS FOLHAS VERDES DA ERVA MATE TAMBÉM SÃO ALIMENTO DE FORMIGA.
O SILÊNCIO FOI INTERROMPIDO PELO SOM DA SIRENE DA ESCOLA, ANUNCIANDO O FIM DA
AULA.
— TCHAU, TURMA! TCHAU, PROFESSORA! ATÉ AMANHÃ!

6 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 3

A RUA DAS HISTÓRIAS EXTRAVIADAS

CHRISTINA DIAS

ESSA RUA É CHEIA DE HISTÓRIAS EXTRAVIADAS


HISTÓRIAS DE PRÍNCIPES E PRINCESAS ENCANTADAS.
QUANDO O DIA PASSA, A RUA FICA TODA ENLUARADA,
UMA LAMPARINA ACENDE PRATEANDO A CALÇADA.
AS HISTÓRIAS EXTRAVIADAS VÃO PARAR NO BAZAR,
ESPERANDO O LEITOR CHEGAR.
— VENDE-SE!
— ALUGA-SE!
— EMPRESTA-SE!
— DOA-SE!
TODA A HISTÓRIA QUER SER ENCONTRADA.
O LEITOR NEM PERCEBE A HISTÓRIA SE APROXIMAR, LP
VAI CONTANDO SUA VERSÃO E OS DOIS SEGUEM DE MÃOS DADAS
SEM NOTAR QUE AQUELA HISTÓRIA, TINHA DONO DESDE O INÍCIO ERA DO LEITOR DESDE O
PRINCÍPIO!
SÓ FALTA UM EMPURRÃO,
PARA QUE UM OLHASSE O OUTRO…
E CRIASSEM O MUNDO NOVO QUE AS HISTÓRIAS INAUGURAM.
A HISTÓRIA EXTRAVIADA
VIRA HISTÓRIA ILUMINADA
E ATÉ A LAMPARINA PISCA RINDO,
DISFARÇADA, COM AQUELA UNIÃO.

7 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 4

LULUCA E LELECO ENTRAM EM CAMPO

VIVIANE MARQUES DOS SANTOS

LULUCA ERA UMA MENINA QUE AMAVA JOGAR FUTEBOL, USAR A COR AZUL EM SUAS ROUPAS
E BRINCAR COM CARRINHOS. SONHAVA EM SER ASTRONAUTA QUANDO CRESCESSE. SEUS PAIS
DIZIAM QUE A MENINA DEVERIA USAR ROSA, POIS BRINCAR DE CARRINHO E JOGAR FUTEBOL
ERA COISA DE MENINO, ASSIM COMO SER ASTRONAUTA. VIAJAR PELO ESPAÇO NÃO ERA PARA
MULHERES.
LELECO ERA O MELHOR AMIGO DE LULUCA. ERA UM MENINO QUE NÃO PODIA CAMINHAR,
MAS VOAVA EM SUA CADEIRA DE RODAS. SEUS PAIS NÃO DEIXAVAM LELECO JOGAR FUTEBOL,
POIS COMO ELE PODERIA ENTRAR EM CAMPO SE NÃO PODIA CORRER?
UM BELO DIA, LULUCA E LELECO, DEPOIS DE MUITO TEMPO ASSISTIR AOS SEUS AMIGUINHOS
NA ESCOLA JOGAREM FUTEBOL E SE DIVERTIREM, VOLTARAM PARA CASA MUITO TRISTES,
PORQUE QUERIAM JOGAR JUNTO COM AS OUTRAS CRIANÇAS.
LAURINHO, QUE ERA CAPITÃO DO TIME, PERCEBEU A TRISTEZA DE SEUS COLEGUINHAS, POR
ISSO REUNIU O TIME PARA PENSAR EM ALGUMA FORMA DE COLOCAR LULUCA E LELECO EM
CAMPO.
O CAMPEONATO DA ESCOLA ESTAVA SE APROXIMANDO, SERIA UM BOM MOMENTO DE
MOSTRAR PARA TODOS QUE ERA POSSÍVEL, SIM, SEUS AMIGOS ENTRAREM NO TIME. ASSIM,
LAURINHO TEVE UMA BRILHANTE IDEIA: LULUCA GUIARIA LELECO E ELES SERIAM UMA DUPLA DE
JOGADORES PARA COMPOR O TIME E ISSO DARIA TAMBÉM A OPORTUNIDADE PARA QUE O
OUTRO TIME MONTASSE OUTRA DUPLA, JUNTANDO DIQUINHA QUE ERA UMA MENINA
CADEIRANTE E CEGA COM PITICO, UM MENINO SURDO.
LAURINHO SE REUNIU COM O CAPITÃO DO OUTRO TIME E TUDO ESTAVA ACERTADO: TODOS
IRIAM, SIM, JOGAR NO CAMPEONATO DA ESCOLA E MENINAS ERAM, SIM, BEM-VINDAS AO
FUTEBOL, POIS BRINCADEIRA FELIZ É AQUELA EM QUE TODOS PODEM SE DIVERTIR JUNTOS.
COM AS FAMÍLIAS TODAS REUNIDAS NO DIA DO CAMPEONATO, AO VEREM EM CAMPO
LULUCA E LELECO, DIQUINHA E PITICO, FICARAM SURPRESOS E FELIZES. OS PAIS DE LULUCA, QUE
ACHAVAM QUE MENINA NÃO PODIA JOGAR FUTEBOL, MUDARAM SUA FORMA DE PENSAR,
APRENDENDO UMA GRANDE LIÇÃO: QUANDO TRABALHAMOS EM EQUIPE, NÃO IMPORTAM AS
DIFERENÇAS, O QUE VALE É SERMOS FELIZES E COLABORATIVOS.

8 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 5

JÔ ANINHA

PAULO BOCCA NUNES

JÔ ANINHA SORRI QUANDO OLHA O SOL.


DÁ GARGALHADA COM O VENTO NO NARIZ.
E QUANDO OLHA A BORBOLETA,
BOM DIA LHE DIZ JÔ ANINHA CANTA FELIZ.

JÔ ANINHA GOSTA DE HISTÓRIAS


COMO AQUELA QUE ERA UMA VEZ,
UM LOUVA-A-DEUS QUE NUNCA REZAVA
E UM GRILO FALANTE QUE POUCO FALAVA.

JÔ ANINHA CONHECEU O REI BESOURO


QUE DIZIA TER UM GRANDE TESOURO.
E O TESOURO QUE ELE MUITO AMAVA
ERA UMA CIGARRA QUE CANTAVA.

JÔ ANINHA SORRIA, MAS TAMBÉM


CHORAVA DE UMA DORZINHA DE BARRIGA
OU DE UM SONO QUE CHEGAVA,
MAS OUVIA QUANDO UMA HISTÓRIA COMEÇAVA.

JÔ ANINHA É UMA FLOR E CANÇÃO.


É UM DOCE DE MEL COM MELÃO.
UM VERSO RIMADO DE CORDEL,
DESENHADO NUMA AQUARELA NO PAPEL.

9 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 6

O PRIMEIRO DIA DE AULA

ANDRÉIA SCHEFER

ANTES DE SAIR DE CASA, A MENINA CONFERIU, MAIS DE UMA VEZ, OS SEUS MATERIAIS.
DENTRO DA MOCHILA, ALÉM DO LÁPIS, DA BORRACHA E DO CADERNO, TAMBÉM CARREGAVA
OS SEUS SONHOS DE CRIANÇA.
DE MÃOS DADAS COM A MÃE, ELA DISFARÇAVA O SEU MEDO COM UM SORRISO. NA RUA,
ALGUMAS PESSOAS OLHAVAM PARA ELAS DE UM JEITO ESTRANHO. ENTÃO, ELA PREFERIU
IMAGINAR QUE ESTAVA INDO PARA A SUA ANTIGA ESCOLA, AQUELA QUE NÃO EXISTIA MAIS.
ACREDITAVA QUE UM DIA VOLTARIA PARA A SUA TERRA.
A MENINA NÃO ENTENDIA AS PALAVRAS DA PROFESSORA, POR ISSO TEVE VONTADE DE
CHORAR. NINGUÉM CONSEGUIA CONVERSAR COM ELA. HAVIA MUITO O QUE APRENDER E ELA
SABIA: NÃO SERIA FÁCIL!
QUANDO CHEGOU A HORA DO RECREIO, FICOU SOZINHA. SENTADA NO BANCO DA
PRACINHA, NÃO TINHA COM QUEM BRINCAR. VIU UM MENINO SE APROXIMANDO COM UM
PEDAÇO DE CHOCOLATE NAS MÃOS. OLHOU PARA OS LADOS E PERCEBEU: NÃO TINHA MAIS
NINGUÉM ALI. O DESCONHECIDO DIVIDIU COM ELA O SEU LANCHE E, NAQUELE INSTANTE, ELA
DESCOBRIU QUE LONGE DO HAITI TAMBÉM PODERIA ENCONTRAR AMIGOS.

10 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 7

O TREM DO SONINHO

BABIH TEIXEIRA

O SONO É UM TREM QUE TEM HORA PARA PASSAR, QUEM


ENTRA NELE DESCANSA,
ATÉ A HORA DE ACORDAR.

PRESTE ATENÇÃO NO SINAL,


QUANDO ELE ESTÁ CHEGANDO.
O CORPO FICA CANSADO,
O OLHO FICA COÇANDO.

QUANDO O SOL VAI EMBORA,


JÁ COMEÇA A JORNADA,
PREPARANDO ESSA VIAGEM
QUE SERÁ NA MADRUGADA.

TOMA BANHO,
SE ACALMA E DESLIGA O CELULAR.
PÕE UM PIJAMA FOFINHO,
LOGO O TREM IRÁ PASSAR.

ELE PODE VIR DEPRESSA,


PARECENDO UM TREM BALA.
TEM DIAS QUE ELE DEMORA,
COMO A MARIA FUMAÇA.

QUANDO HÁ LUA NO CÉU,


REFLETINDO SEU CLARÃO,
TODA CAMA, BERÇO E BELICHE,
VIRA O NOSSO VAGÃO.

TODO MUNDO DA FAMÍLIA, EMBARCA JUNTO NESSE TREM,


E SE TEM GATO OU CACHORRINHO,
ELES VIAJAM TAMBÉM.

BOA NOITE, BOA NOITE,


VEM FAZENDO O PIUÍÍÍ!
DEITE CALMO E SERENANDO,
O TREM DO SONO VAI PARTIR!

11 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 8

A DESCOBERTA DE ANINHA

ADRIANA STEIN

ANINHA ACORDA CEDO, ESCOVA OS DENTES, TOMA CAFÉ, LAVA SEU PRATO E O COPO. PEGA A
SUA MÁQUINA FOTOGRÁFICA, O CADERNO DE ANOTAÇÕES E CORRE PARA O JARDIM. OBSERVA A
TRILHA DAS FORMIGAS E AS JOANINHAS POUSANDO NAS FLORES, PROCURANDO INSETOS E
OUTROS BICHINHOS. FICA HORAS SENTADA, OBSERVANDO E ANOTANDO TUDO.
QUANDO SE DÁ CONTA, SUA MÃE JÁ ESTÁ CHAMANDO PARA ALMOÇAR. RAPIDAMENTE, CORRE
PARA DENTRO DE CASA, JUNTO COM O PUDIM, SEU CÃOZINHO PARCEIRO DE AVENTURAS NO
JARDIM.
— PUDIM, VOU SER BIÓLOGA QUANDO CRESCER. — FALA ANINHA.
HOJE, ELA ENCONTROU UMA LAGARTA VERDE, BRILHOSA COM LISTRAS PRETAS E MUITO
COMILONA. COM PEZINHOS BEM PEQUENOS, AGARRADA NO GALHO DA FLOR, COMIA
RAPIDAMENTE UMA FOLHA VERDINHA. ANINHA PEGOU SUA CÂMERA E COMEÇOU A FOTOGRAFAR.
ESCREVEU EM SEU CADERNO TODOS OS DETALHES DE SUA DESCOBERTA. PUDIM OBSERVAVA
ATENTAMENTE, CHEIRANDO TUDO.
— SAI, DEIXA A LAGARTA! ELA NÃO É COMIDA!
LEVOU AS FOTOS PARA A ESCOLA E MOSTROU PARA O PROFESSOR DE CIÊNCIAS. ELA
DESCOBRE QUE A LAGARTA, EM BREVE, SE TRANSFORMARÁ EM UMA BORBOLETA. A TARDE
DEMOROU A PASSAR. ANINHA CHEGA APRESSADA EM CASA, CORRE PARA O JARDIM COM SEU
AMIGO PELUDO ATRÁS DELA.
— PUDIM, ONDE ESTÁ MARIGARTA? ESSE FOI O NOME QUE ELA DEU A LAGARTA. SEU CORAÇÃO
DISPARA. ELA PROCURA NA MESMA PLANTINHA QUE VIU PELA MANHÃ, MAS NADA DE
ENCONTRAR. ENTRA DENTRO DE CASA, JOGA A MOCHILA NO SOFÁ E A MÃE PERCEBE QUE ELA
ESTÁ PREOCUPADA.
— MAMÃE, A MARIGARTA SUMIU! O PROFESSOR CONTOU QUE ELA VAI SE TRANSFORMAR EM
UMA BORBOLETA. — ONDE SERÁ QUE ELA FOI PARAR?
— AMANHÃ CEDINHO, EU TE AJUDO A PROCURAR. — DISSE A MÃE DE ANINHA, DANDO UM
ABRAÇO NELA.
ELAS ENCONTRAM A MARIGARTA NA BERGAMOTEIRA, BEM QUIETINHA, SE PREPARANDO
PARA VIRAR CASULO.
— AGORA VAMOS ESPERAR ALGUMAS SEMANAS ATÉ QUE NASÇA UMA LINDA
BORBOLETA.
— VIU SÓ, MAMÃE? EU FALEI QUE ESTE JARDIM É ENCANTADO, A GENTE DESCOBRE
COISAS MARAVILHOSAS AQUI.

12 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 9

VIDA DE BICHO

JANE ENGEL

A PREÁ PISOU NO PÁTIO


TIA TERESA TENTOU TOCÁ-LA
TITIA CORREU COM CUIDADO E CAIU
RAPIDAMENTE A ROEDORA
RETORNOU AO RIO
E NINGUÉM NUNCA MAIS A VIU.

UM TATU MUITO TRANQUILO


TOLERANTE E TERNO
SENTINDO-SE AMEAÇADO,
ENTROU EM SUA TOCA
COM MEDO DE SER CAÇADO.

QUERO-QUERO QUER SOSSEGO


URUBU QUE NÃO SENTE MEDO
PROVOCA O ALVOROÇO
PARA GARANTIR SEU ALMOÇO.

O SAPO COM NOME CURURU


VIVE NA LAGOA NUMA BOA
NUMA PEDRA BEM DESCANSADO
COME OS INSETOS E SONHA IR PARA LISBOA.

JOÃO DE BARRO, ARQUITETO HABILIDOSO


SOZINHO NÃO ESTÁ,
SEU LEMA É A UNIÃO
QUER UM LAR CHEIO DE PERFEIÇÃO
E AMOR DE DAR INVEJA
A QUALQUER CONSTRUTOR.

13 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 10

A FESTA DAS FORMAS

ADRIANA CASSEL

NA FESTA ANUAL DAS FORMAS GEOMÉTRICAS, UM QUADRADO CHEIO DE MANIAS


JUNTOU-SE COM UM LOSANGO RANZINZA E AMBOS COMEÇARAM A RIR E DEBOCHAR DE UMA
ESFERA QUE ENTROU NA FESTA.
RIAM DIZENDO:
— OLHA A DONA REDONDA, MAIS PARECE UMA BOLA!
ELA ERA LINDA, CHEIA DE BRILHOS, SEM LADOS, ROBUSTA, MAS ISSO NÃO FOI O SUFICIENTE.
POR ISSO, AO OUVIR A GROSSERIA QUE LHE FIZERAM, COMEÇOU A CHORAR MUITO. SEUS OLHOS
FICARAM TÃO TRISTES QUE TODO AQUELE BRILHO FICOU EMBAÇADO.
LOGO QUE AVISTARAM A ESFERA CHORANDO, AS OUTRAS FORMAS SE APROXIMARAM. O
CONE CHORAVA JUNTO, O CILINDRO, NERVOSO, APENAS ROLAVA DE UM LADO PARA O OUTRO,
JÁ O CUBO, FOI LOGO DIZENDO:
— QUANDO NASCEMOS, GANHAMOS UMA FORMA E UM JEITO DE SER. PRECISAMOS ACEITAR
E RESPEITAR, O NOSSO E O DOS OUTROS, AINDA MAIS!
— VENHA PARA O MEIO BRILHAR, LINDA ESFERA! VOCÊ É A ÚNICA QUE PODE SER MUITAS
OUTRAS COISAS, PODE SER UM PLANETA, PODE SER O SOL, PODE SER UM PIRULITO OU UMA
CABEÇA. A ESFERA PODE SER O QUE ELA QUISER, JÁ OS DOIS ENGRAÇADINHOS NUNCA
PASSARÃO DE DOIS QUADRADOS!
AS PALAVRAS DITAS PELO CUBO FORAM OUVIDAS COM TANTA ATENÇÃO QUE SERVIRAM DE
LIÇÃO PARA O QUADRADO E PARA O LOSANGO QUE, MUITO ENVERGONHADOS,
DESCULPARAM-SE COM A ESFERA.
EM SEGUIDA, A MÚSICA COMEÇOU. AS PIRÂMIDES, OS RETÂNGULOS, OS LOSANGOS,
OS CÍRCULOS, OS CONES, OS PARALELOGRAMOS, OS HEXÁGONOS, OU TRIÂNGULOS E TODAS
AS DEMAIS FORMAS SUBIRAM AO PALCO E CONVIDARAM A ESFERA, DIZENDO:
— VENHA PARA NOSSO MEIO, VENHA BRILHAR, VENHA NOS “TRANSFORMAR” COM SEU
BRILHO!
DEPOIS DISSO, ATÉ OS DIAS DE HOJE, TODOS RESPEITAM SUA FORMA DE SER.

14 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 11

O BOSQUE FANTÁSTICO E A FLOR

VALDEREZ DE JESUS FERREIRA RODRIGUES

ERA UMA VEZ UMA LINDA FLORZINHA CHAMADA LIS. ERA A MAIS BELA DE TODAS. NO BOSQUE, TODAS AS
CRIATURAS A ADMIRAVAM. SEU AROMA DOCE E SUAVE SE ESPALHAVA PELO AR. A FLORZINHA SORRIA ORGULHOSA
POR SUA BELEZA E SEU PERFUME. ENVAIDECIDA PELOS ELOGIOS QUE FAZIAM COM QUE SE SENTISSE DIFERENTE E
SUPERIOR AOS AMIGOS QUE A CERCAVAM DE ATENÇÃO E CARINHO.
O TEMPO PASSAVA E A FLORZINHA PERCEBEU QUE AS COISAS ESTAVAM MUDANDO. OS AMIGOS PASSAVAM
DISTANTES. OLHAVAM, SORRIAM, MAS JÁ NÃO A ELOGIAVAM TANTO COMO ANTES. ELA NOTOU QUE SUAS PÉTALAS
CAIAM, OUTRAS MURCHAVAM. SEU CAULE, ANTES ROBUSTO E FIRME, JÁ SOFRIA COM OS VENTOS FORTES. POR
ISSO, ELA TEMIA SER ARRANCADA PELAS TEMPESTADES. AS BORBOLETAS, SUAS AMIGAS, TAMBÉM POUCO A
VISITAVAM. ELA OLHAVA PRA LÁ E PRA CÁ, AJEITAVA AS PÉTALAS PARA CHAMAR ATENÇÃO E NADA. OLHAVA PARA
O CÉU PROCURANDO O SOL, MAS O SOL PARECIA MAIS ARDENTE. ELA FOI FICANDO CADA DIA MAIS TRISTE, SÓ E
CANSADA. SENTIA FALTA DOS AMIGOS, DOS ELOGIOS E, PRINCIPALMENTE, SENTIA FALTA DO CARINHO QUE RECEBIA
DE TODOS... O BEIJA-FLOR, A BRISA, OS PÁSSAROS, AS BORBOLETAS, AS ABELHAS E AS CRIANÇAS.
AH, QUE FALTA LHE FAZIAM! MURCHAVA UM POUCO A CADA DIA, POIS A TRISTEZA E A MELANCOLIA NÃO
PASSAVAM. PORÉM, CERTO DIA, ELA VIU UMA FIGURA SE APROXIMANDO LENTAMENTE. VIU UMA NUVEM DE
MOSQUITINHOS CHEGANDO BEM PERTO. PERGUNTOU A SI MESMA:
— SERÁ QUE ESTÃO VOLTANDO?
OUVIU AS VOZES E OS RISOS DAS CRIANÇAS BRINCANDO, A REVOADA DOS PASSARINHOS… A VIDA NO BOSQUE.
OLHOU PARA O ALTO E PERCEBEU QUE GALHOS FRONDOSOS LHE PROTEGIAM DO SOL ARDENTE E DA CHUVA
PESADA, REFRESCANDO O SOLO. OLHOU PARA O OUTRO LADO E VIU O BEIJA-FLOR ACARINHANDO UM HIBISCO.
PARECIA CONTAR-LHE UM SEGREDO. OLHOU PARA O CHÃO E VIU MUITOS GALHOS SECOS NUM CREC-CREC
QUEBRADIÇO. SEM VIDA, PENSOU. COITADOS…
NESTE MOMENTO, COMO SE ALGUÉM LESSE SEUS PENSAMENTOS, OUVIU UMA VOZ DISTANTE. PROCUROU,
OLHOU PARA TODOS OS LADOS E VIU UMA PEQUENA LAGARTA GORDINHA, PELUDA E RISONHA.
— OLÁ, BELA FLORZINHA!
— VOCÊ… VOCÊ FALA? — BALBUCIOU INCRÉDULA.
— SIM — RESPONDEU A LAGARTA, MAS SÓ FALO PARA QUEM SABE OUVIR! — COMO ASSIM? — PERGUNTOU A
FLORZINHA.
— ENTÃO, EU SEI OUVIR.
— PENSO QUE SIM, AFINAL ESTÁ FALANDO COMIGO, NÃO É MESMO?
— A FLORZINHA PENSOU E DISSE: — SIM! DISSE ELA, ESTOU TE OUVINDO. — ISSO SIGNIFICA QUE VOCÊ JÁ ESTÁ
PREPARADA PARA OUVIR.
— QUERES QUE EU CONTINUE?
A FLORZINHA MAIS ANIMADA DIZ:
— SIM, POR FAVOR CONTINUE!
A LAGARTA SE APROXIMOU E FALOU BAIXINHO:
— TODOS OS ELOGIOS E AS MARAVILHOSAS COMPANHIAS QUE VOCÊ DESFRUTOU DE NADA VALERAM.
VOCÊ RECEBEU O MELHOR DE CADA UM… PORÉM, GUARDOU TUDO SÓ PARA VOCÊ. O NOME DISSO É
EGOÍSMO. NÃO SOUBE COMPARTILHAR, RETRIBUIR OU AGRADECER. OS MAIS BELOS SENTIMENTOS E GESTOS QUE
RECEBEMOS, SE NÃO FOREM OFERTADOS COMO FORAM RECEBIDOS, ACABAM PESANDO DEMAIS PARA NÓS.
DEVEMOS RESPEITAR OS OUTROS E CULTIVAR AS COISAS BOAS. VEJA! OLHE PARA AS BORBOLETAS, ELAS
CONTINUAM VOANDO. ESPALHAM SUAS CORES E SUA LEVEZA POR AÍ. VOCÊ GUARDOU TUDO PARA SI. SEQUER
OLHAVA AO SEU REDOR. NÃO VIA NINGUÉM. ELES ESTAVAM LHE ADMIRANDO. FIZERAM A PARTE DELES.
SE CAEM SUAS PÉTALAS, VOCÊ FICA LEVE. SE OS GALHOS SECOS CAEM E JUNTAM-SE À TERRA, DÃO FORÇA ÀS
RAÍZES E A VIDA SE RENOVA. VIRAM TAPETE PARA NOVOS BROTOS.
— VÊ AQUELE INSETO? — DISSE A LAGARTA. CADA UM TEM SEU PAPEL POR AQUI. NÃO TENHA MEDO. SE
OFERTAMOS AFETO, MAIS AFETO RECEBEMOS DE VOLTA. UM SORRISO, UM SIMPLES OLHAR OU UM OLÁ! ESTE
BOSQUE É FANTÁSTICO, NÃO É MESMO? DO NADA, ALGUÉM OLHA PARA NÓS E ALEGRA NOSSO DIA! IMAGINE
QUANDO DESCOBRIR TUDO QUE HÁ POR AQUI! VOCÊ SÓ VIU UMA PARTE. ESTA É SÓ UMA HISTÓRIA. HÁ TANTAS
OUTRAS…
E DESAPARECEU!!!

15 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 12

SUPER AFRINHO EM MAIS UMA AVENTURA

SILVANIA INÊS DE CARVALHO

— VOCÊ CONHECE SUPER AFRINHO?


— NÃO?
— ENTÃO, VOU TE CONTAR QUEM É ESSE SUPER-HERÓI.
AFRINHO NASCEU NA ÁFRICA. É UM MENINO MUITO ESPECIAL, SEU CABELO É BLACK
ENCARACOLADO, OS OLHOS COMO JABUTICABAS, LÁBIOS CARNUDOS E UMA PELE NEGRA LINDA
DE SE VER. COSTUMA VESTIR UMA CAPA VERMELHA E SUA ROUPA É EM TONS DE AZUL CLARO.
PORÉM, NOS DIAS DE FESTAS, GOSTA DE USAR ROUPAS BEM COLORIDAS. SUA SUPER MISSÃO É
CONTAR HISTÓRIAS VERDADEIRAS DO POVO NEGRO NAS ESCOLAS.
UM DIA, ESTAVA VOANDO SOBRE A CIDADE DE VENÂNCIO AIRES, NO RIO GRANDE DO SUL,
QUANDO VIU UMA RUA COM O NOME LUCRÉCIA E LEMBROU DAS HISTÓRIAS DO VÔ AMARO
SOBRE A LUTA DO POVO NEGRO. LUCRÉCIA FRANCISCA DA CRUZ FOI UMA ESCRAVA QUE LUTOU E,
COM AJUDA, COMPROU A SUA LIBERDADE. SUPER AFRINHO FICOU TÃO EMOCIONADO POR ESTAR
CONHECENDO ESTA RUA QUE SAIU CORRENDO PARA CONTAR ESSA HISTÓRIA NAS ESCOLAS.

16 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 13

A MENINA ALTA

BÁRBARA GRAZIELA

ELA TINHA UM NOME COMPRIDO, DAQUELES QUE ENCHIA O PARÁGRAFO E TESTAVA A


MEMÓRIA DE GENTE ALUADA.
NASCEU EM UMA NOITE ALONGADA, SEM TEMPO MEDIDO, NÃO POR FALTA DE RELÓGIO,
MAS POR AUSÊNCIA DE OLHOS NO TEMPO.
UNS DIZEM QUE FOI O TAMANHO COMPRIMIDO DELA QUE ESTICOU A NOITE, OUTROS QUE
FOI A NOITE QUE DEU TAMANHO DE LUA PRA ELA. A ORDEM NÃO IMPORTAVA. A MENINA
CRESCEU.
ACORDAR SABENDO QUE ELA CONTINUAVA DO MESMO TAMANHO OU UM POUCO MAIOR
QUE O TAMANHO DE ONTEM, DEIXAVA LUA CRESCENTE DA LUZ DO SOL NASCENTE MARIA
AINDA MAIS DISTANTE DA MÃO DA SUA PROFESSORA ISABEL MEL.
NA FILA, A MÃO DA PROFESSORA FICAVA NA FRENTE DE UMAS DEZ MENINAS QUE NÃO
TINHAM A MESMA PREOCUPAÇÃO QUE A LUA CRESCENTE. ACHO ATÉ QUE ELAS DIMINUÍRAM,
ENQUANTO A LUA CRESCIA.
— OI, PEDRO!
— OI, LUA!
— SINTO-ME TÃO MINGUADA HOJE, ATÉ MENOR QUE ONTEM, TU NÃO ACHAS?
— NÃO.
— TU ACHAS QUE PODE TODAS AS MENINAS DA MINHA SALA CRESCEREM E EU DIMINUÍ?
— PODE SER, MAS HOJE NÃO.
— UÉ! POR QUE NÃO PEDRO?
— PORQUE EU VI A MARCINHA HOJE NO MERCADO E ELA ESTAVA DO MESMO TAMANHO.
— MAS TU NÃO SABES MEDIR TAMANHO.
— SEI, SIM.
— COMO É ENTÃO?
— AH, LUA, TU OLHAS PRA PESSOA E, SE ELA FICAR TODA DENTRO DO TEU OLHO, É SINAL
QUE ELA ESTÁ DO MESMO TAMANHO E, SE NÃO COUBER NO OLHO, É PORQUE O TAMANHO
CRESCEU.
— NEM É ASSIM, TU NEM SABES.
NESSE DIA, LUA CRESCENTE DA LUZ DO SOL NASCENTE MARIA FOI PRA AULA NÃO
CABENDO NO OLHO DO PEDRO E AINDA MAIS LONGE DA MÃO DA PROFESSORA ISABEL. A
PROFESSORA QUE ENTENDIA DE LEITURA DE OLHOS DE VONTADE, VIU O SONHO DE LUA
ANTES DELA FALAR, ATÉ PORQUE OS OLHOS DA LUA CHEGAVAM NA ALTURA DA PROFESSORA.
A PROFESSORA ISABEL, QUE TINHA DOCE NO NOME, DECIDIU QUE A FILA NÃO TERIA MAIS
ORDEM DE TAMANHO, MAS ORDEM DE QUERER.
E FOI NESSE DIA QUE A LUA ESTICOU SUAS PERNAS DO TAMANHO DE NUVEM ESPALHADA E
ALCANÇOU A MÃO DA PROFESSORA.

17 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 14

CHICO – O VETERANO

TAÍS BATISTA
O PELO DOURADO BRILHA QUANDO ESTÁ NO SOL, MAS NÃO SE ENGANE, COMO DIZ O DITADO
POPULAR: “NEM TUDO QUE RELUZ É OURO”.
EM NADA ELE PARECE COM OS CÃES TIPO POPSTAR QUE ESTÃO A TODO MOMENTO EM
COMERCIAIS, FILMES E NOVELAS NA TELEVISÃO.
NO TOPO DA SOBRANCELHA DIREITA, UMA GRANDE VERRUGA. NO FOCINHO, OS BIGODES
PELA METADE, JÁ A ORELHA ESQUERDA SEM A PONTA… POR TODO O CORPO, DIFERENTES
CICATRIZES, ARRANHÕES, CORTES MAL CICATRIZADOS E VÁRIAS FALHAS NO PELO.
SENDO UM VETERANO, FRANCISCO, OU MELHOR, CHICO, DEVERIA SER, ENTÃO, UM EXÍMIO
ATLETA. MAS, NA VERDADE, NÃO… CHICO SÓ CONSEGUIA DAR PASSOS BEM PEQUENININHOS E SÓ
SE ELES FOSSEM MUITO, MUITO LENTOS. SEU OLFATO JÁ NÃO RASTREIA NEM O CHEIRO DO
GAMBÁ MAIS PODEROSO DO MUNDO. QUANDO ACORDADO, PRECISAVA ESTAR ATENTO, POIS SUA
VISÃO JÁ ESTAVA CANSADA DE TANTO VER. CHICO GOSTAVA MESMO ERA DE SENTIR, APENAS
SENTIR.
TINHA MUITOS ANOS DE VIDA, JÁ NÃO ERA POSSÍVEL CONTAR SUA IDADE APENAS COM OS
DEDOS DAS DUAS MÃOS. CHICO ERA UM VETERANO.
GOSTAVA DE SENTIR A RESPIRAÇÃO TRANQUILA, QUANDO GANHAVA UM COLINHO DOS SEUS
TUTORES, ENQUANTO ELES CONTEMPLAVAM O PÔR DO SOL. GOSTAVA DE SENTIR O ABRAÇO
FORTE DA CHEGADA DE SEUS AMORES. AMAVA SE SENTIR PROTEGIDO QUANDO O CARREGAVAM
NO COLO PARA IR DE UM LUGAR A OUTRO DURANTE UM PASSEIO.
ENQUANTO A MAIOR PARTE DOS CÃES CORRIAM DE UM LADO PARA O OUTRO NOS PARQUES E
PRAÇAS AO LONGO DOS FINAIS DE SEMANA, CHICO FICAVA NO COLO SENDO UMA ÓTIMA
COMPANHIA PARA UM BOM CHIMARRÃO, ESPECIALMENTE, NO CLIMA DE OUTONO E INVERNO.
CHICO ESTAVA QUASE SEMPRE DESCANSANDO, CONTEMPLANDO, SENTINDO, PERCEBENDO
CADA GOTA DE BELEZA, CADA PEQUENO PRAZER DA EXISTÊNCIA. A VIDA JÁ TINHA SIDO MUITO
DURA COM ELE. QUANDO FOI ADOTADO, ESTAVA NA RUA — MAGRO, DOENTE, COM FOME E COM
FRIO, MUITO FRIO.
UM DIA A ADOÇÃO CHEGOU. A FAMÍLIA QUERIA MUITO HOMENAGEAR ESSE SENHORZINHO
VETERANO QUE SÓ SABIA DAR AMOR, MAS A VERDADE É QUE NENHUMA MEDALHA DO MUNDO
PODERIA REPRESENTAR TODA A CORAGEM QUE É PRECISO TER PARA SOBREVIVER NAS RUAS. SE
INSISTISSEM EM FAZER A MEDALHA PARA CHICO, SERIA MAIS OU MENOS DO TAMANHO DO
MUNDO.
FOI ASSIM QUE NASCEU ESSA HISTÓRIA: UMA HISTÓRIA DE HOMENAGEM, UMA HISTÓRIA DE
AMOR, SUPERAÇÃO, VITÓRIA E ADOÇÃO. A HISTÓRIA DE UM VERDADEIRO BOM VELHINHO QUE,
APESAR DE RECEBER AO LONGO DA VIDA MUITAS DOSES DE DESESPERANÇA, NUNCA DEIXOU DE
ACREDITAR QUE UM DIA ENCONTRARIA O AMOR, OS MIMOS E CARINHOS QUE MERECIA. CHICO
SABIA QUE, APESAR DO GOSTO AMARGO QUE TINHA EXPERIMENTADO TANTAS VEZES, A VIDA
TAMBÉM PODERIA SER MUITO DOCE E RECHEADA DE AMOR.

18 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 15

ANA – A BAILARINA!

SONIA MARIA DETTENBOM LUZ

ANA ERA UMA TARTARUGA QUE NICO GANHOU DE SEU PADRINHO. O PADRINHO HAVIA
RESGATADO ELA EM MEIO A UM INCÊNDIO FLORESTAL, POR ISSO ELA PRECISAVA DE CUIDADOS
ESPECIAIS. ERA UMA BELA TARTARUGA.
NO COMEÇO, TUDO FOI FESTA, POIS A ANA ERA MUITO DIVERTIDA NO ESPAÇO QUE FOI FEITO
PARA ELA. ANA PARECIA UMA BAILARINA NATA, NADAVA E VIRAVA-SE PARA A DIREITA E
VIRAVA-SE PARA A ESQUERDA E FICAVA BAILANDO NO AQUÁRIO. NICO ERA APAIXONADO PELA
ANA.
ALIÁS, SEU NOME FOI ESCOLHIDO, JUSTAMENTE, POR ESSA HABILIDADE ARTÍSTICA.
LEMBRAVA A NOSSA ANA BOTAFOGO, BAILARINA E ATRIZ BRASILEIRA, UMA DAS MELHORES
BAILARINAS DO MUNDO. QUALQUER COISA QUE ELA FAZIA, NICO FICAVA EMOCIONADO E
CHAMAVA O LIPE PARA VER COM ELE, LIPE ERA SEU IRMÃO.
AAAAHHH! A TARTARUGA ANA FOI UMA COMPANHEIRA E TANTO, ERA O XODÓ DA CASA, MAS
O TEMPO PASSA E AS COISAS SE TRANSFORMAM. ANA TORNOU-SE UMA GRANDE BAILARINA, POR
ISSO O ESPAÇO PROJETADO PARA ELA FICOU PEQUENO.
NICO, SUPER APEGADO A TARTARUGA, ACHAVA A COISA MAIS LINDA A SUA BAILARINA E,
ASSIM, ELE E O IRMÃO LIPE FICAVAM HORAS E HORAS ALI, ENCANTADOS. PERCEBIAM QUE A ANA,
QUANDO VIA QUE ELES A ESTAVAM OBSERVANDO, VIRAVA UMA SAPEQUICE SÓ, ELA REBOLAVA
PARA UM LADO, REBOLAVA PARA OUTRO. ERA A ALEGRIA DA CASA!
CHEGOU UM DIA EM QUE ELES TIVERAM QUE SE REUNIR PARA CONVERSAR SOBRE O FUTURO,
JÁ QUE A TARTARUGA ESTAVA RECUPERADA.
ANA ERA QUASE UMA ADOLESCENTE. ASSIM, PRECISAVA DE MAIS ESPAÇO E PRECISAVA DE
ESPAÇO PARA DESCOBRIR O MUNDO. E, ALI, NÃO ERA JUSTO DEIXÁ-LA SEM PERCORRER OUTROS
LUGARES, AINDA MAIS ELA, QUE ERA UMA BAILARINA ESPAÇOSA.
AAAAAHHHHH... ELES ADORAVAM A NATUREZA, POR ISSO LEVARAM A ANA PARA MORAR NO
LAGO DA GRUTA DOS ÍNDIOS, NA CIDADE ONDE MORAVAM, POIS PARECEU A MELHOR OPÇÃO.
ENTÃO, PREPARARAM A VIAGEM COM MUITA ATENÇÃO EM RELAÇÃO À ANA, CARINHO EM SUA
CABEÇA E MUITA CÓCEGA EM SEU CASCO.... FORAM ATÉ O LAGO E SE PREPARARAM PRA SUA
LIBERDADE.
QUANDO ELA SE VIU NAQUELE ESPELHO DO LAGO, AHHHH… SAIU BAILARINANDO COMO
NUNCA, RODOPIAVA PARA UM LADO, RODOPIAVA PARA OUTRO, BOTAVA A CABEÇA PARA FORA, E
O NICO ATÉ VIA ELA SORRINDO COM OS OLHOS. FOI ASSIM QUE A ANA GANHOU UM NOVO LAR.
HUMMM… ELA ENCONTROU TAMBÉM MUITAS PARCEIRAS, MUITAS COMPANHEIRAS QUE
TAMBÉM GOSTAVAM DE DANÇAR, MAS NENHUMA SE COMPARAVA A ANA BAILARINA. A ANA
CONTINUA UMA BAILARINA ENCANTADORA... APRENDEU ATÉ A DAR DOIS RODOPIOS PARA CADA
LADO. NINGUÉM CONHECE MELHOR A HISTÓRIA DAQUELE LAGO DO QUE A BAILARINA ANA.

19 - ALFABETIZA THÊ
TEXTOS PARA O DESENVOLVIMENTO
DA FLUÊNCIA LEITORA

20 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 1

O RIO
CECI E TAINÁ MORAM NA BEIRA DO RIO.
ELAS PASSEIAM DE CANOA POR LAGOS E LAGOAS.
CECI E TAINÁ JANTAM OLHANDO A LUA. TAINÁ É DANADA E TEM UM GALO
DE ESTIMAÇÃO.

TEXTO 2

TEMPO
O SOL SURGE QUANDO É DIA. PELA JANELA VEJO O SOL.
O PEQUENO RELÓGIO MARCA AS HORAS.
QUANDO CHEGA A NOITE VOU DORMIR CANSADA.

TEXTO 3

A TURMA
A MINHA TURMA BRINCOU DE BOLA NAS FÉRIAS.
O JOGO DUROU ATÉ TARDE. A TURMA GOSTOU MUITO DO JOGO. EU FIQUEI
NERVOSO NO INÍCIO, MAS DEPOIS FOI BOM.

21 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 4

A MÁGICA
ERA UMA VEZ UMA CAVERNA MÁGICA.
OS BICHOS QUE ENTRAVAM LÁ SAÍAM OUTROS BICHOS. O TATU VIROU UMA
COBRA.
O GALO VIROU UMA ANTA.
A GATA VIROU UMA RÃ.

TEXTO 5

FOOUU!
SOU UM VENTO FORTE. POR ONDE PASSO LEVO PEDRAS, TRONCOS,
CASCAS. MAS SOU MANSINHO. CERTA VEZ, SOPREI GRÃOS NA TERRA.
FOOUUU!

TEXTO 6

MOEDAS
OS DOIS HOMENS TÊM MOEDAS DE OURO.
COM AS MOEDAS ELES COMPRAM MUITAS TERRAS.
ELES SÃO RICOS.

22 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 7

REI TIÃO
TIÃO NÃO ERA UM REI MAU.
ELE MORA NUM REINO LONGE.
LÁ NÃO EXISTE GUERRA.
O SEU POVO VIVE FELIZ.

TEXTO 8

A ÁRVORE DA MINHA CASA


NA CASA TEM UMA ÁRVORE.
ELA TEM MUITAS FOLHAS E FRUTOS.
AS FOLHAS DELA DÃO SOMBRA.
OS FRUTOS DA PLANTA MATAM A FOME.

TEXTO 9

RIMA DOIDA
A LUA CLAREOU A RUA.
O GATO FOI ATRÁS DO SAPO.
O PÓ DE CAFÉ CAIU NO MEU PÉ.
FUI NO TORORÓ PENDURADO NO CIPÓ.

23 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 10

O BANHO NO RIO
A MÃE E O GURI TOMAM BANHO NO RIO.
O GURI PESCA PEIXES COM A PENEIRA.
A MÃE FRITA OS PEIXES PARA A FAMÍLIA.
O GURI AGRADECE DANDO UMA FLOR PARA A MÃE.

TEXTO 11

O VELOZ E O MEDROSO
ERA UMA VEZ UM LEÃO E SEU PRIMO RATO. O RATO ERA VELOZ E O LEÃO
MEDROSO. OS DOIS BRINCAM LIVRES NO MATO. O LEÃO ROSNA E O GATO PULA.
DE REPENTE, O LEÃO SENTIU NA JUBA UM PENTE.
- SOCORRO, PRIMO RATO! DIZ ELE, SAINDO DO MATO.
O RATO VELOZ PEGOU O PENTE E O PRENDEU NO DENTE.
O LEÃO, QUE PULAVA FELIZ, GRITOU:

TEXTO 12

BAOBÁ, ÁRVORE GRANDE


EU SOU UMA ÁRVORE BEM GRANDE. MEU NOME É BAOBÁ. VI A RÃ BEBER ÁGUA.
VI O BOI COMER MEL.
OS BICHOS SOBEM NO MEU TRONCO.
VOCÊ JÁ SUBIU NUMA ÁRVORE?

24 - ALFABETIZA THÊ
TEXTO 13

A BELEZA DE LARA E LÉO


LARA É UMA MENINA BONITA E ALEGRE.
ELA TEM UM IRMÃO CHAMADO LÉO. LARA E LÉO MORAM NO BRASIL.
LÉO GOSTA DO SEU CABELO CRESPO E FOFO.
LARA GOSTA DA COR DA SUA PELE.
A BELEZA DELES DEIXA O MUNDO MAIS LINDO.

TEXTO 14

O VELHO HOMEM DO MATO


O VELHO HOMEM DO MATO É CONTADOR DE LENDAS.
ELE CONTA SOBRE A VIDA NA CIDADE E NO SERTÃO.
MATO, ROÇA, MULA SÃO COISAS QUE ELE GOSTA.
AS CRIANÇAS SENTAM NO CHÃO PARA OUVIR AS LENDAS.
O VELHO HOMEM FICA CHEIO DE VIDA.

TEXTO 15

A CASA LOUCA
HÁ UMA BELA CASA LOUCA.
TUDO É LELÉ POR LÁ.
A MALA É MOLE. A FITA É DURA.
O PATO VOA. O CACHORRO CANTA A MELODIA.
AS IRMÃS TROCAM DE NARIZ.

25 - ALFABETIZA THÊ
26 - ALFABETIZA THÊ

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