Jaira Sualehe Amisse

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Jaira Sualehe Amisse

Compreensão filosófica da relação do homem com a natureza

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado

2024
Jaira Sualehe Amisse

Compreensão filosófica da relação do homem com a natureza

Licenciatura Em Ensino de Filosofia com Habilidades em Ética

Trabalho para fins avaliativos a ser


apresentado no Departamento de Letras
e Ciências Sociais, no âmbito da
Cadeira de Fundamentos da Ética, 2
semestre, 1 ano sob orientação do MA.
Mário Adolfo Januário

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2024
Índice
Introdução..................................................................................................................4
1.Relações fundamentais do ser humano...................................................................5
2.Compreensão filosófica da relação do homem com a natureza..............................5
2.1.Relação do homem com a natureza na contemporaneidade.................................6
Conclusão...................................................................................................................7
Referências Bibliográficas.........................................................................................8
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Introdução

Neste presente trabalho falamos duma forma sumária sobre Relações fundamentais do
ser humano, concretamente Compreensão filosófica da relação do homem a
natureza. Relação humana com seu ambiente natural mostra-se ser predominantemente
capitalista na sociedade moderna. Com as concepções adoptadas já a algum tempo e
actualmente, percebe-se o ser humano cada vez mais como antropocêntrico o centro do
mundo, trazendo como consequência desastres em esferas globais devido ao seu
exacerbado domínio sobre o ambiente natural.

Isto é, com a evolução cada vez mais acelerada da espécie, o ser humano adquiriu
muitas habilidades e conheceu novos avanços científicos em prol de seu benefício,
porém causou desequilíbrios no ambiente em que vive. No entanto, nos perguntamos:
seria errado retirar da natureza aquilo que ela tem a nos oferecer? Não, à medida que o
planeta suporte e consiga se recompor, porém muitas espécies estão desaparecendo,
florestas estão deixando de existir, lagos estão secando e cada vez mais são apresentadas
notícias de desastres relacionados ás questões ambientais, principalmente no meio
urbano.

.
Objectivo geral

 Compreender- compreensão filosófica da relação do homem com a natureza.

Objectivos específicos
 Explicar compreensão filosófica da relação do homem com a natureza
 Identificar as causas que levam a não coexistir uma relação do homem com a
natureza;
 Descrever relação do homem com a natureza na contemporaneidade

Metodologia

A metodologia aperfeiçoada no presente trabalho foi de consulta de obras literárias e


internet, que permitiu a producao desse trabalho. Quanto estrutura normativa cientfica
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do trabalho obedece-se a seguinte estrutura: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e


por fim a referência bibliográfica.
1. Relações fundamentais do ser humano

Como é lógico o ser humano é um ser das relações, por possuir as faculdade mentais
que difere dos outros seres que lhe permite que tenha uma relação consigo próprio onde
a consciência moral é base do ser humano e relação com o outro que pode ser visto
como um tu-como – eu ao que Martin Buber chamou de «intersubjectividade» e por fim
oque é de objecto do trabalho, a relação com a natureza, ou seja com o meio ambiente.

2. Compreensão filosófica da relação do homem com a natureza

A reflexão acerca das relações humanas com o ambiente nos remete as questões
ambientais atuais. Filosoficamente, a relação humana com o ambiente pode ser pensada
sobre outro ponto, quando definida que a própria condição humana é natural. O ser
humano, em sua essência, é natural, assim como todos os outros seres, o que os difere é
sua capacidade de racionalização, ou seja, é dotado de uma consciência intencional.

Com o decorrer dos anos, cada vez mais despertou-se o interesse pela relação dos seres
com seu ambiente, mais especificadamente a relação humana, a qual vem trazendo
diversos conflitos na sociedade. Todos os organismos vivos se interrelacionam e
interdependem. O que diferencia os seres humanos dos vegetais e animais é sua
racionalidade, ou seja, “o ser humano é construído no tempo”, pois vive no passado e no
futuro, como no presente, sendo capaz de produzir uma ordem social. Ao longo do
tempo, modifica o ambiente para satisfação de suas necessidades, cada vez maiores.

Todos os organismos vivos se interrelacionam e interdependem. O que diferencia os


seres humanos dos vegetais e animais é sua racionalidade, ou seja, “o ser humano é
construído no tempo”, pois vive no passado e no futuro, como no presente, sendo capaz
de produzir uma ordem social. Ao longo do tempo, modifica o ambiente para satisfação
de suas necessidades, cada vez maiores.

Cada indivíduo percebe, reage e responde diferentemente frente às acções sobre


o meio. As respostas ou manifestações são, portanto, resultado das percepções,
dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas de cada indivíduo.
Embora nem todas as manifestações psicológicas sejam evidentes, são
constantes, e afectam nossa conduta, na maioria das vezes, inconscientemente.
(Faggionato, 2011ː37).
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A tarefa de estabelecer ligações entre ser humano e natureza é complexa, porque


envolve a subjectividade humana, porém sabe-se que atitudes, valores e percepções não
poder ser excluídas. Estudando como os seres humanos percebem seu mundo, como a
cultura influencia, o significado da cidade e do ambiente, podem ser auxiliados através
de pesquisas, questionários e entrevistas, ética ambiental.

2.1. Relação do homem com a natureza na


contemporaneidade

No entanto, o que acontece nessa relação com a natureza hoje, situa-se entre o saber
ideal da doutrina ética dos princípios e o saber prático relacionado à utilização política.
Assim, somos levados ao seguinte questionamento: o que se deve esperar da relação
homem/natureza na contemporaneidade? O que queremos preservar no conceito de
homem?

Analisando nos dias de hoje com o avanço tecnológico e científico trouxe séries
problemas ao meio ambiente, o homem não tem uma boa relação com a natureza, é
oque preocupa Hans Jonas a condição das futuras gerações. Segundo Jonasː

Actualmente a interferência do homem na natureza a destrói, prejudicando o equilíbrio


da vida que cairá sobre a geração futura, se não buscarmos outros modos de nos
relacionarmos com a natureza, de modo a termos a responsabilidade e cuida-la, vai ser
consequente uma situação pio e sem solução (2006, pː 31-32).

Já ao destacar, o conceito de natureza como objecto científico e como reserva


tecnológica que corresponde à plenitude essencial da natureza, Heidegger faz uma
crítica a ciência quando objetifica a natureza, pois ao tratá-la dessa maneira a obscurece
e suprime o aparecimento da sua riqueza.

Por isso Heidegger (2002, pː125) afirma que a riqueza e plenitude essências da natureza
somente poderá ser encontrada por meio de uma morada fundada sobre o poético, ou
seja, para que o homem possa morar poeticamente sobre terra, é necessário ter como
ponto de partida o nosso envolvimento e cuidado com a natureza, assim conseguiremos
conservá-la e salvá-la.

A partir desta visão podes entender que Heidegger compreende a terra originariamente,
nos permite concebê-la enquanto força emergente e criadora da própria physis,
caracterizando-se não somente como um lugar onde as plantas assentam suas raízes,
onde as casas são construídas e onde habita o homem. Mas também está directamente
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ligada a relação do homem com a terra tendo como base a possibilidade de salvá-la e de
nela morar, o que significa preservar e proteger, deixar que seja e que permaneça aquilo
que é.

Conclusão

De acordo com o que vem sendo exposto torna-se evidente, a necessidade para que
possamos compreender o actual quadro da crise ambiental, buscarmos novos conceitos
de natureza, homem e mundo, para que seja possível entendermos melhor a relação
homem e natureza, com o objectivo de apontar novas perspectivas para construir uma
ética para educação ambiental. Vivemos em uma civilização que conseguiu ignorar
completamente a mais fundamental de todas as questões sua própria sustentabilidade, ou
seja, as próprias condições de possibilidade do futuro humano.
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Referências Bibliográficas

Faggionato, S. Percepção Ambiental. (2. ed). São Carlos, SP.

Heidegger, M. (2005) Ser e Tempo. Trad. Bras: Márcia Sá Cavalcante. Petrópolis, RJ.
Editoras Vozes Ltda.

Jonas, H. (2006) O Princípio Responsabilidade: Ensaio de uma ética para a civilização


tecnológica. Rio de Janeiroː PUC.

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