Filosofos

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Filósofos

RAQUEL LONDERO
FILÓSOFOS GREGOS
SOFISTAS
► Mestres na arte de ensinar

► Primeiros professores, cobram suas aulas

► Ensinavam a eloquência e a sagacidade mental


(facilidade em aprender e entender)

► Retórica: Argumentar corretamente

► Oratória: Falar corretamente

► Não acreditam em verdades absolutas

► São Relativistas

► Protágoras : O Homem é a medida de todas as coisas

► Górgias: Nada existe

► Acusados de sofismar (argumentos aparentemente


correto mas falso) ou falaciosos (falácia – falso)
SÓCRATES (470 – 399 a.C)
► Divisor de águas da filosofia
“Sei que nada sei”
► Antropologia (homem + estudo)

► Filho de uma parteira e um escultor

► Desenvolvia seu saber filosófico nas praças públicas

► Essa dupla herança levou Sócrates a dar luz ao conhecimento e esculpir


ideia

► Unir a consciência intelectual e a consciência prática e moral

Ironia (perguntar) é fase destrutiva, levar ao


reconhecimento da própria ignorância
Método socrático:
Maiêutica (parto) dar luz as ideias, assim
dava inicio a procura da definição do
conhecimento

► Foi preso acusado de subversão foi “convidado” a tomar o veneno


chamado de cicuta. “Conheça a ti mesmo”
Platão (427 – 347 a.C)
► Seu nome verdadeiro era Arístocles o apelido de Platão se deve aos
seus ombros largos

► Nascido em família aristocrática

► Discípulo de Sócrates

► Após a condenação de seu mestre, viajou a diversos lugares para


expandir seus horizontes culturais e amadurecer suas reflexões
filosóficas

► Quando retorna a Atenas e abre sua escola de filosofia A Academia de


Platão, construída no jardim de seu amigo Academus

► Fundou sua academia aos 40 anos, após sua morte continuou a


funcionar por 80 anos

► Seu pensamento foi escrito em forma de diálogos socráticos escritos


pelo próprio Platão
► A República é sua obra mais importante, ele cria uma cidade
ideal (utópica) , partindo do princípio que as pessoas são
diferentes por isso devem ocupar lugares e funções
diferentes na cidade Alma Ouro: Razão
Filosofo
► A educação deveria ser promovida pelo Estado e igual para
todos Alma Prata: Emoção/Coragem
Guerreiro
► Incialmente as crianças deveriam ser retiradas de suas
famílias ao nasceram, eliminando assim a família e a Alma Bronze: Paixão/Apetites
propriedade privada Comerciantes

► Homens e mulheres teriam o mesmo acesso a para governar,


basta par isso torna-se filósofo (a). 3 etapas – 1°aos 20 anos
2° aos 30 anos
► A cidade justa é aquela na qual o filósofo governa, o militar 3° aos 50 anos
defende, e o comerciante cuida do sustento da cidade
ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO
Alegoria da caverna de Platão
► É um diálogo platônico que alude à preponderância do
Mundo Sensível: percebido pelos sentidos é local da
conhecimento racional sobre o conhecimento comum
multiplicidade , do movimento, é ilusório, pura sombra
Análise da caverna de Platão sob dois pontos de vistas:
do verdadeiro mundo
- O político: com o retorno do filósofos – político que conhece a Mundo inteligível: é alcançado pela dialética
arte de governar
ascendente, que fará alma elevar-se das coisas
- O epistemológico: quando o filósofo volta para despertar nos múltiplas e mutáveis as ideias unas imutáveis
outros o conhecimento verdadeiro

Observando a ilustração da caverna, identifica-se quatro formas de realidade

-As sombras: aparência sensível das coisas

-As marionetes: a representação de animais, plantas, etc., ou seja, das próprias coisas sensíveis

-O exterior da caverna: a realidade da ideias

-O sol: a suprema ideia do bem


ARISTÓTELES (384-322)
► Nasceu em Estagira na Macedônia, seu era médio

► Estudou na academia de Platão em Atenas desde seus 17 anos

► Platão dizia que sua academia se compõe de duas partes: o corpo


dos alunos e o cérebro de Aristóteles.

► A fidelidade a seu mestre foi dividida por críticas, dizendo: “Sou


amigo de Platão mas sou mais amigo da verdade”

► Aristóteles recusa a ideia dos dois mundo de Platão

► Após a morte de seu mestre em 347 a.C, Aristóteles foi indicado para
assumir a Academia, porém foi impedido, porque era estrangeiro

► Aristóteles voltou a Macedônia onde foi nomeado por Felipe II,


professor particular do príncipe Alexandre Magno de 13 anos, que
futuramente “Alexandre o Grande” da Macedônia.
► De volta a Atenas fundou o Liceu sua escola de filosofia. Assim chamado por ser vizinho do templo de Apolo de
Lício

► O Liceu produziu 200 trabalhos/obras , mas somente 30 sobreviveram ao tempo

► Seu método para seus discípulos, era caminhar nos jardins do Liceu, por isso sua filosofia era sua filosofia era
chamada de peripatética (aquele que caminha).

► A filosofia basicamente é fazer o bem

► Aristóteles organizou a psicologia. Fundador da biologia (catalogando os primeiros animais e plantas). Pai da
Lógica

► Com a morte de Alexandre, Aristóteles passou a ser perseguido, por isso deixou Atenas para evitar a segunda
injustiça “de que se processe duas vezes contra a filosofia” , se referiu a morte de Sócrates.

► Quando Aristóteles morreu, , em seu testamento determinou a libertação de seus testamentos determinou a
libertação de seus escravos, talvez a 1° carta de alforria da história
Teorias Aristotélicas
► Metafísica (o ser em geral) busca a essências de todas as coisas , investiga a realidade transcende a
experiência sensível de todas as coisas, ex.: flor, homem, casa.

► Ser Enquanto Ser – o que torna as coisas o que são? A verdade é a essência de todas as coisas que pode
ser captada pelo próprio objeto. Não precisa apelar para o outro mundo. A natureza de algo, a
propriedade de ser azul.

► Observo os objetos particulares (cavalo, casa), identifico o que tem em comum a essência para classificar.

► Todas as coisas de uma FORMA (formato), tem a capacidade de torna-se algo diferente do que é
POTÊNCIA (vir a ser)
Conceitos Aristotélicos
► Material do que é feito (essência)

► Forma (formato) da essência

► Potência vir a ser, sem deixar de ser (vir a ser é a passagem da


potencia ao ato (Madeira – casa, mesa, cadeira). Capacidade de vir a
ser, o início é o repouso (semente/embrião)

► Ato movimento sem fim

► Substância fundamento 1° essência pura, não deixa de ser a


substância original (cadeira - árvore)

► Essência o que a coisa é na sua própria natureza. Captar a essência


do próprio objeto, não precisa de outro mundo

► Acidente características particulares . A racionalidade é a essência do


ser humano, os acidentes são nossas características particulares
As quatro causas

► Causa Material (do que é feito) mármore ou barro

► Causa Eficiente (transformação) o escultor pulsiona


para transformar o barro/mármore

► Causa Formal (o que representa) a forma esculpida

► Causa Final qual a finalidade


1° Motor Imóvel
► 1° Motor Imóvel – não tem devir é Ato Puro, é a causa de
todas as coisas.

► O movimento não é ilusão (mundo sensível de Platão) ele


existe nos objetos particulares.

► Observo cada objeto em sua particularidade, capto o que há


de comum (cachorro, gato, cavalo), assim devido a essência
universal o que é próprio de cada objeto.

► 1° Motor Imóvel (causa de todas as causas) propósito de


tudo, é Imóvel porque não é causado por nada e ato puro
(autocriação)
PENSAMENTO HELENÍSTICO
ALEXANDRE MAGNO “O GRANDE” (356 – 323 a.C.)
► Aos 20 anos se torna em Rei da Macedônia, depois da morte do pai, desde seus 12 anos já era respeitado

► Aos 21 anos dominou as colônias gregas que ainda não haviam sido conquistadas, menos Esparta

► Aos 22 anos foi pra cima da Ásia Menor com 35 mil homens sob seu domínio, para enfrentar um exército

de 100 mil pessoas, venceu por pura estratégia militar (Batalha de Granito)

► Aos 23 anos venceu uma batalha chamada de Isso, fazendo o rei Dario da persa fugir de medo do seu

ataque, venceu mas não o derrotou

► Aos 24 anos no Egito, já consagrado pelas suas vitórias, nem precisou de guerra, foi direto para negociação.

► Aos 25 venceu uma batalha chamada Gaugamela , onde derrotou definitivamente Dario da Persa

► Chegou próximo dos limites do rio Ganges da atual Índia, nesse período pois já estava perdendo o domínio

do seu exército que andava cansado de tantas batalhas


► Em 13 anos conseguiu erguer o maior Império da história da humanidade, conquistou mais ou menos todo o mundo, conhecido pelos
gregos antigos, da Itália, à Índia, incluindo boa parte do que hoje é chamando de Oriente Médio, junto com vastas áreas do Norte da
África.

► Alexandre Magno discípulo de Aristóteles mudou a história de um modo que afetou o desenvolvimento da filosofia.

► Aristóteles aceitou ensinar Alexandre desde que Felipe seu pai, reconstruísse sua cidade natal, libertasse os escravos e os exilados.
Ensinou a Alexandre, medicina, moral, política, lógica e arte.

► Era um imperador que se preocupava com a cultura, ele queria misturar as culturas, levar o conhecimento de um lugar para outro

► O império de Alexandre é construída em cima da polis, da Cidade – Estado de da Grécia.

► Aonde quer que Alexandre chegasse fundava novas cidades administradas e colonizadas pelos gregos.

► Formando assim este mundo conhecido como mundo helenístico, que a mistura da cultura grega e oriental (heleno-grego)

► A cidade, mais importante foi a que Alexandre batizou com seu nome, Alexandria, no Egito, ela se tornou o principal centro internacional
de cultura e educação, sede da mais importante biblioteca que o mundo antigo, possuiu

► Alexandre morre aos 33 anos, (assim mataram todos seus parentes próximos) seu Grande Império se dividiu em 4 facções, cada um com
um líder, a Grécia, Egito, Ásia Menor (Turquia) Ásia Maior (Irã), assim enquanto permanecia a unidade cultural criada por ele também,
havia um conflito incessante no nível político.
As 4 escolas helenística
► Período Helenista durou de do Sec. 4 a.C até o Sec. 1 d. C. Até a queda do Império Romano, quando Constantino
proibiu qualquer manifestação de qualquer corrente de pensamento pagã.

► As expedições de Alexandre Magno, após realizar grandes conquistas, põe em cheque o status
quo da Polis (Cidade-Estado).

► O ideal da Polis é substituído pela ideal “COSMOPOLITA”, em que o mundo inteiro é uma Polis e não somente a
Cidade-Estado.

► O homem-cidadão perde a sua capacidade de intervenção na vida política e é substituído pelo homem-indivíduo,
aquele que cuida apenas da vida privada, apenas de si mesmo.

► Todas as quatro escolas de filosofia floresceram durante este período: os CÍNICOS, OS CÉTICOS, OS EPICURISTAS e os
ESTOICOS, refletem este fato. Todas estão preocupadas em como um homem civilizado deve viver neste mundo
inseguro, instável, perigoso e como alcançar a felicidade em meio a tudo isso.
CÍNICOS
► Os antissociais do mundo antigo, os cínicos rejeitam todas as convenções
sociais. Viviam a sua maneira, sem buscar discípulos,

► Formaram a primeira escola das quatro principais escolas filosóficas gregas


que emergiram depois da queda de Atenas.

► Diógenes discípulo de Antístenes zombava de todas as convenções sociais,


fazia questão de chocar as pessoas não tomando banho, andava nu ou com
trapos, vivia dentro de uma urna funerária, comendo coisas do lixo, vivia
como um cachorro.

► Por isso, o apelido de “cínico” (termo grego kynikos, como um cão),


Diógenes e seus seguidores não eram cínicos no sentido da palavra atual.

► Andava a noite com uma lamparina procurando um homem honesto que


vivesse segundo seus instintos.

► Viver de acordo com a natureza, liberdade, praticar o desapego material,


viver com o mínimo, deve conhecer a si mesmo (extrema socrática)
► Eles tinham uma crença na virtude, mas seu credo básico era a diferença entre valores verdadeiros e
falsos é a única distinção que conta, todas as demais distinções são lixo.

► Todas as convenções sociais, por exemplo: como a distinção entre teu e o meu, o público e o
privado, o nu e o vestido, cru e o cozido, tudo isso é absurdo.

► Diógenes tinha igual desdém pela distinção entre grego e estrangeiro, por isso quando perguntado
qual era seu país, respondia: “Sou cidadão do mundo”, cosmopolitano.

► A felicidade é obtida pela Autarkeia (autossuficiência) o autodomínio. A vida simples leva a


felicidade

► Só se torna possível em uma vida dedicada totalmente à prática filosófica e um rompimento radical
com os padrões ,morais e sociais estabelecidos
CÉTICOS
► O ceticismo é uma corrente de pensamento filosófico que defende a ideia da
impossibilidade do conhecimento de qualquer verdade.

► Criado na Grécia Antiga por Pirro soldado de Alexandre, essa filosofia rejeita
qualquer tipo de dogma (afirmação considerada verdadeira sem comprovação).

► Pirro participou de diversas viagens, assim percebeu a diversidade de países, de


povos e a multiplicidade de conhecimento entre os seres humanos.

► Segundo ele para quase tudo em que um povo acredita em determinado lugar,
parece haver gente em outro lugar que acredita o oposto, em geral os
argumentos são válidos de ambos os lados.

► Tudo o que podemos fazer é tomar as coisas pelo que nos parecem: mas,
aparências são frustrantes, por isso não podemos assumir a verdade de uma
explicação em vez de outra.
► A melhor coisa é parar, aquietar-se e seguir o fluxo, acompanhar os costumes e práticas até que
encontramos a melhor verdade.

► A felicidade humana se encontra quando percebemos a relatividade todas as crenças e


suspendemos os juízos a respeito de tudo.

► Impossível chegar ao conhecimento verdadeiro, se o ser humano insiste em buscar a verdade


absoluta ele se frustra, pois não consegue.

► A felicidade é reconhecer que não se chega a um conhecimento verdadeiro

► Tira o conhecimento e não coloca nada no lugar, se encerra assim


EPICURISMO
► Os primeiros humanistas científicos e liberais, o epicurismo foi criação de um
único pensador Epicuro (341-270 a.C.)

► Busca pelo prazer moderado, que significa ausência de dor. Evitar o prazer
imediato gera a dor.

► O prazer supremo seria o intelectual, que significa o domínio das paixões


ATARAXIA, estado sem dor, alma serena, alcançada através da arte, musica, paz
de espírito, conversas

► Seu objetivo acima de tudo era libertar as pessoas do medo, não só do medo da
morte, mas do medo da vida.

► Ele ensinava a buscar a felicidade e a realização de suas vidas privadas, viver de


maneira discreta sem fama e sem glórias, sua ideia é clara, de cuidar da saúde e
da alma. A filosofia deveria servir para cuidar dos males da alma
► Para Epicuro, não faz sentido preocupar-se com a morte, pois quando um ser humano existe, a morte não
existe para ele. Quando a morte existe o ser humano não existe mais.

► Assim nós nunca nos encontramos com ela, nossa existência nunca se dá ao mesmo tempo da existência
dela. Devemos ocupar nossa mente em desfrutar da vida, o maior bem que possuímos é o prazer.

► Esse prazer não é algo momentâneo, mas sereno e calmo, o ser humano deve evitar dor e as perturbações,
levado uma vida isolada da multidão, dos luxos e dos excessos, colocando-se em harmonia com a natureza
e desfrutando da paz.
ESTOICOS
► Para os Estoicos uma vez que a morte e a adversidade estão fora de nosso
controle, e acontecem a todo mundo, devemos enfrentá-las com nobre
resignação.

► É um momento filosófico que surgiu na Grécia Antiga que preza a fidelidade ao


conhecimento, desprezando todos os tipos de sentimentos externos, como
paixão, a luxúria e as demais emoções.

► Este pensamento foi criado por Zenão de Cicío, na cidade de Atenas, defendia
que todo o universo seria governado por uma lei natural divina e racional, para o
ser humano alcançar a verdadeira felicidade deveria apenas depender de suas
virtudes abdicando totalmente o vício, que é considerado para os Estoicos um
mal absoluto.
► Um verdadeiro sábio não deveria sofrer de emoções externas, pois influenciam em suas decisões e
raciocínios.

► A ideia central da filosofia Estoica é que não pode haver nenhuma autoridade superior da razão, não
existe nada superior, a natureza é como ela se apresenta a nós.

► A natureza é governada por princípios racionalmente inteligiveis, nós mesmos somos parte da
natureza, tudo o que se entende por Deus não está fora do mundo, mas está impregnado em tudo.

► Uma vez a natureza é governada por princípios racionais, há um motivo para tudo ser como é, não
podemos mudar isso.

► Nossas atitudes diante da morte, das tragédias pessoais devem ser serena resignação (submissão), o
homem teria direito de decidir sobre sua própria morte.
FILÓSOFOS MEDIEVAL
IDADE MÉDIA - Filosofia serva da Igreja
► Período considerado pelos mais pessimistas “Idade das Trevas” 1000 anos de escuridão.
► Isto porque outras civilizações estavam evoluindo rapidamente, como O Islã, e civilização chinesa no período Tang
► Geocentrismo x Heliocentrismo
► Contraposição Greco Romano Politeísmo e o Monoteísmo Cristão
► Fonte revelação divina e a bíblia sagrada, entre outros filósofos pagãos Plotino e Cícero
► Monges copistas, eram os únicos letrados. A herança greco-latina preservada nos mosteiros
► Os séculos X (900 d.C) e XIV (1300 d.C) foram fundadas 80 de universidades na Europa que estudavam: teologia,
física, filosofia, medicina, direito, astronomia, matemática. Algumas existem até hoje como Oxford e Cambridge na
Inglaterra, que data do sec. XII
► Na América devido a colonização foram fundadas duas universidade no século XVI no México e Peru,
► Somente no século XIX surgem USA em 1819
► No Brasil foram implantados cursos superiores no século XIX ( Médico-cirurgião, em 1808; Jurídico, em 1827,
engenharia civil em 1874)
► As universidades surgiram somente no século XX, com a Escola Universitária Livre de Manaus ( efêmera) e a
Universidade de Paraná e São Paulo, atendiam um número pequeno de alunos, somente a partir de 1974 houve uma
expansão
A Filosofia Medieval
► A foi desenvolvida na Europa durante o período da Idade Média (séculos V-XV). Trata-se de um período de expansão e
consolidação do Cristianismo na Europa Ocidental.
► Tentou conciliar a religião com a filosofia, ou seja, a consciência cristã com a razão filosófica e científica.
► União da fé cristã e da razão;
► Utilização dos conceitos da filosofia grega ao cristianismo;
► Busca da verdade divina.
► Muitos filósofos desta época também faziam parte do clero ou eram religiosos.
► Nesse momento, os grandes pontos de reflexão para os estudiosos eram: a existência de Deus, a fé e a razão, a imortalidade
da alma humana, a salvação, o pecado, a encarnação divina, o livre-arbítrio, dentre outras questões.
► Sendo assim, as reflexões desenvolvidas no medievo, ainda que pudessem contemplar os estudos científicos, não podiam se
contrapor à verdade divina relatada pela Bíblia.
► A Patrística focou na disseminação dos dogmas associados ao Cristianismo, por exemplo, defendendo a religião cristã e
refutando o paganismo. Santo Agostinho - Platão
► A Escolástica, através do racionalismo, tentou explicar a existência de Deus, do céu e do inferno, bem como as relações entre
o homem, a razão e a fé. São Tomás de Aquino - Aristóteles
CRISTIANISMO
► O pensamento grego foi substituído por outro pensamento
► Semelhança com Aristóteles
► Outro jeito de pensar a vida, o homem o universo
► Este outro pensamento tinha um grande líder, um grande mestre espiritual Jesus Cristo
► Jesus nasceu em Nazaré em 350, depois, se formou no judaísmo
► Tornou-se subversivo para o judaísmo
► Jesus Cristo respondeu a pergunta “O que a vida tem que ter pra valer a pena?” A vida que vale a
pena é a vida assumidamente dedicada ao OUTRO
► Acostumado a ouvir que o sucesso da vida tem haver com a nossa riqueza, nosso poder e conforto,
Jesus diz ao contrário, o que faz o vivente feliz é a entrega, permitir que o outro viva melhor a cada
dia.
SANTO AGOSTINHO (354-430)
► Buscava a verdade e a felicidade
► Buscou no maniqueísmo (busca da sabedoria)
► Recusou a ler a bíblia , considerava uma linguagem vulgar
► Com a leitura de Platão percebe que a felicidade e a verdade está em Deus.
► Aos 32 anos inicia a sua conversão ao cristianismo
► Faz uma releitura de Platão:
► Mundo Sensível: Mundo Real
► Mundo Inteligível: mundo perfeito e eterno de Deus
► Nós não podemos conhecer tudo, nem ter certeza de nada, não há uma
verdade absoluta
► Reminiscência (relembrar o que a alma esqueceu) iluminação divina no ser
humano
► Liberdade: Livre-arbítrio , você escolhe
► O mal existe? O mal é a ausência do bem de Deus
SÃO TOMÁS DE AQUINO (1225-1274)
► Releitura de Aristóteles
► Prova racional da existência de Deus
► As “Cinco Vias” ou provas da existência de Deus:
► 1° Movimento: só algo em ato puro move o que é em potência, tudo é movido
por algo
► 2° Causa Eficiente (não há efeito sem causa): causa primeira que não é causada
Deus
► 3° Contingência e Necessidade: do nada, nada vem, os seres possíveis
dependem de ser necessário que é Deus. A contingência depende do outro
(vem de algo), então Deus é necessário.
► 4° Graus de Perfeição (comparação): Deus teria todas as qualidades perfeitas,
nós somos imagem imperfeita de Deus perfeito
► 5° Causa Final: Toda a natureza tem uma finalidade, caso não teria ordem.
Deus é o ser inteligente que ordena tudo.
FILÓSOFOS MODERNOS
René Descartes
(1596-1650)
René Descartes
► Descartes percebi o conhecimento como uma unidade

F
I CIÊNCIA - todo os outros conhecimentos
L
O
S FISICA – ciências da natureza
O
F
METAFISICA - Deus
I
A
• A filosofia não deve ser só teoria abstrata, deve ser instrumento para melhorar a vida das pessoas
• Não basta pensar corretamente deve pensar corretamente
Busca pela verdade
► Matemático, criou o Plano cartesiano, ajudou muito a geometria

► Descartes busca alcançar uma verdade que não pode ser questionada, por isso cria a DÚVIDA METÓDICA (duvidar de
tudo, menos da própria dúvida)

► Inclusive duvidar da própria existência: Será que minhas sensações podem estar me enganado?

► Podem ser ilusões criadas por um demônio, como um GÊNIO MALIGNO

► Assim encontra sua 1°verdade inquestionável: PENSO, LOGO EXISTO! (Cogito ergo sum) Cogito Cartesiano.

► Como sei que sou eu e não outra pessoa pensando?

► Nosso pensamento é imperfeito, só poderia ser criado por algo perfeito que é Deus.

► Deus sendo perfeito não poderia nos enganar com sensações falsas, por isso nossas sensações são verdadeiras, ou seja
o mundo exterior existe e é como sentimos e intuímos

► Nossas ideias são inatas, como a matemática, que foi dada por Deus.
Como alcançar a verdade?
- O que eu posso saber?

Descartes cria um método para bem conduzir nossos pensamentos. Para alcançar a verdade devemos
seguir os seguintes princípios:

Princípio da evidência, não admitir algo como verdadeiro se não tivermos evidências suficientes para considerar
como tal.

Princípio da análise, dividir os problemas em tantas partes quanto forem possíveis para que melhor possam ser
resolvidos.

Princípio da síntese, estabelecer uma ordem de relação entre nossos pensamentos, solucionando primeiro as
questões mais simples e depois as mais complexas.

Princípio de controle, fazer constantes revisões de todo processo para ter certeza de que nada foi omitido.
Matéria e Pensamento (res cogitan)
O pensamento (substância pensante) independe e é separada da matéria (corpo),
ou seja, nossa consciência individual é separada do corpo e continua a existir sem o
nosso corpo

► Nossa alma continua a existir sem nosso corpo.

► A relação da consciência (alma) e do corpo se dá pela GLÂNDULA PINEAL ( é a


sede da nossa alma)

► A glândula pineal é ativada pela luz


Glândula Pineal
É uma glândula endócrina que produz,

Melatonina, hormônio derivado da

Serotonina. Regula nosso sono, o relógio

biológico, a circulação do coração (pressão

sanguínea). Regula os hormônios femininos

e os órgãos sexuais. Seu formato é

semelhante a uma pinha (pinheiro), tem

8mm de tamanho. Está localizado no

epitálamo.
Descartes assegurava que essa glândula é o morada da alma.
Os orientais afirmam que esta glândula é um terceiro olho
atrofiado.
Os yogues da Índia asseguram que a glândula pineal é a janela
de Brahma, o Olho de Diamante
Os gnósticos dizemos que na glândula pineal está o átomo do
Espírito Santo.
A Glândula Pineal foi descoberta em 1950 pela ciência, mas em
130 a 210 d.C, já havia sido descrita por Galeano filósofo
grego.
IMMANUEL KANT
(1724-1804)
Busca de Kant
► A base da filosofia Kantiana é o conhecimento

► Kant buscava responder:

- Quais as possibilidades que temos de conhecer?


- Onde começa e onde termina nossa capacidade de conhecimento?
- Como podemos utilizar esse conhecimento?
► Kant analisou também as questões das ações humanas e a relação Ações com a moral

► Ele se questionou sobre as formas como devemos agir, porque devemos fazer e o que devemos fazer, como
devemos comportar-nos em nossas relações com outras pessoas

► Qual a forma de se alcançar a felicidade, o que é e como podemos atingir o bem supremo.
Como podemos conhecer?
► O que o ser humano pode saber, é imposto pelo que existe.

► Por conhecer seus limites a filosofia existe, conhecemos os fenômenos das


coisas.

► Podemos conhecer tudo aquilo que nosso aparelho corporal pode


experimentar ou lidar, aquilo que não pode ser experimentado não pode se
aprendido

► Podemos conhecer: pelos 5 sentidos, pelo cérebro e sistema nervoso


central.
Crítica da Razão Pura
Em seu livro, Kant diferencia as formas de conhecimentos:

Conhecimentos a posteriori (experiência), são os que nos fornecem as sensações,


exemplo: o fogo. Os conhecimentos dados pela experiência, a posteriori, não produzem
juízos essenciais e que possam ser aplicados em todas as situações.

Conhecimento a priori (puro), é inato, sem experiência, pode ser aplicado a tudo e a
todos, exemplo: Triângulo tem três lados.
Juízos conexão com o sujeito
► Além da diferenciação entre os conhecimentos a posteriori e a priori, Kant considera ainda que existem:

Juízos Analíticos conexão com dois conceitos, são juízes em que o predicado (B) pode estar contido no sujeito
(A), por isso é extraído por pura análise, ou seja, o predicado nada mais faz do que explicar ou explicitar o sujeito.
Exemplo: O triângulo tem três lados (o predicado está contido no sujeito)

Juízos Sintéticos (acidentais) são os que associam o conceito do predicado ao conceito do sujeito e geram novos
conhecimentos. Exemplo: A casa é azul (acidental). Na formulação desse juízo, os termos se complementam e
desenvolvem um novo saber.

Objetivo de Kant é juntar os juízos analítico e sintético, vai superar a dicotomia entre o racionalismo e
empirismo
Através da diferenciação entre os juízos a priori, a posteriori, analíticos e sintéticos, Kant

classifica os juízos em Analíticos, Sintéticos a posteriori e Sintéticos a priori. Desses três o único

que tem a possibilidade de criar novos conhecimentos são os:

► juízos sintéticos a priori, pois são ao mesmo tempo universais e necessários e fazem o

conhecimento evoluir. Os juízos sintéticos a priori são os juízos da matemática e da física, Kant

se pergunta se eles são possíveis também na metafísica.


Duas Competências experimentais
de entendimento
A proporção do conhecimento dos objetos depende da capacidade de conhecer de cada sujeito, vai depender
da competência de experimentar do sujeito.

► ESPAÇO é algo intrínseco à sensibilidade do sujeito que conhece e por isso ele pode perceber os objetos e
relacioná-los. Nós podemos conceber um espaço sem nada, mas não podemos conceber a ausência do espaço,
portanto ele é algo inerente a nós enquanto sujeitos do conhecimento.

► TEMPO percebemos o tempo mas não a ausência dele.

Não podemos conhecer as coisas em si mesmas, mas só os Fenômenos decorrentes dela, ou seja, nossa
capacidade de conhecer tem limites.

Tudo aquilo que é Númeno que não se apresenta a nós como a metafísica, Deus, ser ou o não ser, não é
possível compreender pela razão, portanto é desnecessário os filósofos se ocuparem desta questões.
Imperativo Categórico
► Ética é superior a moral, é um conjunto de valores para vivermos bem, e estão em constantes
reavaliações

► Ética do dever, no que eu devo fazer e não da felicidade (passageira)

► A razão tem que criar leis morais objetivas, ou seja, que valham para ser aplicadas por qualquer ser
racional.

Imperativos Categóricos

► Agir de tal maneira que o motivo da tua ação possa ser universal, ou seja, minha ação vai ser moral se
todas as pessoas pudessem agir da mesma forma. Benefício para todos

► Tomar a humanidade como um fim e não um meio. A sociedade usa o ser humano para adquirir riqueza,
os amigos usam as pessoas como um meio. O ser humano dever ser visto como um fim respeitando a
sua humanidade.
FRIEDRICH NIETZSCHE
(1844-1900)
Dois lados da vida humana
Apolo (Razão) Dionísio (Emoção)
- Luz, beleza, ordem, medida, - Festa, desordem, teatro,
- Equilíbrio, música perfeição, êxtase, excesso
serenidade - Deus do vinho
- Ilusão da arte - Instinto,, paixão
- A Fumaça que esconde - Embriaguez dos limites da
emoção

VITAIS INSTINTO

EQUILÍBRIO ENTRE FORÇAS OPOSTAS


- Apolo é uma ilusão, excesso de racionalidade
- Dionísio é o mais impressionante gênio humano
- Dionísio é a sabedoria primitiva
- A vida não é só beleza, mas também acaso, vazio da existência
- O ideal é o equilíbrio destas duas forças, entre Apolo e Dionísio
Filosofia do Martelo
► Segundo Nietzsche algo se perdeu na transição da mitologia para a filosofia, os gregos antes conseguiu equilibrar os
dois extremos Apolo e Dionísio

► A filosofia, representada por Sócrates (o “homem de uma visão só”), instaura o predomínio da razão, do conhecimento
científico e do “espírito apolíneo” – derivado de Apolo, deus da ordem e do equilíbrio.

► Perde-se a proximidade da natureza e de suas forças vitais, da alegria, do excesso e do “espírito dionisíaco” – derivado
de Dionísio, o deus do vinho e das festas.

► A história da filosofia é, portanto, a história do triunfo da razão contra a “afirmação da vida”.

► Seria preciso, assim, resgatar o elemento dionisíaco da vida.


- Os gregos tinham consciência da vida, eram positivos diante da vida.
- Por isso a arte e a filosofia tem formas apolíneas e dionisíacas
- Sócrates supervalorizou o espírito apolíneo (razão) enfraqueceu o homem,
- Fez com que o homem aproveitasse tudo aquilo que a vida tem a oferecer e acabou com toda a criatividade que existiu
antes dele
Cristianismo
Moral de Escravos (rebanho) Moral dos Senhores
- Espírito livre, belos, fortes,
- Fracos, bondade,
- Piedade, humildade x - Poderoso, criativos,
- Perdedores, medíocres hostil a vida - afirmação da vida

DEGENERA SIM A VIDA

► Para Nietzsche, o cristianismo também teve o seu papel na decadência da cultura e do homem ocidental

► O cristianismo enquanto religião, ele não critica ao pessoa de Jesus Cristo

► Isso porque os cristãos defendem uma “moral dos escravos” ou do “rebanho” contra uma “moral dos senhores”
ou dos “espíritos livres”.

► A “moral dos escravos” nega a vontade e o desejo, enquanto a “moral dos senhores” se relaciona com aqueles
que afirmam a vida.

► Importante notar que o termo escravo deve ser entendido aqui não no sentido social, mas psicológico.
NIILISMO (nada)
► A moral cristã, sufoca nosso impulso criativo

► Nietzsche propõe uma transvaloração dos valores, acabar com a moral de escravos e ser melhor que a moral dos
senhores, ser um além - homem, ser mestre de si mesmo

► Os valores do mundo estão, portanto, baseados em nada – a cultura que não supera isso é uma cultura niilista.

► Niilismo é a inversão dos valores vitais pelo cristianismo, que transforma em afirmação de poder o sofrimento e a
lassidão de uma vida diminuída.

► O niilismo, assim, é a doença dos tempos modernos, a vida depreciando a vida. Paradoxalmente, niilismo é
também a denúncia desses valores. Em O Crepúsculo dos Ídolos,

► Nietzsche declara guerra a esses falsos deuses que criamos: o Estado, as instituições, as ilusões da filosofia, a
verdade.

► Apenas os espíritos mais refinados têm asco a essas normas, negando Deus, a ciência, a verdade.
Muletas Metafísicas
► Ao falar da “morte de Deus”, Nietzsche, ao contrário do que se pensa, não se colocava como um “anticristo”
no sentido evangélico do termo,

► Mas como alguém que queria a morte das “muletas metafísicas”, ou seja, dos “apoios” fora da vida, de viver
baseado num mundo que não existe.

► Para Nietzsche, os principais temas abordados por todos os filósofos até o século XIX, como Deus, Ser,
Razão, Sentido, Verdade, Ciência, Produção, Beleza, Ordem, Justiça, Estado, Revolução, Família,
demonstração, Lógica, seriam construções, valores morais ocidentais, que domesticavam o homem e
anularam sua criatividade.
SUPER-HOMEM (além-homem)
► Superando essa cultura do medo e do ressentimento, nos tornamos o super-homem ou
além-homem.

► É o além do homem, pois ele viu muitas coisas, sofreu muito, amou, odiou, foi guerreiro,
experimentou a morte, comemorou a vida.

► Em seu caminho cheio de pedras, ele superou a si mesmo.

► Zaratustra é o homem superior, emancipado de todo ressentimento, de toda culpa, de toda


negação, assume plenamente o sentido da vida em todas as formas

► Livre de espírito e de coração, sua felicidade está em vencer a si mesmo.

► O super-homem não se pergunta “qual é a verdade? ”, e sim: “qual é o valor da verdade para a
vida? ” Ou “o que é que o verdadeiro quer de nós? ”.
MICHEL FOUCAULT
(1926-1984)
HISTÓRIA DA LOUCURA
► Foucault tratou de temas como loucura, sexualidade, disciplina, poder e punição, hoje vistos em várias áreas
do conhecimento.
► O conceito de loucura mudou através dos tempos. Uma de suas ideias fundamentais é que a loucura não é
algo da “natureza” ou uma “doença”, como acreditavam os psiquiatras, mas um “fato de cultura”.
► Idade Média os loucos vagavam livres pela sociedade e eram, em muitos casos, considerados sagrados.
► Renascimento a loucura é vista como “uma das formas da razão”, ou seja, um saber fechado, esotérico, que
produz e manifesta a realidade de outro mundo.
► Idade Clássica Descartes chegou ao que acreditava ser a Verdade e identificou a loucura como algo que nos
leva ao erro, separa-se o que é “racional e verdadeiro” do que é “errôneo e falso.
► Reformistas começaram a ver esse confinamento do louco como uma barbárie, pois a loucura não era um
“crime”, mas uma “doença”. Antes da loucura era “homem normal”, em contrapartida, define-se o “louco”
como um “doente”. A partir desse momento, os loucos foram liberados do encarceramento e postos sob
cuidados médicos. O “louco” torna-se, ainda, um objeto de estudo.
VIGIAR E PUNIR
► Foucault também reflete sobre o sistema penal e a filosofia do poder,
► Para o filósofo, o domínio no qual se exerce o poder não é a lei, mas, sim,
a norma, que produz condutas, gestos e o próprio indivíduo moderno.
► Para regular a vida dos indivíduos existe o “poder disciplinar”, empregado
em hospitais, escolas, fábricas e prisões.
► Para explicar essa nova forma de disciplina e vigilância, Foucault cita o
clássico exemplo do Panóptico (literalmente, “vê-se tudo”) para prisões.
► Trata-se de uma estrutura em forma circular, com uma plataforma de
observação erguida no meio. Isso possibilitava que um observador central
espionasse as celas situadas abaixo, ao redor do prédio.
► Cada prisioneiro nessas celas estava, então, ciente de que suas atividades
eram vigiadas o tempo todo.
► As celas possuem uma janela para o exterior, por onde entra a luz, e uma
para o interior, de frente para a torre central, de forma que o vigilante da
torre central pode ver os prisioneiros, mas não o contrário.
O efeito do Panóptico
► É criar a aparente onipresença do inspetor na mente dos ocupantes, “induzir no detento um estado
consciente e permanente de visibilidade, que assegura o funcionamento automático do poder.
► O poder, portanto, é visível, pois o detento sempre verá a torre central, é inverificável, pois o
detento nunca saberá se está de fato sendo vigiado.
► Segundo Foucault, o Panóptico não apenas aumenta o poder das autoridades, como também induz
os indivíduos a internalizar aqueles que os vigiam, garantindo o funcionamento automático do
poder.
► “Nossa sociedade não é de espetáculos, mas de vigilância. Não estamos nem nas arquibancadas
nem no palco, mas na máquina panóptica.
Microfísica do poder
► Biopoder nas sociedades ocidentais, um poder que toma a vida como objeto de sua regulação,
► Inclusão de processos biológicos nas operações do poder soberano (Estado)
► Corpo como máquina: essa forma de biopoder visa ao adestramento dos corpos, extorquindo suas
forças, para então ampliá-las. O corpo torna-se tão mais útil quanto mais docilizado
► A biopolítica tem como seu objeto a população de homens viventes e os fenômenos naturais.
► Regula e intervêm sobre taxas de natalidade, fluxos de migração, epidemias, longevidade.
► A anátomo-política do corpo encontra a biopolítica da população
► Elemento político e vital, a sexualidade remete tanto ao homem em sua dimensão corporal, quanto
ao homem como membro de uma espécie que se reproduz
Ser Humano
Aristóteles X Foucault
► Nas palavras de Foucault, "o homem, durante milênios permaneceu o que era para Aristóteles: um
animal vivo e, além disso, capaz de existência política; o homem moderno é um animal, em cuja
política, sua vida de ser vivo está em questão".
► Objeto privilegiado do biopoder é a sexualidade
► A sociedade do biopoder é uma sociedade do sexo, o qual "tornou-se a chave da individualidade: ao
mesmo tempo, o que permite analisá-la e o que torna possível constitui-la".
► Se o poder se ocupa da sexualidade, é menos para reprimi-la que para suscitá-la. Através de infinita
verbalização, de um permanente fazer falar, o sexo é controlado mediante sua inserção no discurso.
Propósito da filosofia de kant
► No livro “Critica da Razão Pura”, ele diz que o filosofo não é um artista da razão, mas um legislador da razão.
Umas das principais tarefas da filosofia é refletir a própria reflexão, Critica da Própria Critica, é isso que ele
faz no livro Critica da Razão Pura,

► Uma das coisas que o filosofo tem que fazer é: Pensar o próprio pensamento. Como o pensamento pensa?
Como a reflexão se engana ou acerta?

► A Universidade é o lugar de troca de pensamento, ou seja, debate de como cada faculdade pensa. Uma das
funções da filosofia é mostrar as outras faculdades como funciona o saber, a reflexão.

► Por isso todos deveriam estudar filosofia para entender como o entendimento funciona, pois a filosofia
fornece instrumentos para entender melhor suas questões.
► Se há uma Universidade onde as faculdades não se conversam, isto não uma UNIVERSIDADE é um
conjunto de faculdades

► Por isso o uso público da razão, expor seu conhecimento ao público, deixar os outros pensar seu
conhecimento, mas aqueles interessados no debate, não quem buscam vencer o debate, mas
quem quer refinar a razão

► Uso privado da razão, é quando você tem que obedecer, no trabalho, na guerra, não é o
momento de discutir

► Uso público da razão é quando a razão debate

► Vamos falar uso público da razão relacionado ao esclarecimento,


Vivemos em uma Época esclarecida ou em uma
época de esclarecimento?
ESCLARECIMENTO
Texto de Kant: O que é esclarecimento? / O que é iluminismo?

O que é menor de idade? O que é maior sozinho?

► Esclarecimento é quando a humanidade começa a entrar na maioridade (pensa sozinho)

► Quando a humanidade começa a usar a razão (uso público) aceita o debate se tiver de acordo com a
razão.

MONARQUIA heteronomia (outro diz o que fazer), Sou o Gênio você me obedece

REPUBLICA autonomia (eu faço)


MAIORIDADE X MENORIDADE
► A humanidade vive numa situação heteronomia, pois ela não decide sozinha o que é certo ou
errado, quem decide por elas é um Guru, Líder Religioso, O Estado, O Exercito

► Maioridade é quando a humanidade começa a fazer uso público da razão, do seu entendimento.

► Ela decide sozinha, pensar por si própria, ter AUTONOMIA se trata do uso público da razão, é
expor o conhecimento, é uma razão republicana

► mas 1° não de uma forma individualista, mas como uso público da razão, no debate, em 2° não
significa negar o Estado, Religião ou Exercito, significa que vou aceitar se passar por um processo de
critica,

► Tudo o que vem a mim deve passar pelo tribunal da razão, se passar pelo debate
“É tão cômodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes do meu entendimento, um

diretor espiritual que por mim tem consciência, um médico que por mim decide a respeito da

minha dieta, etc., então não preciso de esforçar-me eu mesmo. Não tenho necessidade de

pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregarão em meu lugar dos negócios

desagradáveis.” (KANT, 1985, p. 100).


► As duas maiores causas de se manter na menoridade é :

a Covardia não tem coragem de contrapor aos tutores, as autoridades,

a Preguiça é cômodo pagar alguém para ler um livro para mim, decorar fórmulas ao invés de entende-las.
Há pessoas que tem preguiça de ser esclarecido

Por isso as pessoas/humanidade permanecem na menoridade mental

Kant diz: Sapere Aude (Ouse saber), frase do filósofo romano Horácio, tenha coragem para ter
entendimento, atreva-se, não tenha medo de sabe.

Somos todos humanos iguais em direitos e dignidade, ninguém pode impor alguma coisa para você sem
que tenha passado pela critica
“Depois de terem primeiramente (os tutores) embrutecido seu gado doméstico e

preservado cuidadosamente estas tranquilas criaturas a fim de não ousarem dar um passo fora

do carrinho para aprender a andar, no qual as encerraram, mostram-lhes, em seguida, o perigo

que as ameaça se tentarem andar sozinhas. Ora, este perigo na verdade não é tão grande, pois

aprenderiam muito bem a andar finalmente, depois de algumas quedas” Kant


► Quer dizer que sem mim você não consegue ser alguém

► Não consegue andar sozinho

► Kant diz não somos esse gado, podemos cair, mas vamos levantar e aprender a andar sozinho,
do que ser guiado por outras pessoas

► Por todo o lado as pessoas não querem que a gente pense, quem q a gente obedeça, pague,
acredite

► Por todo o lugar tem gente tentando limitar nosso entendimento, nossa liberdade

► É preciso fazer uso do seu entendimento, com coragem, é difícil pensar sozinho
Vivemos em uma Época esclarecida ou em uma
época de esclarecimento?
Mundo Inteligível – Moralidade Vontade

Mundo Sensível – Leis Naturais , que se move no homem Razão

Vida Moral

VONTADE – Sensibilidade

Razão – Razão

► O Homem oscila entre a sensibilidade e a razão. Minha vontade não deve se submeter a razão, pois
vivo num mundo sensível.

Sensível faz o que quer

VONTADE – LIBERDADE

Razão diz o que devo fazer


Sensação? Percepção? Concepção? Ciência? Sabedoria?

Estimulo É a sensação É a percepção É o conhecimento É a vida


Desorganizado Organizada Organizada Organizado Organizada
O homem é mal por natureza, por isso precisa do dever para ser moral

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