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HELENA CUNHA DE PAULA LIMA

FICHAMENTO TEXTO VII

METODOLOGIA DO ENSINO DA QUÍMICA

NILÓPOLIS – RIO DE JANEIRO


2024
MODELO DE ENSINO HÍBRIDO LABORATÓRIO ROTACIONAL: DESAFIOS DA

FORMAÇÃO DOCENTE

RESUMO

Este artigo examina a formação docente em relação à implementação do Modelo de Ensino


Híbrido Laboratório Rotacional no Ensino Fundamental. Destaca os desafios enfrentados ao
utilizar essa metodologia ativa, bem como os pontos relevantes para sua aplicação na prática
pedagógica em sala de aula.

A pesquisa realizada é de natureza bibliográfica e qualitativa, baseada em dados coletados


com docentes que são os sujeitos do estudo. Um dos aspectos ressaltados é a necessidade de
repensar o papel tanto do professor quanto do aluno diante das tecnologias digitais.

No método de ensino e aprendizagem proposto, é enfatizada a importância de o professor criar


um ambiente colaborativo que leve em consideração o protagonismo do aluno na construção
do conhecimento.

A contribuição central do artigo está na disponibilização de subsídios para a reflexão docente,


oferecendo possibilidades de ações pedagógicas que utilizam o Modelo de Ensino Híbrido
Laboratório Rotacional.

Citação Relevante:
"O professor deve propiciar um ambiente colaborativo que considere o protagonismo do aluno
na construção do conhecimento."

Considerações Pessoais:
O texto destaca uma abordagem contemporânea e desafiadora para a formação docente,
ressaltando a importância de se adaptar às novas tecnologias e metodologias de ensino. A
valorização do papel ativo do aluno no processo de aprendizagem é uma tendência relevante
no campo educacional atual.

INTRODUÇÃO

No contexto educacional contemporâneo, os estudantes utilizam diversas plataformas virtuais


para interagir e buscar conhecimento. Embora muitos alunos do ensino fundamental sejam
proficientes em tecnologia, a orientação e intervenção do professor continuam sendo cruciais.
O papel do professor agora envolve estimular os alunos a aprimorarem suas competências de
aprendizagem por meio das tecnologias digitais, atuando como mediador e apresentando
opções para reflexão e debate.

No Modelo de Ensino Híbrido Laboratório Rotacional, os alunos são incentivados a serem


protagonistas de sua aprendizagem, assumindo maior responsabilidade por seu progresso,
enquanto trabalham em um ritmo personalizado e interagem com colegas e professores. No
entanto, observa-se uma lacuna na formação docente em relação à incorporação dessas
tecnologias na educação.

O objetivo principal deste estudo é identificar estratégias para qualificar a formação docente
visando a implementação do Modelo de Ensino Híbrido Laboratório Rotacional no Ensino
Fundamental. A metodologia empregada é uma pesquisa bibliográfica qualitativa, envolvendo
três professoras do ensino fundamental que já aplicam esse modelo em sua prática
pedagógica. A coleta de dados é realizada por meio de questionários com perguntas abertas,
utilizando a metodologia de análise Discurso do Sujeito Coletivo (DSC).

A contribuição principal deste artigo é fornecer subsídios para reflexão docente, apresentando
possíveis ações pedagógicas baseadas no Modelo de Ensino Híbrido Laboratório Rotacional.
Citação Relevante:
"A forma como temos acesso à informação expandiu-se extraordinariamente. Em contraste,
percebe-se que a formação docente não acompanhou a evolução das tecnologias digitais na
educação."

Considerações Pessoais:
O texto destaca uma lacuna importante na formação docente em relação à integração das
tecnologias digitais na educação, especialmente no contexto do Modelo de Ensino Híbrido
Laboratório Rotacional. É fundamental reconhecer a necessidade de atualização e adaptação
constante por parte dos professores para atender às demandas educacionais contemporâneas.
A pesquisa apresentada oferece uma abordagem valiosa para abordar essa lacuna e promover
a reflexão e aprimoramento da prática docente.

FORMAÇÃO DOCENTE NO CONTEXTO DO ENSINO HÍBRIDO

A Educação contemporânea enfrenta desafios que questionam a eficácia das estratégias


metodológicas tradicionais diante do avanço tecnológico. A introdução das tecnologias digitais
na sala de aula cria um descompasso entre os nativos digitais (estudantes) e os professores,
muitos dos quais não se apropriaram dessas ferramentas (Castro et al., 2015). Prensky (2010)
sugere que as tecnologias digitais podem apoiar um novo paradigma educacional, porém a
formação docente não acompanhou essa evolução.

Almeida (2007) destaca que o papel do professor não se resume a ensinar, mas sim a
despertar o aluno para a aprendizagem através da organização do currículo e das atividades
em sala de aula.

A integração das tecnologias digitais na educação não é uma solução imediata, especialmente
no contexto do Ensino Híbrido, onde educadores e alunos interagem em diferentes tempos e
locais, utilizando as tecnologias como aliadas (Bacich, 2015). Isso requer que os professores
sejam inovadores, conheçam e testem ferramentas digitais (Lima & Moura, 2015).

Nóvoa (2001) argumenta que os professores necessitam de novas competências para atuar na
sociedade contemporânea, não apenas transmitindo conhecimento, mas organizando
aprendizagens através de meios informáticos e realidades virtuais.

Lemow (2011) enfatiza que o professor desempenha um papel crucial na promoção de


operações mentais que favorecem a apropriação ativa do conhecimento.

Assim, a formação docente não deve ser limitada à formação inicial, mas deve ser contínua,
promovendo a reflexão sobre a prática, desenvolvendo uma postura de profissional reflexivo e
pesquisador, com competência teórica para enxergar o mundo de forma integrada (Castro et
al., 2015).

Considerações Pessoais:

O texto ressalta a importância da formação docente no contexto do Ensino Híbrido e do uso


das tecnologias digitais na educação. Concordo que os professores devem ser capacitados
não apenas para utilizar as tecnologias, mas também para promover uma aprendizagem
significativa e ativa. A formação contínua é essencial para acompanhar as mudanças na
sociedade e na educação.
MODELO DE ENSINO HÍBRIDO LABORATÓRIO ROTACIONAL

O Ensino Híbrido é um modelo educacional que combina o ensino presencial e online, visando
oferecer o melhor de ambos os mundos. Este modelo busca aprimorar a autonomia dos alunos
durante o estudo online, enquanto valoriza a interação entre alunos, professores e tecnologia.
O Instituto Clayton Christensen propõe modelos de rotação, incluindo o Laboratório Rotacional,
onde os alunos alternam entre atividades online e offline de acordo com um horário pré-
definido. O Laboratório Rotacional divide os alunos em dois espaços de trabalho, sendo um
online e outro presencial. Os alunos que trabalham no laboratório utilizam computadores ou
tablets para cumprir objetivos estabelecidos pelo professor, enquanto este ministra aula para
outra parte da turma. A Plataforma Sílabe sugere que para o ambiente online, os recursos da
internet sejam explorados, enquanto o professor determine as atividades para o ambiente
offline, priorizando interações como debates e trabalhos em grupo. É essencial planejar o
tempo de permanência dos alunos em cada ambiente, garantindo a independência entre os
momentos online e offline. A integração entre sala de aula e ambientes virtuais é destacada
como fundamental por Bacich e Moran, permitindo diversificação de atividades e a combinação
de metodologias ativas para promover uma aprendizagem mais envolvente.

Citação relevante:
"A possibilidade de mesclar os momentos presenciais e online é uma tentativa de oferecer 'o
melhor de dois mundos' - isto é, as vantagens da educação online combinadas com todos os
benefícios da sala de aula tradicional" (Christensen, Horn e Staker, 2013, p. 3).

Considerações pessoais:
O modelo de Ensino Híbrido, especialmente o Laboratório Rotacional, apresenta uma
abordagem interessante para a integração da tecnologia na educação. Ao proporcionar
momentos tanto presenciais quanto online, os alunos podem desenvolver autonomia em seus
estudos e ao mesmo tempo beneficiar-se da interação com colegas e professores. A
combinação de recursos online e atividades presenciais parece ser uma estratégia promissora
para engajar os alunos e diversificar os métodos de ensino.

ANÁLISE DO DISCURSO

A pesquisa utiliza questionários como ferramenta de coleta de dados, buscando identificar


tendências e preferências dos sujeitos. A metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) é
empregada para analisar esses dados, representando o pensamento coletivo através de
depoimentos individuais. O DSC resgata opiniões coletivas por meio de questionamentos
abertos e trabalha com amostras selecionadas de indivíduos. Para produzir os discursos que
representam o pensamento coletivo, são utilizadas figuras metodológicas como expressões-
chave, ideias centrais e ancoragens. Os discursos coletivos revelam a preocupação docente
com a necessidade de formação continuada e o planejamento de aulas no contexto do Ensino
Híbrido Laboratório Rotacional.

Citações Relevantes:
- "Os questionários são ferramentas úteis de coleta de dados usados para identificar
tendências ou preferências, reunindo informações que possam trazer esclarecimento e clareza
na investigação do problema de pesquisa." (Lankshear & Knobel, 2008)
- "A metodologia do DSC é uma forma de resgatar as representações sociais, preservando a
dimensão individual articulada com a dimensão coletiva." (Lefèvre & Lefèvre, 2012)
- "Para aprimorar o trabalho docente perante essas metodologias ativas, é imprescindível
investir na formação docente." (Lévy, 2010)

Considerações Pessoais:

O uso da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo parece ser uma abordagem eficaz para
analisar opiniões coletivas em pesquisas qualitativas. É interessante notar a ênfase na
importância da formação continuada e do planejamento adequado das aulas, especialmente no
contexto do Ensino Híbrido Laboratório Rotacional. Isso destaca a necessidade de os
educadores estarem atualizados e preparados para utilizar novas metodologias de ensino,
especialmente aquelas que envolvem tecnologia digital.
CONCLUSÃO

Diante dos discursos dos sujeitos, foi possível realizar reflexões acerca do Ensino Híbrido,
especialmente sobre o modelo Laboratório Rotacional. Percebe-se que, na atual realidade
tecnológica, o papel do professor continua sendo fundamental no processo educativo. No
entanto, esse papel não se resume mais a ser apenas um expositor de conhecimento pronto e
acabado. O professor deve compartilhar com o aluno o papel de autor do conhecimento,
atuando como orientador e facilitador do contato do aluno com o saber e com seus pares. Isso
implica não apenas na obtenção de novas informações, mas também no desenvolvimento de
habilidades relacionadas à convivência, ética, colaboração e coletividade.

Quanto ao modelo de Ensino Híbrido, este não se restringe apenas à inserção de tecnologias
digitais nas aulas, mas propõe uma reflexão sobre o melhor caminho a seguir na educação. Ele
visa um novo modelo educacional que considere as diferenças individuais dos alunos e os
coloque sempre no centro do processo de aprendizagem. Nesse sentido, a postura do
professor, a utilização do espaço, a gestão escolar, a avaliação e a reflexão sobre a cultura
devem ser repensadas.

Considerando a análise dos discursos realizada neste trabalho, percebe-se que os professores
estão dispostos a adotar mais o Ensino Híbrido no modelo Laboratório Rotacional. No entanto,
muitas vezes, eles se sentem inseguros em relação ao planejamento das aulas nesse formato
e destacam a falta de tempo para pesquisar plataformas digitais. Portanto, conclui-se que a
qualificação docente deve estar associada a momentos de formação continuada, onde os
professores possam estudar, refletir sobre o modelo de Ensino Híbrido Laboratório Rotacional
e trocar experiências de suas práticas, visando alternativas que promovam o aprendizado dos
alunos.

Considerações pessoais:
A reflexão sobre o Ensino Híbrido e o modelo Laboratório Rotacional evidencia a importância
de uma abordagem mais participativa por parte dos professores, onde estes assumem o papel
de facilitadores do processo de aprendizagem. Além disso, destaca-se a necessidade de
investimento em formação continuada para capacitar os docentes na implementação eficaz
dessas práticas pedagógicas inovadoras.

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