02 - Patogênese

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Patogênese

Disciplina: Saúde Pública

Prof.: Mauricio Avelar Fernandes


Especialista em Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica
Mestre em Saúde do Adulto e da Criança

E-mail: [email protected]
Período de Patogênese
Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos
exercem sobre o ser afetado.

Seguem as perturbações bioquímicas em nível celular, continuam com as


perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes,
cronicidade, morte ou cura.
Período de Patogênese
Etapas:
1. Interação estímulo suscetível: Nesta etapa a doença ainda não tomou
desenvoltura, porém todos os fatores necessários para a sua
ocorrência estão presentes.

◦ Alguns fatores agem predispondo o organismo à ação subsequente de outros


agentes patógenos. Ex. má nutrição e tuberculose, colesterol alto e doença
coronariana.
Período de Patogênese
2. Alterações Bioquímicas, Histológicas e Fisiológicas: Neste estágio, a
doença já está implantada no organismo. Embora não se percebam
manifestações clínicas, já existem alterações histológicas em nível de
percepção subclínica de origem genérica.

◦ A doença já está presente e pode ser percebida através de exames clínicos e


laboratoriais orientados.
Período de Patogênese
Denomina-se “horizonte clínico”, a linha imaginária que separa o estágio
das alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas da etapa seguinte
(SINAIS E SINTOMAS.)

Abaixo dessa linha se processam todas as manifestações bioquímicas,


fisiológicas e histológicas que precedem as manifestações clínicas das
doenças.
Período de Patogênese
SINAIS E SINTOMAS: O sinais tornam-se nítidos, transforma-se em
sintomas.

É o estágio chamado de clínico, iniciado ao ser atingida uma massa crítica


de alterações funcionais no organismo acometido.
Período de Patogênese
CRONICIDADE: A evolução clínica pode progredir até o estado de
cronicidade ou conduzir o doente a um dado nível de incapacidade física
por tempo variável.

Pode produzir lesões que poderão no futura , ser porta de entrada para
outras doenças.

Do estado crônico, pode evoluir para invalidez ou para a morte. Em outros


casos para a cura.
SAÚDE PÚBLICA:
“É a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver
saúde física e mental e a eficiência, através de esforços organizados da
comunidade para o saneamento do meio ambiente, o controle de
infecções na comunidade, serviços de diagnósticos precoces e tratamento
preventivo de doenças, criando um padrão de vida adequado à
manutenção da saúde”.
Epidemiologia:
A epidemiologia persegue a observação exata, a interpretação correta, a
explicação racional e a sistematização científica dos eventos de saúde
doença em nível coletivo, orientando portanto, nas ações de intervenção.
Prevenção de doenças
A prevenção pode ser feita nos períodos de pré- patogênese.

Importante conhecer a história natural da doença, os múltiplos fatores


relacionados com o agente, o suscetível, o meio ambiente e a evolução da
doença no acometido.
Prevenção primária
1. Se faz com a intercepção dos fatores pré-patogênicos, inclui:
promoção da saúde; proteção específica.
2. Promoção de saúde: moradia adequada, escolas, áreas de lazer;
alimentação adequada; educação em todos os níveis.
3. Proteção específica: Imunização; saúde ocupacional; higiene pessoal e
do lar; proteção contra acidentes; aconselhamento genético; controle
dos vetores.
Prevenção Secundária
1. Se faz realizada no indivíduo, já sob a ação do agente patogênico, ao
nível do estado de doença, e inclui: Diagnóstico , tratamento precoce e
limitação da invalidez.

2. Diagnóstico precoce: Inquéritos para descoberta de casos na


comunidade; Exames periódicos, individuais para detecção precoce de
casos; isolamento para evitar a propagação de doenças; tratamento
para evitar a progressão da doença.

3. Limitação da incapacidade: Evitar futuras complicações; evitar


seqüelas.
Prevenção Terciária
1. Reabilitação ( impedir a incapacidade total).

2. FISIOTERAPIA; TERAPIA OCUPACIONAL; EMPREGO PARA O


REABILITADO.

3. A Lei Orgânica da Saúde ( 1990), preconiza o controle social como a


condição sine qua non para o desenvolvimento da saúde coletiva.
Referências
ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. de; Epidemiologia e saúde.
Guanabara-koogan. 2003

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