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UNIAC

Universidade Alberto Chipande

ASFIXIOLOGIA FORENSE

De:

FREDERICO LUÍS ADELINO

Beira

Junho, 2024

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FREDERICO LUÍS ADELINO

ASFIXIOLOGIA FORENSE

Trabalho de pesquisa a ser apresentado a


Universidade Alberto Chipande, na disciplina de
Medicina Legal com o fim da obtenção do grau
de Licenciatura.

Beira

Junho, 2024

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INDICE
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO 3

1.1 Introdução 3

1.2 Objectivos 3

1.2.1 Objectivo Geral 3

1.2.2 Objectivos Específicos 3

1.3 Métodos de procedimento 3

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5

2.1 ASFIXIOLOGIA FORENSE 5

2.2 Classificação 7

2.2.2 Asfixia em Geral 8

CAPÍTULO III: CONCLUSÃO 10

3.1 Conclusão 10

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 11

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
O presente trabalho de pesquisa visa abordar acerca do Asfixia Forense. Esse processo inibe
a hematose (transformação do sangue venoso em sangue arterial), o que pode levar o
indivíduo à morte. A palavra "asfixia" significa "sem pulso" (a + sphyxis) em sua origem.
Essa denominação foi dada pelos antigos, pois acreditavam que, através das artérias, circulava
o pneuma. O uso atual da expressão, no entanto, quer dizer a supressão da respiração. Embora
consagrado pelo seu emprego corriqueiro, o termo "asfixia" deveria ser substituído, para
garantir exatidão técnica e científica, por anóxia (ausência de oxigênio no sangue) ou
hipoxemia (pouco oxigênio no sangue). O fenômeno da asfixia, sob o ponto de vista
médico-legal, pode ser causado por impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e
externa em circunstâncias as mais variadas. Ou como uma perturbação oriunda da privação,
completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou interna, do oxigênio.

O presente trabalho de pesquisa está estruturado em três capítulos, a destacar o primeiro


capitulo que é da Introdução, segundo que é da fundamentação teórica e por fim o terceiro
capítulo da conclusão.

1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo Geral

● Conhecer a ASFIXIOLOGIA FORENSE.

1.2.2 Objectivos Específicos

● Analisar a ASFIXIOLOGIA FORENSE;


● Identificar tipos do ASFIXIOLOGIA FORENSE;
● Explicar ASFIXIOLOGIA FORENSE.

1.3 Métodos de procedimento


Para a elaboração deste trabalho usou-se o método bibliográfico que segundo Fonseca (2002),
qualquer trabalho cientifico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao
pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existe porem pesquisas cientificas
que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referencias teóricas
publicadas com o objectivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o
problema a respeito do qual se a resposta.

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2 CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ASFIXIOLOGIA FORENSE

Trata-se de uma área da medicina legal que estuda as afixias de um modo geral. Asfixia
é um fenômeno causado pelo impedimento da passagem do ar pelas vias respiratórias,
resultando em uma alteração bioquímica do sangue. Esse processo inibe a hematose
(transformação do sangue venoso em sangue arterial), o que pode levar o indivíduo à
morte. A palavra "asfixia" significa "sem pulso" (a + sphyxis) em sua origem. Essa
denominação foi dada pelos antigos, pois acreditavam que, através das artérias,
circulava o pneuma. O uso atual da expressão, no entanto, quer dizer a supressão da
respiração. Embora consagrado pelo seu emprego corriqueiro, o termo "asfixia" deveria
ser substituído, para garantir exatidão técnica e científica, por anóxia (ausência de
oxigênio no sangue) ou hipoxemia (pouco oxigênio no sangue). O fenômeno da asfixia,
sob o ponto de vista médico-legal, pode ser causado por impedimento mecânico de
causa fortuita, violenta e externa em circunstâncias as mais variadas. Ou como uma
perturbação oriunda da privação, completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou
interna, do oxigênio.

2.2 Classificação
Segundo Gouveia (2015), As classificações da asfixia são as mais variadas. Elencaremos aqui
as principais:

Classificação de Afrânio Peixoto

1. Asfixias Puras - são manifestadas pela anoxemia e hipercapneia


1. Asfixias em ambientes por gases irrespiráveis:
1. Confinamento;
2. Asfixia por monóxido de carbono;
3. Asfixias por outros vícios de ambiente.
2. Obstaculação à penetração do ar nas vias respiratórias:
1. Sufocação direta (obstrução da boca e das narinas pelas
mãos ou das vias aéreas mais inferiores);
2. Sufocação indireta (compressão do tórax);
3. Transformação do meio gasoso em meio líquido (afogamento);

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4. Transformação do meio gasoso em meio sólido (soterramento).
2. Asfixias Complexas - interrupção primária da circulação cerebral, anoxemia,
hipercapneia; inibição por compressão dos elementos nervosos do pescoço
1. Constrição passiva do pescoço exercida pelo peso do corpo
(enforcamento).
2. Constrição ativa do pescoço exercida pela força muscular
(estrangulamento).
3. Asfixias Mistas - graus variados dos fenômenos respiratórios, circulatórios e
nervosos (esganadura)
Classificação de Thoinot

1. Asfixias mecânicas por constrição do pescoço; enforcamento; estrangulamento


por mão; estrangulamento por laço.
2. Asfixias mecânicas por oclusão dos orifícios respiratórios externos.
3. Asfixias mecânicas por respiração num meio líquido (submersão), ou num meio
pulvurulento (soterramento).
4. Asfixias mecânicas resultantes da oclusão das vias respiratórias por corpos
estranhos.
Classificação de Oscar Freire

1. Modificações físicas do ambiente:


1. modificações quantitativas dos componentes do ar (diminuição de
oxigênio, aumento de gás carbônico, aumento de temperatura, excesso
de umidade): confinamento.
2. modificações qualitativas:
1. ambiente líquido em lugar de gasoso: afogamento;
2. ambiente sólido em lugar de gasoso: soterramento.
2. Obstáculos mecânicos no aparelho respiratório:
1. nas aberturas aéreas (narina, boca e glote): sufocação direta.
2. nas vias aéreas, por constrição externa, devida a laço acionado pelo
peso da própria vítima: enforcamento.
3. nas vias aéreas, por constrição externa, devida a laço acionado pela
força muscular ou equivalente: estrangulamento.
4. nas vias aéreas, por constrição externa, devida à ação da mão:
esganadura.

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3. Obstáculo na oxigenação das hemácias: asfixia pelo monóxido de carbono,
segundo alguns autores.
4. Supressão da expansão torácica por contenção externa: sufocação indireta.
2.2.1 Asfixia em Geral

É necessário entender que para que a respiração se processe em condições de


normalidade é exigido um ambiente externo que contenha ar respirável, com um teor de
oxigênio de aproximadamente 21%, nitrogênio 78%, gás carbônico 0,03%, portanto,
praticamente livre de gases tóxicos, e que haja permeabilidade das vias respiratórias,
elasticidade do tórax, expansão pulmonar, circulação sanguínea normal e volume
circulatório em quantidade e qualidade suficientes para transportar o oxigênio à
intimidade dos tecidos e garantir regularidade à hematose, assim como uma pressão
atmosférica compatível com a fisiologia respiratória.

Nem todo o oxigênio do ar inspirado alcança os alvéolos pulmonares: 4% dele fica


retido pelas vias aéreas superiores. Isto posto, a proporção de oxigênio do ar alveolar é
de 17% e não 21%.

O homem precisa dessa taxa de oxigênio para sobreviver, portanto, um percentual de


7% de oxigênio no ar atmosférico ocasiona perturbações orgânicas relativamente
graves, e um percentual de 3% ou um ar com grande quantidade de gases irrespiráveis
ou tóxicos, acarreta morte por exaustão de oxigênio pulmonar e hipercapneia.

Ao nível dos alvéolos pulmonares ocorre a hematose, ou seja, a transformação, por


osmose, do sangue venoso, vindo do coração direito, em arterial, pela perda de gás
carbônico e conquista de oxigênio. A tensão do gás carbônico é mais elevada no sangue
do que no ar alveolar. Em troca, a tensão do oxigênio é maior nos alvéolos do que nos
capilares pulmonares. Essa diferença de pressão entre os gases do ar alveolar e os do
sangue é que motiva as permutas de gás carbônico por oxigênio na hematose pulmonar.

Denomina-se ar circulante ou respiratório a quantidade de ar que entra e sai dos


pulmões (cerca de 500cc), em respiração calma. Ar complementar (1.500cc) é o maior
volume de ar introduzido nos pulmões, numa inspiração forçada. Ar de reserva
(1.500cc) é a quantidade de ar eliminado numa expiração profunda. Ar residual é nome
que se dá ao volume de ar (1.000cc) que sempre permanece nos pulmões, por mais
forçada que seja a expiração. Assim, a capacidade vital, total do ar circulante, do

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complementar e do de reserva é 3.500cc, e a capacidade pulmonar, conjunto do residual
e do de reserva, 2.500cc. A capacidade total dos pulmões soma, pois, 4.500cc.

A frequência respiratória normal é, em média:

recém-nascido 40-45 movimentos respiratórios por minuto

lactente 25-30 movimentos respiratórios por minuto

pré-escolar 20-25 movimentos respiratórios por minuto

escolar 18-20 movimentos respiratórios por minuto

adolescente 18 movimentos respiratórios por minuto

A frequência dos movimentos respiratórios é de 16 por minuto, no adulto normal, em


repouso. Nas mulheres, em repouso, admite-se 18-22 movimentos por minuto.

Geralmente, a cada movimento respiratório, no indivíduo normal, em condições de


repouso físico e mental, correspondem 4 pulsações cardíacas.

Chama-se eupneia a respiração normal; bradipneia, a diminuição dos movimentos


respiratórios, e taquipneia, o aumento da frequência respiratória. A bradipneia é também
denominada espaniopneia e oligopneia, e a taquipneia, polipneia e hiperpneia. Dispneia
é a respiração forçada e difícil. Jimenez Dias a definiu como “a sensação de uma
respiração que não se realiza bem”. Ortopneia é termo que indica dispneia tão intensa
que obriga o indivíduo a sentar-se para dar inteira liberdade de ação aos músculos
auxiliares da respiração. Apneia é a pausa ou suspensão temporária da respiração.

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3 CAPÍTULO III: CONCLUSÃO
3.1 Conclusão
Findado o trabalho de pesquisa conclui-se para que a respiração se processe em condições de
normalidade é exigido um ambiente externo que contenha ar respirável, com um teor de
oxigênio de aproximadamente 21%, nitrogênio 78%, gás carbônico 0,03%, portanto,
praticamente livre de gases tóxicos, e que haja permeabilidade das vias respiratórias,
elasticidade do tórax, expansão pulmonar, circulação sanguínea normal e volume circulatório
em quantidade e qualidade suficientes para transportar o oxigênio à intimidade dos tecidos e
garantir regularidade à hematose, assim como uma pressão atmosférica compatível com a
fisiologia respiratória.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
● Fonseca, J. J. S.(2002). Metodologia de pesquisa científica. Fortaleza: UEC, Apostila;
● Gouveia, Jorge Cláudio de Bacelar. Direito Constitucional de Moçambique. Maputo, 25 de
Junho de 2015;

● SAL & Caldeira. Advogados e Consultores de Moçambique. 2017.

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