Direito Das Penas

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DIREITO DAS PENAS

PROFESSORA WEDLA DAMASCENO


[email protected]
ONDE ESTAMOS QUANDO ESTUDAMOS O DIREITO DAS
PENAS?

MP RECEBIMENTO
INQUÉRITO POLICIAL INÍCIO DA AÇÃO PENAL
OFERECE A DA DENÚCIA
APURAÇÃO DO FATO FASE PROCESSUAL
DENÚCIA PELO JUIZ
CRIMINOSO FASE
INVESTIGATIVA

EXECUÇÃO PENAL SENTENÇA


CRIME JUDICIAL
A EVOLUÇÃO DAS PENAS

• Mesmo antes do homem saber da necessidade em viver em sociedade,


bem nos primórdios, ele já via que conviver na presença de outro,
exigiria dele a necessidade de regular essas relações e as condutas.

• A socialização humana traz regras de conduta e a possibilidade de sua


violação.

• Partindo deste momento, o homem, busca adequar qual a melhor forma


de punir aquele que não estão inseridos nas regras sociais, com a
finalidade de manter a paz social.

• Essa evolução do pensamento e dos atos, nos traz a história das sanções
penais, iniciando na idade antiga até hoje e passando pelos castigos até
as sanções e suas espécies.
TEORIA DAS PENAS

• A Teoria penal, um conjunto de princípios e diretrizes que norteiam a


interpretação e a aplicação das normas penais, buscando assegurar a
justiça, a segurança jurídica e a proteção dos direitos individuais.
Podemos citar 3 tipos:
• Teoria absoluta, nos traz, que a finalidade da pena é retributiva ( punir
para ensinar);
• Teoria relativa, fala que os fins da pena são estritamente preventivos (
punir para evitar que aconteça);
• Teoria mista ou unificada, aponta que a pena possui dupla finalidade:
retributiva e preventiva. (usada no nosso ordenamento)
A RESPONSABILIDADE ESTATAL
NA APLICAÇÃO DAS PENAS

O poder legislativo (povo representado)


prepara as leis para servir de parâmetro na
resolução dos conflitos sociais, o estado
possui o poder-dever de intervir nas
relações e na liberdade do indivíduo que agir
de forma ilícita, visando manter sob controle
o convívio entre as pessoas e consequente
organização da sociedade assim como a
harmonia entre os cidadãos (Paz social).
• Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
• I - pela morte do agente;
• II - pela anistia, graça ou indulto;
• III - pela retroatividade de lei que não mais
considera o fato como criminoso (Abolitio
Criminis);
PODE O ESTADO D EIXAR
DE P UNIR DI AN TE DO • IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
COMETIMENTO D E UM • V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo
CRIME ?
perdão aceito, nos crimes de ação privada;
ART. 107, CP • VI - pela retratação do agente, nos casos em
ROL EXEMPLIFICATIVO DE que a lei a admite (calúnia, difamação);
CAUSAS EXTINTIVAS DE • VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
PUNIBILIDADE
• VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
• IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos
em lei. (ex: art. 121, §5º, do CP homicídio culp.).
PARA QUE SERVEM AS PENAS E O QUE ELAS
REPRESENTAM DENTRO DO DIREITO PENAL?

Em caráter geral, quem regula o cidadão para que haja convivência em


sociedade, são as LEIS. Elas são instrumentos garantidores dos direitos e
deveres de cada pessoa. Essa regulação para que se faça eficaz, precisa de
algum tipo de punição, a PENA, como forma de mostrar o repúdio para aquele
ato.

As PENAS devem ter caráter preventivo, ou seja, servir de exemplo para que
outros não realizem aquele comportamento, sem deixar de ser um meio de
punição (repressão), encontrando seu limite na lei. Desta forma as penas
retribuem o mal causado prevenindo a reincidência, representando a efetiva
atuação da justiça na garantia da paz social.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS QUE
REGEM AS PENAS

• PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (LIMITADOR):


• Ele determina que não poderá haver pena sem que
haja uma lei a defina previamente. A regra se
encontra expressa no artigo 5.º, XXXIX da
constituição federal - não há crime sem lei anterior
que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
• Este princípio, versa no controle do poder dever do
estado de punir atos ilícitos (“jus puniendi”), para que
não exista o excesso nas penas impostas.
PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE

Esse Princípio visa, impedir que a pena possa ser


transferida a uma terceira pessoa. Nesse sentido, só o
responsável pelo fato punível deverá suportar a
punição, ele vem expresso no artigo 5.º, XLV da
constituição federal:
“Nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação
do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido”.
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO

• Individualizar a pena é fazer uma análise do caso concreto


para se concluir qual é a pena adequada àquele fato, levando
em conta principalmente o nível de responsabilidade do
autor.
• Art. 5.º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e
adotará, entre outras, as seguintes:
• a) - privação ou restrição da liberdade;
• b) - perda de bens;
• c) - multa;
• d) - prestação social alternativa;
• e) - suspensão ou interdição de direitos;
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE E O
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
• O princípio da humanidade traz a dignidade da pessoa humana, expressa no Art.5º:
• Art.5º III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
• Art. 5º,XLVII - não haverá penas:
• a) - de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX;
• b) - de caráter perpétuo;
• c) - de trabalhos forçados;
• d) - de banimento;
• e) - cruéis; (…)
• O princípio da proporcionalidade: a pena deverá corresponder à medida da gravidade do
que foi realizado. Apesar da onstituição não ter construído um artigo legal para designar o
princípio da proporcionalidade, as normas constitucionais em vários momentos traduzem a
ideia de proporcionalidade em seu conteúdo quando impõe limites máximos e mínimos,
atenuantes e agravantes e as consequências de cada delito.
A PENA É UMA ESPÉCIE
DE SANÇÃO, IMPOSTA
PELO ESTADO PARA O
INDIVÍDUO QUE
COMETEU UMA
INFRAÇÃO PENAL.
EM CONTRA PARTIDA, O
ESTADO DEVE
GARANTIR: O DEVIDO
PROCESSO LEGAL;
A AMPLA DEFESA E O
CONTRADITÓRIO(ART.5º,
LIV e LV) E SOMENTE
APÓS O TRÂNSITO EM
JULGADO, O ACUSADO
POSSA SER
CONSIDERADO
CULPADO(ART.5º LVII) E
CUMPRA SUA PENA.
SANÇÃO PENAL X PENA X MEDIDA DE SEGURANÇA

SANÇÃO
PENAL
(GÊNERO)

PENA MEDIDA DE
(ESPÉCIE) SEGURANÇA
(ESPÉCIE)

RECLUSÃ
PENA PRIV. O
LIBERD. DETENÇÃ INTERNAÇÃO E
O TRATAMENTO
PENA REST. DIR. MULTA AMBULATORIAL
MULTA

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