A Espiritualidade Na Condição Pos Moderna
A Espiritualidade Na Condição Pos Moderna
A Espiritualidade Na Condição Pos Moderna
na condição pós-moderna
O desafio a um novo olhar
Resumo
Palavras-chave
Professor de teologia e
fisioterapia da Metodista do
Rio de Janeiro. Mestre e
Doutor em teologia pela
Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro.
Abstract
Key-words
Resumen
Palabras clave
Profesor de teología y
fisioterapia de la Metodista de
Río de Janeiro. Master y
Doctor en teología por la
Pontificia Universidad Católica
de Río de Janeiro.
1 2
BINGEMER, Maria Clara L. Alteridade e vulnerabi- Ibid, p. 18.
lidade, experiência de Deus e pluralismo religio-
so no moderno em crise. São Paulo: Loyola,
1993, p. 13.
4
3 VASQUES FILHO, P. Religião, Ídolo e Reino de Deus.
LIBÂNIO, J.B. As Grandes Rupturas Sócio- Religiosidade Popular, São Paulo: Paulinas, 1984, p.
Culturais e Eclesiais. RCB, Petrópolis: n.189, 89-93.
Vozes, 1988, p. 166-7 e 176-9. 5
RAHNER, Karl. Op. cit., p. 171.
6
CASTRO, N.W. Uma Nova Evangelização. Caminhando.
São Paulo: Imprensa Metodista, n. 1, 1988, p. 15.
perdão, como também fazer com que A Igreja é uma comunidade de autenti-
possa distinguir a presença de Deus no cidade e integridade, em que homens e
cotidiano de suas vidas. O que pode mulheres são aceitos e justificados tais
resultar em: salvação, conversão, como são, a fim de que ela, Igreja, seja
transformação, incorporação- autenticamente ela mesma; embora seja
seguimento de Cristo individual e cole- uma comunidade ordenada, onde todos os
.13
tivamente fiéis estão submetidos à disciplina e à dire-
Portanto, a Igreja metodista como ção do Espírito Santo. A espiritualidade
comunidade evangelizadora tem que vivida pela Igreja, indivíduo ou grupo, tem
ser testemunha viva da graça de Deus sua raiz na eleição do povo de Deus e na
a partir da espiritualidade de seus fiéis. obra redentora de Jesus Cristo, mediante a
Pois a evangelização é missão da Igre- qual Deus está "reconciliando o mundo
ja toda, e não unicamente de algumas consigo mesmo" (II Coríntios 5,19).15
pessoas especializadas ou especial- É importante, portanto, que a Igreja Me-
mente chamadas. todista, fiéis e pastores, entendam que o
objeto do Evangelho é o ser humano e suas
A experiência da graça, através do
Espírito Santo, torna-se a força vital estruturas. É o anúncio pessoa a pessoa até
de propagação do crescimento me- alcançar toda a sociedade, campo da ação
todista. A experiência de testemu-
nho interno do Espírito (Romanos
definitiva de Deus, ação que não se refere
8,12-17) vitaliza todo ser, na rela- apenas a indivíduos, mas a todas as estru-
ção com Deus, com o próximo e turas deste mundo, cujo fim foi determinado
consigo mesmo. É um incontável
poder de comunicação que tirou a por Jesus Cristo: a advertência de uma nova
Igreja das quatro paredes dos tem- ordem, o Reino de Deus. A espiritualidade
plos, levando-a às pequenas comu- tem por missão criar um espírito de endere-
nidades (às classes), boca das mi-
nas, praças públicas e todos os lu- çamento com que, pela Igreja, todos são
gares, onde as pessoas, de qual- convidados a ir à esfera de tudo que não é
quer idade e condição social, esti-
Igreja para dar testemunho de Jesus Cristo,
vessem em condições de aceitar,
pela fé, a Jesus Cristo e transformar objetivando uma evangelização que vá ao
essa fé em obras de misericórdia. encontro do ser humano, onde ele estiver, e
No poder de Espírito Santo, através
fale de sua condição. Porque assim é o
do testemunho e do serviço presta-
dos pela Igreja ao mundo em nome Evangelho: Deus feito carne, vindo em
de Deus, da maneira mais abran- forma humana (Jesus de Nazaré) para habi-
gente e persuasiva possíveis, os
tar entre Seu povo. A Igreja não deve tirar
metodistas procuraram anunciar a
Cristo como Senhor e Salvador. (I o ser humano do lugar onde está, mas
evangelizá-lo em seu meio. Tirá-lo de seu
14
Plano para a vida e a missão. São Paulo: Imprensa
Metodista, 1993, p. 64, letra e.
13
RÚBIO, A.G., 1993, op. cit., p. 132.
15
BARREIRO, A. Os Pobres e o Reino: Do Evange- 19
cf. RIBEIRO, Claudio. Novos Enfoques da Pastoral.
lho de João Paulo II. São Paulo: Loyola, 1983, Tempo e Presença. Rio de Janeiro: CEDI, mar/abr/90,
pp.135-7. p. 18.
16
GUTIÉRREZ, G. Teologia da Libertação. Petrópo- 20
TAKATSU, S. Renovação na Comunhão Anglicana: Uma
lis: Vozes, 1979, pp.125-9. Contribuição Latino-Americana. Estudos de Religião,
17
COBLIN, J. O Espírito Santo e a Libertação. São Paulo: n. 4, Imprensa Metodista, 1986, p. 26.
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CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS. Declaração da
18
BUYERS, P. E. Os Fundadores do Metodismo. Assembléia da Comissão de Fé e Ordem. Bangalore,
São Paulo: Imprensa Metodista, 1929, p. 23. 1978. In: Simpósio, São Paulo: n.21, jun.1990, p. 75.