Fichamento - Língua Portuguesa

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PORTUGUÊS

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Acento Agudo(‘)

De acordo com o novo acordo ortográfico (2009), o acento agudo deixa de ser utilizado nos
ditongos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas.

Exemplos:

Assembléia -> Assembleia

Idéia -> Ideia

Heróico -> Heroico

Tireóide -> Tireoide

Ressalta-se que os ditongos “ei” e “oi” nas palavras oxítonas não sofreram mudanças com o
novo acordo ortográfico.

Exemplos:

Céu, Papéis, anéis, dói, herói, troféu, chapéu ... etc

De acordo com o novo acordo as letras “i” e “u” precedidas e formando hiato com ditongos em
palavras paroxítonas também perderam o acento gráfico.

Exemplo:

Feiúra -> Feiura

Bocaiúva -> Bocaiuva

Baiúca -> Baiuca

Cauíla -> Cauila

Obs: Se o “i” e o “u” forem a última sílaba o acento agudo continua.

Exemplos:

Tuiuiú, Piauí

De acordo com o novo acordo, o acento agudo também foi suprimido da letra “u” quando esta é
precedida por “q” e “g” e seguida por “e” ou “i”.
Exemplos:

Averigúe -> Averigue

Apazigúe -> Apazigue

Argúem -> Arguem

Argúi -> Argui

Ressalta-se aqui a necessidade de estar atento as formas verbais terminadas em “quar”, “guar”
e “guir” que podem ser escritas de modo distinto dependendo da conjugação.

Exemplo: Apazígue – Apazigúe / Averígue – Averigúe

O acento Circunflexo(^)

Segundo o novo acordo não há mais acento circunflexo nas palavras “voo”, “enjoo”, “perdoo”,
“abençoo”, “abotoo”, “zoo” e similares.

Também foi eliminado o circunflexo das formas verbais “creem” , “leem”, “veem”, “deem” e
correlatas (“descreem”, “releem”, “reveem”, “preveem” e etc), que se escreviam crêem e lêem.

Exemplos:

Abençoar -> Abençoo

Dar -> Deem

Doar -> Doo

Ler -> Leem

Provar -> Proveem

Cabe aqui ressaltar que os verbos “ter” e “vir” não sofreram mudanças, sendo que as palavras
derivadas destas permanecem com a mesma regra, ou seja, que na terceira pessoa do singular utiliza-se
acento agudo e que na terceira pessoa do plural utiliza-se o acento circunflexo.

Exemplos:

Ele detém / Eles detêm

Ele intervém / Eles Intervêm


Ele obtém / Eles obtêm

Ele provém/ Eles provêm

Ele retém / Eles retêm

O acento til (~) não sofreu alterações no novo acordo.

O mesmo ocorre na utilização do acento grave (`) (casos de crase).

Acentos Diferenciais

Algumas palavras recebem acentos diferenciais, contudo, segundo o novo acordo quase todas
palavras com acentos diferenciais foram suprimidas.

Exemplos:

Pêra -> Pera

Pólo -> Polo

Pêlo -> Pelo

Côa -> Coa

Ressalta-se que entre as palavras que perderam acento diferencial está Pára(ato de parar)/Para
(preposição), o que fica difícil a depender do contexto fazer distinção sobre qual se trata (verbo ou
preposição).

Também foi criado acento diferencial adicional, trata-se do caso da palavra fôrma(molde) e
forma(verbo), as palavras pôr e por e as palavra pôde e pode também continuam com o acento
diferencial.

Sendo assim, o acento diferencial é facultativo em Dêmos/Demos e Fôrma/Forma.


EMPREGO DO HÍFEN

Segundo o novo acordo devemos usar o hífen em dois casos importantes:

1°) Quando a palavra agregada começar por “h”:

Exemplo: anti-herói; auto-hipnose; infra-hepático; infra-histórico; mini-hospital; super-homem e etc

2°) Quando a palavra agregada começar por letra igual à que encerra o primeiro elemento:

Exemplo: anti-inflamatório; auto-observação; inter-regional; micro-onda; neo-ortodoxo, sub-bloco e


etc

As exceções

Segundo o novo acordo as locuções de qualquer tipo não se empregam em geral o hífen, salvo
algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de
rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa), contudo, não fica explicito tal
padrão pois as palavras (pé de moleque, mula sem cabeça, água de coco e água de cheiro) perderam o
hífen, ora, porquê tais palavras não são consideradas consagradas pelo uso?

O hífen em palavras compostas

Em palavras compostas o hífen deve ser mantido,

Exemplos: segunda-feira; arco-íris; decreto-lei; luso-brasileiro; guarda-chuva; sul-africano; mato-


grossense etc.

O novo acordo traz a seguinte ressalva: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em
certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente.

Exemplos: Girassol; Madressilva; Mandachuva; Pontapé; Paraquedas, Paraquedista etc.

Não devemos usar analogia nestes casos pois palavras como: Para-choque; Para-Raios; Para-
brisa mantiveram o uso hífen. A única saída é memorizar tais casos.
Regra Prática

Segundo o novo acordo o hífen permanece nos compostos com três ou mais elementos que
designam espécies botânicas ou zoológicas.

Exemplos: bem-me-quer; cobra-d’água; bem-te-vi; fava-de-santo-inácio etc.

Como se pode ver palavras que não se enquadram nessa regra não recebem o hífen.

Exemplos: dia a dia; pé de galinha, pé de moleque, mula sem cabeça etc.

Casos Particulares

Os prefixos pós, pré e pró exigem hífen sempre que conservarem a autonomia vocabular.

Pós-articulado; Pós-homérico; Pré-meridiano; Pré-molar; Pró-hominídeo; Pró-detonante.

Obs: Aconselha-se consultar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) para os


casos que envolvem o prefixo pré.

Alguns Prefixos sempre exigem hífen:

Além; Aquém; Ex; Recém; Sem; Sota; Vice.

Exemplos: além-fronteiras, além-mar, aquém-mar, aquém-pirineus, ex-comandante, ex-mulher,


recém-casados, recém-nascidos, sem-teto, sem-cerimônia, sota-almirante, sota-vento, vice-almirante
e vice-campeão.

Outros Casos

Os prefixos ab ; ad ; ob e sub exigem hífen quando o elemento agregado inicia por r:

Exemplos: ab-rogado; ad-referendar; ob-rogatório; sub-região; sub-regional.

Os prefixos “co” e “re” em nenhuma hipótese recebem hífen:

Exemplos: coabitar; coerdeiro; coirmão; corréu; cosseno; reeducar; reeditar; reestatizar.

O prefixo “circum” emprega-se o hífen antes de vogais e de “m”, “n” e “h”:

Exemplos: circum-ambiente; circum-escolar; circum-murar, circum-navegante, circum-hospitalar etc.


CRASE

Por definição crase é a contração da preposição (a) com o artigo definido feminino (a) ou (as).
Essa contração vem sempre marcada pelo acento grave (`).

Exemplo: Vou à cidade de Salvador

Ocorre também crase quando a preposição a é seguida dos pronomes demonstrativos aquele(s),
aquela(s), aquilo, a, as.

Exemplo: Vamos àquela discoteca. (a + aquela)

Entregue a carta à moça da esquerda, não à da direita. (à = àquela)

Usa-se crase

1°) Em expressões que indicam horas

Exemplo: Chegarei às nove horas.

2°) Nas locuções conjuntivas e Adverbiais formadas de substantivos femininos tais como “à medida
que”, “às vezes”, “às pressas”, “à vontade”.

Exemplo: Ele fez o trabalho às pressas.

3°) Na expressão a moda de, ainda que a palavra moda esteja subentendida.

Exemplo: Ele criou um estilo à moda de Machado de Assis.

Ele escreve à Machado de Assis.

Nunca se usa Crase

1°) antes de nomes masculinos

2°) antes de verbos

3°) entre palavras repetidas

4°) “A” singular + palavra no plural

5°) Pronomes de tratamento (exceção: Senhora, Senhorita e Dona)

6°) Pronomes indefinidos (exceção: à outra, à mesma)

7°) Pronomes Pessoais


8°) Pronomes Relativos (a cuja, a quem)

9°) Pronomes Demonstrativos: Esse e Este / Essa e Esta

10°) Numerais (exceto: horas e páginas)

Observações:

Com referência a lugares, podemos usar uma regra prática para saber se o a deve ser craseado.

Exemplos: Vou à praia / Vou a Recife

Venho da praia / Venho de Recife

Estou na praia / Estou em Recife

Portanto, se o a mudança de verbo obriga o nome a pedir da ou na o a inicial deverá ser


craseado, no entanto, se tal mudança pedir de e em o a inicial não deverá ser craseado.

Exemplos: Fui à Itália / Fui a Salvador

Venho da Itália / Venho de Salvador

Estou na Itália / Estou em Salvador

Atenção: Se o nome da cidade ou país for modificado por adjetivo feminino, o a deverá ser craseado.

As palavras Casa e Terra

Com referência as palavras casa ( no sentido de próprio lar) e terra(no sentido de terra firme,
em oposição a mar):

a) O a não deve ser craseado quando essas palavras estiverem sozinhas na frase.

Exemplos: Voltei tarde a casa. / Os marinheiros desceram a terra.

b) O a deve ser craseado quando essas palavras vierem modificadas por outras.

Exemplos: Voltei à casa de meus pais. / Voltaremos à terra firme.


Casos facultativos

Antes dos pronomes possessivos femininos e antes de nomes próprios femininos, o uso do
artigo é facultativo. Disso resulta que, se houver preposição antes dessas palavras, a crase ocorrerá
também facultativamente, dependendo da presença ou não do artigo.

Exemplo: Desejo felicidades a (à) sua irmã.

Desejo felicidades a (à) Denise.

PARÔNIMOS/HOMÔNIMOS

Os Parônimos são palavras parecidas na grafia ou na pronúncia, mas que possuem significados
distintos.

Exemplo: Ratificar (confirmar) / Retificar (corrigir)

Os Homônimos são palavras de mesma pronúncia mas que possuem significado distinto.

Exemplo: Acento (símbolo gráfico) / Assento (lugar de sentar)

POR QUE / POR QUÊ

Utilizamos Por Que (Separado e sem acento) quando este equivale a “pelo qual” ou está seguido
da palavra Razão (mesmo que subentendida).

Utilizamos Por Que (Separado e com acento) quando ele aparece ao final de uma frase.

Exemplos: Este é o caminho por que passas todos os dias

Por que razão não compareceu? / Por que ele faltou a reunião?

Você não compareceu por quê? / Ele faltou a reunião por quê?

PORQUE / PORQUÊ

Utilizamos porque(junto e sem acento) quando ele equivale a “pois”, e utilizamos porquê(junto
e com acento) quando ele é precedido por um artigo que o transforma em substantivo.

Exemplo: Tirou boa nota porque estudou bastante.

Nem o Governo sabe o porquê dessa inflação.


MAU/MAL

Mau é antônimo de Bom enquanto Mal é antônimo de Bem.

CESSÃO / SESSÃO / SECÇÃO OU SEÇÃO

Cessão vem do ato de ceder enquanto Sessão equivale a reunião, já Secção ou Seção significa a
parte de um todo.

CLASSES DAS PALAVRAS

Variáveis: Apresentam mudanças em sua forma, admitindo flexões de gênero, número etc. Pertence ao
grupo das variáveis: Substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome e verbos.

Invariáveis: Não apresentam mudanças em sua forma. Pertencem ao grupo das invariáveis: o advérbio,
a interjeição, a preposição e a conjunção.

VERBO

É a palavra variável que exprime ação, estado ou fenômeno da natureza.

Modos Verbais:

Indicativo: Expressa uma certeza

Exemplos: Ele ficou doente / Ela trabalha na loja.

Subjuntivo: Expressa uma possibilidade ou desejo.

Exemplos: Espero que ele não fique doente./ Pode ser que ele acabe o serviço.

Imperativo: Expressa ordem, advertência ou pedido.

Exemplos: Não saia desta sala! / Termine o Trabalho! / Ajude-me!

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, o fato expresso pelo verbo pode
ocorrer no presente (simultaneamente ao ato de fala), pode ter ocorrido no passado ou pretérito
(anteriormente ao ato de fala) ou poderá ocorrer no futuro (posteriormente ao ato de fala).

Exemplo: Ele é o presidente da empresa – Presente


Ele foi o presidente da empresa – Pretérito

Ele será o presidente da empresa – futuro

Infinitivo

Exprime a significação do verbo de modo vago, podendo ter valor de substantivo.

Exemplo: Viver é Lutar. (Equivale a “Vida é luta”)

Gerúndio

O Gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio e é formado com a desinência – ndo

Exemplos: Voltando da escola, encontrei alguns amigos. / Vi uma criança vendendo doces.

Particípio

Quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio expressa


geralmente o resultado de uma ação terminada, formando-se com a desinência –ado e –ido e
flexionando-se como um adjetivo.

Exemplos: Terminado, Saldo / Terminadas as provas, todos se retiraram.

VOZES DO VERBO

Damos o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente
ou paciente da ação. São três as vozes verbais: Ativa, Passiva e Reflexiva.

Ativa : Quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.

Exemplo: Mariana escreveu uma carta / Mariana=Sujeito Agente / Escreveu=ação/ Uma Carta = objeto
(paciente)

Passiva: Quando o sujeito é paciente, recebe a ação expressa pelo verbo.

Exemplo: A carta foi escrita por Mariana. / A carta=Sujeito Paciente/ Foi escrita = ação / Mariana=
agente da passiva.

Reflexiva: Quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação
expressa pelo verbo.

Exemplo: Mariana feriu-se com a faca.


ADVÉRBIO

O advérbio é uma palavra invariável que modifica um verbo, um adjetivo ou mesmo outro
advérbio.

Exemplo: Ele é muito gentil / Ele saiu tarde

Muito – Advérbio / Gentil – Adjetivo ---- Saiu – Verbo / Tarde – Advérbio

INTERJEIÇÃO

Damos o nome de interjeição às palavras invariáveis que exprimem emoções ou sensações.

Exemplo: Ai, que saudade! / Que vontade de ver renascer nossa vida.

Geralmente essas palavras são finalizadas com um sinal de exclamação (!)

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

São aquelas que ligam orações independentes ou termos que exercem a mesma função
sintática dentro de uma oração. Subdividem-se em:

Exemplos: Ele levantou-se e foi falar com o professor.

Aditivas / Adversativas / Alternativas / Conclusivas / Explicativas

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração
dependente, introduzida pela conjunção subordinativa, recebe o nome de oração subordinada.

Exemplo: Vamos começar a festa quando ele chegar // Quando ele chegar vamos começar a festa.

Vamos começar a festa – Oração Principal ( Não precisa de mais nenhuma para ter sentido )

Quando ele chegar – Oração Subordinada ( Para ter sentido necessita depende da outra oração )

As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais. As integrantes


indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da oração
principal. São elas: que , se.
Exemplo: Espero que ele me ajude / Não sei se ele virá à reunião.

As conjunções Subordinativas Adverbiais se dividem em :

Casuais / Concessivas / Condicionais / Conformativas / Comparativas / Consecutivas / Finais /


Proporcionais / Temporais

SINTAXE DA ORAÇÃO

Toda oração deve possuir pelo menos um verbo, analogamente podemos encontrar mais de
uma oração na mesma frase, o que é denominamos Período, portanto se em uma frase temos duas
orações significa que temos dois Períodos, que pode ser simples(uma oração) ou composto(mais de uma
oração).

SUJEITO

Nas orações podemos destacar dois termos: Sujeito e Predicado.

Tipos de Sujeito: Simples, Composto, Oculto, Indeterminado, Inexistente.

Oculto -> Exemplo: Estivemos na chácara. ( oculto NÓS)

Estive na chácara (oculto EU)

Indeterminado - > Exemplo: Roubaram meu carro. (Indeterminado Eles)

Precisa-se de um ajudante. (Indeterminado Ele) (Caracteriza-se pelo ‘SE’)

Inexistente -> Verbo Haver e verbos sobre a passagem do tempo e fenômenos meteorológicos.

Exemplo: Havia vários livros sobre a mesa.

Faz anos que moro aqui.

Trovejou muito ontem.

APOSTO

Exemplo: Foram eles, os meninos, que jogaram bola.

VOCATIVO

Amigos, vamos ao cinema hoje.


AGENTE DA PASSIVA

Os exercícios foram resolvidos por mim.

COMPLEMENTO NOMINAL

Sempre antecedido por preposição.

O povo tinha necessidade de alimentos. / Este remédio é prejudicial ao organismo.

ADJUNTO ADNOMINAL

Adoro música agitada / Aquela casa branca foi vendida / Surpreendentemente, foi dada uma resposta
inteligente.

Uso do ‘SE’ próximo a verbos

OBJETO INDIRETO – Os bandidos deram-se as mãos

OBJETO DIRETO – As irmãs se abraçaram felizes.

Ele se julga feliz --- Objeto Direto / Predicativo

Se o verbo com ênclise “se” estiver precedido de conjunção o “se” não tem efeito de objeto indireto

Ex: Perdi a cabeça durante a discussão e dei-lhe na cara.

PREDICADO NOMINAL

Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito

Exemplo: O menino ficou feliz.

PREDICADO VERBAL

V.I ; V.T.D + O.D ; V.T.I + O.I ; V.T.D + V.T.I + O.D + O.I

PREDICADO VERBO-NOMINAL

V.T + O + Predicativo do Objeto ; V.T + O + Predicativo do Sujeito


COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Próclise: Pronome oblíquo antes do verbo

Diante de pronomes relativos (que, quem, qual, onde) , conjunções subordinativas (que, como, embora)
e quando há palavra com sentido negativo precedendo o verbo o uso da próclise é obrigatório.

Exemplos: Ninguém me deu essa informação / Nunca te vi, sempre te amei. / Espero que me ajudes. /
Que Deus o proteja, meu filho! / Quem te deu essa notícia? / Nunca lhe contarei a verdade. / Não me
faça voltar atrás.

Ênclise: Pronome oblíquo após o verbo

Quando o verbo está no início da oração a colocação pronominal deve ocorrer após o verbo e quando
no início da frase temos a preposição “Em” não utilizamos ênclise.

Exemplos: Vou procurá-lo amanhã. / Empreste-me aquele livro / Em se falando de teatro, não pode
faltar sua opinião.

Mesóclise: Verbo no futuro do (presente/pretérito).

Exemplo: Contar-lhe-ei a verdade. / Falar-lhe-ei a teu respeito. / Contar-lhe-ia a verdade. / Procurar-


me-iam caso precisassem.

Em geral temos : Falarei -> Falar-te-ei / Falaria - > Falar-te-ia

FIGURAS DE LINGUAGEM

Metáfora

A metáfora é um tipo de comparação mas sem os termos comparativos, estando portanto implícito,
essa comparação ocorre entre palavras com sentidos distintos.

Exemplo: Meu verso é sangue. / Tempo é dinheiro.

Comparação

É como a metáfora mas deixando explícito os termos comparativos na oração.

Exemplo: Tempo é como dinheiro.

Metonímia

É a substituição de uma palavra por outra sendo que, entre ambas, há uma proximidade de sentido.

Exemplo: Ele leu Machado de Assis -> Ele leu a obra de Machado de Assis
A cozinha Italiana é Maravilhosa - > A comida Italiana é Maravilhosa

Antítese

A antítese consiste no uso de palavras, expressões ou ideias que se opõem.

Exemplo: De repente do riso fez-se o pranto / Tristeza não tem fim, Felicidade sim.

Paradoxo

É semelhante a figura Antítese mas se diferencia por fazer oposições absurdas que fogem de algum
sentido lógico.

Exemplo: Ferida que dói e não se sente. / Estou dormindo acordado.

Personificação (ou Prosopopeia)

Consiste em atribuir características humanas como sentimentos, linguagens e ações a coisas não
humanas.

Exemplo: Congresso Internacional do Medo. / E as Borboletas sem voz dançavam assim veludosamente.

Hipérbole

Consiste no uso de palavras que passam a ideia de exagero na oração.

Exemplo: Ela chorou rios de lágrimas.

Eufemismo

Consiste na substituição de uma palavra para atenuar o efeito impactante que ela causaria.

Exemplo: Faltei com a verdade ao dizer que fui a igreja -> Menti ao dizer que fui a igreja.

Naquela terrível luta, muitos adormeceram para sempre

Elipse

Quando alguns elementos são omitidos sem perda de sentido configura-se a elipse.

Exemplo: Ela esta passando mal! Depressa, um médico.

Ela esta passando mal! Depressa, chamem um médico.

Zeugma

É parecido com a elipse mas na verdade apenas omitimos uma palavra já mencionada anteriormente.
Exemplo: Nosso céu tem mais estrelas

Nossas várzeas tem mais flores

Nossa vida mais amores.

Pleonasmo

Consiste na repetição proposital de uma mesma palavra na oração para enfatizar uma ideia.

Exemplo: Chovia uma chuva triste.

Polissíndeto

Consiste na repetição de conjunções a fim de tornar o texto mais expressivo.

Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e pulavam de alegria, e dançavam pelas ruas.

Assíndeto

É o oposto da figura anterior, neste caso, destaca-se a ausência de conjunções na oração. A conjunção é
geralmente substituída por vírgulas.

Exemplo: Barbeio-me, visto-me, calço-me.

Onomatopeia

Consiste na forma escrita de sons emitidos por animais e objetos. É muito comum nas histórias em
quadrinhos.

Anáfora

Consiste na repetição de palavras ou expressões com o objetivo de enfatizar uma ideia.

Exemplo:

Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres

Que ninguém mais merece tanto amor e amizade

Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade

Que ninguém mais precisa tanto de alegria e serenidade.

Sinestesia

Traz textos que expressam expressões humanas com o cruzamento de palavras referentes aos cinco
sentidos. Exemplo:
Agora, o cheiro áspero das flores nos faz relaxar.

Aliteração

Consiste na repetição de consoantes em uma sequência de palavras, trazendo um texto com um efeito
sonoro.

Exemplo: Chove, chuva, chove sem parar.

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