Estudo VRP Bbi

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CONTRATO Nº 37.

614/09 – Contrato de prestação de serviços de


engenharia para otimização do sistema de distribuição de água da
Companhia de Saneamento de Alagoas – Casal, com enfoque em redução
de perdas físicas no município de Maceió.

RELATÓRIO DE ESTUDO DE INSTALAÇÃO DE VRP –


SETOR DA VRP BENEDITO BENTES I

Volume 1 – VRP BENEDITO BENTES I


Revisão Nº1
Março/2010
Medição Nº03
APRESENTAÇÃO

O presente documento, denominado RELATÓRIO DE ESTUDO DE INSTALAÇÃO DE VRP –


SETOR DA VRP BENEDITO BENTES I, foi desenvolvido no âmbito do Contrato Nº 37.614/09, de
Novembro de 2009 entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP e a
ENOPS Engenharia Ltda, e têm como objetivo a prestação de serviço de engenharia para otimização
do sistema de distribuição de água da Companhia de Saneamento do Estado do Alagoas – CASAL,
com enfoque em redução de perdas físicas no município de Maceió.
Este relatório configura-se de um volume, conforme discriminado a seguir:

VOLUME 1 – VRP BENEDITO BENTES I


ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................5
2 DESCRIÇÃO DO LOCAL ONDE SERÁ INSTALADA A VRP...................................................................6
3 DELIMITAÇÃO DO SUBSETOR.........................................................................................................7
4 DADOS CARACTERÍSTICOS DO SUBSETOR......................................................................................9
5 MEDIÇÕES DE VAZÃO E PRESSÃO.................................................................................................11
6 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO...........................................................................................................17
7 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA REDUTOR DE PRESSÃO..........................................................21
8 MODELAGEM DO RETORNO DO INVESTIMENTO.........................................................................24
8.1 REDUÇÃO DE VOLUME ADUZIDO.........................................................................................24
8.2 CÁLCULO DO CUSTO DA ECONOMIA....................................................................................25
8.3 RETORNO DO INVESTIMENTO..............................................................................................25
8.4 CONCLUSÃO.........................................................................................................................25
9 PROJETO DA INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE REDUÇÃO DE PRESSÃO.............................................26
10 MEMORIAL DESCRITIVO PARA A EXECUÇÃO DE CAIXA EM BLOCO ESTRUTURAL PARA ABRIGO DE
VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO.......................................................................................................29
10.1 REFERÊNCIAS........................................................................................................................29
10.2 NORMAS DA ABNT:...............................................................................................................29
10.3 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS...................................................................................................30
10.3.1 Locação da obra............................................................................................................30
10.3.2 Definições.....................................................................................................................30
10.4 ESCAVAÇÃO PARA FUNDAÇÃO EM SOLO.............................................................................31
10.4.1 Equipamentos...............................................................................................................31
10.4.2 Execução.......................................................................................................................31
10.5 FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS.................................................................................................32
10.5.1 Fôrmas..........................................................................................................................32
10.5.2 Escoramentos...............................................................................................................33
10.5.3 Armaduras em aço ca-50 a e ca-25...............................................................................34
10.5.4 Corte e dobra................................................................................................................35
10.6 CONCRETO............................................................................................................................36
10.6.1 Materiais.......................................................................................................................37
10.6.2 Características dos concretos.......................................................................................40
10.6.3 Resistências mecânicas.................................................................................................40
10.6.4 Composição do concreto..............................................................................................41
10.6.5 Execução.......................................................................................................................42
10.6.6 Dosagem.......................................................................................................................42
10.6.7 Preparo da mistura.......................................................................................................43
10.6.8 Transporte....................................................................................................................44
10.6.9 Controle da execução...................................................................................................49
10.7 ALVENARIA ESTRUTURAL......................................................................................................51
10.7.1 Execução.......................................................................................................................52
10.8 Reaterro manual...................................................................................................................52
10.8.1 Execução.......................................................................................................................53
10.9 DIVERSOS..............................................................................................................................53
10.10 MATERIAIS DA MONTAGEM HIDROMECÂNICA................................................................54
1 INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o relatório de estudo de instalação de VRP no seguinte local


do Município de Maceió:
 Setor da VRP Benedito Bentes I.

Neste relatório serão apresentados os seguintes itens:


 Área de abrangência do Setor da VRP;
 Dados característicos do Setor da VRP;
 Medição de vazão e pressão na entrada do Setor;
 Medição de pressão nos pontos críticos do Setor;
 Dimensionamento da VRP;
 Avaliação do retorno com a instalação da VRP;
 Projeto executivo do sistema de redução de pressão.
 Memorial Descritivo da Caixa Abrigo.
2 DESCRIÇÃO DO LOCAL ONDE SERÁ INSTALADA A VRP

O abastecimento de água do Município de Maceió provém de 4 sistemas básicos:


Catolé/Cardoso, Aviação, Pratagy e Águas Subterrâneas. Estes sistemas são compostos de sistema
produtor, tratamento, reservação e distribuição.
O sistema Pratagy é abastecido pelo rio que dá nome ao sistema, o rio Pratagy, onde o
mesmo tem as vertentes mais distantes em Messias e drena parte do Rio Largo e Maceió. É o segundo
maior curso e volume de água da região e alimenta o sistema Pratagy. Este sistema atualmente
funciona com 2/3 da vazão da primeira etapa, com cerca de 720 l/s.
A captação do sistema Pratagy compreende uma tomada d’água através de 3 canais de
aproximação com seção retangular e poço de sucção em concreto armado. A Estação Elevatória de
Água Bruta abriga 2 conjuntos moto-bombas para vazão de 360 l/s cada, que recalca a água até a
E.T.A. Josué Palmeira, localizado no bairro Benedito Bentes.
A E.T.A. é do tipo convencional, destina-se ao tratamento das águas do rio Pratagy utilizando
a tecnologia do ciclo completo, com capacidade para tratar a vazão da primeira etapa de 1080 l/s e
composta basicamente de mistura rápida mecanizada, floculadores mecanizados, decantadores de alta
taxa, filtros descendentes com meio filtrante em areia e cloração.
A água produzida por este sistema abastece os reservatórios R1, R2, R5, R5A, R6A e o
Reservatório elevado Benedito Bentes. Por gravidade R1 e R2 e por Estação Elevatória R6, R5 e o
Reservatório Benedito Bentes.
A adutora que abastece o Bairro Benedito Bentes se inicia com uma tubulação de ferro
fundido de diâmetro 500mm que parte do reservatório elevado localizado junto a E.T.A. Josué
Palmeira, sendo o abastecimento por gravidade. Esta adutora segue pela Avenida Cachoeira do Meirim
e na esquina da mesma com a Avenida Benedito Bentes a tubulação se divide em duas adutoras, uma
de diâmetro de 400mm para o abastecimento do Bairro Benedito Bentes II e outra segue com diâmetro
400mm para abastecer o Bairro Benedito Bentes I. Será a partir desta tubulação que será realizado o
estudo de instalação de VRP.
3 DELIMITAÇÃO DO SUBSETOR

Como foi descrito anteriormente o abastecimento do Setor da VRP Benedito Bentes I ocorre
por gravidade sendo abastecido através do reservatório elevado localizado na E.T.A. Josué Palmeira,
por uma derivação da tubulação de saída do reservatório. Na região de estudo é caracterizada uma
setorização totalmente implantada no SAA.
A entrada do Subsetor é pela Avenida Cachoeira do Meirim, tubulação de DN 400 mm, FoFo.
Para realizar o fechamento do subsetor não foi necessário realizar instalação de registros de
manobra, pois como foi citado a região encontra-se setorizada.
Não foi possível a realização de teste de estanqueidade para comprovação de setorização,
pois não existe registro de manobra na adutora que permite tal procedimento, sendo que o teste será
realizado posteriormente após a implantação do sistema que contem registros que iram permitir a
realização do mesmo.
A área de abrangência do Subsetor é mostrada a seguir, figura 3.1, através de uma imagem
aérea, bem como uma planta do Subsetor da VRP Benedito Bentes I, em que consta o local proposto
para a instalação da VRP na entrada da área.
INSERIR FOTO AÉREA
4 DADOS CARACTERÍSTICOS DO SUBSETOR

Apresentamos nos quadros a seguir os dados físicos e técnicos mais significativos do Setor
da VRP Benedito Bentes I.

Quadro 4.1 – Dados Físicos do Setor da VRP Benedito Bentes I


DADOS FÍSICOS

Setor de abastecimento Reservatório Elevado Benedito Bentes

Localização Av. Cachoeira do Meirim x Rua do Pedestre

Diâmetro da tubulação 400 mm FoFo

Número de ligações 1 5347

Consumo (m³/mês) 1 64876

Quadro 4.2 – Dados Técnicos do Subsetor da VRP Benedito Bentes I


DADOS TÉCNICOS

Pressão máxima – 24,95 mca

Entrada do Subsetor Pressão mínima – 1,16 mca

Pressão média – 11,13 mca

Vazão máxima – 394,66 m³/h

Entrada do Subsetor Vazão mínima – 0,00 m³/h

Vazão média – 164,49 m³/h

Pressão máxima – 25,2 mca

Ponto Crítico – Av. Garça Torta Pressão mínima – 1,30 mca

Pressão média – 10,3 mca

Quadro 4.3 – Dados de micromedição do Subsetor da VRP Benedito Bentes I

1
Dados de micromedição fornecidos pela CASAL- Referência: 2010
LIGAÇÕES - SETOR BENEDITO BENTES

Dados cadastrais fornecidos pela CASAL - Ano de referência 2010

Total Total Total Geral


Ligadas Desligadas Suprimidas
Nº Setor Economias Economias (Ativas+Ina
Água Água Água
Ativas Inativas tivas)

1 Setor Benedito Bentes I 4347 1419 460 4347 1879 6226


Conj. João Sampaio II, Conj.
Cely Loureiro, Lot. Nascente
2 do Sol. 1000 265 167 1000 432 1432

Total 5347 1684 627 5347 2311 7658

MICROMEDIÇÃO - SETOR BENEDITO BENTES 1

Dados cadastrais fornecidos pela CASAL - Ano de referência: 2009


Volume Volume Volume Volume Volume Volume
Faturado Faturado Faturado Faturado Faturado Faturado
Nº Setor
Janeiro Fevereiro Março 2009 Abril 2009 Maio 2009 Junho 2009
2009 (m³) 2009 (m³) (m³) (m³) (m³) (m³)

1 Conjunto Benedito Bentes I 58933 55082 51441 53722 52531 50091

Conj. João Sampaio II, Conj. Cely


2 Loureiro, Lot. Nascente do Sol. 13722 13152 12364 12652 11942 11801

Total 72655 68234 63805 66374 64473 61892

MICROMEDIÇÃO - SETOR BENEDITO BENTES 1

Dados cadastrais fornecidos pela CASAL - Ano de referência: 2009


Volume Volume Volume Volume Volume Volume Volume
Faturado Faturado Faturado Faturado Faturado Faturado Médio
Nº Setor
Julho 2009 Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Faturado
(m³) 2009 (m³) 2009 (m³) 2009 (m³) 2009 (m³) 2009 (m³) (m³/mês)

1 Conjunto Benedito Bentes I 50476 51439 52566 51355 51939 51037 52551

Conj. João Sampaio II, Conj. Cely


2 Loureiro, Lot. Nascente do Sol. 12309 12146 12158 11829 12070 11727 12323

Total 62785 63585 64724 63184 64009 62764 64874

5 MEDIÇÕES DE VAZÃO E PRESSÃO


Neste item apresentamos as medições de vazão e pressão realizada no Subsetor da VRP.
Para estudo do Subsetor da VRP Benedito Bentes I foram realizadas duas campanhas de
medição. A primeira, inicial, foi realizada para monitorar o comportamento da pressão, avaliando se a
área apresentava pressão elevada, sendo passível de instalação de VRP para reduzir a pressão. A
segunda foi realizada com o objetivo de fazer o dimensionamento do sistema redutor de pressão e
analisar o comportamento do sistema de distribuição após o fechamento do subsetor e antes da válvula
ser instalada durante um período continuo de 7 (sete) dias.
As medições de pressão, iniciais, em pontos internos ao Subsetor foram realizados nos
seguinte imóveis:
 Rua A-68 Nº135;
 Rua B-45 Nº124.
 Rua B-46 Nº30.
A medição de vazão e pressão foi realizada na tubulação de DN 400 mm na entrada do
Subsetor da VRP Benedito Bentes I, localizada na Av. Cachoeira do Meirim, no pátio interno da Escola
de 1º grau Jornalista Lafaiete Belo, através da instalação de um TAP e de um Logger Diferencial de
Pressão.
Foi instalado também um Logger de pressão no ponto crítico do subsetor. O endereço de
instalação foi o seguinte:
 Av Garça Torta Nº628;
A seguir apresentamos os resultados dos gráficos armazenados nos Loggers.
VAZÃO E PRESSÃO ADUTORA DN 400 MM - BENEDITO BENTES I

Data 11/03/10 12/03/10 13/03/10 14/03/10 15/03/10 16/03/10 17/03/10 Resumo Final
Qmáx (m³/h) 357,36 383,43 345,42 394,66 324,70 383,20 299,50 394,66
Qméd (m³/h) 154,38 167,50 172,32 189,06 143,73 181,44 149,98 165,49
Qmín (m³/h) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Volume (m³) 3.705,11 4.020,03 4.135,62 4.537,44 3.449,50 4.354,48 3.599,57 27.801,75

500,0 50

450,0 45

400,0 40

350,0 35

300,0 30

250,0 25

Vazão (m³/h)
Pressão (mca)

200,0 20

Gráfico 5.1 – Gráfico de Vazão e pressão – Adutora DN 400 mm, Avenida Cachoeira do Meirim.
150,0 15

100,0 10

50,0 5

0,0 0
GRÁFICO DE PRESSÃO - RUA B-45 Nº124 - SETOR BENEDITO BENTES - MACEIÓ

Data 03/03/10 04/03/10 05/03/10 06/03/10 07/03/10 08/03/10 09/03/10


Pressão Máxima (mca) 22,5 21,1 23,9 23,6 20,4 21,3 22,6
Pressão Média (mca) 12,4 11,4 10,6 12,3 11,1 11,0 10,9
Pressão Mínima (mca) 4,2 4,2 3,8 4,0 4,0 3,7 3,5

Gráfico 5.2 – Gráfico de pressão – Rua B-45 Nº124


50,00
48,00
46,00
44,00
42,00
40,00
38,00
36,00
34,00
32,00
30,00
28,00
26,00
24,00
22,00

Pressão (mca)
20,00
18,00
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
GRÁFICO DE PRESSÃO - RUA B-46 Nº 30 - SETOR BENEDITO BENTES I - MACEIÓ

Data 03/03/10 04/03/10 05/03/10 06/03/10 07/03/10 08/03/10 09/03/10


Pressão Máxima (mca) 23,8 27,1 27,6 26,7 25,6 25,2 23,3
Pressão Média (mca) 12,4 16,7 15,6 16,6 12,9 11,8 11,5
Pressão Mínima (mca) 4,9 5,0 4,9 5,1 4,7 4,0 4,8

Gráfico 5.3 – Gráfico de pressão – Rua B-46 Nº30


60,00

55,00

50,00

45,00

40,00

35,00

30,00

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00

0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
GRÁFICO DE PRESSÃO - RUA A-68 Nº135 - SETOR BENEDITO BENTES - MACEIÓ

Data 03/03/10 04/03/10 05/03/10 06/03/10 07/03/10 08/03/10 09/03/10


Pressão Máxima (mca) 22,9 22,6 21,1 22,6 21,3 23,0 26,2
Pressão Média (mca) 12,2 11,7 10,6 11,1 11,0 11,3 12,0
Pressão Mínima (mca) 2,7 3,6 2,7 2,7 2,7 2,5 2,7

Gráfico 5.4 – Gráfico de pressão – Rua A-68 Nº135


50,00
48,00
46,00
44,00
42,00
40,00
38,00
36,00
34,00
32,00
30,00
28,00
26,00
24,00
22,00

Pressão (mca)
20,00
18,00
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
GRÁFICO DE PRESSÃO - AVENIDA GARÇA TORTA - SETOR BENEDITO BENTES - MACEIÓ

Data 03/03/10 04/03/10 05/03/10 06/03/10 07/03/10 08/03/10 09/03/10


Pressão Máxima (mca) 25,2 24,7 21,4 22,2 24,4 22,2 25,2
Pressão Média (mca) 9,3 10,7 9,9 10,2 11,8 10,7 9,9
Pressão Mínima (mca) 1,3 1,8 1,9 2,0 2,3 2,0 1,3

50,00
48,00
46,00
44,00
42,00
40,00
38,00
36,00
34,00
32,00

Gráfico 5.5 – Gráfico de pressão ponto crítico – Avenida Garça Torta Nº628
30,00
28,00
26,00
24,00
22,00

Pressão (mca)
20,00
18,00
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
6 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

Figura 6.1 – Logger de pressão instalado no imóvel da Rua B-59 Q-B59

Figura 6.2 – Logger de pressão instalado no imóvel da Rua A-68 Nº135


Figura 6.3 – Escavação para descobrimento de tubulação.

Figura 6.4 – Adutora DN 400 mm FoFo.


Figura 6.5 – Colaborador da Enops instalando TAP na rede de DN 400 mm, FoFo.

Figura 6.6 – TAP instalado na rede.


Figura 6.7 – Colaborador da Enops Engenharia Instalando DP Logger para medição de vazão.

Figura 6.8 – DP Logger instalado.


7 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA REDUTOR DE PRESSÃO

Para a realização do dimensionamento do sistema redutor de pressão (válvula, medidor


eletromagnético e demais conexões) do Subsetor da VRP Benedito Bentes I, foram utilizados os dados
obtidos na medição de vazão e pressão e mostrados anteriormente.
Para dimensionar foram considerados os dados obtidos de vazão máxima, mínima, média,
diâmetro nominal da tubulação, além das especificações técnicas fornecidas pelo fabricante. O
dimensionamento foi realizado em função da equação da perda de carga localizada e da perda
localizada segundo os catálogos dos fabricantes.
O quadro a seguir mostra o cálculo da perda de carga localizada para os diâmetros de 250,
300 e 400 mm. A Enops Engenharia Ltda. recomenda a instalação de um sistema redutor de pressão
de DN 300 mm, por apresentar a menor perda de carga no sistema redutor de pressão. Na
configuração atual, o ponto crítico apresenta uma pressão baixa no período de maior demanda. Se a
perda de carga no sistema redutor de pressão for grande, o ponto crítico ficará com uma pressão
baixa, inviabilizando a redução de pressão.

Quadro 7.1 – Prós e contras para cada diâmetro do sistema redutor de pressão

Diâmetro do sistema redutor de pressão (mm)

300 400

Melhor range de medição - vazão de início de


Maior posssibilidade de ampliação do sistema
funcionamento e vazão mínima menores

Prós
Custo mas baixo Ausência de reduções na adutora

Perda de carga compatível com o SAA Menor perda de carga no sistema redutor

Menor possibilidade de ampliação do sistema Custo mais elevado

Contra
Range de medição - vazão de início de
Existência de reduções na adutora
funcionamento e vazão mínima maiores

O resultado do dimensionamento pode ser visualizado na página a seguir.


Quadro 7.2 – Dimensionamento do sistema redutor de pressão – VRP Benedito Bentes I
PLANILHA DE DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA REDUTOR DE PRESSÃO
Cliente: CASAL - Companhia de Saneamento de Alagoas Contrato: 37614/09
Local: Subsetor da VRP Benedito Bentes I Município: Maceió
Linha: Av. Cachoeira do Meirim Ø (mm): 400 Material: FoFo
RESULTADOS OBTIDOS EM CAMPO PELA PITOMETRIA
Medição de vazão com Tubo Pitot e Logger Diferencial de Pressão (DPlog)
Semana de 03/09/08 a 09/09/08 Vazão máxima (m³/h): 411,99

Volume macromedido durante Vazão mínima (m³/h): 0,00


27902,18
sete dias contínuos (m³): Vazão média (m³/h): 166,08
DIMENSIONAMENTO (VRP, HIDRÔMETRO, FILTRO Y E DEMAIS CONEXÕES)
Diâmetro (mm)
Peças a serem 250 300 400
instaladas segundo o k Velocidade (m/s) Critério Adotado
projeto 2,3 1,6 0,9
Perda de carga nas peças
Redução400x300 0,14 - 0,018 - (1)
Redução400x250 0,17 0,047 - - (1)
Tê entrada 1,30 0,360 0,174 0,055 (1)
Curva 90º 1,13 0,313 0,151 0,048 (1)
Registro Euro 23 0,07 0,019 0,009 0,003 (1)
Filtro Y - (2)
Hidrômetro - (2)
VRP - 2,484 1,011 0,483 (2)
Registro Euro 23 0,07 0,019 0,009 0,003 (1)
Curva 90º 1,13 0,313 0,151 0,048 (1)
Tê entrada 0,90 0,249 0,120 0,038 (1)
Redução400x250 0,17 0,047 - - (1)
Redução400x300 0,14 - 0,018 - (1)
Perda de carga total no sistema 3,852 1,662 0,677 -
(1) - Obtida pela fórmula mostrada ao lado. Fórmula utilizada:
(2) - Obtida pelo gráfico do fabricante.
As células na cor rosa indicam peças que podem não ser necessárias em V2
todos os projetos. Onde temos a indicação da perda de carga a peça será
Δh  k
utilizada.
2g

Ainda com relação ao dimensionamento, é mostrado na página a seguir um gráfico que


mostra para a VRP Benedito Bentes I o ponto de trabalho mais desfavorável de redução de pressão
com relação à zona de cavitação. Notar que não é em função do diâmetro e sim em relação à redução
da pressão.
Dados de entrada:
 Pressão máxima de montante = 25,0 mca = 36,7 psi
 Pressão mínima de jusante = 14 mca = 20,6 psi
8 MODELAGEM DO RETORNO DO INVESTIMENTO

Neste item apresentamos um cálculo teórico do retorno do investimento com a instalação do


sistema redutor de pressão.
O cálculo é realizado em função da redução de pressão no Subsetor que traz como
benefícios uma redução no volume de água perdido através dos vazamentos.

8.1 REDUÇÃO DE VOLUME ADUZIDO

Dados do Subsetor:
 Número de ligações estimadas no Subsetor (NL) = 5347
 Pressão média atual do Subsetor (PmA) = 18 mca
 Vazão média atual do Subsetor (QmA) = 166,08 m³/h
 Estimativa da pressão futura (PmF) = 15 mca

Gráfico 1
10

8
Fator de Vazamentos

0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90

Pressão Média da Área

Cálculos:
 Vazão média por ligação (Q L) = QmA ÷ N L = 166,08 ÷ 5347 = 0,031 m³/h ∙ lig
 Fator de vazamentos atual (FvA) – Gráfico 1 = 1,5
 Fator de vazamentos futuro (FvF) – Gráfico 1 = 1
 Vazão média por ligação futura (Q LF) = Q L ÷ FvA x FvF = 0,020 m³/h ∙ lig
 Vazão média futura do Subsetor (QmF) = Q LF x NL = 0,020 x 5347 = 110,50 m³/h
 Benefício = QmA – QmF = 166,08 – 110,50 = 55,58 m³/h
 Volume mensal reduzido = 21676,2 m³/mês

8.2 CÁLCULO DO CUSTO DA ECONOMIA


Custo da água economizada = 21676,2 m³/mês x 1,58 R$/m³ = R$ 34.248,4

8.3 RETORNO DO INVESTIMENTO


Valor total do sist. de redução e controle de pressão (DN 300mm) = R$ 94.359,76
Retorno do investimento = R$ 227.249,26 ÷ R$ 34.248,4 = 7 meses

8.4 CONCLUSÃO

O retorno do investimento está previsto para ocorrer em aproximadamente 7 meses a partir


da implantação do sistema de redução e controle de pressão.
9 PROJETO DA INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE REDUÇÃO DE PRESSÃO

A seguir será apresentado o projeto da montagem hidromecânica de instalação do sistema


redutor de pressão do Subsetor da VRP Benedito Bentes I.
Inserir Projeto da montagem hidromecânica
Inserir Projeto executivo da caixa de abrigo
10 MEMORIAL DESCRITIVO PARA A EXECUÇÃO DE CAIXA EM BLOCO ESTRUTURAL PARA
ABRIGO DE VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO

O presente volume corresponde às especificações e os critérios de execução de Caixa em


Bloco Estrutural para abrigo de sistema de Válvula Redutora de Pressão a ser implantada no Setor
Benedito Bentes I.

10.1 REFERÊNCIAS

A - NORMAS TÉCNICAS E REGULAMENTADORAS

Na execução dos serviços foram seguidas as NORMAS abaixo elencadas, as quais deram
alinhamento às especificações contidas neste Memorial Descritivo:

10.2 NORMAS DA ABNT:

NBR-7480 – Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado;


NBR-7481 – Tela de aço soldada – Armadura para concreto;
NBR-6004 – Arames de Aço – Ensaio de Dobramento Alternado;
NBR-6153 – Produtos Metálicos – Ensaio de Dobramento Semi-guiado;
NBR-8953 – Concreto para Fins Estruturais – Classificação por Grupos de Resistência;
NBR-NM 33 – Amostragem de Concreto Fresco;
NBR-12655 – Concreto – Preparo, Controle e Recebimento;
NBR-6152 – Materiais Metálicos – Determinação das Propriedades Mecânicas à Tração;
NBR-11768 – EB-1763/92 – Aditivos para Concreto de Cimento Portland;
NBR-6118 – Projeto de Estruturas de Concreto Armado;
NBR-14931 – Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento;
NBR-6122 – Projeto e Execução de Fundações;

NORMAS REGULAMENTADORAS: NR 18; NR 11; NR 30.


10.3 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

O objetivo das especificações dos materiais e serviços é orientar a equipe de execução da


Enops, com qualidade e sem retrabalhos, da construção de caixa em bloco estrutural para abrigo de
sistemas VRP´s em diâmetros diversos.
Para minorar reprovações de aquisições previamente deverão ser consultadas as normas
equivalentes e os fiscais da contratante, para assim, haver fluência nas condições de qualidade do
projeto-obra.
Além do cumprimento destas Especificações, caberá à Enops a realização de todos os
trabalhos de planejamento, dentro das exigências da boa norma da gestão na construção.

10.3.1 Locação da obra

Esta Especificação tem como objetivo, definir as diretrizes, estabelecer condições e fixar as
normas a serem obedecidas na mobilização e locação das obras. A locação da obra é a demarcação
no terreno do local exato onde será construída a caixa abrigo com amarrações de distâncias de pontos
de referência existentes e marcação das cotas de projeto no local por meio de gabarito de madeira.

10.3.2 Definições

 Gabarito - elemento construído geralmente em madeira, executado no perímetro da obra no


qual são marcados os eixos, níveis de referência e cotas de projeto.
 Nível de Referência – local onde a sua cota foi ou será adotada para referência na execução
e/ou projeto e de onde partirão todas as outras cotas definidas na obra ou no projeto.
 Regularização do Terreno – limpeza superficial (remoção de vegetação rasteira), destocamento
e nivelamento inicial do terreno executado para viabilizar a mobilização dos materiais, máquinas e/ou
equipamentos, permitir a definição e a execução da locação da obra.
 Unidade de medição: metros quadrados, (m²).
10.4 ESCAVAÇÃO PARA FUNDAÇÃO EM SOLO

Compreendem a remoção manual ou mecânica dos solos em geral, de natureza residual ou


sedimentar, areia, seixos rolados ou não e rochas em adiantado estado de decomposição com
fragmentos de diâmetro máximo inferior a 15cm (quinze centímetros), qualquer que seja o teor de
umidade que apresentem.

10.4.1 Equipamentos

Todo o equipamento deverá ser inspecionado pela Fiscalização devendo dela receber
aprovação, sem o que não será dada autorização para o inicio dos serviços.
A execução da escavação será procedida mediante utilização racional de equipamento ou
processos adequados, compatíveis com a dificuldade extrativa e as distancias de transporte, que
possibilitem a obtenção das produtividades requeridas.
Poderão ser utilizados os seguintes equipamentos:
 Tratores de esteira equipados com lamina;
 Pá Carregadeira ou Retro-escavadeiras;
 Caminhão Basculante;
 Escavadoras.

10.4.2 Execução

A escavação será precedida da execução de destocamento e limpeza dos serviços de


desmatamento, a operação de escavação se processará mediante, a previsão de utilização adequada
ou a rejeição dos materiais extraídos.
Assim, apenas serão aproveitados os materiais que, pela classificação e caracterização
efetuadas na escavação, sejam compatíveis com as especificações de execução dos reaterros.
Constatada a conveniência técnica e econômica dos materiais escavados para confecção dos
reaterros, será procedido o depósito dos mesmos, para sua oportuna utilização.
As massas excedentes, que não se destinaram ao fim indicado no item anterior, serão objeto
de remoção, de modo a não constituírem ameaça a estabilidade da obra e nem prejudicarem o aspecto
paisagístico e as normas de proteção ambiental.
Durante a escavação os critérios de segurança deverão ser ressaltados conjuntamente com
os critérios construtivos.
Unidade de medição: metros cúbicos, (m³).

10.5 FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS

10.5.1 Fôrmas

Fôrmas são moldes provisórios destinados a receber concreto. Ao construir as fôrmas serão
levadas em conta as deformações, corrigidas através de contra-flecha devidamente indicadas em
projeto, quando for o caso, permitindo que a mesma tenha as medidas finais conforme projeto.
Deverão permitir fácil acesso para inspeção e limpeza, deixando-se, quando necessárias,
aberturas provisórias.

10.5.1.1 Materiais

As fôrmas poderão ser de madeira ou metálicas e terão revestimentos internos em chapas


metálicas, madeira compensada, ou outros materiais, objetivando um bom aspecto da estrutura
acabada, sempre aprovadas pela Fiscalização.
Deverão ser suficientemente estanques para impedir perdas de argamassa e água durante o
lançamento do concreto. Para as superfícies aparentes, o material das fôrmas será em madeira
compensada plastificada, chapas de aço. Para as superfícies não aparentes, permite-se o uso de
madeira compensada não plastificada, atendendo sempre a boa norma.
10.5.1.2 Execução

As fôrmas deverão ser construídas de maneira a obter-se um concreto acabado com as


dimensões exatas detalhadas no projeto executivo, apresentando superfícies lisas e uniformes, sem
defeitos ou ressaltos.
Devem ser dispostas e executadas de maneira tal que possam garantir a rigidez suficiente às
peças a serem concretadas, para que quando submetidas às cargas resultantes do lançamento do
concreto fresco e o efeito do adensamento sobre o empuxo do concreto não venham a sofrer
deformações prejudiciais ao funcionamento e estética dos elementos estruturais.
As ligações dos diversos elementos ou pares de formas deverão ser sólidas e simples, de
modo a garantirem uma montagem segura e uma desmontagem simples evitando danos ao concreto,
causados por golpes bruscos para obter o deslizamento das peças de travejamento e, além disso,
assegurar rigidez suficiente para suportar os esforços causados pela vibração durante a desforma.
As juntas das fôrmas deverão ser vedadas com madeira ou massa para evitar perda de
argamassa ou água do concreto na ocasião do lançamento.
Quaisquer dispositivos para manter as fôrmas na sua posição correta, deverão ser
previamente apresentados à Fiscalização para aprovação.
Antes do início das operações, a EXECUTANTE deverá certificar-se do perfeito
posicionamento das fôrmas, verificando cuidadosamente o atendimento de seus aspectos geométricos.
Antes da concretagem as fôrmas deverão estar limpas e umedecidas.

10.5.2 Escoramentos

Estrutura provisória destinada a sustentar os elementos de construção durante a execução os


quais deverão ser construídos de escoras e elementos de ligação, peças de madeira ou estruturas
metálicas, de modo a não apresentarem deformações prejudiciais às fôrmas da estrutura e esforços no
concreto na fase de endurecimento.
Como também, deverá suportar com a rigidez necessária todas as cargas e ações possíveis
de ocorrer durante a fase construtiva.
Deverá ainda suportar o peso das estruturas de concreto armado, até adquirir resistência e
módulo de elasticidade necessário a sua auto-sustentação.

10.5.2.1 Execução

Os escoramentos e cimbramentos deverão ser projetados de acordo com um esquema


lógico, de modo que se possa determinar o esforço e a segurança de cada uma de suas peças. O
projeto levará em conta as deformações para que o cimbramento ou escoramento tenha a rigidez
necessária e não produza qualquer dano no concreto a ser lançado.
E assim, deverão ser previstas, quando for o caso, as contra-flechas necessárias para
compensar os recalques de apoio e as deformações próprias da estrutura.
Unidade de medição: metros quadrados, (m²).

10.5.3 Armaduras em aço ca-50 a e ca-25

Este documento fixa as condições exigíveis para o recebimento, corte e dobragem do aço
nas dimensões projetadas, colocação e fixação das barras nas fôrmas, distribuições de espaçadores,
emendas das barras por solda ou luva de acordo com o projeto, conservação, manutenção e limpeza
da armação, e ensaios de tração e dobramento.

10.5.3.1 Materiais

O tipo de aço a empregar será o especificado em projeto para cada caso, devendo, no
entanto, atender as prescrições da ABNT e seus anexos, além da NBR 6118/2004.
As barras de aço deverão ser estocadas de maneira a não entrarem em contato com o solo,
ficarem protegidas contra a corrosão e limpas de quaisquer substâncias prejudiciais a aderência.
10.5.3.2 Execução

As barras de aço deverão ser cortadas, dobradas, emendadas e montadas conforme


especificado a seguir:

10.5.4 Corte e dobra

Todas as plantas de armação deverão ser verificadas antes do inicio do corte e dobramento.
O corte e o dobramento deverão ser feitos a frio, de acordo com os detalhes de projeto e
obedecer às prescrições das normas, citadas nesta especificação.
As barras deverão ser dobradas mecanicamente ou manualmente, com a utilização de pinos,
ou por quaisquer outros processos que permitam obter os raios de curvatura desejados sem
concentrações de tensões localizadas.

10.5.4.1 Emendas

As emendas por traspasse deverão ser executadas de acordo com as prescrições da NBR
6118/04.
Outros dispositivos de emenda, só poderão ser usados, se devidamente justificados e de
eficiência comprovada, em relatório próprio de empresa responsável.

10.5.4.2 Montagem

As armaduras deverão ser posicionadas nos locais de destinação, devidamente ancoradas


entre si, de modo que, durante o lançamento do concreto, mantenham-se na sua posição, afastadas
das fôrmas e do fundo das cavas, usando-se para isso, arame, espaçadores de concreto ou
argamassa, tarugos de aço, ou ainda por vergalhões especiais (aranhas); nunca, porém, será admitido
o emprego de calços de aço cujo cobrimento, depois de lançado o concreto, tenha espessura menor
que o previsto em projeto.
As barras julgadas em condições deverão ser escovadas para retirar os materiais oriundos de
oxidação que eventualmente existam e, antes do lançamento do concreto, deverão estar limpas de
quaisquer substancias prejudiciais a aderência.
O cobrimento deve estar de acordo com o solicitado em projeto e das especificações da
NBR6118/2004

10.5.4.3 Controle

Todos os ensaios, verificações e critérios de aceitação, previstos nas Normas Brasileiras,


poderão ser efetuados pela EXECUTANTE a critério da fiscalização.
Unidade de medição: Peso, (Kg).

10.6 CONCRETO

Dadas às características das estruturas das Obras de Artes Especiais, em particular os vãos
e os métodos construtivos da superestrutura, é de primordial importância, a obtenção e comprovação
da qualidade de concreto quanto aos seus parâmetros de resistência, deformabilidade (módulo de
elasticidade), uniformidade e durabilidade (porosidade).
Considerou-se, nesta especificação, como concreto de cimento portland, os serviços a seguir
relacionados:
 Preparo do traço para aprovação;
 Preparo da mistura de areia, brita, cimento, água e aditivos (se houver), de acordo com o traço
aprovado;
 Transporte e lançamento do concreto nas formas;
 Adensamento e acabamento do concreto;
 Cura do concreto durante o período regulamentar;
 Controle do concreto.
É vedado para uma única peça, o recebimento de massa de mais de um fornecedor de
concreto.
A apresentação da nota fiscal é imprescindível antes do início do lançamento da massa para
atestar o horário de saída da usina de modo a não infringir a boa norma.
10.6.1 Materiais

Os materiais a serem utilizados na elaboração do concreto deverão ser de boa qualidade,


isentos de impurezas e oriundos de fonte rastreável. À critério da fiscalização, poderá ser tomada
amostras para ensaios, os quais serão feitos de acordo as normas inicialmente elencadas.

10.6.1.1 Cimento

O cimento Portland a utilizar na obra deverá ter como exigência mínima, um cimento de
marca oficialmente aprovada e deve satisfazer as Especificações brasileiras.
No mesmo elemento estrutural, não será permitido o emprego de cimentos de marcas
diferentes.
Todo o cimento deverá ser armazenado em local seco e abrigado, por tempo e forma de
empilhamento que não comprometam a sua qualidade.
Para o caso de agregados potencialmente reativos (reação álcali-agregado), o conteúdo total
de álcalis no cimento, expresso como porcentagem em peso, não ultrapassará 0,60% (seis décimos
percentuais).
No instante de lançamento na betoneira, o cimento deverá ter uma temperatura inferior a
65°C.

10.6.1.2 Agregados

Os agregados serão constituídos de materiais granulosos e inertes, substâncias minerais


naturais ou artificiais, britados ou não, duráveis e resistentes, com dimensões máximas características
e formas adequadas ao concreto a produzir. Deverão ser armazenados separadamente, isolados do
terreno natural, em assoalho de madeira ou camada de concreto de forma a permitir o escoamento
d'água.
Não conter substâncias nocivas que prejudiquem a pega e/ou o endurecimento do concreto,
minerais deletérios que provoquem expansões em contato com a umidade.
10.6.1.2.1 Agregado Miúdo

O agregado miúdo será constituído por areia natural, de partículas redondas, ou por uma
mistura adequada de areia natural e areia obtida de britagem.
Não se permitirá o emprego de areias de britagem como único agregado miúdo. O agregado
miúdo será constituído por partículas limpas, duras, estáveis e livres de películas superficiais, raízes e
restos vegetais, gesso, pirita e escória, e outras substancia nocivas que possam prejudicar o concreto
e as armaduras.
Em nenhum caso se empregara agregado miúdo que tenha estado em contrato com águas
contendo sais solúveis ou que tenham restos de cloretos ou sulfatos, sem antes ter determinado o
conteúdo dos citados sais.
Enquanto não se fizer menção especial, subentende-se que os agregados são de peso
normal.
O agregado miúdo deverá satisfazer consistentemente as normas citadas neste memorial
inicialmente.
O agregado miúdo normalmente constituído por areia natural quartzos, de dimensão máxima
característica igual ou inferior a 4.8mm. Deverão ser bem graduados, são recomendadas as areias
grossas que não apresentem substancias nocivas, como torrões de argila, materiais orgânicos, etc.

10.6.1.2.2 Agregado Graúdo

O agregado graúdo será constituído por pedregulho, pedregulho britado, rocha britada ou por
uma mistura destes materiais conforme os requisitos destas especificações. As partículas que o
constituem serão limpas, resistentes, estáveis, livres de películas superficiais, de raízes e restos
vegetais, gesso, anídrica, pirita e escorias. Alem disso, não devem conter outras substâncias que
possam prejudicar o concreto e as armaduras, nem conter quantidades excessivas de partículas que
tenham a forma de laminar ou de agulhas.
Em nenhum caso serão utilizados agregados graúdos extraídos de praias marítimas, que
tenham estado em contato com águas contendo solução de sais ou que tenham restos de cloretos e
sulfatos, sem antes ter determinado o conteúdo de tais sais nos agregados. A quantidade de sais
solúveis incorporados ao concreto pelo agregado graúdo não deverá aumentar o teor de cloretos e
sulfatos alem do estabelecido na especificação "Água para argamassa e concreto de cimento portland".
Esta disposição deverá ser observada especialmente observada no caso das estruturas de concreto
armado e em todos os casos onde peças ou elementos de alumínio, ferro ou galvanizados sejam
embutidos no concreto.
O agregado graúdo deverá apresentar dimensão máxima característica com diâmetro
superior a 4,8mm e inferior a 75mm e deverá satisfazer às normas listadas inicialmente neste
memorial.
O agregado graúdo será constituído pelas partículas de diversas graduações nas proporções
indicadas nos traços do concreto e armazenado separadamente, em função destas graduações.

10.6.1.2.3 Água

A água empregada na mistura e cura do concreto e na lavagem dos agregados, deverá ser
isenta de teores prejudiciais de óleos, ácidos, álcalis, cloretos, sulfatos, açucares, substancias sólidas
em suspensão, matéria orgânica ou outras impurezas.
Na análise química, deverão ser respeitados os limites máximos aceitáveis de substâncias
nocivas, como também os limites máximos para expansão devida à reação álcali-agregado
estabelecidos na NBR 7211 / 2005.
Qualquer indicação de expansão, sensível variação no tempo de pega ou uma redução de
mais de 10% na resistência a compressão, em qualquer idade, serão suficientes para a rejeição da
água em exame.

10.6.1.2.4 Aditivos

A utilização de aditivos deve implicar no perfeito conhecimento de sua composição e


propriedades, efeitos no concreto e armaduras, sua dosagem típica, possíveis efeitos de dosagens
diferentes, conteúdo de cloretos, prazo de validade e condições de armazenamento.
Somente usar aditivos expressamente previstos no projeto, ou nos estudos de dosagem de
concreto empregados na obra, realizados em laboratório e aprovados pela autoridade competente, no
caso, o fiscal da CONTRATANTE.
Os aditivos a serem utilizados no preparo de concreto deverão se apresentar no estado
líquido e cumprir os requisitos estabelecidos nas normas e nestas especificações.
Para cura do concreto, também, poderá ser utilizado aditivo químico na forma de composto
liquido, segundo as condições estabelecidas pela ABNT, pelas especificações complementares ou pela
Fiscalização, de acordo com as características das estruturas.

10.6.2 Características dos concretos

O concreto de todas as estruturas e elementos terá as características, condições e qualidade


que correspondam as que se estabelecem nos desenhos, nestas Especificações Técnicas e demais
documentos de projetos.
Deverá ter a propriedade de poder ser colocado em fôrmas sem segregação ou com
segregação mínima possível e controlada. Uma vez endurecido, deve possuir todas as características
que estabelecem estas Especificações e no projeto de modo a garantir o bom funcionamento das
estruturas nas condições de serviço (em carga).
O concreto conterá quantidade de cimento suficiente e necessário para obter misturas
compactas, capazes de assegurar a resistência e durabilidade das estruturas expostas as condições
de serviço e também a proteção das armaduras contra os efeitos da oxidação ou corrosão do meio
ambiente.
O concreto deverá conter a menor quantidade possível de água que permita sua colocação e
adensamento, um perfeito ajuste as fôrmas e a obtenção de estruturas bem compactadas e bem
acabadas.

10.6.3 Resistências mecânicas

Do ponto de vista mecânico a qualidade do concreto estará definida pelo valor de sua
resistência característica de ruptura a compressão, correspondente a idade em que este deva suportar
as tensões de projeto. Salvo, indicação explícita em contrário, contida nos desenhos e outros
documentos do projeto total a idade de referência para o fck do concreto será de 28 dias.
Quando for autorizado o emprego de cimento de alta resistência inicial, a resistência será
calculada com base nos ensaios feitos com a idade de sete (7) dias.
O cálculo da resistência característica do concreto se fará com base nos ensaios com corpos
de prova cilíndricos de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura, moldados e curados de acordo com o que
estabelece a norma.
Para avaliar a qualidade e uniformidade do concreto colocado na obra, a cura dos corpos de
prova será feita nas condições normalizadas de umidade e temperatura.
Para julgar as condições de proteção e cura do concreto, com a finalidade de definir a
desforma, ou a resistência do concreto como requisito prévio para aplicar tensões ou cargas na
estrutura ou no elemento estrutural, a cura dos corpos de prova se realizará nas condições mais
semelhantes possíveis àquelas em que se acha submetido o concreto da estrutura.
Neste caso, o cálculo da resistência a compressão do concreto se fará com base em
resultados individuais ou médios e não com o tratamento estatístico dos resultados.
Define-se como resistência característica do concreto de um determinado tipo ensaiado à
mesma idade, aquela que é superada por 95% dos resultados dos ensaios em uma distribuição
estatística normal.
Entende-se por resultado de um ensaio a média das resistências dos corpos de prova
moldados com a mesma amostra de concreto e ensaiadas com a mesma idade.
Na obra será controlada de forma sistemática a qualidade e a uniformidade de cada tipo de
concreto, mediante ensaios de compressão realizados sobre corpos de prova que foram curados em
condições normalizadas de temperatura e umidade e ensaiados na idade especificada.

10.6.4 Composição do concreto

As proporções dos materiais componentes de cada tipo de concreto serão determinados de


forma experimental, tendo em conta o conjunto de exigências estabelecidas que determine suas
características e condições de qualidade. A definição desta composição será necessária para que:
Tenha a consistência e trabalhabilidade adequadas para uma conveniente colocação nas
fôrmas e entre as armaduras, nas condições de execução da estrutura, sem que se produza a
segregação dos materiais, nem que se acumule uma excessiva quantidade de água sobre as
superfícies horizontais - cumpra os requisitos de resistência que assegure a máxima proteção das
armaduras e resista devidamente a ação destruidora do meio-ambiente a que a estrutura estará
exposta possua as demais condições necessárias requeridas para a estrutura, ou estabelecidas por
estas Especificações.
A determinação das proporções do concreto será realizada por um profissional ou laboratório
especializado em tecnologia do concreto, mediante os estudos e experiências necessários.
Os estudos e ensaios anteriores para determinar a dosagem, poderão ser feitos sobre
amostras de materiais que ainda não estejam armazenados na obra, ou também sobre amostras de
materiais já armazenados na obra.
Não se autorizara a colocação de nenhum tipo de concreto para o qual não se tenha dado
cumprimento ao estabelecido anteriormente, com resultados que satisfaçam as condições requeridas
por estas especificações e demais documentos do projeto.
Dos resultados dos ensaios de resistência dos lotes de concretagem da obra, resultarão
resistências medias tais que, nas idades a que correspondam, com o desvio normal estimado ou
determinado para o tipo de concreto, se possa obter a resistência característica especificada.

10.6.5 Execução

A EXECUTANTE obrigar-se-á em manter permanentemente na obra um profissional


legalmente habilitado (engenheiro civil ou técnico em edificações) que supervisionará todos os
trabalhos e ensaios (quando necessários) relativos à elaboração, colocação e cura do concreto na
obra, incluindo o controle e a verificação das usinas dosadoras e misturadoras.

10.6.6 Dosagem

Todo concreto elaborado na obra terá a dosagem aprovada previamente pela Fiscalização.
Não será utilizado, na obra, nenhum concreto cuja elaboração não tenha sido aprovada.
Os equipamentos de medição, mistura, transporte e colocação serão do tipo e marca
recomendados, aptos para a obtenção de concretos de altíssima qualidade e uniformidade compatíveis
com o projeto.
O cimento e os agregados serão medidos em peso. A água poderá ser medida em peso ou
em volume. Os aditivos líquidos serão medidos em volume.
O cimento, a areia e cada fração de agregado graúdo de granulometria distinta, será medido
separadamente. O cimento a granel (se for o caso) medir-se-á em uma balança destinada
especialmente para este fim e somente será incorporado no momento da concretagem.
Para efeito das medições dos agregados e da água de mistura, serão realizadas
determinações freqüentes da umidade daqueles.

10.6.7 Preparo da mistura

A mistura poderá ser preparada por um dos procedimentos seguintes:


 Em usina central fixa;
 Parcialmente em usina central e parcialmente em caminhão betoneira;
 Mistura em usina betoneira;
 Mistura em usina central fixa.

O concreto será misturado até obter uma distribuição uniforme de todos os seus materiais
componentes. A operação se realizará unicamente em forma mecânica e estará a cargo de um
operador experiente.
A descarga se realizará sem produzir a segregação do concreto. O tambor girará na
velocidade estabelecida pelo fabricante.
Para as betoneiras do tipo convencional o tempo de mistura, para pastas de até 1,5 m³, não
será menor que 90 segundos, contados a partir do momento em que todos os materiais sejam laçados
no tambor para a mistura. Para capacidades úteis maiores do que as indicadas, o tempo de mistura
será aumentado em 30 segundos para cada 750 cm³, ou fração de acréscimo.
O tempo máximo de mistura não excederá 05 (cinco) minutos. Se os tempos mínimos de
mistura estabelecidos forem insuficientes para assegurar a homogeneidade do concreto, incrementar-
se-á o necessário para obter grau de homogeneidade adequada.
Para as betoneiras do tipo não convencional e de eixo vertical, o tempo de mistura será
estabelecido experimentalmente.
Uma porção de água de mistura entrará no tambor de mistura antes dos materiais sólidos. O
restante, conjuntamente com os aditivos, será colocado antes que transcorra 1/3 do tempo de mistura
estabelecido.
Nas etapas de misturas, transporte e colocação do concreto, não serão empregados
equipamentos nem tubos constituídos por partes ou elementos de alumínio, magnésio, nem suas
ligações, se referidas partes ou elementos puderem entrar em contato com o concreto fresco.
Para o caso de mistura parcial em caminhão betoneira, o tempo mínimo de mistura em usina
será de 30 segundos.
A descarga será completada antes de transcorridos 120 (cento e vinte) minutos desde o
contato do cimento e agregados (ou da água com ambos) na betoneira, ou antes, que o tambor tenha
girado 300 (trezentas) revoluções.

10.6.8 Transporte

O transporte compreende tanto o realizado por caminhão à velocidade de mistura (quando


esse for o caso), como aquele que se realiza desde a descarga até o lugar de lançamento, e deve ser
cumprido sem que se produza segregação do concreto nem a perda de seus componentes,
assegurando e mantendo a sua qualidade.
O tempo transcorrido entre os momentos de chegada de suas betonadas consecutivas de
concreto do mesmo tipo ao local de concretagem não excederá de 20 minutos.
O equipamento de transporte terá características e capacidades necessárias para assegurar
a entrega contínua de concreto no local de concretagem.
Para o transporte de misturas de até 10 cm de assentamento e de pequenos volumes de
concretos à curtas distancias entre a usina de concreto e o local de implantação da obra, será
permitido empregar como método auxiliar ou de emergência, veículos ou equipamentos desprovidos de
dispositivos agitadores, sempre que os mesmos permitam a entrega do concreto homogêneo e de
qualidade uniforme no local de seu lançamento definitivo.
No local da descarga se disporá de um dispositivo para separar a argamassa aderida à cinta,
e de funis ou tremonhas aprovados que evitem a perda da argamassa e a segregação da mistura. O
emprego deste método será imediatamente suspenso tão logo observe a segregação do concreto.
As canaletas serão metálicas ou recobertas por chapas metálicas e terão inclinações tais que
impeçam a segregação do concreto. As canaletas de comprimento maior do que 6,0 m ou de
inclinações maiores do que 30% com a horizontal descarregarão em um funil de características
adequadas.
O transporte de concreto por bomba somente será permitido com prévia aprovação do
equipamento, dosagem adequada do concreto e condições de funcionamento. Este terá características
e capacidades adequadas e não produzirá vibrações que possam afetar o concreto, recentemente
colocado na obra.
Não será permitido o transporte por métodos pneumáticos.

10.6.8.1 Preparativos para colocação

A colocação do concreto será iniciada imediatamente após as operações de mistura e


transporte. Para os meios e condições correntes de transportes dentro da zona da usina de concreto e
do local de implantação da obra, o concreto deve ser colocado em sua posição definitiva dentro das
armaduras, durante este tempo deverá ser protegido contra as intempéries.
Quando se empregarem retardadores de tempo de pega do concreto, os tempos indicados
anteriormente serão modificados em função do tempo de pega inicial do concreto.
O concreto colocado em época de calor terá a temperatura necessária para evitar perda de
plasticidade, um endurecimento prematuro e a formação de juntas não previstas de trabalho.
Não será permitida, a colocação de concretos, cujas temperaturas sejam maiores de 30°C.

10.6.8.2 Concretagem em temperatura elevada

Quando a temperatura do ar, na sombra, alcançar 28°C, será tomada a temperatura do


concreto em intervalos de meia hora.
Quando a temperatura do concreto imediatamente antes de sua colocação chegar a 28°C,
será executada a regada e o umedecimento dos moldes e fôrmas com água à menor temperatura
possível.
Além disso, as pilhas de agregado graúdo serão mantidas permanentemente umedecidas, as
operações de colocação e acabamento serão realizadas com a maior rapidez possível, e a cura será
iniciada tão logo o concreto tenha endurecido suficientemente para que as superfícies expostas das
estruturas não acabem afetadas pelo tipo de cura adotada.
Se as condições de temperatura forem críticas as operações de concretagem serão
realizadas unicamente à tarde, ou de preferência à noite. Quando a temperatura do concreto chegar a
30°C, adotar-se-á medidas imediatas para esfriar a água da mistura e os agregados, de modo que a
temperatura do concreto seja menor que 30°C.
Quando a temperatura do concreto imediatamente após a mistura for maior que 30°C, serão
suspensas as operações de colocação. As superfícies expostas (sem forma) de concreto fresco serão
mantidas continuamente umedecidas mediante regagem com água em forma de chuva, ou outros
meios adequados, durante 24 a 48 horas após a colocação. A cura úmida, com água em temperatura
aproximadamente igual ao concreto será iniciada tão logo o concreto tenha endurecido o suficiente
para resistir à ação de danos superficiais.
A água de cura, em nenhum caso terá uma temperatura menor de 10°C em relação à do
concreto. Em caso necessário, as mencionadas superfícies serão protegidas contra a ação do vento e
do sol.

10.6.8.3 Lançamento do concreto

As operações de concretagem, em particular no caso de elementos estruturais de grandes


dimensões, serão realizadas de acordo com um plano de trabalho cuidadosamente estabelecido de
antemão, que a EXECUTANTE submeterá à consideração da Fiscalização antes da data de inicio do
lançamento do concreto.
O adensamento será realizado por vibração mecânica de alta freqüência, mediante
vibradores de imersão operados por pessoal competente e executados conforme as normas técnicas.
À medida que o concreto vai sendo lançado nos moldes deve ser adensado com a agulha na vertical
ou com inclinação máxima de 30 graus do eixo vertical, inserido até ¾ de seu comprimento, sem
produzir sua segregação, e para se conseguir um preenchimento completo dos moldes, sem vazios e
sem outras imperfeições que prejudiquem a resistência e demais propriedades necessárias do
concreto e da estrutura.
A compactação será realizada por vibração mecânica de alta freqüência, mediante vibradores
de imersão operados por pessoal competente e executados conforme as normas técnicas.
Em todos os casos em que se faça necessário, a vibração mecânica será complementada por
compactação manual ou outros meios, necessários para se obter a total compacidade da mistura.
As lajes com espessura menor do que 20 centímetros serão adensadas preferivelmente com
vibradores de superfície, ou com vibradores de imersão com agulha inclinada a 45 graus evitando o
contato com a armadura.

10.6.8.3.1 Proteção e cura

Deverá ser apresentado para análise da Fiscalização o procedimento detalhado mediante o


qual se pretende realizar a proteção e cura do concreto.
Antes de iniciar a colocação do concreto, os materiais e todo o equipamento necessário para
a proteção e cura deverão estar na obra, em quantidade suficiente. Uma vez finalizadas as operações
de colocação, o concreto será protegido contra os efeitos prejudiciais da chuva, água em movimento,
vento, sol, contra calor e frio excessivos, secagem prematura, vibrações, sobrecargas e, em geral,
contra toda a ação que tenda a prejudicá-lo. Sobre as estruturas não serão aplicadas sobrecargas que
submetam o concreto a tensões excessivas.
Se, no local da estrutura, existir água, líquidos e solos agressivos para o concreto, será
evitado o contato entre este e o meio agressivo, durante pelo menos o período de colocação, proteção
e cura.
Em condições de tempo de clima quente, serão adotadas as precauções pela EXECUTANTE
estabelecidas nas recomendações anteriores e serão evitadas principalmente para que nas condições
atmosféricas reinantes não provoquem uma secagem prematura do concreto e conseqüentemente sua
fissuração.
A cura será iniciada imediatamente após o endurecimento do concreto, o suficiente para que
sua superfície não seja afetada pelo método de cura adotado.
Durante o período estabelecido, o concreto será protegido contra a secagem prematura,
evitando-se a perda de umidade interna. Para isto será mantido permanentemente umedecido, a uma
temperatura o mais constante que for possível, protegendo-o das baixas temperaturas e das ações
mecânicas que possam prejudicá-lo.
Para os concretos preparados com cimento Portland normal e estruturas de sessões onde a
mínima dimensão linear seja de 75 cm ou menor, será estabelecido como período mínimo de cura
úmida o de sete dias, contados a partir do momento de colocação do concreto.
Durante este período a temperatura do ar em contato com o concreto será igual ou maior a
10%. Em caso de se empregar cimento de alta resistência inicial, ou com acelerador de resistência
previamente autorizado e de efeitos equivalentes, o mencionado período de cura se reduzirá a quatro
(04) dias.
Excepcionalmente, em épocas de tempo de calor, a Fiscalização poderá aumentar o período
de cura, ao número de dias indicados para estruturas em contato com meio agressivo.
Independentemente do período de cura mínimo estabelecido no parágrafo anterior, a cura
poderá dar-se por terminada, suspendendo-se em conseqüência as medidas adotadas para manter
tanto a temperatura estabelecida com o umedecimento contínuo do concreto, quando os corpos de
prova que tenham sido mantidos junto aos elementos estruturais que representam e curados nas
mesmas condições, indiquem que o concreto tenha adquirido uma resistência média pelo menos de
setenta e cinco por cento (75%) da resistência característica especificada.
Para as estruturas ou parte delas que venham a ter contato com um meio agressivo, os
períodos de cura estabelecidos acima serão de 10 e 07 dias, respectivamente. Em caso de contato
com um meio agressivo o tempo de cura não poderá ser reduzido em nenhum caso.
Durante o período de cura estabelecido, as formas não impermeáveis que permaneçam
colocadas, serão mantidas continuamente umedecidas.
As superfícies de concreto que não estiverem em contato direto com as superfícies internas
da forma serão mantidas constantemente umedecidas. A cura será realizada, preferivelmente, por
umedecimento, podendo também empregar-se vapor e compostos líquidos para a cura do concreto.
Quando para acelerar o endurecimento do concreto se empregar o calor, o concreto será
mantido permanentemente umedecido. A máxima temperatura de' cura não deve exceder 70°C
(setenta). Os equipamento, elementos, instalação e procedimentos a serem empregados deverão ser
submetidos a aprovação previa da Fiscalização contratante. O ciclo ótimo de cura será determinado
experimentalmente antes de sua aplicação na obra.
Para o caso de cura por umedecimento será levado em conta que o concreto será mantido
permanentemente umedecido durante o período de cura estabelecido, mediante rega com água que
cumpra as condições estabelecidas no capitulo Materiais, destas especificações.
A água empregada não deverá manchar nem descorar as superfícies da estrutura. Está água
poderá ser aplicada diretamente sobre a superfície do concreto ou sobre tela de juta, tela de algodão,
manto de areia ou materiais similares em contato direto com a superfície da estrutura, que sejam
capazes de reter a umidade durante o tempo estabelecido.
Ao se finalizar a cura, se procederá a eliminação de toda a sobra de material empregado,
com o fim indicado anteriormente.
No caso das superfícies expostas de concreto fresco, a aplicação do produto será iniciada
após, concluídas as operações de acabamento da superfície e imediatamente após haver
desaparecido a película brilhante de água livre existente sobre a superfície, ainda, que a mesmas se
encontrem úmidas.
No caso de concreto endurecido, imediatamente após havê-lo desenformado, será eliminado
todo o resto de material solto existente sobre a superfície da estrutura. Sem perdas de tempo e
previamente a todo retoque reparação das superfícies, se saturara as superfícies com água.

10.6.9 Controle da execução

De acordo com a ABNT para a garantia da qualidade do concreto a empregar na obra, para
cada tipo e classe de concreto, serão realizados os ensaios de controle, adiante relacionados, além de
outros recomendados em projetos específicos:
Ensaios de consistência, de acordo com a ABNT NBR-7223 e ABNT NBR-9606 (para
concreto auto-adensável), sempre que ocorrerem alterações na umidade dos agregados, na primeira
amassada do dia, após o reinicio, seguido de interrupção igual ou superior a 2 horas, na troca de
operadores e cada vez que forem moldados corpos de prova. Para concreto fornecido por terceiros
deverão ser realizados ensaios a cada betonada;
Ensaios de resistência a compressão de acordo com a ABNT NBR-5739, para aceitação ou
rejeição dos lotes.
A consistência do concreto deverá atender aos valores estipulados nos métodos de ensaios,
caso não os atenda na primeira amostra, repetir nova amostragem; se persistir, provavelmente, não
apresenta a necessária plasticidade e coesão.
Verificar a causa e corrigir antes da utilização, com exceção para os concretos cuja
plasticidade, excedam, os limites dos métodos de ensaio, como o concreto bombeado.
A amostragem mínima do concreto para ensaios de resistência a compressão deverá
corresponder a cada caminhão betoneira. Deverão ser coletadas um mínimo de 04 corpos de prova
para serem rompidos pelo menos 7 e 28 dias.

Solicitação principal dos elementos da estrutura:


 Limites superiores Compressão ou Compressão e Flexão;
 Flexão Simples;
 Volume de concreto 05m³ a 15m³;
 Tempo de concretagem 03 dias de concretagem.

Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de sete dias, inclui eventuais
interrupções para tratamento de juntas.
Cada exemplar é constituído por dois corpos de prova da mesma amassada para cada idade
do rompimento, moldados no mesmo ato. A resistência do exemplar de cada idade e considerada a
maior dos dois valores obtidos no ensaio. o volume de concreto para a moldagem de cada exemplar e
determinação da consistência deverá ser de 1,5 vezes o volume necessário para estes ensaios e
nunca menor que 30 litros.
A coleta deste concreto em caminhão betoneira deverá ocorrer enquanto o concreto estiver
sendo descarregado e obtida em duas ou mais porções do terço médio da mistura.
Caso contrário, deve ser tomada imediatamente após a descarga, retirada de três locais
diferentes, evitando-se os bordos. Homogeneizar o concreto sobre o recipiente com o auxílio da colher
de pedreiro, concha metálica ou pá.
Para o concreto bombeado, a coleta deve ser feita em uma só porção, colocando-se o
recipiente sob o fluxo de concreto na saída da tubulação, evitando o início e o fim do bombeamento.

10.6.9.1 Aceitação e rejeição

Realizar inspeção visual após a retirada das formas e escoramento quanta a existência de
brocas, falhas no posicionamento das armaduras, etc.
Os lotes de concreto serão aceitos automaticamente quando atingirem a idade de controle:
fckest ≥ fck.
Os serviços rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.
Unidade de medição: metros cúbicos, (m³).

10.7 Alvenaria estrutural

Definir os critérios que orientam a execução, aceitação e medição de dispositivos em


alvenaria estrutural. A alvenaria estrutural é o processo de construção que se caracteriza pelo uso de
paredes como a principal estrutura suporte de edificações simples ou de dispositivos complementares
em substituição ao concreto.
A alvenaria estrutural pode se subdividida em duas classes estruturais: alvenaria não armada
ou simples e alvenaria armada:
 A alvenaria simples é composta apenas de blocos de alvenaria e argamassa com resistência
especificada em projeto;
 Alvenaria armada é reforçada por armadura passiva de fios, barras ou tela de aço,
dimensionadas racionalmente para suportar os esforços atuantes.
Os materiais a serem utilizados podem ser os seguintes, (conforme cada caso e de acordo com o
definido para cada projeto):

a) bloco estrutural:
- deve atender a NBR 6136(1) e NBR 10837(2);
- possuir resistência mínima: 4,5 MPa.

b) bloco não-estrutural:
- deve atender a NBR 7173(3).

c) argamassa:
- Fck entre 10 e 14 MPa e slump 20 ± 1 cm;

d) concreto de enchimento:
- trata-se de concreto com agregado miúdo destinado ao nucleamento, preenchimento dos vazios em
locais específicos, com finalidade de enrijecimento local. Os locais são indicados no projeto estrutural;
- Fck entre 20 e 30 MPa e slump 20 ± 1 cm;
- composição: areia, pedrisco, cal e cimento, o traço deve ser testado. Por critério da fiscalização
podem ser utilizados aditivos com finalidade de expansão, para evitar que a retração de secagem
comprometa o caráter monolítico da célula nucleada.

e) armação:
- CA-50 ou CA-60;
- barras na vertical: bitola mínima Ф12,5 mm;
- barras na horizontal: bitola mínima Ф10,0 mm.

As faces internas das paredes dos abrigos das VRP’s deverão ser chapiscadas com
argamassa de cimento e areia lavada (isenta de impurezas e peneirada) no traço volumétrico de 1:3.
Após o endurecimento e pega do chapisco aplicado, as paredes devem ser rebocadas com
argamassa de cimento, areia e aditivo plastificante ou cal, com acabamento desempolado e espessura
final mínima de 02 cm, aprumadas e alinhadas.

10.7.1 Execução

Durante a execução das alvenarias dos abrigos, deve ser verificado sempre:
- se os elementos executados estão em conformidade geométrica com o indicado em projeto;
- se as armaduras (quando for o caso) estão posicionadas como indicado em projeto;
- se os elementos executados estão perfeitamente ortogonais, nivelados, alinhados e o prumo vertical
está garantido.

10.8 Reaterro manual

Os materiais a serem utilizados nos reaterros deverão ser, preferencialmente, de 1ª


categoria, admitindo-se o emprego de materiais de 2ª categoria e 3ª categoria, em casos especiais
atendendo a qualidade e a destinação previstas no projeto.
Os materiais para os reaterros provirão de escavações executadas, devidamente
selecionadas no projeto.
Os materiais a serem utilizados deverão apresentar os seguintes requisitos gerais:
Isenção de matéria orgânica, micas ou diatomacias;
Os valores mínimos para o índice de Suporte Califórnia dos materiais a serem utilizados
serão definidos no projeto, em função dos materiais disponíveis na região e de aspectos econômicos.

10.8.1 Execução

O lançamento do material para os aterros deve ser feito em camadas sucessivas, em toda a
largura da seção transversal, e em extensões tais que permitam seu umedecimento ou aeração e
compactação. Para o corpo dos aterros, a espessura da camada compactada não deverá ultrapassar
de 0,30 m. Para a camada final, essa espessura não deverá ultrapassar de 0,20m. A compactação dar-
se-á com compactador mecânico tipo placa vibratória ou outro previamente aprovado pela
Fiscalização.
Unidade de medição: metros cúbicos, (m³).

10.9 Diversos

Os tampões de ferro articulados, com diâmetro de 600 mm, devem ser chumbados,
preferencialmente, em conjunto com a concretagem das tampas. Quando for o caso, poderá ser
executado prolongamento do anel de assentamento dos tampões “pescoço”, de modo a garantir o
acesso.
Deverão ser instaladas escadas de marinheiro nos dois acessos ao abrigo por meio dos
tampões de ferro. As escadas deverão ser apoiadas e parafusadas no piso do abrigo e fixadas nas
paredes por meio de parabolt ou chumbamento com argamassa tixotrópica à base de cimentos
(graute).
10.10 Materiais da montagem hidromecânica

Abaixo serão relacionados todos os materiais da montagem hidromecânica de sistema


redutor de pressão da VRP Benedito Bentes I e conexões listados no projeto mostrado no item anterior.

 Luva de correr junta mecânica, LCRJM, DN 400 mm, PN10 – 2 unidades;


 Extremidade ponta e flange, EFP10, DN 400 mm, L= 480 mm PN10 – 2 unidades;
 Redução com flanges concêntrica, RFF10, DN 400 x DN 300, L= 600 mm, PN10 – 2 unidades;
 Tê com flanges, TFF10, DN 300 mm x DN 300 mm, L = 800 mm, PN10 – 2 unidades;
 Registro de gaveta com flanges, EURO23, DN 300 mm, L= 270 mm – 3 unidades;
 Tubo com flanges, TFL 10, DN 300 mm, L = 4306 mm, – 2 unidades;
 Tubo com flanges, TFL 10, DN 300 mm, L = 2500 mm, – 2 unidades;
 Curva de 90º com flanges, C90FF10, DN 300 mm, PN 10 – 2 unidades;
 Tubo com flanges, TFL 10, DN 300 mm, L = 3000 mm, – 1 unidade;
 Medidor Eletromagnético
 Junta de desmontagem axialmente travada, JDAT, DN 300 mm, L=220 mm – 1 unidade;
 Tubo com flanges, TFL 10, DN 300 mm, L = 1500 mm, – 2 unidades;
 Válvula redutora de pressão, DN 300 mm, L = 762 mm, PN 10 – 1 unidade;
 Tê de redução com flanges, TRF10, DN 300 mm x DN 100 mm, L = 800 mm, PN10 – 1
unidade;
 Redução com flanges concêntrica, RFF10, DN 100 x DN 50, L= 300 mm, PN10 – 1 unidade;
 Ventosa simples com flanges, VSCF25, DN 50 mm, PN10 – 1 unidade;
 Registro de gaveta com flanges, EURO23, DN 50 mm, L= 150 mm – 1 unidade;
 Tubo com flanges, TFL10, DN 300 mm, L = 600 mm, PN10 – 1 unidade;
 Toco com flanges, TOL10, DN 300 mm, L = 500 mm, PN10 – 1unidade;
 Luva de correr junta mecânica, LCRJM, DN 300 mm, PN10 – 1 unidade;
 Tampa para registro, TD-5 – 3 unidades;
 Tampão para poço de visita, TD-600 – 2 unidades;
 Arruela de borracha para flange, ABF10, DN 400 mm, 2 – unidades;
 Arruela de borracha para flange, ABF10, DN 300 mm, 21 – unidades;
 Arruela de borracha para flange, ABF10, DN 100 mm, 1 – unidade;
 Arruela de borracha para flange, ABF10, DN 50 mm, 2 – unidades;
 Parafuso “24 x 100” para flanges, PPF10, 32 – unidades;
 Parafuso “20 x 90” para flanges, PPF10, 228 – unidades;
 Parafuso “16 x 80” para flanges, PPF10, 16 – unidades.

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