Resumo Livro TCC

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

Práticas Psicológicas
Professora: Inês
Aluno: Vanilda de O. Rodrigues | RA-F302288 | 9° Período

Resumo Livro:
Estratégias Cognitivo-Comportamentais de
Intervenção em Situações de Crise. Frank M.
Dattilio e Arthur Freeman & coIs.

Goiania – Campus Flamboyant


2024
Curso Psicologia
Introdução:

Por causa de numerosas guerras, catástrofes provocadas pelo clima e outros


desastres naturais, viu-se a necessidade de intervenções na crise em acontecimentos
negativos em muitas vidas. As crises em vários âmbitos principalmente psicológicos.
Sendo que essas crises podem variar de pessoa para pessoa no sentido de percepção e
nível de sofrimento e capacitação de lidar com tais acontecimentos, sendo necessário ou
não uma intervenção.

A crise na vida de uma pessoa pode servir também para trazer crescimento
aumentando a força do indivíduo proporcionando maior desempenho em
enfrentamentos de problemas ou poderá também ter um enfrentamento inadequado ou
falta de resolução dessas crises, podendo levar ao desenvolvimento de esquemas
pessoais em seus comportamentos. Esses esquemas são estruturas hipotetizadas que
guiam e organizam o processo de informação e o entendimento das experiências de
vida. Os esquemas cognitivamente podem gerar distorções desde o início da vida
acumulando uma aprendizagem comportamental, uma regra um possível conforto para
lidar com situações estressantes. Essas estruturas cognitivas estão sujeitas a mudanças
ajustadas a cada situação a depender de seus pensamentos automáticos e crenças,
cabendo ao profissional psicólogo ajudar o indivíduo a lidar com esses pensamentos e
crenças. A Terapia Cognitivo-Comportamental trabalha partindo do pressuposto de que
não é a situação e sim como o indivíduo interpreta essa situação, ou seja, como o
indivíduo enxerga a si mesmo, o outro e o futuro. A abordagem trabalha com foco nos
pensamentos automáticos, crenças e esquemas, afim de mudar comportamentos
disfuncionais usando seus recursos com objetivos de aprendizagem para obter um
melhor enfrentamento nas resoluções de problemas com sessões estruturadas intervindo
também em momentos de crise. A abordagem trabalha visando e possibilitando o
máximo de sucesso com o mínimo de tempo para a terapia contando com um trabalho
colaborativo em equipe com participação ativa do paciente.

Precisa ser mencionado que a avaliação é crucial durante situações de crise,


podendo também ter a prevenção ao suicídio e ideação suicida, ansiedade etc. Tem o
objetivo de aliviar sintomas específicos de forma adequada com intervenções que
poderá envolver reestruturação cognitiva, reconstrução de personalidade e outros,
seguido de estabelecimento de vínculo afetivo de relacionamento de confiança com o
paciente (rapport). Devido ao tratamento de pacientes em crise o terapeuta pode passar
por estresse por uma sobrecarga podendo recorrer a uma supervisão com colegas
terapeutas como uma válvula de escape.

Cap 2 - Tratando Pacientes Altamente Reativos: Diferenciando o Paciente em Crise do


Paciente Propenso a Crises:

Neste capítulo conta a história de uma mulher (Sherri), que vivia uma vida de
crises, participava do grupo de Alcoólicos Anônimos (AA) e havia sido deixada pelo
marido, tinha um pensamento de que poderia ser uma pessoa muito má para estar
passando por tudo aquilo. Ela sentia muita falta do marido e sentia um enorme vazio
que dizia ser um “vazio horroroso”, seus amigos diziam que se importavam, mas na
verdade não a compreendiam. Ela não tinha esperança e se sentia esmagada por sua
solidão, seus fracassos e seus medos. Uma dor predominava em seu ser, queria
desaparecer e não sentir mais nenhuma dor e foi ai que resolveu tomar alguns remédios
e foi encontrada pela mãe que buscou ajuda ligando para o 190. Foi socorrida pela
emergência e em seguida ao ter alta, foi encaminhada para um profissional de crise para
uma avaliação e planejamento do acompanhamento terapêutico. Os profissionais ali já
estavam acostumados com pessoas que buscavam terapia por causa de várias situações
de desconforto e desorganizações psíquicas.

O tratamento psicoterapêutico é estruturado conforme cada caso, cada crise.


Sherri seria uma típica paciente de alta reatividade e que se encontra em crise, com
padrão que reflete uma suscetibilidade a se sentir esmagada ou sem habilidades de
enfrentamento experienciando dificuldades para resolução de problemas. Nestes casos
(transtornos de personalidade borderline, histriônico, narcisista ou antissocial), os
indivíduos são agitados vivendo num contexto de vida estressante como no caso de
Sherri, os pacientes altamente reativos estão em crise, ou estão prestes a entrar em crise
ou vivem a vida sempre com uma crise à vista, podendo exigir mais do terapeuta, em
termos de tempo, energia, esforço e atenção, do que outros pacientes. É importante ter
sempre o cuidado ao diagnosticar, sempre seguindo os critérios do DSM-IV.

A diferença de dois tipos de pacientes é de que o que está em crise por causa de
um desastre natural ou circunstancias traumáticas de vida e o outro é o paciente
propenso a crises, que para o qual acordar de manhã e ter de lidar com os
acontecimentos cotidianos da vida envolve crise e angústia, sendo então o foco desse
capítulo.

Descreve-se neste capítulo todos os transtornos do grupo B, propondo uma


conceituação do transtorno e depois oferece um modelo de terapia cognitivo-
comportamental (TCC).

Os transtornos de personalidade são definidos como um padrão persistente de


experiências internas e comportamentos que se desvia nitidamente das expectativas da
cultura do indivíduo, é inflexível, começa na adolescência ou no início da idade adulta,
é estável ao longo do tempo e provoca angústia ou incapacitação. Os pacientes
diagnosticados com esses transtornos experienciam dificuldades em seus
relacionamentos, na socialização, no trabalho e em seu funcionamento global, pois
possuem um estilo egossintônico, podendo assim evitar a psicoterapia. Geralmente
chegam à terapia por uma crise ou por um conselho da família, ou até por pressão
externa. As crises são de naturezas que envolve questões de segurança em relação a
ameaças, gestos ou tentativas de suicídio ou até de homicídio complicando o processo
de tratamento. Os pacientes possuidores destes transtornos lidam com a situação de
várias formas, alguns tem consciência da natureza e extensão da crise, mas ignora os
problemas na esperança da crise desaparecer espontaneamente, outros se veem como
vítimas inocentes de um mundo mal sem ter controle ou noção diante do horror da vida
no seu dia a dia, já outros vivem sempre apreensivos percebendo o mundo como uma
fonte de crises.

As fontes de estresse podem vir de várias formas de situações, incluindo


problemas de relacionamentos, dificuldades ocupacionais, conflitos familiares, deixando
sequelas como abuso de drogas, transtornos alimentares, depressão, transtorno de
ansiedade, e ideação suicida, lesões físicas a si ou aos outros e a depender do caso
podendo haver uma perda significativa da realidade como uma psicose. Em tal situação
é essencial conseguir que o paciente em crise possa retomar o controle de pensamentos
e ações.

Os fatores de vulnerabilidade se relacionam com situações depressogênicos


como: doença aguda, doença crônica, deterioração da saúde, fome, raiva, fadiga,
solidão, perdas importantes de vida, capacidade de resolução de problemas reduzida,
abuso de drogas, dor crônica, controle dos impulsos reduzido e novas circunstancias de
vida.

Estágios de prontidão para a mudança: o terapeuta é capaz de ver a situação de


crise, conceituar, compreender a natureza das circunstancias estressantes e ter sugestões
para o enfrentamento. O paciente colaborativamente contribui para o enfrentamento e
mudanças em cinco estágios sendo, pré-contemplação, contemplação, preparação, ação
e manutenção.

Estágios de mudança revisados: A mudança ocorre em estágios específicos na


avaliação inicial iniciando o plano de tratamento. Esses estágios são: não-contemplação,
anticontemplação, pré-contemplação, contemplação, planejamento da ação, ação,
ativação do lapso, recaída, redirecionamento e manutenção.

Compreendendo o papel dos esquemas: o terapeuta pode compreender o


indivíduo em crise com foco nos esquemas relevantes podendo ser esquemas pessoais,
familiares, culturais, religiosos, de gênero ou ocupacionais observados por meio de
entrevistas e levantamento da história do paciente em crise, isso sendo feito em todos os
pontos possíveis. Esses esquemas podem ser classificados como não-impulsionadores
ou impulsionadores.
Potencial de mudança esquemática, é importante uma avaliação da capacidade
do paciente para uma intervenção.

Distorções cognitivas e intervenções terapêuticas: as distorções podem ser


negativas ou positivas, porém independentemente elas se tornam o foco inicial da
terapia. O terapeuta trabalha para evidenciar essas distorções em conteúdo, grau de
crença do paciente, estilo e impacto sobre a vida.

A abordagem geral da TCC: pode ser estabelecido uma lista de problemas


também ajuda ter uma ideia da natureza, conteúdo, contexto, duração, frequência,
dinâmica e população da situação de crise dando direção ao processo de tratamento.
Outra forma também é o estabelecimento de agenda para as sessões, usando melhor o
tempo, a energia e as habilidades disponíveis, priorizando as urgências na resolução de
problemas e da crise. Sendo uma crise definida por um estado temporário caracterizado
pela incapacidade de enfrentar uma situação estressora, podendo ser identificados
diversos caminhos de tratamento nos estados temporários, nas crises envolvendo
perturbação, incapacidade de enfrentamento, nas consequências que modificam a vida.
Isso traz ao profissional o discernimento para uma intervenção, avaliando a imediação
da situação de crise, avaliando o repertório de enfrentamento para lidar com a crise,
gerar opções de pensamento, percepção e comportamento.

Cinco passos da intervenção na crise (não-emergencial): Estabelecendo


primeiramente um relacionamento com o paciente construindo um rapport.
Apresentação pessoal, o que se espera conseguir com a avaliação e se necessário fazer
inclusão de membros da família, adotar atitude de não-julgamento, comunicar
reenquadramento, usar metáforas para se fazer entender, espelhar a linguagem, a voz e a
comunicação corporal do paciente, falar com voz firme, manter contato visual, não
demonstrar reações negativas, ter um estilo consistente, estabelecer limites, explorar a
história solicitando informações ao mesmo tempo mantendo a conexão com o paciente.

É preciso fazer uma avaliação inicial da gravidade da situação de crise como, o


perigo físico que o paciente representa para si e para os outros, ajudar o paciente
identificar o problema que está vivendo, assim o paciente sentirá alívio em ter seus
problemas identificados. Depois pode identificar redes de apoio, para um melhor
acolhimento desse paciente e um plano positivo de ação, lembrando que o paciente
precisa se comprometer com o plano de ação. É preciso avaliar esse plano de ação
quanto ao seu funcionamento avaliando também as estratégias sempre pedindo feedback
daqueles que apoiam o paciente melhorando as metas e observando a eficácia do
processo. No caso de intervenção de crise em emergência deve-se ter o contato de
telefone do paciente e de alguém da família, tendo o endereço residencial e se precisar
encaminhe o paciente para o pronto socorro mais próximo no caso de tentativa de
suicídio. É preciso estar a tento a tudo tomando todas as providencias possíveis do
protocolo de ideação suicida, também ao comportamento do paciente em sessão, evitar
que o paciente tenha acesso a armas de fogo ou qualquer outra ferramenta que possa ser
usada em tentativas de suicídio. Todo o procedimento é importante antes, durante e
depois de uma tentativa de suicídio em crise. O controle dos impulsos segue um
objetivo de desenvolver habilidades psicoeducacional para a prática de resolução de
problemas.

A conceituação do tratamento: deve ser útil, simples, coerente, capaz de explicar


o comportamento passado e predizer o comportamento futuro. Uma das técnicas usadas
na crise é a decatastrofisação, ajuda o paciente avaliar se ele não está superestimando a
natureza catastrófica da situação.

As técnicas comportamentais no contexto da TCC são múltiplas envolvendo um


agir de forma diferente como saber ouvir, ser mais verbal e ou carinhoso, fazer coisas de
uma maneira nova, programar atividades prazerosas, treinando, desenvolvendo
habilidades sociais, sendo mais assertivo, praticando a leitura e outros.

Com tudo resumindo, para muitos pacientes, a terapia poderá continuar sempre, mas,
com um espaçamento maior de tempo, para outros bastando apenas quando necessário,
mas o importante é que o paciente passe das sessões regulares para a fase de
manutenção da terapia.

Cap 3 - Transtorno do Pânico:

Tem como cenário um exemplo comum de uma situação de crise envolvendo um


transtorno psicológico, onde um indivíduo pensa estar vivenciando um ataque cardíaco
ao dirigir seu carro quando sentiu um súbito aumento em seu ritmo cardíaco e
dificuldade de respirar, os sintomas se repetiam e pioravam até que sentiu-se esmagado
por uma ansiedade dirigiu-se ao hospital mais próximo onde recebeu atendimento e fez
vários exames e foi constatado um ataque de ansiedade, sendo medicado e liberado para
o cuidado do médico da família. Segundo o DSM-IV, os ataques de pânico são
diagnosticados por pelo menos quatro sintomas, dispneia ou sensação de sufocamento,
tontura, sensação de vertigem ou desmaio, ritmo cardíaco acelerado, tremores, sudorese,
engasgar, náuseas ou desconforto abdominal, despersonalização e desrealização,
sensação de formigamento em uma ou mais partes do corpo, ondas de calor ou calafrios,
dor ou desconforto no peito, medo de morrer, medo de enlouquecer. O transtorno de
pânico vem se mantendo entre os 10 transtornos mais comuns encontrados nos pronto-
socorros psiquiátricos sendo as palpitações os sintomas mais comuns entre os pacientes.
O principal objetivo da intervenção na crise é reduzir a angústia emocional do paciente.

As duas teorias do pânico: uma teoria se explica pela ação de certos elementos
neuroquímicos no cérebro e outra possibilidade é a existência de uma base genética
específica para a herança da predisposição ao transtorno do pânico. Em experiencias
com indivíduos fóbicos foi comprovado a farmacoterapia como um alivio dos sintomas
e diminuição da probabilidade da evitação fóbica, reduzindo ou melhorando os ataques
de pânico espontâneos apesar de que os indivíduos com transtorno do pânico talvez
estejam entre os grupos de pacientes mais difíceis de tratar com medicação por causa
dos efeitos colaterais. Como esse assunto ainda é complexo, infelizmente há
profissionais medicando pacientes sem maiores explorações ou explicações, quando a
teoria cognitivo-comportamental do pânico afirma que são os fatores psicológicos e não
apenas os psicobiológicos que desencadeiam os sintomas de pânico. Portanto, o ponto
principal do tratamento é ensinar a pessoa sob estresse técnicas de respiração
promovendo um alívio na dor de não conseguir respirar já que o ataque poderá
acontecer a qualquer momento espontaneamente.

O paciente em situação de crise precisa passar por uma avaliação e diagnóstico,


como uma entrevista estruturada obtendo informações verbais (paciente) como uma
abordagem para ajudar os pacientes com pânico a reconhecer o vínculo entre seus
sintomas de pânico e suas respostas catastróficas às sensações corporais iniciais. O
terapeuta em alinhamento com o paciente alinhará de modo rápido, determinados
pensamentos catastróficos e a má interpretação de sintomas, preparando para o passo
seguinte da intervenção.

Na intervenção é mostrado ao paciente como os pensamentos automáticos


catastróficos podem influenciar nos sintomas autonômicos experienciados, e como esses
pensamentos contribuem para um próximo comportamento e aumento dos sintomas. Por
isso a importância de uma avaliação para determinar a sequência cognitiva, afetiva,
comportamental e fisiológica do pânico, identificando gatilhos como, estresse, climas
quentes e abafados, exercícios excessivos entre outros. Tratamentos como exposições
associados a medicamentos farmacológicos são bem sucedidos na redução do pânico. A
intervenção também é feita por meio de instrução, reestruturação cognitiva,
psicoeducação, exposição imaginada e retreinamento da respiração, podendo ser
realizada também em grupos. Sempre seguindo o objetivo de transformar o indivíduo
em seu próprio terapeuta, munindo-o de instruções e habilidades necessárias para
reconhecer e superar a ansiedade ou pânico.

A farmacoterapia vem como tratamento médico em pacientes em crise de pânico


por terem efeito rápidos como, benzodiazepínicos, alprazolam, clonazepam, diazepam
entre outros com efeito antipanico.

Existe uma técnica usada para o transtorno de ansiedade chamada biblioterapia


que ajuda o indivíduo através de conhecimentos a saber da existência também de outras
pessoas que sofrem de pânico, trazendo o benefício de enfrentamento, podendo ajudar
até mesmo após o término da terapia.

A tarefa de casa como práticas de habilidades ensinadas durante todo o processo


de tratamento como por exemplo o registro de informações como o diário de pânico,
para acompanhar a ocorrência e o progresso dos episódios de pânico.

Na prevenção de recaídas poderá haver alguma descontinuação da prática das


habilidades aprendidas e o diário de pânico é uma importante ferramenta que o paciente
poderá usar na prevenção de recaídas até que o paciente procure seu terapeuta para uma
sessão de reforço quando achar que não vai conseguir enfrentar sozinho uma situação de
pânico.

Os grupos de apoio são importantes, tanto o apoio dos próprios grupos de terapia
como o apoio das famílias. Os grupos de apoio são habitualmente grupos de pessoas que
se trataram e precisam de encontros em grupo como sessões de reforço.

O grupo de apoio familiar/conjugal, podem acelerar o processo de tratamento do


paciente. É feito um trabalho de instrução sobre o tratamento do pânico aumentando o
entendimento sobre por que e como o transtorno se desenvolve, orientando o cônjuge e
outros membros da família sobre seus papeis no processo de tratamento contribuindo
para um processo de sucesso.
Concluímos que as técnicas propostas sugeridas juntamente com a
farmacoterapia são eficazes no tratamento do pânico no contexto de crise.

Cap 4 - Suicídio e Depressão:

Aqui podemos ver uma situação onde em uma questão filosófica específica que
pode distorcer nossa visão do mundo, nos prendendo em uma perspectiva estreita.
Aborda também a ligação entre pensamentos internos e a tendência ao suicídio,
explicando que crises suicidas são temporárias e exigem intervenções rápidas para
proteger o paciente. Além disso, oferece um triplo objetivo: revisar fatores de risco,
fornecer ferramentas para gerenciar crises suicidas e sugerir tratamentos de longo prazo
para pacientes. A abordagem cognitivo-comportamental é recomendada para lidar com
crises de forma flexível e criativa.

Os modelos cognitivos de psicopatologia, enfatizando a interação entre


pensamentos, emoções e comportamentos. Destaca-se que problemas emocionais,
incluindo a tendência ao suicídio, surgem de representações e processos de pensamento
distorcidos ou desadaptativos. A terapia cognitiva visa identificar e modificar esses
processos, desenvolvendo crenças e habilidades de enfrentamento mais adaptativos.
Além disso, discute-se a relação entre depressão e suicídio, destacando pensamentos
negativos e distorções cognitivas associadas à depressão, que aumentam o risco de
suicídio. Essas distorções incluem a visão de túnel, pensamento dicotômico e
impulsividade, entre outros. A falta de habilidades na resolução de problemas sociais
também é apontada como um fator contribuinte para o risco de suicídio.

Podemos encontrar pesquisas que indicam que a desesperança é um fator crucial


no suicídio entre adultos, relacionando-se tanto à depressão quanto ao comportamento
suicida. Além disso, ela é significativa em transtornos como esquizofrenia e abuso de
álcool, e distingue pacientes suicidas de não suicidas mesmo com níveis similares de
depressão. A desesperança também é um indicador em casos de tentativas de suicídio e
pode prever suicídios consumados a longo prazo. A avaliação da desesperança, em
conjunto com outros dados clínicos, pode ajudar a estimar o risco de suicídio. No
entanto, sua relação com o suicídio pode variar em diferentes grupos populacionais.
Portanto, é de suma importância considerar tanto a desesperança quanto a depressão ao
avaliar e tratar adultos suicidas, dentro de um contexto mais amplo de fatores de risco
cognitivos, sociais e psiquiátricos.

Os pensamentos suicidas estão associados a uma interação complexa de fatores


psiquiátricos, sociais, ambientais e cognitivos, que podem indicar o risco de suicídio.
Estudos recentes sugerem que esses fatores interagem e contribuem juntos para a
predisposição ao suicídio, ao invés de atuarem isoladamente. A presença de eventos
estressantes de vida, apoio social percebido e habilidades de resolução de problemas
sociais pode influenciar a gravidade da tendência suicida. Além disso, características
cognitivas, como déficits na resolução de problemas e distorções cognitivas, podem
interagir com eventos estressantes de vida, impulsividade comportamental e falta de
apoio social, aumentando o risco de suicídio. Embora as relações específicas entre esses
fatores ainda não sejam completamente compreendidas, um modelo integrado de
vulnerabilidade e tratamento está começando a surgir.

A avaliação do risco de suicídio começa com entrevistas clínicas com o paciente


e membros da família. Fatores como motivações, transtornos psiquiátricos, sentimentos
de depressão, intenção suicida e recursos sociais são avaliados. Recomenda-se uma
abordagem empática e sensível para identificar os fatores contribuintes. Se o paciente
expressar pensamentos suicidas, é crucial determinar suas razões específicas, plano e
acesso aos meios. A avaliação também inclui discussões sobre estresses, apoios
percebidos, habilidades de enfrentamento e revisão da história médica e psiquiátrica,
com especial atenção aos níveis de depressão, desesperança, ansiedade e raiva atuais.

A forma de lidar com o paciente em crise suicida não-internado exige que o


terapeuta mantenha o foco nas bases motivacionais do tratamento, priorizando uma
aliança terapêutica sólida e um plano de tratamento bem formulado. É essencial
compreender os motivos do paciente para considerar o suicídio, adotando uma postura
profissional para compreender suas preocupações mais urgentes. O objetivo é aumentar
o sentimento de esperança do paciente, oferecendo alternativas e discutindo passos
concretos a serem tomados. Durante uma crise suicida, o terapeuta adota uma postura
ativa e orientada para o problema, fornecendo apoio e criando impedimentos efetivos.
Além disso, é importante envolver familiares ou amigos disponíveis no manejo da crise
e remover qualquer meio que o paciente possa utilizar para tentar o suicídio. A longo
prazo, o tratamento visa tratar os problemas subjacentes, promovendo habilidades de
enfrentamento eficazes e desenvolvendo uma visão mais positiva do futuro. A terapia
cognitiva e comportamental desempenha um papel fundamental nesse processo, com
intervenções específicas voltadas para modificar padrões de pensamento e
comportamento disfuncionais. Embora os contratos de não-suicídio sejam comumente
utilizados, eles não substituem uma avaliação contínua do risco de suicídio e um
programa de tratamento sistemático.

Embora haja uma lacuna na pesquisa sobre a eficácia da terapia cognitivo-


comportamental (TCC) na prevenção do comportamento suicida, estudos indicam
resultados promissores. Pesquisas sugerem que diferentes formas de TCC, como
reestruturação cognitiva e treinamento em resolução de problemas, podem reduzir a
ideação suicida e a tendência suicida em pacientes. Em particular, a TCC mostrou-se
eficaz em pacientes com transtorno de personalidade borderline (TPB), resultando em
menos gestos suicidas, menor raiva e melhor ajustamento social. Estes achados são
apoiados por outros estudos controlados e revisões meta-analíticas. No entanto, a
estabilidade a longo prazo dos benefícios e os fatores que determinam quais pacientes se
beneficiam mais dessas intervenções ainda precisam ser elucidados. Mais pesquisas são
necessárias para confirmar a eficácia da TCC no tratamento de pacientes suicidas.
Vários modelos cognitivo-comportamentais de depressão têm sido propostos, cada um
destacando diferentes facetas da condição. G.L., o paciente em questão, apresenta
características consistentes com muitos desses modelos, incluindo distorções cognitivas,
crenças negativas sobre si mesma e o mundo, evitação de atividades sociais e
dificuldades na resolução de problemas. O tratamento enfoca esses componentes,
incluindo estratégias de enfrentamento comportamentais, processos cognitivos,
pensamentos automáticos, suposições, esquemas e resolução de problemas. No início da
intervenção na crise de G.L., o foco foi garantir sua segurança imediata, dada sua má
resposta à terapia psicodinâmica no passado e sua propensão a magnificar problemas. O
tratamento inicial concentrou-se em abordar sua desesperança e equipá-la com
habilidades cognitivas e comportamentais para lidar com a depressão. G.L. expressou
ceticismo quanto à eficácia da terapia, mas intervenções diretas ajudaram-na a
reconhecer a relação entre seus pensamentos e seu humor, desafiando suas crenças
negativas.

Foram identificadas e abordadas várias crenças negativas de G.L., incluindo sua


dificuldade em influenciar conscientemente seu humor e sua sensação de ser incapaz de
funcionar corretamente. A técnica da flecha descendente foi usada para explorar suas
suposições depressogênicas. Intervenções comportamentais, como o treinamento de
relaxamento e a retomada de sua tese, foram implementadas para desafiar suas crenças.
Após dez semanas de terapia, G.L. relatou uma melhora significativa em seu
humor e funcionamento. Embora a crise suicida tenha sido superada e importantes
progressos terapêuticos tenham sido alcançados, ainda havia questões a serem
abordadas, como seu sentimento de vazio emocional e sua ansiedade em se separar da
família. A terapia cognitivo-comportamental mostrou-se eficaz na melhoria do bem-
estar de G.L., apesar dos desafios enfrentados. Em termos gerais, a intervenção na crise
suicida visa garantir a segurança do paciente, abordar as crenças negativas que
contribuíram para a crise e oferecer maneiras alternativas de enfrentar os problemas. As
intervenções cognitivas e comportamentais derivadas de modelos cognitivos têm se
mostrado clinicamente úteis para reduzir a impulsividade, melhorar os relacionamentos
sociais e a capacidade de enfrentar problemas reais e o apoio contínuo, tanto do
terapeuta quanto de colegas, é fundamental ao trabalhar com pacientes agudamente
suicidas.

Cap 5 - Abusos de Substâncias:


O desafio de tratar clientes que abusam de drogas ou álcool é grande, sabendo
que o uso continuado da substancia produz uma desregulação dos sistemas cerebrais de
recompensa, distorcendo o processo emocional e de informação debilitando a vida do
indivíduo que usa essas armas como estratégia de enfrentamento emocional e resolução
de problemas da vida, acontecendo totalmente o contrario, quando esses efeitos anulam
os recursos de enfrentamento, ficando cada vez mais resistentes a mudança. O
tratamento para estes clientes dependentes químicos pode e deve ser acompanhado de
equipes multiprofissionais para um desempenho e um alcance melhor de resultados, já
que os pacientes correm o risco de terem experiencias de crise durante o tratamento.

O tratamento é seguido de técnicas para avaliar e conduzir o tratamento. Os


pacientes geralmente negam ou minimizam os efeitos do uso das substancias. Um
exemplo é um caso ilustrando como um paciente em resultado de uma crise, passou da
negação para a identificação do abuso.

Estágios de Mudança: O paciente passa por cinco estágios de mudança que se aplicam à
mudança intencional, com ou sem tratamento.
1-Pré-contemplação, onde não há intenção de mudança.

2-Contemplação, onde se torna mais consciente dos problemas.

3-Preparação, onde o indivíduo pode tomar uma decisão parcial de cessar o uso da
droga.

4-Ação, é onde o indivíduo da passos para atingir a meta de alterar o uso da substancia.

5-Manutenção, onde o indivíduo mantem a abstinência e engaja para mudanças


positivas. Tendo como principal tarefa a prevenção de recaída e a solidificação dos
ganhos do tratamento. Podendo haver regressões e avanços durante o tratamento a
depender do fortalecimento das crenças e pensamentos automáticos disfuncionais ou
funcionais.

Racionalização/justificação, são situações em que os pacientes dependentes


químicos trazem argumentos de censuras fazendo comparações e justificando que o que
faz da vida dele é problema dele, minimizando as vezes o que ele faz em relação ao que
outros dependentes fazem.

Resistência, quando se opõe aos objetivos da terapia, onde o terapeuta precisará


tratar essas questões com intervenções estruturadas que gerem motivação para fazer as
mudanças desejadas. A resistência também pode acontecer em relação à aliança
terapêutica, como uma reação de hostilidade e acusações, assim colocando o terapeuta
em situação desagradável onde precisaria buscar recursos para não perder o cliente. Nos
casos assim não é aconselhável confrontar gratuitamente o paciente não-internado,
podendo a qualquer momento abandonar a terapia. Seguindo o modelo cognitivo, o
terapeuta deve adotar uma postura construtiva estabelecendo um plano de ação como
um equilíbrio entre a aceitação e a mudança, por exemplo dizer que não está rotulando
o paciente e sim se preocupando com ele como pessoa, facilitando uma aliança positiva,
podendo também fazer uso de perguntas socráticas, de final aberto, ou até mesmo fazer
uso das próprias palavras desses cliente para apresentar os pontos de vista clinico. Esses
procedimentos são vantajosos em relação aos confrontos, obtendo resultados positivos
na abordagem.

Situação de Crise/overdose e Tendencia Suicida- Em uma situação de crise o


paciente poderá ter ideação suicida por efeitos de uma overdose de drogas ilícitas.
Sendo assim raramente esse paciente terá contato com seu terapeuta, e quando se
percebe poderá ser tarde, porém, no caso intencional onde o paciente poderá estar em
estado de agitação e confusão e mesmo assim consegue telefonar, o terapeuta deve
confirmar a localização para um socorro imediato, enquanto isso tentar segurar este
paciente o máximo possível ao telefone tirando informações importantes como a
quantidade de substancias ingeridas, ou seja, cumprir todo o protocolo que a situação
emergente precisa até que o socorro chegue até a vitima.

Perda do domicilio/desaparecimento do domicilio- Nestes casos o terapeuta pode


ser testemunha de expulsão do seu cliente por abuso de drogas de sua casa. Quando isso
acontece eles talvez não tenham outra alternativa e vão morar nas ruas ou abrigos para
quem não tem teto ou até mesmo em instituições para dependentes químicos. Neste caso
o terapeuta poderá intervir tentando encontrar um meio para ajudar o paciente com
ajuda de outros profissionais como assistente sociais ou oficial da condicional para
conseguir que o paciente entre no programa de internação para desintoxicação e
reabilitação de dependentes químicos.

Em casos assim o paciente poderá perder muitas coisas na vida sem perceber a
gravidade das consequências vividas como perda do emprego e perda da família por
conta da dependência química, perdendo também a saúde com complicações no fígado
entre outras situações extremas. É de extrema importância que o terapeuta instrua o
paciente a buscar tratamento médico ao se tratar de doenças graves, porque as vezes
deixar o agravamento de doenças é uma forma de ideação suicida.

Segue-se um caso de crença de inadequação em um paciente de 26 anos que era


dependente de álcool, tinha ansiedade social, foi promovido no trabalho e se sentia
pressionado pelo seu superior a fazer uma apresentação na empresa sobre as melhorias e
se encontrava em crise por não ter conseguido suportar a situação de pressão e caído
numa situação da qual não conseguia sair. Contando tudo em pranto ao seu terapeuta,
foi acolhido e escutado reforçando a coragem do relato. Enquanto o moço se recuperava
o terapeuta disse com muita calma que os dois juntos iriam achar uma forma para
solucionar aquela situação de crise dizendo ao seu paciente que é para isso mesmo que
serve a terapia, para lidar com coisas difíceis (percebendo ideação suicida). Apesar do
cliente falar abertamente sobre a ideia de se matar, o terapeuta entendeu que ele não
queria realmente morrer, mas sim escapar de seus problemas e da vergonha de enfrentar
os outros. Mas o terapeuta o encorajou a usar as ferramentas e instruções que aprendeu
nas sessões anteriores em relação a superar sua tendencia de fazer suposições sobre
como os outros reagiriam a ele e de catastrofizar possíveis consequências e que não
estava tentando minimizar a situação ou invalidar a sua reação frente ao problema, e sim
lembra-lo do que poderia fazer para solucionar a situação ao em vez de se matar. Juntos
procederam no desenvolvimento de um plano para lidar com os problemas mais
imediatos e depois ir para as de longo prazo. Claro que a questão do álcool foi para o
topo da lista de emergência. Depois disso o terapeuta trouxe o cliente a consciência de
comportamentos padrões e a sugestão de aprender a maneja-los. Como tarefa de casa
pediu para que seu paciente monitorasse e documentasse as situações em que costuma
beber ou em que percebe a vontade de beber. Assim, a crise foi gerenciada, e as metas
terapêuticas foram redefinidas utilizando o modelo de estágio de mudança, trazendo
alívio emocional e esperança para continuar seguindo a vida.

Conclusão: E muito importante o vínculo de confiança terapêutico, pois a partir


dessa aliança o processo de terapia funciona. Os pacientes que fazem uso de substancias
químicas e abusam de álcool apresentam inúmeros desafios, por isso exige confronto
direto e empatia acurada.
A terapia cognitivo-comportamental lida com todos estes casos com identificação de
problemas modelando planejamentos e resolução de problemas com sessões
estruturadas para trabalhar os padrões de comportamentos e sentimentos como a
desesperança, o desamor e o desvalor, com crenças de tudo ou nada, proporcionando ao
cliente um apoio e acolhimento onde ele se sinta fortalecido no momento de crise. A
abordagem da TCC, não só ajuda nas resoluções de problemas, ela é eficaz e flexível
para o gerenciamento de crises e fortalecimento possibilitando mudanças de estilo de
vida duradouras e conduzirão na superação do abuso de substancias.

Cap 6 - Trauma de Estupro:


Este capítulo descreve sobre o trauma do estupro fazendo referências ao DMS-4
como uma experiência que causa uma resposta emocional com sequelas chamadas de
estresse pós-traumático (TEPT); sendo trazido como diagnóstico desde 1980 no DSM-3.
O trauma do estupro é um trauma reconhecido pelo DSM-4 como um potencial
desencadeante do TEPT, sendo com, 94% da vítimas sobreviventes satisfazendo os
critérios do TEPT, três meses depois do ataque, 47% dos sobreviventes ainda sofrem de
TEPT, dezessete anos mais tarde, 16,5% das sobreviventes ainda apresentam TEPT.
A Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) tem mostrado eficácia no
tratamento do TEPT, sempre buscando estudos cada vez mais atuais em relação ao
transtorno. A intervenção (aconselhamento) na crise é de curto prazo para uma
prevenção psicopatológica. O TEPT como um transtorno de ansiedade tem critérios de
um trauma precipitante, um estressor estando além do intervalo de estressores humanos.
Algumas pessoas vítimas sobreviventes não conseguem um ajustamento para recuperar
seu nível de funcionamento por não buscarem tratamento psicoterapêutico, sendo a
maioria que buscam tratamento de intervenção na crise e a longo prazo. As
características desse transtorno podem aparecer como lembranças persistentes e
perturbadoras intrusivas do trauma, evitação e fuga na presença de estímulos
relacionados ao trauma e uma variedade de sintomas autonômicos, disfórico ou
cognitivos, que persistem por mais de um mês após o trauma. Há uma diferença entre o
transtorno de estresse agudo (TEA), sendo o TEA sobrepondo-se sobre o TEPT, como
por exemplo, a duração de mais de um mês pós o trauma e sendo também diagnosticado
com mais rapidez após o trauma, com perturbação de dois dias e menos de um mês com
sintomas dissociativos como, desrealização, despersonalização, amnésia dissociativa,
senso subjetivo de amortecimento, redução de percepção do ambiente imediatamente
pós o trauma. Em meio as sugestões a TCC apoiam a técnica de exposição como a
principal técnica para ajudar os clientes com TEPT. Assim a técnica inicia-se com a
revelação verbal do acontecimento traumático o quanto antes, pois a intervenção
precoce é crucial para o sucesso do tratamento durante o período de crise.

O terapeuta sabe e entende que esse processo de revelação é muito difícil para o
paciente, além do que por conta do trauma sofrido o paciente pode não se lembrar ou
não querer falar sobre o ocorrido, sentindo-se desconfortável com a situação. N a
medida em que o cliente relata suas experiências o terapeuta deve avaliar os sintomas de
TEPT e o grau que ela tem dificuldade para relembrar, prestando atenção nos
pensamentos e sentimentos desadaptativos, fazendo isso com muita gentileza e
modificando-os para mais adaptativos. O objetivo é ajudar a sobrevivência do cliente
evitando que ele se sinta culpado pelo acontecimento, recordar o trauma, aceitar o
acontecido processando as emoções e tentando seguir em frente. A aliança terapêutica é
muito importante na intervenção da crise e manter essa aliança é mais importante ainda.
Na intervenção o terapeuta deve empregar estratégias verbais e não verbais para validar
a dor desse cliente transmitindo empatia, ajudando a superar as lembranças dolorosas
dando apoio reforçador. É importante o terapeuta verificar regularmente como está
sendo a experiencia para o cliente sempre se preocupando com o conforto e o seu bem
estar durante o processo terapêutico, lembrando que é difícil falar por causa da vergonha
e sentimentos muito aflorados, medo de julgamentos podendo ter bloqueios emocionais
que atrapalham as expressões.

Cap 7 - Abuso Sexual da Criança:


O abuso sexual infantil é um problema de saúde pública e que atinge crianças de
todos os grupos étnicos, raciais, educacionais e socioeconômico mas, muitos programas
de saúde mental não oferecem treinamento profissional adequado para lidar com isso.
Este capítulo fornece informações para profissionais lidarem com a crise após a
revelação do abuso, incluindo reconhecimento, intervenção e apoio à família. Ele é
dividido em três partes: informações sobre abuso sexual, um guia prático para
terapeutas e um estudo de caso ilustrando o processo de responder a clientes em meio a
crise. O Third National Incidence Study of Child Abuse and Neglect (NIS-3) de 1993
estimou que cerca de 300.200 crianças nos EUA sofreram abuso sexual naquele ano
dobrando em relação ao estudo anterior de 1986. No entanto, esses números
contradizem a realidade, pois excluem casos de abuso por não cuidadores e aqueles que
não foram registrados. Os levantamentos anteriores mostram que uma proporção
significativa de adultos sofreu abuso sexual na infância, destacando a necessidade de
melhor reconhecimento e relato de casos para prevenir futuras vitimizações e reduzir o
impacto a longo prazo do abuso sexual infantil.

As consequências psicossociais do abuso sexual infantil (ASI) variam entre os


sobreviventes, com alguns sofrendo efeitos mínimos e outros enfrentando sérios
problemas emocionais, sociais e psiquiátricos, como depressão, abuso de substâncias e
transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Vários fatores, como o tipo de
relacionamento com o perpetrador, a presença de ameaça ou uso de força durante o
abuso e a gravidade do abuso, podendo assim agravar mais ainda as reações pós-
traumáticas. O apoio dos progenitores não ofensores após a revelação do abuso pode
moderar o ajustamento pós-trauma da criança, enquanto o sofrimento emocional dos
pais também pode afetar os resultados do tratamento. Além disso, a família e o estilo de
criação dos pais também desenvolvem papéis importantes no ajustamento da criança
após o abuso podendo ajudar a superar suas próprias dificuldades sendo também de
suma importância no processo de recuperação das crianças vítimas de abuso sexual. A
revelação do abuso pode levar à uma crise para a criança e sua família, mas, representa
uma oportunidade para intervenção e crescimento positivo. Para uma prática mais
efetiva e responsável, é importante que os profissionais estejam atentos, atualizados
com a literatura explorando seus conhecimentos e atitudes profissionais.

É importante observar e reconhecer os sinais e sintomas de abusos trazidos pelas


crianças e que raramente estão presentes no momento da revelação, sendo um assunto
complexo e vergonhoso para as crianças como o medo, a insegurança e as ameaças do
agressor sendo fonte principal da não revelação. O profissional precisa ter sensibilidade
e cuidado ao lidar com a situação até mesmo quanto à denúncia do ocorrido sendo sua
obrigação relatar as autoridades (Leis) sendo esse fato de responsabilidade
multiprofissional principalmente o serviço de proteção à criança para que todos os
procedimentos necessários sejam feitos em apoio à vítima e a família. O terapeuta
deverá acolher essa criança de forma especial tomando todas as providencias para esse
acolhimento ser completo principalmente ao que diz respeito a orientação e conforto
dessa criança durante todo o tratamento terapêutico.

Conclusão: O capítulo se encerra com um caso que ilustra todos os


procedimentos possíveis a serem feitos diante de uma situação de abuso sexual à
criança ou uma suposta situação de abuso, desde a revelação ou uma extração de
revelação da vítima alertando os profissionais (terapeutas) a estarem preparados na
identificação e intervenção nos casos das possíveis vítimas podendo influenciar
criticamente o processo investigatório e simultaneamente reduzir o estresse
experienciado pela criança e por sua família durante esse período de crise.

Cap 8 - Avaliação e Intervenção em Situações de Crise com Adultos Idosos:

Para os terapeutas a possibilidade de trabalhar com adultos e idosos é bastante


provável, a menos que se limitem a atender apenas crianças e adolescentes, já que um
aumento substancial no número de adultos vem crescendo, principalmente aqueles com
mais de 75 anos, causado pelo aumento da expectativa de vida e pelas mudanças na
demografia.

Os desafios psicológicos que enfrentam os adultos e os adultos mais jovens são


semelhantes, mas suas experiências de vida e recursos podem ser muito diferentes. Os
idosos têm necessidades terapêuticas diferentes devido às diferenças em suas condições
de saúde, nível de educação, status socioeconômico e experiências pessoais.

Crises psicológicas podem ser causadas por estressores de vida relacionados ao


envelhecimento, como problemas de saúde, mudanças financeiras e perdas pessoais. A
percepção desses eventos pessoais como ameaçadores ou além da capacidade de
enfrentá-los é importante.

A identificação de indivíduos mais velhos que correm o risco de suicídio é


destacada como uma preocupação cada vez maior como depressão, isolamento social e
problemas de saúde. Uma intervenção eficaz depende da conscientização desses fatores
de risco.

A importância da avaliação e intervenção adequadas em situações de crise entre


adultos idosos é focada. O texto também fala sobre os problemas com o diagnóstico e o
tratamento de crises psicológicas em idosos, destacando a relutância desses indivíduos
em procurar tratamento e expressar seu sofrimento emocional principalmente por meio
de sintomas somáticos.

Depressão: São fatores de risco para crises psicológicas em idosos, como depressão,
abuso de substância e luto por perda de participação. As estratégias de avaliação
sensíveis são destacadas para ajudar os idosos a superar crises psicológicas.

O texto enfatiza o papel da psicoterapia, particularmente a TCC, no tratamento de


transtornos mentais em indivíduos mais velhos. O foco está na adaptação dessa terapia
para atender às necessidades específicas da população idosa durante uma crise.

Este capítulo tem como ilustração de todas estas demandas dois estudos de caso,
sendo o primeiro sobre risco de suicídio e o segundo sobre crise da cuidadora familiar.
Os conteúdos retratam bem sobre a depressão, o luto, o abuso de álcool, drogas, doenças
crônicas, mudanças de papeis em uma dinâmica familiar, trazendo vários tipos de
prejuízos emocionais e cognitivos. O fato é que em todos os casos a TCC trabalha com
excelência trazendo alivio dos sintomas e tratando os casos cada um na sua
individualidade.

Conclusão: o texto dá uma visão geral das dificuldades que enfrentam os adultos
idosos que estão passando por uma crise psicológica e enfatiza o papel dos profissionais
de saúde mental na realização de intervenções delicadas e eficazes.
Cap 9 - Lesão Cerebral Traumática:
Geralmente as pessoas procuram os profissionais de saúde mental por uma crise
psicológica com consequências traumáticas de acontecimentos variados e significativos.
O capítulo discute as crises psicológicas que surgem após eventos traumáticos, como
acidentes de carro, lesões corporais traumáticas (LCT) e atos violentos. Esses eventos
podem causar ansiedade e estresse, especialmente quando há um LCT ao mesmo tempo.

A LCT pode causar mudanças físicas, cognitivas e afetivas que impactam a


apresentação clínica dos sintomas de ansiedade. Isso significa que os métodos
convencionais de avaliação e tratamento cognitivo-comportamental devem ser
alterados. Portanto, é fundamental que os terapeutas conheçam a natureza e as
consequências da LCT para diagnosticar e tratar de forma eficaz indivíduos com
transtorno de ansiedade e LCT com diagnósticos duplos.

O texto analisa a prevalência, as causas e as mudanças funcionais após a LCT,


abordando técnicas para avaliar sua presença, transtornos psiquiátricos relacionados e
recomendações para mudanças na avaliação e tratamento cognitivo-comportamental.
Essas alterações são ilustradas por meio de vinhetas de casos.

A LCT é chamada de uma "epidemia silenciosa", e milhões de americanos estão


sofrendo de algum tipo de incapacidade como resultado. A lesão pode ser leve,
moderada ou grave e prevalece nos Estados Unidos, quase o mesmo que outras doenças
graves.
Após a realização da LCT, as mudanças físicas, cognitivas e afetivas podem ter um
impacto significativo no funcionamento diário da pessoa e nos relacionamentos
interpessoais. Assim, entender esses efeitos é essencial para fazer os diagnósticos e
tratamentos corretos.
Quando uma pessoa procura ajuda após um evento traumático, a investigação de
avaliação inicial deve incluir uma LCT anterior viável. Muitas pessoas têm consciência
de suas dificuldades emocionais, mas se sentem confusas e assustadas com as mudanças
em seu funcionamento. Portanto, identificar uma LCT não pode ser uma intervenção
terapêutica importante.
Conclusão: O capítulo fala sobre possíveis efeitos psiquiátricos da LCT, como
depressão e transtornos de ansiedade, e enfatiza o papel da terapia cognitivo-
comportamental do tratamento da depressão em pacientes que recebem LCT.
O capítulo enfatiza a necessidade de uma abordagem abrangente e sensível para
diagnosticar e tratar transtornos de ansiedade em pacientes com LCT, pois a população é
complexa e as intervenções terapêuticas devem ser ajustadas de acordo. Foram
discutidos e ilustrados por estudos de caso de indivíduos com LCT de gravidade
variadas e com sugestões de avaliação cognitivo-comportamental com abordagem
ampla e estratégias cognitivas para o tratamento individual para cada demanda.

Cap 10 - Trauma de Desastre:


O desafio é complexo diante da devastação e o sofrimento humano causados
pelos desastres naturais, enfatizando a importância de organizar e distribuir recursos
para lidar com a devastação e o sofrimento humano que resultam desses desastres.
Aponta a importância da terapia comportamental no manejo do estresse traumático pós-
desastre e sugere um modelo hierárquico de avaliação de riscos em situações de
desastre, com estratégias de intervenção adequadas para diferentes graus de gravidade.

Nível de Risco Reduzido:


Os sobreviventes enfrentam sentimentos de tristeza e perda.
Solicite apoio social.
Intervenções feitas pela mídia ou pela literatura seriam eficazes.

Nível de risco médio:


Pessoas com disfunção que é clinicamente significativa
Pode ter sofrido danos de TEPT ou ter sido exposto a perdas traumáticas.
Para evitar que seus sintomas piorem, eles precisam de ajuda de profissionais.

Nível de Risco Elevado:


Indivíduos que sofreram intenso estresse traumático
Apresentam comportamento suicida, pensamento desorganizado e sintomas
dissociativos.
É necessária intervenção imediata e contínua.

No atendimento aos sobreviventes, a avaliação do risco é importante, com foco


nas intervenções primária, secundária e terciária, adaptadas ao tipo e contexto do
desastre. O texto enfatiza a necessidade de abordagens abrangentes e adaptáveis para
diferentes grupos de sobreviventes, bem como técnicas de intervenção específicas,
como a redução do estresse em grupo e fornecer informações claras, bem como apoio
emocional. Além disso, são envolvidos elementos suscetíveis, como a intensidade da
exposição a traumas e as condições sociais e ambientais que podem contribuir para a
condição psicológica das disso, são envolvidos elementos suscetíveis, como a
intensidade da exposição a traumas e as condições sociais e ambientais que podem
contribuir para a condição psicológica das vítimas.
Conclusão: Por fim, o texto discute as complicações adicionais que o terrorismo
internacional apresenta na prática clínica de desastres e sugere uma maior ênfase em
modelos de resiliência e pesquisas sistemáticas qualitativas e etnográficas. O foco está
nas intervenções sistêmicas em todos os níveis comunitários, nacionais, federais e
internacionais, bem como na prevenção e tratamento para os profissionais de
emergências médicas e de saúde.

Cap 11- Crise de Crianças e Adolescentes nas escolas:

Este texto discute uma variedade de questões sérias relacionadas à saúde mental de
crianças e adolescentes, com ênfase especial nas dificuldades que surgem na escola. A
escola é importante para o desenvolvimento cognitivo, emocional, interpessoal e social
de crianças e adolescentes, e é frequentemente o local onde as crises são identificadas.
Prevalência de suicídio: O suicídio é uma das principais causas de morte entre
adolescentes e crianças, e a exposição à violência e transtornos mentais como abuso de
substância podem aumentar o risco.

Abordagens terapêuticas: As técnicas cognitivo-comportamentais funcionam


bem para tratar problemas de saúde mental em crianças e adolescentes, mas devem ser
adaptadas às suas necessidades únicas.

Desafios na avaliação: As diferenças no funcionamento cognitivo e emocional


de crianças e adolescentes podem dificultar a avaliação do risco de suicídio e outros
problemas de saúde mental.

Intervenção em crises: É fundamental criar planos claros e imediatos para lidar


com crises, como ideação suicida, envolvendo pacientes, famílias e escolas.
Tratamento da depressão e outros transtornos: A terapia cognitivo-
comportamental é um exemplo de uma abordagem terapêutica eficaz para tratar a
depressão e outros transtornos mentais em crianças e adolescentes.

Desafios no tratamento de transtornos de conduta: embora existam muitas


opções de tratamento para transtornos de conduta, métodos cognitivo -comportamentais
são demonstrados.

É importante identificar e intervir precocemente em crises de saúde mental entre


crianças e adolescentes, bem como a necessidade de adaptar abordagens terapêuticas às
suas necessidades específicas de desenvolvimento, monitorar e adotar estratégias de
enfrentamento. Além disso, são cruciais intervenções comportamentais disciplinas que
visam melhorar o autocontrole, adquirir habilidades sociais e diminuir os desejos
agressivos comportamentais que visam melhorar o autocontrole, adquirir habilidades
sociais e diminuir os desejos agressivos.

A recusa escolar e a fobia social são descritas como problemas importantes que
afetam o desempenho social e educacional desses jovens. A ansiedade associada a esses
problemas pode causar vários problemas, como habilidades sociais e frequência escolar
irregular.

É observado que crianças e adolescentes com fobia social podem faltar


frequentemente à escola, muitas vezes com o conhecimento e a aprovação dos pais, o
que os distingue da simples falta à escola. As crianças e adolescentes com deficiência
escolar grave são mais propensos a vir de famílias que não incentivam as crianças a
participar de atividades recreativas fora de casa, o que pode ajudar as crianças a
preferirem ficar em casa em vez de enfrentarem estressores externos.

A abordagem familiar e as intervenções individuais para o desenvolvimento de


habilidades sociais, desafios de cognição catastrófica, autocontrole comportamental e
habilidades de enfrentamento são cruciais para o tratamento da deficiência escolar
severa.

Conclusão: É ressaltado que as intervenções eficazes devem levar em conta as


diferenças de desenvolvimento entre crianças e adultos. Isso significa que as técnicas
cognitivo-comportamentais devem ser adaptadas às necessidades exclusivas dos jovens.
Devido à sua tradição de apoio empírico e ênfase no ensino de habilidades de
enfrentamento, a abordagem cognitivo-comportamental é considerada adequada para
uma intervenção rápida e eficaz em crises escolares.

Cap 12 – Casais em crise:


Este capitulo destaca a importância do relacionamento conjugal e como o
estresse pode prejudicá-lo, causando crises que colocam em risco a estabilidade e o
bem-estar dos casais. Os casais geralmente não procuram ajuda de profissionais até
atingir um ponto importante em seu relacionamento.

Uma intervenção em crises conjugais requer uma abordagem única. No entanto, há


características comuns com as abordagens cognitivo-comportamentais para conflitos
prolongados. Para estabilizar o relacionamento, os terapeutas devem avaliar e lidar
rapidamente com essas crises.
Os modelos teóricos como o ABCX distinguem estressores, recursos e
percepções, ajudando a entender como os casais reagem ao estresse. Para terapeutas que
ajudam casais em crise, é fundamental ter uma compreensão dos estressores e como eles
afetam o funcionamento individual e conjugal.
Como vários estressores podem se combinar e produzir um impacto cumulativo
significativo, a avaliação clínica cuidadosa deve levar em consideração os desafios
únicos que cada casal enfrenta quando enfrenta um estressor.
Para superar os desafios da vida a dois, esposo e esposa devem utilizar os
recursos inerentes ao seu relacionamento, como adaptabilidade, coesão, apoio mútuo,
comunicação eficaz e habilidades colaborativas de resolução de problemas. O apoio
social é fundamental, e fatores de vulnerabilidade podem dificultar a adaptação do casal
aos estressores.

O modelo ABCX de estresse e enfrentamento em relacionamentos fornece um


quadro para avaliar e lidar com crises conjugais. As intervenções cognitivo-
comportamentais ajudam a reduzir comportamentos negativos, melhorar a comunicação
e desenvolver habilidades de resolução de problemas.

Cap 13 - Família em crise:

O texto explica como a terapia familiar, comportamental e suas modificações


com abordagens cognitivas evoluíram ao longo dos anos. Epstein (1982) abordou os
conflitos familiares no início dos anos 80. Até 1980, pouco foi escrito sobre a Terapia
Racional-Emotiva (TER), embora Ellis (1977) tenha adaptado seu modelo para casais
na década de 1950. Posteriormente, o método comportamental foi usado para os padrões
de interação familiares. Depois disso, foram realizados estudos de caso sobre como as
famílias ajudam os filhos a se comportar. Paterson et al. (1967, 1971) detalharam um
método mais sofisticado de terapia familiar. Em seguida, a terapia comportamental foi
aplicada aos sistemas familiares, enfatizando estratégias de negociação e contratos de
contingência.
Devido à popularidade de outras abordagens, como estruturais e pós-modernas, a
terapia familiar comportamental recebeu pouca atenção. A percepção de que a família é
rígida e não consegue entender a dinâmica dela também contribuiu.

As terapias comportamentais concentram -se em intervenções baseadas em


reforços externos e comportamentos observáveis. Mas há mais reconhecimento da
importância dos elementos cognitivos na terapia de casal e familiar, o que leva à
integração de elementos cognitivos. Estudos demonstraram que essa abordagem é
eficaz, o que levou a um interesse maior na terapia cognitivo-comportamental de casal e
família. Embora vários terapeutas utilizem uma variedade de abordagens cognitivas, a
discussão neste artigo se limita às teorias racionais-emotivas e cognitivo-
comportamentais.

Há duas abordagens para a terapia familiar: a terapia racional-emotiva (Ellis,


1978) e a terapia cognitivo-comportamental (TCC). O foco da terapia racional-
emocional é encontrar e desafiar os irracionais que causam sofrimento emocional. Os
membros da família são instruídos a usar a teoria ABC (Ativador, Crença,
Consequência) para mudar suas crenças para melhorar as relações.

A abordagem cognitivo-comportamental, pelo outro lado, concentra-se mais nos


padrões de interação familiares e na relação entre cognição, emoção e comportamento.
Essa abordagem é baseada em teoria sistêmica. O objetivo da terapia é encontrar e
reorganizar esquemas familiares, ou crença que determinem a dinâmica da família.
compartilhadas que determinam a dinâmica da família.

A mudança de rigor na família é incentivada por métodos como questionamento


socrático, restrição cognitiva e contratual.
Ambos os métodos podem ser usados em casos de crise familiares, com foco na redução
da insegurança inicial para facilitar a mudança de segurança. A capacidade da terapia
cognitivo-comportamental de se integrar com outros tipos de terapia é o que se torna tão
útil. Pode ser usado como complemento em vários tipos de tratamento familiar.

Cap 14 – Parceiros Violentos:


Nos Estados Unidos, um entre cada oito maridos pratica violência conjugal com
suas esposas, o que resulta em pelo menos 1,8 milhão de mulheres sendo espancadas
por seus parceiros anualmente. Mesmo antes do casamento, muitos casos de violência
começam no início de uma relação. Apenas 6% das mulheres que procuram terapia de
casal dizem que a violência é a queixa principal, mais até 53% confirmam estado de
vítimas diretamente quando questionadas.
A violência muitas vezes continua sem intervenção e é altamente provável que
volte a acontecer. Estudos longitudinais descobertos que entre 46% e 72% dos parceiros
violentos costumam fazer o mesmo. Muitos homens recuam, mas alguns desistem. A
violência conjugal tem muitos custos, incluindo danos físicos graves, estresse no
relacionamento e fim do casamento. Tanto os perpetradores quanto as vítimas enfrentam
problemas psicológicos graves, como TEPT e abuso de álcool.
Embora as mulheres também possam cometer violência, o foco na violência
masculina é razoável devido à sua prevalência e aos efeitos mais graves que ela causa.
ser vítimas de violência física e psicológica dos homens, e as consequências dessa
violência são mais graves para elas.

A violência entre parceiros permite a implementação de intervenções cognitivo-


comportamentais no gerenciamento de crises. Existem três áreas principais de
gerenciamento de crises que são discutidas: compreensão e intervenção de crises gerais
de violência, intervenção em situações agudas em que a violência parece estar se
desenvolvendo e gerenciamento de crises quando a violência aparece diretamente.
Mesmo entre a violência física, as vítimas experimentam estresse constante
como resultado da violência de parceiros. O agressor reforça frequentemente o
comportamento violento, aumentando a probabilidade de violência posterior. A TCC
pode ajudar a eliminar esses padrões e dar suporte às vítimas.
Tanto o agressor quanto a vítima de violência conjugal estão envolvidos neste
assunto complicado. O agressor também está preocupado com as ameaças à sua
autoridade no relacionamento, enquanto a vítima está preocupada com as ameaças à sua
segurança. Muitas vezes ele vê o mundo como perigoso e ameaçador, ou que leva a
tomar medidas extraordinárias, incluindo violência, para manter sua autoridade e
controle sobre sua esposa. No entanto, ele pode ignorar os efeitos negativos de sua
conduta sobre a parceira.
No relacionamento, a violência conjugal causa estresse e dissolução. por norma,
é recorrente e persistente, com uma duração média de 3,8 anos antes do tratamento e
uma frequência média de 15 episódios por ano. A intervenção nesses casos consiste
principalmente em gerenciamento de crise para evitar novos incidentes de violência e
lesões.
Algumas dicas úteis incluem perguntar regularmente sobre a violência do
parceiro, conhecer os serviços locais, afirmar que o agressor é o único responsável pela
violência e trabalhar com a vítima e/ou o agressor para os vigiar e parar a violência.
As vítimas geralmente evitam revelar que estão sendo espancadas por medo de
retaliação ou devido ao fato de já terem sofrido falta de apoio no passado. Como
resultado, a investigação deve avançar lentamente, começando com perguntas gerais e
indo em direção a perguntas sobre abuso verbal e físico. Embora haja controvérsia sobre
como avaliar e prever a violência e a periculosidade, indicadores de risco, como um
histórico de violência significativo e mudanças bruscas no comportamento do agressor,
devem ser considerados e considerados com cuidado. Avaliar a segurança imediata da
vítima durante uma emergência é fundamental e, se necessário, encorajá-la a pedir ajuda
de emergência. Os contratos de não suicídio e não violência pode ser incorporados ao
plano de controle, e o acompanhamento contínuo é fundamental.
Ao trabalhar com agressores em crise, é importante entender e aceitar seus
sentimentos, ao mesmo tempo em que se mantém firmemente na verdade de que a
violência não é aceitável. Para reduzir a probabilidade de ataques futuros, são
necessários planos de segurança e controle.
Embora lidar com casos de violência conjugal seja difícil e agonizante, os
benefícios que podem surgir quando as vítimas encontram segurança e os agressores
deixam de agir violentamente podem ser prejudiciais.

Cap 15 – Divorcio:
O texto aborda as crises de visão, enfatizando que a visão é um processo de
perda e adaptação cumulativa marcado por crises recentes. A resposta ao estresse
causado pelos resultados pode incluir depressão, ansiedade, hostilidade, abuso de
substância e, em casos extremos, suicídio e homicídio. O capítulo destaca que as
pessoas geralmente não estão preparadas para lidar com a intensidade da perda do amor
e que o resultado é comum em muitos países, incluindo os Estados Unidos.
O texto cita dados que mostram que o relatório nos Estados Unidos tem aumentado ao
longo dos anos e enfatiza a relação entre o cenário e os desajustamentos psicológicos e
emocionais, incluindo depressão e um risco maior de suicídio. Além disso, refere-se aos
problemas adicionais que os casais homossexuais enfrentam durante o divórcio.

De acordo com a definição, uma crise é um evento estressante que altera ou


ameaça a vida de alguém e que o indivíduo percebe como uma ameaça significativa e
que ele não consegue enfrentar ou mobilizar. Afirma-se que as avaliações primárias e
secundárias são essenciais para avaliar o grau de ameaça e que quando os recursos para
lidar com o estressor são insuficientes, podem ocorrer uma crise.
Discutir que abordagens para lidar com crises de design são o construtivismo e a
terapia cognitiva tradicional, destacando a importância de incorporar técnicas
construtivistas, cognitivas e comportamentais na intervenção.
O construtivismo enfatiza que as pessoas constroem a sua realidade pessoal e
social, enquanto o realismo defende a existência de uma realidade externa fixa e
cognoscível. No construtivismo, não há uma realidade universalmente definida, e os
significados atribuídos aos estímulos são vistos como criações individuais e também
nega a busca por uma "verificação da realidade" e prefere as previsões, que é a
avaliação dos efeitos práticos e adaptativos das construções individuais. Quando se trata
de terapia, isso significa trabalhar com o cliente para discutir e avaliar alternativas de
significado e seus efeitos. Mostra a importância de considerar a previsão dos construtos
individuais e promover a mudança tanto cognitiva quanto comportamental em relação à
abordagem terapêutica. Também fala sobre como os esquemas cognitivos afetam a
resposta do indivíduo ao estresse, enfatizando a importância de entender e corrigir esses
esquemas ineficazes.
Em vez de ser persuasiva, analítica e técnica instrutiva, a intervenção terapêutica
construtivista enfatiza a reflexão, a elaboração e a personalização. Ajuda a expressar
emoções, aprender sobre forças sociais e pessoais e trabalhar com o cliente para criar
planos de mudança que sejam mais adequados e úteis para ele.
Conclusão: o texto enfatiza o papel do construtivismo na compreensão e
abordagem de problemas como o apresentado, pois oferece uma abordagem terapêutica
que valoriza a construção de significados pessoais, a exploração das emoções e a busca
de soluções criativas e adaptativas.

Cap 16 – Elaboração do Estresse de Incidente Crítico :


Trata da compreensão da crise e do trauma, enfatizando a natureza multifacetada
desses conceitos e seu impacto na vida das pessoas. As crises podem ser vistas como
eventos críticos ou mudanças repentinas que representam oportunidades e ameaças,
variando de acordo com as percepções individuais
No contexto clínico, é definido como um distúrbio emocional agudo que
resulta numa incapacidade temporária de gerir a situação da forma habitual.
O trauma é descrito como uma resposta intensa a eventos angustiantes que interferem na
integração da experiência na consciência. Vários tipos de trauma foram identificados,
incluindo trauma concomitante, trauma indireto e trauma intrafamiliar, cada um com
características e impactos próprios. A recuperação do trauma pode ser influenciada
por muitos fatores, como idade, expectativas, recursos de enfrentamento e apoio social.
O tratamento do estresse traumático pode incluir uma variedade de
medicamentos e intervenções terapêuticas destinadas a mitigar os efeitos do trauma a
longo prazo.
Os profissionais de saúde desempenham um papel crucial no tratamento e apoio
às vítimas de trauma, mas também enfrentam desafios significativos ao seu bem-estar
físico e emocional, incluindo o risco de trauma vicário.
A gestão do estresse em incidentes críticos (CISM) oferece uma série de
intervenções para lidar com o estresse traumático resultante de eventos críticos,
incluindo treinamento pré-incidente, apoio psicológico individual, desmobilização
e gerenciamento de estresse em incidentes críticos (CEIC).
Estas intervenções visam reduzir o impacto psicológico do trauma e facilitar a
recuperação emocional das vítimas. O sucesso do GEIC depende do
conhecimento, formação e competências dos profissionais que o implementam, e da
criação de um ambiente seguro e de apoio à expressão e compreensão das
emoções traumatizadas. É essencial que as equipes que utilizam o GEIC sejam treinadas
e certificadas para garantir uma resposta eficaz e compassiva a eventos traumáticos.
Cap 17 – Pacientes Médicos em crise:
O texto aborda a importância da intervenção cognitivo-comportamental em
situações de crise entre pacientes médicos. Os seguintes pontos são diferenciados:

1. Frequência de procura de cuidados em situações de crise: ** Os pacientes em


crise procuram frequentemente cuidados primários, atribuindo uma responsabilidade
considerável aos médicos.

2. O papel dos terapeutas cognitivo-comportamentais:** São indispensáveis


para intervir em crises, tanto diretamente com os pacientes como auxiliando outros
profissionais de saúde.

3. Definição de crise no paciente médico: Experiência em que o


indivíduo se depara com um estressor percebido
como intransponível que afeta diversos sistemas comportamentais, emocionais,
motivacionais e cognitivos.

4. Estressores e eventos desencadeantes: Podem ser biológicos, como problemas de


saúde, ou acidentais, como acidentes automobilísticos.

5. O papel das crenças, atitudes e comportamentos disfuncionais: São importantes na


percepção e capacidade de enfrentamento da crise.

6. Estratégias cognitivo-comportamentais: A intervenção precoce


é útil porque explora causas como eventos de ativação, fatores cognitivos,
comportamentais e físicos.

7. Fatores comportamentais e físicos que causam ou pioram as convulsões: Incluem


estratégias de enfrentamento, apoio social, evitação de métodos negativos de
enfrentamento, como álcool e drogas, e distúrbios físicos anteriores.
8. Abordagem cognitivo-comportamental proposta: Enfatiza a importância da aliança
terapêutica, foco colaborativo, identificação e reestruturação de cognições
disfuncionais, técnicas de intervenção específicas e objetivos realistas.
Em resumo, o texto enfatiza a importância da intervenção cognitivo-
comportamental na gestão de crises em pacientes médicos, com ênfase na detecção
precoce, numa abordagem colaborativa e no desenvolvimento de estratégias de
enfrentamento eficazes.

Cap 18 – Psicoterapeutas traumatizados :


O texto aborda os desafios dos profissionais de intervenção em crises e de
terapia de trauma, destacando as demandas e os perigos dessas profissões. Muitos
desses profissionais sofrem com estresse, esgotamento e até
riscos de segurança, principalmente no tratamento de pacientes violentos.

Além disso, eles podem sentir fadiga por compaixão devido


à forte empatia pelas vítimas de trauma.
Para enfrentar esses desafios, é necessário aplicar técnicas de autoajuda semelhantes
às utilizadas com os clientes, reconhecendo a importância do autocuidado.
O texto também descreve o processo de estresse do incidente crítico como uma
técnica estruturada para abordar os efeitos do trauma nos profissionais, promovendo o
processamento emocional e normalizando as reações. Outras aplicações especiais
da Abordagem de Incidentes Críticos de Estresse (CICES) para profissionais de saúde
mental incluem o desenvolvimento psicológico e
o Programa de Ação de Agressão Pessoal (PAEA), que visam fornecer apoio emocional
e estratégias de enfrentamento a profissionais que foram traumatizados ou agredidos por
pacientes.
Além disso, o texto discute a aplicação do processo processual, abordagem que
se desenvolve no campo do estresse incidente crítico, que visa uma compreensão mais
sofisticada dos processos cognitivo-comportamentais e psicodinâmicos
envolvidos em situações de crise.
Por fim, ressalta-se a importância da psicoterapia para terapeutas traumatizados,
que deve ser adaptada às necessidades individuais, enfatizando a aceitação, a
flexibilidade e a busca de soluções criativas para promover o crescimento pessoal e
profissional desses profissionais.
Cap 19 – Questões Legais e Éticas:
O texto cobre uma série de tópicos inter-relacionados sobre a intervenção em
crises por profissionais de saúde mental. É dada considerável ênfase à importância de
aderir aos padrões éticos e legais, uma vez que estes profissionais enfrentam uma ampla
gama de desafios ao cuidar de pacientes em crise.
Primeiro, reconheça a complexidade de criar relações terapêuticas através da
prestação de tratamento adequado. Nesse processo, os profissionais podem se deparar
com pacientes em momentos de intensa vulnerabilidade ou até mesmo de agressão, o
que também pode dificultar a tomada de decisão quanto à internação ou
encaminhamento involuntário.
Uma dimensão crucial é a avaliação da responsabilidade legal e ética destes
profissionais, que é avaliada segundo vários critérios, como o estabelecimento da
relação terapeuta-paciente e o respeito pelos padrões de cuidados aceites pela
comunidade profissional. Além disso, determinar a causa imediata do dano causado ao
paciente e demonstrar o dano causado também é aspecto fundamental. Além
de reclamações de má conduta profissional ou negligência, os profissionais podem
enfrentar outras questões legais, tais como processos maliciosos ou abuso de processo,
particularmente no contexto de detenção civil involuntária.
O texto também aborda o acolhimento e atendimento de pacientes em situação
de crise, enfatizando a responsabilidade dos profissionais em prestar a assistência
necessária ou conduzir de forma adequada. Isto inclui garantir que os pacientes
realmente utilizam serviços alternativos e fornecer informações relevantes quando
encaminhados para garantir o tratamento adequado.
Outro debate importante diz respeito ao dever de cuidado em relação
a problemas específicos, como o VIH/SIDA e o suicídio. Embora não exista uma
legislação clara sobre o “dever de alertar” em casos de VIH/SIDA, alguns
processos legais indicam a potencial responsabilidade dos profissionais em
determinadas situações. No caso do suicídio, são considerados critérios como
previsibilidade e bom senso profissional, enfatizando que os profissionais têm a
responsabilidade de tomar medidas razoáveis para prevenir o suicídio e podem quebrar
o sigilo em casos graves para proteger a vida e a paz Além disso, o texto aborda o abuso
infantil, abrangendo diversas formas de abuso, como abuso físico, negligência, abuso
sexual e emocional. Embora as definições e inclusões específicas variem por estado,
todas exigem que os profissionais denunciem abusos quando apropriado, com um limite
baixo para garantir a notificação de todos os casos possíveis.
Os críticos argumentam que estas leis podem criar mais problemas do que
resolver, incluindo potencialmente penalizar os pacientes que
procuram um tratamento justo. Para minimizar conflitos e riscos legais, os profissionais
podem estabelecer limites claros de confidencialidade desde o início do tratamento e
manter contato próximo com equipes multidisciplinares.

Além disso, são propostas medidas como a manutenção de registos detalhados e


a obtenção de consentimento informado como formas de mitigar os riscos associados à
prática profissional.
Em resumo, o texto aborda uma ampla gama de questões relacionadas com a
intervenção em crises por profissionais de saúde mental, enfatizando a importância de
equilibrar a proteção do paciente com as responsabilidades legais e éticas, e oferece
conselhos sobre como minimizar os riscos a ela associados.

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