Educando e Inovando - Miolo
Educando e Inovando - Miolo
Educando e Inovando - Miolo
DE UM ENSINO DE QUALIDADE
Organização:
Maxçuny Alves Neves da Silva &
Elizabete Barros de Sousa Lima
2018
Copyright @ 2018 by Maxçuny Alves Neves da Silva & Elizabete Barros de Sousa Lima
Direitos reservados com exclusividade para o Brasil, ao CEMEIT – Centro de Ensino Médio
Escola Industrial de Taguatinga
St. Central - Taguatinga, Brasília - DF, 70297-400 Tel.: (61) 39010683
Impresso no Brasil
Preparação de originais
Maxçuny Alves Neves da Silva
Revisão técnica
Maxcury Alves Neves da Silva
Elizabete Barros de Sousa Lima
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, DF.
Agradeço
A todos os alunos do CEMEIT, razão maior desse trabalho;
A todo o corpo diretivo, pelo imensurável apoio e cooperação;
Às pesquisadoras e amigas Julliany Mucury e Elizabete Barros, pela impres-
cindível contribuição ao longo do projeto e por emprestar suas belíssimas vo-
zes como mestre de cerimônia do evento e aos demais membros da comissão
organizadora;
À Profª. Sandra Rabelo, com grande carinho, por seu empenho e dedicação
incondicional; e
A todos aqueles que se empenharam para que esse Simpósio se tornasse rea-
lidade.
A Coordenadora.
1*
Mestre em Literatura. Doutorando da Universidade de Brasília – UnB, na área de Literatura
e Práticas Sociais. Professor da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Participante
do Grupo de Pesquisa de Literatura e Cultura na Universidade de Brasília – UnB. E-mail:
[email protected].
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A arte cria uma nova forma como uma nova relação axiológica
com aquilo que já se tornou realidade para o conhecimento e
para o ato: na arte nós sabemos tudo, lembramos tudo; mas é
justamente por isso que na arte o elemento da novidade, da
originalidade, do imprevisto, da liberdade tem tal significado,
pois nela há um fundo sobre o qual pode ser percebida a novi-
dade, a originalidade, a liberdade – o mundo a ser conhecido
e provado, do conhecimento e do ato, e é ele que na arte se
apresenta como novo, é pela relação com ele que se percebe a
atividade do artista como sendo livre. (BAKHTIN, 1990, p.34).
Como Bakhtin nos fala muito bem acima: é a Arte uma forte introdu-
tora da novidade, da realização de cadeias dialogizantes entre as diversas ca-
pacidades de ações humanas. Por isso mesmo é por ela que mais facilmente
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As citações de ambos foram:
“A guerra, a princípio, é a esperança de que a gente vai se dar bem; em seguida, é a
expectativa de que o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver que o outro não se deu
bem; e finalmente, a surpresa de ver que todo mundo se ferrou”. (Karl Kraus)
“O maravilhoso da guerra é que cada chefe de assassinos faz abençoar suas bandeiras e
invoca solenemente a Deus antes de lançar-se a exterminar a seu próximo”.(Voltaire)
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Referências bibliográficas
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Projeto LIMUCINE
(Literatura, Música e Cinema)
Apresentação:
O projeto LIMUCINE (Literatura, Música e Cinema) baseia-se na prática
da interpretação das linguagens da literatura, da música e do cinema, como
forma de aprimoramento do conhecimento e da visão crítica dos alunos e
como forma de interação entre professor, aluno, escola e mundo, no trabalho
com os temas transversais propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Objetivo geral:
O objetivo geral do projeto é trabalhar as diferentes nuances da inter-
pretação da linguagem artística, filosófica, sociológica e linguística de livros
literários, de músicas nacionais e internacionais e da cinematografia, tendo
como base os temas transversais da Ética, Meio Ambiente, Saúde, Orientação
Sexual, Trabalho e Consumo e Pluralidade Cultural.
Objetivos específicos:
• Ler, compreender, interpretar e discutir os diferentes textos dos gê-
neros e autores da Literatura nacional (principalmente) e interna-
cional;
• Ouvir, sentir e interpretar os sons e as letras dos diversos gêneros
musicais dentro da história da humanidade e o reflexo disso na con-
temporaneidade;
• Assistir a filmes nacionais e estrangeiros relacionados a temas dis-
cutidos através dos textos literários e das músicas, como forma de
interpretação audiovisual.
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Recursos:
• Sala de aula
• Sala de vídeo
• Som
• Xerocópia de textos e letras de música.
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Professor Doutor- TEL - UnB
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1. O que é o ficcional?
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5. O “ensino” de literatura
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Esse processo de dominação e resistência por diferentes formas de fazer literário são magistralmente
analisadas por Antonio Cornejo Polar em O condor voa (2000).
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O poema de Dickinson é: I stepped from plank to plank/ So slow and cautiously; The stars
about my head I felt,/ About my feet the sea./ /I knew not but the next/ Would be my final
inch,-- This gave me that precarious gait/ Some call Experience. (Bloom, 2001).
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Referências bibliográficas
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DEWEY, John. “Ter uma experiência” em Arte como experiência. São Paulo,
Martins Fontes, 2010.
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I – Apresentação
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Professor Mestre
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O Sindicato dos Servidores da Secretaria de Educação contava no ano de 2015 com um
número de 35.952 associados, sendo destes 82,01% composto por professoras e 17,99%
por professores. Cabe registrar que segundo o último censo do IBGE, em 2013, apontou
que a Secretaria de Educação do Distrito Federal conta com 28.443 profissionais, sendo
6.586 homens (23,16%) e 21.857 mulheres. As mulheres expressam, portanto, 76,84% da
categoria, maioria incontestável.
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Doutoranda do Programa de Pós-Graduação da Universidade de Brasília. Pesquisadora do
Grupo de Pesquisa Literatura e Cultura (UnB). Email: [email protected]
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Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Manuel Antônio de. Obra dispersa. Rio de Janeiro: Graphia, 1991.
http://coral.ufsm.br/alternativa/images/Aqueles_dois_Caio_Fernando_
Abreu.pdf. Acesso in: 14/02/2018.
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Professor Doutor - UnB
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“... la verdad cuya madre es la historia, émula del tiempo, depósito de las acciones,
testigo de lo pasado, ejemplo y aviso de lo presente, advertencia de lo por venir.”
(Dom Quixote de la Mancha, I, 9)
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Referências bibliográficas
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“A violência que fala é já uma violência que procura ter razão; é uma violência que
se coloca na órbita da razão e que começa já a negar-se como violência.”
Paul Ricoer2
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Mestranda em Literatura pelo Programa de Pós-graduação em Literatura e Práticas Sociais
– UnB e professora de Língua Portuguesa na Secretaria de Estado e Educação do Distrito
Federal.
2
A eleição da epígrafe de Ricoer deu-se para fomentar a reflexão sobre a ambivalência da
efetivação do pensamento colonial na contemporaneidade. Essa reflexão deve ser orienta-
da pela ideia de que sujeitos colonizadores e colonizados protagonizam múltiplos discursos
e que, não raro, esses discursos se contradizem às suas realidades materiais. Curiosamente,
na mesma fala da qual foi extraída o fragmento que compõe esta epígrafe, Paul Ricoer,
filósofo francês, desqualifica a filosofia feita na China e na Índia. Para ele, não são filosofia
e sim “outra forma de pensar”.
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Entende-se que os modos como a colonização se deu na América Latina produziu efeitos
diferentes dos produzidos em outras partes do mundo. Aqui, construiu-se, ao longo dos
anos após as independências, uma narrativa do colonizador como um disseminador de um
progresso que, em verdade, serviu para que se velasse a violência do processo produzindo,
assim, também violências veladas no cenário contemporâneo.
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Não se pretende antecipar a análise da caracterização da cidade em 2666, mas é importante
ressaltar que, enquanto “lugar da violência”, a cidade também funciona como elemento
fictício do texto ficcional no contexto amplo da obra.
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Reproduziram-se as aspas do texto original em “filósofo” e “humanista” a fim de se repro-
duzir também a ironia de Césaire ao tratar de pensamentos conservadores que se autopro-
clamam progressistas.
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MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Trad. Marta Lança. 2ª Ed. Lisboa:
Antígona, 2014.
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I – Preliminares
De acordo com Luiz Fiorin (1994), todo texto é produto de uma criação
coletiva: a voz de seu produtor se manifesta ao lado de um coro de outras
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Professora Doutora, Formadora da EAPE - SEEDF
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Italo Calvino (1993), no livro Por que ler os clássicos, apresenta várias
definições do termo clássico na literatura, que são retomadas em nosso curso
como parte significativa da fundamentação teórica. As definições do escri-
tor lígure nos são favoráveis por vários motivos: entre eles, estão os nossos
cursistas professores que já leram as obras propostas em nosso curso e, ao
mesmo tempo, outros cursistas e também seus alunos, que as lerão pela pri-
meira vez. Por isso, a pertinência da segunda definição de Calvino:
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IV – A experiência estética
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V – O valor estético
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VI – A teoria da adaptação
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Montmartre
E os moinhos do frio
As escadas atiram almas ao jazz de pernas nuas
Nostalgias brasileiras
São moscas na sopa de meus itinerários
São Paulo de bondes amarelos
E romantismos sob árvores noctâmbulas
Brutalidade jardim
Aclimatação
Rue de la Paix
Meus olhos vão buscando gravatas
Como lembranças achadas
ORFÃO
O céu jogava tinas de água sobre o noturno que me devolvia a São Paulo.
O comboio brecou lento para as ruas molhadas, furou a gare suntuosa e me
jogou nos óculos menineiros de um grupo negro.
Sentaram-me num automóvel de pêsames.
Longo soluço empurrou o corredor conhecido contra o peito magro de tia
Gabriela no ritmo de luto que vestia a casa.
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ANTIODE
(contra a poesia dita profunda)
Poesia te escrevia:
Flor! conhecendo
que és fezes. Fezes
como qualquer,
gerando cogumelos
(raros, frágeis cogumelos)
no úmido
calor de nossa boca.
Delicado, escrevia:
Flor! (Cogumelos
serão flor? Espécie
estranha, espécie
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Delicado, evitava
o estrume do poema,
seu caule, seu ovário,
suas intestinações.
Esperava as puras,
transparentes florações,
nascidas do ar, no ar,
Como as brisas.
Conclusão
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Referências Bibliográficas
BARROS, Diana Luz Pessoa de; FIORIN, José Luiz. Dialogismo, polifonia,
intertextualidade: em torno de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Edusp,
1994.
CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. Trad. Nilson Moulin. São Paulo:
Companhia das letras, 1993.
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ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético, vol.2. São
Paulo: Editora 34, 1999.
NETO, João Cabral de Melo. Os melhores poemas. São Paulo: Global, 1985.
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Mestrando PROFLETRAS UFU – Orientador Dr. João Carlos Biella - UFU
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Mestre em Literatura pela UnB, Doutoranda em Literatura pela UnB
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NETO, João Cabral de Melo. João Cabral de Melo Neto - Obra completa. Rio
de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994.
PIGLIA, Ricardo. O último leitor. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
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1
Doutoranda em Literatura pela UNB. Professora de Artes pela SEEDF. Email: kvyanna@
gmail.com
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Texto dos cadernos do Currículo em Movimento (sem data) – Pressupostos Teóricos
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Texto dos cadernos do Currículo em Movimento (sem data) – Educação Especial
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Referências bibliográficas
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ECO, Umberto. Como se faz uma Tese. São Paulo: Perspectiva, 1991.
GALBRAITH, J., & DELISLE, J. The gifted kid’s survival guide: A teen handbook
.Minneapolis,MN: Free Spirit Publishing, 1996.
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Consideração iniciais
1
Professora Doutora em Literatura pela UnB, professora da SEEDF, autora de livros didáticos
e pesquisadora.
2
COUTO, Mia. E se Obama fosse africano? e outras intervenções. São Paulo: Companhia das
Letras, 2011, p.15.
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BARTHES, Roland. Investigaciones retóricas I. La antigua retórica. Ayadamemoria. Buenos
Ayres: Tiempo Contemporaneo, 1974.
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Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga, escola situada no centro da cidade
de Taguatinga, periferia de Brasília.
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Uma experiência capaz de se firmar na memória e fazer diferença em sua vida.
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“Caminhos para combater o racismo no Brasil”
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Considerações finais
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Alguns alunos relataram que por meio das leituras conseguiram obter
mais clareza a respeito do curso superior a que pretendiam concorrer, sendo
cursos das mais diversas áreas do conhecimento. Os alunos foram unânimes
também em afirmar que participaram, em alguma das atividades propostas,
de uma experiência da qual nunca poderão se esquecer.
d) fazer com que o maior número possível de alunos melhorasse seus
hábitos de leitura.
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Uma experiência capaz de se firmar na memória e fazer diferença em sua vida.
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Trecho do poema Que país é este de Affonso Romano de Sant’Anna – grifo meu
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Introdução
1
Livre-Docente em Língua Portuguesa. Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista
Julio de Mesquita Filho (UNESP). Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da
UNESP – campus de Presidente Prudente. Bolsista de produtividade em pesquisa, CNPq.
Líder do GP “Formação de professores e as relações entre as práticas educativas em leitura,
literatura e avaliação do texto literário”. E-mail: [email protected]
2
Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Docente
da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e da Secretaria de Estado da Educação de São
Paulo. Membro do GP “Formação de professores e as relações entre as práticas educativas
em leitura, literatura e avaliação do texto literário”. E-mail: [email protected]
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3
As autoras brasileiras amparam-se nas seis estratégias indicadas por Harvey e Goudvis
(2008, p. 10-11, tradução nossa): fazendo a conexão entre conhecimento prévio e o
texto; fazendo perguntas; visualizando; construindo inferências; determinando ideias
importantes; sintetizando informações (making connection between prior knowledge and
the text; asking questions; visualizing; drawing iferences; determining important ideias;
synthesizing information).
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Para uma ação com o conhecimento prévio, Santos e Souza (2011, p. 66) des-
tacam a realização de perguntas: “o que eu já sei sobre a história a ser lida?”
e “o que eu quero saber sobre o que irei ler?”, pois é isso que leitores fluentes
fazem quando iniciam uma atividade de leitura. Dessa maneira,
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“The readers go beyond the literal meaning of a story or text. A reader who understands
may glean the message in a flok tale, form a new opinion from an editorial, develop a deeper
understanding of issues when reading a feature article. Acquiring information allows us to
gain knowledge about the world and ourselves in relation to it. We build up our store of
knowledge not so much for its own sake but in order to develop insight. Whit insight, we think
more deeply and critically. We question, interpret, and evaluate what we read”.
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“Questions are at the heart of teaching and learning. Human beings are driven to make
sense of their world. Questions open the doors to understanding [...]. Questioning is the
strategy that propels readers forward. When readers have questions, they are less likely to
abandon the text. Proficient readers ask questions before, during, and after reading. They
question the content, the author, the events, the issues, and the ideas in the text”.
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*Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília- UnB. Professora titular
do Departamento de Teoria Literária e Literaturas da Universidade de Brasília. ssylvia.c@
gmail.com
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BAUMAN, Zygmunt . Vida Líquida. S.P: Editora Zahar, 2005, 210 p.
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Considerações iniciais
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Mestrando PROFLETRAS UFU, professor da SEEDF
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Ou seja, não devemos deixar de lado o uso do dicionário, mas sim sa-
ber optar pelos que tenham qualidade. Não conseguiremos alcançar sempre
os significados por intermédio do contexto ou da mera suposição, se faz ne-
cessário tal tipo de suporte que inclusive facilita a consulta e se mostra mais
eficaz na composição das interpretações da linguagem que nos são apresen-
tadas. Ainda se tratando do uso dos dicionários como elemento auxiliador no
ensino de uma língua, Mathews (1955) num artigo sobre o uso desse recurso
para calouros universitários na disciplina redação, afirma que:
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CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
• Habilidade de consulta a dicionários;
• Oralidade;
• Confecção de portfólios.
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Considerações finais
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Comissão organizadora:
Maxçuny Alves Neves da Silva – CEMEIT – SEEDF
Elizabete Barros de Sousa Lima – UnB
Kelly Fabíola Viana dos Santos – SEEDF
Julliany Alves Mucury – UnB
Juliana Estanislau de Ataíde Mantovani – IFB
Vilmar Lourenço de Melo – CEMEIT – SEEDF
Fabiana de Oliveira Santos – SEEDF
Apoio:
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