Técnicas de Prog. em GRAFCET - Parte 1

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TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO

UTILIZANDO GRAFCET

Parte 1

Os CLPs da série Millenium são fabricados pela empresa francesa Crouzet


e distribuídos pela CCA Materiais Elétricos Ltda

2007

INTRODUÇÃO:
As técnicas de programação conhecidas como Grafcet fazem uso de, além dos próprios blocos do Grafcet, os
blocos lógicos digitais e lógicos com funções específicas. Neste trabalho a intenção é mostrar passo a passo
como essas importantes ferramentas podem ser utilizadas para obtenção de sistemas de automação
controlados pelo CLP Millenium 3.
Na seqüência serão apresentadas as funções do Millenium 3, porém, antes há também uma breve explicação
sobre o funcionamento da lógica digital (ou lógica booleana).

O software de programação do Millenium 3 possui 6 abas de funções:


ABA DESCRIÇÃO
IN São os dispositivos de entrada (chaves, sensores, etc)
FBD São os blocos lógicos
FBD_C São os blocos lógicos complementares
SFC Comandos de GRAFCET
LOGIC Comandos lógicos digitais (AND, OR, NOT, etc)
OUT São os dispositivos de saída (Chaves, visor, PWM)

As abas IN e OUT, que são relativamente simples, serão tratadas em conjunto. A aba LOGIC será
apresentada ao longo da teoria de lógica digital. As abas FBD e FBD_C serão apresentadas na sua
totalidade, mostrando cada função contida neles. A aba SFC será apresentada no final, quando será feita uma
introdução a programação utilizando GRAFCET.

Aba IN:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

1 – Entrada digital ON ou OFF


2 – Entrada analógica 0-10Vcc
3 – Entrada digital ON ou OFF com filtro de freqüência
4 – Entrada analógica 0-10Vcc com filtro de freqüência
5 – Entrada numérica com valor fixo 1
6 – Entrada numérica com valor fixo 0
7 – Entrada numérica com valor variável -32768 até 32767
8 – Função tipo pisca pisca com ciclo de 1 s
9 – Tecla de navegação igual a do teclado do CLP
10 – Tecla de navegação igual a do teclado do CLP
11 – Tecla de navegação igual a do teclado do CLP
12 - Tecla de navegação igual a do teclado do CLP
13 - Tecla de navegação igual a do teclado do CLP
14 - Tecla de navegação igual a do teclado do CLP
15 – Tecla de horário de verão.

Aba OUT:

1 2 3
1 – Saída discreta ON ou OFF
2 – Saída para habilitar ou não a luminosidade de fundo do LCD do painel do CLP
3 – Saída PWM
Observe que os blocos lógicos que representam as funções do software possuem vários tipos de entradas e
saídas, diferenciadas pela cor.

O bloco mostrado possui os três tipos de entradas e saídas:


- Aquelas sem nenhuma cor são efetivamente os contatos de entrada ou de saída;
- Aquelas em verde são sinais de processamento interno e/ou externo.
- Aquelas em azul, são as do Grafcet. Esses sinais servem para controlar o fluxo de operações, não sendo
acessíveis externamente.

Não é possível misturar os diversos tipos, ou seja, não é possível, por exemplo, conectar um sinal verde a
um sinal sem cor, ou a um azul.

1. LÓGICA DIGITAL

A lógica digital pertence ao ramo da lógica que deve satisfazer condições materiais, portanto, deve
apresentar resultados consistentes com o meio físico.
Ao contrário da lógica formal, a lógica digital pode ser implementada fisicamente de várias maneiras: com
chaves mecânicas, com circuitos eletrônicos ou software utilizando computadores ou controladores lógicos
programáveis (CLPs). Na seqüência as três formas serão mostradas paralelamente com ênfase maior na parte
de software e CLPs.
A lógica digital compreende os conceitos da lógica formal aplicados a sistemas de automação. Esta lógica é
baseada em um postulado clássico, que pode ser enunciado da seguinte maneira:
“Qualquer evento só pode ser verdadeiro ou falso”.
Se for verdadeiro não pode ser falso e vice-versa. Também não pode ser verdadeiro e/ou falso ao mesmo
tempo.
Os sistemas lógicos são estudados pela álgebra de chaveamentos, um ramo da álgebra moderna ou álgebra
de Boole, conceituada pelo matemático inglês George Boole (1815 - 1864). Boole construiu sua lógica a
partir de símbolos, representando as expressões por letras e ligando-as através de conectivos.
A álgebra de Boole trabalha com apenas duas grandezas: falso ou verdadeiro. As duas grandezas são
representadas por 0 e 1. Em geral, 0 indica falso e 1 indica verdadeiro, porém existe a lógica inversa em que
0 indica verdadeira e 1 indica falso. Fisicamente, esses dois estados lógicos podem ser representados por:
- Chaves mecânicas: aberta = falso e fechada = verdadeira ou vice-versa;
- 2 níveis de tensão: um representa verdadeiro e outro falso;
- Qualquer outro sistema representado por dois estados diferentes.

1.1. Operadores lógicos


A álgebra de Boole é caracterizada por uma estrutura muito simples, que consiste em atribuir o valor 1 a
uma proposição verdadeira e o valor 0, a uma proposição falsa.

Aplicando-se esse conceito a um circuito elétrico, por exemplo, pode-se associar:


Tabela 1.1: Níveis lógicos
Nível lógico 0 Nível lógico 1
aberto fechado

sem tensão com tensão

desligado ligado

apagado aceso

1.2. Variáveis e funções booleanas


Nota: Todas as funções booleanas estão definidas dentro do software do Millenium 3, na aba
LOGIC.
Qualquer sistema digital é definido por uma série de variáveis e funções booleanas, que correspondem as
suas saídas e entradas. Essas variáveis são indicadas utilizando-se letras do alfabeto (A,B,C.....) e
admitem somente os dois valores binários 0 e 1.
Os valores obtidos na saída de um sistema são sempre uma conseqüência dos valores aplicados às
entradas.
No total existem apenas 3 funções boolenas básicas, as outras são todas combinações destas 3.
1.2.1. Função lógica AND
No circuito a lâmpada acende quando a chave A e a chave B estiverem fechadas.

Figura 1.1: Função lógica AND com chaves mecânicas

Tabela de combinações ou tabela verdade


Uma tabela de combinações ou tabela verdade é um quadro onde todas as situações possíveis são
analisadas. O número de combinações possíveis é igual a 2n onde n é igual ao número de
entradas(variáveis de entrada) do sistema analisado.
Considerando o circuito analisado, suponha as seguintes situações possíveis, associadas aos valores
binários 0 e 1.
Chave aberta =0 lâmpada apagada = 0
Chave fechada = 1 lâmpada acesa = 1

A tabela verdade do circuito elétrico mostrado, fica apresentada da seguinte maneira:

Tabela 1.2.: Tabela verdade da função lógica AND

Chave A Chave B lâmpada


aberta aberta apagada
aberta Fechada apagada
fechada aberta apagada
fechada fechada acesa

A tabela verdade montada com valores binários representa genericamente a função AND associada às
situações possíveis do sistema em estudo.
Tabela 1.3.: Tabela verdade da função lógica AND
A B S
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1

Dizemos que a função E(AND) realiza a operação de multiplicação lógica das variáveis de entrada. A
expressão algébrica para a função, considerando duas variáveis A e B é escrita como: S=(A.B).

A função lógica AND, assim como outras funções, podem ter várias entradas, porém ela só irá apresentar
1 na saída se todas as entradas forem 1. Basta que 1 entrada esteja em 0 para que a saída vá para 0.

Esta função possui um bloco específico no software do Millenium 3.

Figura 1.2: Bloco da função lógica AND do Millenium 3


Este bloco pode ser encontrado na aba LOGIC do software do Millenium 3. Observe que as funções
booleanas deste software possuem sempre 4 entradas. Aquelas não utilizadas são sempre desprezadas, ou
seja, não fazem nenhum efeito.

Função lógica OR:


No circuito apresentado abaixo, a lâmpada acende quando a chave A ou a chave B ou ambas estiverem
fechadas.

Figura 1.3: Função lógica OR com chaves mecânicas


A tabela verdade para o circuito da porta lógica OR é mostrada a seguir:
Tabela 1.4.: Tabela verdade da função lógica OR

A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1

A função lógica OR é aquela em que a saída somente será 0 se todas as entradas forem 0. Basta que uma das
entradas seja 1 para que a saída vá para 1.

Figura 1.4: Porta lógica OU

Função lógica NOT


No circuito apresentado a abaixo a lâmpada acende somente quando a chave A estiver desligada.

Figura 1.5: Função lógica NOT com chaves mecânicas


Nota: O resistor R é colocado no circuito para evitar um curto circuito. Não tem ação
A tabela verdade para o circuito da porta lógica NOT é mostrada a seguir:

Tabela 1.5.: Tabela verdade da função lógica NOT


A S
0 1
1 0

A função NOT realiza a inversão do sinal de entrada. Se a entrada for 1 a saída será 0 e se a entrada for 0
a saída será 1.

Figura 1.6: Porta lógica NÃO

Tomando como base estas 3 funções básicas foram desenvolvidas algumas que, em função do grande uso,
são sempre apresentadas prontas.
Função lógica NAND: Esta função é um AND com um NOT na saída.

Figura 1.7: Porta lógica NAND

Tabela 1.7: Tabela verdade da função lógica NAND

A B S
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0

Função lógica NOR: Trata-se de uma função OR com um NOT na saída, ou seja, é a função OR negada.

Figura 1.8: Porta lógica NOR


Tabela 1.8: Tabela verdade da função lógica NOR

A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
Função XOR: Conhecida também como função OU EXCLUSIVO. Esta função só pode ter duas entradas e
a saída é 0 se as duas entradas forem iguais e 1 se as duas entradas forem diferentes.

Figura 1.9: Porta lógica XOR

Tabela 1.9.: Tabela verdade da função lógica XOR

A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0

2. FUNÇÕES BLOCOS LÓGICOS DO MILLENIUM 3:

2.1. Aba FBD

- Timers: reúne os tipos de timers usados no Millenium 3. Ao aplicar o bloco na tela de edição é necessário
escolher o tipo de timer, em seguida, parametrizar p timer na janela de parametrização. Nesta janela todas as
funções de cada modelo de timer podem ser parametrizadas.

A função TIMERS possibilita o acesso aos seguintes tipos de temporizações:


• Timer A/C: usado para atrasar ou prolongar uma ação sobre um tempo pré-determinado.
Função A: Atraso na ligação (somente após decorrido o tempo pré-determinado a saída vai
para ON)
Função C: Tempo de atraso no desligamento (somente após decorrido o tempo pré-
determinado a saída vai para OFF)
Função A-C: combina as duas funções anteriores.

• Timer BW é usado para criar na saída um pulso com a duração de um ciclo na borda de subida
• Timer Li é usado para gerar um trem de pulsos cuja duração em ON e em OFF pode ser
configurada.
Function Li: O trem de pulsos começa em ON.
Function L: O trem de pulsos começa em OFF.
• Timer B/H cria um pulso na saída na borda de subida da entrada.
Function B: Qualquer que seja a duração do pulso de comando, a saída permanece em ON
durante todo o tempo setado.
• Function H: A saída vai para OFF quando o pulso de entrada termina.
O totalizador (totaliser) cria pulsos na saída quando o período em que o pulso de entrada tinge
(uma ou mais vezes) o valor setado.

- Função Macro (display rotativo): permite escolher macros pré-definidas para exibição seqüencial de 4 ou
de 15 blocos lógicos. Macros são funções programadas pelo próprio usuário. É como se fossem pedaços do
programa que são encapsulados em um mesmo bloco. Esse bloco, sempre que colocado na janela de edição se
comporta como se fosse o pedaço original do programa. As macros são muito interessantes para encapsular
funções usadas com freqüência, neste caso, ao invés de criar essa função cada que ela tem que ser usada, usa-
se o bloco da macro. Também são interessantes para tornar partes do software protegido contra pirataria. No
Millenium 3 podem ser encapsulados até 255 blocos em cada macro. Veja como é a aparência de um pedaço
de uma macro:
1 – entradas 2 – saídas

A aparência da macro da janela de edição, após criada, é assim:

Criação de uma macro:

- Implemente um software com a função que você deseja encapsular na janela de edição do software de
programação do Millenium 3; Veja o exemplo a seguir.
- Selecione as funções do software que você quer transformar em macro. Veja as funções selecionadas acima.
- Selecione “Create a macro” no menu suspenso (pop-up) que aparece quando se clica no lado direito do
mouse.
- Preencha o campo de propriedades da macro. O único campo obrigatório é a identificação da macro.
- Feche a caixa de dialogo com um OK.
- Resultado: todas as funções selecionadas se transformaram em uma macro que pode ser chamada com o
nome dado a ela a qualquer momento. Veja como teria ficado a macro do exemplo dado:

No momento da aplicação da macro, ela pode ser modificada de acordo com a necessidade, para isso basta
clicar com o botão direito sobre ela e escolher Display the macro. Aí você entra na janela de edição da própria
macro e pode fazer as alterações necessárias clicando em Modify properties.
Senha de proteção: Caso seja necessário pode-se especificar uma senha para evitar que as macros arquivadas
sejam alteradas. Essa senha é composta de 4 dígitos, sendo que a combinação 0000 não é permitida. Esta
senha é definida na janela de configuração através do botão PROGRAM ou via menu: File-ÆProperties.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

- Função Biestável:

A função biestável comuta a saída OUTPUT cada vez que a entrada CONTROL muda de OFF para ON.
Quando a entrada RESET TO ZERO estiver em ON, a saída OUTPUT permanece em OFF, mesmo que
ocorram transições na entrada CONTROL.
As entradas CONTROL e a saída OUTPUT são digitais.
Se a entrada RESET TO ZERO não for conectada ela é considera em OFF.
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- Função set-reset:

O estado ON na entrada SET desta função leva a saída ao estado ON


O estado ON na entrada RESET leva a saída ao estado OFF.
Se ambas as entradas estiverem em ON, o estado na saída irá depender da seleção feita na parametrização: lá
pode-se escolher entre ter a saída em ON ou OFF para esta situação.

- Função boolean:

Esta função executa operações da lógica booleana para todas as combinações possíveis com as quatro
entradas.
Para selecionar uma combinação, conecte as ENTRADAS na janela de edição do software e determine o
valor de saída para cada combinação. Note que se alguma entrada não for utilizada, as combinações
envolvendo essa entrada não estão acessíveis na parametrização. Uma vez que a conexão foi feita, abra a
janela de Parametrização e selecione a aba dos parâmetros. Nesta aba é possível indicar uma tabela de
verdade que contem todas as combinações possíveis dos valores das entradas e o valor da saída
correspondente à combinação da entrada.
Os valores indicados correspondem a 0 para OFF e a 1 para ON. O valor pode ser invertido clicando nele
com o mouse.
Se o usuário selecionar a “Output ON if result is TRUE " na janela dos parâmetros, a SAÍDA do bloco da
função será como indicada na tabela de verdade. Se o usuário selecionar a “Output OFF if result is TRUE ",
a SAÍDA será o inversa de o que é indicado na tabela de verdade.
Como indicado na tabela de verdade, todas da entrada as combinações não conectadas são consideradas em
0 (OFF).

-Função counter: Este contador realiza a função de contagem por pré-seleção.


Uma transição de OFF para ON na entrada UPCOUNT incrementa o contador.
Uma transição de OFF para ON na entrada DOWNCOUNT decrementa o contador.
A saída muda de estado em duas condições:

- Se na parametrização for selecionado Upcounting to the preset value


Nesta situação a saída muda de estado quando o contador de pulsos for igual ao número de preset da
parametrização. Por exemplo se o valor pressetado for 3, quando ocorrer o terceiro pulso a saída muda de
estado. Isso vale em ambos os sentidos.
Um pulso na entrada INICIALIZATION resseta o contador para 0.

- Se na parametrização for selecionado Downcounting to the preset value


Nesta situação a saída muda de estado quando o contador de pulsos passar pelo zero. O contador é
inicializado no valor pressetado.
A forma como ocorre a troca de estado é também afetada pela escolha entre Single e Repetitive na
parametrização. Simule as duas situações e veja a diferença que ocorre.
Um pulso na entrada INICIALIZATION resseta o contador para o valor de presset.

- Função UP/DOWN COUNTER: Realiza as contagens com ajuste externo.

Um nível ON na entrada FORCE PRESET habilita o contador a ser carregado com o número existente na
entrada PRESET. Esta entrada pode ser conectada a constante NUM, ou a uma entrada analógica, ou a
qualquer outra função que envie um valor inteiro a uma de suas saídas.
Se na função UP/DOWN COUNTER , ocorrer uma borda de OFF para ON na entrada UPCOUNT o
contador é incrementado. Se o mesmo tipo de pulso ocorrer em DOWNCOUNT a contagem é
decrementada. Quando a contagem atinge o valor pressetado , a saída OUTPUT muda para o estado ON e
assim permanece enquanto a contagem estiver acima do número pressetado. Se pulsos na entrada
DOWNCOUNT fizerem com que a contagem passe abaixo do valor pressetado, então a saída OUTPUT
muda para OFF. O CURRENT COUNTER VALUE para em 32767 na contagem para cima e em -32768 na
contagem para baixo. O contador pode ser sempre ressetado aplicando um pulso ON na entrada RESET TO
ZERO ou na entrada FORCE PRESET. Enquanto a entrada RESET TO ZERO estiver em ON a saída
OUTPUT permanece em OFF. Sempre que a entrada RESET TO ZERO muda para OFF o contador é
reinicializado em 0. As entradas UPCOUNT, DOWNCOUNT, RESET TO ZERO e FORCE TO PRESET
são digitais. A entrada PRESSET é um inteiro.
Esta função possui uma saída adicional chamada the CURRENT COUNTER VALUE que mostra durante a
simulação em que situação se encontra a contagem.

- Função timer preset: esta função marca o tempo em que a entrada permanece ativa. Quando este tempo
atinge o valor pressetado a saída muda para o estado ON.
A saída OUTPUT desta função muda para ON quando o número de horas e minutos especificados na
parametrização são atingidos.
A operação inicia quando a entrada CONTROL for para ON. Setando a entrada RESET TO ZERO para
ON, a saída OUTPUT é levada a 0.
Se essas duas entradas estiverem desconectadas, elas tem por default os valores neutros CONTROL ON e
RESET TO ZERO OFF.
O número máximo de horas que podem ser parametrizadas é 32767.
Em caso de falta de energia ou desligamento do CLP, a contagem pode ser reiniciada a partir de zero ou
pode ser continuada do ponto onde ocorreu o evento, de acordo com a parametrização escolhida na janela de
parametrização.

- Função programador de eventos: é um programador horário semelhante aos reles horários utilizados para
ligar e desligar cargas em determinadas horas.

Esta função, que não possui entradas, é usada para comutar a saída OUTPUT de OFF para ON ou de ON
para OFF quando o relógio do controlador chega a um dado momento que corresponde a uma das setagens
feitas na parametrização dos eventos. Esta função pode ser usada para definir um máximo de 50 eventos.

Os eventos (momentos em que se deseja a alteração do estado de saída) são configurados na


Parameters/Summary tabs da caixa de parametrização.

Para configurar um novo evento:

• Criar um número de evento que ainda não exista na Current cycle Box pressionando o botão New.
• A seguir, selecionar o tempo em que se deseja que a saída OUTPUT comute (entrar com a data na
caixa hours e minute.
• Finalmente, selecionar o que se deseja na saída OUTPUT quando o evento ocorrer. Se for clicado em
ON, então a saída irá para ON quando o evento ocorrer. Se for clicado OFF a saída irá para OFF. Em
qualquer caso se a saída já estiver na condição prevista no evento quando este ocorrer, a saída não se
alterará.
• Se o usuário não modificar nenhum campo descrito acima, o evento ocorrerá todos os dias no
momento indicado.

Para modificar o tempo em que o evento deve ocorrer procede-se da seguinte maneira:

• Para lançar um evento anual (Yearly), entre com o mês (Month) e o dia do mês (Day) nas duas caixas
disponíveis para esta finalidade.
• Para lançar um evento mensal (Monthy) em um dia particular, selecionar Montly e entrar com o
número do dia (Day) na caixa correspondente. Notar que se os dias de número 29, 30 e 31 forem
utilizados o evento pode não ocorrer todos os meses pelo fato de que há meses que não possuem
esses dias.
• Para lançar um evento em um dia seleciona em um certo ano, selecione Date e entre com os últimos
dois dígitos do ano (Yr), o número do mês (Month) e o dia (Day) nas caixas correspondentes.
• Para lançar um evento em uma dada semana do mês e/ou em um dia determinado da semana,
selecione periódico (Periodic) e proceda da seguinte maneira:

- Selecione Daily e/ou Weekly (Diário e/ou semanal). No primeiro caso, o evento ocorrerá em
uma certa semana do mês. No segundo caso ele ocorrerá em um determinado dia da semana.
- Finalmente, selecione um ou mais dias da semana e seleciona uma ou mais semanas do mês.
O evento ocorrerá durante as datas especificadas.
Para resumir todos os eventos criados e suas datas de ocorrência, selecione Summary tab a navegue pela
lista de eventos parametrizados.
Para deletar um evento específico use o botão Clear.
O botão Clear pode também ser deletar um evento especifico pelo número do evento na tabela de
parametrizações.
O botão Number é usado para criar um novo número de evento (que ainda não esteja em uso) para um novo
evento.
Para modificar as propriedades de um evento, simplesmente selecione o número do evento e siga os passos
já descritos anteriormente.
Quando o programa do usuário for executado em modo simulação, o relógio próprio do simulador é
considerado para realizar os eventos programados.
Quando o modo de simulação é iniciado, o relógio interno é inicializado na mesma data e hora do relógio do
computador no qual o software está sendo simulado. A partir daí o relógio do simulador é incrementado
normalmente e não pode ser alterado através dos parâmetros de simulação. Este relógio, porém, ser
modificado com o comando read/write date and time ou selecionado a opção OTHER no comando CLOCK,
o qual o pode ser acessado pressionado o botão do painel frontal. Isto habilita o programa a modificar as
funções TIME PROG durante a simulação.

Notas importantes:

• Estes parâmetros não podem ser modificados na janela de parametrização no modo de simulação.
Entretanto, todos os valores podem ser modificados no painel frontal ou usando os botões de acesso
do menu PARAMETER e selecionando o número do TIME PROG e o número do evento a ser
modificado. Neste caso não é possível criar um novo evento.
• Se durante a seção de simulação, o usuário modifica os parâmetros de data e hora diretamente no
painel do Windows a data internado Millenium 3 será diferente da data do sistema.
• A segunda saída TIME PROG, LINK TO MODIF TIME PROG, somente pode utilizada se estiver
conectada a uma entrada da aplicação especifica da MODIF TIME PROG.
• As semanas especificadas semanalmente podem não corresponder as semanas do calendário, em
outras palavras, uma aplicação que vai de segunda-feira a domingo são definidos de acordo com os
dias. Isto significa que os primeiros 7 dias do mês fazem a primeira semana.

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- Função ganho: funciona como se fosse um amplificador/redutor de sinais. Com essa função é possível
estabelecer uma relação entre sinais de entrada e sinais de saída.

Se a entrada VALIDATE FUNCTION for setada para ON, a saída CALCULATION OUTPUT é igual a:
onde:

• CALCULATION INPUT: Inteiro entre -32768 e 32767


• Ganho A/B:
o A: numerator entre -32768 a 32767
o B: denominador entre -32768 até -1 e entre 1 até 32767)
• C: Valor de Offset, entre -32768 a 32767.

A entrada CALCULATION INPUT e a saída CALCULATION OUTPUT são INTEGERS.


A entrada VALIDATE FUNCTION é digital.
Na parametrização é possível escolher:
• Entrar com os valores do numerador A, do denominador B e de offset, C.
• Limite dos resultados dos cálculos usando usando limite inferior e limite superior.
Se a entrada VALIDATE FUNCTION é setada para OFF, A saída CALCULATION OUTPUT retém o
último valor calculado.
A entrada VALIDATE FUNCTION não-conectada é setada para ON.

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- Função comparação: esta função compara dois sinais analógicos com a utilização dos operadores
matemáticos usuais. É sempre possível estabelecer uma determinada saída em função da amplitude de um
sinal de entrada.

Esta função compara as entradas VALUE 1 e VALUE 2 quando a entrada VALIDATE FUNCTION está em
ON ou não-conectada.
A entrada VALUE 1 (ou VALUE 2) não conectada é considera em zero.
Se a entrada VALIDATE FUNTION está em OFF quando o programa é iniciado, a saída vai para OFF,
qualquer que seja o valor das entradas. Quando a VALIDATE FUNCTION muda para OFF durante a
execução do programa, A saída OUTPTU permanece inalterada.
As entradas VALUE 1 e VALUE 2 são inteiros entre -32768 e +32767.
A entrada VALIDADE FUNCTION e a saída OUTPUT são digitais.
Na parametrização pode-se escolher entre as seguintes formas de comparação:
Maior que >
Maior ou igual que >=
Igual =
Diferente de
Menor ou igual que <=
Menor que <
A saída OUTPUT é setada para ON se a comparação for verdadeira.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-Função gatilho (trigger): com esta função pode-se supervisionar o valor analógico de uma variável em
relação a duas entradas. A saída muda de um estado a outro sempre que a o valor de uma entrada analógica
atingir limites pré-estabelecidos nas outras entradas.
Quando a entrada VALIDADE FUNCTION é colocada em ON, esta função analisa a variação da entrada
VALUE TO BE COMPARED em relação aos níveis SETPOINT FROM ON TO OFF e and SETPOINT
FROM OFF TO ON. Quando a entrada VALUE TO BE COMPARED cai abaixo do nível SETPOINT
FROM ON TO OFF a saída OUTPUT muda para OFF. Ela permanece neste estado até que a entrada
VALUE TO BE COMPARED cresce acima da nível de SETPOINT FROM OFF TO ON. Neste ponto a
saída OUTPUT muda para ON.
Resumindo, a saída OUTPUT permanece inalterada enquanto a valor de VALUE TO BE COMPARED
estiver entre os níveis de SETPOINT FROM ON TO OFF a SETPOINT FROM OFF TO ON.
Se a entrada VALIDATE FUNTION está em OFF quando o programa é iniciado, a saída fica em OFF,
qualquer que seja o valor de entrada. Quando a entrada VALIDATE FUNCTION muda para OFF durante a
execução do programa, a saída OUTTPUT permanece inalterada.
A entrada VALIDADE FUNCTION e a saída OUTPUT são digitais.
As entradas VALUE TO BE COMPARED, SETPOINT FROM ON TO OFF E SETPOINT FROM OFF
TO ON são inteiros.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

- Função multiplexador/demultiplexador: esta saída encaminha um determinado sinal para uma das
saídas. Funciona como se fosse uma chave comutadora de duas posições.

Esta função multiplexa inteiros. Ela é selecionada para levar para a saída cada uma das entradas CHANNEL
A, quando CONTROL estiver em OFF ou CHANNEL B, quando CONTROL estiver em ON.
A entrada COMMAND é considerada OFF se não estiver conectada.
As entradas CHANNEL A e CHANNEL B são consideradas em zero se não estiverem conectadas.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
- Função comparação em uma região: com essa função pode-se permite fazer uma comparação de níveis
nas entradas. De acordo com o nível a saída pode ir para ON ou para OFF.

Se a entrada VALIDATE FUNTION estiver em OFF quando o programa é iniciado, a saída OUTPUT é
colocada em FALSE. Quando a entrada VALIDATE FUNCTION muda para OFF durante a execução do
programa, a saída OUTPUT permanece no estado em que está.
Se a entrada VALIDATE FUNCTION estiver em aberto ela é considerada ON.
Se a entrada VALIDATE FUNCTION estiver em ON, é feita a comparação dos valores da entrada VALUE
TO BE COMPARED com os valores das entradas MIN. VALUE e MAX. VALUE.
Se a entrada VALUE TO BE COMPARED for maior ou igual ao valor aplicado na entrada MIN. VALUE
e menor ou igual ao valor aplicado na entrada MAX. VALUE, o resultado da comparação é TRUE.
Se for fora desta faixa o valor é FALSE.
As entradas VALUE TO BE COMPARED, MIN. VALUE e MAX. VALUE devem ser números inteiros
entre -32768 e 32767.
A entrada VALIDATE FUNCTION e a saída OUTPUT são digitais.

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- Função soma/subtração: permite somar ou subtrair números dentro da faixa permitida.


A função ADD-SUB manipula inteiros. Ela usa INPUT 1, INPUT 2 e INPUT 3 para calcular INPUT
1+INPUT 2 - INPUT3 e coloca o resultado em CALCULATION OUTPUT.
A saída digital ERROR/OVERFLOW é setada em 1 quando a série de operações resulta em um valor fora
da faixa [-32768, +32767] ou quando o entrada ERROR PROPAGATION for para 1. Em todos os outros
caso a saída ERROR/OVERFLOW fica em 0.
A entrada digital ERROR PROPAGATION é usada para enviar erros (ou saturações) provindas das funções
ADD-SUB ou MIL-DIV para a saída. Se ERROR PROPAGATION está em 1, nenhuma operação é levada
para a saída e a saída ERROR/OVERFLOW fica em 1.
Se a entrada ERROR/OVERFLOW não está conectada, ela é considerada em 0.
Se INPUT 1 e/ou INPUT 2 e/ou INPUT 3 não estiverem conectadas elas são consideradas em 0.
Para realizar uma adição, simplesmente não use a entrada INPUT 3.
Para realizar uma subtração simplesmente não use as entradas INPUT 1 e INPUT 2.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

- Função multiplicação/divisão: permite multiplicar ou dividir números dentro da faixa permitida.

A função MULT-DIV manipula inteiros. Ela usa INPUT 1, INPUT 2 e INPUT 3 para calcular INPUT 1
xINPUT 2 / INPUT3 e coloca o resultado em CALCULATION OUTPUT.
A saída digital ERROR/OVERFLOW é setada em 1 quando a entrada INPUT 3 VALE 0 E/OU a série de
operações resulta em um valor fora da faixa [-32768, +32767] ou quando o entrada ERROR
PROPAGATION for para 1. Em todos os outros caso a saída ERROR/OVERFLOW fica em 0.
A entrada digital ERROR PROPAGATION é usada para enviar erros (ou saturações) provindas das funções
MUL-DIV ou ADD-SUB para a saída. Se ERROR PROPAGATION está em 1, nenhuma operação é levada
para a saída e a saída ERROR/OVERFLOW fica em 1.
Se a entrada ERROR PROPAGATION não está conectada, ela é considerada em 0.
Se a entrada INPUT 3 não for conectada ela assumirá valor 1.
Se INPUT 1 e/ou INPUT 2 não estiverem conectadas elas são consideradas em 1.
Para realizar uma multiplicação, simplesmente não use a entrada INPUT 3.
Para realizar uma divisão não use as entradas INPUT 1 e INPUT 2.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

- Função text: serve para mostrar uma tela de texto ou numérica, que pode, por exemplo, ser de auxílio, no
visor LCD do CLP.

Vários blocos de texto podem ser utilizados simultaneamente em um programa, mas somente um dos blocos,
o de número mais alto, pode ser mostrado.
Pressionando o OK verde e o ESC vermelho simultaneamente o texto mostrado é substituído pelo texto do
menu principal. Pressionado ESC novamente, retorna o texto anterior.
Entradas da função: Esta função possui duas entradas:
SET: a ativação desta entrada mostra o texto.
RESET: ativação desta entrada cancela a visualização do texto. RESET tem prioridade sobre SET.
A função possui 4 entradas analógicas de 10 bits que são mostradas com os seguintes nomes:
Value 1
Value 2
Value 3
Value 4

Para mostrar uma palavra: O cursor deve ser posicionado no início do string mostrado na janela.
Clicando com o botão esquerdo do mouse ou usando as teclas de navegação do teclado. O procedimento é o
seguinte:

Character String Display


Passo Ação
1 Colocar o cursor no início do texto
2 Digite o texto a ser mostrado no teclado
3 Confirme clicando em OK.
Resultado: O novo bloco de texto está salvo e a janela de parâmetros é fechada
Nota: O texto está limitado a 4 linhas. Se o usuário continuar a digitar texto após essas 4 linhas, cada novo
character sobreescreve aquele que for o ultimo da última caixa de texto.

Nota: Ambos caracteres padrão ASCII e caracteres acentuados podem ser usados.Caracteres e símbolos
não mostrados na janela de entrada quando eles estiverem sendo teclados, não serão mostrados na pela
função.

Nota: Se o texto digitado em uma linha cobre algum valor numérico existente, este valor numérico será
deletado. Se um valor numérico for posicionado sobre texto já digitado, o texto será deletado.

Mostrando um valor numérico:


Posicionamento:
Para posiciona um valor na linha, simplesmente arraste e posicione-o na janela de edição.
Seleção:
O valor a ser mostrado é selecionado na janela localizada sobre a janela de edição.
Esta janela mostra as seguintes informações:
Data: A data atual do sistema (dia.mes.ano) do dispositivo onde o programa está sendo rodado (CLP
ou simulador).
Hora: A hora atual do dispositivo.(hora:minutos)

Calibração: O erro do relógio interno

Apagando um texto:
Passo Descrição
1 Ativar a zona a ser apagada.
Com o mouse: Clique no botão esquerdo e mova o mouse sobre a zona a ser selecionada,
mantendo o botão esquerdo do mouse pressionado.
Resultado: A zona selecionada pisca
2 Apague usando a tecla Del do teclado.
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- Função display: serve para mostrar dados no visor LCD.

Ela também pode simular o painel frontal do Millenium 3 durante as simulações e monitorações. Esta
função é de fato uma imagem do painel LCD do CLP. É muito útil para substituir um modelo de CLP com
visor por outro modelo sem visor, pois é possível acompanhar o que ocorre na simulação sem necessidade
de visor no CLP.

Usando essa função, o usuário pode entrar com texto (no máximo 72 caracteres) ou indicar quais valores vão
ser mostrados e o tipo de formato (número, mês, dia, ano, etc).

Todos os caracteres padrão ASCII (números, letras maiúsculas, letras minúsculas e pontuação) mais os
caracteres acentuados e letras gregas podem ser usadas no display.

Se a entrada VALIDADE FUNCTION for setada em OFF, ela pode ser utilizada para desabilitar a função
display. Se ela for setada em ON, ela pode ser usada para ativar o display selecionado na janela de
parâmetros. Se ela não for conectada, a entrada é setada em ON. Somente 8 dessas funções podem ser
ativadas simultaneamente em um programa. Se mais de 8 estiverem ativas, somente as 8 primeiras serão
processadas.

Se a entrada VALUE INPUT não for conectada, os caracteres mostrados no visor LCD e no painel frontal
corresponderão a seleção feita no campo de parametrização “User options”, isto é:
• Se for selecionado Text: aparecerão caracteres
• Se for selecionado Date: aparecerá a data atual do sistema
• Se for selecionado Time: aparecerá o valor atual do tempo em que o programa está sendo executado.
• Se for selecionado Calibration: aparecerá o valor do desvio de tempo do relógio interno.
A caixa de parametrização é utilizada para modificar os parâmetros de todas as funções do display usadas e
mostradas na janela de edição. Esta caixa de diálogo também mostra o string resultante de todos os strings
mostrados e descritos nos parâmetros para todas as funções do display na janela de edição (texto, datas,
tempo e valores).
Estes parâmetros somente podem ser alterados no modo de edição.
Todas as funções do display são selecionado por seu número de bloco (BXX) escolhido da lista no lado
esquerdo, na parte de cima da janela de parametrização. Por padrão, está lista de seleção sugere os números
dos blocos de função para os quais a janela de diálogo é aberta. Cada número de bloco selecionado
representa a caixa de display associada a função com este número.
O formato string no número de bloco ativo é indicado por letras vermelhas ou estrelas. Se o string vem a ser
superposto, um aviso de atenção é mostrado abaixo do grid e as células afetadas serão mostras com um
fundo vermelho. Todas as outras strings são mostradas em preto. Cada janela de parâmetro associada com a
função display tem os seguintes comandos de entrada:
• Line: Número da linha para a qual o string de caracteres correspondente a ação é colocado no grid de
LCD. O valor deve ser selecionado entre 1 e 4, que é o número máximo de linhas.
• Column: Número da coluna para a qual o string de caracteres correspondente a ação é colocado no
grid de LCD. O valor deve ser selecionado entre 1 e 12, que é o número máximo de colunas.
• Se a entrada VALUE INPUT está conectada a função de saída, o valor para esta saída é mostrado no
formato indicado na janela de parametrização.
O valor inteiro presente é convertido entre um correspondente display de string colocado partindo do local
(linha, coluna) no grid. O formato do string mostrado dependo do formato selecionado na parametrização no
modo de edição.
Selecione o estilo de display por um inteiro:
• Selecione a taxa: 1/1, 1/10, 1/100, 1/1000, 1/10000
• Se 1/1 for selecionado: o inteiro presente em VALUE INPUT é mostra como um inteiro com casas
decimais (1 to 5 casas, uma a menos se o valor for negativo)
• Se 1/10 ou 1/100 ou 1/1000 ou 1/10000 for selecionado: o valor inteiro em VALUE INPUT é
mostrado como um valor decimal com uma, duas ou três casas decimais.

Seleção do formato de calendário:

• Year: o valor de entrada deve estar entre 1 e 99, correspondendo aos anos entre 2001 e 2099.
• Month: O valor de entrada deve ser selecionado entre 1 e 12. No display aparecem as quatro
primeiras letras do nome do mês.
• Weeks: Para assegurar compatibilidade com o TIME PROG, é necessário poder mostras uma, várias
ou todas as semanas do mês simultaneamente. O primeiro mês é relacionado ao valor 1 (display 1----
), o Segundo ao valor 2 (display -2---), e assim por diante. Se o valor de entrada 20 for colocado em
week o display mostra --3--5 . Qualquer outro valor menor do que 1 e maior do que 31 produz uma
mensagem de erro no display.
• Day of the month: O valor de entrada deve estar entre 1 e 31. Não há checagem de consistência
entre Day of the Month, Month e Year.
• Days (of the week): Para assegurar compatibilidade com TIME PROG, é necessário ser possível
mostra um, vários ou todos os dias da semana simultaneamente. Segunda-feira é relacionado a 1
(display M------), Terça-feira a 2 (display -T-----), Quarta feira a 4 (display --W----), Quinta-feira a 8
(display ---T---), Sexta-feira a 16 (display ----F--), Sábado a 32 (display -----S-) e domingo a 64
(display ------S). Se a entrada 127 (1+2+4+8+16+32+64) todos os dias da semana serão mostrados
(MTWTFSS). Qualquer outro valor menor do que 1 e maior do que 127 produzirá uma mensagem de
erro.
• Hour: O valor de entrada deve estar entre 0 e 23. Dois dígitos são mostrados. Não consistências são
conduzidas para fora.
• Minute: O valor de entrada deve estar entre 0 e 59. Dois dígitos são mostrados. Não consistências
são conduzidas para fora.
• Modification option authorised: O usuário pode usar esta caixa de checagem para modificar os
seguintes parâmetros:
• Todos os dados inteiros conectados a VALUE INPUT da função, se puderem ser modificados via
display.
• Ou o valor corrente do controlador interno do tempo.
• Ou o valor corrente do simulador interno de data e de tempo.
• Ou para corrigir desvios do relógio interno.

Modificações são feitas usando os botões de diálogo no painel frontal do CLP ou na imagem desses botões
no painel simulado no computador.

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- Função entrada de comunicação serial: esta função serial transmite dados para endereços específicos co
CLP.
Entradas e saídas: a função envia 8 saídas do tipo inteiro chamadas de INPUT 1 a INPUT 8. Estas saídas
permitem que a aplicação programada no CLP os dados armazenados no endereço escolhido para armazenar
os dados enviados.

Parâmetros da função: o usuário seleciona uma faixa de 8 endereços na janela de parametrização. As


faixas de endereçamento disponíveis são as seguintes:
1-8
9 - 16
17 - 24

O formato da transmissão serial é definida da seguinte maneira:


Velocidade de comunicação (communication speed): 115 kbauds
Formato ( format): 7 bits, paridade par, 1 bit de parada.

Para escrever um número no CLP proceder da seguinte maneira:


Delimitador inicial: “:”
Endereço escravo: 0x04
Comando de escrita: 0x10
Endereço de dados: 0x00 00 FF xx
Xx é um número entre 0x00 e 0x17 (inclusive), correspondendo ao endereço de escrita menos 1.
Numero de bytes: 0xnn
Este é o número dos dados a serem escritos. Cada valor é constituído de 2 bytes.
Dado a ser escrito: 0xd1H d2H..........dnnL
Há dois bytes a serem escritos.
Checksum: 0xcc
Esta é a soma complementado incrementada de 1 dos bytes entre o endereço escravo e o último dado a
ser escrito.
Delimitador de final> “CR” “LF”

A resposta do controlador é estruturada da seguinte maneira:


Delimitador de início: " : "
Endereço escravo: 0x04
Comando de escrita:0x10
Endereço de dados: 0x00 00 FF xx
Número de bytes: 0xnn
Checksum: 0xcc
Delimitador de final: " CR " " LF "
--------------------------------------------------------------------------------
Exemplo
Escrever no endereço 3 o valor de 16 bits 8569:
8569 corresponde a 0x2179 no format hexadecimal
Checksum: 00x04+0x10 + 0x00 + 0x00+ 0xFF + 0x02 + 0x02 + 0x21 + 0x79 = 0x1B1 já que o
complemento incrementado de 1 da o byte 0x4F.
" : " 0x04 0x10 0x00 0x00 0xFF 0x02 0x02 0x21 0x79 0x4F " CR " " LF "
O format mostrado acima é usado para calcular o checksum. Exceto para os delimitadores, cada byte
enviado como 2 caracteres ASCII. O resultado é:
0x3A 0x30 0x34 0x31 0x30 0x30 0x30 0x30 0x30 0x46 0x46 0x30 0x32 0x30 0x32 0x32 0x31 0x37 0x39
0x34 0x46 0x0D 0x0A
A resposta do CLP é da seguinte maneira: 0x3A 0x30 0x34 0x31 0x30 0x30 0x30 0x30 0x30 0x46 0x46
0x30 0x32 0x30 0x32 0x45 0x39 0x0D 0x0A
--------------------------------------------------------------------------------

Procedimento em caso de perda do comunicação: Desligue o CLP, ligue-o de novo e reinicie o processo.
Isto estabiliza a comunicação.

Esta função serial é usada para enviar dados armazenados em posições de endereço fixas do CLP para outro
equipamento, via saída serial.

Entradas/saídas: esta função possui 8 entradas do tipo inteiro. Estas entradas habilitam aplicação a
escrever dados que precisam ser enviados nas posições fixas de memória.

Parâmetros:
O usuário seleciona uma faixa de 8 endereços a partir da janela de parametrização. As faixas de endereços
disponíveis são as seguintes:
25 - 32
33 - 40
41 - 48
Para ler um pacote de dados enviados para o CLP proceder da seguinte maneira:
Delimitador de início: " : "
Endereço escravo: 0x04
Comando de leitura: 0x03
Endereço de dados: 0x00 00 FF xx
xx é um número entre 0x00 e 0x2F inclusive, correspondendo ao endereço do primeiro dado a ser lido
menos 1
Numerous of bytes: 0xnn
Este é número dos dados a serem lidos. Cada valor é composto de 2 bytes.
Checksum: 0xcc
Esta é a soma complementado incrementada de 1 dos bytes entre o endereço escravo e o último dado a
ser escrito.
Delimitador de final: " CR " " LF "

A estrutura da resposta do CLP é a seguinte:

Delimitador de início: " : "


Endereço escravo: 0x04
Comando de leitura:0x03
Número de bytes: 0xnn
Dados lidos: 0xd1H d1L d2H......dnnL
Checksum: 0xcc
Delimitador de final: " CR " " LF "
Example
Ler o número 5, no formato 16-bit que está no endereço 17 do CLP:
O formato hexadecimal do pacote antes do código:
" : " 04 03 00 00 FF 10 0A E0 " CR " " LF "
O pacote em formato hexadecimal após codificação ASCII:
3A 30 34 30 33 30 30 30 30 46 46 31 30 30 41 45 30 0D 0A
A resposta será:
3A 30 34 30 33 30 41 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 45 46 0D 0A
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

- Função arquivo:

Esta função é usada para salvar valores inteiros nos tipos VALUE INTEGER nas mudanças de OFF para
ON da entrada digital ARCHIVE se a entrada RESET TO ZERO estiver em OFF.
Quando este valor é salvo, a função também salva a hora e a data em que isso ocorreu, que depois podem ser
acessados de 6 maneiras diferentes:
• MINUTE contém os minutes da hora (0 to 59)
• HOUR contém a hora do dia (0 to 23)
• DAY contém o dia do mês (1 to 31)
• MONTH contém o mes do ano (1 to 12)
• YEAR contém o ano (1 to 99) for 2001 to 2099
• VALUE ARCHIVED contém o valor salva na data acima.
Se a entrada ARCHIVE é ativada várias vezes, somente a data relativa a última ativação é salva.
A saída digital ARCHIVE VALID muda para ON para indicar a validade do corrente registro.
Setando a entrada digital RESET TO ZERO para ON, a saída ARCHIVE VALID irá para OFF. Os valores
de outras saídas são então considerados como indeterminados.
Se a entrada ARCHIVE não for conectada ela será considera OFF
Se a entrada VALUE não for conectada, Lea será considerada 0.
Se a entrada RESET TO ZERO não for conectada, ela será considerada OFF.
Cuidado: A função DISPLAY pode ser conectada na saída desta função. A função DISPLAY pode ser usada
para modificar o valor mostrado se for autorizada alguma modificação de parâmetro, desde que essa
autorização seja checada. O risco da utilização desta função é por conta do usuário, porque os valores
arquivados de saída, validados por ARCHIEVE VALID, representam um estado coerente com VALUE-
DATE e uma mudança no DISPLAY pode levar a lago sem sentido.
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- Função mínimo/máximo: extrai o valor mínimo e máximo de uma variável.

Entradas/saídas:

Entrada INICIALIZATION: Inicia a função. A partir do momento em que esta entrada vai para ON, o valor
máximo e mínimo da função começa a ser detectado.
Entrada VALUE: valor da entrada analógica ligada à função. Esta deve ser um inteiro entre -32768 e 32767.
A saída depende do estado da entrada INICIALIZATION.
Se a INICIALIZATION estiver inativa, então a saída MINIMUM e a saída MAXIMUM conterão o último
mínimo e o último máximo valor lido enquanto INICIALIZATION estava ativa.
Se a entrada INICIALIZATION estiver em ON as saídas serão iguais as entradas.
Se INICIALIZATION estiver desconectada ela será considerada OFF.
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- Função CAM:
Esta função possui um total de 8 saídas que podem ser programadas na parametrização para cada posição da
roda do tipo cam.

Cada vez que a entrada FORWARD muda de OFF para ON, um grupo de 8 rodas tipo cam se movem para
frente uma posição. Nas oito saídas (OUTPUT 1 a OUTPUT8) a função irá mostrar os valores ON ou OFF
(parâmetros de entrada) relativos àquela posição (POSITION de 0 a 49) da roda que foram parametrizados.
Se a entrada REVERSE muda de OFF para ON, O grupo de 8 rodas cam se movimentará para trás um passo.
A entrada FORWARD tem prioridade sobre a entrada REVERSE. Cada posição da roda cam tem sempre o
mesmo número de passos.

A caixa de parametrização é usada para:


• Selecionar o número Maximo de passos: de 1 a 50, correspondendo às posições de 0 a 49.
• Determinar se o valor de saída deve ser ON ou OFF para cada posição da roda cam.
Um valor ON na entrada RESET TO ZERO seta a roda cam para a posição 0 e força POSITION para 0. Esta
entrada tem prioridade sobre as entradas FORWARD e REVERSE.
Se as entradas FORWARD e REVERSE não forem conectadas, elas serão consideradas OFF.
Se a entrada RESET TO ZERO não for conectada, ela será considerada OFF.
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- Função decimal para binário:

Esta função transforma uma entrada decimal em um número binário de 16 bits (2 bytes). A conversão é feita
pelas regras usuais de transformação de decimais em binários.

A entrada (INPUT) é um número inteiro tipo 16 bits (valor máximo: 65536)


As saídas são bits individuais. O BIT01 é o menos significativo e o BIT16 é o mais significativo.
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- Função binário para decimal:


Esta função transforma uma entrada binária de 2 bytes em um número decimal. A conversão é feita pelas
regras usuais de transformação de binários em decimais.

As entradas são BITs, sendo que o BIT01 é o menos significativo e o BIT16 é o mais significativo. A saída é
um inteiro do tipo 16-bits (valor máximo: 65536).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
- Função Status:

Esta função permite ao usuário acessar o status do controlador e modificar o ambiente do software de acordo
com estados particulares desejados.

Saídas desta função (total de 7 saídas):


ALARM STATUS: Ativado logo que ocorrer um erro ou um alarme. Neste caso, um código numeric
correspondente ao tipo de anormalidade é enviado para a saída ALARM NUMBER. A única maneira
de retornar esta saída ao estado inativo e setar o ALARM NUMBER para 0 é com a utilização do
painel frontal FAULT com um CLEAR seguido de um YES. Com o código numérico o usuário pode
saber qual anormalidade ocorreu no sistema.
MONITORING ON: Ativa quando o programa do usuário está sendo executado de modo correto e a
seção de monitoração está ativa. Em qualquer outra situação esta saída está inativa.
Esta saída, no modo de operação,a ação vigilância na configuração é suprimida sistematicamente não
obstante a escolha inicial do programador. Se, no programa de usuário, a ação de
vigilância(erro/advertir) for essencial, esta saída permite que o programa de usuário seja colocado
em um estado conhecido sem nenhuma conseqüência adicional para as saídas controladas.

PARAMETERS ON: Envia um pulso quando o programa do usuário está sendo executado. E a ação
de modificação dos parâmetros está ativada através da tela de programação ou depois da execução no
menu de parâmetros no painel LCD. Em qualquer outra situação, esta saída está inativa.
Esta saída, no modo de operação,a ação vigilância na configuração é suprimida sistematicamente não
obstante a escolha inicial do programador. Se, no programa de usuário, a ação de
vigilância(erro/advertir) for essencial, esta saída permite que o programa de usuário seja colocado
em um estado conhecido sem nenhuma conseqüência adicional para as saídas controladas.
COLD START: Envia um pulso durante o primeiro ciclo de execução do programa do usuário. Nesta
situação ocorre um chaveamento de OFF para ON. Este pulso permite ao programador inserir uma
inicialização específica no programa, por exemplo, inicializando a função SFC “RESET-INIT" , que
pode acontecer em uma queda de energia.
WARM START: Envia um pulso durante o primeiro ciclo de execução do programa do usuário
quando a energia é restabelecida após uma queda na alimentação quando o programa estiver no
modo RUN. Este pulso permite ao usuário inserir uma inicialização especifica quando a energia é
restabelecida após uma queda.
FLASH CYCLE: Envia um sinal periodico que comuta alternadamente de ON para OFF a cada
execução do programa do usuário. (modo RUN). O período deste pulso é igual ou é o dobro da
duração do período de execução descrito na configuração.
ALARM NUMBER: Provê um código com número inteiro sinalizado quando a saída ALARM
STATUS está ativada.

Notas: no modo simulação as saídas são insignificantes. Você deve, no entanto, notar que
MONITORING ON é sempre ativo como ele simula funções daquelas monitorações.
COLD START corresponde a simulação da saída de OFF para ON.
WARM START é gatilhado no final da simulação de queda de energia.

TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO
UTILIZANDO GRAFCET

Parte 2
Os CLPs da série Millenium são fabricados pela empresa francesa Crouzet
e distribuídos pela CCA Materiais Elétricos Ltda

2007

3. Aba FDB_C:

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