Reuso 2

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Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro

ORIENTAÇÕES PARA SOLUÇÕES UTILIZADAS NA DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS

Validade da solução Equipamento de


Solução Material
em uso proteção individual (EPI)

No máximo até 24 horas


Hipoclorito de após diluição, Borrachas, vidros, plásticos
Luvas de borracha de cano longo e óculos.
Sódio 1% preferencialmente a cada 6 e superfícies não metálicas
horas.

Máscara com filtro químico, óculos, luvas de


2% ativada 14 dias
Glutaraldeído 2% Termossensível borracha de cano longo, avental impermeável de
2% potencializada 28 dias
manga longa.

Máscara com filtro químico, óculos, luvas de


Ácido
7 dias Dialisador e linhas borracha de cano longo, avental impermeável de
peracético 2%
manga longa.

(*) Ácido
peracético Vidros, metais, plásticos, Máscara com filtro químico, óculos, luvas de
0,2%,com 30 dias endoscópios, materiais borracha de cano longo, avental impermeável de
inibidor de termossensíveis. manga longa.
corrosão.

Vidros, plásticos, Máscara com filtro químico, óculos, luvas de


Peróxido de
48 horas endoscópios, materiais borracha de cano longo, avental impermeável de
hidrogênio 6%
termossensíveis manga longa.

Quadro 11 – Orientações para Soluções Utilizadas na Desinfecção e Esterilização de Artigos

(*) OBS:

Caso não haja um composto inibidor de corrosão na composição do ácido peracético, este não poderá
ser utilizado em metais.

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Manual para Redução de Riscos Inerentes à Terapia Renal Substitutiva

ORIENTAÇÕES PARA SALAS DE REUSO

O quê Como Observações

• Lavar os dialisadores e linhas arteriais e


venosas com água tratada para Tratar previamente o dialisador antes do primeiro uso em diálise,
hemodiálise. para medida do priming inicial (previne a síndrome do primeiro
uso).
• Fazer retrolavagem sob pressão.
Descartar dialisador e linhas após ter sido utilizado 12 vezes,
• Medir o volume de preenchimento dos independente do priming.
dialisadores (priming).
Pacientes com HIV, sepse ou quadro agudo de hepatite não
• Descartar o dialisador e linhas, caso o devem ter seus dialisadores reutilizados.
resultado indique redução igual ou superior
a 20%. A bancada para reuso de pacientes portadores de hepatite B,
Limpeza
deverá ser exclusiva, bem como o funcionário.
• Testar o capilar à procura de ruptura dos
dialisadores. A bancada para reuso de pacientes portadores de hepatite C,
deverá ser exclusiva, bem como o funcionário.
• Anotar medida de volume do dialisador
após cada uso, inclusive o priming inicial, É proibida a atuação simultânea de funcionário responsável pelo
em ficha própria. reuso em mais de uma sala.

• Anotar o número de vezes que o Realizar e registrar todos os testes para existência de ácido
dialisador e a linha foram reutilizados, em peracético ou formol em folha própria.
ficha própria e individual.

• Preencher os dialisadores e linha com


solução de ácido peracético ou formol.

• Identificar os dialisadores com data de


troca, nome completo do paciente e
A diluição de soluções desinfetantes, quando necessária, deverá
sorologia.
Desinfecção ser feita com água tratada para diálise.
• Acondicionar os dialisadores e linhas em
recipientes limpos.

• Identificar o recipiente com data de troca,


nome completo do paciente e sorologia.

Quadro 12 – Orientações para Salas de Reuso

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Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro

ORIENTAÇÕES PARA SALAS DE REUSO AUTOMÁTICO

O quê Como Observações

Limpeza externa:

• Lavar o dialisador com água para diálise, e aplicar em seguida


a solução desinfetante.

• Secar.

Limpeza interna:

• Colocar o dialisador na posição vertical.

Na parte inferior:

• Pinçar a entrada do dialisador.

• Introduzir fluxo de água de 500 ml / min na saída de sangue


venoso, com pressão máxima de 500 mm Hg.

• Deixar drenar.

Na parte superior:
Tratar previamente o dialisador antes do
primeiro uso em diálise, para medida do
• Pinçar a saída do dialisado.
priming (evitar a síndrome do primeiro uso).
• Manter pressão de água na entrada do dialisado de 1,5KG /
Pacientes com HIV, sepse ou quadro agudo
cm2.
de hepatite, não devem ter seus dialisadores
reutilizados.
• Introduzir fluxo de água de 200ml/min na saída de sangue
venoso, com pressão máxima de 500mmHg.
A bancada para reuso de pacientes
portadores de hepatite B, deverá ser
• Deixar drenar.
exclusiva, bem como o funcionário.
Limpeza
• Medir o volume residual.
A bancada para reuso de pacientes
portadores de hepatite C, deverá ser
• Pinçar a saída do dialisado.
exclusiva, bem como o funcionário.
• Introduzir fluxo de água de 200ml/min na saída de sangue
É proibida a atuação simultânea de
venoso, com pressão máxima de 200mmHg.
funcionário responsável pelo reuso em mais
de uma sala.
• Deixar drenar.
Registrar todos os testes para existência de
• Inverter a posição do dialisador.
ácido peracético, formol ou glutaraldeído em
folha própria.
• Pinçar a entrada e saída do dialisado.

• Manter pressão na saída de sangue venoso de 200mmHg.

• Medir o volume residual em proveta colocado na entrada de


sangue arterial.

• Ainda na posição invertida, medir o volume de preenchimento


dos dialisadores (priming).

• Pinçar a entrada de dialisado e a entrada de sangue arterial.

• Introduzir uma pressão de ar de 300mmHg na saída de sangue


venoso.

• Marcar 30 seg. Pinçar a saída de sangue venoso.

• Pinçar a entrada de dialisado.

• Pinçar a entrada de sangue arterial, queda máxima permitida


de 30mmHg.

Quadro 13 – Orientações para Salas de Reuso Automático (continua)

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Manual para Redução de Riscos Inerentes à Terapia Renal Substitutiva

ORIENTAÇÕES PARA SALAS DE REUSO AUTOMÁTICO (continuação)

O que Como Observações

• Preencher os dialisadores e linha com solução de ácido


peracético.

• Identificar os dialisadores com data de troca nome


completo do paciente e sorologia.

Ainda na posição invertida:

• Colocar pressão de ar de 200mmHg na saída de


sangue venoso e entrada do dialisado.
A diluição de soluções desinfetantes, quando
Desinfecção • Deixar drenar. necessária, deverá ser feita com água tratada para
diálise.
• Voltar o dialisador a posição original.

• Colocar a solução desinfetante a 200ml/min a pressão


máxima de 200mmHg na entrada do dialisado.

• Deixar drenar.

• Colocar a solução desinfetante a 200ml/min a pressão


máxima de 200mmHg na saída de sangue venoso.

• Deixar drenar.

Quadro 13 – Orientações para Salas de Reuso Automático

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ORIENTAÇÕES PARA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE ARTIGOS

Limpeza

É a remoção de material orgânico e sujidades dos objetos. Processo que precede a todas as outras ações de desinfecção e/ou
esterilização. Poderá ser feita pelo método manual ou mecânico.

Objetivos

• Remover sujidades.
• Remover ou reduzir a quantidade de microrganismos.

Solução Utilizada

• Detergente líquido neutro.


• Solução desincrostante.

Procedimento Manual

• Submergir o material em água e detergente líquido.


• Escovar todas as superfícies do material em baixo de água corrente.
• Enxaguar.
• Secar o material.

Observações:

1. É indicada a imersão prévia do material em solução desincrostante.


2. No procedimento mecânico são utilizadas lavadoras descontaminadoras, ultra-sônicas, esterilizadoras e lavadoras de túnel.

Desinfecção

Definição:
Processo de eliminação de microrganismos na forma vegetativa.

Níveis de Desinfecção:
Alto nível
Destrói todos os microrganismos na forma vegetativa e alguns esporulados.

Médio nível ou nível intermediário


Inativa o bacilo da tuberculose, bactérias na forma vegetativa, exceto as esporuladas, a maioria dos vírus e fungos.

Baixo nível
Elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, não elimina o bacilo da tuberculose e esporos.

Soluções Utilizadas nos Níveis de Desinfecção:


Alto nível
Glutaraldeído 2%; Peróxido de Hidrogênio a 6% - tempo de exposição 30 minutos.
Ácido peracético 0,2% - tempo de exposição 10 minutos.

Médio nível ou intermediário


Álcool a 70%; hipoclorito de sódio a 1% - tempo de exposição 10 minutos.

Baixo nível
Álcool a 70%, Hipoclorito de Sódio a 1%. Para o uso de álcool a 70%, algumas das bibliografias consultadas citam o tempo de 30
segundos de exposição; não há referência para o hipoclorito.

Quadro 14 – Orientações para Limpeza e Desinfecção de Artigos (continua)

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Manual para Redução de Riscos Inerentes à Terapia Renal Substitutiva

ORIENTAÇÕES PARA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE ARTIGOS (continuação )

Desinfecção

Procedimento:

• Submergir completamente o material na solução, marcar a hora do início e término do processo.

• Deixar o material na solução pelo tempo determinado, conforme orientações contidas na página anterior.

• Após o tempo determinado, lavar o material em água corrente, ou água estéril/solução fisiológica (em caso de artigo crítico).

• Secar o material com tecido limpo, ar comprimido ou estufas próprias.

Observações

• Álcool é contra-indicado em acrílico, borrachas e tubos plásticos, e pode danificar o cimento das lentes de equipamentos.

• A desinfecção com álcool a 70% deverá ser feita por fricção, repetindo o processo por 3 vezes.

• No processo de limpeza manual, usar escovas de cerdas macias.

• O recipiente que receberá o material desinfetado deverá também sofrer desinfecção prévia.

• Usar EPI no manuseio das soluções de acordo com as recomendações contidas na página 28.

• Usar recipientes de plástico opaco com tampa, identificação da solução e data de validade da mesma.

• O material deverá estar limpo e seco antes de ser colocado na solução.

• Na presença de turvação ou coloração diferente a solução deve ser trocada.

• Não colocar novo material no recipiente se já houver algum outro passando pelo processo de desinfecção.

Quadro 14 – Orientações para Limpeza e Desinfecção de Artigos

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Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro

PROCESSAMENTO DE ARTIGOS

Nível
Material Solução Procedimento Observações
desinfecção

• Fazer limpeza com água e


Cabo do
sabão;
laringoscópio,
Médio
termômetros,
Álcool 70% • Fazer fricção com álcool a
bandejas
70%, por 30 segundos.

• Lavar com água e sabão.

• Secar e deixar imerso na


solução, por 30 minutos.
Água e sabão
Lâmina laringos + • Enxaguar copiosamente.
Alto
cópio glutaraldeido 2% ou
ácido peracético • Secar em campo ou
compressa limpa.

• Empacotar em campo ou • O artigo ao ser colocado na


compressa limpa. solução deverá estar limpo e seco.

• Não colocar novo material na


solução se já estiver outro em
• Lavar com água e sabão. processo de desinfecção.

• Secar e deixar imerso na • Os recipientes com as soluções


solução, por 30 minutos. deverão passar pelo processo de
desinfecção semanalmente e
Pinças plásticas, Água e sabão
• Enxaguar copiosamente. sempre na troca das soluções.
clamps para Médio +
hemostasia Hipoclorito de sódio 1%
• Secar em campo ou • Após a limpeza, a subcânula de
compressa limpa. traqueostomia deverá passar pelo
processo de desinfecção com
• Empacotar em campo ou álcool a 70%.
compressa limpa.
• O funcionário ao manusear a
solução de glutaraldeido ou ácido
peracético deverá usar luva de
• Lavar com água e sabão. borracha cano longo, máscara de
filtro químico, avental e óculos.
• Secar e deixar imerso na
solução, por 30 minutos. • Manter o frasco de aspiração seco
caso esteja fora do uso.
Nebulizador, • Enxaguar copiosamente.
máscara de Médio Hipoclorito de sódio 1%
nebulização • Secar em campo ou
compressa limpa.

• Empacotar em saco
plástico, campo ou
compressa limpa.

Borracha de
aspiração, tubo • Se estiverem em uso,
(látex ou silicone Auto-clave ou óxido de deverão ser trocados a cada
Esterilização
- etileno 12 horas. Se estiverem
aspiração e estocados, observar prazo
oxigênio) de validade da embalagem
e reprocessar o material
Frasco de
Médio Hipoclorito de sódio 1% quando este estiver vencido.
aspiração

Quadro 15 – Processamento de Artigos (continua)

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