Defesa Penhora Quotas

fls.
RBS Advocacia Empresarial
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 27ª VARA CÍVEL DO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO BISPO DOS SANTOS, protocolado em 25/08/2020 às 20:10 , sob o número 10776709320208260100.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1077670-93.2020.8.26.0100 e código 99D7622.
FORO CENTRAL CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO .
Distribuição por dependência ao

Processo nº 0045921-46.2018.8.26.0100
CLAUDIA FORTUNATO, brasileira, divorciada, professora,

portador do Cédula de Identidade RG nº 23.846.165-8 SSP-SP, inscrito no CPF/MF sob nº
129.293.578-27, residente e domiciliada na Rua Ouvidor Portugal, 690, Vila Monumento, CEP
01.551-000, São Paulo/SP, por seu advogado, infra-assinado, em razão da r. decisão de fls.
204/205, que deferiu a penhora de 100% (cem por cento) das quotas na empresa SIETI
COMÉRCIO DE MARMORES EIRELI em nome da embargante, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 917, §1º, do CPC, opor
EMBARGOS À PENHORA
com pedido liminar de urgência
no processo ajuizado por KRUTT EMPREENDIMENTOS

IMOBILIÁRIOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF nº
52.606.480/0001-32, com sede na Rua Iguatemi, 252, 7º andar, CEP 01.451-010, São Paulo/SP,
conforme razões e fundamentos a seguir declinados:
I - D A T EM P ES T IV ID AD E
C onforme s e obs e rv a no pre s e nt e cas o, o e mbarg ant e

t e v e ci ê nci a da pe nho r a i mpl e me nt ada e m de ci s ão di s poni bi l i z ada no D . J. E. de
03/0 8/2 020 , p ubl i cada e m 04 /08 /20 20 .
RBS ADVOCACIA EMPRESARIAL - Roberto Bispo dos Santo, OAB/SP nº 279.004 - E-mail:
[email protected] - Tel.: (11) 94691-8715
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C onforme texto legal insculpido no artigo 219 do novo CPC, a
nova redação considera que "na contagem de prazos em dias, estabelecido por lei ou pelo
juiz, computar-se-ão somente os dias úteis".
No artigo 224 a nova lei processual civil dispõe que "salvo

disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o
dia do vencimento", bem como no parágrafo primeiro que: "§ 1o Os dias do começo e do
vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coinci direm com
dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou
houver indisponibilidade da comunicação eletrônica" .
Ne s t e cont e x t o, cons i de rando que o pri me i ro di a de

cont ag e m de praz o s e de u e m 05/ 08/ 20 20, cont ados 15 di as út e i s , o úl ti mo dia de
praz o pa ra o pos i ção de e mba rg os à e x e cução s e e nce r rará e m 25/ 08/ 2 020 .
Neste contexto, considerando a data do presente protocolo,

tempestivos os embargos.
II – SÍNTESE PROCESSUAL
Conforme documentação em anexo, a embargada instaurou

procedimento de cumprimento de sentença para cobrança de honorários advocatícios de
sucumbência no importe de R$ 149.628,44.
A pretensão foi efetivamente impugnada, e conforme r.

decisão em anexo (fls. 108/112 do processo de origem), a defesa da ora embargante foi
rejeitada.
Após a rejeição da impugnação, a embargada apresentou as

petições em anexo, pugnando num primeiro momento por penhora online BACENJUD (DOC.
04), que em razão do bloqueio do valor de R$ 413,57 (quatrocentos e treze reais, cinquenta e
sete centavos) (DOC. 05), foi requerida nova tentativa de penhora online BACENJUD (DOC. 06).
Haja vista a diligência infrutífera, a embargada apresentou

requerimento para pesquisa via sistema INFOJUD (DOC. 07), que tão logo realizada, foi juntada
a petição (DOC. 08) pela embargada requerendo a penhora de 100% (cem por cento) das
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quotas sociais da empresa SIETI COMÉRCIO DE MÁRMORES EIRELI, o que foi deferido (DOC.
09), que é objeto dos presentes embargos à penhora.
III – DA GARANTIA DO JUÍZO
Primeiramente, apresenta a embargante Nota Fiscal

representativa do estoque rotativo da empresa cujas quotas sociais foram penhoradas , que
conforme documento em anexo (DOC. 10), faz parte do estoque rotativo da empresa:
6.720 unidades de SOLEIRA 82X14CM MÁRMORE TRAV

ARTENS............valor unitário R$ 34,25 ............. valor total
R$ 230.160,00.
Pelas razões expostas, pugna a embargante pelo

reconhecimento da garantia ora ofertada, para que conhecida a presente peça defensiva de
Embargos à Penhora, sejam apreciadas as razões que serão abaixo declinadas.
IV - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUÍTA
O art. 98 do CPC prevê o direito a concessão de justiça gratuita

a pessoa natural e jurídica com insuficiência de recursos para arcar com os encargos
processuais, conforme abaixo colacionado:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou

estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as
custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios
tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1o A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais;
II - os selos postais;
III - as despesas com publicação na imprensa oficial,

dispensando-se a publicação em outros meios;
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IV - a indenização devida à testemunha que, quando
empregada, receberá do empregador salário integral, como
se em serviço estivesse;
V - as despesas com a realização de exame de código genético

- DNA e de outros exames considerados essenciais;
VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração

do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de
versão em português de documento redigido em língua
estrangeira;
VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando

exigida para instauração da execução;
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de

recurso, para propositura de ação e para a prática de outros
atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do
contraditório;
IX - os emolumentos devidos a notários ou registr adores em

decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer
outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial
ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício
tenha sido concedido.
A Súmula 481 do STJ também faz menção nesse sentido, senão

vejamos:
SUM. 481. STJ. Faz jus ao benefício da justiça gratuita a

pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua
impossibilidade de arcar com os encargos processuais.
A embargante não tem recursos suficientes para arcar com os

encargos processuais e nem honorários de sucumbência, sem que prejudique, para tanto, a
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sua própria subsistência, e tanto é assim que, se necessário, providenciará a juntada nos autos
cópia dos documentos necessários para a comprovação do direito ora invocado.
Sendo assim, a embargante pleiteia os benefícios da justiça
gratuita conforme preceitua o art. 98 e seguintes do CPC e a Súmula nº 481 do STJ, para que
seja isentada da obrigação do pagame nto das custas e despesas processuais, bem como em
eventual condenação, seja isentada do pagamento de honorários de sucumbência, para os
devidos fins de direito.
V – RAZÕES DE REFORMA – DA EXECUÇÃO ATRAVÉS DE MEIO MENOS GRAVOSO AO DEVEDOR
A pretensão da embargada, ao requerer a penhora de quotas,

mostra-se intimidatória pois, sabido que a partir do momento que esta constrição constar da
Junta Comercial, cessará o crédito para aquisição de mercadoria e, por consequência, a
empresa irá à falência.
O comércio experimenta recessão jamais vista. Em

contrapartida, a embargante luta com dificuldades, adquirindo mercadorias com prazo para
pagamento na busca da venda das mesmas e capitalização para honrar os compromissos.
Enfim, a penhora, na forma como se realizou, é prejudicial ao

extremo, o que vale dizer, levará as empresas à insolvência, o que não será benéfico nem
mesmo à embargada que não verá satisfeito o débito que pretende receber.
A alternativa diante desse quadro, conforme petição q ue junta

aos autos nos termos do art. 847 do Código de Processo Civil, é a penhora de estoque rotativo
da empresa, até o montante do débito, desde que não inviabilize o negócio.
VI – DA PENHORA DAS QUOTAS – DA QUEBRA DA AFFECTIO SOCIETATIS
Importante observar também que a affectio societatis consiste

na intenção de um ou mais sócios constituírem uma sociedade empresária, baseada na
declaração de vontade expressa e manifestada livremente.
A empresa SIETI COMÉRCIO DE MÁRMORES EIRELI - ME possui

como única sócia a embargante CLAUDIA FORTUNADO.
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Como cediço, a demandante trabalha com o comércio de peças
derivadas de retalhos de mármore, sendo este efetivamente o sustento da família.
O imóvel onde funciona a empresa é alugado, ou seja, o que

agrega valor a empresa é, de fato, a força de trabalho da embargante e seu estoque.
Tanto isso é verdade que a sociedade foi constituída em forma

de empresa individual, sendo certo que se estivéssemos tratando de uma grande rede,
possivelmente seriam sociedades limitadas.
O professor Marcelo Bertoldi aduz que:
A constituição e manutenção da sociedade pressupõe o

envolvimento positivo de todos os sócios, que se
comprometeram a unir suas forças para a consecução dos
objetivos sociais em busca do lucro.
Partindo dessa premissa seria a affectio societatis um dos

elementos fundamentais para a constituição da sociedade, logo, não poderá deixar de sê -lo
também para justificar sua dissolução parcial, no caso de alienação judicial das quotas.
Logo, a alienação parcial das quotas irá ferir de morte a

affectio societatis, culminando na dissolução total da sociedade. Será catastrófico e não trará
nenhum benefício à embargada.
O Código de Processo Civil vigente prevê nos casos de penhora

de cotas o seguinte procedimento:
Art. 861, CPC. Penhoradas as quotas ou as ações de sócio em

sociedade simples ou empresária, o juiz
assinará prazo razoável, não superior a 3 (três) meses, para
que a sociedade:
I - apresente balanço especial, na forma da lei;
II - ofereça as quotas ou as ações aos demais sócios,
observado o direito de preferência legal ou
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fls. 7

contratual;
III - não havendo interesse dos sócios na aquisição das ações,
proceda à liquidação das quotas ou das
ações, depositando em juízo o valor apurado, em dinheiro.
§ 1o Para evitar a liquidação das quotas ou das ações, a
sociedade poderá adquiri-las sem redução do capital social e
com utilização de reservas, para manutenção em tesouraria.
§ 2o O disposto no caput e no § 1o não se aplica à sociedade
anônima de capital aberto, cujas ações serão adjudicadas ao
exequente ou alienadas em bolsa de valores, conforme o caso.
§ 3o Para os fins da liquidação de que trata o inciso III do
caput, o juiz poderá, a requerimento do exequente ou da
sociedade, nomear administrador, que deverá submeter à
aprovação judicial a forma de liquidação.
§ 4o O prazo previsto no caput poderá ser ampliado pelo juiz,
se o pagamento das quotas ou das ações liquidadas:
I - superar o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a
legal, e sem diminuição do capital social,
ou por doação; ou
II - colocar em risco a estabilidade financeira da sociedade
simples ou empresária.
§ 5o Caso não haja interesse dos demais sócios no exercício
de direito de preferência, não ocorra a aquisição das quotas
ou das ações pela sociedade e a liquidação do inciso III do
caput seja excessivamente onerosa para a sociedade, o juiz
poderá determinar o leilão judicial das quotas ou das ações.
No caso em tela não há sóci os remanescentes que possam

adquirir as cotas ou que garantam a continuidade da atividade empresarial, ao contrário,
sendo imprescindível a liquidação das cotas de sua única sócia, a empresa será extinta.
Repita-se que a efetivação da constrição pleitead a não

representará qualquer benefício econômico efetivo para a embargada.
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Em contrapartida, para a embargante, como se disse, poderá
causar dano irreparável, com a perda de crédito junto aos fornecedores, implicando em
prejuízo inestimável para a manutenção de sua família.
Assim, em observância ao princípio da preservação da

empresa, que depende necessariamente da permanência de sua única sócia, detentora da
força de trabalho que agrega valor ao negócio, bem como da execução de forma menos gravosa
(art. 805, CPC) mister a reforma do r. despacho que determinou a penhora de quotas.
VII - DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA
É de conhecimento público que o país passa por severa crise

econômica, ESPECIALMENTE EM RAZÃO DA QUARENTENA E RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELA
PANDEMIA/CORONA VÍRUS, na qual a inciativa privada, sobretudo as micro e pequenas
empresas têm tido sido de importância impor para superação desse momento.
A mídia tem divulgado amplamente relatos de pessoas que ao

perderem seus empregos decidiram investir no próprio negócio, como meio de sobrevivência,
sendo os resultados animadores.
Isso ocorre porque num momento em que a população perde

seu poder aquisitivo, capital e bens, o que lhes resta é unicamente sua força de trabalho.
E é exatamente essa força de trabalho que terá força para

ajudar a reerguer a econômica.
Para isso, é necessário que os empresários individuais

consigam efetivamente exercer sua atividade, pois na maioria dos casos – como o presente –
não se trata de acumulação de lucros, mas de obtenção do necessário para prover a família.
Não se pode olvidar que um empresário individual possui em

média dois funcionários, ou seja, outras duas famílias que também dependem do
desenvolvimento dessa atividade empresarial para seu sustento.
Autorizar que um grupo econômico, como é o caso da

embargada, que detém enorme força produtiva/financeira, penhore as cotas da empresa da
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embargante, sabendo que a extinção da mesma será inevitável, vai contra todo o movimento
existente na sociedade para que o país possa alavancar a economia, superar esse momento e
voltar a crescer.
Destaque-se uma vez mais que, a efetivação da contrição

autorizada pela r. decisão de fls. 204/205 (DOC. 09), não representará qualquer benefício
econômico à embargada, ante a fatal extinção da empresa, mas apenas danos irreparáveis a
embargante.
VIII - DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AO PRESENTE RECURSO
Conforme se depreende das razões acima transcritas, a medida

deferida pelo MM. Juízo representa medida excessivamente onerosa a embargante, pois uma
vez efetivada inviabilizará a atividade empresarial exercida pela embargante CLAUDIA
FORTUNATO, única fonte de renda de sua família
Como se disse, o ordenamento jurídico pátrio prioriza a função

social da empresa, visando proteger a sociedade dos reflexos das decisões tomadas por e a
respeito da empresa.
Sobre o tema, ensina a doutrina que:
O conceito de função social da empresa engloba a ideia de

que esta não deve visar somente o lucro, mas também
preocupar-se com os reflexos que suas decisões têm perante
a sociedade, seja de forma geral, incorporando ao bem
privado uma utilização voltada para a coletividade; ou de
forma específica, trazendo realização social ao empresário e
para todos aqueles que colaboraram para alcançar tal fim.
(ALMEIDA, Maria Christina de. A Função Social da Empresa na
Sociedade Contemporânea: Perspectivas e Prospectivas.
Unimar, Marília, v. 3, p. 141 – 151, 2003.)
No caso em tela, a empresa indicada possui um único sócio e a

penhora concluirá fatalmente pelo encerramento das atividades, o que não trará qualquer
vantagem à embargada.
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Nem se diga, como poderia pretender, que a constrição, por si
só (antes da alienação judicial, que não poderá ocorrer enquanto em trâmite Embargos à
Execução) não causaria danos à sociedade cujas quotas se pretende penhoradas.
Isso porque, conforme se demonstrou, a simples inscrição na

Jucesp culminará na imediata interrupção de crédito. NÃO HAVERÁ FORNECEDOR QUE
ENCAMINHE MERCADORIAS, EXCETO PARA PAGAMENTO A VISTA, O QUE É IMPO SSÍVEL A
EMBARGANTE!
Logo, resta evidente que a não concessão de efeito suspensivo

ao presente Embargos à Penhora visando impedir, ainda que momentaneamente, a efetivação
da penhora, causará a embargante danos irreparáveis, uma vez que encerrada a socied ade
empresária, seu reestabelecimento se mostra inviável.
Por outro lado, a suspensão da r. decisão embargada até

julgamento final do presente recurso não trará à embargada qualquer prejuízo.
Por essa razão, requer seja atribuído efeito suspensivo ativ o ao

presente recurso, a fim de suspender a r. decisão que deferiu a penhora das quotas da empresa
SIETI COMÉRCIO DE MARMORES EIRELI, ante o latente dano irreparável que será suportado
pela embargante.
VI - PEDIDOS
Por todo exposto, reque se digne Vossas Excelências:
a) Conceder a liminar pretendida, inaudita altera pars, para atribuir o necessário EFEITO
SUSPENSIVO até julgamento final do presente Embargos à Penhora, tendo em vista a
excepcionalidade do caso concreto, posto que a efetivação da med ida deferida na r. decisão
embargada, culminará em danos irreversíveis a embargante;
b) Intimar a embargada, na pessoa de seu advogado, para, querendo e respeitado o prazo

legal, apresentar defesa; e
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c) Receber, conhecer e JULGAR TOTALMENTE PROCEDENTE os presentes EMBARGOS À
PENHORA para reformar a r. decisão embargada para:
c.1 – declarar nula a penhora das quotas sociais e determinar a penhora do estoque rotativo
que guarnece a empresa SIETI COMÉRCIO DE MARMORES EIRELI.
Dá a causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 1.000,00 (Um mil

reais).
Requer, por fim, que todas as intimações, notificações e

publicações sejam efetuadas exclusivamente em nome dos advogados DR. ROBERTO BISPO
DOS SANTOS, inscrito na OAB/SP nº 279.004 , sob pena de nulidade.
Termos que,
pede deferimento.
São Paulo, 25 de agosto de 2020.
assinado digitalmente
Roberto Bispo dos Santos
OAB/SP nº 279.004
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Distribuição por dependência ao

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no processo ajuizado por KRUTT EMPREENDIMENTOS

C onforme s e obs e rv a no pre s e nt e cas o, o e mbarg ant e

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No artigo 224 a nova lei processual civil dispõe que "salvo

Ne s t e cont e x t o, cons i de rando que o pri me i ro di a de

Neste contexto, considerando a data do presente protocolo,

Conforme documentação em anexo, a embargada instaurou

A pretensão foi efetivamente impugnada, e conforme r.

Após a rejeição da impugnação, a embargada apresentou as

Haja vista a diligência infrutífera, a embargada apresentou

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Primeiramente, apresenta a embargante Nota Fiscal

6.720 unidades de SOLEIRA 82X14CM MÁRMORE TRAV

Pelas razões expostas, pugna a embargante pelo

IV - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUÍTA

O art. 98 do CPC prevê o direito a concessão de justiça gratuita

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou

§ 1o A gratuidade da justiça compreende:

I - as taxas ou as custas judiciais;

III - as despesas com publicação na imprensa oficial,

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V - as despesas com a realização de exame de código genético

VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração

VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando

VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de

IX - os emolumentos devidos a notários ou registr adores em

A Súmula 481 do STJ também faz menção nesse sentido, senão

SUM. 481. STJ. Faz jus ao benefício da justiça gratuita a

A embargante não tem recursos suficientes para arcar com os

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V – RAZÕES DE REFORMA – DA EXECUÇÃO ATRAVÉS DE MEIO MENOS GRAVOSO AO DEVEDOR

A pretensão da embargada, ao requerer a penhora de quotas,

O comércio experimenta recessão jamais vista. Em

Enfim, a penhora, na forma como se realizou, é prejudicial ao

A alternativa diante desse quadro, conforme petição q ue junta

VI – DA PENHORA DAS QUOTAS – DA QUEBRA DA AFFECTIO SOCIETATIS

Importante observar também que a affectio societatis consiste

A empresa SIETI COMÉRCIO DE MÁRMORES EIRELI - ME possui

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O imóvel onde funciona a empresa é alugado, ou seja, o que

Tanto isso é verdade que a sociedade foi constituída em forma

O professor Marcelo Bertoldi aduz que:

A constituição e manutenção da sociedade pressupõe o

Partindo dessa premissa seria a affectio societatis um dos

Logo, a alienação parcial das quotas irá ferir de morte a

O Código de Processo Civil vigente prevê nos casos de penhora

Art. 861, CPC. Penhoradas as quotas ou as ações de sócio em

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No caso em tela não há sóci os remanescentes que possam

Repita-se que a efetivação da constrição pleitead a não

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Assim, em observância ao princípio da preservação da

VII - DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA

É de conhecimento público que o país passa por severa crise

A mídia tem divulgado amplamente relatos de pessoas que ao