Ensinamentos Aula - 1
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Quem se encontra comigo pela primeira vez, sempre diz a mesma coisa: �Antes de
conhec�-lo, eu pensava que o
senhor fosse uma pessoa pouco acess�vel, sempre rodeado de servidores. Imaginava
que, para dirigir-me ao
senhor, deveria faz�-lo com a maior formalidade. Resolvi visit�-lo com certa
apreens�o; mas, ao contr�rio do que
esperava, tudo foi t�o simples e f�cil que fiquei surpreso.�
Realmente, quando se trata de um fundador ou de uma autoridade religiosa, a
tend�ncia das pessoas em geral �
pensar que eles vivem em um ambiente em que cuidados e aten��es s�o dispensados de
forma exagerada. Em tempos
passados, tamb�m tive servidores que quiseram que eu procedesse dessa forma.
Entretanto, eu n�o sentia vontade
alguma de agir assim e continuei a ser a pessoa simples que sempre fui.
Muitas pessoas devem estar curiosas por que eu n�o ajo como um deus encarnado. Vou
explicar a raz�o.
Talvez pelo fato de ser edoko(79), desde jovem, jamais gostei de assumir ares de
superioridade. Como detesto a
falsidade, acho que aparentar aquilo que n�o sou e criar diversos aparatos � uma
forma de enganar, uma
dissimula��o. Al�m do mais, � vista dos outros, � uma atitude desagrad�vel. Afinal
de contas, o melhor � a pessoa
mostrar-se como realmente �.
Pela minha atual condi��o, talvez fosse at� natural eu ficar no lugar de maior
destaque como um deus e, quando
concedesse alguma entrevista, me daria ares de import�ncia porque assim eu me
valorizaria muito mais. Todavia, n�o
gosto disso. Tenho sempre como princ�pio dizer aos que censuram meu procedimento,
que n�o precisam permanecer
comigo, e j� �queles que o aprovam, que podem ficar. Conforme mostra a realidade do
r�pido desenvolvimento da
nossa religi�o, constato que o n�mero de pessoas que aceitam minha maneira de agir
� cada vez maior, e isso me
deixa muito satisfeito.
Devo acrescentar que considero minha natureza muito diferente da de outras pessoas.
Detesto imitar o que os
outros fazem. Este � um dos motivos pelos quais n�o me comporto como um deus
encarnado. Quero ter sempre a
apar�ncia de uma pessoa comum, o que � uma quebra de paradigma. Tudo isso
contribuiu muito para que eu pudesse
descobrir o Johrei, um tratamento terap�utico revolucion�rio. Al�m disso, se eu
quisesse, poderia enumerar muitas
outras a��es minhas que se op�em aos modelos estabelecidos. Como os fi�is sabem,
manifesto o poder de curar
doen�as atrav�s do Ohikari, que confecciono escrevendo uma letra numa folha de
papel; trato as diferentes
divindades com igual respeito; estou construindo o modelo do Para�so Terrestre;
empenho-me na promo��o da arte;
evito a ostenta��o religiosa etc. A prop�sito, dias atr�s, fui visitado por uma
jornalista da revista Fujin Koron, que me
disse ter ficado surpreendida ao chegar � entrada da nossa Sede Provis�ria. Ao
perguntar-lhe o motivo, ela disse que
achou estranho n�o ver nenhum aparato que lembrasse uma religi�o. Daqui por diante,
planejo realizar
empreendimentos religiosos em todos os campos da sociedade e pretendo que eles
rompam muitos padr�es. Por
conseguinte, gostaria que os aguardassem ansiosamente.
13 de maio de 1950
****** RESUMO******
Meishu Sama n�o queria ser tratato como um Deus reencarnado, e sim
com a maior simplicidade que pudesse ser.
QUEM � O SALVADOR?
Acho o presente t�tulo um tanto inusitado e creio que os leitores pensar�o da mesma
forma. A prop�sito, pretendo tra�ar um perfil da minha pessoa. Gostaria, por�m, de
deixar claro que farei uma descri��o objetiva do meu interior e que n�o h� nada
inventado. Portanto, espero que leiam com esse esp�rito.
A palavra Salvador, ou seja, Messias, � muito usada no mundo inteiro, sem distin��o
de tempo e de lugar, tanto no Ocidente como no Oriente. Creio que n�o seria errado
pensar que, com exce��o de uma parcela de pessoas religiosas, a maioria considera
que o nascimento de um salvador t�o aguardado, detentor de poderes sobre-humanos,
n�o passa
de um grande sonho ou de uma utopia. � certo que j� apareceram pessoas que se
proclamavam salvadoras do mundo e, com o passar do tempo, acabaram desaparecendo,
donde se conclui, evidentemente, que ainda n�o surgiu o verdadeiro salvador.
N�o gosto de me proclamar salvador. Por outro lado, devo confessar que tamb�m n�o
posso afirmar que n�o o seja.
Sendo algo de tamanha import�ncia, in�dito em toda a hist�ria da humanidade, o
surgimento do salvador � um assunto que n�o pode ser tratado levianamente. Pensando
bem, n�o se pode definir que seja apenas um sonho. Isso porque, a Segunda Vinda do
Cristo, a Vinda do Messias e o Nascimento de Miroku s�o eventos que foram
profetizados por antigos homens santos. Por tal motivo, n�o se pode deixar de
acreditar que um dia ele surgir�.
Agora, tra�arei meu perfil. Antes, devo dizer que h� muito tempo venho pensando na
condi��o n�mero um que deve ser preenchida pelo salvador. Antes de tudo, ele deve
ter for�a para solucionar o problema das doen�as do ser humano. Por conseguinte,
al�m de conceder-lhe o m�todo absoluto para obter plena sa�de e completar o tempo
de vida que lhe foi atribu�do pelo C�u, ele deve possuir for�a para a concretiza��o
desse objetivo. Esta condi��o � o fator mais importante para a qualifica��o como
salvador.
� �bvio que a sa�de do corpo deve acompanhar a do esp�rito. A famosa frase de Jesus
Cristo: �Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?
�(84) evidencia isso. Assim, podemos dizer que religi�es e l�deres religiosos que
n�o possuem for�a para erradicar as doen�as da humanidade, t�m valor apenas
limitado. Eu sempre abracei essa tese e, dessa forma, certo dia, mais de dez anos
ap�s iniciar minha vida religiosa, obtive conhecimento do princ�pio fundamental
sobre as doen�as e seu m�todo de solu��o. Ah, ningu�m poder� imaginar o espanto e a
alegria que senti naquela hora, pois nunca ningu�m, no mundo inteiro, fizera uma
descoberta t�o importante! Se a compararmos com as grandes descobertas ou as
grandes inven��es, nenhuma delas chegar� a seus p�s.
Eu sou uma pessoa que nasceu com um destino realmente misterioso.
20 de outubro de 1948
****** RESUMO******
Meishu Sama n�o se considerava um Salvador, mas tamb�m n�o descartava ser. E que o
Salvador deveria possuir for�a para solucionar o problema das doen�as do ser humano
* O que � uma nova religi�o (2)
****** RESUMO******
Meishu Sama descreve que, para ser uma nova religi�o, deve-se deixar a aliena��o
das mesmas formalidades, constru��es e demais elementos no passado . E os fi�is das
novas religi�es s�o diferentes, dado
que ingressaram nelas � procura de algo in�dito. Mas n�o existem muitas religi�es
que lhes inspirem confian�a. N�o a encontrando,
permanecem descrentes, por n�o terem alternativa. Em contrapartida,
uma vez que a ci�ncia satisfaz os anseios humanos, de forma r�pida e
vis�vel, � natural que fiquem � merc� dela.
Rompendo a escurid�o que envolve o mundo, eis que surgiu a
Igreja Messi�nica, que, ousadamente, tece duras cr�ticas a todos os
setores da cultura estabelecida, apontando, uma por uma, suas fal�cias,
ensinando como deve ser a verdadeira civiliza��o.
Como o mundo esteve na Era da Noite durante longo tempo, n�o � de se
admirar que os olhos de todos tenham se acostumado � escurid�o e
fiquem ofuscados ante a repentina revela��o da Cultura do Dia.
Nossa religi�o � completamente diferente das outras que existiram at� hoje, e quem
nela ingressar entender� porqu�. Contudo, em que aspecto ela difere das demais? No
momento, ainda n�o posso dar todos os detalhes
dessa quest�o, mas falarei em linhas gerais.
Em primeiro lugar, observando atentamente as religi�es que existiram at� hoje,
parece-nos que elas se classificam em dois tipos. No primeiro, nem caberia o nome
�religi�o�, de t�o simples que ela �. Em suma, � uma f� passiva.
Esse tipo consiste em ir de vez em quando ao templo, receber amuletos, queimar
incenso, ver a sorte e, se a pessoa tiver posses, mandar executar m�sicas sacras,
fazer doa��es e oferendas e voltar para casa agradecida, sentindo-se leve e em paz.
� uma f� popular, constatada habitualmente na devo��o �s divindades. Esse tipo de
f� n�o deixa de ser
uma religi�o, pois, no fundo, possui normalmente uma estrutura religiosa.
O outro tipo poderia ser chamado de f� leg�tima. Nela se faz o registro de todos os
fi�is, havendo administradores, sacerdotes e divulgadores que se dedicam
profissionalmente �s atividades religiosas. Constitui, portanto,genuinamente, uma
religi�o. Diferentemente do que ocorre na f� passiva, aqui os fi�is agem com
seriedade e, quando se aprofundam, dedicam-se, de corpo e alma, �s suas atividades.
Entre essas religi�es, evidentemente, existem as novas e as antigas. As antigas,
geralmente, s�o pouco atuantes e tendem � estagna��o devido, talvez, � mudan�a dos
tempos; segundo dizem, algumas, s� a muito custo, conseguem manter sua atual
situa��o. As novas foram fundadas entre a fase final do xogunato Tokugawa e o
in�cio do Per�odo Meiji (1867�1912) e s�o as que apresentam maior atividade e
progresso. Grande parte delas s�o ramifica��es do xinto�smo. No budismo, apenas uma
parte da Nichiren est� em plena atividade, e as demais apresentam pouco vigor.
Numa r�pida observa��o, notamos que as religi�es tradicionais apresentam formas
variadas; mas, no geral, elas divulgam e pregam o esp�rito que norteou sua
constitui��o e os ensinamentos de seu fundador, que s�o seus alicerces.
Quanto aos fi�is, � natural que eles ofere�am sua dedica��o sincera em
agradecimento pelas prote��es constantes que recebem de Deus. Apesar disso, n�o se
pode generalizar, pois existem diferentes n�veis de fervor na f�.
Concordamos plenamente que todas as religi�es t�m como objetivo a concretiza��o de
um mundo melhor na tentativa de satisfazer o ser humano em seu desejo de alcan�ar a
felicidade. A maioria, contudo, toma como principal fator o lado espiritual,
demonstrando pouco interesse pelas gra�as recebidas nesta vida.
A verdadeira salva��o Na nossa religi�o, de maneira alguma negligenciamos a
salva��o espiritual. Na realidade, para salvar
verdadeiramente o ser humano, n�o basta que ele se sinta espiritualmente salvo. Se
assim for, a salva��o n�o ser� completa. � preciso tamb�m salvar-lhe a parte
material, e neste ponto � que reside a grande diferen�a entre nossa religi�o e as
demais. Ainda que o ser humano se ache salvo apenas no campo mental, isso n�o �
suficiente para se alcan�ar a verdadeira felicidade. Numa sociedade complexa como
esta em que vivemos e que est� se deteriorando cada vez mais, n�o se sabe quando
essa felicidade ser� destru�da, e a realidade nos tem mostrado isso claramente.
Exemplificando, h� pessoas que adoecem, s�o roubadas, t�m preju�zos ao serem
enganadas por indiv�duos inescrupulosos, sofrem devido aos elevados impostos etc.
No caso destes �ltimos, se buscarmos a causa, veremos que a exist�ncia de
malfeitores nos obriga a manter pol�cia e tribunais; por existirem muitas doen�as,
despendem-se altos
gastos com a preven��o; por ocorrerem guerras causadas por pessoas com pensamento
equivocado, surgem despesas imensas para reparar os danos sofridos, e todos esses
custos tornam-se impostos. Ainda existem outros exemplos. Em virtude dessa
realidade, � impens�vel atingir um estado de paz interior. Logo, em um mundo como
este, se n�o houver salva��o f�sica e espiritual, n�o se poder� obter a verdadeira
felicidade. Assim, nossa religi�o, conforme seu nome indica, est� promovendo a
salva��o em ambos os aspectos. Essa salva��o significa, individualmente, o
recebimento de gra�as ainda nesta vida e, socialmente, o melhoramento da cultura.
Segundo a Revela��o Divina, h� surpreendentes equ�vocos no seio da cultura moderna
e n�o h� uma s� pessoa, em todo o mundo, que as tenha
percebido. Al�m disso, a humanidade veio agindo e acreditando que essas fal�cias
fossem corretas. Na verdade, era justamente o contr�rio. Por esse motivo, a
humanidade tem sofrido s�rios preju�zos. Em poucas palavras, o que se julgava
contribuir para o aumento do bem-estar das pessoas acabava por resultar no aumento
da infelicidade. Os fatos, melhor do que qualquer outra coisa, comprovam o que
estamos dizendo.
Apesar de a cultura ter alcan�ado tamanho progresso, a felicidade do ser humano n�o
acompanhou esse ritmo, muito pelo contr�rio: o sofrimento tende a tornar-se cada
vez maior. Se levarmos em conta que a cultura moderna foi edificada h� mil�nios
gra�as � intelig�ncia e ao esfor�o conjunto de eminentes personalidades como os
s�bios, os grandes homens, os santos etc., poder-se-� dizer que se trata de uma
cultura do mais elevado n�vel. � dif�cil, portanto, imaginar que, no seu �mago,
possa existir tamanho engano. Como eu j� disse, conhecendo as s�rias fal�cias
da cultura moderna, desejo, o mais r�pido poss�vel, n�o s� fazer com que o maior
n�mero de pessoas as compreenda, mas tamb�m compartilhar com elas essa felicidade
e, ao mesmo tempo, mostrar-lhes as diretrizes para a forma��o do novo mundo,
caracterizado por uma nova cultura ideal. Esta � a Vontade de Deus.
Vou falar um pouco a meu respeito. Pela minha hist�ria de vida, sou uma pessoa
comum, igual a tantas outras.
Tenho, por�m, um destino misterioso que n�o encontra paralelo na hist�ria de toda a
humanidade. Digo isso porque, completamente diferente dos grandes l�deres
religiosos conhecidos mundialmente como Buda Sakyamuni,Jesus Cristo e Maom�, Deus
me fez nascer com a grande miss�o de salvar o mundo. Em outras palavras, foi-me
atribu�da a for�a para executar aquilo que n�o foi poss�vel a esses grandes homens.
Evidentemente, esta � a realidade da qual todos os fi�is est�o cientes.
Por exemplo, tudo aquilo que eu quero saber, me � esclarecido. Tamb�m tenho ci�ncia
de todos os fatos importantes, n�o s� os relacionados aos tr�s mundos � Divino,
Espiritual e Material �, mas tamb�m �queles ligados ao passado, ao presente e ao
futuro. � claro que isso est� limitado ao que se refere � salva��o da humanidade e
� constru��o do Para�so. � interessante, pois antevejo como ser� o mundo daqui a um
ou a v�rios anos, e tamb�m o meu destino. E, pela minha experi�ncia, geralmente
tudo isso se concretiza. Ou seja, o sonho torna-se realidade.
Tenho elaborado e executado v�rios planos, e as coisas t�m corrido conforme meu
desejo.
Com rela��o aos textos, se penso em escrever um artigo, as palavras me fluem
naturalmente, o quanto eu desejar.
Como todos sabem, dedico-me tamb�m � composi��o de poemas e, n�o encontrando
nenhuma dificuldade, consigo compor cerca de cinquenta em uma hora. At� gostaria de
escrever haiku, senryu, kanku (80), romances e outros textos, mas n�o o tenho feito
por falta de tempo. Al�m desses g�neros, produzo uma literatura sat�rica e c�mica;
dado que elas t�m sido publicadas com frequ�ncia, os leitores devem conhec�-las. As
ora��es entoadas pelos fi�is tamb�m s�o de minha autoria, e parece-me que, apesar
de eu n�o ter tido qualquer experi�ncia nesse sentido, elas ficaram muito boas.
Por outro lado, j� � do conhecimento de todos que estou construindo um modelo do
Para�so Terrestre de grande porte. Nele, as pedras, as �rvores, as flores, enfim,
tudo sou eu quem escolhe e planeja. Naturalmente, o projeto do jardim e dos pr�dios
e at� a decora��o tamb�m s�o trabalhos meus. O Templo Messi�nico, que se erguer� no
Solo
Sagrado de Atami, mas que ainda est� em fase de projeto, seguir� um estilo mais
inovador que o de Le Corbusier, da Fran�a, estilo que, nos �ltimos anos, se tornou
uma tend�ncia na arquitetura mundial. Por conseguinte, quando o templo for
conclu�do, dever� ser alvo da aten��o mundial.
S� de estar no local das constru��es e olhar o terreno, os pr�dios e os jardins se
projetam aos meus olhos, n�o havendo necessidade de pensar. Na verdade, nunca
estudei esses assuntos nem ningu�m me ensinou nada a respeito; mas, s� de pensar em
fazer algo, imediatamente brotam, dentro de mim, excelentes ideias. Al�m disso,
fa�o vivifica��es florais, caligrafias e pinturas. Dessas atividades, a �nica que
estudei um pouco foi a pintura; sou totalmente leigo nas demais. Com rela��o �
pol�tica, � educa��o, � economia, � filosofia e � medicina, tenho conhecimento obre
o que se suceder� a elas at� daqui a um s�culo. Sei, principalmente, o quanto os
fundamentos da cultura atual est�o equivocados e n�o consigo me conter quando penso
que, se eles fossem logo corrigidos, o quanto a humanidade seria salva e o mundo,
feliz. No entanto, nada poder� ser feito enquanto o tempo certo n�o chegar.
Atualmente, seguindo a Revela��o Divina, estou apenas apontando os problemas
relacionados � sa�de e os erros da agricultura, quest�es fundamentais para a
constru��o do Para�so.
Utiliza��o do esp�rito O que eu acho mais misterioso � que, utilizando o esp�rito,
estou fazendo com que os fi�is curem as doen�as. Os resultados s�o realmente
excelentes. Uma doen�a que a medicina demora um m�s para curar, muitas vezes, �
debelada em um ou dois dias. E n�o � s� isso. Cada fiel pode curar a pr�pria
doen�a. Os ideogramas que eu escrevo,
passam a atuar de acordo com o significado que os mesmos possuem. Tamb�m consigo
compreender inteiramente as causas das doen�as. A partir desse ponto de vista,
considero a interpreta��o da medicina atual sobre o princ�pio das doen�as t�o
superficial, que � digna de pena. N�o consigo consider�-la como medicina de fato,
pois ela n�o passa de um simples m�todo de aliviar as dores e os sofrimentos. Se
continuar da forma como se encontra hoje, jamais se tornar� uma medicina que cura
doen�as.
Jesus Cristo e in�meros homens virtuosos, considerados santos, produziram
igualmente milagres em rela��o �s enfermidades. Entretanto, na maioria das vezes,
eram curas realizadas apenas por eles, de uma pessoa para outra.
Ora, dessa forma, n�o seria poss�vel salvar milh�es. Portanto, para atingir a
humanidade � preciso que seja concedida ilimitadamente a cada indiv�duo a for�a de
curar doen�as. � o que estou fazendo atualmente, com resultados admir�veis. O
desenvolvimento da nossa religi�o � a melhor prova do que estou dizendo. De acordo
com o que j� afirmei, � uma Obra Divina que nem Jesus Cristo nem Buda Sakyamuni
puderam realizar.
N�o pretendo dizer que minha for�a seja superior � dos grandes santos, mas apenas
expresso a realidade tal como ela se apresenta. Com a chegada do tempo, Deus faz
isso ocorrer. Quando procurarem pensar no porqu� de uma for�a t�o grandiosa ter-me
sido concedida por Deus, come�ar�o a compreender a import�ncia da minha miss�o.
Naturalmente, Deus n�o cria nada al�m do que � preciso. Tudo � criado e eliminado
de acordo com a necessidade.
Sendo essa a Verdade, fica bem clara a miss�o que recebi dos C�us. A mim s�o
revelados todos os mist�rios, sendo-me atribu�dos os profundos poderes da
Intelig�ncia Superior ilimitadamente. Sob a orienta��o Divina, estou trabalhando
para levar isso ao conhecimento da humanidade e edificar uma nova cultura ideal. Em
conformidade com a Vontade Divina, atualmente a intelig�ncia humana est� muito
desenvolvida e, por isso, as pessoas n�o se convencem atrav�s de explica��es
simplistas, como ocorria no passado. Por conseguinte, � necess�rio mostrar-lhes
milagres comprobat�rios e, ao mesmo tempo, transmitir-lhes as teorias de uma forma
que elas possam ser aceitas. � por essa raz�o que Deus faz ocorrer in�meros
milagres. Nesse sentido, por um lado, apontam-se os erros; por outro, d�o-se provas
atrav�s de milagres. Sinto-me, portanto, extremamente grato e sensibilizado pela
grandiosidade da Vontade de Deus.
Observando-se a Obra Divina que no momento estou desenvolvendo, creio que n�o
haver� qualquer margem para d�vidas sobre a veracidade de minhas palavras.
Provavelmente, a humanidade jamais sonhou com uma obra de
salva��o absoluta de t�o grande porte. Logo, se uma pessoa n�o conseguir despertar,
mesmo tomando conhecimento dela, certamente, n�o poder� ser salva por toda a
eternidade. Al�m disso, no futuro pr�ximo, quando chegar o grande momento cr�tico
do Fim do Mundo, aqueles que n�o estiverem preparados, ficar�o desnorteados. Por
mais que se
arrependam, j� ser� tarde demais.
25 de novembro de 1950
Tempos atr�s, escrevi um artigo intitulado �Eu, visto por mim mesmo�.
Diferentemente dele, que foi escrito de
um ponto de vista objetivo, desta vez, pretendo descrever, subjetivamente, meu
estado de esp�rito tal como ele �.
Atualmente, creio que n�o existe uma pessoa t�o feliz quanto eu, e minha gratid�o a
Deus � constante e profunda.
Qual ser� a causa da minha felicidade? De fato, eu n�o sou uma pessoa comum,
sobretudo porque Deus me atribuiu
uma grandiosa miss�o, e esfor�o-me dia e noite para cumpri-la. Todos os membros da
Igreja sabem que, atrav�s
dela, um incont�vel n�mero de pessoas est� sendo salvo. Todavia, existe um segredo
da felicidade que � f�cil de ser
praticado por qualquer pessoa, ou melhor, por quem n�o tem uma miss�o especial como
eu. Primeiramente, desejo
abrir meu cora��o, mostrando aquilo que � uma t�nica em meu �ntimo.
Desde jovem gosto de dar alegria ao pr�ximo, a ponto de isso se tornar quase um
hobby para mim. Sempre estou
pensando no que devo fazer para tornar as pessoas felizes. Por exemplo, quando
acordo pela manh�, minha primeira
preocupa��o � saber o estado de �nimo dos meus familiares. Se houver uma s� pessoa
mal-humorada, j� n�o me
sinto bem. Na sociedade, ocorre justamente o contr�rio: os familiares � que se
preocupam com o estado de �nimo do
chefe da casa. Como procedo de forma oposta, acho isso estranho e at� fico um pouco
triste. Portanto, para mim, �
muito penoso escutar xingamentos, gritos de raiva, reclama��es e lamenta��es.
Tamb�m me � dif�cil ouvir repetidas
vezes um mesmo assunto. Sou sempre pac�fico, feliz e abomino o apego. Esta � a
minha natureza.
O resultado do que acabo de expor � um dos fatores determinantes da minha
felicidade. Por esse motivo, eu
sempre afirmo: �Se n�o fizermos a felicidade do pr�ximo, n�o poderemos ser
felizes.� Acredito que meu maior
objetivo � o Para�so Terrestre �, estar� concretizado quando meu estado de esp�rito
encontrar resson�ncia e expans�o
no cora��o de todos os homens.
Sinto-me constrangido por este artigo parecer um autoelogio, mas, se depois de sua
leitura, ele puder levar algum
benef�cio �s pessoas, ficarei satisfeito.
30 de janeiro de 1950